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QHSE

Acção Formação- Carga Horaria – 20h


Segurança, Higiene, Saúde trabalho- Requisitos legais

22/06/2020

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OBJECTIVOS

* Reconhecer a importância da Segurança, Higiene e saúde no Trabalho;


* Conhecer a Legislação Nacional de SHST;
* Compreender os conceitos de SHST;
* Identificar perigos e riscos.
* Saber elaborar mapa de riscos actividade
* Identificar, reconhecer e cumprir a sinalética de SHST;
* Conhecer os EPI’S;
* Conhecer os sistemas de gestão de segurança e qualidade;
* Contribuir para uma cultura de prevenção no local de trabalho;
* Auxiliar a empresa na diminuição da sinistralidade laboral;
* Conhecer estratégias de prevenção de acidentes e das doenças
profissionais
* Conhecer e identificar perigos e riscos.

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Conteúdo Programático
Apresentação da acção.
Regulamentação em vigor em matéria de SHST;
Lei geral Trabalho 7/2015
Decreto 31/94 e 5 de Agosto
Decreto executivo 6/96 de 2 de Fevereiro
Decreto executivo 21/98 de 30 Abril
.Principais definições
Factores que afectam a SHST.
Perigo e Risco.
Mapas de Risco.
Relatório de Investigação de acidentes
Relatório anual das actividades de SHST

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Introdução – a SHST e a Qualidade Vida
Trabalho
A indústria esteve sempre associada a vertente humana mas nem sempre tratada como
sua componente preponderante.

Até meados do século 20, as condições de trabalho nunca foram levadas em conta, sendo
sim importante a produtividade, mesmo que isso implicasse exposição a riscos capazes de
provocar doença, acidente ou mesmo à morte dos trabalhadores.

Para tal contribuíam como factores decisivos, uma mentalidade em que


o valor da vida humana era pouco mais que desprezível e uma total
ausência por parte dos Estados, de leis que protegessem o trabalhador.

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Introdução – a SHST e a Qualidade Vida
Trabalho
…” historicamente, QVT esta mais associada a questões de saúde e segurança no trabalho, o
seu conceito passa a sinalizar a emergência de habilidades, atitudes e conhecimentos em
outros fatores, abrangendo agora associações com produtividade, legitimidade, experiências,
competências gerenciais e mesmo integração social.”

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Introdução – a SHST e a Qualidade Vida
Trabalho

Em qualquer sociedade a Segurança e Saúde no Trabalho constitui a base para o total


desenvolvimento da capacidade dos trabalhadores garantindo condições se segurança e
saúde no cumprimento das suas tarefas. O objectivo é a promoção da segurança, prevenção
de acidentes e doenças profissionais.

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Regulamentação
• Sistema de Higiene e
Segurança no Trabalho • LEGISLAÇÃO ÃMBITO
• LEGISLAÇÃO ÂMBITO
GERAL • Decreto n.º 31/94 de 5 de SECTORIAL
Agosto

• Lei Geral do Trabalho Lei


nº 7/2015 • Regulamento
Especifico de SHST

• Comissão Prevenção
Acidentes

• Serviços Medicina
Trabalho

• COIMAS

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Regulamentação

Decreto Executivo n.º6/96 – Regulamento Segurança, Higiene no Trabalho.

Decreto Executivo nº 21/98 de 30 de Abril – Regulamento da Comissão de Prevenção de Acidentes de


Trabalho

• Decreto executivo nº 128/04 de 23 de Novembro – Regulamento de Sinalização de SHST

• Decreto nº 53/05 de 5 de Agosto - Regime Jurídico de Acidentes de Trabalho e Doenças Profissionais.

• Decreto nº 11/03 de 11 de Março – Regime de Multa referentes a Lei Geral do trabalho e Lei
complementar.

• Decreto nº 43/03 de 4 de Julho - Regulamento de HIV-Sida

• Lei 7 / 2015- LEI GERAL DO TRABALHO

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Regulamentação – lei Geral Trabalho 7/2015 15 Junho
4) – O período de experiencia destina-se à apreciação da
ARTIGO 18.º - qualidade dos serviços do trabalhador e do seu rendimento, por
(Período experiencia) parte do empregador. E por parte do trabalhador a apreciação das
condições de trabalho, de remuneração, de higiene e segurança e
do ambiente social da empresa.

b)Contribuir para o aumento do nível de produtividade e de


Qualidade dos bens e serviços, proporcionando boas condições de
ARTIGO 41.º trabalho .
(Deveres do empregador)
g ) Adoptar e aplicar com rigor as medidas sobre segurança, saúde
e higiene no local de trabalho.

g)Ter boas condições de segurança, saúde e higiene no trabalho,


ARTIGO 43.º
(Direitos do trabalhador) à integridade física e a ser protegido no caso de acidente de
trabalho e doenças profissionais

OBJECTIVOS DO SISTEMA:

O sistema de SHST tem como finalidade a efetivação do direito á segurança e á protecção da


saúde no local de trabalho.
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Regulamentação – lei Geral Trabalho 7/2015 15 Junho
b) Cumprir as ordens e instruções dos responsáveis relativas à
execução, disciplina e segurança no trabalho, nos termos da lei.
e) Utilizar de forma adequada os instrumentos e materiais
fornecidos pelo empregador para a realização do trabalho,
incluindo os equipamentos de protecção individual e colectiva e
ARTIGO 44.º proteger os bens da empresa e os resultados da produção contra
(Deveres do trabalhador) danos, destruição, perdas e desvios.
f) Cumprir rigorosamente as regras e instruções de segurança
saúde e higiene no trabalho e de prevenção de incêndios e
contribuir par a evitar riscos que possam pôr em perigo a sua
segurança, dos companheiros, de terceiros e do empregador, as
instalações e materiais da empresa

1)Empregador deve elaborar e aprovar regulamentos internos


ARTIGO 60.º com vista à organização do trabalho e disciplina laboral,
(Regulamento Interno) instruções, ordens de serviço…. Definições de tarefas dos
trabalhadores, segurança, saúde e higiene no trabalho…..

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Regulamentação – lei Geral Trabalho 7/2015 15 Junho
• Capitulo V – Seccção I – Higiene, Saúde e Segurança Trabalho

1 – São obrigações gerais do empregador: (para alem das referidas na alínea g) do nº41
a) – Tomar as medidas necessárias no âmbito da segurança e saúde e higiene no
trabalho.
b) Fazer o seguro individual ou de grupo a todos os trabalhadores, aprendizes e
estagiários contra o risco de acidentes de trabalho e doenças profissionais,
salvaguardando as pequenas e microempresas.
ARTIGO 81.º - c) Organizar e dar formação prática apropriada em matéria de segurança, saúde e
higiene no trabalho a todos os trabalhadores que contrate, que mudem de posto de
(Obrigações trabalho, ou de técnica e processo de trabalho, que usem novas substâncias cuja
Gerais do
empregador) manipulação envolva riscos ou que regressem ao trabalho após uma ausência
superior a seis (6) meses;
d) Cuidar que nenhum trabalhador seja exposto à acção de condições de agentes
físicos, químicos e biológicos, ambientais ou de qualquer outra natureza ou a pesos,
sem ser avisado dos prejuízos que possam causar à saúde e dos meios de os evitar.
e) Garantir aos trabalhadores roupas, calçados e equipamento de protecção individual,
quando seja necessário para prevenir, na medida em que seja razoável, os riscos de
acidentes ou defeitos prejudicais para a saúde, impedindo o acesso ao posto de
trabalho aos trabalhadores que se apresentem sem o equipamento de protecção
individual.

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Regulamentação – lei Geral Trabalho 7/2015 15 Junho

1 – São obrigações gerais do empregador: (para alem das referidas na alínea g) do nº41

f)
Tomar a devida nota das queixas e sugestões apresentadas pelos trabalhadores
acerca do ambiente e condições de trabalho e adoptar as medidas convenientes.
g) Colaborar com as autoridades sanitárias para a erradicação de epidemias e situações
ARTIGO 81.º - endémicas locais.
(Obrigações h) Aplicar medidas disciplinares adequadas aos trabalhadores que violem as regras e
Gerais do instruções sobrea a segurança a saúde e a higiene no trabalho.
empregador) i) Cumprir todas as demais disposições legais sobre segurança, saúde e higiene no
trabalho que lhe sejam aplicáveis.
2 – O empregador que não cumpra com a alínea b) do numero anterior ou que tenha
deixado de cumprir as obrigações impostas pelo contrato de seguro, além das sanções a
que esta sujeito, fica directamente responsável pela consequência dos acidentes ou
doenças verificadas.

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Regulamentação – lei Geral Trabalho 7/2015 15 Junho
ARTIGO 82.º Quando mais de uma empresa exerça simultaneamente a sua actividade num mesmo local
(Colaboração de trabalho, devem todos os empregadores colaborar na aplicação de regras de segurança,
entre saúde e higiene previstas nesta secção e na legislação aplicável, sem prejuízo da
empregadores) responsabilidade de cada um deles em relação à segurança, saúde e higiene dos seus
próprios trabalhadores.

ARTIGO 83.º Alem dos deveres estabelecidos nesta Lei, designadamente na alínea f) do artigo 44º, os
(Obrigações dos trabalhadores são obrigados a utilizar correctamente os dispositivos e equipamentos de
Trabalhadores) segurança, saúde e higiene no trabalho, a não os retirar nem os modificar sem autorização
do empregador.

ARTIGO 84.º Sem prejuízo da responsabilidade civil estabelecida no nº2 do artigo 81, o empregador
(Responsabilidad responde criminalmente pelos acidentes e trabalho ou doenças profissionais que por grave
e Criminal) negligência da sua parte sofram os trabalhadores, mesmo protegidos pelo seguro a que se
refere na alínea b) do nº1 do mesmo artigo.

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Regulamentação – lei Geral Trabalho 7/2015 15 Junho
Em caso de acidentes de trabalho ou doenças profissionais, o empregador é obrigado a:
a) Prestar ao trabalhador sinistrado ou doente os primeiros socorros e fornecer-lhe
transporte adequado ate ao centro médico ou unidade hospitalar onde possa ser
ARTIGO 85.º
(Obrigações tratado.
b) Participar as entidades competentes o acidente ou doença, desde que provoque
imediatas do impossibilidade para o trabalho, no prazo e segundo o procedimento previsto na
empregador) legislação própria.
c) Providenciar a investigação das causas do acidente ou da doença, para adoptar
medidas preventivas apropriadas.

Alem dos deveres estabelecidos nesta Lei, designadamente a alínea g) do artigo 41º, o
empregador é obrigado a:
a) Instalar nos centros de trabalho condições sanitárias e de higiene apropriados a um
ambiente de trabalho sadio;
ARTIGO 86.º
b) Assegurar que as substancias perigosas sejam armazenadas em condições de
(Outras segurança e que nas instalações do centro de trabalho não se acumule lixo, resíduos e
obrigações
desperdícios.
empregador) c) Assegurar que nos centros de trabalho onde não haja posto de saúde, haja uma mala
de primeiros socorros, com o equipamento exigido no regulamento aplicável.
d) Impedir a introdução ou a distribuição de bebidas alcoólicas nos locais onde o trabalho
é executado.

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Regulamentação – lei Geral Trabalho 7/2015 15 Junho

ARTIGO 87.º
Outros (Competência da Inspecção Geral do Trabalho)
ARTIGO 88.º
(Vistoria das Instalações)

1 - Nos centros de trabalho onde exerçam actividades industriais ou de transporte, com


um volume de trabalhadores não inferior ao mínimo fixado em legislação própria ou
ARTIGO 89.º que preencham outros requisitos na mesma previstos, é constituída uma comissão de
(Comissão ou prevenção de acidentes de trabalho, de composição paritária, destinada a apoiar o
serviços de
empregador e responsáveis, os trabalhadores, a Inspecção Geral do Trabalho e outras
prevenção de autoridades com competências nas áreas, na aplicação.
acidentes de
2 – Sempre que as condições e as actividades da empresa o permitem, pode a comissão
trabalho) de prevenção de acidentes de trabalho ser substituída por um serviço interno da
mesma, responsável pelo tratamento desta tarefa.

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Regulamentação – lei Geral Trabalho 7/2015 15 Junho
Capitulo V – Seccção II – Medicina no Trabalho

ARTIGO 90.º
(Posto de saúde e postos farmacêuticos)
Vários ARTIGO 91.º
(Exames médicos)

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Regulamentação – Decreto 31/94 5 Agosto

 O presente decreto estabelece os princípios que visam a promoção de segurança,

higiene e saúde no trabalho, nos termos do preceituado no n.º 2 do artigo 46º da Lei
nº23/92- Lei Constitucional e de acordo com a Lei Geral do Trabalho – 7/2015- alínea
g) artigo 41 e restantes.

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Regulamentação – Decreto 31/94 5 Agosto

• O Sistema de SHT é um conjunto de normas e regulamentos que visam a

melhoria das condições e do meio ambiente de trabalho, tendentes a

salvaguardar a saúde e integridade física do trabalhador, assim como a

aplicação consciente dos princípios, métodos e técnicas da organização do

trabalho, conducentes à redução dos riscos profissionais;

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Regulamentação – Decreto 31/94 5 Agosto
PRINCIPIOS GERAIS:

Todos os trabalhadores têm direito à prestação de trabalho em condições


de segurança, higiene e de protecção da saúde;

A prevenção dos riscos profissionais deve ser desenvolvida segundo


determinados princípios, normas e programas

Estabelece Direitos e Deveres dos Intervenientes:

 MAPTSS;

 Entidade Empregadora;

 Trabalhador;

 Sindicatos

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Regulamentação – Decreto 31/94 5 Agosto

Competências do MAPTSS
 Definir , elaborar e orientar a política de SHST;
 Controlar a aplicação da política definida e fiscalizar o cumprimento das disposições legais;
 Assessorar e aconselhar as empresas, assim como trabalhadores na aplicação da política de SHST;
 Promover a divulgação e a sensibilização dos trabalhadores no sentido de adquirirem hábitos
seguros e higiénicos no trabalho;
 Desenvolver a investigação e a normalização sobre SHST;
 Ordenar a paralisação de equipamentos, maquinarias e processos produtivos nos locais de trabalho
na eminência de acidente de trabalho, risco de incêndio ou incumprimento das normas de SHST;
 Proteger a actividade laboral da mulher, menores e os trabalhadores com capacidade de trabalho
reduzida;
 Elaborar o sistema de recolha, tratamento e divulgação da informação estatística relativa as
questões de SHST

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Regulamentação – Decreto 31/94 5 Agosto

OS DEVERES DO TRABALHADOR –
Artigo 13º
 
•  1 - Cada trabalhador deve cuidar da sua segurança e saúde,
bem como das outras pessoas que possam ser afetadas pelas

suas ações ou omissões na execução das suas atividades

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Regulamentação – Decreto 31/94 5 Agosto

OS DEVERES DO TRABALHADOR Artigo


13º
 
2. Para realizar os objetivos referidos no número anterior e de acordo com a
formação adquirida, o trabalhador deverá:
 

a) cumprir com as instruções, regulamentos de segurança, higiene

e saúde no trabalho e outros em vigor na empresa, como as

regras por postos de trabalho utilizando métodos seguros de

trabalho;
 

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Regulamentação – Decreto 31/94 5 Agosto

OS DEVERES DO TRABALHADOR Artigo


13º
 
2. Para realizar os objetivos referidos no número anterior e de acordo com a
formação adquirida, o trabalhador deverá:
 

b) colaborar nas autoinspeções e investigações dos

acidentes de trabalho e doenças profissionais que se

realizem na empresa;
 

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Regulamentação – Decreto 31/94 5 Agosto

OS DEVERES DO TRABALHADOR Artigo


13º
 
2. Para realizar os objetivos referidos no número anterior e de acordo com a
formação adquirida, o trabalhador deverá:
 

c) utilizar corretamente os equipamentos de proteção

coletiva e individual, assim como velar pela sua

conservação e manutenção;
 

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Regulamentação – Decreto 31/94 5 Agosto

OS DEVERES DO TRABALHADOR Artigo


13º
 
2. Para realizar os objetivos referidos no número anterior e de acordo com a
formação adquirida, o trabalhador deverá:
 

d) eleger os membros da Comissão de

Prevenção de Acidentes de Trabalho e

participar ativamente nas suas atividades;


 

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Regulamentação – Decreto 31/94 5 Agosto

OS DEVERES DO TRABALHADOR Artigo


13º
 
2. Para realizar os objetivos referidos no número anterior e de acordo com a
formação adquirida, o trabalhador deverá:
 

e) participar nas ações de formação, seminários e conferências que sejam

realizadas na sua empresa ou fora desta, a pedido ou mando da entidade

empregador;
 

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Regulamentação – Decreto 31/94 5 Agosto

OS DEVERES DO TRABALHADOR Artigo


13º
 
2. Para realizar os objetivos referidos no número anterior e de acordo com a
formação adquirida, o trabalhador deverá:
 

f) colaborar nas investigações que se realizem para a

melhoria das condições de trabalho;


 

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Regulamentação – Decreto 31/94 5 Agosto
OS DEVERES DO TRABALHADOR Artigo
13º
 

2. Para realizar os objetivos referidos no número anterior e de acordo com a


formação adquirida, o trabalhador deverá:
 

g) submeter-se aos exames

médicos de admissão e periódicos

nas datas marcadas.


 

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Regulamentação – Decreto 31/94 5 Agosto

• Direitos do Trabalhador

• Ser reenquadrado em novo posto de trabalho e receber formação

correspondente, caso sofra de alguma redução na sua capacidade de trabalho

que o impossibilite do exercício das suas actividades habituais.

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Regulamentação – Decreto Executivo 6/96 2 Fevereiro

O presente Regulamento Geral estabelece as normas que regerão


os Serviços de Segurança e Higiene no Trabalho nas empresas,
conforme o nº 2 do artigo 18º do Decreto nº 31/94, de 5 de
Agosto.

 Aplica-se ás empresas, estabelecimentos


comerciais, industriais, mistos, privados, públicos
e cooperativas.

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Regulamentação – Decreto Executivo 6/96 2 Fevereiro

• Estabelece obrigatoriedade da criação e organização de


Serviços de Segurança e Higiene no Trabalho (SSHT) nas
empresas, em conformidade com a Convenção n.º 161 da
Organização Internacional do Trabalho (O.I.T.), de 1985.

• Os SSHT nas empresas, definem-se como instrumentos através dos quais a administração da
empresa assume a responsabilidade, pela prevenção dos acidentes de trabalho e doenças
profissionais

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Regulamentação – Decreto Executivo 6/96 2 Fevereiro

• Os Serviços de Segurança e Higiene no Trabalho, actuando sob a


autoridade da direcção da empresa, têm as seguintes
competências:

a) realizar auto-inspecção com vista a identificar e avaliar os


riscos susceptíveis de provocar danos à integridade física e à
saúde dos trabalhadores no seu posto de trabalho e propor à
empresa medidas preventivas e correctivas;

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Regulamentação – Decreto Executivo 6/96 2 Fevereiro

b) aconselhar a entidade empregadora na planificação e organização do trabalho,


bem como na manutenção das máquinas e no manuseamento dos produtos
químicos em uso na empresa;

c) verificar a aplicação de medidas de segurança, higiene e saúde no trabalho e


avaliar os resultados;

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Regulamentação – Decreto Executivo 6/96 2 Fevereiro

d) investigar as causas dos acidentes de trabalho e doenças profissionais em


colaboração com a Comissão de Prevenção de Acidentes de Trabalhos
«C.P.A.T», proceder aos respectivos registos e informar a Direcção da Empresa, para
posterior comunicação às entidades competentes;

e) analisar os danos sobre os acidentes de trabalho e de doenças profissionais e


elaborar as respectivas estatísticas;

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Regulamentação – Decreto Executivo 6/96 2 Fevereiro

f) elaborar e executar programas de prevenção contra os riscos profissionais


previamente aprovados pela Direcção da Empresa, desde que ouvida a C.P.A.T. e
sugerir a sua actualização;

g) elaborar regras de seguranças para os postos de trabalho e submeter a


consideração de Direcção de Empresa para a sua aprovação;

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Regulamentação – Decreto Executivo 6/96 2 Fevereiro

h) dar Formação inicial e periódica aos trabalhadores e sobre segurança,


higiene e saúde no trabalho;

i) instruir os trabalhadores sobre a importância e uso dos meios de protecção


individual, bem como velar pela sua conservação e manutenção;

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Regulamentação – Decreto Executivo 6/96 2 Fevereiro

j) realizar campanhas internas de prevenção e divulgação de normas, diplomas


legislativos e regulamentos internos em vigor sobre a segurança, higiene e saúde
no trabalho;

k) organizar, orientar e preparar tecnicamente a C.P.A.T. e seminariar


constantemente os seus membros eleitos.

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Regulamentação – Decreto Executivo 21/98 30 Abril

• Estabelecer as normas que regerão as Comissões de Prevenção de


Acidentes de Trabalho, adiante designada por «CPAT», com vista a
permitir a participação dos trabalhadores no programa de prevenção
dos acidentes nos locais de trabalho.

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Regulamentação – Decreto Executivo 21/98 30 Abril

QUEM TEM DE TER CPAT?

São abrangidas por este regulamento geral as empresas públicas,


mistas, privadas e cooperativas que empreguem um número
igual ou superior à 50 trabalhadores, bem como aquelas que
tenham postos de trabalho que apresentem maiores riscos de
acidentes de trabalho ou doenças profissionais, mesmo não
tendo técnicos de segurança de trabalho.

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Regulamentação – Decreto Executivo 21/98 30 Abril

• O QUE É A CPAT?

• “...é um orgão paritário de aconselhamento, instituído em


determinadas empresas, integrado por diversas entidades para
observar, diagnosticar e relatar as condições de riscos
profissionais no ambiente de trabalho, para sugerir medidas
preventivas, com vista a reduzir ou eliminar os riscos que
ameaçam a saúde ou a integridade física dos trabalhadores no
local de trabalho”

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Regulamento Interno de Segurança, higiene saúde
no trabalho

• O Regulamento Interno de Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho, define as normas


relativas à Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho (SHST) aplicáveis a todos os
trabalhadores que prestam serviço empresa, independentemente do tipo de vínculo
laboral e quaisquer que sejam as instalações e locais de trabalho onde exerçam a sua
actividade.

• Tem por objectivo estabelecer a organização, competência e funcionamento


da actividade da empresa na área da SHST, nomeadamente no que se refere
à prevenção técnica dos riscos profissionais, assim como promover a
segurança, higiene e saúde dos trabalhadores.

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Principais definições

• Preocupação com a saúde no Trabalho …

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Principais definições

• Decreto Nº 31/1994, de 5 de Agosto

• SEGURANÇA NO TRABALHO

• Propõe-se combater, dum ponto de vista não médico, os acidentes de trabalho,


quer eliminando as condições inseguras do ambiente, quer educando os
trabalhadores a utilizarem medidas preventivas.

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Principais definições • R
uido
• V
ibra
• I ções
• Decreto Nº 31/1994, de 5 de Agosto lumi
naçã
• C o
a lo r
• P
oeir
as
• …
….

• HIGIENE NO TRABALHO

• Propõe-se combater, dum ponto de vista não médico, as doenças


profissionais, identificando os factores que podem afectar o ambiente do
trabalho e o trabalhador, visando eliminar ou reduzir os riscos profissionais
(condições inseguras de trabalho que podem afectar a saúde, segurança e
bem estar do trabalhador).

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Principais definições

• Decreto Nº 31/1994, de 5 de Agosto

• SAÚDE NO TRABALHO

• Não é só a ausência de doença ou mal estar, abarca


também os elementos físicos e mentais que afectam a
saúde, estando directamente relacionados com a
segurança, a higiene e a saúde no trabalho;

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Principais definições

• Decreto Nº 31/1994, de 5 de Agosto

• PREVENÇÃO

• É o conjunto das disposições ou medidas tomadas ou previstas em todas as


fases da actividade da empresa, tendo em vista evitar ou diminuir os riscos
profissionais;

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Principais definições
• Decreto Nº 31/1994, de 5 de Agosto

• Perigo» a propriedade intrínseca de uma instalação, atividade, equipamento, um


agente ou outro componente material do trabalho com potencial para provocar dano;

• Risco» é a combinação da probabilidade e da gravidade de aquisição de uma lesão ou de


um dano para a saúde de acordo com a causa e o efeito, o momento e a circunstância da
sua ocorrência;

• Acção – Lavar o piso do escritório


• Perigo – Piso escorregadio
• Risco – Queda

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Principais definições

• Decreto Nº 31/1994, de 5 de Agosto

• ACIDENTE DE TRABALHO

• É o acontecimento súbito que ocorre pelo exercício da atividade laboral


ao serviço da empresa e que provoque no trabalhador lesão ou danos
corporais de que resulte incapacidade parcial ou total temporária ou
permanente para o trabalho ou a morte.

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Principais definições

• Decreto Nº 31/1994, de 5 de Agosto

• ACIDENTE DE TRABALHO

• Na ida para o local de trabalho ou no regresso


deste, quando for utilizado meio de transporte
fornecido pela entidade empregadora, ou quando o
acidente seja consequência de particular perigo do
percurso normal ou de outras circunstâncias que
tenham agravado o risco do mesmo percurso –
ACIDENTE DE TRAJECTO ou ITNÉRE;

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Principais definições
• Os incidentes, ou quase-acidentes são todas as ocorrências, que se verificam no

dia a dia de trabalho, que não causam lesão corporal nem material, mas devem

ser devidamente registados

• ACIDE
• INCIDE NTE
NTE

• Causa Lesão
• NÃO Causa Lesão Corporal Corporal e/ou
nem Material Material

 Um acidente é um incidente que resultou em lesão, doença ou fatalidade

 Um “quase acidente” é um incidente no qual não ocorre lesão, doença ou fatalidade

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• DEVO REDUZIR OS INCIDENTES DE FORMA A PREVENIR OS ACIDENTES

• A morte de um homem é uma tragédia. A morte de milhões é uma estatística.

(Stalin dirigindo-se a Churchill em Potsdam, 1945)

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Principais definições

• Decreto Nº 31/1994, de 5 de Agosto

• DOENÇA PROFISSIONAL

• É a alteração da saúde patologicamente definida,


gerada por razões da actividade laboral nos
trabalhadores que de forma habitual se expõem a
factores que produzem doenças e que estão
presentes no meio ambiente de trabalho ou em
determinadas profissões ou ocupações;

• 5
2
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•  CONDIÇÕES DE Higiene no trabalho é um conjunto de métodos e técnicas
não médicas tendentes a preservar a vida e a saúde dos trabalhadores contra a

agressividade dos agentes ambientais nos locais de trabalho onde exercem as suas

funções;

• (Decreto 31/94 - SISTEMA DE SEGURANÇA, HIGIENE E SAÚDE NO TRABALHO)


• No Escritório:

• Mantem a casa de banho limpa- Cabelos no


chão, no ralo de lavar as mãos. Chichi fora da
sanita, papeis no chão.

• Mantem a cozinha limpa e arrumada

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PRINCÍPIOS GERAIS DA
PREVENÇÃO

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PRINCÍPIOS GERAIS DA PREVENÇÃO

• Evitar os riscos

• Descuido é risco, segurança é vida.

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PRINCÍPIOS GERAIS DA PREVENÇÃO

• Avaliar os riscos que não


possam ser evitados

ente
d
o aci
evine
te pr
en
telig
i n
nário
ncio
• Fu

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PRINCÍPIOS GERAIS DA PREVENÇÃO

• Combater os riscos na
origem

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PRINCÍPIOS GERAIS DA PREVENÇÃO

• Adaptar o trabalho ao homem

A
ÃO ES
T
E NÇ EN
R EV ACID IR
• P BIR A CA
SU

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PRINCÍPIOS GERAIS DA PREVENÇÃO

• Ter em conta o estado de


evolução da técnica

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PRINCÍPIOS GERAIS DA PREVENÇÃO

• Substituir o que é perigoso pelo que é isento de perigo


ou, pelo menos, menos perigoso.

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PRINCÍPIOS GERAIS DA PREVENÇÃO

• Planificar a prevenção como


sistema coerente ,organizar o
trabalho.
e r ta
ais c
asem
fr
a éa
rt
ale
mpre
• Se

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PRINCÍPIOS GERAIS DA PREVENÇÃO

• Dar prioridade ás medidas de proteção coletiva .

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PRINCÍPIOS GERAIS DA PREVENÇÃO

• Dar instruções adequadas aos trabalhadores-


Formar e informar.

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PRINCÍPIOS GERAIS DA PREVENÇÃO - EPI

• Trabalhar sem acidente é um ato inteligente.

• SÓ OS
• EPI´S NÃO EVITAM ACIDENTES

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PRINCÍPIOS GERAIS DA PREVENÇÃO - EPI

• Os EPI representam a terceira linha de defesa do trabalhador perante o risco de acidente,


sendo que os EPI devem ser utilizados quando os riscos existentes não puderem ser
evitados ou suficientemente limitados, em primeiro lugar, por medidas, métodos ou
processos de prevenção inerentes à organização do trabalho e em segundo
lugar, por meios técnicos de proteção coletiva EPC.

• Num mesmo ambiente de trabalho, as pessoas partilham riscos comuns. Nesse sentido,
existem medidas de protecção, cujo principal objectivo é assegurar uma proteção contra
os riscos coletivos que assegurem a integridade de todas as pessoas, mesmo que estas
não desempenhem as mesmas funções. Os equipamentos de proteção coletiva- EPC são
uma dessas proteções imprescindíveis e estão na segunda linha de protecção.

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PRINCÍPIOS GERAIS DA PREVENÇÃO - EPI

• Os EPI devem ser cómodos, robustos, leves, adaptáveis e homologados, isto é,


acompanhados da declaração “CE” de conformidade.

•  

• Para a selecção dos EPI´s devem ter-se em conta: Os riscos a que o trabalhador está
exposto, as condições de trabalho, a parte do corpo que se pretende proteger e as
características do próprio trabalhador.

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PRINCÍPIOS GERAIS DA PREVENÇÃO - EPI

Elemento
Riscos associados de Tipo de EPI Observações
proteção
Capacete Existem em liga de alumínio,
-Queda de objectos plástico termoendurecível ou
-pancadas violentas Cabeça termoplástico. O tipo de actividade
-Projecção de partículas e condições de trabalho
determinam a solução.

-Projecção de poeiras e Óculos e Viseiras de protecção Os vidros filtram as radiações


partículas prejudiciais e, consoante a
Olhos e
-Luz visível, invisível ou aplicação, devem resistir ao choque,
raio laser. Rosto corrosão e/ou radiações. Os óculos
-Acção química não devem limitar o campo de visão
-Acção térmica mais que 20%
Inalação de substâncias Máscaras Máscaras pós, químicas, com filtros
perigosas Vias de gases e vapores. Aparelhos
isolantes autónomos ou não.
respiratórias
Dependem do tipo de
substancia/produto a evitar.
Ruído Tampões/abafadores Quanto ao modo de funcionamento
classificam-se em aparelhos activos,
Aparelho
passivos, não lineares, e de
auditivo comunicação. Devem usar-se
sempre que a exposição pessoal
diária possa exceder 85 dB(A).

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PRINCÍPIOS GERAIS DA PREVENÇÃO - EPI

Elemento
Riscos associados de Tipo de EPI Observações
proteção
-Altas temperaturas Vestuário adequado O agente agressor determina o tipo
-Fluidos corrosivos de tecido ou material em que o
-Radiações Tronco vestuário deve ser confeccionado
-Resíduos de partículas
perigosas
-Alta tensão
-Mecânicos Calçado de segurança Calçado com biqueira e palmilha de
-Físicos KEVLAR ou equivalente, próprio
-Químicos para trabalhar em ambientes alta
-Eléctricos Pés tensão, contra queda de objectos,
botins de borracha para meios
húmidos, com reflector aluminizado
para resistir ao calor.
Luvas, manguitos Consoante o tipo de risco a
Mãos e prevenir usam-se dedeiras, luvas,
mangas ou braçadeiras de couro,
braços
tecido, borracha, plástico ou malha
metálica.
Quedas em altura Arnês de Sempre que exista o risco de queda
Segurança livre deve usar-se cinto de
Corpo
segurança ou arnés, ligado a um
ponto resistente.

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FACTORES QUE AFECTAM A SHST

Ruido
Iluminação,
ambiente
térmico

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FACTORES QUE AFECTAM A SHST

• CONDIÇÕES PERIGOSAS

• Máquinas e ferramentas Condições de organização (Lay-Out mal feito (é um esboço mostrando a


distribuição física, tamanhos e pesos de elementos como texto, gráficos ou figuras num
determinado espaço. Pode ser apenas formas rabiscadas numa folha para depois realizar o projeto
ou pode ser o projeto em fase de desenvolvimento), armazenamento perigoso, Falta de
Equipamento de Proteção Individual - E.P.I.).

• Condições de ambiente físico, (iluminação, calor, frio, poeiras, ruído)

• AÇÕES PERIGOSAS: Falta de cumprimento de ordens (não usar E.P.I.) Ligado à natureza do trabalho
(erros na armazenagem) Nos métodos de trabalho (trabalhar a ritmo anormal, manobrar
empilhadores sem formação, distrações, brincadeiras).

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DUVIDAS OU QUESTÕES?

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