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SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO

Princípios do Direito Ambiental do Trabalho II


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PRINCÍPIOS DO DIREITO AMBIENTAL DO TRABALHO II

Princípio da Instrução do Trabalhador

O trabalhador deve ter uma orientação sobre os riscos da atividade que desenvolve.

• 148 OIT:

Art. 7º

1. Deverá obrigar-se aos trabalhadores a observância das normas de segurança destina-


das a prevenir e a limitar os riscos profissionais devidos à contaminação do ar, ao ruído e às
vibrações no local de trabalho, e a assegurar a proteção contra tais riscos.
2. Os trabalhadores ou seus representantes terão direito a apresentar propostas, receber
informações e orientação, e a recorrer a instâncias apropriadas, a fim de assegurar a pro-
teção contra riscos profissionais devidos à contaminação do ar, ao ruído e às vibrações no
local de trabalho.

 Obs.: os próprios membros da CIPA devem ser instruídos em relação à atividade que
desenvolvem.

Art. 13. Todas as pessoas interessadas:


a) deverão ser apropriada e suficientemente informadas sobre os riscos profissionais que
possam originar-se no local de trabalho devido à contaminação do ar, ao ruído e às vibrações;
b) deverão receber instruções suficientes e apropriadas quanto aos meios disponíveis
para prevenir e limitar tais riscos, e proteger-se dos mesmos.

• OIT 155

Art. 5º A política à qual se faz referência no artigo 4 da presente Convenção deverá levar
em consideração as grandes esferas de ação que se seguem, na medida em que possam
afetar a segurança e a saúde dos trabalhadores e o meio ambiente de trabalho:
c) treinamento, incluindo o treinamento complementar necessário, qualificações e moti-
vação das pessoas que intervenham, de uma ou de outra maneira, para que sejam atingidos
níveis adequados de segurança e higiene;
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• OIT 167

Art. 10. A legislação nacional deverá prever que em qualquer local de trabalho os traba-
lhadores terão o direito e o dever de participarem no estabelecimento de condições seguras
de trabalho na medida em que eles controlem o equipamento e os métodos de trabalho ado-
tados, naquilo que estes possam afetar a segurança e a saúde.

• OIT 155

Art. 14. Medidas deverão ser adotadas no sentido de promover, de maneira conforme
à prática e às condições nacionais, a inclusão das questões de segurança, higiene e meio
ambiente de trabalho em todos os níveis, médio e profissional, com o objetivo de satisfazer
as necessidades de treinamento de todos os trabalhadores.

Princípio do Não Improviso


5m

O empregador não pode lidar com a segurança e saúde do trabalho de maneira improvi-
sada. Ele deve, a todo momento, analisar o ambiente de trabalho e chegar ao sistema para
verificar a existência de riscos. Em seguida, deve planejar para diminuir tais riscos e deve
implementar o plano de gerenciamento de riscos.

• Metodologia a ser seguida: PDCA.

‒ PLAN: planejar;
‒ DO: fazer;
‒ CHECK: verificar;
‒ ACT: agir.

•A metodologia PDCA deve ser vista como um ciclo.


CLT

Art. 626. Incumbe às autoridades competentes do Ministério do Trabalho, Indústria e


Comércio, ou àquelas que exerçam funções delegadas, a fiscalização do fiel cumprimento
das normas de proteção ao trabalho.
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Parágrafo único. Os fiscais dos Institutos de Seguro Social e das entidades paraestatais
em geral dependentes do Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio serão competentes
para a fiscalização a que se refere o presente artigo, na forma das instruções que forem
expedidas pelo Ministro do Trabalho, Indústria e Comércio.

• OIT 155

Art. 9º O controle da aplicação das leis e dos regulamentos relativos à segurança, à


higiene e ao meio ambiente de trabalho deverá estar assegurado por um sistema de inspe-
ção das leis ou dos regulamentos.
Obs.: deve haver fiscalização tanto do Estado como da própria empresa, para verificar se
o programa de gerenciamento de riscos está sendo executado de forma efetiva.

• Decreto n. 4.552, de 27 de dezembro de 2002

Art. 18. Compete aos Auditores-Fiscais do Trabalho, em todo o território nacional:


I – verificar o cumprimento das disposições legais e regulamentares, inclusive as relacio-
nadas à segurança e à saúde no trabalho, no âmbito das relações de trabalho e de emprego,
em especial:
a) os registros em Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS), visando à redução
dos índices de informalidade;
b) o recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), objetivando maxi-
mizar os índices de arrecadação;
c) o cumprimento de acordos, convenções e contratos coletivos de trabalho celebrados
entre empregados e empregadores; e
d) o cumprimento dos acordos, tratados e convenções internacionais ratificados pelo Brasil;

• OIT 148

Art. 15. Segundo as modalidades e nas circunstâncias fixadas pela autoridade compe-
tente, o empregador deverá designar pessoa competente ou recorrer a serviço especiali-
zado, comum ou não a várias empresas, para que se ocupe das questões de prevenção e
limitação da contaminação do ar, do ruído e das vibrações no local de trabalho.
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• OIT 161

Art. 5º Sem prejuízo da responsabilidade de cada empregador a respeito da saúde e da


segurança dos trabalhadores que emprega, e tendo na devida conta a necessidade de par-
ticipação dos trabalhadores em matéria de segurança e saúde no trabalho, os serviços de
saúde no trabalho devem assegurar as funções, dentre as seguintes, que sejam adequadas
e ajustadas aos riscos da empresa com relação à saúde no trabalho:
a) identificar e avaliar os riscos para a saúde, presentes nos locais de trabalho;
b) vigiar os fatores do meio de trabalho e as práticas de trabalho que possam afetar a
saúde dos trabalhadores, inclusive as instalações sanitárias, as cantinas e as áreas de habi-
tação, sempre que esses equipamentos sejam fornecidos pelo empregador;
10m
c) prestar assessoria quanto ao planejamento e à organização do trabalho, inclusive
sobre a concepção dos locais de trabalho, a escolha, a manutenção e o estado das máqui-
nas e dos equipamentos, bem como, sobre o material utilizado no trabalho;
d) participar da elaboração de programa de melhoria das práticas de trabalho, bem como
dos testes e da avaliação de novos equipamentos no que concerne aos aspectos da saúde;
e) prestar assessoria nas áreas da saúde, da segurança e da higiene no trabalho, da
ergonomia e, também, no que concerne aos equipamentos de proteção individual e coletiva;
f) acompanhar a saúde dos trabalhadores em relação com o trabalho;
g) promover a adaptação do trabalho aos trabalhadores;
h) contribuir para as medidas de readaptação profissional;
i) colaborar na difusão da informação, na formação e na educação nas áreas da saúde e
da higiene no trabalho, bem como na da ergonomia;
j) organizar serviços de primeiros socorros e de emergência;
k) participar da análise de acidentes de trabalho e das doenças profissionais.

Princípio da Retenção do Risco na Fonte

Quando há algum risco, a primeira providência que o empregador deve tomar é verificar
se os equipamentos de proteção coletiva são suficientes para filtrar, eliminar ou neutralizar
aquele agente.
Em segundo lugar, deve implementar medidas de organização do trabalho. Por fim, deve
adotar equipamentos de proteção individual (EPI).
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A ideia é reter o risco na fonte.


Durante a pandemia, por exemplo, as medidas de proteção coletiva eram: arejar os
ambientes, estabelecer mais espaço entre as pessoas no ambiente de trabalho. As medidas
de organização do trabalho mais utilizadas foram os turnos de revezamento ou turnos redu-
zidos de trabalho, para fazer com que os trabalhadores não ficassem ao mesmo tempo no
mesmo local.
15m
Por fim, os equipamentos e proteção individual foram as máscaras e o uso do álcool em gel.
Além de desconfortável, o EPI nunca é 100% efetivo, pois depende do fator humano. Por
isso, sempre é a última medida adotada.

• OIT 148

Art. 9º Na medida do possível, dever-se-á eliminar todo risco devido à contaminação do


ar, ao ruído e às vibrações no local de trabalho:
a) mediante medidas técnicas aplicadas às novas instalações e aos novos métodos de
sua elaboração ou de sua instalação, ou mediante medidas técnicas aduzidas às instalações
ou operações existentes, ou quando isto não seja possível;
b) mediante medidas complementares de organização do trabalho.
Art. 10. Quando as medidas adotadas em conformidade com o Artigo 9 não reduzam a
contaminação do ar, o ruído e as vibrações no local de trabalho a limites especificados de
acordo com o Artigo 8, o empregador deverá proporcionar e conservar em bom estado o
equipamento de proteção pessoal apropriado. O empregador não deverá obrigar um traba-
lhador a trabalhar sem o equipamento de proteção pessoal previsto neste Artigo.

• OIT 155

Art. 12. Deverão ser adotadas medidas de conformidade com a legislação e a prática
nacionais a fim de assegurar que aquelas pessoas que projetam, fabricam, importam, for-
necem ou cedem, sob qualquer título, maquinário, equipamentos ou substâncias para uso
profissional:
a) tenham certeza, na medida do razoável e possível, de que o maquinário, os equipa-
mentos ou as substâncias em questão não implicará perigo algum para a segurança e a
saúde das pessoas que fizerem uso correto dos mesmos;
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b) facilitem informações sobre a instalação e utilização corretas do maquinário e dos


equipamentos e sobre o uso correto de substâncias, sobre os riscos apresentados pelas
máquinas e os materiais, e sobre as características perigosas das substâncias químicas, dos
agentes ou dos produtos físicos ou biológicos, assim como instruções sobre a forma de pre-
venir os riscos conhecidos;
c) façam estudos e pesquisas, ou se mantenham a par de qualquer outra forma, da evo-
lução dos conhecimentos científicos e técnicos necessários para cumprir com as obrigações
expostas nos itens a) e b) do presente artigo.

Medidas Gerais de Proteção

• 1º: Proteção coletiva;


• 2º: Medidas administrativas/organização;
• 3º: Proteção individual;
• O objetivo é a retenção do risco na fonte.

Nessa linha, assevera Sebastião Geraldo de Oliveira:


“Outra tendência bem caracterizada é a que visa a eliminar os riscos para a saúde do
trabalhador na sua origem, em vez de tentar neutralizá-los com a utilização de equipamentos
de proteção. Está comprovada a resistência do trabalhador em utilizar os equipamentos de
proteção individual, que além de incomodar bastante, limitam a percepção do ambiente de
trabalho, chegando, em algumas situações, até mesmo a causar acidentes”.

Princípio da Adaptação do trabalho ao Trabalhador

• Ergonomia: conjunto de ciências e tecnologias que procura fazer um ajuste confortável


e produtivo entre homem e seu trabalho às características do ser humano.
25m
• Ergo (trabalho) – nomos (regras).
• Conforto-produtividade.
• O risco se encontra dentro do campo da previsibilidade, pode ser eliminado e
minimizado.

O documento da União Europeia que estabelece a “Estratégia comunitária para a saúde


e a segurança no trabalho 2007-2012” destaca:
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Uma boa saúde no trabalho permite melhorar a saúde pública em geral, assim como
a produtividade e a competitividade das empresas. Além disso, os problemas de saúde e
de segurança no trabalho custam caro aos sistemas de proteção social. É, pois, necessá-
rio assegurar aos trabalhadores condições de trabalho agradáveis e contribuir para o seu
bem-estar geral. (...) Em uma economia cada vez mais globalizada, é o interesse da UE
elevar as normas laborais em todo o mundo, através de uma ação multilateral em coopera-
ção com as entidades internacionais competentes e bilaterais no âmbito das suas relações
com países terceiros. Deve ainda ajudar os países candidatos e preparar a aplicação do
acervo comunitário.

�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Concursos, de acordo com a aula
preparada e ministrada pela professora Fernanda da Rocha Teixeira.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conte-
údo ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura
exclusiva deste material.
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