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Remuneração XI
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REMUNERAÇÃO XI
LUVAS
Muitas pessoas, ao serem contratadas, são atraídas para determinado emprego em razão
do pagamento de luvas. Nessa situação, o empregador paga luvas ao empregado para que
este firme o contrato de trabalho.
Cumpre destacar que o pagamento a título de luvas possui natureza salarial. Nesse sen-
tido, pode-se ressaltar os julgados a seguir.
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Mediante o exposto, o pagamento de luvas em parcela única tem natureza salarial, mas
sobre ele incide apenas o FGTS e, evidentemente, com a dispensa sem justa causa, ganha-
-se multa de 40% que considera, em sua base de cálculo, o FGTS.
STOCK OPTION
[…] AÇÕES. NÃO INTEGRAÇÃO. REMUNERAÇÃO. A não integração dos stock options ou ações
na remuneração do empregado decorre da literalidade do disposto no § 1º do art. 457 da CLT.
Agravo de Instrumento a que se nega provimento. Processo: AIRR – 38740-45.2003.5.15.0045
Data de Julgamento: 24/09/2008, Relator Ministro: Carlos Alberto Reis de Paula, 3ª Turma, Data
de Divulgação: DEJT 17/10/2008.
Embora não seja uma remuneração, a stock option é um direito relevante para o trabalha-
dor, uma vez que ele pode obter vantagens com isso, como a compra mais barata da ação da
empresa, com as possibilidades de que mantenha a ação ou de que a venda posteriormente
com o valor mais alto do que comprou.
Uma situação não é admissível na Jurisprudência: é o caso das empresas que conce-
dem a opção de compra para os trabalhadores e estabelecem um período de carência, mas
vedam a opção de compra deles caso sejam demitidos nesse período. Assim, não se admite
ANOTAÇÕES
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a fixação de planos de opção de compra que criem condição meramente potestativa contra
o empregado. Conforme estabelecido pelo TST,
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[…] STOCK OPTION PLAN. AQUISIÇÃO FUTURA DE AÇÕES. DISPENSA SEM JUSTA CAUSA
NO CURSO DO PERÍODO DE CARÊNCIA. CLÁUSULA DE EXTINÇÃO AUTOMÁTICA DO DIREI-
TO DE COMPRA. CONDIÇÃO MERAMENTE POTESTATIVA. DIREITO À INDENIZAÇÃO SUBS-
TITUTIVA. 1. O Plano de Opção de Compra Facilitada de Ações (Stock Option Plan), instituído pela
reclamada, prevê a outorga de ações aos empregados, que poderão exercer a prerrogativa após
um período de carência, mediante o pagamento de um preço prefixado. 2. Na hipótese dos autos,
o Plano instituído pela demandada prevê que, no caso de dispensa sem justa causa durante o pe-
ríodo de carência, a opção de compra será automaticamente extinta. Ao se definir um período de
carência para fazer jus o obreiro à opção de compra das ações, definiu a empresa a necessidade
de manutenção do contrato de emprego como condição para se realizar a referida opção. 3. Não
há qualquer controvérsia quanto à validade do período de carência estabelecido no plano para
que se exerça a opção de compra das ações, requisito inerente aos Planos de Compra de Ações
(Stock Option Plan). Tem-se, no entanto, por inadmissível a condição que retira dos obreiros o
direito à opção de compra no caso de dispensa sem justa causa durante o período de carência,
porquanto permite que a reclamada, ao dispensar o empregado, valendo-se de tal condição, obste
a regular fruição do direito pelo obreiro. As circunstâncias reveladas nos presentes autos denotam,
de modo indiscutível, que a referida cláusula permite que a empresa, de modo unilateral, impeça
o empregado de usufruir o direito, constituindo-se em condição meramente potestativa, porquanto
dependente apenas do arbítrio do empregador. 4. Assim, no caso de dispensa do obreiro no curso
do período de carência, deve-se considerar preenchido o requisito temporal definido no Plano,
nos termos do artigo 129 do Código Civil. 5. Recurso de Revista conhecido e não provido. (RR-
363-05.2011.5.04.0021, 1ª Turma, Relator Desembargador Convocado Marcelo Lamego Pertence,
DEJT 02/06/2017)
Art. 129. Reputa-se verificada, quanto aos efeitos jurídicos, a condição cujo implemento for mali-
ciosamente obstado pela parte a quem desfavorecer, considerando-se, ao contrário, não verificada
a condição maliciosamente levada a efeito por aquele a quem aproveita o seu implemento.
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Art. 7º […]
XI – participação nos lucros, ou resultados, desvinculada da remuneração, e, excepcionalmente,
participação na gestão da empresa, conforme definido em lei;
A situação da participação nos lucros e resultados pode ser verificada na Lei n. 10.101/2000:
Art. 1º Esta Lei regula a participação dos trabalhadores nos lucros ou resultados da empresa como
instrumento de integração entre o capital e o trabalho e como incentivo à produtividade, nos termos
do art. 7º, inciso XI, da Constituição.
Art. 2º A participação nos lucros ou resultados será objeto de negociação entre a empresa e seus
empregados, mediante um dos procedimentos a seguir descritos, escolhidos pelas partes de co-
mum acordo:
I – comissão paritária escolhida pelas partes, integrada, também, por um representante indicado
pelo sindicato da respectiva categoria;
II – convenção ou acordo coletivo.
§ 1º Dos instrumentos decorrentes da negociação deverão constar regras claras e objetivas quanto
à fixação dos direitos substantivos da participação e das regras adjetivas, inclusive mecanismos de
aferição das informações pertinentes ao cumprimento do acordado, periodicidade da distribuição,
período de vigência e prazos para revisão do acordo, podendo ser considerados, entre outros, os
seguintes critérios e condições:
I – índices de produtividade, qualidade ou lucratividade da empresa;
II – programas de metas, resultados e prazos, pactuados previamente.
§ 2º O instrumento de acordo celebrado será arquivado na entidade sindical dos trabalhadores.
§ 3º Não se equipara a empresa, para os fins desta Lei:
I – a pessoa física;
II – a entidade sem fins lucrativos que, cumulativamente:
a) não distribua resultados, a qualquer título, ainda que indiretamente, a dirigentes, administrado-
res ou empresas vinculadas;
b) aplique integralmente os seus recursos em sua atividade institucional e no País;
c) destine o seu patrimônio a entidade congênere ou ao poder público, em caso de encerramento
de suas atividades;
d) mantenha escrituração contábil capaz de comprovar a observância dos demais requisitos deste
inciso, e das normas fiscais, comerciais e de direito econômico que lhe sejam aplicáveis. […]
Art. 3º A participação de que trata o art. 2º não substitui ou complementa a remuneração devida a
qualquer empregado, nem constitui base de incidência de qualquer encargo trabalhista, não se lhe
aplicando o princípio da habitualidade.
§ 1º Para efeito de apuração do lucro real, a pessoa jurídica poderá deduzir como despesa ope-
racional as participações atribuídas aos empregados nos lucros ou resultados, nos termos da
presente Lei, dentro do próprio exercício de sua constituição.
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Cumpre destacar que a rescisão contratual antes do pagamento gera direito à proporcio-
nalidade. Dessa forma, deve-se receber a participação nos lucros e resultados conforme o
tempo trabalhado. Por isso, o TST define que
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86. (FCC/TRT 23ª REGIÃO (MT)/JUIZ DO TRABALHO SUBSTITUTO/2015) Analise a pro-
posição abaixo:
Empregado dispensado sem justa causa no mês de setembro tem direito à participação
nos lucros e resultados de forma proporcional aos meses trabalhados, tendo em vista
que concorreu para os resultados positivos da empresa no ano.
COMENTÁRIO
De fato, empregado dispensado sem justa causa tem direito à participação nos lucros e
resultados de forma proporcional aos meses trabalhados.
GABARITO
86. C
�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Online, de acordo com a aula prepa-
rada e ministrada pelo professor José Gervásio Meireles.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
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