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Remuneração V
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REMUNERAÇÃO V
REMUNERAÇÃO
Suponha que o sindicato dos trabalhadores tenha assinado um acordo coletivo de tra-
balho com uma empresa no qual consta que o adicional de insalubridade seria apurado no
grau de 20%, em vez de 40% que determinada substância faria jus. Ou seja, a norma coletiva
estabeleceria um grau inferior àquele que seria conferido na realização de uma perícia. O
TST já analisou situações como essa:
A posição do TST, portanto, era de que a norma coletiva não poderia fazer essa redução.
No entanto, houve a reforma trabalhista:
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Assim, há uma previsão expressa na CLT de que o grau de insalubridade pode ser defi-
nido por convenção coletiva de trabalho ou acordo coletivo de trabalho. Com isso, somente
com o passar do tempo e com os julgamentos que se consolidará uma posição sobre esse
assunto. Na prova, considere que, segundo a CLT, isso é possível!
Esse pode ser o caso em que um trabalhador está exposto a um agente químico que dá
direito a um adicional de 40% e a um agente físico que dá direito a um adicional de 10%.
Nesses casos, a NR-15 do Ministério do Trabalho traz a seguinte disposição:
Assim, a pessoa não ganhará dois ou mais adicionais de insalubridade, mas apenas o
valor referente àquele mais elevado.
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Eliminação é o caso de não haver mais o agente nocivo; exemplo: a pessoa não está
mais exposta a um agente químico. Pode acontecer, por outro lado, de o trabalhador, que
estava exposto a um agente físico, ter sido colocado dentro do limite de tolerância, que seria
a neutralização.
Considere, em primeiro lugar, o artigo 191 da CLT:
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Súmula 80 do TST
INSALUBRIDADE (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003
A eliminação da insalubridade mediante fornecimento de aparelhos protetores aprovados pelo ór-
gão competente do Poder Executivo exclui a percepção do respectivo adicional.
Destaca-se que o trabalhador precisa usar o equipamento, não sendo suficiente que seja
oferecido pelo empregador. Isto é, se o trabalhador não usar o equipamento, ele continuará
exposto ao agente nocivo e, por consequência, ainda tem direito ao adicional:
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A mesma coisa acontece no caso de eliminação da insalubridade – aquilo que era insa-
lubre não é mais considerado assim, como nocivo para a saúde.
Segundo a CLT, ainda:
CLT
Art. 194 - O direito do empregado ao adicional de insalubridade ou de periculosidade cessará com
a eliminação do risco à sua saúde ou integridade física, nos termos desta Seção e das normas
expedidas pelo Ministério do Trabalho.
CLT
Art. 166 - A empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, equipamento de pro-
teção individual adequado ao risco e em perfeito estado de conservação e funcionamento, sempre
que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os riscos de acidentes e
danos à saúde dos empregados.
Art. 167 - O equipamento de proteção só poderá ser posto à venda ou utilizado com a indicação
do Certificado de Aprovação do Ministério do Trabalho.
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Além do certificado de aprovação, este não pode estar com a validade vencida porque a
eficácia não seria a mesma:
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CLT
Art. 190 - O Ministério do Trabalho aprovará o quadro das atividades e operações insalubres e
adotará normas sobre os critérios de caracterização da insalubridade, os limites de tolerância aos
agentes agressivos, meios de proteção e o tempo máximo de exposição do empregado a esses
agentes. (Redação dada pela Lei n. 6.514, de 22.12.1977)
OJ 173 da SDI-I
ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. ATIVIDADE A CÉU ABERTO. EXPOSIÇÃO AO SOL E AO
CALOR (redação alterada na sessão do tribunal pleno realizada em 14.09.2012) – Res. 186’/2012,
DEJT divulgado em 25, 26 e 27.09.2012
I – Ausente previsão legal, indevido o adicional de insalubridade ao trabalhador em atividade
a céu aberto, por sujeição à radiação solar (art. 195 da CLT e Anexo 7 da NR 15 da Portaria N.
3214/78 do MTE).
II – Tem direito ao adicional de insalubridade o trabalhador que exerce atividade exposto ao calor
acima dos limites de tolerância, inclusive em ambiente externo com carga solar, nas condições
previstas no Anexo 3 da NR 15 da Portaria n. 3214/78 do MTE.
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Note que houve uma interpretação aqui quanto à atividade ser insalubre.
CF
Art. 7º (...)
XXIII – adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na
forma da lei;
CLT
Art. 193. São consideradas atividades ou operações perigosas, na forma da regulamentação apro-
vada pelo Ministério do Trabalho e Emprego, aquelas que, por sua natureza ou métodos de
trabalho, impliquem risco acentuado em virtude de exposição permanente do trabalhador a:
(Redação dada pela Lei n. 12.740, de 2012)
I – inflamáveis, explosivos ou energia elétrica; (Incluído pela Lei n. 12.740, de 2012)
II – roubos ou outras espécies de violência física nas atividades profissionais de segurança pessoal
ou patrimonial.
(...)
§ 4 o São também consideradas perigosas as atividades de trabalhador em motocicleta.
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Isso é possível porque a CLT, em seu artigo 200, estabelece a possibilidade de o Minis-
tério do Trabalho apresentar normas que sejam técnicas. Essa é, portanto, a sexta situação
de adicional de periculosidade.
Há algumas situações do dia a dia que devem ser analisadas frente a essas hipóteses,
como por exemplo:
Súmula 39 do TST
PERICULOSIDADE (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003
Os empregados que operam em bomba de gasolina têm direito ao adicional de periculosidade
(Lei n. 2.573, de 15.08.1955).
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não operava aparelhos de Raios X, tendo o Tribunal Regional afastado o pagamento do adicio-
nal de periculosidade nos termos da Portaria MTE n. 595/2015 e sua nota explicativa. O acórdão
regional, portanto, encontra-se em conformidade com a jurisprudência atual desta Corte, sendo
inviável a admissibilidade do recurso de revista (art. 896, § 7º, da CLT e Súmula 333/TST). Recurso
de revista não conhecido. (...)” (ARR-180-26.2013.5.04.0001, 5ª Turma, Relator Ministro Douglas
Alencar Rodrigues, DEJT 10/12/2021).
Na NR 16, há um anexo que trata do trabalho com energia elétrica. Assim, atualmente, o
perito analisará se o caso concreto se enquadra no que está disposto na NR.
A referência dessa OJ é à Lei n. 7.369/1985, que foi revogada. Atualmente, essa análise
é feita com base na CLT e na NR-16.
Essa é a situação da pessoa que não trabalha com o líquido inflamável, mas no local em
que há líquido inflamável:
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�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Online, de acordo com a aula prepa-
rada e ministrada pelo professor José Gervásio Meireles.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
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