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02/02/2024, 17:11 Insalubridade - Atividades e Operações - NR 15

INSALUBRIDADE - ATIVIDADES E OPERAÇÕES - NR 15

São consideradas atividades ou operações insalubres as que se desenvolvem:

acima dos limites de tolerância previstos nos anexos à NR-15 de números:

1 - Limites de Tolerância para Ruído Contínuo ou Intermitente;


2 - Limites de Tolerância para Ruídos de Impacto;
3 - Limites de Tolerância para Exposição ao Calor;
5 - Limites de Tolerância para Radiações Ionizantes;
11 - Agentes Químicos cuja Insalubridade é caracterizada por Limite de Tolerância e
Inspeção no Local de Trabalho;
12 - Limites de Tolerância para Poeiras Minerais.

nas atividades mencionadas nos anexos números:

6 - Trabalho sob Condições Hiperbáricas;


13 - Agentes Químicos;
14 - Agentes Biológicos.

comprovadas através de laudo de inspeção do local de trabalho, constantes dos anexos


números:

7 - Radiações Não Ionizantes;


8 - Vibrações;
9 - Frio;
10 - Umidade.

LIMITE DE TOLERÂNCIA

Entende-se por Limite de Tolerância a concentração ou intensidade máxima ou mínima,


relacionada com a natureza e o tempo de exposição ao agente, que não causará dano à saúde do
trabalhador, durante a sua vida laboral.

ATIVIDADE INSALUBRE – CARACTERIZAÇÃO

Cabe à autoridade regional competente em matéria de segurança e saúde do trabalhador,


comprovada a insalubridade por laudo técnico de engenheiro de segurança do trabalho ou
médico do trabalho, devidamente habilitado, fixar adicional devido aos empregados expostos à
insalubridade quando impraticável sua eliminação ou neutralização.

É facultado às empresas e aos sindicatos das categorias profissionais interessadas requererem ao


Ministério do Trabalho, através das DRT’s, a realização de perícia em estabelecimento ou setor
deste, com o objetivo de caracterizar e classificar ou determinar atividade insalubre. O disposto
não prejudica a ação fiscalizadora do MTb, nem a realização "ex-officio" de perícia, quando
solicitado pela Justiça, nas localidades onde não houver perito.

Nas perícias requeridas às Delegacias Regionais do Trabalho, desde que comprovada a


insalubridade, o perito do Ministério do Trabalho indicará o adicional devido. O perito

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descreverá no laudo a técnica e a aparelhagem utilizadas.

De a acordo com a Súmula 448 do TST, a constatação da insalubridade apenas por laudo pericial
não é suficiente para que o empregado tenha direito ao respectivo adicional, sendo necessária a
classificação da atividade insalubre na relação oficial elaborada pelo Ministério do Trabalho.

Por outro lado, ainda que não tenha sido feito o laudo pericial, uma vez constatada que o
trabalho realizado pelo empregado esteja enquadrado na lista de atividades insalubres constantes
nos anexos da NR-15, o empregador estará sujeito ao pagamento do respectivo adicional.

É o caso, por exemplo do(a) empregado(a) que atua na higienização de instalações sanitárias de
uso público ou coletivo de grande circulação e que não se equipara à limpeza em residências e
escritórios. Nestes casos, é importante que o empregador solicite a realização de perícia, a fim de
constatar, ainda que a atividade seja de limpeza de banheiro de uso público, que a mesma não
enseja o pagamento de adicional de insalubridade em grau máximo previsto no Anexo 14 da NR-
15 da Portaria do MTE nº 3.214/78.

Caso o empregador deixe de realizar a perícia quando deveria, poderá ensejar sua condenação ao
pagamento do adicional de acordo com o previsto na legislação, conforme jurisprudência abaixo.

ADICIONAL DE INSALUBRIDADE

O exercício de trabalho em condições de insalubridade assegura ao trabalhador a percepção de


adicional, incidente sobre o salário base (súmula 228 do TST - ver nota STF), ou previsão mais
benéfica em Convenção Coletiva de Trabalho, equivalente a:

40% (quarenta por cento), para insalubridade de grau máximo;


20% (vinte por cento), para insalubridade de grau médio;
10% (dez por cento), para insalubridade de grau mínimo.

No caso de incidência de mais de um fator de insalubridade, será apenas considerado o de grau


mais elevado, para efeito de acréscimo salarial, sendo vedada a percepção cumulativa.

Portanto, se o empregado realiza determinada atividade na empresa exposto a 2 (dois) agentes


insalubres, sendo um de 10% (dez por cento) e outro de 20% (vinte por cento), o empregado não
poderá receber 30% (10% + 20%) de insalubridade cumulativamente.

Neste caso, o empregado fará jus ao recebimento do adicional de maior percentual, ou seja, o de
20% (vinte por cento).

Base de Cálculo do Adicional de Insalubridade

De acordo com a Súmula Vinculante nº 4 do STF que alterou a Súmula 228 do TST, a partir de 9
de maio de 2008 o Adicional de Insalubridade deve ser calculado sobre o salário básico, salvo
critério mais vantajoso fixado em instrumento coletivo. Portanto, a indexação do salário-mínimo
do art. 192 da CLT como base de cálculo tornou-se inconstitucional.

Conforme determina a nova redação da Súmula 228 do TST, alterada pela Resolução nº
148/2008 e Resolução TST 185/2012, a base de cálculo do adicional de insalubridade é sempre o
salário base do empregado, salvo se houver critério mais vantajoso estabelecido em acordo ou
convenção coletiva.

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Nº 228 ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. BASE DE CÁLCULO.(redação


alterada na sessão do Tribunal Pleno em 26.06.2008) - Res. 148/2008, DJ 04 e
07.07.2008 - Republicada DJ 08, 09 e 10.07.2008. Súmula cuja eficácia está
suspensa por decisão liminar do Supremo Tribunal Federal A partir de 9 de maio
de 2008, data da publicação da Súmula Vinculante nº 4 do Supremo Tribunal
Federal, o adicional de insalubridade será calculado sobre o salário básico, salvo
critério mais vantajoso fixado em instrumento coletivo. Alteração dada pela
Resolução TST 185/2012.

A mesma resolução que altera a Súmula nº 228 ainda cancela a Súmula nº 17 e a Orientação
Jurisprudencial nº 02 da Seção Especializada em Dissídios Individuais (SDI-1) e confere nova
redação à Orientação Jurisprudencial nº 47 da SDI-1 (mencionada abaixo), nos seguintes termos:

Súmula e OJ Canceladas:

SÚMULA Nº 17 - ADICIONAL DE INSALUBRIDADE - Restaurada - Res.


121/2003, DJ 21.11.2003:
“O adicional de insalubridade devido a empregado que, por força de lei, convenção
coletiva ou sentença normativa, percebe salário profissional será sobre este
calculado.”

OJ - Nº 2 ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. BASE DE CÁLCULO. MESMO NA


VIGÊNCIA DA CF/1988: SALÁRIO MÍNIMO. Inserida em 29.03.1996.

O art. 192 da CLT assegurava a percepção de adicional respectivamente de 40% (quarenta por
cento), 20% (vinte por cento) e 10% (dez por cento) do salário mínimo, segundo se classifiquem
nos graus máximo, médio e mínimo.

No entanto, o inciso IV do art. 7º da Constituição Federal, veda expressamente a vinculação do


salário mínimo para qualquer fim. Assim, o STF editou a Súmula Vinculante nº 4 alterando a
base de cálculo, caracterizando inconstitucional a indexação do salário mínimo previsto no art.
192 da CLT.

Sob esta ótica e com base na súmula 228 do TST, não havendo previsão em lei, convenção
coletiva ou sentença normativa que estabeleça critério mais vantajoso para fins de base de
cálculo do adicional de insalubridade, o adicional deveria ser calculado com base no salário
recebido pelo empregado (salário base) e não sobre o salário mínimo.

Entretanto, a eficácia da referida súmula está suspensa pelo STF, porquanto ainda continua
valendo o salário mínimo como base de calculo do referido adicional, salvo situação mais
favorável consoante nota abaixo sobre LIMINAR do STF.

ELIMINAÇÃO OU NEUTRALIZAÇÃO DA INSALUBRIDADE

A eliminação ou neutralização da insalubridade determinará a cessação do pagamento do


adicional respectivo.

A eliminação ou neutralização da insalubridade deverá ocorrer:

a) com a adoção de medidas de ordem geral que conservem o ambiente de trabalho dentro dos
limites de tolerância;
b) com a utilização de equipamento de proteção individual.

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HORAS EXTRAS - PRORROGAÇÃO DA JORNADA

Nas atividades insalubres, assim consideradas as constantes dos quadros da Norma


Regulamentadora de nº 15, quaisquer prorrogações de jornada só poderão ser acordadas
mediante licença prévia das chefias locais de segurança e saúde do trabalho (Portaria MTP
671/2021), as quais, para esse efeito, procederão aos necessários exames locais e à verificação
dos métodos e processos de trabalho.

Excetuam-se da exigência de licença prévia as jornadas de 12 x 36 horas ininterruptas de


descanso (art. 60, parágrafo único da CLT), bem como as que tenham sido autorizadas por norma
coletiva (acordo coletivo ou convenção coletiva de trabalho - art. 611-A, XIII, da CLT).

A solicitação da licença prévia para prorrogação de jornada em atividade insalubre, poderá ser
feita através do peticionamento eletrônico por usuário externo do Sistema Eletrônico de
Informações - SEI/ME, selecionando as seguintes opções:

1. tipo de processo: Segurança e Saúde no Trabalho;

2. licença prorrogação jornada atividade insalubre; e

3. indicando a unidade da federação do local do estabelecimento.

Documentação Necessária

O pedido de autorização para a prorrogação de jornada em atividade insalubre deverá ser


apresentado com as seguintes informações:

I - identificação do empregador e do estabelecimento, que contenha:

razão social;

CNPJ;

endereço;

CNAE; e

número de empregados.

II - indicação das funções, setores e turnos cuja jornada será prorrogada, com o
número de empregados alcançados pela prorrogação;

III - descrição da jornada de trabalho ordinária e a indicação do tempo de


prorrogação pretendido; e

IV - relação dos agentes insalubres, com identificação da fonte, nível ou


concentração e descrição das medidas de controle adotadas.

Canal Eletrônico para Solicitação da Licença Prévia

O meio eletrônico utilizado (protocolo digital) para a solicitação da licença prévia é o Sistema
Eletrônico de Informações - SEI/ME do Ministério da Economia.

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O peticionamento eletrônico do SEI/ME é destinado a pessoas físicas que participem em


processos administrativos junto ao Ministério da Economia, independente de vinculação a
determinada pessoa jurídica, para fins de peticionamento ou assinatura de contratos, convênios,
termos, acordos e outros instrumentos congêneres celebrados com o órgão.

Para isso, é preciso que o empregador faça o cadastramento de Usuário Externo do SEI, que após
terem seus cadastros liberados, podem efetuar peticionamento eletrônico por meio do SEI/ME,
ou seja, protocolar documentos diretamente no sistema, visando a formar novo processo ou a
compor processo já existente.

Cálculo do Adicional de Horas Extras em Atividades Insalubres

Quando prestado serviço extraordinário em local insalubre, o adicional de horas extras deverá
incidir sobre o valor da hora normal acrescida do respectivo adicional de insalubridade, este
calculado sobre o salário mínimo federal ou outra base mais favorável definida em lei ou acordo
coletivo.

Orientação Jurisprudencial 47 do TST - SDI (Alterada pela Resolução nº 148/2008 do TST).

"47. HORA EXTRA. ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. BASE DE CÁLCULO. A


base de cálculo da hora extra é o resultado da soma do salário contratual mais o
adicional de insalubridade."

Exemplo 1 (Mensalista)

Empregado que durante o mês de out/24 realizou 10 (dez) horas extras a 50% (cinquenta por
cento), recebe adicional de insalubridade em grau médio, com salário base de R$1.700,00.

Considerando as informações:
- Salário base: R$1.700,00
- Salário Mínimo Federal em out/24: R$ 1.412,00
- Horas extras com 50% = 10h
- Grau médio de insalubridade: 20%

Cálculo do Adicional de Cálculo das Horas


Insalubridade (AIns) Extras (HE)
HE = (Sal.base + AIns)
/ 220 x nº h.extra + %
da h.extra
AIns = salário mínimo x HE = (R$ 1.700,00 +
% de insalubridade R$ 282,40) / 220 x 10 +
AIns = R$ 1.412,00 x 50%
20% HE = R$ 1.982,40 / 220
Ains = R$ 282,40 x 10 + 50%
HE = R$ 9,011 x 10 +
50%
HE = R$ 90,11 + 50%
HE = R$ 135,16

Nota: A Súmula 17 do TST foi cancelada e a Súmula 228 estabelece que, havendo critério mais
vantajoso previsto em acordo ou convenção coletiva, o adicional de insalubridade deve

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ser sobre este calculado e não sobre o salário básico. Entretanto, a eficácia desta súmula
está suspensa por decisão do STF. Ver nota abaixo sobre LIMINAR do STF.

Exemplo 2 (Horista)

Empregado recebe adicional de insalubridade no grau máximo (40%), com salário de R$9,80 por
hora, perfazendo as seguintes horas extras no mês de abril:

Considerando as informações no mês:


- Horas extras com 50% = 15 horas
- Horas extras com 85% = 10 horas
- Horas extras com 100% = 05 horas
- A convenção coletiva de trabalho estabelece o salário base como base de cálculo da
insalubridade.

Cálculo do Adicional de Cálculo das Horas


Insalubridade (AIns) Extras (50%)
HE = ((Sal.hora + AIns)
x nº h.extra) + % da
AIns = salário base x % de
h.extra
insalubridade
HE = ((R$9,80 +
AIns = R$9,80 x 40%
R$3,92) x 15) + 50%
Ains = R$3,92
HE = (R$13,72 x 15) +
Ains = R$3,92 * 220
50%
Ains = R$862,40
HE = R$205,80 + 50%
HE = R$308,70

Cálculo
das Horas
Cálculo das Horas Extras (85%)
Extras
(100%)
HE = ((Sal.hora + AIns) x nº h.extra) + % HE =
da h.extra ((Sal.hora
HE = ((R$9,80 + R$3,92) x 10) + 85% + AIns) x
HE = (R$13,72 x 10) + 85% nº
HE = R$137,20 + 85% h.extra) +
HE = R$253,82 % da
h.extra
HE =
((R$9,80
+
R$3,92)
x 5) +
100%
HE =
(R$13,72
x 5) +
100%
HE =
R$68,60
+ 100%

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HE =
R$137,20

Resumo dos valores calculados:

Adicional de insalubridade = R$ 862,40


Horas extras com 50% (15 hrs) = R$ 308,70
Horas extras com 85% (10 hrs) = R$ 253,82
Horas extras com 100% (05 hrs) = R$ 137,20

Nota: Veja que neste caso a convenção coletiva estabelece que a insalubridade deve ser
calculada sobre o salário base e não sobre o salário mínimo. Para calcular as horas
extras, o valor do adicional foi somado ao salário para compor a base de cálculo.(Ver
nota abaixo sobre LIMINAR do STF)

13º SALÁRIO

O adicional de insalubridade integra o pagamento do 13º salário.

Maiores detalhes acesse os tópicos Décimo Terceiro Salário - Adicional de Insalubridade e


Periculosidade.

FÉRIAS

O adicional por trabalho insalubre será computado no salário que servirá de base ao cálculo da
remuneração de férias.

Maiores detalhes, acesse o tópico Férias - Insalubridade e Periculosidade.

CÁLCULO PROPORCIONAL E FALTAS

Como já mencionado anteriormente, o adicional de insalubridade equivalente a 10%, 20% ou


40%, é devido a todo trabalhador que exerce suas atividades em condições insalubres, acima dos
limites de tolerância estabelecidos pelo Ministério do Trabalho e Previdência.

Salvo condição prevista em lei, acordo ou convenção coletiva, tal adicional é pago com base no
salário mínimo e não com base no salário base do empregado. Significa dizer que o valor devido
ao empregado seria respectivamente de:

adicional de insalubridade em grau mínimo (10%) = R$ 141,20 (R$ 1.412,00 x 10%)


adicional de insalubridade em grau médio (20%) = R$ 282,40 (R$ 1.412,00 x 20%)
adicional de insalubridade em grau máximo (40%) = R$ 564,80 (R$ 1.412,00 x 40%)

Por ser o salário mínimo a garantia salarial mínima devida a todo trabalhador, considerando o
princípio da irredutibilidade salarial, a jurisprudência tem entendido que o empregado não pode
receber, a título de adicional de insalubridade pago com base no salário mínimo, valor mensal
menor que os especificados acima, de acordo com cada grau (mínimo, médio ou máximo).

Tal garantia será devida ainda que o empregado não tenha cumprido sua jornada mensal integral,
seja por conta de faltas justificadas ou injustificadas, atestados médicos, licenças remuneradas,
etc., já que o pagamento proporcional em razão de faltas, acarretaria um pagamento menor que o

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mínimo baseado no salário mínimo, configurando a redução salarial, proibido pelo art. 7º, inciso
VI da Constituição Federal.

Assim, considerando que a norma não estabelece o pagamento proporcional de referida verba,
salvo quando do pagamento dos dias proporcionais trabalhados no caso de admissão ou
demissão, a jurisprudência pacificada (ainda que possam haver decisões contrárias) é que mesmo
que haja faltas injustificadas, é assegurado o pagamento integral do referido adicional, conforme
jurisprudência do TST e do TRT/RS abaixo.

Significa dizer que se o empregado faltar 1 ou 10 dias injustificadamente, o empregador é


obrigado a efetuar o pagamento do adicional de insalubridade de forma integral em folha de
pagamento, efetuando o desconto dos dias de faltas (e DSR se injustificadas), com base somente
no salário do empregado, e não sobre o salário mais o adicional de insalubridade.

Exemplo - Cálculo das Faltas e DSR e do Adicional de Insalubridade

Empregado que recebe adicional de insalubridade de 20%, teve uma falta integral injustificada
durante o mês (30 dias), com salário base de R$ 1.820,00. Considerando que as faltas são
injustificadas, o empregado terá 2 dias a menos computados na sua jornada mensal, uma vez que
a falta injustificada gera a perda do DSR daquela semana.

Carga horária mensal: 220h


Carga horária diária: 7,3333 (220h / 30 dias)
Quantidade de horas de faltas (1 dia): 7,333h
Quantidade de DSR perdido (1 dia): 7,333h
Total de horas de faltas: 14,667h

Faltas injustificadas = Salário / carga horária mensal x total de horas de faltas


Faltas injustificadas = R$ 1.820,00 / 220h x 14,667h
Faltas injustificadas = R$ 8,272 x 14,667h
Faltas injustificadas = R$ 121,33

Nota: para calcular o desconto de faltas não deve ser utilizado o valor do adicional de
insalubridade (somente o salário), sob pena de configurar a redução salarial. Veja mais
sobre faltas com perda do DSR (inclusive nas situações de escalas de revezamento) no
tópico Faltas não Justificadas.

A convenção coletiva da categoria é omissa quanto a base de cálculo do adicional. Por isso, a
base de cálculo, neste caso, será o salário mínimo federal. Contudo, estas faltas não irão
repercutir no valor do pagamento do adicional de insalubridade (AIns), que deve ser pago de
forma integral, conforme entendimento jurisprudencial do TST e do TRT/RS abaixo:

AIns = salário mínimo / x % de insalubridade


AIns = R$1.412,00 x 20%
AIns = R$ 282,40

Assim, o pagamento do adicional de insalubridade de forma proporcional (pelos dias


efetivamente trabalhados) só irá ocorrer no caso de admissão e demissão do empregado.

Importante

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Nota: No dia 15.07.2008 o Supremo Tribunal Federal DEFERIU A LIMINAR, suspendendo a


aplicação da Súmula 228 do TST na parte em que permite a utilização do salário básico
para calcular o adicional de insalubridade.

Com esta liminar suspendendo a aplicação da Súmula 228 do TST, entendemos que as
empresas devem se abster da mudança da base de cálculo do salário mínimo para o
salário básico, haja vista que se a empresa calcular o adicional de insalubridade com
base no salário básico, isto acarretará aumento salarial para o empregado, o que tornará
irredutível posteriormente.

Portanto, até que se tenha base normativa regulamentando a situação, as empresas


deverão continuar utilizando o salário mínimo como base de cálculo do adicional de
insalubridade ou o salário normativo (desde que previsto em convenção) .

JURISPRUDÊNCIA

(...). RECURSO DE REVISTA DA RECLAMANTE INTERPOSTO NA VIGÊNCIA DA LEI


13.467/2017 E DA IN 40 DO TST. ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. PAGAMENTO
PROPORCIONAL À JORNADA TRABALHADA. TRANSCENDÊNCIA POLÍTICA . A
discussão sobre a possibilidade de pagamento do adicional de insalubridade de forma
proporcional à jornada detém transcendência política, nos termos do artigo 896-A, § 1º, inciso II,
da CLT, ante possível divergência do acórdão recorrido com a jurisprudência desta Corte.
Transcendência reconhecida. RECURSO DE REVISTA DO RECLAMANTE INTERPOSTO
NA VIGÊNCIA DA LEI 13.467/2017 E DA IN 40 DO TST. ADICIONAL DE
INSALUBRIDADE. PAGAMENTO PROPORCIONAL AOS DIAS TRABALHADOS.
REQUISITOS DO ART. 896, § 1º-A, ATENDIDOS . Sendo a jornada da reclamante reduzida, o
Regional entendeu que o adicional de insalubridade deveria ser proporcional a essa jornada.
Argumentou que a norma coletiva disposta na cláusula 59ª da CCT 2016 - (ID. 3ccab47) não
permite qualquer conclusão relativa à utilização do piso normativo previsto para jornadas de 220
horas no cálculo do adicional de insalubridade de empregados com jornada reduzida . Contudo,
não há previsão legal que autorize o pagamento do adicional de insalubridade de forma
proporcional à jornada de trabalho reduzida (ou mesmo ampliada). O art. 192 da CLT prevê
apenas que o cálculo do adicional de insalubridade será feito segundo a correspondência entre o
percentual do salário mínimo e a classificação das condições insalubres nos graus máximo,
médio e mínimo, sendo indevida tal limitação. Precedentes. Recurso de revista conhecido e
provido. (TST - RRAg: 00205973920185040384, Relator: Augusto Cesar Leite De Carvalho,
Data de Julgamento: 24/05/2023, 6ª Turma, Data de Publicação: 26/05/2023).

ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. DESCONTOS. FALTAS. (...). Insurge-se o reclamado


contra a condenação ao pagamento de diferenças de adicional de insalubridade, sustentando que
os descontos efetuados a tal título decorrem de ausências injustificadas ao trabalho. Sem razão.
Não obstante efetivamente se tratar o adicional de insalubridade de salário condição, não vinga a
interpretação conferida pelo empregador. Na esteira da sentença, considero que não há
autorização legislativa para o pagamento do adicional de insalubridade de maneira proporcional
aos dias trabalhados, limitando-se o art. 192 da CLT a dispor que, evidenciada a exposição a
condições de trabalho insalubre, haverá o pagamento do adicional respectivo: Art. 192 - O
exercício de trabalho em condições insalubres, acima dos limites de tolerância estabelecidos pelo
Ministério do Trabalho, assegura a percepção de adicional respectivamente de 40% (quarenta por
cento), 20% (vinte por cento) e 10% (dez por cento) do salário-mínimo da região, segundo se
classifiquem nos graus máximo, médio e mínimo. Como visto, não há previsão na legislação de
pagamento inferior ao percentual de 10%, 20% ou 40% do salário mínimo. Nesse sentido já se

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posicionou esta Turma Julgadora: ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. PAGAMENTO


PROPORCIONAL. IMPOSSIBILIDADE. Uma vez caracterizada a existência de condições
insalubres, mesmo em jornadas reduzidas, tem direito o trabalhador ao adicional respectivo, de
forma integral, sendo irrelevante o tempo de exposição ao agente (TRT da 4ª Região, 8ª Turma,
0020002-22.2021.5.04.0841 RemNecRO, em 11/10/2022, Desembargador Luiz Alberto de
Vargas). Assim, mantém-se a sentença quanto à condenação ao pagamento de diferenças de
adicional de insalubridade, assim considerada a diferença entre os valores já pagos e a
integralidade do adicional em grau médio, com reflexos. Nada a prover. (...). Caracterizada a
exposição a condições laborais insalubres, o trabalhador tem direito ao adicional respectivo, de
forma integral, sendo incabível o desconto de dias de faltas ao trabalho. (TRT-4 - ROT:
00213074720195040021, Relator: LUCIANE CARDOSO BARZOTTO, Data de Julgamento:
04/05/2023, 8ª Turma).
"AGRAVO. AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA. VIGÊNCIA DA
LEI Nº 13.467/2017. PROCEDIMENTO SUMARÍSSIMO. SÚMULA Nº 442 DO TST. ART.
896, § 9º, DA CLT. ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. LIMPEZA E HIGIENIZAÇÃO DE
BANHEIROS LOCALIZADOS EM ESTABELECIMENTO COMERCIAL. UTILIZAÇÃO
POR APROXIMADAMENTE 30 EMPREGADOS. PARÂMETRO RAZOÁVEL PARA A
CARACTERIZAÇÃO DO USO COLETIVO DE GRANDE CIRCULAÇÃO.
ENQUADRAMENTO NO ITEM II DA SÚMULA Nº 448 DO TST. TRANSCENDÊNCIA
NÃO RECONHECIDA . 1. Nos termos do art. 896, § 9º, da CLT e da Súmula nº 442 do TST, em
se tratando de procedimento sumaríssimo, somente será admitido recurso de revista por
contrariedade a súmula de jurisprudência uniforme do Tribunal Superior do Trabalho ou a
súmula vinculante do Supremo Tribunal Federal e por violação direta da Constituição Federal, o
que não se constata no caso dos autos. 2. Conforme o item II da Súmula n.º 448 do TST, "A
higienização de instalações sanitárias de uso público ou coletivo de grande circulação, e a
respectiva coleta de lixo, por não se equiparar à limpeza em residências e escritórios, enseja o
pagamento de adicional de insalubridade em grau máximo, incidindo o disposto no Anexo 14 da
NR-15 da Portaria do MTE nº 3.214/78 quanto à coleta e industrialização de lixo urbano". 3. No
caso, o autor limpava sozinho e com frequência 10 banheiros utilizados por cerca de 30
empregados, hipótese que, conforme entendimento amplamente majoritário desta Corte Superior,
pode ser enquadrada como limpeza de banheiros de uso coletivo e de grande circulação. Atraída
a incidência da Súmula nº 448, II, do TST. Precedentes. Agravo a que se nega provimento" (Ag-
AIRR-1001172-23.2020.5.02.0019, 1ª Turma, Relator Ministro Amaury Rodrigues Pinto Junior,
DEJT 12/12/2022).

"AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA INTERPOSTO PELA


RECLAMADA NA VIGÊNCIA DA LEI Nº 13.015/2014. NEGATIVA DE PRESTAÇÃO
JURISDICIONAL. ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. HORAS EXTRAS. INTERVALO
INTRAJORNADA. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. (...). A Turma manteve a sentença
quanto à reclassificação do adicional de insalubridade, nestes termos: (...) Assim como concluído
pelo perito, também entendo que o só fato de a autora trabalhar em hospital de grande porte e
alta circulação de pacientes, em contato direto com pacientes para sua higienização, para
ministrar medicamentos e fazer curativos e para prestar cuidados de enfermagem pré e pós-
operatórios, independentemente de serem ou não pacientes em isolamento, bem como com o
material infectocontagiante decorrente, é suficiente a caracterizar o trabalho em condições
insalubres em razão da exposição do empregado a agentes biológicos potencialmente nocivos à
saúde. O risco de contágio a doenças infectocontagiosas independe do contato direto do
trabalhador com o paciente acometido dessas moléstias, ou com objetos de seu uso, não
previamente esterilizados. Os agentes biológicos, nos locais onde circulam e onde são mantidos
pacientes portadores ou potenciais portadores de doenças infectocontagiosas, como na espécie
destes autos, não ficam adstritos ao paciente ou ao local específico onde o enfermo está sendo
atendido, estando presentes em todo o estabelecimento de saúde, sendo efetivo o risco do

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trabalhador de contaminação por absorção respiratória e/ou cutânea. Quanto ao grau, como dito,
tenho que, em condição tais, é insalubre em grau máximo o trabalho da autora, de acordo com o
Anexo 14 da NR-15 da Portaria 3.214/78 ("Trabalho ou operações, em contato permanente com:
- pacientes em isolamento por doenças infectocontagiosas, bem como objetos de seu uso, não
previamente esterilizados"), ainda que não em isolamento, uma vez que, conforme acima
fundamentado, os agentes biológicos insalubres não ficam confinados ao local no qual está a
paciente, mas espalhados por todo o local de trabalho, sinalando-se que tais moléstias
infectocontagiosas são transmitidas também por via aérea. (...) Ademais, a prova pericial é
conclusiva (fl. 402) no sentido de que os equipamentos de proteção individual fornecidos à
autora - luvas de procedimento - eram insuficientes para afastar ou neutralizar a insalubridade,
mormente considerado que, como já afirmado, as moléstias infectocontagiosas são transmitidas
também por via aérea. Nego provimento. (Relator: João Paulo Lucena). Grifei. A decisão, tal
como lançada, não permite concluir pela contrariedade à Súmula / Orientação Jurisprudencial
invocada. Saliento que não foram opostos embargos de declaração. Não detecto violação literal
aos dispositivos de lei invocados, circunstância que obsta a admissão do recurso pelo critério
previsto na alínea "c" do art. 896 da CLT. À luz da Súmula 296 do TST, aresto que não revela
identidade fática com a situação descrita nos autos ou que não dissente do posicionamento
adotado pela Turma não serve para impulsionar o recurso. (...). A agravante não apresenta
argumentos capazes de desconstituir a decisão agravada , à míngua de comprovação de
pressuposto intrínseco de admissibilidade . O recurso de revista não observou o disposto no art.
896, §1º-A, I, da CLT, com a redação dada pela Lei nº 13.015/2014, cujo objetivo é racionalizar
e efetivar a jurisdição. Agravo de instrumento a que se nega provimento. (...). (ARR-230-
40.2013.5.04.0005, 1ª Turma, Relator Ministro Walmir Oliveira da Costa, DEJT 30/03/2020).

AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA. (...). 2. ADICIONAL DE


INSALUBRIDADE. O Regional, com fundamento na prova pericial, constatou que o reclamante
estava exposto a pressão sonora acima dos limites de segurança e a agentes químicos em
decorrência de contato com produtos à base de hidrocarbonetos, sem a devida proteção
individual. Verificou, ainda, que os protetores auriculares não eram fornecidos com a
peridiocidade necessária para a elisão do agente insalubre pressão sonora, bem como que não
houve fornecimento de luva nitrílica e creme de proteção para as mãos grupo III, necessários à
elisão do agente insalubre químico, pelo contato com produtos à base de hidrocarbonetos. Assim,
para se concluir de forma diversa, que havia o fornecimento regular e adequado dos EPIs, bem
como que havia o uso desses equipamentos e a respectiva fiscalização patronal, necessária seria
a incursão na reapreciação da prova produzida, o que é obstado nesta instância extraordinária, a
teor da Súmula nº 126 do TST. Logo, não se cogita em violação dos arts. 191, II, e 166 da CLT e
429 do CPC ou em contrariedade à Súmula nº 80 do TST. Agravo de instrumento conhecido e
não provido. (AIRR - 1000902-60.2016.5.02.0432 , Relatora Ministra: Dora Maria da Costa,
Data de Julgamento: 18/12/2018, 8ª Turma, Data de Publicação: DEJT 31/01/2019).

RECURSO DE REVISTA. LEI 13.467/2017. ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. LIMPEZA


DE QUARTOS E BANHEIROS DE HOTEL. CAMAREIRA. SÚMULA 448, II, do TST.
TRANSCENDÊNCIA. (...). Discute-se se a limpeza de quartos e banheiros em hotéis, realizada
por camareiras, pode ser equiparada ao serviço exercido em ambiente doméstico ou de escritório
ou, em sentido oposto, à higienização de instalações sanitárias de uso público ou coletivo de
grande circulação. (...). O TRT pontuou, ainda, que somente se considera insalubre, por
equiparação a lixo urbano, a atividade de limpeza e higienização de instalações sanitárias em
motel, mas não em "hotel-flat", caso dos autos, e, ainda, assim, desde que constatada a
insalubridade em perícia, o que não ocorreu no presente caso, em que a perícia foi dispensada
pelas partes. (...). Sobre o tema, o c. TST firmou entendimento no sentido de que é devido o
adicional de insalubridade nas hipóteses em que há limpeza e coleta de lixo feita em

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sanitários utilizados por grande número de usuários, inclusive banheiros de escolas, hotéis,
ou de acesso a grande circulação de indivíduos ou, ainda, em limpeza em ambiente hospitalar,
atividades que se amoldam aos termos do Anexo 14 da NR-15 do Ministério do Trabalho e
Emprego, Portaria 3.214/78 e que não se confundem com a atividade de limpeza e coleta de
mero lixo domiciliar e de escritórios, sendo inaplicável, no caso, o direcionamento dado pela
Orientação Jurisprudencial nº 4 da SBDI-I, do C. TST. No caso específico, limpeza de quartos e
banheiros de estabelecimento de uso público, como motéis e hotéis, a jurisprudência desta Corte
Superior também se firmou no sentido de que é devido o adicional de insalubridade em grau
máximo, diferenciando-o do serviço de recolhimento de lixo e limpeza em banheiros de
residências e escritórios. (...). O reconhecimento de que o trabalho das camareiras de hotel se
equipara apenas à atividade de coleta de lixo doméstico, ao fundamento de que suas
atividades "se limitam à limpeza dos quartos e banheiros privativos do hotel, cuja utilização se
restringe aos hóspedes do estabelecimento" contraria a Súmula 448, II, do TST, conforme
demonstrado pela parte recorrente. (...). Transcendência política da causa reconhecida na forma
do art. 896-A, § 1º, II, da CLT. Diante do exposto, dou provimento ao recurso de revista da
reclamante para (a) julgar procedente em parte o pedido inicial; (b) reconhecer o trabalho
insalubre da autora; (c) deferir o pagamento do adicional de insalubridade em grau máximo
(40% sobre o salário mínimo), com reflexos legais em 13º salários, férias acrescidas do terço
constitucional e FGTS, observada a prescrição quinquenal; (d) determinar a incidência de juros
de mora de 1% ao mês, contados do ajuizamento da reclamação, e da correção monetária,
conforme a Súmula 381 do TST; e (e) determinar que a contribuição previdenciária e
recolhimentos fiscais incidam na forma da lei (Súmula 368 do TST e OJ 400 da SBDI-1 do
TST). (...). Recurso de Revista de que se conhece e a que se dá provimento. Processo: RR -
1410-78.2017.5.21.0005 Data de Julgamento: 12/12/2018, Relatora Desembargadora
Convocada: Cilene Ferreira Amaro Santos, 6ª Turma, Data de Publicação: DEJT 14/12/2018.

OJ 173 SBDI-1. ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. ATIVIDADE A CÉU ABERTO.


EXPOSIÇÃO AO SOL E AO CALOR. (redação alterada na sessão do Tribunal Pleno realizada
em 14.09.2012). I – Ausente previsão legal, indevido o adicional de insalubridade ao trabalhador
em atividade a céu aberto, por sujeição à radiação solar (art. 195 da CLT e Anexo 7 da NR 15 da
Portaria Nº 3214/78 do MTE). II – Tem direito ao adicional de insalubridade o trabalhador que
exerce atividade exposto ao calor acima dos limites de tolerância, inclusive em ambiente externo
com carga solar, nas condições previstas no Anexo 3 da NR 15 da Portaria Nº 3214/78 do MTE.

RECURSO DE EMBARGOS. ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. DEFINIÇÃO DE SUA


BASE DE CÁLCULO EM CUMPRIMENTO À DECISÃO FIRMADA PELO EXCELSO STF.
PROVIMENTO. Reconhecendo a ocorrência de violação ao inciso IV do art. 7º constitucional,
aduziu o excelso STF que a sua jurisprudência impede que se tome o salário mínimo como base
de cálculo para qualquer outra relação jurídica de conteúdo pecuniário. Isso porque tal
atrelamento estaria a funcionar como agente indutor da inflação, inibindo, por conseguinte, a
prolação de leis agregadoras de ganhos reais ao salário mínimo. Vem esta colenda Corte
julgadora, em casos como o descortinado na hipótese dos autos, em que obrigada a fixar novo
parâmetro para a apuração do adicional de insalubridade, emprestar a ele o regramento que
disciplina o adicional de periculosidade (Súmula nº 191-TST). Não havendo nenhuma
consideração acerca da percepção de salário profissional ou normativo, hipótese delineada na
Súmula nº 17 desta colenda Corte, deverá o adicional de insalubridade ser apurado sobre o
salário-base auferido pelo Reclamante. PROCESSO: E-RR-482613/1998. Ministra Relatora
MARIA DE ASSIS CALSING. Brasilia, 11 de fevereiro de 2008.

ACÓRDÃO - INCIDÊNCIA DO ADICIONAL DE INSALUBRIDADE NA BASE DE


CÁLCULO DAS HORAS EXTRAS. Nos termos da Orientação Jurisprudencial 47 da SBDI-1
desta Corte, o adicional de insalubridade integra a base de cálculo das horas extras. Recurso de

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Revista de que se conhece em parte e a que se dá provimento. Relativamente à incidência do


adicional de insalubridade na base de cálculo das horas extras, o Tribunal Regional assentou:
Verba de caráter nitidamente salarial (artigo 457,§ 1º, da Consolidação das Leis do Trabalho), o
adicional de insalubridade integra a remuneração para todos os fins. Nesse sentido, o Precedente
nº 102 da SDI/TST. Remunerando o adicional em análise o trabalho em condições perniciosas
para o empregado, deve a hora suplementar considerar esse plus, proporcionalmente ao valor da
hora extraordinária. Assim, no cálculo dessa hora será computado o valor da hora normal (sem o
adicional de insalubridade) e então acrescido do adicional da suplementar, somando-se ainda o
adicional de insalubridade proporcional à hora. A questão está pacificada pela Orientação
Jurisprudencial 47 da SBDI-1 desta Corte, que estabelece: HORA EXTRA. ADICIONAL DE
INSALUBRIDADE. BASE DE CÁLCULO. É o resultado da soma do salário contratual mais o
adicional de insalubridade, este calculado sobre o salário mínimo. Em face do conhecimento do
Recurso por contrariedade à Orientação Jurisprudencial 47 da SBDI-1, DOU-LHE
PROVIMENTO para determinar que o adicional de insalubridade integre a base de cálculo das
horas extras. PROC. Nº TST-AIRR e RR-54.983/2002-900-02-00.7. Ministro Relator JOÃO
BATISTA BRITO PEREIRA. Brasília, 20 de junho de 2007.

ACÓRDÃO - ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. BASE DE CÁLCULO. De conformidade


com a jurisprudência do TST, mesmo na vigência da Constituição Federal de 1988, a base de
cálculo do adicional de insalubridade é o salário mínimo. Aplicação da OJ 2/SDI-I e Súmula
228/TST. A Corte de origem manteve a r. sentença no tocante à base de cálculo do adicional de
insalubridade sobre o salário contratual. Assim decidiu: Ainda que os instrumentos normativos
aplicáveis à autora (conforme decisão à fl. 272), tanto quanto a jurisprudência do C. TST,
consolidada na Súmula 228, disponham de forma diferente, consoante a linha de entendimento
adotada pela maioria dos integrantes desta C. Turma, consubstanciada na OJ 07, o adicional de
insalubridade deve ser apurado sobre o salário contratual e não sobre o salário mínimo ou sequer
sobre a remuneração, a qual engloba outros adicionais. Frise-se que a base de cálculo sobre o
salário mínimo, pretendida pela reclamada e prevista na CCT da categoria, esbarra no óbice
constitucional à vinculação (art. 7º, IV, da Constituição Federal). Frise-se que o Enunciado 228
do C. TST é anterior à nova ordem constitucional e por ela, a meu ver, não foi recepcionado. (...).
Por conseguinte, MANTENHO a r. sentença de primeiro grau, inclusive no tocante aos reflexos
deferidos. PROC. Nº TST-RR-12181/2003-009-09-00.6. Ministra Relatora ROSA MARIA
WEBER CANDIOTA DA ROSA. Brasília, 13 de junho de 2007.

EMENTA: ADICIONAL DE INSALUBRIDADE - BASE DE CÁLCULO - APLICAÇÃO DA


SÚMULA 17 DO TST - Para fins de aplicação da Súmula 17 do c. TST, não há diferença entre
as expressões piso da categoria, salário profissional ou salário normativo consignadas nos
instrumentos coletivos, já que todas denotam a menor retribuição pecuniária a ser paga aos
integrantes de determinada categoria profissional. Processo 01111-2006-135-03-00-2 RO . Juíz
Relator Convocada Taísa Maria Macena de Lima. Belo Horizonte, 16 de abril de 2007.

EMENTA: INSALUBRIDADE. COLETA DE LIXO. CLUBE. NÃO CARACTERIZAÇÃO. A


insalubridade em grau máximo, por agentes biológicos, prevista no Anexo 14, da NR-15, da
Portaria 3.214/78 do MTE, contempla apenas o trabalho ou operações em contato permanente
com lixo urbano (coleta e industrialização). Constatado, na perícia realizada, que as atividades
do ex-empregado da Reclamada consistiam na limpeza de banheiros apenas por uma vez na
semana e no recolhimento do lixo acondicionado em sacos plásticos, por duas vezes, durante
parte de sua jornada, este fato não pode ser considerado como contato permanente com lixo
urbano a que se refere a norma supra analisada. Neste sentido, dispõe a Orientação
Jurisprudencial 4, da SDI-I do C. TST, ou seja, de que não basta a constatação da insalubridade
por meio de laudo pericial para que o empregado tenha direito ao respectivo adicional, sendo
necessária a classificação da atividade insalubre na relação oficial elaborada pelo Ministério do

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Trabalho, sendo que a limpeza em residências, escritórios e clubes e a respectiva coleta de lixo
não podem ser consideradas atividades insalubres, porque não se encontram dentre as
classificadas como lixo urbano na Portaria do Ministério do Trabalho. Processo 00898-2005-
032-03-00-7 RO. Juíza Relatora MARIA CECÍLIA ALVES PINTO. Belo Horizonte, 20 de junho
de 2007.

Base: NR-15;
Resolução TST 186/2012;
Resoluçao TST 185/2012.

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Guia Trabalhista - Índice

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