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Art.

193 da CLT - Adcional de Periculosidade

Art. 193. São consideradas atividades ou operações perigosas, na forma da


regulamentação aprovada pelo Ministério do Trabalho e Emprego, aquelas que,
por sua natureza ou métodos de trabalho, impliquem risco acentuado em virtude
de exposição permanente do trabalhador a:(Redação dada pela Lei nº 12.740, de
2012)

I - inflamáveis, explosivos ou energia elétrica; (Incluído pela Lei nº 12.740, de


2012)

II - roubos ou outras espécies de violência física nas atividades profissionais de


segurança pessoal ou patrimonial. (Incluído pela Lei nº 12.740, de 2012)

§ 1º - O trabalho em condições de periculosidade assegura ao empregado um


adicional de 30% (trinta por cento) sobre o salário sem os acréscimos resultantes
de gratificações, prêmios ou participações nos lucros da empresa. (Incluído pela
Lei nº 6.514, de 22.12.1977)

§ 2º - O empregado poderá optar pelo adicional de insalubridade que porventura


lhe seja devido. (Incluído pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977)

§ 3º Serão descontados ou compensados do adicional outros da mesma natureza


eventualmente já concedidos ao vigilante por meio de acordo coletivo. (Incluído
pela Lei nº 12.740, de 2012)

Read more: http://cltonline.blogspot.com/2010/02/art-193.html#ixzz2jrREJpEB
JURISPRUDÊNCIA RELACIONADA:
- Súmula nº 39 do TST
- Súmula nº 70 do TST 
- Súmula nº 364 do TST
- OJ nº 259 da SDI1 do TST
- OJ nº 279 da SDI1 do TST
- OJ nº 324 da SDI1 do TST
- OJ nº 345 da SDI1 do TST
- OJ nº 347 da SDI1 do TST
- OJ nº 385 da SDI1 do TST
- OJ nº 402 da SDI1 do TST
- OJ nº 406 da SDI1 do TST

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COMENTÁRIOS:

A base de cálculo do adicional de periculosidade, segundo o posicionamento do Tribunal


Superior do Trabalho, é o salário básico, sem acréscimo de qualquer outro adicional. 

No caso do eletricitário, o adicional de periculosidade incidia sobre todas as verbas de


natureza salarial, na forma prevista pelo art. 1º da Lei nº 7.369/85: "Art. 1º. O empregado que
exerce atividade no setor de energia elétrica, em condições de periculosidade, tem direito a
uma remuneração adicional de trinta por cento sobre o salário que receber". 

Contudo, a Lei nº 12.740/12 revogou expressamente essa norma específica e alterou o art. 193
da CLT, que passou a incluir a hipótese do trabalho do eletricitário. 

O adicional de periculosidade também é devido quando o empregado exercer atividades de


risco em potencial concernentes a radiações ionizantes ou substâncias radioativas, como
estabelecido pela Portaria do MTE nº 518/03. O valor do adicional de periculosidade, pago ou
devido com habitualidade pelo empregador, deve ser levado em consideração para efeito do
cálculo das demais verbas devidas em decorrência da execução e extinção do pacto laboral,
inclusive de horas extras.

Read more: http://cltonline.blogspot.com/2010/02/art-193.html#ixzz2jrRuuFFO
SÚMULA 39 TST

SUM-39    PERICULOSIDADE (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003


Os empregados que operam em bomba de gasolina têm direito ao adicional de periculosidade
(Lei nº 2.573, de 15.08.1955).
Histórico:
Redação original - RA 41/1973, DJ 14.06.1973

Postado por José Cairo Júnior às 17:39 

SÚMULA 70 TST

SUM-70    ADICIONAL DE PERICULOSIDADE (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003


O adicional de periculosidade não incide sobre os triênios pagos pela Petrobras.
Histórico:
Redação original - RA 69/1978, DJ 26.09.1978

SÚMULA 364 TST

ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. EXPOSIÇÃO EVENTUAL, PERMANENTE E INTERMITENTE


(cancelado o item II e dada nova redação ao item I) - Res. 174/2011, DEJT divulgado em 27,
30 e 31.05.2011

Tem direito ao adicional de periculosidade o empregado exposto permanentemente ou que,


de forma intermitente, sujeita-se a condições de risco. Indevido, apenas, quando o contato dá-
se de forma eventual, assim considerado o fortuito, ou o que, sendo habitual, dá-se por tempo
extremamente reduzido. (ex-Ojs da SBDI-1 nºs 05 - inserida em 14.03.1994 - e 280 - DJ
11.08.2003)
Histórico:

Redação original - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005

Nº 364 Adicional de periculosidade. Exposição eventual, permanente e intermitente (conver-


são das Orientações Jurisprudenciais nºs 5, 258 e 280 da SBDI-1)

I - Faz jus ao adicional de periculosidade o empregado exposto permanentemente ou que, de


forma intermitente, sujeita-se a condições de risco. Indevido, apenas, quando o contato dá-se
de forma eventual, assim considerado o fortuito, ou o que, sendo habitual, dá-se por tempo
extremamente reduzido. (ex-Ojs da SBDI-1 nºs 05 - inserida em 14.03.1994 - e 280 - DJ
11.08.2003)

II - A fixação do adicional de periculosidade, em percentual inferior ao legal e proporcional ao


tempo de exposição ao risco, deve ser respeitada, desde que pactuada em acordos ou
convenções coletivos. (ex-OJ nº 258 da SBDI-1 - inserida em 27.09.2002)

OJ 259 SDI1 TST

ADICIONAL NOTURNO. BASE DE CÁLCULO. ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. INTEGRAÇÃO.


Inserida em 27.09.02

O adicional de periculosidade deve compor a base de cálculo do adicional noturno, já que


também neste horário o trabalhador permanece sob as condições de risco.

OJ 279 SDI1 TST ( Não vale mais)

ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. ELETRICITÁRIOS. BASE DE CÁLCULO.LEI Nº 7.369/85, ART.


1º. INTERPRETAÇÃO. DJ 11.08.03

O adicional de periculosidade dos eletricitários deverá ser calculado sobre o conjunto de


parcelas de natureza salarial.

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Legislação relacionada

Ver Lei n. 12740/12, que revogou a Lei n. 7.369/85


OJ 324 SDI1 TST

ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA.DECRETO Nº 93.412/86,


ART. 2º, § 1º. DJ 09.12.2003

É assegurado o adicional de periculosidade apenas aos empregados que trabalham em sistema


elétrico de potência em condições de risco, ou que o façam com equipamentos e instalações
elétricas similares, que ofereçam risco equivalente, ainda que em unidade consumidora de
energia elétrica.

Postado por José Cairo Júnior às 15:04 

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2 comentários:

1.

Rogerio23 de julho de 2013 10:25

José Cairo Júnior, bom dia.


Quando eu me desliguei eu era Supervisor de Manutenção de Instrumentação + Elétrica.
Acompanhava os técnicos em suas tarefas, minha base era dentro de uma sala elétrica com
todo o tipo de tensão elétrica. A base ficava em cima de transformadores e dentro da sala
vários painéis elétricos de alta, média e baixa tensão.
Mesmo antes de ser Supervisor, era Técnico de Instrumentação,a base era no mesmo lugar.
A empresa não paga periculosidade elétrica, sei que estou falando muito superficialmente,
mas a dúvida é a seguinte:
Tenho direito a esta periculosidade?

Responder

2.

José Cairo Júnior13 de agosto de 2013 09:02


Essa dúvida só pode ser eliminada por meio da realização de uma perícia no seu local de
trabalho para verificação das peculiaridades do caso.

OJ 345 SDI1 TST

ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. RADIAÇÃO IONIZANTE OU SUBSTÂNCIA RADIOATIVA.


DEVIDO. DJ 22.06.05

A exposição do empregado à radiação ionizante ou à substância radioativa enseja a percepção


do adicional de periculosidade, pois a regulamentação ministerial (Portarias do Ministério do
Trabalho nºs 3.393, de 17.12.1987, e 518, de 07.04.2003),  ao reputar perigosa a atividade,
reveste-se de plena eficácia, porquanto expedida por força de delegação legislativa contida
no art. 200, caput, e inciso VI, da CLT. No período de 12.12.2002 a 06.04.2003, enquanto vigeu
a Portaria nº 496 do Ministério do Trabalho, o empregado faz jus ao adicional de
insalubridade.

Postado por José Cairo Júnior às 

OJ 347 SDI1 TST

ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA.LEI Nº 7.369, DE


20.09.1985, REGULAMENTADA PELO DECRETO Nº 93.412, DE 14.10.1986. EXTENSÃO DO
DIREITO AOS CABISTAS, INSTALADORES E REPARADORES DE LINHAS E APARELHOS EM
EMPRESA DE TELEFONIA. DJ 25.04.2007

É devido o adicional de periculosidade aos empregados cabistas, instaladores e reparadores de


linhas e aparelhos de empresas de telefonia, desde que, no exercício de suas funções, fiquem
expostos a condições de risco equivalente ao do trabalho exercido em contato com sistema
elétrico de potência
OJ 385 SDI1 TST

ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. DEVIDO. ARMAZENAMENTO


DE LÍQUIDO INFLAMÁVEL NO PRÉDIO. CONSTRUÇÃO VERTICAL. (DEJT divulgado em 09, 10 e
11.06.2010)

É devido o pagamento do adicional de periculosidade ao empregado que desenvolve suas


atividades em edifício (construção vertical), seja em pavimento igual ou distinto daquele onde
estão instalados tanques para armazenamento de líquido inflamável, em quantidade acima do
limite legal, considerando-se como área de risco toda a área interna da construção vertical.

OJ 402 SDI1 TST

ADICIONAL DE RISCO. PORTUÁRIO. TERMINAL PRIVATIVO. ARTS. 14 E 19 DA LEI N.º 4.860, DE


26.11.1965. INDEVIDO (mantida) – Res. 175/2011, DEJT divulgado em 27, 30 e 31.05.2011

O adicional de risco previsto no artigo 14 da Lei nº 4.860, de 26.11.1965, aplica-se somente aos
portuários que trabalham em portos organizados, não podendo ser conferido aos que operam
terminal privativo.

Histórico:
Redação original – DEJT divulgado em 16, 17 e 20.09.2010
OJ 406 SDI1 TST

ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. PAGAMENTO ESPONTÂNEO. CARACTERIZAÇÃO DE FATO


INCONTROVERSO. DESNECESSÁRIA A PERÍCIA DE QUE TRATA O ART. 195 DA CLT. (DEJT
divulgado em 22, 25 e 26.10.2010)

O pagamento de adicional de periculosidade efetuado por mera liberalidade da empresa,


ainda que de forma proporcional ao tempo de exposição ao risco ou em percentual inferior ao
máximo legalmente previsto, dispensa a realização da prova técnica exigida pelo art. 195 da
CLT, pois torna incontroversa a existência do trabalho em condições perigosas.

Postado por José Cairo Júnior às 18:59 

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2 comentários:

1.

Anônimo4 de outubro de 2013 07:35

Eu trabalho em uma empresa que tem 10 anos. Em um desses anos foi feito um Laudo de
Periculosidade que excluía minha função de ganhar a periculosidade. Um ano depois na
renovação desse Laudo, o engenheiro que estava elaborando/revisando o laudo anterior,
entendeu que houve uma falha e que minha função/atividade fazia jus ao adicional. A empresa
é obrigada a ma ressarcir esse ano que não ganhei periculosidade? Existe alguma norma ou lei
que obrigue ela a fazer isso?

Responder

Respostas

1.
José Cairo Júnior7 de outubro de 2013 08:02

Com certeza que sim. Se houve uma falha, significa que a sua área de trabalho era considerada
perigosa. Se o empregador não quiser pagar espontaneamente, pode ajuizar uma reclamação
trabalhista e requer a realização de perícia

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