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Física da Fala e da
Audição
Prof. Dr. Marcelo Knobel
Instituto de Física Gleb Wataghin (IFGW)
Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)
knobel@ifi.unicamp.br
http://www.ifi.unicamp.br/~knobel/f105/
Psicoacústica
¢ Psicoacústica
l Ramo da psico-física, fundada por Helmholtz, que estuda a relação
entre som, audição e psicologia
l mundo físico => percepção => compreensão
¢ Algumas questões
l Qual é a relação entre amplitude e intensidade?
Geber Ramalho & Osman Gioia - UFPE
1
O ouvido
¢ ouvido interno:
l processa esta vibrações e transformando-as em sinais
elétroquímicos que seguirão pelos nervos até o
cérebro
O ouvido
(impulsos)
2
Percepção de volume
¢ Volume ≅ Sensação de Intensidade ou audibilidade (loudness)
l quanto maior o volume, maior a excitação dos “cílios”
l mas outras coisas influenciam...
• freqüência
• ambiência
• duração
• faixa de intensidade
Percepção de volume
¢ A percepção de intensidade depende da freqüência
l ouvimos melhor a faixa 2700-3200 Hz (basta pouco para
ouvirmos nas médias)
l quanto mais intenso, mais a resposta torna-se plana
(ouve-se igualmente bem em todas as freqüências)
Geber Ramalho & Osman Gioia - UFPE
3
Curvas de audiblidade
Limiar da
Mais plano dor
Mais
distorcido
4
Banda crítica
¢ Banda crítica
l região mínima da membrana basilar que é o limite de
resolução para a percepção de freqüências
¢ Relaciona-se com vários efeitos
l f1 e f2 próximos, não dá a impressão de somarem
suas intensidades: há fusão de f1 e f2 e houve-se uma
Limites de
discriminação
f2
freqüência
fusão
f1
Geber Ramalho & Osman Gioia - UFPE
áspero
batimentos
suave suave
Banda
crítica
5
Timbre
¢ Percepção de timbre depende
l do espectro dinâmico (sobretudo)
l da ambiência
¢ Percepção da fundamental
l várias freqüências harmônicas são percebidas como uma única
freqüência: a fundamental
¢ Nota
l apesar da ambiência distinguimos corretamente os
parâmetros musicais mas o microfone não.
• A reverberação vai ser mais ouvida na gravação porque
vem de uma só direção
l pode-se enganar os ouvidos
6
Duração e ritmo
¢ A resolução é limitada pela “integração
temporal”
l Sons muito próximos tendem ser percebidos como um
único som (ex. reverberação)
l Resolução (banda): 20-50 ms
• ex. eco x reverberação
7
Experimento (Wegel & Lane 1924)
Anatomia do Ouvido
Ouvido Médio
Ouvido
Externo Ouvido Interno
8
O Ouvido Externo
(1) Deflete o som para o canal auditivo
(meato auditivo externo)
(2) Ajuda na localização sonora
Conduto auditivo
externo
Membrana
Timpânica
Converte som em vibração
O Ouvido Médio
Ossos do ouvido médio (ossículos):
martelo, bigorna e estribo
9
O Ouvido Médio
Martelo Bigorna
40
Ganho de
pressão
0
- dB
2. Os músculos do ouvido interno,
o estapédio e o tensor timpânico, Freqüência (Hz)
fornecem controle de intensidade
ajustável
O Ouvido Médio
ossículos
Área superficial do estribo
Membrana
timpânica Os ossículos concentram a vibração em
uma área superficial menor o que provoca
um aumento da pressão por unidade de
área (fator de 17 vezes)
10
Ouvido Interno
Cóclea
(micrografia)
“A concha ”
• o~ janela oval
• r~ janela redonda
2 mm
11
O Ouvido Interno
O Ouvido Interno
Estrutura da Cóclea
1. Cone Espiral
2. Dividido pela
Membrana
Basilar
3. Para dentro na
metade superior
4. Para fora na
metade inferior
5. “Sloshing “
12
Ouvido Interno
Microestrutura
da Cóclea
13
Células Ciliadas
- São conectadas às fibras nervosas que
constituem o nervo auditivo.
Ouvido Interno
Detalhes das CC
14
Ouvido Interno
Células Ciliadas Externas
Células Ciliadas
15
Células
Ciliadas
Externas
kinocilium
stereocilia
16
Movimento de Fluidos na Cóclea
Cóclea
17
Codificação de Pitch
1. Codificação Espacial
Janela Membrana
Neurônios na oval
membrana basilar basilar
codificam freqüências
diferentes.
2,000 Hz 1,000 Hz 500 Hz
2. Codificação Temporal
A freqüência do
som é refletida no
disparo dos
nerônios.
Codificação de Pitch
A membrana basilar é mais estreita na base do que no ápice.
- A vibração da
membrana basilar:
Resulta em uma onda
Mais rígida na base viajante
Pico envelope
1. Codificação Local -
von Bekesy base
ápice
18
Mecânica Coclear
Von Bekesy estudou a resposta coclear ao abrir uma janela na
cóclea para observar o efeito da freqüência no movimento da
membrana basilar.
Mecânica Coclear
Forma da resposta coclear ao som
A diferença entre a a
Resposta resposta real e a
vista por von resposta prevista por
Bekesy von Bekesy é a
resposta ativa
19
Mecanismo da Audição
Membrana
tectória
20
Auditory Pathways
cochlear superior
cóclea
nucleus olive
inferior
colliculus
medial geniculate
nucleus (thalamus)
Codificação de Pitch
Altas Baixas
freqüências freqüências
próximas à base próximas ao
ápice
21
Codificação de Pitch
As células ciliadas ao longo
Medidas de
da membrana basilar são
espectroscopia acuradamente sintonizadas
Mössbauer para uma ótima freqüência
70 característica.
60
limiar (dB SPL)
50
40
30
2 5 10 20
Freqüência (kHz)
Codificação de Pitch
100 Hz
700 Hz
22
100 Hz
Fibra A
Fibra B
Fibra C
Fibra D
Fibra E
Fibra A até E
700 Hz
Fibra A
Fibra B
Fibra C
Fibra D
Fibra E
Fibra A
até E
Princípio de volley (Wever) – altas taxas de disparo
são conseguidas por conjuntos de fibras nervosas.
23
Codificação de Pitch
Tempo
Funciona até aprox. 1000 Hz
24
Representação Central da
Freqüência
representação tonotópica
8 5
12 10 7 52 2 1
14 12 10 8 5 .5
21 kHz
13 12 10 8 5 3
Codificação de Pitch
Ao determinar o pitch de um som...
Formato da atividade é importante
saturação
Taxa de disparo
CF = 1000 Hz
CF = 1200 Hz
50
Intensidade (dB) (tom de 1000 Hz)
25
Percepção do Pitch
Deslocamento da Célula Ciliada vs
Posição na Membrana Basilar
Resposta Relativa
Posição
2800 Hz
Percepção do Pitch
Deslocamento da Célula Ciliada vs
Posição na Membrana Basilar
Resposta Relativa
Posição
400 Hz
26
Percepção do Pitch
Freqüência do pico da Resposta vs
Posição na Membrana Basilar
f [Hz]
Percepção do Pitch
Georg von Békésy
(1899-1972)
Demonstrou a ressonância
Da membrana basilar
27
Physics 1251 Unit 2 Session 13
Sound Intensity Level and dB
20 kHz
Intervalo de Máxima
Sensibilidade
20 Hz
Localização do Som
28
Localização do Som
Detecção de
diferenças de tempo
interaural (fase)
Detecção de diferenças de
intensidade interaural
Mecanismos da Audição
A Célula Ciliada (Stereocilia) é um
Neurônio
• Neurônio tem um limiar
de estimulação
• Neurônio “dispara
dispara”” (está
(está
ligado ou desligado
desligado))
•Neurônios que disparam
inibem os vizinhos
29
Mecanismos da Audição
Consequência: Limiar e resposta não linear
sensação))
Resposta (sensação
Limiar de Audibilidade
10-12 Watt/m2
Desinsibilização com
estímulo crescente
Estímulo (Intensidade
Intensidade))
Mecanismos da Audição
Resposta Neuronal das Células Ciliadas
Células Ciliadas da Membrana Basilar
Neurônio dispara e
vizinhos são
inibidos
Resposta não
Maior aumenta
Estímulo Sem resposta
30
Mecanismos da Audição
Resposta Neuronal das Células Ciliadas
Resposta similar
por causa da
Resposta atenuada
inibiçãoa um
estímulo muito
maior
Mecanismos da Audição
Limiar da Dor
1 Watt/m2
Estímulo ( Intensidade
Intensidade))
31
Mecanismos da Audição
A Função “LOG(x)”
1.0 Log(9)
Log(8) =0.95
=0.90
.9 Log(7) =0.85
Log(6) =0.78
.8 Log(5) =0.70 Log(10) =1
.7 Log(4) =0.60
Log(x)
.6
Log(3) =0.48
.5
.4 Log(2) =0.30
.3
.2
.1 Log(1) =0
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
x
32