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O CLASSICISMO MUSICAL

O século XVIII foi o século da


liberdade e das novas ideias.
Um século de rompimentos
de conceitos antigos e da
construção de novos modos
de pensar sobre a natureza,
as pessoas, os governos e a
religião. Um século onde
tudo era questionado,
discutido, analisado com
objetividade e avaliado
segundo os novos conhecimentos.

Por isso, foi um período onde a intelectualidade teve papel importante e


os pensamentos se aprimoraram. Daí, ser chamado de “iluminista”. Desse
período surgiram as bases e os fundamentos das sociedades e das
políticas atuais. Mas, apesar dos conflitos e das mudanças nos costumes,
foi um período humanitário, equilibrado e harmônico.

E se tudo era influenciado pelo ideal iluminista, a música não ficou ilesa.
E na metade do século XVIII e início do XIX, mudanças foram propostas
para a ela.

O fim do período barroco coincide com este novo tempo. A música, até
então, tinha um estilo complicado, muito rebuscadas em seus
ornamentos tornando-as difíceis e complexas. Um período onde as
contradições estruturais estavam presentes.

As novas ideias transformou as pessoas. Estavam mais cultas, mais


conhecedoras e, consequentemente, o gosto artístico estava mais
aprimorado. Passaram a preferir as artes que melhor se adaptavam ao
novo pensamento e cultura da época.

De 1750 a 1790, houve grande mudanças estruturais na música. As


música, foi se tornando mais claras, mais regular nas formas e nas
proporções, e mais objetivas, mais simétricas e equilibradas. Os
compositores dominavam os novos conhecimentos e os utilizavam para
garantir a simplicidade, a simetria, a harmonia, o brilho e a sofisticação
tão almejados. Mas, uma grande batalha musical eclode. De um lado, a
ópera e, de outro, a música instrumental.

                                                                       C von Glug 

Na ópera havia a preocupação e a busca de uma ópera mais racional. E as


primeiras conquistas se devem a Christoph Willibald von Gluck.

Mas, foi a música instrumental quem mais influenciou este período. A


criação e a consolidação de uma nova estrutura musical: a forma-sonata.
Era uma música leve, simples, despojada de exageros e ornamentos, e
até certo ponto, frívola e divertida. Mas os músicos e compositores
procuravam manter o requinte, a formalidade e a mecânica.

sonata de C. P. Emmanuel Bach

Este gênero musical surgiu logo após o período barroco e seus grandes
divulgadores foram os filhos de Johann Sebastian Back. Wilhelm
Friedemann Bach, o primogênito, foi grande e criativo compositor. Mas,
não se preocupou muito em deixar registros do seu trabalho. O que se
tem e em dia, se deve ao trabalho do irmão mais moço, Carl Phillip
Emmanuel que deixa registrado em partituras as próprias composições e
ainda registrou algumas do irmão.

    
                              W. Friedemann Bach              C. Phillip Emmanuel Bach

Este gênero musical serviu de modelo para todos os outros gêneros que
foram criados posteriormente: as sinfonias, os concertos para solistas,
os quartetos de cordas, obras de câmara, músicas sacras e as
sonatas para piano. Gêneros que produziram verdadeiras obras-primas.

                                                         6ª sinfonia de Haydn

Dos muitos compositores e músicos que se dedicaram a música clássica


ou erudita, pode-se destacar três grandes nomes deste período: Franz
Josepf Haydn (1732-1809), Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791) que
levaram o estilo ao apogeu pelo seu virtuosismo e Ludwig van Beethoven
(1770-1827) que finaliza este período. Em suas obras, Beethoven já
mostrava as características de um novo período musical: o romantismo.

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