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PROGRAMA
Doutorado em Música
MARCOS BOTELHO
Salvador
2017
2
Ficha catalográfica
Folha de aprovação
4
À
Minha mãe, Fernanda Botelho, que sempre esteve ao meu lado nos momentos mais
difíceis.
5
AGRADECIMENTOS
Ao meu Orientador prof Dr. Lélio Alves da Silva, amigo de muitos anos, por sua
inestimável ajuda, me estimulando e me instigando a começar este curso num momento
de grandes mudanças em minha vida. Hoje vejo que foi a melhor escolha. Agradeço por
todo apoio logístico que me proporcionou. Especialmente, por toda a PACIÊNCIA com
minha ansiedade e às vezes minha ranhetice. Você é um grande exemplo de professor e,
principalmente, de ser humano generoso. Infelizmente nem sempre sei expressar
corretamente a admiração, respeito e gratidão que tenho.
Ao Prof. Dr. Joel Barbosa, uma pessoa que era um nome num método que eu dava aula,
e à Prof Dra Cristina Tourinho, que, neste pouco tempo de convivência, conseguiram
mudar muito minha concepção do que é ser um professor de música. Apresentaram-me
ideias e conceitos novos, que espero ter utilizado bem neste trabalho.
À Prof. Dra Vanda Freire (in memorium), pessoa que me apresentou o “mundo
acadêmico”.
Aos meus alunos, que durante este tempo, principalmente no inicio do curso,
compreenderam minhas ausências, ajustes, reposições e trocas de aulas.
Aos meus colegas, que se tornaram amigos por terem sidos companheiros nesta jornada:
Adalto Soares, Malu Barbosa, Anderson Brasil, Mabel Macedo, Antônio Chagas, Diego
Ramires, Stephan Sanches e todos os demais colegas de disciplinas. Aprendi muito com
todos.
À Elisama Gonçalves, pianista que topou todas as minhas loucuras nos recitais,
encarando peças de grande complexidade sempre com grande maestria.
6
RESUMO
ABSTRACT
The research aims to describe and analyze the pedagogical practices of trombone
teachers of undergraduate courses with qualification: trombone or equivalent in
Brazilian universities. For that, the literature review was carried out with three main
biases: the Brazilian studies on trombone (dissertations and theses), the specific
literature on the teaching of the metal instruments (in particular the trombone) and the
literature on performance pedagogy. Based on the literature review, a questionnaire was
prepared and sent to all trombone teachers who fit the cut. Next, 4 universities were
visited and the activities related to the trombone comprised in the period equivalent to
one week were observed, the observations were structured in the data obtained in the
literature review and in the questionnaires. In the visit the students also answered a
questionnaire similar to that of the teachers. Finally, we analyzed all the data obtained
considering 5 topics: the instrument teacher, motivation, study routine (practice),
technical questions and aesthetic questions. Finally, we could conclude from the
literature review that Brazilian research on the trombone (especially about teaching) is
still very scarce, the specific literature basically addresses and values technical issues,
although latently we can note an increase in aesthetic issues. However, performance
pedagogy attaches great importance to aesthetic issues and their teaching. Through the
questionnaires, we could conclude that teachers put great emphasis on technique,
especially intonation and rhythm, and that value the teacher/student relationship.
Through the visits we observed that teachers have great difficulty in expressing
themselves verbally on aesthetic issues, that the predilection for the technique was less
than that presented by the questionnaires. Thus, they presented similar and non-verbal
strategies for transmission and development of aesthetic concepts for their students. In
short, there was a certain irregularity between the data obtained from the different
sources, although we can assume that it is caused by a moment of adjustments and
changes.
8
SUMÁRIO
Introdução......................................................................................................... 10
1 Revisão de Literatura........................................................................................14
1.1 O ensino do trombone..........................................................................................14
1.1.1 Pesquisas sobre o repertório................................................................................15
1.1.2 Pesquisas recentes com enfoque no ensino..........................................................16
1.2 Pesquisas brasileiras sobre trombone..................................................................21
1.2.1 Musicalidade........................................................................................................22
1.2.2 Questões Físicas...................................................................................................24
1.2.3 Respiração............................................................................................................27
1.2.4 Embocadura.........................................................................................................31
1.2.5 Língua, extensão e outros temas..........................................................................36
1.3 Pedagogia da Performance: Algumas considerações..........................................37
1.3.1 O ensino musical e a educação prática (praxial)..................................................39
1.3.2 Aprendizagem motora..........................................................................................42
1.3.3 O professor...........................................................................................................43
1.3.4 Hábito..................................................................................................................45
1.3.5 Prática deliberada ou intencional ( a construção do hábito)................................48
1.3.6 Questões estéticas, criando uma imagem da música...........................................50
1.3.7 Motivação............................................................................................................53
2 Os professores de trombone das universidades brasileiras: perfil e
ideologias.............................................................................................................56
2.1 Análise das repostas do questionário...................................................................57
2.2 Análise das respostas individuais (perfil dos professores)..................................85
3 Professores de trombone universitários e suas atividades: observação em
quatro instituições............................................................................................101
3.1 Professor A .......................................................................................................102
3.2 Professor B ........................................................................................................112
3.3 Professor C ........................................................................................................120
3.4 Professor D........................................................................................................127
4 Análises dos resultados....................................................................................134
4.1 O professor de instrumento................................................................................134
4.2 Motivação..........................................................................................................141
4.3 Rotina de estudos (prática)................................................................................142
4.4 Questões técnicas...............................................................................................146
4.5 Questões estéticas..............................................................................................153
5 Considerações finais........................................................................................159
Referências Bibliográficas...............................................................................162
Apêndice A – Questionário enviado aos professores....................................166
Apêndice B – Ficha de observação das aulas................................................169
Apêndice C – Questionário respondido pelos alunos...................................171
Apêndice D – Respostas dos professores ao questionário e análise de cada
questão..............................................................................................................174
10
Introdução
ensinar música, que é a razão pela qual somos contratados pelos editais dos
concursos. (BOREM, 2006 p.46).
repertório. Deste modo, surge a necessidade de uma pesquisa na área do ensino superior
de trombone no Brasil, produzindo uma visão geral deste ensino, sendo possível ponto
de partida para futuras pesquisas e incentivando intercâmbio entres estes profissionais.
Como nos lembrou Borém (2006): “a maior parte dos educadores musicais ainda não se
debruçou sobre a questão que dizem respeito aos níveis musicais intermediários ou
avançados (BORÉM,2006,p47)”.
No capitulo 4 foi feito uma síntese de todos os dados obtidos com intuito de
construir uma análise de como é feito o ensino de trombone das universidades
brasileiras. Constituindo-se de um quadro de referência para com as principais
características de tal ensino. Este quadro foi construído de forma qualitativa, derivando-
se das observações e conclusões do autor da presente pesquisa sobre os dados
quantitativos obtidos pelos questionários e qualitativos das observações.
14
1 - Revisao de Literatura
1. O trabalho mais antigo que localizamos foi o de Dalmário Pinto Oliveira (1998),
professor da UFRJ, em que conduziu a pesquisa no intuito de estudar o método do
professor Gilberto Gagliardi, comparando-o com outros métodos já consagrados (a
saber: Mantia 1919, Lafosse,1924 e Arbam,1936). Ainda confronta os princípios
pedagógicos dos métodos com a teoria de Piaget do construtivismo. Realiza um
experimento, para tentar alcançar seus objetivos (gostaríamos de ressaltar que o autor do
presente trabalho foi um dos quatro alunos escolhidos para participar deste
experimento).
Por tudo o que foi exposto a respeito de Gilberto Gagliardi, podemos dizer
que sua posição em relação ao ensino do trombone, apesar de desde o início
havermos lembrado que não foi sua preocupação enquadrar-se em nenhum
princípio pedagógico, adota procedimentos de ensino que permitem uma
aproximação com a teoria construtivista, constituindo nesse sentido, uma
novidade quando se estabelece uma relação entre ele e os métodos
tradicionais (OLIVEIRA, 1998, p. 56)
15
Por fim, conclui que o método de Gilberto Gagliardi se enquadra igual aos já
consagrados. Entretanto salienta que os métodos tradicionais de ensino de música
abordam, quase sempre, puramente o objetivo técnico proposto, sem dar nenhuma
atenção a alguns fatores que podem contribuir significativamente para o sucesso
técnico-artístico-profissional do estudante.
Ainda ressalta que, o professor atual de trombone, foi formado por meio de um
modelo tradicionalista de ensino. Privilegiando-se uma transmissão de conhecimento
entre mestre e aluno: um impregnado de conhecimento e outro vazio, sem conhecimento
ou experiências prévias. Tais profissionais teriam, segundo Fonseca (2008), dificuldade
numa abordagem mais atual, porque não a vivenciaram em sua formação. Afirma que
“o ensino do trombone, em sintonia com os padrões atuais, implica na criação de novas
posturas dos profissionais da educação e na formação destes, sendo este o maior desafio
a se enfrentar (FONSECA, 2008, p 12)”. Muito embora, não exemplifique nem aponte
quais são estes padrões atuais. Nota-se que o autor fala todo o tempo em questões
atuais, padrões atuais, entretanto seu referencial teórico esta fundamentado em livros
publicados entre os anos de 1963 e 1984, ou seja, trabalhos publicados entre 45 e 24
anos antes de sua pesquisa. Não vamos contestar as suas fontes teóricas, até por que
vamos nos utilizar das mesmas. Só gostaríamos ressaltar a carência de pesquisas
realmente atuais sobre o ensino do trombone, principalmente em nosso país.
Em sua análise dos manuais dos estudantes de 20 universidades (18 dos Estudos
Unidos, 1 na Inglaterra e 1 no Brasil, a mesma que o autor é professor) conclui que o
termo “continuo desenvolvimento” foi utilizado constantemente referindo-se ao
18
O trabalho de Fonseca (2008) tem importância pelo fato de ser uma primeira
tentativa mais aprofundada de pensar o ensino de trombone em nosso país. Sua revisão
de literatura sobre a técnica e história do trombone é de grande valia aos professores,
pois grande parte a literatura específica é em língua inglesa, sendo em português facilita
o acesso aos alunos. Entretanto a segunda parte, onde busca analisar os cursos de
trombone, carece de clareza sobre o material localizado e de que forma foi analisado.
Muitas vezes apresentado de maneira confusa. A concentração de universidades dos
EUA e somente uma brasileira, justamente a que é professor também nos parece
equivocada. Em vários pontos entendemos que o autor se utiliza das informações das
universidades para servirem de subterfúgio para suas próprias convicções, não
apontando de onde coletou tais informações e a metodologia utilizada.
9
Complementa:
principais temas abordados, com a finalidade de termos um arcabouço que norteou toda
a pesquisa.
1.2.1 - Musicalidade
O autor acredita que a qualidade mais importante para ser bom professor de
instrumento de metais é, antes de mais nada, ser um bom músico, porém somente isto
não garante seu sucesso no ato de ensinar. Deve-se ter um sólido conhecimento sobre o
ato de tocar e musicalidade. Afirma que lecionar é provocar mudanças em seus alunos.
O bom professor é aquele que desafia e encoraja seus alunos para objetivos mais
avançados (sem ser irrealista), além de sempre estimular o desejo de continuar
avançando (JOHNSON, 2002).
1
Eu acredito que tocar bem é resultado da aquisição com sucesso dos fundamentos de tocar e o
desenvolvimento continuo destes fundamentos para o nível mais alto possível através de anos de prática.
23
terem um som não agradável é que eles somente ouvem uns ao outros. A criação de
qualquer som (verbal ou musical) começa com a ideia de que som se deseja. A
qualidade da música que o jovem estudante ouve interfere diretamente em seu
desenvolvimento.
Everything we playing should be beautiful and meaningful, and like the well
dressed man or woman, it can of course be overdone. (…) Add to this the
“muscle memory” of long hours of practice and a condition of “relaxed
aggression” and the sum way well result in an artist trombonist (YEO &
KLEINHAMMER, 2012, p 58)2
In the final analysis, the trombone player should be first a musician and
second a performer on his chosen instrument. The sum total of his technical
ability must summoned into interpreting musical notation so that it will pleas
those who listen it (KLEINHAMMER, 1963, p 97).3
2
Tudo que nós tocamos deve ser bonito e significativo, como um homem ou uma mulher bem vestidos,
podem logiccamente ser exagerados (...). Adicione a isto a “memória muscular” de longas horas de
prática e o resultado desta soma é um trombonistas artista.
3
Em ultima analise, o trombonistas deve ser primeiro um músico e depois um “perfomencer” no
instrumento que escolheu. Toda a sua capacidade técnica deve ser utilizada para a interpretação da
notação musical deste modo fazendo com que possamos ouvi-la.
24
trombonista deve ser musical, deve ter como referência grandes músicos e/ou ser um
artista antes de um trombonista. Parece-nos que os autores entendem que a musicalidade
não pode ser explicada em palavras, ou mesmo que tal conhecimento só possa ser
transmitido pessoalmente. Alguns como Kleinhammer & Yeo (2012), Johson (2002) e
Jacob (citado por Frederiksen,2013) falam em estilo em si, sem si quer explicar o que
tal conceito significa em suas concepções. Todavia as questões mais gerais da
pedagogia da performance serão tratados adiante.
Kleinhammer (1963) afirma que as falhas mais comuns não surgem do que não
fazer, mas do que é feito em excesso no processo físico. Acredita ser a mente o centro
de controle dos movimentos do corpo e que algumas partes da anatomia não são
facilmente controladas. Recomenda que o trombonista, em sua rotina de estudo, tenha
um balanço entre estudos de ligadura, detaché, forte, piano, estude em vários tempos
etc.
Johnson (2002) afirma que o aquecimento é extremante importante. Por sua vez,
este deve ser formulado e conectado com os conceitos musicais. A razão para se tocar é
fazer música, por tanto este fazer deve estar presente em todo o processo. Uma boa
rotina de aquecimento não deve ser longa. O músico deve variar sua rotina para manter
o interesse, a repetição desnecessária pode ser nociva. Cada músico deve adaptar sua
rotina (aumentando, diminuindo etc) para suas necessidades. Lembra que exercícios
com o bocal devem também estar incluídos na rotina de aquecimento. O aquecimento
também deve conter estudos líricos. Os mesmo estudos com bocal e de forma lírica são
defendidos por Jacob (apud Frederiksen,2013), afirmando que na rotina diária de prática
dever-se-ia incluir estudos ao estilo lírico de bel-canto, mantendo-se a qualidade lírica
independente da velocidade com que se toque (JACOB apud FREDERIKESEN, 2003).
Nota-se nestes dois autores grande preocupação com que a rotina de estudos seja feita
da maneira mais musical possível, embora ambos não esclareçam muito como faze-lo.
Johnson (2002) afirma que outro aspecto que acredita ser importante nos
iniciantes (e muito vezes em músicos mais avançados) é a postura.
over the longer term in performance careers much freer from physically
debilitating postural problems (JOHNSON, 2002, p 23).4
É necessário lembrar que um músico é uma unidade total e que este todo só é
compreendido quando as partes envolvidas que formam o todo são compreendidas
separadamente e conscientemente. Todo aspecto do ato de tocar é controlado pela mente
de forma consciente e/ou inconsciente (JOHNSON, 2002).
Memória muscular
Johnson (2002) afirma que somente com uma prática regular é possível manter a
memória muscular dos aspectos e habilidades de tocar, e somente assim é possível se
avançar. Paradas frequentes são necessárias, não só por questões físicas, mas porque o
foco na concentração deva ser restaurado. Sugere que descansos devam ser feitos a cada
30 minutos.
Os autores Kleinhammer & Yeo (2012) afirmam que a rotina diária deva ser
cuidadosamente planejada dentro dos limites da resistência da embocadura. Não é
possível estudar todas as particularidades do ato de tocar trombone a cada dia. A
manutenção preventiva e da memória muscular são os objetivos fundamentais de um
período de aquecimento. Sugerem começar com um período preparação mental com
exercícios respiratórios. Em seguida exercícios somente com o bocal, depois começar
exercícios com glissando no instrumento sem língua. Variar os exercícios tocados a
cada dia é importante para manter a mente sempre alerta, deste modo tocando no dia
seguinte aqueles fundamentos ou aspectos que foram negligenciados no dia anterior.
Condicionamento
Jacob, segundo Frederikesen (2013), demonstra a importância da prática no
condicionamento do músico. Fala que o condicionamento só é um aprendizado
adquirido por um estímulo externo. Relata que é uma habilidade que não nascemos com
ela, mas que é desenvolvida pela repetição. Esta repetição cria um mapa neural no
cérebro, deste modo cria-se um hábito.
One part of the brain will accept what you order as you go through a period
of conditioning. In music, we would call this practice. (…) It does not imprint
4
A boa postura com base nos princípios de relaxamento , liberdade e amplitude de movimento não
refletem só na melhoria imediata no produto musical, mas a longo prazo nas carreiras de músicos, muito
mais livre de problemas posturais fisicamente debilitantes.
27
in the memory banks like it would on our modern computers today – the
human biology requires repetitive maneuvers before it becomes a permanent,
neural pathway in the brain (JACOB apud FREDERIKESEN, 2003, p 143)5
Jacob afirma que a busca por todo este registro de hábitos e de condicionamento
do corpo deve sempre resultar em algo simples. Deve-se sempre pensar e tentar resolver
as questões físicas da performance, mesmo que seja complexa, de forma que o resultado
seja simples. Ainda complementa que a imitação é sempre o melhor método para se
aprender. As habilidades são desenvolvidas nas práticas individuais.
(FREDERIKESEN, 2003)
1.2.3 - Respiração
5
Uma parte no cérebro aceitará que você passe por um período de condicionamento. Em música,
chamamos isto de prática. (...) Registramos na memoria em branco como nos computares modernos - a
biologia humana afirma que se requer manobras repetitivas antes que isto se torne definitivo na via
esquema-neural no cérebro.
6
Respirar é um processo natural que nosso corpo realiza milhares de vezes a cada dia com pouca ou
nenhuma atenção da nossa parte . Acreditando ( como eu) que todas as funções naturais do corpo são
agradáveis, respirar enquanto tocarmos trombone também deve ser relaxado, confortável e agradável.
28
passagens muito extensas sem local para respirar. Recomendam para solucionar este
problema a utilização de respiração circular, que segundo os autores, requer algum
tempo de prática para se alcançar a perfeição (KLEINHAMMER &, YEO 2002)
Farkas (1989) dedica somente uma pequena parte de seu livro ao controle da
respiração. Compara o ar para um instrumentista de sopro de metal à um arco de um
instrumentista de corda. A coluna de ar é a liberação de fluxo contínuo de ar que vibra
os vibradores (lábios) em ângulo reto. Uma nota constante requer estabilidade da coluna
de ar, uma nota aguda requer um fluxo de ar em movimento mais rápido, notas curtas
requerem que o fluxo de ar seja cortado em segmentos curtos pela língua. Nota que a
respiração utilizada para tocar não é normal, igual a que nos utilizamos para viver, ela
requer mais pressão e resistência na saída de ar, bem como controle. Diferentemente do
que é relatado por Kleihammer (1963) e Kleinhammer & Yeo (2002), que pregam que a
respiração deve ser natural, como já relatado anteriormente. Afirma que sem dúvida o
correto uso da respiração é de suma importância para o instrumentista de metal.
Todavia, Farkas (1989) lembra que a respiração utilizada para tocar é mais próxima da
que temos quando nascemos.
Some of them must have played quite well in this primitive , but intuitive
manner, or the art would not have been perpetuated, as any modern world-be
brass player who is suffering because of wrong producers can tell you
(FRAKAS,1989, p65)7
7
Alguns devem ter tocado muito bem nesta forma primitiva, mas de maneira intuitiva ou a arte não teria
se perpetuado, como qualquer músico de metais do mundo pode lhe dizer como sofre por uma produção
errada.
8
O controle da respiração é relacionado diretamente com tudo que o trombonista toca. Assim dominar a
respiração ne uma maneira natural é necessário para tocar.
29
Capacity and endurance in the metering o fair of air requires that trombonist
be a specialist in the aspect of physical endeavor. To perfect, control, and
expand breath capacity requires training, practice, and energy plus constant
watchfulness (KLEINHAMMER, 1963, p 18).9
If there is insufficient air volume moving up the trachea, the glottis will close
and tongue will have too much pressure behind it and there will be starvation
of to the air to the embouchure (JACOBS apud FREDERIKESEN, 2013, p
103)11
9
Capacidade e resistência baseados na quantidade justa de ar requerem que trombonista seja um
especialista no aspecto do esforço físico. Aperfeiçoar , controlar e expandir a capacidade de respiração
requer treinamento , prática e energia alem de constante vigilância.
10
Talvez a área física mais importante para o musico de metal é a função respiratória. Boa respiração é
tão necessária para a vida como para o som do músico.
11
Se não há volume de ar suficiente se movendo para cima da traquéia , a glote fecha-se e língua terá
muita pressão por trás dela, haverá falta de ar para a embocadura.
30
procuravam em sua sala de aula com problemas para tocar tinham problemas com a
respiração. Vários alegavam problemas de articulação e embocadura, porém tais
problemas eram provocados pelo uso incorreto e ineficiente da respiração.
O ar pode ser sentido quando entra e sai do corpo pelos lábios, dentro do corpo
só pode ser evidenciado pela pressão. Para movimentar o ar para fora do corpo é
necessária uma pequena pressão, Jacobs chama isto de “Fenômeno de vento”. A
relação entre fluxo de ar e pressão do ar tem sido enigmática para os instrumentistas de
sopro. O autor prega que não é necessária pressão além da necessária para por o ar em
movimento (FREDERIKESEN, 2013).
For air flow, Jacobs differentiates this as thin air and thick air. To show thin
air he has a student hold his hand in front of his mouth and say “ssssss”. The
air is under high pressure, but there is little quantity. Blow “whooooo” (as in
who) for thick air. The feeling is a considerable volume of air under low
pressure (FREDERIKESEN, 2013 p 119).12
Jacobs explica:
When we use Wind, we have the motor activity of the lips. But the lips do not
have to respond to wind. They can resist wind and not respond at all. They
have a message and wind. On the scale of importance, I would put 85 percent
into psychological attitudes of song so that the lips will have a message, and
15 percent into wind as matter of movement (FREDERIKESEN, 2013 p
123).
12
Para fluxo de ar, Jacobs diferencia o ar fino e ar espesso . Para mostrar ele manda um aluno segurar sua
mão na frente de sua boca e dizer " ssssss " . O ar está sob alta pressão , mas há pouca quantidade . Soprar
" whooooo " (como na palavra Whoo na língua inglesa) para o ar de espessura. sensação é um
considerável volume de ar sob baixa pressão.
31
Definição de embocadura
1.2.4 - Embocadura
O mesmo autor afirma que 50% dos problemas de embocadura são causados por
um uso ilógico da coluna de ar. Muitas vezes o posicionamento do queixo não esta
correto, impedindo o livre caminho da coluna de ar, ou mesmo atrapalhando a abertura
da garganta. A pressão do bocal deve ser distribuída igualmente na parte superior e
inferior dos lábios. Os músculos ao redor da boca tem um desenho circular, enquanto os
músculos do queixo, pescoço e bochechas enraiam para a boca, deste modo a forma da
embocadura deve ser um pouco ovalada. Afirma que a pressão do bocal sobre a
embocadura deve ser evitada, e que isto só ocorre quando os músculos estão na posição
correta e os músculos do pescoço e peito auxiliando os músculos ao redor da boca,
evitando fadiga extrema ao tocar. Recomenda inúmeras vezes no texto a utilização de
um espelho para a criação do hábito de posicionar os músculos de forma correta
(FARKAS,1989).
Sobre a embocadura Keinhammer (1963) afirma que esta deva ser o mais
delicado problema dos trombonistas. Diferente de Farkas (1989) afirma que a
localização do bocal varia de individuo para individuo e que depende da estrutura dos
dentes e de vários outros aspectos, muito embora advoga que a posição deva ser
exatamente como a mostrada por Farkas (1989), descreve 2/3 para cima 1/3 para baixo.
Para ele, a função da embocadura é tencionar e relaxar os músculos para produzir uma
abertura entre os lábios, superior e inferior, que varia de acordo com a altura da nota, e
que quando o ar passa por esta abertura vibra os lábios. Acrescenta que :
the writer’s study reveals that most trombonist are their own worst enemies in
that they use too much facial muscle too far away from the efficient function
of the embouchure to be of tone-producing value (…). Ideally, tongue palate,
and throat tension should not occur as the embouchure tenses for the upper
register. Embouchure and articulation should be isolated form the constrictor
muscles of the throat which are used in swallowing and coughing, for tensing
of these muscle tends to choke off flow of air before it reaches the
embouchure (KLEINHAMMER, 1963, p 25).13
The embouchure will then be supple and flexible and able to fuse one tone
into another. Again, be sure that the embouchure is doing the changing of
pitch without sympathetic tension in neck, throat, or palate
(KLEINHAMMER, 1963, p 72)14
Johnson (2002) afirma que toda boa embocadura deve conter as seguintes
características:
13
Estudos revelam que a maioria dos trombonista são seus proprios piores inimigos, eles usam o
músculo facial muito longe de seu correto funcionamento na embocadura para à produção de som bom (
... ) Idealmente, não deve ocorrer tensao no palato, língua e garganta e tensão quando se tensiona a
embocadura para o registo superior . Os músculos da embocadura e articulação devem ser isolados dos
músculos constritores da garganta, que são utilizados em engolir e tossir , enrijecer destes músculo tende
a estrangular o fluxo de ar antes que ele atinja a embocadura.
14
4 A embocadura , então, deve ser maleável e flexível e capaz de fundir um som para outro. Mais uma
vez , certifique-se de que a embocadura está fazendo a mudança de afinação sem tensão no pescoço ,
garganta ou palato.
33
15
4 1. cantos suficientemente firmes 2. Um fechamento suave dos lábios, tanto quanto se cantarolando o
som "M" 3. Um centro relaxado para poder vibrar 4. Um queixo firme, apontado para baixo em forma de
V ou U a partir dos cantos 5. colocação bocal razoavelmente centrado de lado a lado e de cima para baixo
e ainda permitindo vibrações bem definidas para o som característico associado a cada instrumento em
particular 6. O que Frakas chama de " cara músico de metais " o que é realmente o grau apropriado de
comportamento muscular antagônica entre conjuntos opostos de músculos7. Uma sensação geral de
suave firmeza necessária para o centro do campo e som com qualidade, para tocar ambos muito
suavemente e em volumes vigorosas e ainda adaptar rapidamente aos registos diferentes.
16
4Posição isométrica da face talvez seja a melhor maneira de descrever a embocadura , a fonte de som
do trombonista . Uma combinação equilibrada de um sorriso, ou a posição de assobio produz uma
abertura de vários tamanhos, a maior abertura produz vibrações mais lentas e sons mais graves e,
inversamente, a abertura menor para sons mais agudos.
34
strength, coupled with a proper air supply, are the main prerequisites of a wide tonal
range”17 (KLEINHMMER & YEO, 2012, p 26).
Jabob, sobre embocadura, afirma que a altura da vibração é feita pelo tamanho,
espessura e tensão dos lábios. A respiração é o combustível da vibração dos lábios. A
quantidade de ar para se tocar é definida pela quantidade de ar que a embocadura
necessita para vibrar. Ressalta que para controlar a embocadura deve-se controlar o som
e o ar. (FREDERIKESEN, 2013).
The object of buzzing the mouthpiece is to produce a good “rich” buzz, and
one which is exactly in tune. With mouthpiece alone it is possible to play as
high or low as it is while playing the instrument. In fact, if you can’t play it
on the mouthpiece, you can’t play it on the instrument (FARKAS, 1989, p
46).
Complementa que uma nota aguda requer uma abertura da boca extremamente
pequena entre os lábios, tal abertura pode ser aprendida corretamente somente com
excelentes condições físicas que é alcançada como resultado de prática, e que os
exercícios de vibração labial devem ser parte desta prática. A pressão que o bocal
exerce sobre os lábios deve ser confortável, suficiente para selar hermeticamente os
lábios com o bocal.
17
A flexibilidade e a força da embocadura, aliadas a um bom suprimento de ar, são os principais pré-
requisitos de uma extensão.
18
Com o bocal sozinho pode-se estudar a função da embocadura, suprimento de ar e tirar a tensão sobre a
garganta e língua.
35
Sobre a prática somente com bocal, Jacob, recomenda que não deva ser feita
com notas longas e sim com pequenas canções e trechos musicais, para desta forma
conectar as ideias musicais e os lábios. O tempo deve ser curto em torno de 2 a 3
minutos. Tal prática ajudaria a conectar a habilidade de ouvir a afinação na sua cabeça
com a habilidade de tocar a afinação com seus lábios. (FREDERIKESEN, 2013).
19
Vibração labial com o visualizador e boca cortado podem sempre ajudar da manutenção preventiva.
Nomomento em que o "gigante adormecido " do sofrimento é despertado juntamente com angústia do
corpo e da mente , devido à negligência, complacência , maus hábitos ou doenças , vibrar desta forma
pode fornecer pistas para o que quer que está ocorrendo. Sempre vigilante. ( ... ) Buzzing é um verdadeiro
olhar para dentro em qualquer instrumentos de metal.
36
Kleinhammer (1963) acredita que os professores tem dado muita ênfase à língua,
como resultado a língua torna-se um meio de controle do ar, deixando o ar com muita
pressão. O autor afirma que muitos instrumentistas de metais tem um uso incorreto e/ou
ineficiente da língua. Deste modo, também acaba-se envolvendo a garganta como mais
um controlador do ar. A função da língua ao tocar é assistir o ar e a embocadura na
produção de um ataque limpo. Um ataque bem feito consiste na preparação da
embocadura, ar controlado e medido com assistência da língua, todo isto no momento
correto (KLEINHAMMER, 1963).
O autor afirma que a extensão e o alcance das notas extremas dependem da força
muscular, destreza, uso correto da embocadura e do sistema respiratório. Portanto, esta
extensão varia de individuo para individuo. Supõem que o registro médio deve ser
estudado de modo relaxado, com uma embocadura correta e uma eficiente utilização da
embocadura com o ar. Os extremos devem ser aprendidos e conquistados passo a passo,
dia a dia, de forma gradativa. Complementa que o registro grave no trombone é de
fundamental importância para se tocar o registro agudo.
We think of a certain player’s high register as being thin and certain strained,
but in the writer’s opinion it is equally as bad to have a thin, queasy sound in
the low register, regardless of the quality of the middle and upper registers
(KLEINHAMMER, 1963, p 43).
No caso do legato, a língua não deve ser utilizada em nenhum intervalo em que
as notas estejam na mesma posição, o trombonista deve ter perfeito controle entre a
passagem da nota, movimento na vara e movimento da língua. Todas estas ações devem
ser feito de modo coordenado e ao mesmo tempo (KLEINHAMMER, 1963).
Kleihammer & Yeo (2012) acreditam que a qualidade do som é o aspecto mais
importante para se causar uma boa impressão tocando. A correta respiração, incluindo o
uso apropriado da língua e ausência de tensão na garganta, é o principal fator na
produção de um som bonito. A prática diária de exercícios de notas longas, com
consciência da respiração e relaxamento, é a principal ferramenta para o
desenvolvimento do som no estudante. Devemos lembrar, como foi apresentado
anteriormente, que Johnson (2002) afirma que para os alunos obterem um som bonito a
principal coisa a se fazer é que eles tenham referências boas.
37
Kleinhhamer & Yeo(2012) afirmam que tocar legato é o estilo mais difícil para o
trombonista. Existem duas maneiras de tocar o legatos com e sem língua. O movimento
da língua deve ser minimizado ao máximo para que se possa ter uma sensação de que
esta cantando, entretanto deve-se ter cuidado para não se ouvir um som de glissando
entre as notas.
Entendemos que pensar música como profissão demanda pensar mais do que
aspectos puramente técnicos, mas aspectos estéticos. A execução de uma música é algo
físico, que depende da atuação do nosso corpo para sua realização. Elliot (1995) nos
mostra que música não é uma coleção de obras, a música só existe quando executada,
portanto é uma ação humana, mesmo quando ela é gravada é a representação de uma
ação. O autor afirma que todas as formas de fazer música envolvem uma forma
multidimensional de pensar,
(…)believe that good playing is the result of the successful acquisition of the
fundamentals of playing and continuous development of those fundamentals
to highest possible levels through years of conscientious practice.
21
(JOHNSON, 2002, p XIV)
20
A performance depende de formulações deliberadas em um contexto definido.(...) Executar uma musica
é uma habilidade que requer mudanças através das ações deliberadamente, ou a vontade.
21
Acredito que tocar bem é o resultado da aquisição bem sucedida dos fundamentos do tocar e do
desenvolvimento contínuo desses fundamentos para níveis mais altos possíveis através de anos de prática
consciente.
38
Elliot (1995) nos explique que quando somos capazes de fazer ou conhecer algo
com competência e proficientemente nosso conhecimento não é manifestado
verbalmente, mas de modo prático, ou seja, quando adquirimos uma habilidade ou
conhecimento motor completamente somente somos capazes de efetua-lo de modo
prático e não nos expressando verbalmente. Durante o ato de cantar ou tocar um
instrumento nosso conhecimento musical é nossa ação, nossas ideias são nosso fazer
musical. O autor ainda complementa:
The suggestion that music making pivots on techniques will not do either.
Techineque (from techne) is narrowly concerned with the technology of
making. True, the dimension of musicianship includes techniques, as well as
routine, procedures, facilities and abilities. But in music making done well,
the procedure essence of musicianship always involves several other forms of
thinking and knowing to specific goals ideas an values of musical doing an
making ( as praxis implies)( ELLIOT, 1995,p70).22
22
A sugestão de que fazer música esta calcada sobre as técnicas. Techineque (de techné ) é estritamente
preocupado com a tecnologia de fabricação . É verdade que a dimensão da musicalidade inclui técnicas ,
bem como rotina , procedimentos, instalações e habilidades. Mas na música fazer bem feito, é
essêncialmente um procedimento de musicalidade que sempre envolve várias outras formas de pensar e
conhecer as metas específicas, o valores musicais de cada saber ( como práxis implica )
39
Many musicians have the impression that the world of musical study is cut
from two different cloths: “technique” and “musicality”. The truth is that if
either of these elements is missing, there can simply be no music. Music
cannot exist without notes and cannot live without expression. (McGILL,
2007, p 264)23
O mesmo autor ainda complementa que devemos descartar a falsa barreira entre
técnica e musicalidade. Entendemos que pensar as duas se complementam e só fazem
sentido se existirem mutualmente. A musicalidade só pode ser completamente
alcançada se a técnica não for um empecilho. Do mesmo modo a técnica só faz sentindo
de ser adquirida se for caminho para uma expressividade artística. Devemos ser capazes
de fazer música como um discurso coerente e compreensível. O ensino de música para
instrumentistas de alta performance deve abranger todos os elementos já mencionados
até o momento.
Elliot (2005) afirma que a realização dos objetivos da educação musical passa
pelo desenvolvimento da capacidade de escuta, musicalidade, composição e
improvisação e acrescenta que tais capacidades são de fundamental importância para o
processo educacional musical. O autor defende o ensino musical prático em que ocorra
uma visão mais ampla do ensino do instrumento, mais reflexivo e aprofundado. A
performance de obras musicais envolve a compreensão de várias camadas de
significados incluindo vários tipos fazeres musicais.
23
Muitos músicos têm a impressão de que o mundo do estudo musical é divido de dois planos de
diferentes: "técnica " e " musicalidade " . A verdade é que, se qualquer um destes elementos está ausente ,
não pode-se ter simplesmente nenhuma música. A música não pode existir sem notas e não pode viver
sem expressão.
40
Segundo os autores aqui revisados, a musicalidade deve ser uns dos objetivos do
ensino do instrumento, não somente habilidades técnicas. A musicalidade não é algo
nato, mas algo que é adquirido com nossa vivência e que sim pode e deve ser ensinado.
Elliot (2005) afirma ainda que a capacidade musical e a capacidade de audição estão
intimamente ligados:
The most important skill any musician must develop is the skill of listening.
Listening provides the means by which we acquire musical ideas and the
means by which we evaluate our product (JOHNSON, 2002, p. 11)25
Elliot (1995) afirma que deve-se pensar não em “construir” fazedores de música
mas sim consumidores. Tal filosofia enfatiza a música como um produto e um processo,
ação como conhecimento é a chave da filosofia praxial. O autor complementa: “music is
not simply collection of products or objects. Fundamentally music is something that
people do” (ELLIOT,1995, p 39)26
Music makers listen to what they do and make and what other musicers do
and make. The kind of doing we call music listening is therefore an essential
tread that binds musicers, musicing and musical products together. But there
is more. Linked to each kind of music making is a group of people who act
specifically as listeners (auditors, or audiences) for musical products of that
kind of musicing. (ELLIOT, 1995, p41)27
27
Os fazedores de música ouvem o que fazem e fazem e o que outros músicos fazem. O tipo de fazer
que chamamos de ouvir música é, portanto, um passo essencial que liga músicos, música e produtos
musicais juntos. Mas há mais. Ligado a cada tipo de produção de música está um grupo de pessoas que
atuam especificamente como ouvintes (auditores, ou público) para produtos musicais desse tipo de
musicalidade.
42
diferenciados. Segundo Goldinho (2006), a associação entre música e corpo não só está
presente como é inevitável, quer nas atividades de produção quer na mente humana.
Acrescenta que a música, em qualquer situação, é produzida por interpretes, por sua vez
esta nos chega fortemente associada à sua produção e ao corpo que lhe dá vida.
Miksza (2011) afirma que as pesquisas mostram que, embora possam ser
necessários certos limites de tempo de prática para adquirir algumas proficiências
musicais, é a qualidade de sua prática e não a quantidade de prática que é o indicador
mais claro de sucesso da performance.
1.3.3 - O professor
possess are a thorough knowledge of the subject matter and a concern for the student’s
progress”. (JOHNSON, 2002, p 1)28
Lehman et al. (2007) afirmam que alguns atributos dos professores interferem na
relação do processo cognitivo do aluno. A qualidade das observações dos professores
sobre a execução dos alunos faz com que aos poucos consiga “internalizar o professor”
e alcance metas e objetivos traçados. Instruções objetivas fazem com que o aluno crie
internamente imagens e metáforas.
Rocha & Boggio (2013) afirmam que a música tem a capacidade de gerar
interações auditivo motores. O aprendizado da música é realizado em grande parte pela
capacidade de imitação. Portanto, acreditamos que o papel do professor esta em gerar
situações de aprendizado para o aluno criar, por si próprio, um “repertório” de
habilidades músico-motoras. Tais situações são criadas pela prática em um ambiente de
execução, instrução e imitação.
28
a qualidade mais importante de qualquer bom professor deveria ser transmitir conhecimento
musical e acompanhar o progresso do estudante.
29
O aprendizado do estudante de musica ocorre quando o professor completa o ciclo de instrução, no qual
consiste em 1 – o professor apresentar uma tarefa de performance ao estudante, 2- os estudantes
responderem por meio da implementação ou aplicação da instrução e 3- o professor realizar um feedback
para a execução do estudante.
45
Este estímulo externo é feito e controlado pelo professor, mais uma vez
demonstrando a importância da liderança do professor neste processo, além da
importância da relação professor/aluno não como mestre/aluno, mas sim como
facilitador e guia.
1.3.4 - Hábito
30
Um reflexo condicionado é uma resposta aprendida ou adquirida por meio de um estímulo externo. Não
nascemos com ele, mas desenvolvemos através repetição . Essas repetições criam um mapa neural para o
cérebro e entao os hábitos são criados.
46
O mesmo autor cita como exemplo o caso de uma pessoa tem um membro
amputado e mesmo assim consegue perceber e ter consciência do membro perdido. A
integração entre corpo e mente ainda continua mesmo sem a existência do membro. A
consciência é maior que a simples presença física do membro amputado. Ressalta que
mente e corpo são entrelaçados porque todos os movimentos do corpo vivo são
intenções psíquicas, da mesma forma que todos as intenções psíquicas tem origens em
um esboço de disposições fisiológicas. Elliot (1995) ainda complementa que a
consciência do corpo é parte do sistema nervoso central, é um processo biológico, o
corpo esta na mente, é uma criação da nossa mente.
Holme & Holmes (2012) sugerem que aspectos da performance podem não ser
necessariamente claros para um observador, nem quantitativamente mensurável, a
menos que este desafio metodológico inerente seja reconhecido e abordado, suposições
podem ser feitas sobre o mundo interior do artista que, estando arraigados na
experiência e as expectativas do observador, têm pouco fundamento na realidade.
podemos chamar em música de prática. Ainda afirma que depois de adquirido um hábito
pela repetição este não pode ser “desaprendido”, mas somente substituído por um novo
hábito.
McGill (2007) ressalta que a simples repetição não é suficiente, tal atividade
deve ser envolvida em uma prática e preparação musical, acrescenta que em tal
atividade deva ser levado em conta o acréscimo de dificuldade paulatinamente.
“Discarding the false mental barrier between technique and musicianship will enable
your music making to always speak with coherent, unified meaning.” (MCGILL, 2007,
p 267)31. Portanto, o hábito não é adquirido somente por mera repetição, ele deve ser
envolvido em um ambiente musical. É uma habilidade que é interiorizada sim com o
tempo e repetições, mas uma habilidade técnica desprovida de sua musicalidade de nada
serve para a construção de um músico de alta performance.
Kampe & Ericsson (2005) definem como prática deliberada uma atividade
altamente estruturada como objetivo explícito de melhorar alguns aspectos da
performance, sendo estas tarefas cuidadosamente monitoradas com objetivos
específicos. Então toda a concentração é baseada na suposição de que toda atenção e
esforços são mantidos apenas por um período limitado de tempo. Toda a atenção do
indivíduo é obrigada a identificar áreas que necessitam de melhorias. Há também
evidência, segundo os autores, que mesmo somente um dia deste tipo de treinamento
possa ser eficiente. Entretanto, tal prática é mais eficiente com séries continuadas, em
que a quantidade de carga e intensidade são gradualmente aumentados e intensificados.
Ainda segundo os autores, a intensidade e duração de tal prática devem ser
cuidadosamente contrabalançadas com uma maior necessidade de descanso e
recuperação.
31
Descartando a falsa barreira entre técnica e musicalidade permitirá falarmos de música como algo com
significado unificado e coerente.
49
Wulf & Mornell (2009) afirmam que o método mais comum de prática
deliberada para um músico envolve repetição, com base em uma série de loops de
trabalho. Execução de exercícios e/ou passagens repetidas exaustivamente até que não
ocorram mais erros, somente então passa-se para a próxima tarefa, em que irá ser
repetida novamente até a “perfeição”. Entretanto, argumentam que a alternância das
atividades em seções menores e aleatórias proporcionariam melhores resultados na
aquisição de habilidades motoras.
Seus estudos ressaltam algo que ajudam a explicar um erro comum cometido
por professores e alunos: confundindo desempenho imediato com a aprendizagem. Os
32
Em contraste com tocar, prática deliberada é uma atividade altamente estruturada , o objetivo explícito
é melhorar o desempenho . As tarefas específicas são inventadas para superar as fraquezas, e o
desempenho é cuidadosamente monitorado para fornecer sugestões para e melhorar ainda mais.
Afirmamos que a prática deliberada requer esforço e não é inerentemente agradável. Indivíduos são
motivados a praticar porque a prática melhora o desempenho. Além disso, tal prática não gera
recompensas monetárias imediatas e gera custos associados com o acesso a professores e ambientes de
treinamento. Assim, uma compreensão das consequências surge a longo prazo.
50
autores apontam duas situações, em que o desempenho imediato é avaliado, são: durante
a aula, quando o aluno desempenha corretamente imediatamente após a instrução, e
durante a prática, depois de várias repetições sem erros. Em ambos os casos, não há
dúvida de que a aprendizagem se realizou. No entanto, tanto o professor quanto o aluno
estão influenciados pelo armazenamento temporário da habilidade motora na memória
de curto prazo, todavia, isto não é necessariamente o sinal de retenção na memória de
longo prazo (WULF&MMORNEL, 2009).
Musicians and music teachers in any musical culture would agree that music
making is not primarily a physical but a mental skill, in which the hands,
fingers, breathing apparatus, and so forth, merely follow directions from
higher levels. Skilled music listening is a solely mental activity. We therefore
propose that the common mechanisms that mediate the execution of skills are
internal mental representations and auxiliary processes that act on those
representations. (LEHMANN et al, 2007, p19)35
33
A boa performance precisa absorver característica expressiva, afim de enriquecer a sua própria
performance.
34
Os alunos desenvolvem habilidades de escuta para comparar suas próprias performances com
exemplos a serem seguidos, como modelos ideais.
35
Músicos e professores de música em qualquer cultura musical concordariam que fazer música não é
primariamente um ato físico, mas uma habilidade mental em que as mãos, dedos, aparelho respiratorio e
assim por diante , apenas seguem as indicações de níveis mais elevados. Ouvir música de modo superior
é uma atividade exclusivamente mental. Propomos, portanto, que os mecanismos comuns que mediam a
execução de habilidades são representações mentais internas de processos auxiliares que atuam sobre
essas representações.
52
The vast majority of students have as their most serious and restricting
problem the inability to conceive in their mind’s ear how they wish to sound,
and subsequently they are unable to asses accurately the sounds actually
produced. (JOHNSON, 2002, p 12)37
Elliot (1995) nos mostra que: “musicianship is what music makers know
how to do with practice-specific musical sound patterns in relation to practice-specific
musical knowings (ELLIOT, 1995, p 55)38. O mesmo autor, ainda afirma, que o
desenvolvimento do estudante só ocorre em ambiente de práticas genuínas. A reflexão
prática é fundamental para o desenvolvimento da musicalidade porque o fazer musical
existe a partir de uma série de hábitos, sentimentos, rotinas etc. Desenvolver a
musicalidade é, em parte, criar uma conscientização de um fazer musical, incluir
julgamentos bem informados sobre a natureza do fazer e da obra musical em cada
contexto (ELLIOT, 1995).
Johnson (2002) ainda afirma que para ensinar música, antes de mais nada,
deve-se ser um bom músico, a musicalidade pode-se manifestar de várias formas. As
mais óbvias como interprete, maestro ou compositor, mas ensinar a si próprio também
pode e deve ser encarado como uma forma de expressão musical. Executar boa música
requer não somente fazer sons com sentido artístico, mas também um sólido
conhecimento de estilos, teoria e história, tais questões requerem que o músico tenha
uma sofisticada audição.
36
Tradução: Como os estudantes realizam cada trecho , os professores avaliam suas performances ao
referenciar, simultaneamente à uma imagem mental ou modelo do performace ideal . Esta imagem pode
ser uma representação visual ou aural.
37
Tradução: A grande maioria dos estudantes tem como mais sério e irerstrito problema a incapacidade
de conceber em suas mentes o seu ouvido, como eles desejam soar, e, conseguentemente, eles são
incapazes de avaliar com precisão os sons que realmente produzem.
38
Tradução: musicalidade é o que os fazedores de música fazem, com uma prática musical específica e
relaciona com sons dentro de um conhecimento musical de uma prática especifica.
53
1.3.7 - Motivação
High levels of intrinsic motivation may lead to lengthy periods of practice for
the sheer enjoyment of playing. Those motivated by external factors may
adopt time effective practicing strategies to optimize learning and reduce the
amount of time spent in practice. Both may achieve similar levels of
performance. Further research is required to explore the interplay between
types of motivation, enjoyment, time spent practicing, the effectiveness of
practice and subsequent learning outcomes.(HALLAM, 2002,p237)39
39
Altos níveis de motivação intrínseca podem levar a longos períodos de prática pelo puro prazer de
tocar. Os fatores motivaicionais externos podem adotar estratégias eficazes de tempo praticando para
otimizar o aprendizado e reduzir a quantidade de tempo gasto na prática. Ambos podem alcançar níveis
semelhantes de desempenho. São necessárias mais pesquisas para explorar a interação entre tipos de
motivação , prazer , o tempo gasto praticando , a eficácia das práticas e resultados de aprendizagem
subsequentes.
55
O ensino do instrumento deve ser muito bem balanceado entre aspectos motrizes
e estéticos. O músico deve ter um grande domínio do seu corpo, a ponto do instrumento
ser sua extensão. Além disto, o domínio da expressividade e da estética é construído
partir da vivência, da prática.
40
Performance musical é a construção e articulação de significado musical, em que cada atributos do
performance, fisico, cerbral, social e histórico convergem e podemos escolher em considerar essa
convergência como expressão da mente na perfromance , em seguida, é preciso lembrar que a mente não
é nem o corpo e nem a confinada dentro da cabeça.
56
41
Lembramos que as conclusões aqui alcançadas foram a base para a próxima parte da pesquisa. A
escolha das universidades a serem visitas, além do protocolo de observação e demais interações com
alunos e estudantes.
57
Perfil (questão 1)
Nome
Universidade onde trabalha
Sua titulação
A quanto tempo é professor de trombone ( em anos)
Sua idade
Sua universidade possui algum tipo de grupo de trombones (quarteto,
coral etc) sob sua supervisão? (especifique)
42
Lembrando que o próprio pesquisador e seu orientador estão entre estes professores, entretanto
optamos em não responder e, portanto, não constar no perfil
58
Para idade optamos por formar grupos de 10 anos. Até 29 anos só localizamos
um professor, de 30 a 39 anos foram 4 professores, de 40 a 49 anos 10 professores e
com mais de 50 anos somente 5. Deste modo, ressaltamos que quase metade dos
professores está da faixa etária de 40 a 49 anos.
43
Sabemos que o termo mais comumente utilizado no meio acadêmico é especialista, entretanto optamos
utilizar pós-graduado, pois foi assim que os dois respondentes se auto intitularam.
59
Na questão 2 foi pedido para que, pensando das aulas de instrumento (individual
e/ou coletiva) que lecionava, cada respondente classificasse de 1 a 9, em ordem de
importância (onde 9 é de fundamental importância e 1 sem importância). Foram 9 itens
listados, assim dispostos:
44
Informalmente foi relatado a existência de um curso no estado do Pará, entretanto buscamos
informações se haveria habilitação em trombone e não conseguimos resposta. Buscamos também contato
com o professore que atuaria neste curso, porém não obtivemos resposta.
60
16
14
12
10
6 9a7
6a4
4
1a3
2
Podemos notar que a “performance dos alunos e suas dúvidas” e “afinação” são
o itens considerados mais importantes para os professores com 11 e 10 classificações
entre 9 e 7 respectivamente. “Reforço negativo da performance” não foi classificado
nenhuma vez com um dos itens mais importantes, e “reforço positivo da performance”
61
somente uma. O item “expressividade” foi classificado duas vezes como um dos mais
importantes.
45
Músicos em desenvolvimento dependem de professores como modelos musicais de qualidade e
feedback sobre o próprio desempenho. Ao longo de seus estudos alunos devem, idealmente " internalizar
o professor, " aprender a gerar metas para si próprios e para a auto –monitorar suas performances. ( ... )
Instruções verbais de experts devem conter questões concretas da música ao mesmo tempo que deve-se
incorporar imagens e metáforas. Mais importante, professores especialistas dão instruções eficientes,
limitando as suas verbalizações para acomodar uma maior participação dos alunos. ( ... ) As qualidades
pessoais que suportam um ensino eficaz é resultado de experiências e backgrounds.
62
46
O ponto é que o aspirante a artista deve primeiro ser um músico e depois um trombonista
47
A performance musical não é a aquisição extensiva e altamente especializadas de informações sobre
peças, mas é a aquisição de conceitos musicais (ideias) e o desenvolvimento das habilidades
correspondentes necessárias para dar expressão a estas ideias.
63
centrados no professor. Gambris & Davidson (2002) ainda nos falam sobre a
importância do professor no processo de desenvolvimento do aluno:
Teachers are perhaps the most important early influence besides the parents,
not only because teachers transmit musical abilities but also because they
more or less influence musical tastes and values and are role models and hold
a key position with regard to motivation—for good or for bad. (…)The
students with the highest achievements found their teachers to be
entertaining, friendly, and proficient musicians, whereas the lowest-achieving
students remembered their teachers as unfriendly and incompetent
(GAMBRIS & DAVIDSON. 2002, p 23)48
Ainda vale ressaltar que o item afinação tem destaque entre os itens mais
valorizados. A afinação não é uma questão muito tratada na literatura específica sobre
técnica do trombone revisada, embora seja um item sempre presente, geralmente,
restringe-se a conselhos e/ou formas de utilização de aparelhos para sua aferição.
Gênero/estilo
Qualidade do som
Ritmo
Afinação
48
Talvez os professores sejam a influência mais importante depois dos pais, não só porque transmitem
habilidades musicais, mas também porque eles mais ou menos influenciam gostos e valores além de
serem a chave principal que controla a motivação, para o bem ou para o mau. (...) Os estudantes com alto
rendimento são lembrados por seus professores por serem divertidos, amigos e com proficiência
profissional, enquanto os de baixo rendimento são lembrados com pouco amistosos e incompetentes.
64
Musicalidade
Rotina/aquecimento
Outro (especifique)
12
10
6
muita
4
media
2 pouca
There is not enough time in each day to put serious work into each facet of
trombone playing, specially with consideration of rehearsals and concerts and
the limits of embouchure endurance. Therefore careful planning of daily
exercises is required (KLEINHAMMER& YEO, 2012, P 49)49
A respeito destes dois itens, ritmo e afinação (ainda podemos incluir qualidade
do som nestas observações), Johnson (2002) e Frederiksen (2013) afirmam que para seu
desenvolvimento o aluno deve criar uma ideia clara do querem tocar. Afirmam que tais
concepções devem ser criadas internamente pelo aluno, e cabe ao professor estimular e
conduzir esta concepção. Johnson (2012) comenta: “Another way of stating this is to
say any intendedaction or behavior must begin with an idea (concept) of the product (p
15)”50. Do mesmo modo Frederikessen (2013) aconselha: Study the product, not
49
Não há tempo suficiente em cada dia para se trabalhar seriamente cada faceta do ato de tocar trombone,
especialmente se levarmos em conta ensaios e concertos, em relação ao limite de resistência da
embocadura. Deve-se planejar com cuidado os exercícios a serem realizados diariamente.
50
Outra forma de dizer isto é dizer que qualquer comportamento deve começar com uma idéia (conceito)
do produto.
66
Modern electronic turners (...) can be of great help in assisting with tuning.
(…) The metronome is of great help in securing a steady rhythm. One can
tape an etude and check the consistency of rhythm throughout afterwards
(KLEINHAMMER & YEO, 2012, p 54-5)53
51
estude o produto, não o método. Mentalize a música por declaração não por questões.
52
Grandes músicos ouvem a afinação antes de tocá-la. Poucos nascem com ouvido absoluto, mas uma
afinação relativa pode ser desenvolvida.
53
Afinadores eletrônicos modernos podem ser muito uteis para ajudar na afinação (...). Metrônomo é uma
grande ajuda para a segurança do ritmo. Gravar o estudo e checar a constância do ritmo durante o estudo.
67
Na literatura fica claro uma divisão entre técnica e estética. Quando olhamos a
literatura revisada sobre performance e pedagogia da performance é notório o
predomínio das questões estéticas, da importância da musicalidade e a preocupação com
gênero e estilo. Entretanto, quando nos voltamos para a literatura específica de
trombone e instrumentos de metais os autores se concentram na técnica. É até
compreensível se pensarmos que seu objetivo principal seja a técnica destes
instrumentos. Alguns autores, como Johnson (2012) e Friederikensen (2013), tem o
cuidado de afirmarem, em vários momentos de seus textos, que o objetivo do estudo do
instrumento seja a música. Entretanto, os autores têm dificuldades em apontarem como
fazer o desenvolvimento estético do aluno. Kleinhammer (1963) e Kleinhammer & Yeo
(2012) ainda dedicam um capitulo, porém como os demais só apontam a necessidade e
não o caminho. Farkas (1989) nem ao menos aborda este assunto.
Como ele, entendemos que as duas devam caminhar juntas e que a técnica é o
caminho para a música. Vale ressaltar que com o passar do tempo a literatura específica
tem pouco a pouco acrescentando as questões estéticas musicais, entretanto, parece que
a literatura do nosso instrumento incorpora um pouco mais lento. Mas é notável a
diferença entre Farkas (1989)54 e Johnson (2002). Krampe & Anderson (2005) resumem
muito bem nossa posição:
54
A primeira edição deste livro é de 1962.
55
uma performance com expertise envolve técnica magistralmente solidificada e uma interpretação polida
das peças musicais, uma performance de destaque transcende o nível do expert para oferecer uma
contribuição única e valiosa termos de novo estilo, técnica e interpretação.
68
Ritmo
Afinação
Reforço positivo da performance
Reforço negativo da performance
Questionamento do estudante
Estilo/gênero
Rotina/aquecimento
12
10
8
6
4 5
2 4
0 3
2
1
56
O tipo de relação que um professor estabelece com os alunos afeta o processo de aprendizagem. (...) As
qualidades pessoais que apóiam o ensino efetivo resultam de experiências e treinamento de base, e não de
características de personalidade.
70
57
Manutenção preventiva e memória muscular são os objetivos principais de um período de aquecimento
consciente. Deve ser envolvente e motivador para ouvir e aprender, do contrário poderá ter efeitos
diminuídos.
58
O objetivo mais importante do aquecimento é formular e conectar os conceitos musicais mais
adequadas com respostas físicas mais eficientes . A razão se tocar é fazer música e o processo de criação
musical deve começar logo no início de sua prática.
71
Mais uma vez ressaltamos que a literatura de pedagogia musical revisada, afirma
que as questões estéticas (musicalidade, gênero/estilo etc.) não só devem ser
valorizadas, mas também ser o principal objetivo de um processo de educação musical.
Podemos supor que esta controvérsia possa estar no fato da literatura específica
do trombone e instrumentos de metais abordarem superficialmente as questões
musicais. Parece que os autores entendem que isto tem importância, mas se sentem
incapazes, ou mesmo que não é sua função, discorrer sobre a musicalidade. Deixando a
autores específicos esta responsabilidade.
Diária
5 ou 6 vezes por semana
3 ou 4 vezes por semana
De acordo com a carga de estudo e/ou trabalho
De acordo com a condição muscular
De acordo com o talento
59
Para ensinar eficazmente música, devemos conhecer nosso assunto - a música. Devemos incorporar e
exemplificar a musicalidade. A forma como as crianças se desenvolvem musicalmente é por meio de
ações , transações e interações com professores musicalmente eficientes.
72
Frequencia de estudo
14
12
10
8
6
4
2
0
diária 5 ou 6 3 ou 4 de acordo de acordo de acordo outros
com a carga com a com o
acondição talento
A grande maioria dos professores afirmou acreditar que a rotina deva ser diária,
11 dos 19 professores marcaram esta opção. A segunda opção mais escolhida foi 5 ou 6
vezes por semana, 6 dos 19 professores. Também 6 professores acreditam que a
frequência do estudo deva ser de acordo com a carga de estudo e/ou trabalho, sendo que
destes 4 ainda marcaram outra opção (ou diária ou 5 ou 6 vezes por semana) . Somente
3 acreditam que deva ser de acordo com a condição muscular, deste 2 ainda apontaram
outra opção.
Devemos ressaltar que as opções “3 ou 4 vezes por semana” e “de acordo com o
talento” não foram assinaladas por nenhum dos professores. Na opção “outro”, os
professores faziam ressalvas sobre o limite físico, apontavam o cuidado que devemos
ter com a rotina e seu excesso.
Na questão 6 foi perguntado o quanto que cada professor acredita ser necessário
estudar a cada dia, também foi dada um opção outro para que o professor pudesse
acrescentar o que achasse necessário. As opções apresentadas foram:
Depende do talento
A critério do aluno
Mais de 4 horas
73
De 3 a 4 horas
De 2 a 3 horas
Menos de 2 horas
Duração
100%
80%
60%
40%
20%
0%
depende a critério mais de 4 3 a 4 2 a 3 menos de outro
do do aluno horas horas hroas 2 horas
talento
A importância de o aluno ter uma rotina diária (ou mesmo com poucas folgas)
de estudo esta claro nas respostas dos professores. Na literatura revisada, Frenderikesen
(2013), citando Arnoud Jacob, afirma que nosso cérebro é como um computador que vai
registrando habilidades musicais, entretanto somente uma parte deste conhecimento é
registrado a cada dia, necessitando de repetições diárias para que este conhecimento seja
adquirido. De modo parecido, McGill (2007) e Johnson (2002) ainda demonstram a
necessidade da regularidade do estudo do instrumento.
Lehmannet et al. (2007) ainda nos lembram que a rotina de estudo deve sempre
buscar imitar situações reais de performance. A prática não só nos permite executar
60
Um número de estudos de treinamentos em situações reais compara eficientemente praticas de 1 a 8
horas por dia. Os estudos mostram essencialmente que não há benefício quando se excede 4 horas por dia
e que os benefícios reduzem com práticas superiores a 2 horas. Alguns estudos utilizando-se práticas de
digitação tem demonstrando que o tempo de prática eficiente pode ser de uma hora por dia(...) As
conclusões destes estudos é que, de modo geral, as situações de treinamento devem ser estendidas por
longos períodos como semanas, meses e anos.
75
Santos &Hentschke (2009) ainda nos alertam para a diferença entre quantidade e
qualidade de horas de estudos,
61
Em suma , a prática não só exige a repetição de coisas semelhantes, mas exige também que dificuldade
seja crescente - um desafio a ser vencido , uma meta a superar (... ) .Pratica também leva a uma faixa
estreita e reprodutível da performance.
76
16
14
12
10 5
4
8
3
6
2
4 1
0
Literatura Aquecimento Rotina Exercícios Exercícios.
Melódicos Preparatórios
Podemos notar que os professores não apresentam consenso na maior parte dos
itens, dando importância muito diferente a cada um deles. Entretanto, acreditamos que o
item “exercícios preparatórios (vibração labial, exercícios respiratórios etc)” apresenta
maior homogeneidade nas opiniões. Dos 18 professores que responderam a esta questão
13 apontaram este como sendo o item de menor ou nenhuma importância, somando-se
mais três que consideraram este o item com o de segundo com menor importância.
Somente 2 professores valorizam este item.
Entendemos que a vibração labial é uma questão polêmica e a até certo modo
controverso, todavia também existem respaldo e indicação de uso pela literatura.
Johnson (2002) recomenda o estudo do que chama de “solfeje du emboucure”,
Frederiksen (2013), apresentando a filosofia de Jacob, também recomenda o estudo de
melodias simples somente no bocal. Tínhamos exemplificado estes dois tipos de
exercícios para os professores, porém eles também não indicaram nenhum outro tipo
nos espaço deixado.
O item literatura foi o que apresentou maior discordância nas respostas dos
professores. Para 9 dos 18 dos professores este item tem as duas menores importâncias,
porém 8 dos 18 professores acreditam ser este item um dos dois mais importantes. Mais
uma vez aplicam-se as discussões já realizadas sobre a estética.
Portanto, como visto nas outras questões, podemos notar que os professores, de
modo geral, valorizam nos estudos dos alunos, exercícios que, essencialmente,
desenvolvam e mantenham as habilidades técnicas. As questões estéticas da música ou
tem opiniões controversas ou apresentam como de importância mediana.
Exercícios respiratórios
Vibração labial (Buzzing, abelhinha, besourinho etc)
Improvisação
Literatura solo
Literatura orquestral
Ouvir trombonistas renomados
Ouvir outros instrumentos
Conhecer harmonia
Conhecer historia da música
Tocar em grandes grupos (orquestra/banda)
Tocar em grupos de câmara
Conhecer a literatura especifica do trombone
Conhecimentos gerais
100%
11,11% 5% 5,26%10,53% 10,53%5,56% 5% 5,26%
90% 25% 25% 15,79% 15% 5% 10,53%
5% 16,67% 20% 5,26%22,22% 20% 5,26%
80% 21,05%36,84%
70% 26,32% 26,32% 31,58% 31,58%
60% 20% 15% 16,67%
50% 35% 26,32%
15% 20% 26,32% 31,58% 26,32%
40% 80% 31,58%
77,22% 75%
30% 55,56% 56,63%
20% 40% 30% 26,32% 35% 26,32%42,11%31,58% 31,58%
10%
0% 10% 5,26%
5 4 3 2 1
nos 5 níveis de forma relativamente semelhantes. Ainda vale lembrar que, observando a
totalidade, não podemos destacar nenhum item como considerado de pouco ou nenhuma
importância.
Se formos comparar esta questão às anteriores, notamos que dois dos três itens
mais valorizados são relacionados à performance: “literatura solo” e “música de
câmara”. Nas questões anteriores notamos grande propensão dos professores a valorizar
à técnica. Também notamos ligeira preferência à música de câmara em relação à
música orquestral. Outro ponto a ser destacado é que elementos secundários ao
trombone (improvisação, conhecimentos gerais, conhecer harmonia e história da
música) são itens com importância variada entre os professores. Entretanto, “ouvir
trombonistas renomados” e “outros instrumentos” tiveram algumas divergências, mas
de modo geral foi valorizado, sendo “ouvir trombonistas renomados” um pouco mais
valorizado do que outros instrumentos.
62
Aro em forma da borda do bocal, utilizado para realizar exercícios de vibração labial possibilitando a
visualização da embocadura dentro do bocal.
63
Músicos de todos os níveis podem se beneficiar de tipo de exercicio de prática com bocal. Esses
esforços não podem ser muito demorados, mas eles devem ser uma parte da rotina diária de cada músico.
82
como harmonia, história da música, conhecimentos gerais etc, são valorizados mesmo
que em graus variados. Assim a experiência em tocar em grupos seja de câmara, seja
orquestra etc, é bastante valorizado. Fonseca (2008) nos mostra que:
64
Porque musica como prática esta enraizada no fazer música, o planejamento, execução e na avaliação
de instrução e o aprendizado é beneficiado por resultados fortemente observáveis como benefícios
praxiais, também motivando o aluno.
65
Não ao que sentido epistemológico de procedimento, técnica, processo organizados e/ou plano. Iremos
utilizar a palavra “método” no decorrer deste trabalho para referirmos a livro que contém exercícios,
sejam eles técnicos e/ou melódicos. Esta é a forma corriqueira como os professores e alunos se referem a
este material.
83
18
16
14
12
10
8 5
6 4
4
3
2
0 2
1
Podemos notar que os professores dão grande importância aos métodos e/ou
material de apoio, 15 dos 19 consideram com a maior importância, e os demais também
classificaram como sendo importante, 2 professores classificaram como 4 e 2
professores como 3. Os professores responderam que já pensaram sobre o assunto.
Afirmaram que procuram sempre se atualizar sobre este material. Entretanto, parece que
alguns professores se utilizam dos mesmos materiais que estudaram, ou pelo menos
parte do material. Este item foi o que gerou maior diferença entre as respostas dos
professores.
84
Uma parte considerável dos professores acredita que o material deva ser variado,
que a utilização de um único método ou livro não é suficiente. As opiniões são divididas
sobre a utilização uniformizada entre os alunos, mesmo que parcialmente.
20
15
10
0
escolhido eu escolho aluno escolha não toca não existe pode outro
programa escolhe mutua repertorio regra música
popular
Todos os professores responderam que seus alunos devem executar algum tipo
de repertório em seus estudos. Pelas análises das respostas podemos afirmar que, de
modo geral, que é escolhido de um programa pré-determinado para cada período. Esta
escolha é mútua entre professores e alunos. Entretanto, 4 dos 20 professores afirmam
que são os alunos que escolhem o repertorio e 3 professores afirmam que são eles
próprios que fazem esta escolha. Vale ressaltar que 2 professores afirmam que não tem
regra para esta escolha.
Em relação à música popular, 13 dos 20 afirmam que seus alunos podem tocar.
Um professor acrescentou na opção “outro”, que seus alunos tem que tocar duas peças
do programa por semestre, além disto, ele tem a liberdade de escolher o que preferir
incluindo música popular. Tal observação nos faz supor que este programa é constituído
somente por peças do repertório de concerto.
Professor 1
Perfil Didático
66
As respostas completas e análise de cada questão estão no apêndice D
86
Diante das respostas ficou claro que, no decorrer de suas aulas, o professor
valoriza a exemplificação da performance como ferramenta. As respostas sugerem que o
professor considera suas interações com o aluno menos importante que sua
demonstração tocando. Após análise de todas as respostas podemos concluir que
compreende que sua performance como um modelo a ser seguido pelo aluno. Questões
técnicas têm mais importância que expressividade.
Entretanto, notamos que o professor não despreza por completo a estética, mas
acredita ter importância relativa. Em alguns momentos parece que professor acredita
que o desenvolvimento de seu aluno também passe pela vivência, tocando em grupos,
principalmente de câmara.
Professor 2
Perfil didático:
Por suas respostas, parece-nos que procura um equilíbrio entre técnica e estética,
ainda podemos acrescentar que transparece que entende que a técnica é um meio para o
resultado final que é a performance. Podemos supor que o professor entende que a
performance do aluno deva partir de questões estéticas, como estilo e gênero, entretanto
o caminho para o aluno se desenvolver passa pela técnica.
87
Professor 3
Perfil didático
Professor 4
Perfil didático
aluno, apontando este em várias respostas como os mais importantes. Parece-nos que o
professor separa bem as questões técnicas das questões estéticas, sendo a técnica com
maior importância. As questões estéticas e performáticas surgem sempre como
secundárias. Acreditamos que em suas práticas o professor esta preocupado com a
execução a mais perfeita tecnicamente possível, sendo afinação e sonoridade os mais
importantes. Sua performance e demonstrações também acredita ter importância neste
processo, embora os resultados com os alunos sejam os principais. A expressividade
esta entre os itens com importância mediana. Podemos supor que o professor atribua
grande valor à prática e à troca de experiências, tanto por meio de ensaios e
apresentações como escutando e criando referências estéticas.
Professor 5
Perfil didático
Algumas questões nos faz supor que o professor não se utiliza de artifícios para
o desenvolvimento estético do aluno. A performance musical, parece-nos, em várias
respostas inexistentes. O desenvolvimento técnico do aluno mostra-se ser o único
objetivo deste professor. Segundo suas respostas, mesmos atividades paralelas, como
ouvir música, conhecimentos extras etc, o professor só estimula os específicos para o
trombone. O relacionamento professor/aluno, supomos que acredita que deva ser
unilateral, onde o professor é o detentor do conhecimento.
Professor 6
Perfil didático
O professor respondeu várias questões de modo incompleto, deste modo não nos
sentimos confortáveis em fazer este quadro.
Professor 7
Perfil didático
exercícios preparatórios e aquecimento. A classificação nos faz supor que acredita que,
na rotina de estudo do seu aluno, deva haver um equilíbrio entre técnica e estética.
Ainda parece dar destaque à performance, valorizando a literatura solo.
Professor 8
Perfil didático
Parece-nos que, embora, os itens técnicos sejam mais valorizados, estes itens são
observados em performances musicais, pelo fato de rotina/aquecimento serem o menos
valorizado. Talvez havendo um equilíbrio entre técnica e estética.
Professor 9
Perfil didático
Professor 10
Perfil didático
Deste modo podemos supor, diante desta aparente contradição, que o professor
valoriza sim a técnica, mas na performance. Podemos notar que o professor agrupou os
itens, sendo primeiro as questões técnicas, seguido dos itens relacionados à
performance, sua e de seu aluno, sua explicação e expressividade. Todos os outros
professores misturavam os itens, entretanto este professor parece ter suas convicções na
importância da técnica muito clara.
Por tanto, acreditamos que entenda que a performance é o objetivo fim e que a
técnica é o caminho, sem que os conceitos estéticos sejam destacados. Importante
ressaltar que o professor não classifica o item questionamento do estudante, tal fato nos
faz pensar que o professor acredita que a função de suas explicações seja somente a de
transmitir o conhecimento de modo geral, sem se preocupar com as especificidades de
cada aluno, valorizando extremamente a técnica.
Professor 11
Perfil didático
professor entende que a expressividade seja importante. Diante disto, acreditamos que
deseje certo equilíbrio entre técnica e estética, porém sempre valorizando a
performance.
Professor 12
Perfil didático
de mediana importância, o ritmo como mais importante dentre eles, diferente da maioria
dos seus colegas que apontam a afinação.
Professor 13
Perfil didático
Professor 14
Perfil didático
Pelo conjunto das respostas, podemos supor que o professor busca um equilíbrio
entre técnica e estética. O professor transparece ser muito preocupado com as condições
físicas dos alunos. Em várias questões parece-nos que o professor valoriza muito o
relacionamento professor/aluno, porém observamos que em alguns momentos valoriza o
seu papel em outros o aluno ocupa papel central.
Professor 15
Perfil didático
O professor transparece que acredita que seu papel como professor é de grande
importância estimulando seus alunos em seu desenvolvimento. Entendemos que
compreenda que a relação professor/aluno é importante, mas que sua posição de
professor é a de passar seus conhecimentos. Vale ressaltar que podemos supor que
entenda que esta transmissão de conhecimento se dê de forma, primordialmente, verbal,
pois, classifica a sua própria performance como um dos itens com menos importância.
Professor 16
Perfil didático
Na questão 7 o professor aponta que o que mais valoriza na rotina de seus alunos
são as questões técnicas, dando destaque a preparação física, e que a literatura tem
pouca ou nenhum importância na formação do aluno. Nas questões anteriores valoriza
às questões estéticas.
Professor 17
Perfil didático
Professor 18
Perfil didático
99
Acredita num equilíbrio entre estética e técnica. Também estimula que os alunos
tenham suas próprias experiências. O professor foi o único que classificou os exercícios
melódicos como o item mais valorizado e ainda foi seguido da literatura. Esta
classificação demonstra a grande importância dada pelo professor à performance,
fazendo-nos supor que acredita que o estudo dos exercícios melódicos seja o principal
caminho para desenvolver as habilidades necessárias para a literatura.
Professor 20
Perfil didático
67
A universidade esclhida no Centro-Oeste foi a UNB. A mesma não foi visitada devido ao período de
greve e ocupação do prédio pelos alunos. A situação tornou difícil alinhar a visitação ao nosso
cronograma e a insistência poderia gerar um grande na finalização de nossa pesquisa.
102
3.1 - Professor A
O aluno do 4º período teve uma aula com formato diferente dos demais,
começou executando alguns exercícios decorados, aparentemente um aquecimento e
uma rotina técnica que consistia em notas longas e escalas lentas, priorizando a região
grave do trombone70. Estes exercícios foram realizados por quase todo o período da
aula. Por fim, o aluno tocou exercícios do “Método para Trombone Baixo” de
68
Esta é forma coloquial que os professores e alunos se referem ao “Method for Trombone e Baritono” de
Jean Baptiste Arban. Durante todo o restante do trabalho iremos somente nos referir a este método por
Arban, por existirem várias edições.
69
Esta é a forma coloquial que professores e alunos se referem ao “Melodious Estudes for Trombone” de
Joanes Rochut. Este método consiste em vocalizes de Marco Bordogni adaptados para trombone. Durante
todo o restante do trabalho iremos somente nos referir a este método por Rochut, por existirem várias
edições.
70
Segunda Brum (s.d.) a região grave do trombone é considerada abaixo do la 1
103
Gagliardi71 para trombone baixo, ainda exercícios bem lentos e dando ênfase às notas
graves. Após a aula indagamos ao professor estas diferenças observadas e ele nos
explicou que o aluno estava passando por algumas dificuldades. O aluno estava
adaptando-se à colocação de um aparelho ortodôntico e havia trocado de trombone tenor
para trombone baixo há pouco tempo72, porém não estava conseguindo realizar esta
transição satisfatoriamente.
71
Este método não é editado.
72
O professor não informou o tempo exato.
104
Relação do professor/aluno
sempre perguntava ao aluno se havia entendido. Todavia, nunca pedia para que o aluno
tentasse realizar ou reproduzir o que acabara de demonstrar.
Questões abordadas
Questões técnicas
O professor valoriza muito as questões técnicas, uma vez que eram abordadas
em grande parte das aulas. Na aula do aluno do 7º período somente fez observações
relacionadas à técnica. O pulso é muito valorizado pelo professor. A presença do
metrônomo ligado em sua aula é uma constante. Notamos que os alunos ligavam o
metrônomo antes mesmo de começar a tocar. Lembramos que o professor ainda afirmou
que os exercícios do Arban deveriam ser executados com um pulso padronizado de 100
batimentos por minuto. O professor também estava constantemente estalando os dedos
marcando o tempo. Em uma aula específica, imediatamente ao começar a aula, o aluno
ligou o metrônomo por sua conta. O professor explicou que este aluno era antigo e que
já estava acostumado com os procedimentos. O pulso ou era marcado pelo metrônomo
ou era com o professor estalando os dedos, em grande parte das aulas havia algum tipo
107
O professor fazia várias explanações verbais sobre como proceder para emitir o
som: posicionamento da língua, movimentos da garganta etc. Algumas vezes tocava
demonstrando como gostaria que o aluno executasse. Suas explicações verbais
predominavam em grande parte das aulas. Todas as explicações técnicas abordadas
eram realizadas demonstrando como as partes do corpo funcionavam para cada assunto
abordado.
Os itens “ritmo” e “afinação” são os mais valorizados pelos alunos nas questões
1,2 e 3 do questionário. O item “ritmo”, como visto nas aulas, é o item técnico mais
valorizado pelo professor. Devemos lembrar o uso do metrônomo, o estalar de dedos e
mesmo a padronização de execução de um dos métodos Arban, (sempre com uma
pulsação de 100 batimentos por minuto, como relatado pelo professor). O outro item
técnico “afinação” foi notado com frequência nas observações das aulas, embora o
108
professor em seu questionário classifique-o como mais importante nas questões 2,3 e 4.
Somente no ensaio do grupo de trombones pudemos notar tal preocupação,
principalmente nos exercícios antes do ensaio. Esta valorização esta presente também
nas respostas dos alunos. Portanto, como relatado anteriormente há um convergência
entre o que o professor pensa, o que os alunos percebem e suas concepções.
O item “qualidade do som” foi valorizado nas duas questões que aparece. O
mesmo também aparece com destaque nas respostas do professor. Notamos que pouco
ou nada foi observado nas aulas referente ao mesmo. Entretanto, nas conversas
informais era um item sempre citado pelo professor. Como dito, talvez esta valorização
na concepção do professor e a não observância nas aulas se dê pelo fato dos alunos já
terem alcançados o som considerado de qualidade por ambos, professor e aluno.
Questões estéticas
73
Expressão utilizada por um dos alunos em sua justificativa.
109
74
O professor explicou que este aluno estava preparando as peças para realização de um pequeno recital,
algo como um preparatório para o recital de formatura.
110
Notamos que nos dois momentos que pediu aos alunos atividades fora da aula
(leitura de um livro específico e procurar um professor especialista em música barroca)
foram para ajudar aos alunos em questões estéticas. Vale ressaltar que seus exemplos
tocados eram muito expressivos, ricos em nuances de fraseados, diferente do que
poderíamos esperar de sua dificuldade de expressar tais questões verbalmente.
Outra estratégia era fazer movimentos com a mão e com os braços, gestos
parecidos ao de um maestro conduzindo as frases, “desenhando” no ar os contornos
melódicos e algumas vezes intenções. Gostaríamos de ressaltar que esta nos pareceu a
estratégia mais eficaz em suas aulas, pois imediatamente depois os alunos executavam
da maneira desejada pelo professor. Embora, nos pareceu que os alunos não
conseguissem interiorizar, pois sempre precisavam deste tipo de instrução do professor
antes de conseguir tocar.
O item “literatura solo” foi apontado por 3 dos 4 alunos como mais importantes,
embora tenha sido apontado como com pouco importância pelo professor. Exercícios
melódicos são considerados como de média importância para todos os alunos e para o
111
Outras Observações
3.2 - Professor B
75
O professor tinha a função de professor de trombone e tuba, optamos por relatar a aula de tuba também,
por acreditarmos que os itens observados são questões amplas e gerais.
113
técnica do trombone. Complementou que esta aula ainda funcionava como ensaio de seu
grupo de trombones e tuba.
Nos questionários dos alunos, todos acharam que os materiais didáticos eram de
fundamental importância. Notamos que há uma uniformização, pois todos apontaram
que utilizavam o Collin assim como observado nas aulas. Dois alunos ainda afirmaram
que usavam métodos não indicados pelo professor, estes métodos eram de técnica.
Todavia, o professor num escala de 1 a 5 atribui 3 para a uniformização dos métodos,
causando um contradição entre o que respondeu no questionário e o que fora observado
em suas aulas.
76
Iremos nos referir somente como Collin no decorrer do trabalho.
114
questionário, que havia uma lista pré-determinada e que era uma escolha mútua. Estes
alunos que responderam que o professor que escolhia eram calouros, o único aluno que
respondeu que era escolha mútua cursava o 4º período. Provavelmente, no primeiro
período o professor deva escolher, para o aluno se familiarizar mais com a prova e o
curso.
O professor valorizava a performance dos seus alunos, sempre era muito atento e
ouvia até o fim todo o exercício e/ou peça. Mesmo após suas explicações e correções,
muitas vezes, pedia para que o aluno repetisse todo o exercício e/ou peça sem
interromper. Suas explicações ocuparam grande parte de todas as aulas, sempre buscava
fazer com que os alunos compreendessem o processo físico de tocar. Logo após,
costumava tocar demonstrando na prática como deveria ser tocado. E como dito, sempre
buscou alterar seu discurso para melhor compreensão do aluno. Em alguns casos,
utilizou-se do uso de metáforas e comparações.
Na aula coletiva, talvez tenha sido, o momento de maior formalidade por parte
do professor. Exerceu uma posição de liderança e comando bem marcada, sempre dando
instruções. Suas explicações, neste caso específico, antevia os problemas.
Questões abordadas
de comentário ou mesmo explicação. Nas duas primeiras seções, em nenhuma das aulas
observadas, ouve qualquer tipo de comentário estético.
Em relação à rotina, todos os alunos acreditam que a rotina deva ser diária,
sendo que dois ainda fizeram ressalvas, deve-se observar a condição muscular. Quanto a
duração de cada seção, 2 afirmaram que deveria ser de mais de 4 horas, um afirmou que
de 3 a 4 horas e outro que devia ser de 2 a 3 horas. Na questão 3, “rotina/aquecimento”
também foi entendido como um item muito valorizado na explicação verbal do
professor por 3 dos 4 alunos. Estas respostas foram idênticas às do professor.
Questões técnicas
alunos mantivessem o tempo. Sua preocupação com o tempo não foi verbalizada, mas
notou-se pelo uso do metrônomo e estalar dos dedos. Só foram feitas observações
técnicas durante a execução dos métodos.
demostrar devia proceder para tocar as flexibilidades, além dos movimentos de língua e
da embocadura. O professor buscou sempre explicar e depois demonstrar o problema,
fez sempre com que o aluno entendesse o motivo pelo qual deveria alterar e porque
estava errado da maneira como estudara e tocara os exercícios.
Outro aluno apresentou mais problemas técnicos que os demais, assim durante
toda a aula o professor buscou explicar tecnicamente o que ocorria ao tocar. Utilizou-se
de grande parte do tempo explicando anatômica, técnica e musicalmente o que ocorria
inadequadamente. Buscou sempre perguntar se o aluno compreendera sua explicação,
quando isto não ocorria alterava a forma de explicar. Fazia até mesmo uso de metáforas
para ilustrar, como relacionar as pregas vocais à embocadura. Durante toda a execução
da série decorada o professor chamou a atenção para que o aluno se ouvisse,
principalmente quando se fazia de guia. Quando o aluno apresentou muitos problemas
de controle de dinâmica, causados segundo o professor pela pressão exagerada do bocal
nos lábios, pediu para tocar com o trombone na palma da mão. Com este procedimento,
quando fazia pressão excessiva o trombone escorregava e não conseguia tocar. Estes
exercícios ocuparam quase todo o tempo da aula.
Nos questionários os alunos apontaram que percebem que os três itens que o
professor mais valoriza eram “sonoridade”, “afinação” e “performance dos
118
Questões estéticas
Pelas aulas podemos notar que o professor fazia uma distinção entre estética e
técnica, como já dito anteriormente. Indagamos ao professor se não utilizava de
nenhum tipo de exercício melódico, somente as músicas. O professor nos relatou que
seus alunos tinham problemas de técnica básica, por isso preferia incialmente se dedicar
em construir uma boa estrutura técnica. Ainda complementou que fazia sim separação
entre técnica e estética, embora considerasse as duas importantes e complementares.
77
Os alunos classificaram de forma diferente, mais os três itens são considerados os mais importantes por
todos.
119
Outras Observações
Importante destacar que, diferente dos alunos dos outros professores analisados,
tocar em grupos de câmara e em grandes grupos não foi um item considerado
importante por todos os alunos. Somente 2 valorizaram este item, os outros dois o
consideram de pouca importância. O mesmo ocorreu com o item “ouvir trombonistas
renomados” e “outros instrumentos”. Os itens apontados como de pouca importância
por todos os alunos foram improvisação e conhecer história da música.
Postura do professor Cortez, embora formal. Sempre buscava adaptar suas
explicações para cada aluno.
Técnica e estética separadas O professor e os alunos acreditam que questões técnicas e
estéticas devam ser tratadas separadamente.
Exercícios preparatórios Ambos valorizam os exercícios preparatórios, em especial a
vibração labial.
Questões técnicas Valorizadas pelos alunos e professores.
Explicações sobre a técnica Explanações detalhadas, principalmente anatômicas, seguida
de demonstração do professor.
Principais itens técnicos Ambos valorizavam a qualidade do som, seguido do
ritmo/pulso.
Questões estéticas Somente observadas nas peças executadas pelos alunos e no
ensaio das peças na aula coletiva
Importância das questões estéticas Discrepância nas opiniões dos alunos. O professor diz
valorizar, embora tenha sido pouco observado
Principais Estratégias Performance do professor como guia e condução por parte do
professor por gestos.
Quadro 12: resumo das observações do professor B
78
O professor tocou somente uma peça, porém sem destaque.
120
3.3 - Professor C
O tempo de cada aula foi de uma hora, em algumas aulas haviam alguns alunos
presentes na sala embora não tenham participado. Nas aulas observadas, dois alunos
apresentaram exercícios de dois métodos, um apresentou exercícios de 3 métodos e
outro somente um. Todos os alunos apresentaram nas aulas algum exercício do Rochut.
Segundo o professor nenhum aluno apresentou peças por se tratar ainda do início do
semestre. Explicou-nos que reserva momentos nas aulas do final do semestre e mais
perto do momento da prova para as peças, embora desde o início os alunos já saibam o
que vão tocar e já estejam estudando.
vozes. Alguns poucos alunos trocaram de posição, alternando as vozes que tocavam.
Somente um aluno fez um solo, mesmo assim seguido do professor repetindo o mesmo
solo no decorrer da música.
Todos os alunos afirmaram que o repertório era uma escolha mútua, entre
professor e aluno, sendo escolhido de uma lista pré-determinada. Em sua reposta o
professor também apontou a existência desta lista.
Em uma aula específica, o aluno relatou que tinha grande dificuldade para
realizar determinada técnica demostrada pelo professor. Ele mostrou-se solícito à
80
O aluno colocava um pequeno pedaço de papel na boca e cuspia, assim observava o movimento da
língua e do ar.
123
Questões abordadas
Questões técnicas
em especial na garganta. Pediu para que aluno tivesse uma visão mais geral do seu
corpo ao tocar e que este era o principal problema.
Nas suas observações sobre fluxo de ar, relacionou a direção da frase e fez
constante relação entre os dois tópicos. Em primeiro lugar, fazia com que o aluno
entendesse (geralmente cantando) o contorno melódico, para em seguida, com base
nisto, percebesse e corrigisse o fluxo de ar.
Questões estéticas
Outras Observações
3.4-Professor D
Em relação aos métodos utilizados, notamos que também era diferente para cada
aluno. Embora, o método Vade Mecum du Trombonist de Andre Lafosse tenha sido
128
Relação do professor/aluno
A relação entre professor e aluno foi sempre muito amigável, em todas as aulas o
professor mostrou-se muito preocupado com os alunos e com o desempenho dos
mesmos. O professor sempre buscava incentivar e estimular o aluno por meio de
elogios. Em quatro aulas, as primeiras observações do professor foram elogios em
relação a evolução da aula anterior. Interessante notar que 3 elogios foram sobre a
qualidade do som do aluno. Em vários momentos, o professor apontava para o aluno
suas evoluções, comparava com algum ponto anterior (momento que entrou no curso,
última aula, semestre anterior etc).
da saúde e nos benefícios que isto traria para ele. Mostrou-se solícito para tentar achar
uma solução. Em outras duas aulas, embora de forma menos incisiva, o professor põe-se
a disposição para realizar e/ou auxiliar em mudanças e reparos nos instrumentos dos
alunos.
Questões abordadas
Questões técnicas
Nas aulas observadas, as correções técnicas que o professor mais fez foram
ritmo e afinação. Embora a articulação, movimentos do braço direito e fluxo de ar
também tenham sido bastante abordadas, mas em menor número. Especificamente nas
aulas dos alunos de trombone baixo, notamos que a digitação e utilização dos rotores foi
um tema recorrente. Sobre a qualidade do som, observamos somente que o professor
comentava sobre a melhora de alguns alunos específicos, entretanto em nenhum
momento fez qualquer consideração sobre o tema.
qualidade, então o professor fazia uma explanação sobre como realizar a escolha do
andamento, ou mesmo como escalonar o aumento da velocidade durante o estudo.
Questões estéticas
81
Acelerar ou desacelerar ligeiramente o tempo de uma peça à escolha do solista ou do maestro.
132
que os alunos realizassem os contornos melódicos por ele sugeridos. De certa forma,
quando fazia se colocava com exemplo a ser seguido. Geralmente esta estratégia era a
primeira a ser realizada.
Quando pedia para o aluno cantar o trecho executado, buscava, a nosso entender,
compreender como o aluno entendia esteticamente aquele trecho que acabara de tocar.
Por muitas vezes, buscava alterar a maneira como o aluno cantava o trecho para depois
pedi-lo para tocar.
que a musicalidade era um dos itens mais importantes. Na questão 15, foi pedido para
que apontassem e justificassem quais os itens consideravam mais importantes para o seu
desenvolvimento para o trombone. Todos os alunos apontaram “musicalidade” e
“expressão”. E em suas justificativas ainda ratificavam suas escolhas pela estética
demonstrando a importância que acreditavam que este item deveria ter em suas carreiras
professionais. O mesmo ocorreu na questão 16 onde foi pedido para apontarem
abertamente itens que consideravam importantes em suas aulas de trombone, todos os
alunos apontaram pelo menos um item relacionado com a estética, e 4 só relacionaram
itens estéticos.
A partir dos dados levantados iremos tecer algumas reflexões sobre o ensino do
trombone nas universidades brasileiras. Nossa hipótese apontava para o fato de que
tanto os cursos como os professores de trombone das universidades seriam muito
díspares. Tal fato foi constatado nas visitas in loco, podemos observar alunos de grande
desempenho musical e outros ainda iniciantes nos cursos observados, não há uma
uniformidade no grau de domínio musical exigidos dos alunos ao ingressar.
Constatamos professores muito experientes e outros com pouco tempo de docência.
Tais particularidades já eram esperadas desde a concepção da presente pesquisa e ficou
claro no decorrer da pesquisa. Entretanto, estas disparidades não vieram a interferir no
processo.
Johnson (2002) afirma que para ser um professor de música deve-se conhecer
música profundamente. Facilmente nota-se que existem poucos cursos voltados para o
ensino do instrumento, assim acreditamos que grande parte dos professores tiveram suas
formações pedagógicas na prática. Constatamos que grande parte dos professores possui
mestrado, entretanto o número de pesquisa sobre o ensino do trombone é muito
pequeno.
136
Segundo Penna (2013), duas coisas são importantes num processo de educação
musical:
82
O ensino da música é interessante porque alguns professores começam como professores, enquanto
outros começam como artistas e se tornam professores sem qualificações formais.
137
83
Mais adiante, neste capítulo, iremos dar maior ênfase nas questões estéticas, além de discutir o tema e
as estratégias.
138
84
Quando sabemos como fazer alguma coisa com competência, proficiência ou habilidade, nosso
conhecimento não se manifesta verbalmente, mas praticamente. Durante as ações contínuas de cantar ou
tocar instrumentos nosso conhecimento musical está em nossas ações: nosso pensamento e conhecimento
musical estão em nosso fazer musical e fazer. Assim, é perfeitamente apropriado descrever o performer
musical competente como um pensamento muito duro e muito profundamente (mas tacitamente) à medida
que executam (ou improvisam) - como eles constroem e encadeiam padrões musicais juntos. Como
variam, transformam e abstraem padrões musicais. Ao julgarem a qualidade de suas construções musicais
em relação a critérios e tradições específicas da prática musical e ao interpretarem a expressividade
emocional dos padrões musicais. Em outras palavras, o entendimento musical de um artista intérprete ou
executante é exibido não no que um intérprete diz sobre o que ele ou ela faz. A compreensão musical de
um ator é exibida na qualidade do que é feita em e através de suas ações de realização. Naturalmente, é
perfeitamente possível refletir sobre. Ou falar-se sobre as ações de cada um como eles procedem. Essa
"reflexão sobre a ação" podem e realmente ocorre. Para a maior parte, no entanto, os artistas pensam não
verbalmente em ação, refletem na ação, em saber-em-ação.
139
prova, recital etc). Deste modo, podemos supor que os professores compreendem que a
pratica é uma das ferramentas pedagógica que tem a sua disposição, senão a principal.
85
Porque a música como práxis está enraizada no fazer da música, no planejamento, na execução e a
avaliação da instrução e da aprendizagem são todos beneficiados abundantemente por estes resultados
observáveis que, como benefícios práticos, também motivam mais os alunos.
140
4.2 - Motivação
86
Tal currículo praxial invoca uma espiral de desenvolvimento ou progressão do refinamento musical
resultante de encontros com exemplos mais realistas e desafios práticos dos tipos finais de conseqüências
praxiais apontadas pelos ideais de ação em jogo.
141
Já relatamos que os elogios eram constantes em todas as aulas. Nas aulas dos
professores C e D pudemos observar que buscavam algum marco, algum ponto de
comparação entre o que os alunos estavam realizando nas aulas e outro passado (poderia
ser uma aula anterior, o começo do curso, do semestre etc). Entendemos que assim, eles
conseguiam demonstrar aos alunos os seus desenvolvimentos. Por outro lado, os
professores A e B, geralmente, ao final das aulas faziam um resumo do que haviam
trabalhado, apontando o que precisava ser melhorado, assim ao final indicavam as
melhoras e o desenvolvimento do aluno a respeito de um ou mais itens.
87
O que os professores de música podem fazer para proporcionar um ambiente de ensino que maximize a
motivação dos alunos? Como sugerimos na abertura deste capítulo, um dos elementos mais importantes é
ver a motivação como parte integrante de todo o ensino e aprendizagem. Por um lado, os estudantes que
não têm motivação não gastarão o esforço necessário para aprender. Por outro lado, estudantes altamente
motivados estão ansiosos para vir a aulas de música e aprender.
88
Comunique suas expectativas de modo que seus alunos alcance o seu pontecial e forneça-lhes
declarações de apoio, como "Você pode fazer isso", "Você vai melhorar isso com a prática", e "Continue;
você chegará lá". No entanto, conheça seus alunos bem o suficiente para entender o apoio de habilidades
142
que eles precisam e levá-los a melhorar suas habilidades de forma realista. É importante que os
professores incentivem os alunos que se sentem menos capazes de assumir a responsabilidade pessoal
pelo seu comportamento, incluindo a definição de metas adequadas em que são desafiados e percebem-se
como tendo as habilidades necessárias para lidar com as exigências da tarefa.
89
Não nos foi dito quantas vezes.
90
Daily exercises
143
A rotina de estudos dos alunos foi abordada somente nos questionários, já que
nas observações in loco nos detivemos às aulas. Porém, em algumas aulas ainda
podemos observar partes das rotinas de alguns alunos, como os exercícios decorados
apresentados pelos alunos do professor A e B e de alguns alunos do professor C que
apresentaram pequenas sequências, também decoradas. Porém, compreendemos que
estas observações foram somente fragmentos das rotinas, pois para isto a observação
deveria ser mais prolongada. A rotina é um processo, como tal, a observação
fragmentada não é suficiente. Sendo assim, com os questionários, buscamos
compreender como os professores concebem e/ou idealizam a rotina dos alunos.
A prática musical, portanto, pode ser vista como uma sequência de transições
de processamentos, dos controlados aos automatizados, na qual blocos cada
vez maiores de informação musical são construídos a partir de
subcomponentes mais básicos. Ou seja, dos níveis iniciais de automação das
posições no instrumento, atéchegar-se aos níveis de memorização e da
execução musical fluente (FONSECA, 2011, p. 131).
Sloboda (2008) ainda nos alerta sobre a dificuldade em se planejar esta rotina:
91
Independentemente do talento de uma músical, os aspectos técnicos do tocar devem ser despertados,
revistos e aprimorados diariamente. Com base na atitude mental em relação à prática e à melhoria, fica a
maior parte do grau de sucesso.
144
Uma visão ingênua do papel da repetição é que ela, de alguma maneira, cria
uma ‘marca’ do novo aprendizado. (...) No entanto, muitos músicos experts
testemunharão que, normalmente, o progresso rápido só é alcançado
mediante um grau de prática repetitiva (SLOBODA, 2008, p 296-7).
93
Sendo o exercício mais básico e fundamental do musico de metais
94
São os exercícios musicais de maior dificuldade para se tocar bem.
95
Não iremos tecer considerações sobre a estética, iremos nos deter sobre este tema mais adiante.
146
96
Devemos lembrar que todos os professores afirmaram que se utilizavam de algum tipo de repertório.
97
As abordagens eram diferentes como já relatado.
147
Como já relatamos, optamos por utilizar material de didático, mas sabemos que
comumente este material é chamado de método. Penna (2013) nos alerta sobre esta
denominação:
O professor tem uma visão de conjunto que falta ao novato. Ele sabe quais
são os aspectos de uma habilidade que tipicamente causam maiores
dificuldades, e quais são os aspectos que, aprendidos no início, ajudam no
curso da aprendizagem (SLOBODA, 2008, pg 287)
98
Prática consiste de ações e reflexões ao mesmo tempo, a mente está no corpo como o corpo está na
mente.
99
No entanto, como os métodos de medição e os procedimentos experimentais são ainda mais grosseiros
do que as sutilezas musicais envolvidas na performance, é importante que os pesquisadores compreendam
a realidade dos artistas e aproveitem suas habilidades e experiências de longo prazo ao projetar
investigações musicalmente relevantes.
150
Pudemos notar que nos três momentos que observamos atividades em conjunto
(aula coletiva, ensaio de grupo de trombones e preparação para o concerto do grupo de
trombones) presenciamos atividades relacionadas à afinação. Também vale ressaltar que
nenhum dos professores utilizava de nenhum equipamento, como o afinador, para a
correção da afinação. Os professores C e D, constantemente em suas aulas individuais,
100
O corpo é experiencial, relacional e ativamente transformador. Corpo é destinado, bem como não
intencional, em agência com poderes. A experiência da relação corpo-mente não pode ser examinada
como algo que acontece apenas dentro da pele e atrás dos olhos. Conseqüentemente, além de desenvolver
a habilidade e o saber-fazer do aluno em relação a uma prática preexistente e seu contexto cultural, os
desafios para os educadores musicais incluem a experiência perspectivada e vivida dos alunos em relação
a possíveis práticas.
101
Compreendemos que este conceito se aplique mais as questões estéticas, mas entendemos que a
técnica é desenvolvida a partir das necessidades estéticas.
151
se posicionavam como guias, cantando ou tocando junto com os alunos. Tal estratégia
também fora observada nas aulas dos professores A e B, embora em muito menor
frequência. Entretanto, pudemos notar grande preocupação em relação à afinação em
suas atividades coletivas.
Listening is the primary skill for all musicians, and in no other area of
performance does it play a more indispensable role than in achieving good
intonation.(…) The combination of critically perceptive listening with fluid,
efficient mechanical responses is absolutely essential to play well in tune102
(JOHNSON, 2002, p. 53).
Portanto, notamos que todas as estratégias utilizadas pelos professores para tratar
de questões técnicas buscavam fazer com que os alunos criassem uma compreensão da
técnica através da prática. Criando assim um conhecimento corporal, os professores
com suas demonstrações buscavam interiorizar nos alunos os resultados dos conceitos
técnicos.
102
A escuta é a habilidade primária para todos os músicos, e em nenhuma outra área da performance
desempenha um papel mais indispensável do que na realização de boa afinação. (...) A combinação de
escuta criticamente perceptiva com respostas mecânicas fluidas e eficientes é absolutamente essencial
para tocar bem.
152
103
action organism as a whole (WESTERLUND & JUNTUNEN, 2005, p.
119)
Por outro lado, Barry & Hallan nos falando sobre a importância das
demonstrações dos professores:
103
O Movimento envolvido na música fazefaz também que aumente o chamado conhecimento corporal.
"Conhecimento corporal" refere-se a uma melhora do conhecimento no corpo e através dele, que, por sua
vez, tem uma conexão direta com os sentidos e a consciência corporal, bem como com as habilidades e
ações. Ele também tem conexões diretas com o prazer incorporado. Na agência musical encarnada, o
corpo e a mente funcionam como aliados de interação complexa do organismo vivente e de ação como
um todo.
104
Um estudo da relação entre as interações professor-aluno na aula de música da faculdade e os
subsequentes comportamentos de prática individual dos alunos, revelou que os hábitos de prática dos
alunos foram influenciados de forma limitada pelo conselho do professor, mas a influência mais poderosa
foi o estilo de instrução do professor. O que os professores realmente fizeram durante as aulas (por
exemplo, o professor demonstrando uma técnica específica ou fazendo o aluno tentar uma abordagem
particular) tiveram uma influência mais profunda sobre a prática dos seus alunos do que o que eles
disseram.
153
4. 5 - Questões estéticas
As questões estéticas foram as que mais nos causaram estranheza a respeito dos
resultados obtidos. Podemos relembrar estas questões nos questionários dos
professores. Na questão 2 em relação ao itens mais importantes nas aulas o item
“expressividade” foi classificado como de média importância para maioria dos
professores. Na questão 3 pensando na execução do aluno o item “musicalidade”
também foi classificado como de média importância para maioria. Na questão 7 a
respeito da rotina, os exercícios melódicos foram apontados como de mediana
importância pela metade dos professores. Entretanto na questão 4 o item
“gênero/estilo” relativo a explicação dos professores, mostrou-se controverso, com as
opiniões oscilando entre muito valorizado e de valor médio. Porém, devemos ressaltar
que 4 professores sempre apontaram estes itens destacados como de grande relevância.
Most musicians feel it is possible to teach technique. Yet many of those same
musicians also feel it is practically impossible to teach someone to be
expressive; how often has on heard the phrase “You’ve either go it or you
don’t”?105 (McGILL, 2007, p. 18)
105
A maioria dos músicos sente que é possível ensinar técnica. No entanto, muitos desses mesmos
músicos também sentem que é praticamente impossível ensinar alguém a ser expressivo; Quantas vezes ja
ouviu a frase "Voce pega ou nao pega isto"?
106
Já apontamos nossas concepções e fundamentos teóricos sobre esta questão no item “1.3.7 - Questões
estéticas, criando uma imagem da música”
154
expressar verbalmente sobre este assunto. Elliot (1995) lembra que devemos ter
conceitos mais amplos e que a estética não é inata:
Portanto, a música deve ser o objeto principal das aulas de trombone, os próprios
professores já deixaram claro por suas repostas que a performance é o principal Nos
questionário dos alunos (apêndice C) as questões estéticas foram pouco valorizadas.
Nas questões que poderiam responder abertamente, há grande predomínio da técnica,
alguns alunos deixam claro que entendem que a técnica é o caminho para a
performance. Seria possível pensar performance desassociado de música?
Aparentemente, há uma tendência ao tecnicismo na maioria das respostas. Soloboda
(2008) comenta:
107
Executar depende da deliberada formulação de propósitos em um contexto definido. (...). Para
realizar música e conseguir as mudanças pretendidas de um tipo musical através de ações que são
tomadas deliberadamente, ou à vontade. O que isso significa, por sua vez, é que executar música é agir
com atenção e conhecimento. Implementando, dirigindo, ajustando e julgando formas definidas de
pensamento e conhecimento.
155
Frequentemente, não nos parecia que o aluno estava olhando diretamente para
estes gestos, nem mesmo que o próprio professor tinha consciência desta ação. Todavia,
era clara a comunicação existente entre os dois, uma comunicação muda, velada e
provavelmente quase inconsciente. Entretanto, o resultado era notório nas execuções
dos alunos. Embora, quando o professor parava o aluno por muitas vezes voltava a tocar
como o fizera anteriormente.
as duas estratégias foi diferente. Havia professores que se utilizavam mais de gestos,
como o professor A, e outros que cantavam mais, como o professor C.
108
A expertise aplicada pelos professores durante suas instruçoes privadas tem um imagem autitiva
clara que guiam suas decisoes do que fazer e que profesores valorizam modelos de habilidades musicais e
performaticas de seus estudantes como um caminho efetivo que convergem em concepçoes musicais.
109
À medida que os alunos realizam cada trecho, os professores avaliam simultaneamente os suas
performances enquanto referenciam uma imagem mental ou modelo da performance ideal. Esta imagem
pode ser uma representação visual ou aural.
157
Sloboda (2008) nos informa que muitas vezes o aluno mostra-se incapaz de
transferir a sugestão de um fraseado para uma passagem específica para outra sequencia
semelhante. Em outro momento, o autor informa que um dos pontos fundamentais para
o aprendizado é a repetição. Explica-nos que não podemos nos ater a resultados
imediatos neste caso: “as pessoas tornam-se hábeis numa certa tarefa quando são
confrontadas com sucessivas oportunidades de envolver-se com elementos desta tarefa
(SOLOBODA, 2008, p. 286)”.
110
Qualquer tipo “Musicing” de sempre inclui outro tipo de escuta de música. Os fazedores de música
escutam quererm produzir em açoes e para o que outros músicos fazem. (...) Assim, ouvir música é um
essencial para os fazedores de música.
158
Entendemos que todos estes artifícios ajudavam aos alunos a criarem uma ideia
clara de como gostariam que suas execuções soassem. Desenvolviam modelos baseados
tanto nos exemplos dados pelos professores tocando e cantando, como por suas próprias
performances quando eram conduzidos pelos professores com gestos ou também
cantando. Millcan (2013) ainda afirma que: “students develop the ability to quickly
evaluate these models, and teachers use this skill to their advantage 111 (MILLICAN,
2013, p50).”
Teachers are responsible for teaching music students how to practice, and
even young musicians recognize this as a characteristic of a good teacher.
The teacher is an integral cog in a motivational cycle of practice, reward, and
achievement. With better practice comes greater and more rapid skill
development112 (Lehaman et al. ,2007, p62).
111
Os alunos desenvolvem a capacidade de avaliar rapidamente esses modelos, e os professores usam
essa habilidade para sua vantagem.
112
Os professores são responsáveis por ensinar os estudantes de música a praticar, e até mesmo os jovens
músicos reconhecem isso como uma característica de um bom professor. O professor é uma engrenagem
integral em um ciclo motivacional de prática, recompensa e realização. Com uma melhor prática vem
maior e mais rápido desenvolvimento de habilidades.
159
5 – Considerações finais
Assim embora sem formação formal específica para dar aula, os professores
replicam o que observam de seus professores e pares, adaptando às suas realidades e
especificidades. Portanto, a prática é origem provável destas estratégias, também sendo
161
transmitidas. Mesmo, ainda, acreditando que falta por parte da grande maioria dos
professores reflexões sobre suas práticas docentes, a pesquisa mostrou que cada
professor, a seu modo e tempo, busca se adequar e aprimorar suas habilidades
pedagógicas. Muito embora, a necessidade de estudos, pesquisas e reflexões formais
sobre o ensino do trombone nas universidades brasileiras é fundamental.
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WULF, Gabrilel& MORNELL Adina. Insights about practice from the perspective of
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Music Vol 2: 1-25, 2008
166
APÊNDICE A
Apêndice B
Identificação
Aluno:______________________________________________________________
Professor/Universidade:________________________________________________
Data:___/___/201_ horário :___:___ sala:_______________________
Duração da aula_________ Período:_________ disciplina:__________________
Tipo de aula: ( ) Individual ( ) Coletiva ( ) com outros alunos
Material Utilizado: ( ) Métodos ( ) Peças ( ) exercícios decorados
Descrição do material:
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
Obesrvações:____________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
Descrição:
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
Descrição:
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
170
______________________________________________________________________
_________________________________________
Relação professor/aluno
Descrição:
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
Descrição:
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
Observações gerais:
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
171
APÊNDICE C
1 – Identificação
Período:_______Idade:______Prof.:_______________________________________
Disciplina (trombone):__________________________________________________
2 – Pensando nas suas aulas de trombone, enumere em ordem que acredita que seu
professor atribui a cada item abaixo: (9 mais importante até 1 menos importante).
Gênero/estilo ( )
Qualidade do som ( )
Ritmo ( )
Afinação ( )
Musicalidade ( )
Rotina/aquecimento ( )
4 – Quanto acredita ser importante a explicação verbal do seu professor para sua
correção/adequação para cada item abaixo: ( marque 1 para sem importância até 5 para de
fundamental importância).
( ) Ritmo
( ) Afinação
( ) reforço positivo da performance
( ) reforço negativo da performance
( ) rotina/aquecimento
172
5 –Você acredita que sua rotina de estudo deva ser: (pode-se marcar mais de uma resposta)
( ) diária
( ) 5 ou 6 vezes por semana
( ) 3 ou 4 vezes por semana
( ) de acordo com a carga de estudo ou trabalho
( ) de acordo com sua condição muscular
( ) pelo meu talento não me preocupo com isso
( ) outro ( especifique):_______________________________________________
8 – Pensando na sua rotina de estudo, aponte quanto considera importante cada item:
(5 para de fundamental importância ate 1 sem importância)
( ) exercício respiratório
( ) vibração labial ( buzzing, abelhinha, besourinho etc)
( ) improvisação
( ) literatura solo
( ) literatura orquestral
( ) ouvir trombonistas renomados
( ) ouvir outros instrumentistas
( ) conhecer harmonia
( ) conhecer história da música
( ) tocar em grandes grupos (orquestra/banda)
( ) tocar em grupos de câmara
( ) conhecer a literatura específica do trombone
( ) conhecimentos gerais
173
10 – Atribua um nota de 1 a 5 para a importância que atribui aos métodos e/ou material
de apoio que utiliza ( sendo 5 fundamental importância e 1 sem importância).
( )5 ( )4 ( )3 ( )2 ( )1
11 – Você utiliza somente os métodos e / ou material de apoio que seu professor sugere?
( ) sim ( )não
14 – Como é feita a escolha do seu repertório? ( pode marcar mais de uma opção
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
16 - Aponte três itens que considera os mais importantes na sua aula de trombone:
1_____________________________
2_____________________________
3_____________________________
174
APENDICE C
Professor 1
Titulação: Mestre. Idade: 46 anos. Experiência como professor: 18
Questão 2:
9- Afinação
8 - Performance do professor demonstrando como fazer
7 - Ritmo
6 - Performance do aluno e suas dúvidas
5 - Expressividade
4 - Explicação verbal do professor
3 - Sonoridade
2 - Reforço positivo da performance
1 - Reforço negativo da performance
Diante das respostas ficou claro que, no decorrer de suas aulas, o professor valoriza a
exemplificação da performance como ferramenta em suas aulas. Sendo a primeira e a terceira de
ordem técnica (afinação e ritmo). O itens intermediários (6 e 5) estão relacionados com a
performance do aluno, parecem estar no meio das preocupações do professor. As respostas
sugerem que o professor considera suas interações com o aluno menos importante que sua
demonstração tocando. Entende que qualquer tipo de reforço, tanto negativo quanto positivo,
tem quase ou nenhuma importância em suas aulas.
Após análise de todas as respostas podemos concluir que compreende sua performance como
um modelo a ser seguido pelo aluno. Questões técnicas têm mais importância que
expressividade. Outros interesses com os alunos (explicações e reforços verbais) não são muito
foco de sua prática.
Questão 3:
6-Rotina/aquecimento
5-Ritmo
4-Afinação
3-Qualidade do som
2-Estilo/gênero
O professor considera que a rotina/aquecimento é o mais importante para performance do seu
aluno. Logo em seguida acredita ser ritmo e afinação itens técnicos diretamente ligados à
performance. Na quarta posição aponta a qualidade do som. Sendo estilo/gênero o item indicado
como de menor importância. Vale ressaltar que o professor não classificou o item musicalidade
em nenhuma posição.
Parece-nos que o professor valoriza bastante quesitos técnicos, como ritmo e afinação, sendo a
rotina/aquecimento o caminho para que o aluno alcance melhor estes quesitos. Parece não
valorizar a questões estéticas, apontando estilo/gênero como de menor importância na lista e
não classificando musicalidade.
Questão 4:
Ritmo 4
Afinação 5
Reforço positivo da performance 4
Reforço negativo da performance 4
Questionamento do estudante 4
Estilo/gênero 3
Rotina/aquecimento 5
Outro: respiração e postura
175
Em sua explicação verbal, os itens que o professor mais valoriza são afinação e
rotina/aquecimento. Estes foram os únicos itens que assinalou com importância
máxima. O item de menor importância estilo/gênero que classificou com importância 3. Os
demais itens, ritmo, questionamento do estudante e reforços positivo e negativo atribui
importância 4. Ainda acrescentou, sem classificar, respiração e postura.
Vale ressaltar a valorização do professor por questões técnicas, afinação e rotina/aquecimento.
Somente com estas respostas ficamos em dúvida se o professor atribuiu menor importância ao
estilo/gênero por entender que sua explicação verbal não seja suficiente para ajudá-lo ou
compreende que tal item é algo intato ao estudante, como talento, que não poderia interferir.
Outra observação é que o professor classifica o reforço positivo e negativo com a mesma
importância, 4. Podemos supor que, paralelo às questões técnicas, o professor compreenda que o
estímulo e correção do aluno sejam seu papel.
Questão 5 e 6: O professor acredita que a rotina deva ser diária e de no mínimo duas horas por
dia.
Questão 7:
Literatura (solo e/ou orquestral) 2
Aquecimento 4
Rotina( exercícios diários: flexibilidade, nota longa etc) 5
Exercícios melódicos 3
Exercícios preparatórios (Buzzing, respiratório etc) 1
As questões técnicas, rotina e aquecimento respectivamente, são as mais valorizadas pelo
professor no estudo do aluno. São seguidas pelos exercícios melódicos e a literatura. O
professor ainda classifica como menos ou se nenhuma importância os exercícios preparatórios.
Mais uma vez, notamos que o professor valoriza a técnica ficando as questões estéticas entre as
com importância mediana.
Questão 8:
Exercícios preparatórios 4
Vibração labial( buzzing, abelhinha, besourinho etc) 4
Improvisação 2
Literatura solo 3
Literatura orquestral 3
Ouvir trombonistas renomados 3
Ouvir outros instrumentos 3
Conhecer harmonia 2
Conhecer história da música 3
Tocar em grandes grupos (orquestra/banda) 4
Tocar em grupos de câmara 5
Conhecer a literatura específica do trombone 5
Conhecimentos gerais 3
Os itens que o professor mais valoriza são tocar em grupos de câmara e conhecer a literatura
específica, ambos classificados como 5 na grade de importância. Estes itens foram logo
seguidos na ordem de importância por tocar em grandes grupos, vibração labial e exercícios
respiratórios, todos classificados como 4. Com importância mediana classifica: literatura solo e
orquestral, ouvir trombonistas renomados e outros instrumentos, conhecer história da música e
conhecimentos gerais.Os itens que menos valoriza são improvisação e conhecer harmonia.
Questão 9:
Fundamental importância 5
Quanto mais variado melhor 5
Uniformizo a utilização entre os alunos 3
176
Professor 2
Titulação: Mestre. Idade:36 anos. Experiência como professor: 15 anos.
Questão 2:
9-Reforço positivo da performance
8-Afinação
7-Performance do aluno e suas dúvidas
6-Sonoridade
5-Ritmo
4-Performance do professor demonstrando como fazer
3-Explicação verbal do professor
2-Expressividade
1-Reforço negativo da performance
A motivação e seus resultados, junto com a afinação, parecem estar entre as principais
preocupações do professor. Ele aponta o reforço positivo da performance como o item de maior
importância. Quando aponta como terceiro item mais importante a performance do aluno,
cremos que esta seja resultado deste reforço, estimulando o aluno a estudar e tocar cada vez
melhor e podendo avaliar este progresso em sua performance.
Questões técnicas parecem ser consideradas, pelo professor, com importância relativa, embora
como já apontado, a afinação tem um destaque. Embora destaque o reforço positivo, a sua
própria explicação verbal e sua performance não parecem ser suas principais preocupações.
Vale ressaltar que os itens que considera com menor importância são expressividade e reforço
negativo da performance.
Questão 3:
6-Rotina/aquecimento
5-stilo/gênero
4-Ritmo
3-Afinação
2-Musicalidade
Questão 4:
Ritmo 5
Afinação 5
Reforço positivo da performance 5
Reforço negativo da performance 1
Questionamento do estudante 5
Estilo/gênero 5
Rotina/aquecimento 5
O professor atribuiu importância máxima a todos os itens, exceto reforço negativo. Deste modo,
podemos supor que o professor compreende que grande parte ou todo o processo de
desenvolvimento do aluno esteja centrado na figura do professor. Desde correções e adequações
técnicas até o estímulo ao estudo e ao aperfeiçoamento. Portanto, entendemos que o professor
acredite que suas explicações verbais e interferências para correção e adequação dos alunos é
principal no processo de desenvolvimento do aluno, sendo este o único ou principal meio de
desenvolvimento das habilidades do estudante.
Questão 5 e 6: O professor acredita que o aluno deva ter um dia de folga por semana, entretanto
deve-se observar a condição muscular. Compreende que deva ter de 3 a 4 horas de estudo por
dia, salientando que deva ser evitado a fadiga da boca e que este período de estudo deve permitir
que o aluno ainda tenha tempo para estudar as matérias teóricas.
Questão 7:
Literatura (solo e/ou orquestral) 2
Aquecimento 5
Rotina( exercícios diários: flexibilidade, nota longa etc) 4
Exercícios melódicos 3
Exercícios preparatórios (Buzzing, respiratório etc) 1
O professor mais valoriza na rotina do seu aluno as questões técnicas, aquecimento e rotina
respectivamente. As questões estéticas aparecem logo depois. Aqui também é notório a grande
valorização da técnica na rotina do aluno. Vale ressaltar que na opção “outro” o professor
acrescenta uma observação a respeito dos exercícios preparatórios, que classifica como de
menor ou nenhuma importância. Acrescenta que a importância dos exercícios preparatórios vai
variar para cada aluno, alguns podem ter mais necessidade que outros, requerendo uma
avaliação diferenciada para cada aluno.
Questão 8:
Exercícios preparatórios 3
Vibração labial( buzzing, abelhinha, besourinho etc) 1
Improvisação 5
Literatura solo 5
Literatura orquestral 4
Ouvir trombonistas renomados 4
Ouvir outros instrumentos 4
Conhecer harmonia 4
Conhecer história da música 4
Tocar em grandes grupos (orquestra/banda) 5
Tocar em grupos de câmara 5
Conhecer a literatura específica do trombone 5
Conhecimentos gerais 3
Os itens mais valorizados pelo professor são: improvisação, literatura solo, tocar em grandes
grupos e música de câmara e conhecer a literatura especifica (todos classificados como de
fundamental importância com 5). São seguidos em importância por literatura orquestral, ouvir
trombonistas renomados e outros instrumentos, conhecer harmonia e história da música
178
Professor 3
Titulação: Pós-graduado. Idade: 39 anos. Experiência como professor: 6 anos.
Questão 2 não foi respondida
Questão 3:
6-Ritmo
5-Afinação
4-Musicalidade
3-qualidade do som
2-Estilo/gênero
1-Rotina/aquecimento
O professor aponta os itens técnicos como os de maior importância, ritmo e afinação
respectivamente. A musicalidade é classificada como o item com terceira maior importância,
seguido da qualidade do som e estilo/gênero. Por fim classifica como menos importante a
rotina/aquecimento.
Parece-nos que o professor acredita que as questões técnicas são as mais importantes na
performance dos seus alunos. Todavia classificando musicalidade como o terceiro item mais
valorizado, podemos dizer que ele também valoriza questões estéticas. Isto também pode ser
revelado pelo fato de classificar rotina/aquecimento como sendo de pouca importância, pois tal
fato faz-nos acreditar que entende que as questões técnicas, embora importantes, podem ser
trabalhadas juntas das estéticas.
Questão 4:
Ritmo 3
Afinação 2
Reforço positivo da performance 4
Reforço negativo da performance não respondeu
179
Questionamento do estudante 5
Estilo/gênero não respondeu
Rotina/aquecimento 1
Pelas respostas do professor, ele mais valoriza o questionamento do aluno e o reforço positivo
(respectivamente 5 e 4).Ele acredita que suas explicações verbais tem menos importância para
questões técnicas, ritmo, afinação e rotina/aquecimento (respectivamente3,2,1). Deste modo,
podemos supor que acredita que o papel do professor seja o orientar o estudo, quase um mentor.
Supomos que acredita que suas explicações tem grande relevância no estímulo para o
desenvolvimento e especificidades de cada aluno sobre dúvidas em seus estudos, criando deste
modo um relacionamento mais humanizado. Ainda destacamos que o item reforço negativo não
foi classificado pelo professor, corroborando com nossas observações.
Questão 5 e 6: O professor acredita que a rotina deva ser diária, entretanto observando-se a
carga de estudo e/ou trabalho. Deve ter no mínimo duas horas por dia de estudo.
Questão 7:
Literatura (solo e/ou orquestral) 1
Aquecimento 5
Rotina( exercícios diários: flexibilidade, nota longa etc) 3
Exercícios melódicos 2
Exercícios preparatórios (Buzzing, respiratório etc) 4
Claramente o professor faz uma distinção entre os itens técnicos dos estéticos. Os três itens mais
valorizados por ele são, respectivamente: aquecimento, exercícios preparatórios e rotina.
Observamos que o professor parece ter uma grande preocupação com a parte física do
estudante, tal fato demonstrado pelo aquecimento e os exercícios preparatórios serem os mais
valorizados, sendo a rotina o menos importante dentre os três.
As questões estéticas são as menos valorizadas, estando entre os últimos itens da classificação,
exercícios melódicos e literatura respectivamente. O que pode demonstrar que o professor não
estimule ou mesmo não queira que o aluno gaste tempo com a performance e somente com o
desenvolvimento de suas habilidades técnicas.
Questão 8:
Exercícios preparatórios 5
Vibração labial( buzzing, abelhinha, besourinho etc) 4
Improvisação 4
Literatura solo 5
Literatura orquestral 5
Ouvir trombonistas renomados 5
Ouvir outros instrumentos 5
Conhecer harmonia 5
Conhecer história da música 5
Tocar em grandes grupos (orquestra/banda) 5
Tocar em grupos de câmara 5
Conhecer a literatura específica do trombone 5
Conhecimentos gerais 5
O professor valoriza todos os itens relacionados, atribuiu importância 5 a todos os itens, exceto
vibração labial e improvisação que atribui 4.
Questão 9:
Fundamental importância 5
Quanto mais variado melhor 5
180
Professor 4
Titulação: Mestre. Idade: 36 anos. Experiência como professor: 3 anos
Questão 2:
9-Afinação
8-Sonoridade
7-Performance do aluno e suas dúvidas
7-Ritmo
6-Explicação verbal do professor
5-Expressividade
4-Performance do professor demonstrando como fazer
3-Reforço positivo da performance
2-Reforço negativo da perfomance
Entre os 4 itens mais importantes apontados pelo professor 3 se referem à questões técnicas
(somente a Performance do aluno e suas dúvidas que é uma exceção, sendo o mais valorizado).
Parece-nos que o professor da importância às questões técnicas e às suas realizações, assim
como às dúvidas de seus alunos. Acredita que suas explicações e performance, assim como a
expressividade, estão entre os itens com importância intermediária.
Acreditamos que em suas práticas o professor esta preocupado com a execução o mais perfeita
tecnicamente possível, sendo afinação e sonoridade os mais importantes. Sua performance e
demonstrações também acredita ter importância também tem importância neste processo,
embora os resultados com os alunos sejam os principais. A expressividade esta entre os itens
com importância mediana.
Reforços positivos e negativos da performance foram os itens considerados como sem ou quase
nenhuma importância.
Questão 3:
6-Afinação
5-Ritmo
4-qualidade do som
3-Estilo/gênero
2-Musicalidade
1-Rotina/aquecimento
O professor acredita que afinação, ritmo e a qualidade do som são os itens mais importantes
respectivamente, seguidos de estilo/gênero e musicalidade. Sendo o item que da menor valor é a
rotina/aquecimento.
181
Parece-nos que o professor separa bem as questões técnicas das questões estéticas, sendo a
técnica com maior importância. Entretanto, quando classifica a rotina/aquecimento como o item
que menos valoriza faz-nos pensar que observa tais questões técnicas em performances
musicais, não somente em exercícios técnicos.
Questão 4:
Ritmo 4
Afinação 5
Reforço positivo da performance 2
Reforço negativo da performance 4
Questionamento do estudante 5
Estilo/gênero 5
Rotina/aquecimento 3
Nesta questão, o professor aponta que os itens que mais valoriza em suas explicações verbais
são: questionamento do estudante, estilo/gênero e afinação.Mais uma vez podemos supor que o
professor compreende seu papel de sanar e resolver questões específicas de cada aluno.
Também podemos supor que questões mais abstratas, como estilo/gênero, seja função do
professor, por meio de suas explicações verbais e talvez até mesmo por meio de exemplos
práticos demonstrar ao aluno. Afinação talvez surja como grande importância para o professor
também por a considerar abstrata. Embora ritmo também tenha sido muito valorizado pelo
professor com classificação 4.
Vale ressaltar que o professor classifica o reforço negativo com grande destaque, atribuindo
importância 4. O reforço positivo atribuiu somente importância 2. Deste modo, podemos supor
uma controvérsia na classificação do professor, pois na questão 2 da mais importância ao
reforço positivo da performance.
Questão 5 e 6: O professor acredita que a rotina de estudo deva ser diária e com mais de 4 horas
por dia.
Questão 7:
Literatura (solo e/ou orquestral) 2
Aquecimento 4
Rotina( exercícios diários: flexibilidade, nota longa etc) 5
Exercícios melódicos 3
Exercícios preparatórios (Buzzing, respiratório etc) 1
Conhecimentos gerais 4
O professor afirma acreditar ser de grande importância a utilização de métodos e/ou materiais
de apoio, inclusive que sempre reflete sobre esta utilização, procurando se atualizar. Não
valoriza muito a uniformização da utilização deste material entre os alunos, nem acredita que
deva ser muito variado.Utiliza-se de poucos métodos que estudou.
Questão 10:
Escolhido de um programa (existe uma lista pré-determinada para cada semestre)
Eu escolho
O aluno escolhe
Escolha mútua (professor e aluno em comum acordo)
Quanto ao repertório afirma que é uma escolha mútua entre aluno e professor de um programa
pré-determinado.
Professor 5
Afinação 5
Reforço positivo da performance 5
Reforço negativo da performance 5
Questionamento do estudante 5
Estilo/gênero 5
Rotina/aquecimento 5
O professor atribui importância máxima a todos os itens. O que nos faz supor que acredita que
todo o desenvolvimento de seu aluno esta ancorado em suas explicações verbais.
Questão 5 e 6: O professor acredita que a rotina deva ser de 5 ou 6 vezes por semana e que a
cada dia o aluno deva estudar de 2 a 3 horas
Questão 7:
Literatura (solo e/ou orquestral) 2
Aquecimento 5
Rotina( exercícios diários: flexibilidade, nota longa etc) 4
Exercícios melódicos 3
Exercícios preparatórios (Buzzing, respiratório etc) 1
O professor mais valoriza na rotina do seu aluno as questões técnicas, aquecimento e rotina
respectivamente. As questões estéticas aparecem logo depois. Aqui também é notório a grande
valorização da técnica na rotina do aluno. Vale ressaltar que na opção “outro” o professor
acrescenta uma observação a respeito dos exercícios preparatórios, que classifica como de
menor ou nenhuma importância. Acrescenta que a importância dos exercícios preparatórios vai
variar para cada aluno, alguns podem ter mais necessidade que outros, necessitando de uma
avaliação diferenciada para cada aluno.
Questão 8:
Exercícios preparatórios 4
Vibração labial( buzzing, abelhinha, besourinho etc) 4
Improvisação 3
Literatura solo 5
Literatura orquestral 4
Ouvir trombonistas renomados 5
Ouvir outros instrumentos 4
Conhecer harmonia 3
Conhecer história da música 3
Tocar em grandes grupos (orquestra/banda) 5
Tocar em grupos de câmara 5
Conhecer a literatura específica do trombone 3
Conhecimentos gerais 4
Os itens mais valorizados pelo professor são: literatura solo, ouvir trombonistas renomados,
tocar em grandes grupos de câmara e conhecer a literatura específica, atribuindo importância
máxima (5) a este itens. Ainda muito valorizado, como importância 4, exercícios respiratórios,
vibração labial, literatura orquestral, ouvir outros instrumentos e conhecimentos gerais. Com
importância mediana improvisação, conhecer harmonia e história da música e tocar em grandes
grupos. O professor não classifica nenhum dos itens como de pouca ou nenhuma importância.
Questão 9:
Fundamental importância 5
Quanto mais variado melhor 3
Uniformizo a utilização entre os alunos 4
Procuro sempre me atualizar 4
Nunca pensei sobre a utilização deste material 1
184
O professor valoriza bastante a utilização de métodos e/ou materiais didáticos, inclusive reflete
bastante sobre o assunto, procurando sempre se atualizar e uniformizando a utilização deste
material. Porém afirma, que em grande parte, se utiliza dos mesmo que estudou. Atribui
importância relativa à variedade deste material.
Questão 10:
É escolhido de um programa (existe uma lista pré-determinada para cada semestre)
Eu escolho
O aluno escolhe
Escolha mútua (professor e aluno em comum acordo
Quanto ao repertório afirma que é uma escolha mútua entre aluno e professor de um programa
pré-determinado. Ainda complementa que pode tocar música popular.
Professor 6
Titulação: Mestre. Idade: 45 anos. Experiência como professor: 5 anos.
Questão 2 e 3 respondida de forma incompleta, impossibilitando a análise
Questão 4:
Ritmo 5
Afinação 5
Reforço positivo da performance 5
Reforço negativo da performance 5
Questionamento do estudante 5
Estilo/gênero 5
Rotina/aquecimento 5
O professor atribui importância máxima a todos os itens. O que nos faz supor que acredita que
todo o desenvolvimento de seu aluno esta ancorado em suas explicações verbais.
Questão 5 e 6: O professor acredita que a rotina deva ser diária, de 3 a 4 horas por dia.
Questão 7 O professor respondeu de forma incompleta impossibilitando a análise.
Questão 8:
O professor valoriza todos os itens ao máximo.
Questão 9:
Fundamental importância 5
Quanto mais variado melhor 4
Uniformizo a utilização entre os alunos 5
Procuro sempre me atualizar 5
Nunca pensei sobre a utilização deste material 2
Utilizo os mesmos que estudei 5
O professor valoriza a utilização de métodos e/ou matérias de apoio, procurando sempre se
atualizar e ainda refletindo sobre a sua utilização. Porém utiliza os mesmo que estudou. Valoriza
a variedade de materiais e uniformiza sua utilização.
Questão 10:
É escolhido de um programa ( existe uma lista pré-determinada para cada perído)
O aluno escolhe
Escolha mútua
Quanto ao repertório afirma que é uma escolha mútua entre aluno e professor de um programa
pré-determinado.
Professor 7
Titulação: Doutor. Idade: 53 anos. Experiência como professor: 33 anos
Questão 2:
185
O professor acredita que suas explicações verbais têm mais importância para reforço positivo
do aluno, estilo/gênero e o questionamento do estudante. Deste modo, podemos supor que
acredita que suas explicações verbais tem fundamental importância para o estímulo e
especificidades de cada aluno. Acreditamos que compreende que seu papel é o de um mentor,
orientando e resolvendo questões específicas de cada aluno. Embora, o professor ainda valorize
as questões técnicas, afinação e ritmo (classificadas respectivamente como 4 e 3) em suas
explicações.
Vale ressaltar que atribui pouca importância para o reforço positivo, mais uma vez salientado
nossas observações anteriores. Sendo o item que menos valoriza é rotina/aquecimento.
Questão 5 e 6: O professor acredita que a rotina deva ser diária e que cada o aluno deva estudar
de 3 a 4 horas.
Questão 7:
Literatura (solo e/ou orquestral) 5
186
Aquecimento 1
Rotina( exercícios diários: flexibilidade, nota longa etc) 4
Exercícios melódicos 3
Exercícios preparatórios (Buzzing, respiratório etc) 2
Interessante notar que o professor mistura os itens técnicos com os estéticos em sua listagem de
importância. Os dois itens que mais valoriza já reflete isto: literatura e rotina, respectivamente.
Os exercícios melódicos tem importância mediana para o professor, embora a literatura seja o
mais importante, seguidos dos exercícios preparatórios e aquecimento.
A classificação feita pelo professor nos faz supor que acredita que, na rotina de estudo do seu
aluno, deva haver um equilíbrio entre técnica e estética. Ainda parece dar destaque à
performance, valorizando a literatura.
Questão 8:
Exercícios preparatórios 2
Vibração labial( buzzing, abelhinha, besourinho etc) 2
Improvisação 1
Literatura solo 5
Literatura orquestral 4
Ouvir trombonistas renomados 4
Ouvir outros instrumentos 5
Conhecer harmonia 4
Conhecer história da música 4
Tocar em grandes grupos (orquestra/banda)2
Tocar musica de câmara 2
Conhecer a literatura específica do trombone 5
Conhecimentos gerais 4
Os itens mais valorizados pelo professor são: literatura solo, ouvir outros instrumentos e
conhecer a literatura específica. Em seguida os itens que mais valoriza, classificando com 4 na
escala, literatura orquestral, ouvir trombonistas renomados, conhecer história da música e
harmonia e conhecimentos gerais. Os itens que valoriza pouco, atribuindo 2, são exercícios
respiratórios, vibração labial, tocar em grandes grupos e de câmara. O item improvisação
considera sem importância, provavelmente por não se utilizar deste tipo de estudo. Interessante
ressaltar que não atribui importância mediana a nenhum item.
Questão 9:
Fundamental importância 3
Quanto mais variado melhor 1
Uniformizo a utilização entre os alunos 5
Procuro sempre me atualizar 5
Nunca pensei sobre a utilização deste material 1
Utilizo os mesmos que estudei 1
Diferente da grande maioria dos professores, o professor foi um dos 2 que acreditam que a
utilização de métodos e/ou materiais de apoio tem importância mediana, entretanto
complementa que reflete sobre sua utilização, e que procura se atualizar. Complementa que
uniformiza a utilização e que este material não deve ser variado. Informa que não utiliza os
métodos que estudou.
Questão 10:
É escolhido de um programa (existe uma lista pré-determinada para cada semestre)
Quanto ao repertório afirma que é escolhido de um programa pré-determinado, sem dar mais
detalhes a este respeito.
187
Professor 8
Titulação: Mestre Idade: 39 Experiência como professor: 8
Questão 2:
9-Performance do aluno e suas dúvidas
8-Afinação
7-Ritmo
6-Explicação verbal do professor
5-Expressividade
4-Sonoridade
3-Reforço positivo da performance
2-Performance do professor demonstrando como fazer
1-Reforço negativo da performance
O professor acredita que a performance dos seus alunos e suas dúvidas é o item de maior
importância, entretanto, considera a sua própria explicação como de importância mediana. Nota-
se que enfatiza as questões técnicas, em especial à afinação e ritmo. A expressividade foi
classificada como um item de importância mediana assim como a sonoridade.
Considera que o reforço positivo da performance e sua própria performance são itens de pouca
ou nenhuma importância. Vale ressaltar que aponta o reforço positivo como mais importante
que sua própria performance, considerando este o segundo item menos importante. O reforço
negativo é considerado como um item sem ou quase nenhuma importância.
Entendemos que a sua prática pedagógica esta calcada na performance e técnica dos alunos, e
seu papel é de resolver por meio de explicações estes problemas e dúvidas.
Questão 3:
6-Ritmo
5-Afinação
4-Estilo/gênero
3-qualidade do som
2-Musicalidade
1-Rotina/aquecimento
Os itens mais valorizados pelo professor são técnicos: ritmo e afinação, respectivamente.
Seguidos de estilo/gênero, qualidade do som e musicalidade. O item rotina/aquecimento é o
menos valorizado. Parece-nos que, embora, os itens técnicos sejam mais valorizados,este itens
são observados em performances musicais, pelo fato de rotina/aquecimento serem o menos
valorizado. Talvez havendo um equilíbrio entre técnica e estética.
Questão 4:
Ritmo 3
Afinação 3
Reforço positivo da performance 5
Reforço negativo da performance 1
Questionamento do estudante 4
Estilo/gênero 5
Rotina/aquecimento 2
Podemos notar que o professor considera que suas explicações verbais são importante para o
estímulo ao desenvolvimento do aluno principalmente de questões abstratas como estilo/gênero,
até mesmo através de exemplos. As questões técnicas são apontadas como de importância
mediana (ritmo e afinação, classificados com 3).
Aponta que não valoriza em suas explicações verbais a rotina/aquecimento atribuindo
importância 2. O reforço negativo é o item classificado como menos valorizado mais uma vez
corroborando com nossa observação inicial.
188
Questão 5 e 6: O professor acredita que a rotina deva ser de 5a 6 vezes por semana com
duração diária de 3 a 4 horas.
Questão 7:
Literatura (solo e/ou orquestral) 5
Aquecimento 2
Rotina( exercícios diários: flexibilidade, nota longa etc) 4
Exercícios melódicos 3
Exercícios preparatórios (Buzzing, respiratório etc) 1
O professor mistura os itens técnicos com os estéticos em sua listagem de importância. Os dois
itens que mais valoriza já reflete isto: literatura e rotina, respectivamente. Os exercícios
melódicos tem importância mediana para o professor, embora a literatura seja o mais
importante, seguidos dos exercícios preparatórios e aquecimento.
A classificação feita pelo professor nos faz supor que acredita que, na rotina de estudo do seu
aluno, deva haver um equilíbrio entre técnica e estética. Ainda parece dar destaque à
performance, valorizando a literatura.
Questão 8:
Exercícios preparatórios 3
Vibração labial( buzzing, abelhinha, besourinho etc) 2
Improvisação 2
Literatura solo 5
Literatura orquestral 5
Ouvir trombonistas renomados 4
Ouvir outros instrumentos 3
Conhecer harmonia 2
Conhecer história da música 3
Tocar em grandes grupos (orquestra/banda) 4
Tocar musica de câmara 4
Conhecer a literatura específica do trombone 5
Conhecimentos gerais 3
Os itens que o professor mais valoriza são: literatura solo e orquestral, conhecimento geral e da
literatura específica. Seguindo em ordem de importância ouvir trombonistas renomados, tocar
em grandes grupos e em grupos de câmara. Atribui importância mediana aos exercícios
respiratórios, ouvir outros instrumentos, conhecer harmonia e conhecimentos gerias. Pouco
valoriza vibração labial e conhecer harmonia.
Questão 9:
Fundamental importância 4
Quanto mais variado melhor 5
Uniformizo a utilização entre os alunos 3
Procuro sempre me atualizar 4
Nunca pensei sobre a utilização deste material 1
Utilizo os mesmos que estudei 2
O professor não da importância máxima a nenhum item, mas mesmo assim valoriza a utilização
de métodos e/ou materiais de apoio, entretanto afirma que reflete sobre sua utilização e que
sempre procura se atualizar. Acredita que este material deva ser variado e que não há grande
necessidade de uniformização pelos alunos.
Questão 10:
189
Quanto ao repertório acredita que é uma escolha mútua entre aluno e professor de um programa
pré-determinado. Complementa que podem tocar música popular.
Professor 9
Titulação: Doutor. Idade: 49 anos. Experiência como professor 24 anos.
Questão 2:
9-Performance do aluno e suas dúvidas
8-Afinação
7-Ritmo
6-Sonoridade
5-Performance do professor demonstrando como fazer
4-Explicação verbal do professor
3-Expressividade
2-Reforço positivo da performance
1-Reforço negativo da performance
Mais uma vez a performance do aluno e suas dúvidas aparecem como o item mais importante.
O professor considera mais importante sua performance demonstrando como fazer do que sua
explicação verbal, mesmo que estas questões estejam apontados como de importância mediana.
Parece-nos que o professor acredita ser mais fácil ajudar ao aluno sendo modelo de como tocar
do que explicando verbalmente.
Os itens relacionados à técnica aparecem no topo da lista sendo, dentre eles, a afinação o mais
importante, seguido do ritmo e da sonoridade. Por outro lado, a expressividade é apontada no
final da relação. Os reforços positivos e negativos da performance estão entre os últimos itens
em ordem de importância, com pouca ou nenhuma importância.
Questão 3:
6--qualidade do som
5-Afinação
4-Ritmo
3-Musicalidade
2-Rotina/aquecimento
1-Estilo/gênero
O professor valoriza às questões técnicas: qualidade do som, afinação e ritmo. Seguidos de
musicalidade, rotina/aquecimento e estilo/gênero respectivamente. Por meio de sua classificação
podemos supor que tal valorização da técnica ocorre em execuções de peças, pois classifica
rotina/aquecimento como o segundo item de menor importância. Parece-nos bastante
significativo que qualidade do som seja o item técnico mais valorizado, pois este também pode,
de certo modo, ser relacionado a estética, portanto os itens estritamente técnicos, ritmo e
afinação aparecem entrem os dois técnicos. Corroborando com nossa observação, valoriza
técnica em performances musicais.
Questão 4:
Ritmo 3
Afinação 3
Reforço positivo da performance 2
Reforço negativo da performance 2
Questionamento do estudante 5
Estilo/gênero 4
190
Rotina/aquecimento 3
Os itens que o professor mais valoriza são literatura solo, tocar em grupos de câmara, conhecer
harmonia e a literatura especifica. Seguido de importância: ouvir trombonistas renomados e
tocar em grandes grupos. Com importância mediana classifica vibração labial, improvisação,
ouvir outros instrumentos, conhecer harmonia e historia da música. Atribui pouca importância
aos exercícios respiratórios e conhecimentos gerais.
191
Questão 9:
Fundamental importância 5
Quanto mais variado melhor 5
Uniformizo a utilização entre os alunos 7
Procuro sempre me atualizar 4
Nunca pensei sobre a utilização deste material 1
Utilizo os mesmos que estudei 3
Quanto ao repertório afirma que é uma escolha mútua entre aluno e professor de um programa
pré-determinado. Complementa que a escolha final é do aluno, porém estimula ao aluno ler o
máximo de repertório possível antes de escolher, sempre observando o nível técnico individual.
Professor 10
Titulação: Doutor. Idade: 43 anos. Experiência como professor: 20 anos.
Questão 2:
9-Sonoridade
8-Afinação
7-Ritmo
6-Explicação verbal do professor
5-Expressividade
4-Performance do aluno e suas dúvidas
3-Performance do professor demonstrando como fazer
2-Reforço positivo da performance
1-Reforço negativo
O professor acredita que as questões técnicas são as mais importantes, constando no topo da
lista, sendo a sonoridade o mais valorizado seguido da afinação e ritmo. O professor é um dos
únicos que marca algum outro item técnico sendo mais importante que a afinação.
A expressividade consta com um item de importância mediana. Deste mesmo modo a
performance do aluno e suas dúvidas, sua própria performance e explicações verbais. Por outro
lado, reforços positivos e negativos são considerados como de pouca ou nenhuma importância.
Podemos notar que o professor agrupou os itens, sendo primeiro as questões técnicas, seguido
dos itens relacionados à performance, sua e de seu aluno, sua explicação e expressividade.
Todos os outros professores misturavam os itens, entretanto este professor parece ter suas
convicções na importância da técnica muito clara.
Questão 3:
6--qualidade do som
5-Afinação
4-Ritmo
3-Musicalidade
2-Rotina/aquecimento
192
1-Estilo/gênero
O professor classificou o itens igual ao professor 9, portanto temos as mesmas considerações.
Podemos supor que valoriza a técnica, porém em execuções de músicas e não em exercícios
puramente técnicos. Diferente do que parece apontar a questão anterior
Questão 4:
Ritmo 4
Afinação 5
Reforço positivo da performance 2
Reforço negativo da performance 1
Questionamento do estudante: não respondido
Estilo/gênero 3
Rotina/aquecimento 1
Como alguns outros professores, mistura questões técnicas com estéticas, com a diferença que
os dois anteriores que o fizeram classificaram como segundo item que mais valorizavam a
rotina. Entretanto, o aquecimento sendo bem mais valorizado que a rotina aponta que o
professor valoriza a performance do aluno e acredite ser importante uma certa preparação física
para isto.
Questão 8:
Exercícios preparatórios 5
Vibração labial( buzzing, abelhinha, besourinho etc) 4
Improvisação 4
Literatura solo 5
Literatura orquestral 3
Ouvir trombonistas renomados 2
Ouvir outros instrumentos 2
Conhecer harmonia 5
Conhecer história da música 4
Tocar em grandes grupos (orquestra/banda) 2
Tocar musica de câmara 4
Conhecer a literatura específica do trombone 5
Conhecimentos gerais 5
Os itens mais valorizados pelo professor são: exercícios respiratórios, literatura solo, conhecer
harmonia, literatura específica e conhecimentos gerais. Os itens com segunda maior importância
193
são: vibração labial, improvisação, conhecer história da música e tocar em grupos de câmara.
Com importância mediana classifica a literatura orquestral. O professor considera com pouca
importância ouvir trombonistas renomados e outros instrumentos e tocar em grandes grupos.
Questão 9:
Fundamental importância 5
Quanto mais variado melhor 4
Uniformizo a utilização entre os alunos 4
Procuro sempre me atualizar 5
Nunca pensei sobre a utilização deste material 1
Utilizo os mesmos que estudei 1
Quanto ao repertório afirma que é uma escolha mútua entre aluno e professor de um programa
pré-determinado. Complementa que podem tocar música popular.
Professor 11
Titulação: Mestre. Idade 40 anos. Experiência como professor: 15 anos.
Questão 2:
9-Performance do aluno e suas dúvidas
8-Ritmo
7-Afinação
6-Sonoridade
5-Expressividade
4-Performance do professor demonstrando como fazer
3-Explicação verbal do professor
2-Reforço positivo da performance
1-Reforço negativo da performance
O professor acredita, como grande parte de seus colegas,que a performance do aluno e suas
dúvidas, seguido das questões técnicas são os mais importantes em sua prática pedagógica.
Entretanto, entre os itens relacionados à técnica, acredita ser o ritmo o de maior importância,
seguido da afinação e sonoridade.
A expressividade é apontada logo despois das questões técnicas. Deste modo, compreendemos
que embora apareça no meio da lista, o professor entende que a expressividade seja importante.
Acreditamos que o professor entenda que sua explicação verbal e sua demonstração tenham
importância mediana. Enquanto, os reforços positivos e negativos tenham pouca ou nenhuma
importância em sua prática pedagógica.
Questão 3:
6-Rotina/aquecimento
5-Ritmo
4-Afinação
3-qualidade do som
2-Musicalidade
1-Estilo/gênero
194
A rotina/aquecimento é o item mais valorizado, seguido dos demais itens técnicos: ritmo,
afinação e qualidade do som, respectivamente. As questões estéticas, musicalidade e
estilo/gênero, são os menos valorizados. Tal classificação nos faz supor que o professor valorize
os exercícios puramente técnicos e que grande parte da performance do aluno seja deste tipo de
exercício técnico.
Questão 4:
Ritmo 4
Afinação 4
Reforço positivo da performance 4
Reforço negativo da performance 4
Questionamento do estudante 5
Estilo/gênero 5
Rotina/aquecimento 4
Como alguns de seus colegas, o professor intercala a importância dos itens técnicos e estéticos.
Porém diferente dos outros professores que o fizeram, o item que mais valoriza é a rotina,
seguida da literatura. Isto nos faz pensar que, como os demais professores, ele esteja a procura
de uma equilíbrio entre técnica e estética. Todavia a manutenção e desenvolvimento da técnica
ainda é um pouco mais importante, para alcançar o desenvolvimento estético e/ou este possa ser
adquirido de outra forma.
Questão 8:
Exercícios preparatórios 5
Vibração labial( buzzing, abelhinha, besourinho etc) 4
Improvisação 4
Literatura solo
Literatura orquestral 5
Ouvir trombonistas renomados 5
Ouvir outros instrumentos 3
Conhecer harmonia 5
Conhecer história da música 5
Tocar em grandes grupos (orquestra/banda) 5
Tocar musica de câmara 5
195
O professor valoriza a grande maioria dos itens, classifica como de maior importância:
exercícios respiratórios, literatura solo e orquestral, conhecer harmonia e história música, tocar
em grandes grupos e música de câmara, conhecer a literatura específica e conhecimentos gerais.
Ainda valoriza bastante, mas classifica como 4, vibração labial e improvisação. Somente dois
itens classifica como de importância mediana, ouvir trombonistas renomados e outros
instrumentos. Não classifica nenhum item como de pouca ou nenhuma importância.
Questão 9:
Fundamental importância 5
Quanto mais variado melhor 3
Uniformizo a utilização entre os alunos 1
Procuro sempre me atualizar 5
Nunca pensei sobre a utilização deste material (não respondeu)
Utilizo os mesmos que estudei 3
O professor valoriza muito a utilização de métodos e/ou materiais de apoio, sempre refletindo
sobre o assunto e buscando se atualizar. Não acredita na uniformização de sua utilização e que a
variedade de material tem uma importância relativa. Utiliza-se em parte dos mesmos materiais
que estudou.
Questão 10:
É escolhido de um programa ( existe uma lista pré-determinada para cada semestre)
Escolha mútua (professor e aluno em comum acordo)
Quanto ao repertorio afirma que é uma escolha mútua entre aluno e professor de um programa
pré-determinado.
Professor 12
Titulação: Mestre. Idade: 54 anos. Experiência como professor: 30 anos.
Questão 2:
9-Explicação verbal do professor
8-Expressividade
7-Ritmo
6-Performance do professor demonstrando como fazer
5-Afinação
4-Sonoridade
3-Reforço positivo da performance
2-Reforço negativo da performance
1-Performance do aluno e suas dúvidas
O professor é o que mais valoriza a expressividade, mais que todos os itens técnicos (somente
ele e o professor 18 classificaram a expressividade como mais importante que todos os itens
técnicos). Demonstra que sua prática pedagógica é baseada na sua pessoa, aponta a explicação
verbal e sua própria performance entre os 4 itens mais importantes. Vale ressaltar que classifica
que o professor aponta como o item com menos importância a performance do aluno e suas
dúvidas, mais um vez corroborando com a ideia de que sua prática esta centrada em sua pessoa.
Classifica os itens técnicos como de mediana importância, o ritmo como mais importante dentre
eles, entretanto diferente da maioria dos seus colegas que apontam a afinação. Tanto o reforço
positivo como o negativo ficam no final da classificação demonstrando pouco ou nenhuma
importância, junto com a performance e dúvidas dos alunos.
Questão 3:
196
6-Rotina/aquecimento
5-Musicalidade
4-Afinação
3-Ritmo
2-qualidade do som
1-Estilo/gênero
Os dois itens mais valorizados pelo professor são, respectivamente, rotina/aquecimento e
musicalidade. São seguidos dos itens técnicos afinação, ritmo e qualidade do som. Sendo o
menos valorizado estilo/gênero.
Somente por esta classificação não podemos tirar suposições confiáveis. O posicionamento
como itens mais importantes a rotina/aquecimento e musicalidade nos permite chegar a uma
conclusão.
Questão 4:
Ritmo 5
Afinação 5
Reforço positivo da performance 5
Reforço negativo da performance 4
Questionamento do estudante 3
Estilo/gênero 3
Rotina/aquecimento 4
Os três itens mais valorizados pelo professor são, respectivamente: aquecimento, exercícios
melódicos e literatura. Por esta classificação, podemos supor que o professor acredite que a
rotina de seu aluno deva priorizar às questões estéticas, mesmo o aquecimento estando no topo
da lista. Estamos supondo tal fato, por compreendermos que o professor valoriza o aquecimento
como um meio de preparação física eficaz importante para a performance, o que nos parece que
mais considere no resultado final do aluno.
Questão 8:
Exercícios preparatórios 5
Vibração labial( buzzing, abelhinha, besourinho etc) 3
Improvisação 3
Literatura solo 3
Literatura orquestral 2
Ouvir trombonistas renomados 4
197
Os itens que o professor mais valoriza são: exercícios respiratórios, ouvir trombonistas
renomados e outros instrumentos, conhecer harmonia, história da música, a literatura específica
e conhecimentos gerais. Seguido de tocar em grandes grupos e grupos de câmara. Os itens que
considera com importância mediana são vibração labial, literatura solo e improvisação. Somente
valoriza pouco a literatura orquestral.
Questão 9:
Fundamental importância 5
Quanto mais variado melhor 4
Uniformizo a utilização entre os alunos 4
Procuro sempre me atualizar 5
Nunca pensei sobre a utilização deste material 4
Utilizo os mesmos que estudei 4
O professor valoriza a utilização de métodos e/ou materiais de apoio, entretanto admite quase
nunca pensar sobre o assunto e contraditoriamente afirma que busca se atualizar. Acredita que
este material deva ser variado e que uniformiza sua utilização entre os alunos.
Questão 10:
É escolhido de uma programa (existe uma lista pré-determinada para cada semestre)
Podem tocar música popular
Quanto ao repertório afirma que é uma escolha mútua entre aluno e professor de um programa
pré-determinado. Complementa que podem tocar música popular.
Professor 13
Titulação: Mestre. Idade: 41 anos. Experiência como professor 18 anos.
Questão 2:
9-Performance do aluno e suas dúvidas
8-Explicação verbal do professor
7-Ritmo
6-Afinação
5-Sonoridade
4-Reforço positivo da performance
3-Expressividade
2-Performance do professor demonstrando como fazer
1-Reforço negativo da performance
Parece-nos que, em sua prática pedagógica, o professor valoriza bastante a relação
professor/aluno. Classifica como mais importante a performance e dúvidas dos aluno sendo
seguido de sua própria explicação verbal, chegamos a tal conclusão por este itens estarem no
juntos topo da lista.
Em seguida classifica os itens técnicos, como o professor anterior, o ritmo é o mais importante
dentre eles, seguido da afinação e sonoridade, respectivamente. Logo depois das questões
técnicas classifica o reforço positivo da performance que, embora aparentemente classificada
como de importância mediana, entendemos ter relação ainda com a relação professor/aluno,
198
Os itens que o professor mais valoriza em sua explicação verbal são técnicos (ritmo e afinação),
rotina/aquecimento e estilo/gênero, todos este classifica como 5. Também valoriza o reforço
positivo da performance, atribuindo 4. Assim, entendemos que professor compreende que a
função das suas explicações verbais seja a de orientar e corrigir as questões técnicas, afinação e
ritmo, juntamente com a rotina/aquecimento, podemos até supor que considere que um
complemente o outro. Entretanto, também deve estimular ao aluno na realização e
aperfeiçoamento deste estudo e rotina.
Atribui importância mediana ao estilo/gênero em suas explicações verbais. Assim, podemos
supor que o professor entenda que o aluno ter tal conhecimento de forma inata ou desenvolvê-lo
de outra forma que não por suas explicações ou demonstrações. Ainda devemos ressaltar que o
item que menos valoriza é o reforço negativo da performance.
Questão 5 e 6: O professor acredita que deva ser diária com mais de 4 horas por dia.
Questão 7:
Literatura (solo e/ou orquestral) 2
Aquecimento 4
Rotina( exercícios diários: flexibilidade, nota longa etc) 5
Exercícios melódicos 3
Exercícios preparatórios (Buzzing, respiratório etc) 1
Como os outros professores, notamos que valoriza a técnica. As questões técnicas, rotina e
aquecimento respectivamente, são os itens mais valorizadas pelo professor na rotina do aluno.
São seguidas pelos exercícios melódicos e a literatura. O professor ainda classifica como menos
ou se nenhuma importância os exercícios preparatórios. Notamos mais uma vez a grande
199
valorização do professor pela técnica ficando as questões estéticas entre as com importância
mediana.
Questão 8:
Exercícios preparatórios 3
Vibração labial( buzzing, abelhinha, besourinho etc) 3
Improvisação 4
Literatura solo 5
Literatura orquestral 5
Ouvir trombonistas renomados 3
Ouvir outros instrumentos 2
Conhecer harmonia 5
Conhecer história da música 5
Tocar em grandes grupos (orquestra/banda) 5
Tocar musica de câmara 5
Conhecer a literatura específica do trombone 4
Conhecimentos gerais 3
O professor considera como mais importante na rotina de estudo dos seus alunos: literatura solo
e orquestral, conhecer harmonia e história da música, tocar em grandes grupos e de câmara.
Seguindo em ordem de importância: improvisação e conhecer a literatura específica. Acredita
que exercícios respiratórios, vibração labial, ouvir trombonistas renomados e conhecimentos
gerais tem importância mediana. Somente ouvir outros instrumentos considera ter pouca
importância.
Questão 9:
Fundamental importância 5
Quanto mais variado melhor 3
Uniformizo a utilização entre os alunos 5
Procuro sempre me atualizar 5
Nunca pensei sobre a utilização deste material 1
Utilizo os mesmos que estudei 3
O professor valoriza a utilização de métodos e/ou materiais de apoio, reflete e busca se atualizar
sobre o assunto. Afirma que da relativa importância à variedade deste material, porém
uniformiza sua utilização entre os alunos. Utiliza-se em parte do mesmo material que estudou.
Questão 10:
É escolhido de um programa (existe um lista pré-determinado para cada semestre)
Não existe uma regra
Podem tocar música popular
Professor 14
Titulação: Doutor. Idade: 46 anos. Experiência como professor 19 anos.
Questão 2:
9-Explicação verbal do professor
8-Performance do professor demonstrando como fazer
7-Performance do aluno e suas dúvidas
6-Afinação
5-Ritmo
200
4-Sonoridade
3-Reforço positivo da performance
2-Expressividade
1-Reforço negativo
O professor parece que valoriza a relação professor /aluno. Entretanto, diferente do anterior,
entendemos que compreende que nesta relação o professor e seus conhecimentos são mais
importantes. Nota-se que os
dois itens mais importantes, segundo o professor, são a sua explicação verbal e sua performance
demonstrando como fazer, seguido da performance e dúvidas dos alunos. Ainda podemos
acrescentar que classifica o reforço positivo com importância mediana.
As questões técnicas situam-se bem no meio da lista, sendo a afinação o item técnico mais
importante, seguido do ritmo e da sonoridade. A expressividade junto com o reforço negativo
formam classificados, pelo professor, como os dois itens com menos importância.
Questão 3:
6-Estilo/gênero
5-Ritmo
4-Afinação
3-Musicalidade
2-Rotina/aquecimento
O item mais valorizado pelo professor é o estilo/gênero, seguido dos itens técnicos, ritmo e
afinação. Os menos valorizados são musicalidade e rotina/aquecimento. O item qualidade do
som não foi classificado. Somente com esta classificação não podemos ter nenhuma suposição.
Embora estilo/gênero seja o mais valorizado, musicalidade é o segundo pior classificado, entre
os itens técnicos, ritmo e afinação e rotina/aquecimento. Deste modo, a classificação nos
pareceu confusa carecendo de maiores esclarecimentos.
Questão 4:
Ritmo: não respondeu
Afinação 4
Reforço positivo da performance 2
Reforço negativo da performance 1
Questionamento do estudante 5
Estilo/gênero 3
Rotina/aquecimento: não respondeu
Questionamento do estudante 5
Estilo/gênero 3
Rotina/aquecimento: não respondeu
Notamos uma grande preocupação com a preparação física do aluno, pelas respostas do
professor. Classifica como os itens que mais valoriza, respectivamente, os exercícios
respiratórios e aquecimento, seguidos pela a rotina. Os itens com menos ou nenhuma
importância são os estéticos: exercícios melódicos e literatura, respectivamente. Deste modo,
podemos supor que o professor mais valoriza a técnica, com destaque aos exercícios de
preparação física.
Questão 8:
Exercícios preparatórios 2
Vibração labial( buzzing, abelhinha, besourinho etc) 1
Improvisação (não respondeu)
Literatura solo 5
Literatura orquestral (não respondeu)
Ouvir trombonistas renomados 3
Ouvir outros instrumentos (Não respondeu)
Conhecer harmonia (não respondeu)
Conhecer história da música (não respondeu)
Tocar em grandes grupos (orquestra/banda) (não respondeu)
Tocar musica de câmara (não respondeu)
Conhecer a literatura específica do trombone 4
Conhecimentos gerais (não respondeu)
O professor classificou somente 5 itens, criando uma ordem de importância. Assim classificou,
do que mais valoriza para o que menos valoriza: literatura solo, conhecer a literatura específica,
ouvir trombonista renomados, exercícios respiratórios e vibração labial.
Questão 9:
Fundamental importância 5
Quanto mais variado melhor 5
Uniformizo a utilização entre os alunos (não respondeu)
Procuro sempre me atualizar 5
Nunca pensei sobre a utilização deste material (não respondeu)
Utilizo os mesmos que estudei (não respondeu)
Outro: varia de aluno para aluno
O professor só respondeu alguns itens, afirmando que valoriza a utilização de métodos e/ou
material de apoio. Acredita que deva ser variado e que atribui importância relativa a utilização.
Porém complementa que esta utilização varia para cada aluno.
Questão 10:
É escolhido de um programa (existe uma lista pré-determinada)
Eu escolho
O aluno escolhe
Escolha mútua (professor e aluno em comum acordo)
Podem tocar música popular
Outro: o aluno pode trazer o material que ele se interesse
202
Quanto ao repertório afirma que é uma escolha mútua entre aluno e professor de um programa
pré-determinado. Complementa que podem tocar música popular e que o aluno sugere o
repertório que lhe interessa.
Professor 15
Titulação: Mestre. Idade: 28 anos. Experiência como professor: 6 anos.
Questão 2:
9-Explicação verbal do professor
8-Sonoridade
7-Performance do aluno e suas dúvidas
6-Ritmo
5-Afinação
4-Expressividade
3-Performance do professor demonstrando como fazer
2-Reforço negativo da performance
1-Reforço positivo da performance
O professor classifica como mais importante a sua explicação e o terceiro item mais importante
a performance do aluno e suas dúvidas. Deste modo, como o professor anterior, entendemos que
compreenda que a relação professor/aluno é importante, mas que sua posição de professor é a de
passar seus conhecimentos. Vale ressaltar que podemos supor que entenda que esta transmissão
de conhecimento se dê de forma, primordialmente, verbal, pois, classifica a sua própria
performance como dos itens com menos importância.
As questões técnicas são apontadas como de importância mediana juntando-se a elas a
expressividade. Vale ressaltar que atribui muita importância à sonoridade, sendo este o item
classificado com o segundo de maior importância, destacando-se dos demais. Outra observação
importante, é que este professor foi um dos dois professores que classificou o reforço negativo
sendo mais importante que o positivo. Embora lembremos que estes foram os dois itens no final
da lista, portanto classificado como de pouca ou nenhuma importância.
Questão 3:
6-Rotina/aquecimento
5-Musicalidade
4-Afinação
3-Ritmo
2-Estilo/gênero
O professor mais valoriza qualidade do som e rotina/aquecimento, respectivamente, seguidos
de musicalidade, ritmo e afinação. O item menos valorizado é estilo/gênero. De acordo com a
classificação podemos supor que o professor da grande importância a questões técnicas com
destaque a rotina/aquecimento, ou seja, numa série de exercícios para a manutenção da técnica.
Vale ressaltar que o professor classifica no meio da sua lista a musicalidade e em último
estilo/gênero, portanto seu posicionamento quanto a questões estéticas parece-nos um pouco
dúbio. Deste modo, podemos supor que ou o professor credite pouca importância as questões
estéticas ou não tem um posicionamento definido.
Questão 4:
Ritmo 4
Afinação 4
Reforço positivo da performance 5
Reforço negativo da performance 2
Questionamento do estudante 4
Estilo/gênero 3
Rotina/aquecimento 5
203
O único item que o professor atribui importância máxima foi reforço positivo. Todavia
podemos notar que ainda atribui importância, com 4, às questões técnicas (ritmo e afinação) e
ao questionamento do estudante. Assim, entendemos que o professor compreenda que a sua
função é de estimular, corrigir e sanar dúvidas específicas dos alunos, dando um tratamento
individualizado, onde a experiência do aluno é de grande valia no processo de ensino. Por outro
lado, não acredita que estilo/gênero seja importante em sua explicações, atribuindo importância
mediana 3, talvez acreditando que isto seja inato ou que o aluno deva desenvolver por outro
meio.
Questão 5 e 6: Nas duas questões o professor assinala respostas que são exatamente
complementares. Afirma que a rotina deva ser diária e de 5ou 6 vezes por semana. O mesmo
ocorre quanto à duração, responde que deva ser de mais de 4 horas e de 3 a 4 horas por dia.
Questão 7:
Literatura (solo e/ou orquestral) 5
Aquecimento 3
Rotina( exercícios diários: flexibilidade, nota longa etc) 4
Exercícios melódicos 2
Exercícios preparatórios (Buzzing, respiratório etc) 1
Os itens que o professor mais valoriza são: exercícios respiratórios, vibração labial, literatura
solo e orquestral, ouvir trombonistas renomados e tocar em grandes grupos e de câmara.
Seguindo em valorização conhecer harmonia e história da música. Acredita ter importância
mediana: improvisação, ouvir outros instrumentos e conhecimentos gerais. Nenhum dos itens
relacionados acredita ter pouca ou nenhuma importância.
Questão 9:
Fundamental importância 4
Quanto mais variado melhor 4
Uniformizo a utilização entre os alunos 4
204
O professor não atribui importância máxima a nenhum item, os que mais valoriza atribui 4 na
escala de 1 a 5. Deste modo o professor valoriza a utilização de métodos e/ou matérias de apoio
e que este material deve ser variado, procura se atualizar e refletir sobre o tema. Ainda
complementa que se utiliza dos mesmos que estudou e que acha de importância mediana a
uniformização.
Questão 10:
É escolhido de um programa (existe uma lista pré-determinada para cada semestre)
Escolha mútua ( professo e aluno em comum acordo
Não existe uma regra
Professor 16
Titulação: Mestre. Idade: 51 anos. Experiência como professor: 27 anos.
Questão 2:
9-Performance do professor demonstrando como fazer
8-Performance do aluno e suas dúvidas
7-Sonoridade
6-Afinação
5-Ritmo
4-Expressividade
3-Explicação verbal do professor
2-Reforço negativo da performance
1-Reforço positivo da performance
Nota-se que a prática pedagógica deste professor é centrada nas performances, tanto sua quanto
de seu aluno. Parece-nos que o professor compreende que a relação professor/aluno e a
transmissão de conhecimento é feita através das performances de ambos. Vale apontar que o
professor aponta a sua explicação verbal como um dos itens de menor importância.
O professor compreende com importância menor as questões estéticas. Aponta a sonoridade
como o item técnico mais importante seguido da afinação e ritmo. A expressividade surge na
lista logo após estas questões técnicas parecendo-nos que entende estas como um conjunto,
embora a expressividade tenha menor importância.
Mais uma vez os reforços positivos e negativos foram classificados como os de menor ou
nenhuma importância. Sendo que classifica o reforço negativo como mais importante que o
positivo, assim como o professor anterior.
Questão 3:
6-Musicalidade
5-Rotina/aquecimento
4-qualidade do som
3-Afinação
2-Ritmo
1-Estilo/gênero
O item que o professor mais valoriza é a musicalidade, seguida da rotina/aquecimento e
qualidade do som. As questões puramente técnicas aparecem logo após, afinação e ritmo. O que
menos valoriza é estilo/gênero. Deste modo, acreditamos que entende a estética ser mais
205
importante que a técnica. Podemos até mesmo supor que entenda que a rotina/aquecimento não
deva ser separada das questões estéticas. Todavia, a classificação de estilo/gênero como o que
menos valoriza, possa ser por entender que o aluno deva procurar seu próprio caminho estético,
desprendendo-se de padrões. Embora entendamos que musicalidade e estilo/gênero são dois
itens correlacionados.
Questão 4:
Ritmo 2
Afinação 3
Reforço positivo da performance 1
Reforço negativo da performance: não respondeu
Questionamento do estudante 5
Estilo/gênero: não respondeu
O professor atribui maior importância aos itens: questionamento do estudante e
rotina/aquecimento, respectivamente 5 e 4. Portanto, podemos supor que o professor entenda
que a função de suas explicações seja a de orientar o aluno em seu dia a dia, como um tutor, de
modo individualizado. As questões técnicas (ritmo e afinação) surgem como de importância
mediana. O item reforço positivo aparece como o de menor importância. Os itens estilo/gênero e
reforço negativo não foram classificados pelo professor.
Questão 5 e 6: O professor acredita que a rotina deva ser de 5 ou 6 vezes semanais com duração
diária de 2 ou 3 horas e que deve-se observar a condição muscular do aluno.
Questão 7:
Literatura (solo e/ou orquestral) 1
Aquecimento 4
Rotina( exercícios diários: flexibilidade, nota longa etc) 3
Exercícios melódicos 2
Exercícios preparatórios (Buzzing, respiratório etc) 5
O professor foi o único que classificou os exercícios preparatórios como o item que mais
valoriza, ainda seguindo aponta o aquecimento e a rotina, respectivamente. Os itens que menos
valoriza são os estéticos:exercícios melódicos e literatura respectivamente. Aqui o professor
aponta que o que mais valoriza na rotina de seus alunos são as questões técnicas, dando
destaque a preparação física, e que a literatura tem pouca ou nenhum importância na formação
do aluno. Nas questões anteriores valoriza às questões estéticas.
Questão 8:
Exercícios preparatórios 5
Vibração labial( buzzing, abelhinha, besourinho etc) 3
Improvisação 2
Literatura solo 5
Literatura orquestral 5
Ouvir trombonistas renomados 5
Ouvir outros instrumentos 4
Conhecer harmonia 4
Conhecer história da música 4
Tocar em grandes grupos (orquestra/banda) 5
Tocar musica de câmara 5
Conhecer a literatura específica do trombone 4
Conhecimentos gerais 5
O professor valoriza quase todos os itens relacionados. Entretanto os itens que mais valoriza,
dando importância máxima são: exercícios respiratórios, literatura solo e orquestral,
206
conhecimentos gerais, tocar em grandes grupos e de câmara. Ainda classificou com grande
importância, porém com menos que os itens anteriores: ouvir outros instrumentos, conhecer
harmonia, história da música e a literatura específica. Somente vibração lábia acredita ter
importância media e não valoriza a improvisação.
Questão 9:
Fundamental 5
Quanto mais variado melhor 4
Uniformizo a utilização entre os alunos 2
Procuro sempre me atualizar (não respondeu)
Nunca pensei sobre a utilização deste material 5
Utilizo os mesmos que estudei 3
O professor valoriza a utilização de métodos e/ou materiais de apoio, buscando sempre se
atualizar. Acredita que este material deva ser variado e que não deva ser uniformizada sua
utilização. Utiliza-se, em parte, dos mesmo que estudou.
Questão 10
É escolhido de um programa (existe uma lista pré-determinada para cada semestre)
Eu escolho
Escolha mútua (professor e aluno em comum acordo)
Podem tocar música popular
Quanto ao repertório afirma que é uma escolha mútua entre aluno e professor de um programa
pré-determinado. Complementa que podem tocar música popular.
Professor 17
Titulação: Doutor. Idade: 49 anos. Experiência como professor: 10 anos.
Questão 2:
9-Afinação
8-Sonoridade
7-Explicação verbal do professor
6-Reforço positivo da performance
5-Performance do aluno e suas dúvidas
4-Reforço negativo da performance
Rotina/aquecimento 4
O professor não atribui importância máxima a nenhum dos itens, só classifica de 4 até 2. Fato
não verificado em nenhum outro professor, talvez isto seja sinal que valorize menos a sua
explicação verbal que poderíamos supor. Porém as classificações mais altas (4) são atribuídas às
questões técnicas (ritmo e afinação) , reforço positivo e rotina/aquecimento. Assim
compreendemos que o professor entenda que suas explicações tem importância no estímulo ao
estudo do aluno, principalmente das questões técnica por meio da sua rotina/aquecimento.
Ainda atribui importância mediana ao questionamento do estudante e a estilo/gênero,
demonstrando que não entenda que o processo não seja necessariamente individualizado e que
questões ligadas à musicalidade devam ser buscadas de outras formas que não suas explicações.
Questão 5 e 6: O professor acredita que a rotina deva ser diária observando-se sobrecargas. A
duração deve ser de acordo com o objetivo e disponibilidade do aluno.
Questão 7:
Literatura (solo e/ou orquestral) 2
Aquecimento (não respondeu)
Rotina( exercícios diários: flexibilidade, nota longa etc) 5
Exercícios melódicos 4
Exercícios preparatórios (Buzzing, respiratório etc) 1
Outro: prática musical em conjunto
Como alguns outros o professor intercala itens técnicos com estéticos. Acredita que a rotina, os
exercícios melódicos e o aquecimento, respectivamente, são os itens mais importantes nos
estudos dos seus alunos. Mesmo a literatura sendo o segundo item menos valorizado, podemos
supor que a performance seja importante para o professor. A maneira como classifica os itens,
sendo os exercícios melódicos o segundo mais valorizado, faz-nos acreditar que tal classificação
seja fruto de uma preocupação em preparar e desenvolver todas as habilidades, técnicas e
estéticas, do aluno para a literatura.
Questão 8:
Exercícios preparatórios 2
Vibração labial( buzzing, abelhinha, besourinho etc) 1
Improvisação 2
Literatura solo 4
Literatura orquestral 2
Ouvir trombonistas renomados 4
Ouvir outros instrumentos 4
Conhecer harmonia 3
Conhecer história da música 3
Tocar em grandes grupos (orquestra/banda) 5
Tocar musica de câmara 5
Conhecer a literatura específica do trombone 5
Conhecimentos gerais 4
Os itens que o professor mais valoriza são: conhecer a literatura específica, tocar em grandes
grupos e de câmara. Seguidos de literatura solo, ouvir trombonistas renomados e outros
instrumentos e conhecimentos gerais. Acredita que conhecer harmonia e história da música ter
importância mediana. Não valoriza vibração labial, improvisação e literatura orquestral.
Questão 9:
Fundamental importância 3
208
O professor não atribui importância máxima a nenhum dos itens. Acredita que os métodos e/ou
materiais de apoio tem importância mediana e que não devem ser variados. Afirma que reflete e
procura se atualizar, embora acredite em uma importância relativa. Acredita que sua utilização
não deva ser uniformizada.
Questão 10:
Escolha mútua (professor e aluno em comum acordo)
Podem tocar música popular
Quanto ao repertório afirma que é uma escolha mútua entre aluno e professor. Complementa
que podem tocar música popular.
Professor 18
Titulação: Mestre. Idade: 41 anos. Experiência como professor: 18 anos.
Questão 2:
9-Performance do aluno e suas dúvidas
8-Explicação verbal do professor
7-Performance do professor demonstrando como fazer
6-Expressividade
5-Ritmo
4-Afinação
3-Reforço positivo da performance
2-Reforço negativo
1-Sonoridade
Observa-se que o professor, em suas práticas pedagógicas, valoriza a relação professor/aluno,
sendo este relacionamento centrado no aluno. Classifica como mais importante a performance e
dúvidas dos alunos, seguido de sua explicação e performance como itens mais importantes.
Logo após estes itens considera a expressividade o mais importante. Vale notar que este
professor, junto com o professor 12, classifica a expressividade como mais importante que todos
os outros itens técnicos.
Classifica os itens técnicos, ritmo e afinação, de importância mediana. Importante ressaltar que
o outro item técnico, sonoridade, avalia-o como sendo o menos importante ou sem importância
alguma. Os outros itens com pouca importância são os reforços positivo e negativo
respectivamente.
Questão 3:
6-Ritmo
5-Afinação
4-qualidade do som
3-Musicalidade
2-Estilo/gênero
1-Rotina/aquecimento
Os itens técnicos são os mais valorizados por este professor, respectivamente: ritmo, afinação e
qualidade do som. Estes são seguidos por musicalidade e estilo/gênero, sendo o menos
valorizado rotina/aquecimento.
209
O professor acredita que sua explicação verbal tem maior importância na correção/adequação
das questões técnicas (ritmo e afinação, respectivamente 5 e 4). Ao questionamento do
estudante acredita ter importância mediana. Demonstrando que o professor acredite que a
função de suas explicações verbais tenha grande importância na correção de questões técnicas, e
que esta é necessariamente individual e específica. Ainda da pouca importância à
rotina/aquecimento e ao estilo/gênero. Vale ressaltar que o professor não classificou os reforços
positivo e negativo, talvez por não acreditar que seja seu papel estimular o aluno e seu estudo.
Questão 5 e 6: O professor acredita que a rotina depende da carga de estudo e/ou trabalho do
aluno e que sua duração depende de seu nível, experiência, condição física e psicológica, ou
seja, inúmeros fatores.
Questão 7:
Literatura (solo e/ou orquestral) 4
Aquecimento 3
Rotina( exercícios diários: flexibilidade, nota longa etc) 1
Exercícios melódicos 5
Exercícios preparatórios (Buzzing, respiratório etc) 2
O professor foi o único que classificou os exercícios melódicos como o item mais valorizado e
ainda foi seguido da literatura. Esta classificação demonstra a grande importância que dada pelo
professor à performance, fazendo-nos supor que acredita que o estudo dos exercícios melódicos
seja o principal caminho para desenvolver as habilidades necessárias para a literatura.
Quanto aos itens técnicos classifica com a seguinte ordem de importância: aquecimento,
exercícios preparatórios e rotina. Assim notamos uma preocupação do professor com o preparo
físico do aluno, sendo a rotina o item com menos ou nenhuma importância, com menos
importância que o aquecimento e os preparatórios, que podemos supor com importância
mediana.
Questão 8:
Exercícios preparatórios 2
Vibração labial( buzzing, abelhinha, besourinho etc) 2
Improvisação 1
Literatura solo 5
Literatura orquestral 5
Ouvir trombonistas renomados 1
Ouvir outros instrumentos 1
Conhecer harmonia 3
Conhecer história da música 3
210
Os itens que o professor mais valoriza são: literatura solo e orquestral, tocar em grupos de
câmara e conhecer a literatura especifica. Estes itens são seguidos na ordem de importância por
tocar em grandes grupos. Os itens que considera ter uma importância mediana são: conhecer
harmonia e história da música. Não valoriza: exercícios respiratórios e vibração labial. Ainda
considera sem importância: improvisação, ouvir trombonistas renomados e outros instrumentos
e conhecimentos gerais.
Questão 9:
Fundamental importância 5
Quanto mais variado melhor 4
Uniformizo a utilização entre os alunos 4
Procuro sempre me atualizar 4
Nunca pensei sobre a utilização deste material 1
Utilizo os mesmos que estudei 3
Quanto ao repertório afirma que é uma escolha mútua entre aluno e professor de um programa
pré-determinado. Complementa que podem tocar música popular.
Professor 20
Titulação: Mestre. Idade: 49 anos. Experiência como professor: 15 anos.
Questão 2:
9-Sonoridade
8-Afinação
7-Ritmo
6-Explicação verbal do professor
5-Performance do professor demonstrando como fazer
4-Performance do aluno e suas dúvidas
3-Expressividade
2-Reforço positivo da performance
1-Reforço negativo da performance
Observamos que o professor considera os itens técnicos como os de maior importância dentre
todos, sendo estes os três de maior importância. Considera a sonoridade sendo o mais
importante, seguido da afinação e do ritmo.
Em relação ao relacionamento professor/aluno considera de importância mediana. Aponta sua
explicação e performance com mais importante que as dúvidas e performance do aluno,
211
demonstrando que entende que tal relacionamento esta centrado no papel do professor como um
transmissor do conhecimento.
A expressividade é classificada como de pouca importância. Os reforços positivos e negativos
aparecem no final da lista, respectivamente, demonstrando que considera com pouco ou
nenhuma importância.
Questão 3:
6-Rotina/aquecimento
5-qualidade do som
4-Afinação
3-Ritmo
2-Musicalidade
1-Estilo/gênero
A rotina/aquecimento é o item que mais atribui importância pelo professor, seguido dos itens
técnicos, respectivamente: qualidade do som, afinação, ritmo. Os itens relacionados à estética,
musicalidade e estilo/gênero, são os menos valorizados.
Pelo grande destaque da rotina/aquecimento seguido dos itens técnicos, podemos supor que, em
sua prática, o professor faça com que a rotina seja repetida em todas as aulas desprovidas de
questionamento estético, e a execução de músicas, se houver, fique somente para alguns poucos
momentos.
Questão 4:
Ritmo 3
Afinação 4
Reforço positivo da performance 2
Reforço negativo da performance 1
Questionamento do estudante: não respondeu
O professor acredita que sua explicação verbal tem maior importância na adequação do
aquecimento/rotina, seguido das questões técnicas (afinação e ritmo respectivamente). Desta
forma, acreditamos que professor entenda que a principal função da sua explicação verbal seja a
construção, adequação e supervisão de uma rotina para o desenvolvimento das habilidades
técnicas dos alunos.
Os itens menos valorizados pelo professor são os reforços positivo. Vale ainda ressaltar que o
professor não classifica o item estilo/gênero, mais uma vez corroborando com as observações
anteriores onde demonstramos a grande valorização da técnica por parte do professor.
Questão 5 e 6: O professor afirma que a rotina deva ser adequada a cada aluno observando-se o
nível técnico e a condição física. Portanto o professor prefere não generalizar.
Questão 7:
Literatura (solo e/ou orquestral) 1
Aquecimento 5
Rotina( exercícios diários: flexibilidade, nota longa etc) 4
Exercícios melódicos 3
Exercícios preparatórios (Buzzing, respiratório etc) 2
Quanto ao repertório afirma que é uma escolha mútua entre aluno e professor.
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