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Autoria: Débora Geraldi

Tema 05
A Educação na Modernidade

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A Educação na Modernidade
Autoria: Débora Geraldi
Como citar esse documento:
GERALDI, Débora. )XQGDPHQWRV)LORVy¿FRVH6RFLROyJLFRVGD(GXFDomR. A Educação na Modernidade. Caderno de Atividades. Valinhos:
Anhanguera Educacional, 2014.

Índice

CONVITEÀLEITURA PORDENTRODOTEMA
Pág. 3 Pág. 3

ACOMPANHENAWEB
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Pág. 13 Pág. 13

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 CONVITEÀLEITURA
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DOXQR WRPH FRQKHFLPHQWR H UHÀLWD DFHUFD GDV FRQWULEXLo}HV GD )LORVR¿D H GD 6RFLRORJLD SDUD D FRPSUHHQVmR GD
(GXFDomR1HVWHWHPDHPHVSHFt¿FRYRFrHQWUDUiHPFRQWDWRFRPRVSULQFLSDLVSHQVDGRUHVGRFDPSRHGXFDFLRQDOQD
0RGHUQLGDGHD¿PGHFRPSUHHQGHUTXDLVIRUDPDVFRQWULEXLo}HVGHFDGDXPSDUDRGHVHQYROYLPHQWRGDSHGDJRJLD
Primeiramente será feita uma contextualização da época, apresentando o Iluminismo e os seus ideais, e em seguida,
serão abordados os ideais da pedagogia iluminista, principalmente advindos de Kant, do naturalismo de Rousseau e
SRU¿PGDVH[SHULrQFLDVGH-RKDQQ+HLQULFK3HVWDOR]]L(VSHUDVHTXHDR¿QDOGHVWHWHPDYRFrWHQKDFRPSUHHQGLGR
como a educação foi concebida para os autores citados, assim como sobre o quanto a educação está em constante
WUDQVIRUPDomRVHPSUHVHUHQRYDQGRD¿PGHDWHQGHUDVGHPDQGDVGDpSRFDHPTXHHVWiLQVHULGD

PORDENTRODOTEMA
A Ed
Educação
ã na M
Modernidade
d id d

A pedagogia no Século XVIII – O Iluminismo e a Educação

O iluminismo foi um Movimento Intelectual que ocorreu durante o século XVIII, na Inglaterra, França, Itália e
Alemanha, e pretendia criar uma nova sociedade, focada na Razão e na Ciência, criticando o dogmatismo e as doutrinas
religiosas tradicionais. De acordo com Marrach (2009, p. 38), “é um pensamento que trabalha com paradoxos e dicotomias:
razão e fé, luzes e sombra, ilustração e ignorância, direitos e privilégios, contrato social e absolutismo etc.”.

O iluminismo trouxe consigo a consagração dos direitos civis e a ideia de renovar uma sociedade que até então colocava
a fé enquanto o elemento central na vida humana. Com o foco na ciência e na razão, o iluminismo passa a oferecer aos
LQGLYtGXRVDSRVVLELOLGDGHGHGHVHQYROYLPHQWRHFRQ{PLFRHVRFLDOD¿PGHTXHRFRUUDXPDVRFLHGDGHPDLVLJXDOLWiULD
e elevada no âmbito cultural (BASSALOBRE, 2010). De acordo com Aranha (2006), essa exaltação em relação à razão

PORDENTRODOTEMA
advém do Renascimento, no processo da secularização da consciência que antes era impregnada pela religiosidade
medieval.

Esse movimento foi permeado pelo debate existente entre empirismo e racionalismo:

No racionalismo, o Iluminismo, encontrou seu método crítico e uma atitude demolidora da tradição, para alcançar
DOX]DFODUH]DHDGLVWLQomRGDUD]mR-iRHPSLULVPRSURSRUFLRQRXSURFHGLPHQWRVVLPSOHVSDUDDFRQVWUXomR
da realidade mediante o mecanicismo e o associacionismo (ZENI, 2010, p.4).

'HIRUPDJHUDOHVVDIUDVHH[SUHVVDSHUIHLWDPHQWHRLGHDOLOXPLQLVWD³&RQTXLVWDUDVDOPDVOLYUiODVGDVVXSHUVWLo}HVH
GRPLWRGDUOKHVDVOX]HVGDUD]mRHGDFLrQFLDHUUDGLFDURREVFXUDQWLVPRFRQVFLHQWL]DUVmRRVREMHWLYRVGR,OXPLQLVPR
HGD3HGDJRJLD´0$55$&+S

No que concerne à educação, Zeni (2010) observa que neste período ocorreu uma ampla potencialização do problema
educativo, o qual foi posto cada vez mais no centro da vida social. A escola aqui desponta como um espaço no qual os
indivíduos irão se constituir enquanto cidadãos, e a proposta do conhecimento/educação para todos os extratos sociais
HUDDIRUPDLGHDOSDUDPHOKRUDUDVRFLHGDGHHWRUQiODPDLVMXVWDFRPSUHHQVLYDHGLJQD%$66$/2%5($TXL
WRUQDVHFODURDSRVLomRGHIHQGLGDSRU0DUUDFKDRD¿UPDUTXHQRWDVHTXHDSHGDJRJLDLOXPLQLVWDVDLGRFDPSR
GR¿ORVy¿FRSDUDHQWUDUQRFDPSRSROtWLFRURPSHQGRFRPDLGHLDGHHGXFDomRHOLWL]DGDHHQFLFORSpGLFDGHL[DQGRGH
ser privilégio de alguns, para se tornar direito de todos.

8PGRVHVIRUoRVSULQFLSDLVGRLOXPLQLVPRIRLWRUQDUDHVFRODOHLJDHIXQomRGR(VWDGRUHFRPHQGDQGRVHDLQGDTXH
utilizassem as línguas vernáculas ao invés do latim, assim como, a predominância de uma pedagogia mais prática,
IRFDQGRDVFLrQFLDVWpFQLFDVHRItFLRVHPGHWULPHQWRGRHVWXGRHVWULWDPHQWHGDVFLrQFLDVKXPDQDV$5$1+$

6mR RV ,OXPLQLVWDV GH IDWR TXH GHOLQHLDP XPD UHQRYDomR GRV ¿QV GD HGXFDomR EHP FRPR GRV PpWRGRV H
GHSRLVGDVLQVWLWXLo}HVHPSULPHLUROXJDUGDHVFRODTXHGHYHUHRUJDQL]DUVHVREUHEDVHVHVWDWDLVHVHJXQGR
¿QDOLGDGHVFLYLVGHYHQGRSURPRYHUSURJUDPDVGHHVWXGRUDGLFDOPHQWHQRYRVIXQFLRQDLVSDUDDIRUPDomRGR
homem moderno (mais livre, mais ativo, mais responsável na sociedade) e nutridos de “espírito burguês” (utilitário
HFLHQWt¿FR&$0%,SDSXG=(1,S

De acordo com Zeni (2010) foi na França que o Iluminismo produziu as teorias pedagógicas mais inovadoras e mais
RUJkQLFDV H[SULPLQGR WDPEpP DV VROXo}HV PDLV UDGLFDLV (QWUH RV SULQFLSDLV QRPHV TXH HPERUD QmR HGXFDGRUHV
FRQVLGHUDYDPRHQVLQRFRPRYHtFXORLPSRUWDQWHGDUD]mRQRFRPEDWHDRREVFXUDQWLVPRUHOLJLRVRSRGHVHFLWDU'LGHURW
'¶$OHPEHUW9ROWDLUH+HOYHWLXVH5RXVVHDXRTXDOVHUiDSUHVHQWDGRFRPPDLVGHWDOKHVDVHJXLU


 PORDENTRODOTEMA
A pedagogia de Rousseau

Entre as principais obras de Jean-Jacques RousseauGHVWDFDPVH³'LVFXUVRVREUHDRULJHPGDGHVLJXDOGDGH

entre os homens”, “Do Contrato Social” e “Emílio ou da Educação”. De acordo com Aranha (2006), Rousseau ocupou um
SDSHOGHGHVWDTXHQD¿ORVR¿DSROtWLFDYLVWRTXHVXDVREUDVDQWHFLSDPRLGHiULRGDRevolução Francesa, assim como
no campo educacional, visto que seu pensamento irá constituir um marco na pedagogia contemporânea.

Basicamente, sua teoria política parte do pressuposto de que o indivíduo em estado de natureza é bom, mas com o tempo,
a sociedade o corrompe e elimina sua liberdade. Dessa forma ele prevê a existência de um pacto social, que institua um
governo que não resulte na submissão do povo a ele, defendendo assim, a democracia direta: os governantes apenas
executam a vontade do povo. O cidadão para Rousseau é um ser ativo, autônomo e soberano e seria pela educação
TXHVHDOFDQoDULDDVREHUDQLDSRSXODU$5$1+$

&RVWXPDVH GL]HU TXH 5RXVVHDX SURYRFRX XPD UHYROXomR FRSHUQLFD QD SHGDJRJLD DVVLP FRPR Copérnico
inverteu o modelo astronômico, retirando a Terra do centro, Rousseau centralizou os interesses pedagógicos
QRDOXQRHQmRPDLVQRSURIHVVRU0DLVTXHLVVRUHVVDOWRXDHVSHFL¿FLGDGHGDFULDQoDTXHQmRGHYLDVHUPDLV
HQFDUDGDFRPRXPDGXOWRHPPLQLDWXUD$5$1+$S

'HVVDIRUPDSRGHVHFRPSUHHQGHUDLPSRUWkQFLDTXH5RXVVHDXSRVVXLSDUDDHGXFDomRUHWLUDQGRRIRFRGDIRUPDomR
GRLQGLYtGXRSDUD'HXVSDUDFRORFiORQDIRUPDomRGRLQGLYtGXRSDUDVLPHVPR(PHGLDQWHLVVRDHGXFDomRDJRUD
passa a ser centrada nos interesses do aluno e não mais no do professor. Em sua obra sobre a Educação, “Emílio” o
DXWRUUHVVDOWDDLPSRUWkQFLDGHVHEXVFDUDVXDYHUGDGHLUDQDWXUH]DRXVHMDDVXDYRFDomR(OHFRQVLGHUDLPSRUWDQWH
GRLVWLSRVGHHGXFDomR$5$1+$

‡ Educação Natural

1D SHGDJRJLD QDWXUDOLVWD GH 5RXVVHDX GHYHVH EXVFDU D HVSRQWDQHLGDGH RULJLQDO OLYUH GD HVFUDYLGmR DRV KiELWRV
H[WHULRUHV JDUDQWLQGR TXH R LQGLYtGXR VHMD DXW{QRPR GRQR GH VL PHVPR$ HGXFDomR QDWXUDO SURFXUDVH DIDVWDU GR
LQWHOHFWXDOLVPRIRUoDGRYLVWRTXHDVSHVVRDVWDPEpPSRVVXHPVHQWLGRVHPRo}HVLQVWLQWRVHVHQWLPHQWRVRVTXDLV
são até mesmo anteriores ao pensar.

‡ Educação Negativa

3RUVHUGHVFRQ¿DGRGDVRFLHGDGHH[LVWHQWH5RXVVHDXDFUHGLWDYDVHULPSRUWDQWHRSUHFHSWRUDIDVWDUDFULDQoDGRPXQGR
FRUURPSLGRDEVWHQGRVHGHDERUGDUTXHVW}HVFRPRDYLUWXGHHDYHUGDGHD¿PGHQmRFULDUSUHFRQFHLWRVHKiELWRVTXH
LPSHoDPRÀRUHVFLPHQWRHVSRQWkQHRGDQDWXUH]DGDFULDQoD

PORDENTRODOTEMA
'HPRGRJHUDOSDUD5RXVVHDXRSURIHVVRUQmRGHYHLPSRURVDEHUDFULDQoDPDVHPFRQWUDSDUWLGDQmRSRGHGHL[iOD
por si só: é necessário haver um equilíbrio.

$SUHQGHQGRDFRQWURODUVHQRPXQGRItVLFRHQDVUHODo}HVFRPDVSHVVRDVDRVDQRVFRPHoDSDUDRMRYHP
a educação moral propriamente dita. De posse da verdadeira razão, só então ele poderá observar as pessoas e
VXDVSDL[}HVHWDPEpPLQLFLDUDLQVWUXomRUHOLJLRVDSRUTXHIDODUSUHFRFHPHQWHGH'HXVFRPDFULDQoDpDSHQDV
OKHHQVLQDULGRODWULD$5$1+$S

A pedagogia de Rousseau sofreu algumas críticas, ora por ser elitista, ora por defender demais a educação focada no
LQGLYtGXRVHSDUDQGRRGDVRFLHGDGHHPTXHHVWiLQVHULGR1RHQWDQWRFDEHOHPEUDUTXHVXDWHRULDpIHLWDHPFLPDGH
abstração metodológica sobre uma situação ideal, com o intuito de formular sua teoria pedagógica. As críticas também
QmRHOLPLQDPRIDWRGHTXHSDUD$UDQKDHVWH¿OyVRIRpFRQVLGHUDGRXPRSRVLWRUGDHGXFDomRGHVHXWHPSR
DXWRULWiULD H FRP R LQWXLWR GH DGHVWUDU DV FULDQoDV H TXH DEULX FDPLQKR SDUD DV SHGDJRJLDV GR ¿QDO GR VpFXOR ;,;
recuperando as forças originais da criança.

A pedagogia em Kant

,PPDQXHO.DQWIRLRSULQFLSDO¿ORVy¿FRLOXPLQLVWD(VWHDOHPmRIRLUHVSRQViYHOSRUUHYROXFLRQDUDPDQHLUDGHSHQVDU
GHVXDpSRFDDRD¿UPDUVHULPSRVVtYHODH[LVWrQFLDGHXPDUD]mRSXUDLQGHSHQGHQWHGDH[SHULrQFLDDVVLPFRPRR
IDWRGDSUySULDH[SHULrQFLDQmRVHFRQFUHWL]DUVHPDVIRUPDVDSULRULGDUD]mR$5$1+$7DPEpPpUHVSRQViYHO
SRUGHOLQHDUPRGHORVSHGDJyJLFRVLQRYDGRUHVHGHJUDQGHHPSHQKR¿ORVy¿FR$VVLPFRPRSDUD5RXVVHDXSDUD.DQW
RVXMHLWRWDPEpPpFRORFDGRQRFHQWURGDUHQRYDomRSHGDJyJLFD=(1,

Para Kant é através da consciência moral que o ser humano rege sua vida prática, conforme alguns princípios racionais.
Ao mesmo tempo, a lei moral resultará da luta interior entre apreços individuais e o ideal do dever.

.DQWGH¿QHDDXWRQRPLDHPRSRVLomRDKHWHURQRPLDRXVHMDTXDQGRDJLPRVSHQVDQGRRXPRWLYDGRVSRUIDWRUHV
RXFRQVHTXrQFLDVH[WHUQDVHLPHGLDWDVGHQRVVRVDWRVHVHJXLPRVFHUWDVGHWHUPLQDo}HVSRUPHUDLQFOLQDomR
ou interesse estamos sendo, para Kant, heterônomos. Por outro lado, quando decidimos seguir certas regras ou
normas por vontade própria independente de fatores externos e imediatos estamos sendo autônomos. Autonomia,
SRUVXDYH]H[LJHXPDUHÀH[mRFUtWLFDHXPDGHWHUPLQDomRTXHSDUWDGLUHWDPHQWHGRSUySULRLQGLYtGXR&RPLVVR
SRGHVHHQWHQGHUDDXWRQRPLDFRPRDFDSDFLGDGHGHFDGDXPGHJXLDUVHSRUVXDSUySULDUD]mRGHIRUPDFUtWLFD
HUHÀH[LYDLQGHSHQGHQWHGHWHUVHXHQWHQGLPHQWRPRWLYDGRSRUXPDFRHUomRH[WHUQD=(1,S

(VVHFDUiWHUPRUDOpIRUPDGRSHODHGXFDomRHDVVLPHVVH¿OyVRIRGiLQtFLRDXPDSHGDJRJLDULJRULVWDGHVWLQDGDD
formar um homem universal e racional, marcado pelo “caráter” e pelo domínio que nele exerce a racionalidade universal
(ZENI, 2010). Para Kant o indivíduo deve se libertar da tradição e da autoridade.


 PORDENTRODOTEMA
No início, a criança é enviada para escola não para aprender conteúdo, mas sim para que observe o que lhes é
RUGHQDGRD¿PGHTXHHODDSUHQGDDDJLUFRPSODQRVHSHODVXEPLVVmRDVUHJUDV$OLDQGROLEHUGDGHHHGXFDomR.DQW
UHGH¿QLXDUHODomRSHGDJyJLFDRQGHRDOXQRGHYHDSUHQGHUDSHQVDUSRUVLPHVPR$5$1+$³3HQVDUSRUVL
PHVPRVLJQL¿FDSURFXUDUHPVLSUySULRLVWRpQDVXDSUySULDUD]mRDVXSUHPDSHGUDGHWRTXHGDYHUGDGHHDPi[LPD
de pensar sempre por si mesmo é a Ilustração” (ZENI, 2010, p.11).

Assim como Rousseau, Kant também se preocupa com os riscos da idolatria religiosa inculcada nas crianças desde
FHGRVDOLHQWDQGRDVVLPDLPSRUWkQFLDGHXPDHGXFDomRODLFD$UDQKDD¿UPDTXHVHXVSULQFtSLRVGDHGXFDomR
VHUmRUHH[DPLQDGRVQRVpFXOR;;SRUGLYHUVRVSHQVDGRUHVGDiUHDGDHGXFDomR

A pedagogia de Pestalozzi

3RU¿PR~OWLPRSHQVDGRUDVHUHVWXGDGRQHVWHWHPD-RKDQQ+HLQULFK3HVWDOR]]LpXPVXtoRDOHPmRTXHHPERUD
QmRVHMDXP¿OyVRIRLOXPLQLVWDWUDEDOKRXFRPDHGXFDomRQRVpFXOR;9,,,HIRLXPJUDQGHHVWXGLRVRGH5RXVVHDX

De acordo com Zanatta (2012), Pestalozzi elaborou sua proposta pedagógica utilizando de Rousseau a ideia da concepção
da educação como um processo que deve seguir a natureza, assim como, princípios como a liberdade, a bondade inata
do ser e a personalidade individual de cada criança. Para essa autora, as ideias de Pestalozzi demarcam a vertente da
pedagogia tradicional, a chamada Pedagogia Intuitiva, que possui como característica dados sensíveis a percepção e a
REVHUYDomRGRVDOXQRVD¿QDOWRGDDYLGDPHQWDOVHHVWUXWXUDDSDUWLUGRVGDGRVGRVVHQWLGRVGRFRQFUHWR

3DUD3HVWDOR]]LD¿QDOLGDGHGDHGXFDomRVHULDDFXOWLYRGDPHQWHGRVHQWLPHQWRHGRFDUiWHUHRHQVLQRSURPRYHULD
DSHUFHSomRGDVFRLVDVHGRVREMHWRVQDWXUDLVSRUPHLRGRFRQWDWRGLUHWRHGDLQWXLomR2FHQWURGHVVDSHGDJRJLD
é o professor (ZANATTA, 2012). Em relação à religião, o autor é a favor de uma experiência religiosa íntima e não
confessional e, portanto, aquela experiência que não se submete a dogmas e a seitas.

2REMHWLYRSULQFLSDOGH3HVWDOR]]LHUDGHVFREULUOHLVTXHSURSLFLDVVHPRGHVHQYROYLPHQWRLQWHJUDOGDFULDQoDHGHVVD
IRUPDRSHGDJRJRSUHYLDXPDHGXFDomRTXHHQYROYHVVHDOLJDomRGDVGLPHQV}HVLQWHOHFWXDLVSUR¿VVLRQDLVHPRUDLV
Assim como para Rousseau, a criança tem potencialidades inatas que serão desenvolvidas até a maturidade: “semelhante
DXPMDUGLQHLURRSURIHVVRUQmRSRGHIRUoDURDOXQRPDVPLQLVWUDUDLQVWUXomRGHDFRUGRFRPRJUDXGRSRGHUFUHVFHQWH
GDFULDQoD´$5$1+$S

PORDENTRODOTEMA
Segundo Pestalozzi (1946), um dos princípios básicos do ensino consistia no desenvolvimento das capacidades
em sintonia com a aquisição do conhecimento, o que pressupunha a aprendizagem como um processo espontâneo
resultante de uma atividade livre, um produto vivo e original. Para tanto, o professor deveria buscar seu material
QRSUySULRPHLRTXHHQYROYHRDOXQRRXVHMDHPXPDVLWXDomRUHDO=$1$77$S

A principal crítica que se faz à Pedagogia de Pestalozzi é em relação à posição passiva dos alunos, que apenas assimila
RVFRQKHFLPHQWRVWUDQVPLWLGRVRXVHMDRDOXQRQmRDJHVREUHRFRQKHFLPHQWRQmRRLQWHJUDSOHQDPHQWHYLVWRTXH
não o manipulou com as mãos e com o cérebro (ZANATTA, 2012). No entanto, seu trabalho foi considerado inovador,
UHFRQKHFHGRUGDIXQomRVRFLDOGRHQVLQRHH[HUFHXSURIXQGDVLQÀXrQFLDVQD(XURSDH(VWDGRV8QLGRV
UHFRQKHFHGRUGDIXQomRVRFLDOGRHQVLQRHH[HUFHXSURIXQGDVLQÀXrQFLDVQD(XURSDH(VWDGRV8QLGRV

ACOMPANHENAWEB
Iluminismo

‡ O Prof. Rodolfo Neves aborda neste vídeo o movimento intelectual do iluminismo, seu
surgimento, suas características gerais e seus principais pensadores, se aprofundando nos
pensamentos de Rousseau.
Disponível em: <KWWSVZZZ\RXWXEHFRPZDWFK"Y \L947=U5IJ>.

Tempo: 29:21

Educação e Autonomia no Iluminismo

‡ 1HVWHDUWLJRR3URI$OHQFDU%XUDWWR=HQLUHÀHWHVREUHRVLGHDLVGRLOXPLQLVPRDERUGDQGRDOJXQV
GRV ¿OyVRIRV LOXPLQLVWDV H VH DSURIXQGDQGR QD ¿ORVR¿D SUiWLFD GH .DQW H VXDV FRQWULEXLo}HV
para a educação.
Disponível em: <http://www.ucs.br/ucs/tplcinfe/eventos/cinfe/artigos/artigos/arquivos/eixo_tematico9/Educa
cao%20e%20Autonomia%20no%20Iluminismo.pdf>$FHVVRHPMDQ


 ACOMPANHENAWEB
“O legado de Pestalozzi, Herbart e Dewey para as práticas pedagógicas es-
colares”.

‡ 1HVWHWH[WRDDXWRUD%HDWUL]$SDUHFLGD=DQDWWDGLVFRUUHVREUHDVWHRULDVGH3HVWDOR]]L+HUEDUW
e Dewey a respeito da educação e do método de ensino, ressaltando pontos em comum e
diferenças entre as teorias.
Disponível em: <KWWSSHULRGLFRVXHPEURMVLQGH[SKS7HRU3UDW(GXFDUWLFOHYLHZ>$FHVVRHPMDQ
KWWSSHULRGLFRVXHPEURMVLQGH[SKS7HRU3UDW(GXFDUWLFOHYLHZ
M $FHVVRHPMDQ

AGORAÉASUAVEZ
Instruções:
$JRUDFKHJRXDVXDYH]GHH[HUFLWDUVHXDSUHQGL]DGR$VHJXLUYRFrHQFRQWUDUiDOJXPDVTXHVW}HVGHP~OWLSOD
HVFROKDHGLVVHUWDWLYDV/HLDFXLGDGRVDPHQWHRVHQXQFLDGRVHDWHQWHVHSDUDRTXHHVWiVHQGRSHGLGR
Questão 1

Ao longo deste tema você teve contato com a teoria a respeito da educação de diferentes pensadores: Rousseau, Kant e Pesta
OR]]L8PGRVDVSHFWRVHQFRQWUDGRVHPFRPXPQRVSHQVDGRUHVIRLDLPSRUWkQFLDGHXPHQVLQRODLFRD¿PGHQmRGRJPDWL]DU
as crianças. No Brasil, nossa Constituição prevê:

³$UW$5HS~EOLFD)HGHUDWLYDGR%UDVLOHPREVHUYkQFLDDRGLUHLWRGHOLEHUGDGHUHOLJLRVDGDGLYHUVLGDGHFXOWXUDOHGDSOXUDOLGDGH
confessional do País, respeita a importância do ensino religioso em vista da formação integral da pessoa. §1º. O ensino religioso,
FDWyOLFRHGHRXWUDVFRQ¿VV}HVUHOLJLRVDVGHPDWUtFXODIDFXOWDWLYDFRQVWLWXLGLVFLSOLQDGRVKRUiULRVQRUPDLVGDVHVFRODVS~EOLFDV
de ensino fundamental, assegurado o respeito à diversidade cultural religiosa do Brasil, em conformidade com a Constituição e
as outras leis vigentes, sem qualquer forma de discriminação”.

Disponível em: <KWWSJHVWDRHVFRODUDEULOFRPEUSROLWLFDVSXEOLFDVOHLVEUDVLOHLUDVHQVLQRUHOLJLRVRHVFRODSXEOLFDUHOLJLDR

OHJLVODFDRHGXFDFLRQDOFRQVWLWXLFDREUDVLOHLUDVKWPO>
Sendo assim, escreva em no máximo 10 linhas um texto explicando sua posição sobre o assunto: como você compreende a
questão do ensino religioso nas escolas?

AGORAÉASUAVEZ
Questão 2

4XDLVVmRDVSULQFLSDLVFDUDFWHUtVWLFDVGRආඇXPLQLVPR"

Questão 3

)DoDXPDOHLWXUDDWHQWDGDVWUrVD¿UPDo}HVDEDL[RHDVVLQDOHDDOWHUQDWLYDFRUUHWD

,³4XDQGRGHFLGLPRVVHJXLUFHUWDVUHJUDVRXQRUPDVSRUYRQWDGHSUySULDLQGHSHQGHQWHGHIDWRUHVH[WHUQRVHLPHGLDWRVHVWDPRV
sendo autônomos”. Esse é um pensamento Kantiano.

II. Rousseau acreditava que a pedagogia deveria ser natural e negativa

,,,3DUD3HVWDOR]]LRFHQWURGDSHGDJRJLDGHYHVHURDOXQRSRLVHVWHGHYHDJLUVREUHRFRQKHFLPHQWRPDQLSXOiORFRPDVPmRV
e com o cérebro.

a) Apenas a I está correta.

b) Apenas a I e a II estão corretas.

c) Apenas a I e a III estão corretas.

d) Todas estão incorretas.

e) Todas estão corretas.


 AGORAÉASUAVEZ
Questão 4

A partir do que você aprendeu sobre a teoria de Rousseau, assinale a alternativa INCORRETA:

a)1DSHGDJRJLDQDWXUDOLVWDGH5RXVVHDXGHYHVHEXVFDUDHVSRQWDQHLGDGHRULJLQDOOLYUHGDHVFUDYLGmRDRVKiELWRVH[WHULRUHV
JDUDQWLQGRTXHRLQGLYtGXRVHMDDXW{QRPRGRQRGHVLPHVPR

b)(QWUHDVSULQFLSDLVREUDVGRDXWRUGHVWDFDPVH³'LVFXUVRVREUHDRULJHPGDGHVLJXDOGDGHHQWUHRVKRPHQV´³'R&RQWUDWR
Social” e “Emílio ou da Educação”.

c) A educação agora passa a ser centrada nos interesses do aluno.

d) O cidadão para Rousseau é um ser passivo, pois a grande maioria não desenvolve consciência crítica e, portanto, deve
eleger um soberano para governar.

e) e LPSRUWDQWH R SUHFHSWRU DIDVWDU D FULDQoD GR PXQGR FRUURPSLGR DEVWHQGRVH GH DERUGDU TXHVW}HV FRPR D YLUWXGH H D
YHUGDGHD¿PGHQmRFULDUSUHFRQFHLWRVHKiELWRVTXHLPSHoDPRÀRUHVFLPHQWRHVSRQWkQHRGDQDWXUH]DGDFULDQoD$HVVH
SHQVDPHQWRFKDPDVH(GXFDomR1HJDWLYD

Questão 5
Aponte uma diferença existentes a respeito do pensamento de Rousseau e de Pestalozzi a respeito da educação?



FINALIZANDO
Neste tema você
N ê teve contato com alguns
l dos
d principais
i i i pensadoresd d
do campo educacional
d i l na Modernidade
M d id d
como Kant, Rousseau e Pestalozzi. Também pôde aprender um pouco mais sobre o iluminismo e a contribuição desse
PRYLPHQWRLQWHOHFWXDOSDUDDHGXFDomR(VSHUDVHTXHYRFrVHXWLOL]HGHVVHFRQKHFLPHQWRSDUDUHÀHWLUDUHVSHLWRGDVXD
prática futura enquanto docente.

REFERÊNCIAS
$5$1+$0DULD/GH$)LORVR¿DGD(GXFDomRHG6mR3DXOR0RGHUQD3/7
%$66$/2%5(-DQHWH1HWWR'DVSURPHVVDVLOXPLQLVWDVjVHUYLGmR(GXFDomRHP5HYLVWD%HOR+RUL]RQWHYQ
Dezembro, 2010. Disponível em: <KWWSG[GRLRUJ6>$FHVVRHPMDQ
EDITORA ABRIL. $VOHLVEUDVLOHLUDVHRHQVLQRUHOLJLRVRQDHVFRODS~EOLFD. Edição 004, Out/Nov. 004. Disponível em:
<KWWSJHVWDRHVFRODUDEULOFRPEUSROLWLFDVSXEOLFDVOHLVEUDVLOHLUDVHQVLQRUHOLJLRVRHVFRODSXEOLFDUHOLJLDROHJLVODFDR
HGXFDFLRQDOFRQVWLWXLFDREUDVLOHLUDVKWPO>$FHVVRHPMDQ
NEVES, Rodolfo. Iluminismo. Disponível em: <KWWSVZZZ\RXWXEHFRPZDWFK"Y \L947=U5IJ>$FHVVRMDQ
0$55$&+6RQLD2XWUDVKLVWyULDVGDHGXFDomRGRLOXPLQLVPRjLQG~VWULDFXOWXUDO6mR3DXOR81(63
=$1$77$%HDWUL]$SDUHFLGD2OHJDGRGH3HVWDOR]]L+HUEDUWH'HZH\SDUDDVSUiWLFDVSHGDJyJLFDVHVFRODUHV
3HULyGLFRV8(0YQ'LVSRQtYHOHP<KWWSSHULRGLFRVXHPEURMVLQGH[SKS7HRU3UDW(GXFDUWLFOH
YLHZ>$FHVVRHPMDQ
=(1,$OHQFDU%XUDWWR(GXFDomRH$XWRQRPLDQR,OXPLQLVPR&RQJUHVVR,QWHUQDFLRQDOGH)LORVR¿DH(GXFDomR
Caxias do Sul, Brasil: 2010. Disponível em: <http://www.ucs.br/ucs/tplcinfe/eventos/cinfe/artigos/artigos/arquivos/eixo_
tematico9/Educacao%20e%20Autonomia%20no%20Iluminismo.pdf>. Acesso: 23 dez. 2014.


 GLOSSÁRIO
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Copérnico:1LFRODX&RSpUQLFRIRLRDVWU{QRPRTXHGHVHQYROYHXDWHRULD+HOLRFrQWULFDGRVLVWHPDVRODURX
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Jean-Jacques Rousseau:¿OyVRIRQDWXUDOGD6XtoDTXHYLYHXHP3DULVQRVpFXOR;9,,,HSRVVXtDXPDYLVmRPHQRV
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Renascimento:SHUtRGRTXHRFRUUHXDSUR[LPDGDPHQWHHQWUHR¿QDOGRVpFXOR;,9HLQtFLRGRVpFXOR;9,,HFDUDFWHUL
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Revolução Francesa:RFRUUHXQD)UDQoDHPHIRLLQVSLUDGDSHORVLOXPLQLVWDVTXHHQDOWHFHUDPRVLGHDLVGH/LEHU
dade, Igualdade e Fraternidade.

Século XVIII:FRQKHFLGRFRPRVpFXORGDV/X]HV,OXPLQLVPRRX,OXVWUDomR/X]HVDTXLSRVVXLRVLJQL¿FDGRGRSRGHUGD
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GABARITO
Questão 1

Resposta: Essa resposta é pessoal e o aluno deve responder de acordo com a sua visão a respeito do ensino religioso
nas escolas. Enquanto a Constituição prevê o ensino facultativo e preza pela liberdade religiosa, os pensadores são
contrários (pelo menos em séries iniciais) as crianças receberem uma formação religiosa, visto que a educação deve ser
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Questão 2

Resposta:'HIRUPDJHUDORLOXPLQLVPRIRLXPPRYLPHQWRLQWHOHFWXDOTXH RFRUUHXQRVpFXOR;9,,,HTXHWHYHFRPR
pressupostos a Razão e a Ciência, criticando o dogmatismo e as doutrinas religiosas tradicionais. No racionalismo,
o Iluminismo, encontrou seu método crítico e uma atitude demolidora da tradição, para alcançar a luz, a clareza e a
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mecanicismo e o associacionismo.

Questão 3

Resposta: Alternativa B.

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é centro do conhecimento, e na realidade, o cento do conhecimento para tal pensador é o professor, pois o aluno apenas
assimila o conhecimento que lhe é passado.

Questão 4

Resposta: Alternativa D.

-XVWL¿FDWLYDTodas as demais alternativas estão corretas, de acordo com o texto base. Apenas a alternativa D está
errada, visto que, para Rousseau, o cidadão é um ser ativo, autônomo e soberano e seria pela educação que se
alcançaria a soberania popular.

Questão 5

Resposta: A diferença existente entre Rousseau e Pestalozzi é que o primeiro preconizava a autonomia do indivíduo,
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manipulou com as mãos e com o cérebro.