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Autoria: Laura Marcia Rosa dos Santos

Tema 01
Participação: seu significado e definições

7HPD
Participação: seu significado e definições
Autoria: Laura Marcia Rosa dos Santos
Como citar esse documento:
SANTOS, Laura Marcia Rosa dos. Serviço Social e Conselhos gestores de Políticas Públicas3DUWLFLSDomRVHXVLJQL¿FDGRHGH¿QLo}HV&DGHUQRGH
Atividades. Valinhos: Anhanguera Educacional, 2014.

Índice

CONVITEÀLEITURA PORDENTRODOTEMA
Pág. 3 Pág. 3

ACOMPANHENAWEB
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Pág. 14 Pág. 15

‹ $QKDQJXHUD (GXFDFLRQDO 3URLELGD D UHSURGXomR ¿QDO RX SDUFLDO SRU TXDOTXHU PHLR GH LPSUHVVmR HP IRUPD LGrQWLFD UHVXPLGD RX PRGL¿FDGD HP OtQJXD
SRUWXJXHVDRXTXDOTXHURXWURLGLRPD
 CONVITEÀLEITURA
1HVWH WHPD YRFr YDL ¿FDU SRU GHQWUR GRV SULQFLSDLV HVWXGRV QR TXH GL] UHVSHLWR j SDUWLFLSDomR VHXV GLIHUHQWHV
FRQFHLWRVHVLJQL¿FDGRVHDVWHRULDVQDVTXDLVVHLQVHUHP9RFrGHYHHVWDUFXULRVRSDUDVDEHUFRPRHVWHDVVXQWRHVWi
SUHVHQWHQDVSUiWLFDVFRWLGLDQDVGDVRFLHGDGHFLYLO9DOHGHVWDFDUTXHPXLWRVHWHPIDODGRGHVVDTXHVWmRQRVVLQGLFDWRV
PRYLPHQWRVRUJDQL]Do}HVHQRGLVFXUVRHSUiWLFDVSROtWLFDVSRUpPHPFDGDXPGHVVHVFRQWH[WRVRVLJQL¿FDGRHR
VHQWLGRGDSDODYUDJDQKDDFHSo}HVGLVWLQWDV8PDGDVGH¿QLo}HVPDLVLQWULJDQWHVGHVVHWHUPRFRUUHVSRQGHjSDUWLFLSDomR
política, que tem relação com o dever do indivíduo de participar da vida social, uma vez que esse processo contribui para
VHH[HUFHULQÀXrQFLDVREUHDVGHFLV}HVGHLQWHUHVVHFRPXPFRPRWDPEpPGHYHPRVREVHUYDUTXHKiSHVVRDVTXHQmR
H[HUFLWDPSOHQDPHQWHVHXGLUHLWRGHSDUWLFLSDomRSROtWLFD

PORDENTRODOTEMA
3DUWLFLSDomRVHXVLJQL¿FDGRHGH¿QLo}HV
3 WL L m L L¿ G G ¿ L }

Para iniciar essa temática, deve-se compreender inicialmente o que vem a ser participação, o que pode nos levar
a ter um olhar ampliado para a história. Nessa perspectiva de ver os conceitos de participação por meio da história,
observa-se que o “universo da participação é muito mais antigo que a própria formulação do conceito” (GOHN, 2011, p.
16). Essa palavra permeia toda ação na sociedade, pois independente do local que você se encontra, ou seja, no campo
social, político, cultural, educacional entre outros, ela está sempre presente, criando e fornecendo meios e subsídios
para a democratização da sociedade como um todo.

(QWUHWDQWR*RKQ  D¿UPDTXHKiWUrVVHQWLGRVEiVLFRVDWULEXtGRVjSDUWLFLSDomRRFRQFHSWXDO±TXHDSUHVHQWD³DOWRJUDX

GHDPELJXLGDGHHYDULDVHJXQGRRSDUDGLJPDWHyULFRHPTXHVHIXQGDPHQWD´RSROtWLFR±TXHp³DVVRFLDGRDSURFHVVRVGH
GHPRFUDWL]DomR´PDVTXHWDPEpP³SRGHVHUXWLOL]DGRFRPRXPGLVFXUVRPLVWL¿FDGRUHPEXVFDGDPHUDLQWHJUDomRVRFLDOGH
LQGLYtGXRV´HRGDSUiWLFDVRFLDO±TXHHVWiUHODFLRQDGRDRSURFHVVRVRFLDOSURSULDPHQWHGLWRRXVHMDDV³Do}HVFRQFUHWDV
HQJHQGUDGDVQDVOXWDVPRYLPHQWRVHRUJDQL]Do}HVSDUDUHDOL]DUDOJXPLQWHQWR´ *2+1S 

PORDENTRODOTEMA
A participação pode ser compreendida de diversas formas. Ao analisar os SDUDGLJPDV analíticos sobre o termo, é
SRVVtYHOFLWDUDFRQFHSomROLEHUDOTXHEXVFDGHDFRUGRFRP*RQK S D³FRQVWLWXLomRGHXPDRUGHPVRFLDO
TXHDVVHJXUHDOLEHUGDGHLQGLYLGXDO´eQHVWHFRQWH[WRTXHHODREMHWLYDRIRUWDOHFLPHQWRGDVRFLHGDGHFLYLOSDUDHYLWDUDV
ingerências do Estado, com o intuito de “reformar a estrutura da democracia representativa e melhorar a qualidade da
GHPRFUDFLDQRVPDUFRVGDVUHODo}HVFDSLWDOLVWDV´ *2+1S &DEHGHVWDFDUTXHQHVWHSRQWRGHYLVWDHOD
se baseia no princípio de que todos os membros da sociedade são iguais.

Na concepção comunitária, a participação concebe o fortalecimento da sociedade civil em termos de integração, na qual
os “grupos organizados devem participar no interior dos aparelhos de poder estatal de forma que as esferas do público e
GRSULYDGRSRVVDPVHIXQGLU´ *2+1S HQHVWHFRQWH[WRVXUJHRWHPDGRVFRQVHOKRVTXHFULDPGLVSRVLWLYRV
para a construção das políticas públicas.

Observe que essa discussão coloca em evidência a soberania popular, que é o princípio regulador da forma democrática,
na qual a “participação é concebida como um fenômeno que se desenvolve tanto na sociedade civil [...] quanto no plano
LQVWLWXFLRQDO´ *2+1S RTXHGHPDUFDSRVLo}HVHQWUHDVRFLHGDGHFLYLOHRVLVWHPDSROtWLFR

-i QD IRUPD UHYROXFLRQiULD D SDUWLFLSDomR HVWUXWXUDVH QRV FROHWLYRV RUJDQL]DGRV SDUD OXWDU FRQWUD DV UHODo}HV GH
dominação e pela divisão do poder político (GOHN, 2011). Porém, na concepção democrático-radical, ela objetiva
“fortalecer a sociedade civil para a construção de caminhos que apontem para uma nova realidade social, sem injustiça,
H[FOXV}HVGHVLJXDOGDGHVGLVFULPLQDo}HV´ *2+1S 2EVHUYHTXHQHVVDFRQFHSomRRTXHHVWiHYLGHQFLDGR
é o pluralismo, o coletivo, a participação popular na qual os indivíduos são considerados FLGDGmRV.

3HQVDQGRDLQGDQDVGLYHUVDVFRQFHSo}HVTXHDSDODYUDSDUWLFLSDomRSRGHDVVXPLU¿TXHDWHQWRDRHQIRTXHGDVWHRULDV
sociopolíticas, pois neste universo “a participação dos indivíduos na sociedade civil ou política tornou-se parte do
YRFDEXOiULRHGDDJHQGDGDVQDo}HVRFLGHQWDLVDSDUWLUGRVDQRV´ *2+1S 3RUpPUHFHQWHPHQWHWDO
concepção perdeu sua importância “junto aos teóricos contemporâneos da política e da sociologia política, em relação
ao papel que lhe foi atribuído pelos clássicos”.

*RKQ S D¿UPDTXHDYRQWDGHpDEDVHGDorganização social e política, de acordo com os pressupostos de

5RXVVHDX1RHQWDQWRQXPDDERUGDJHPPDU[LVWDDSDUWLFLSDomRHVWiOLJDGDDRV³SURFHVVRVGHOXWDVVRFLDLVYROWDGDV
SDUDDWUDQVIRUPDomRGDVFRQGLo}HVH[LVWHQWHVQDUHDOLGDGHVRFLDO´

1DiUHDGDFLrQFLDSROtWLFD*RKQGHVWDFD3L]]RUQR S TXHD¿UPDTXH³DSDUWLFLSDomRSROtWLFDpXPDDomR

HPVROLGDULHGDGHSDUDFRPRRXWURQRkPELWRGHXPHVWDGRRXGHXPDFODVVHHPYLVWDDFRQVHUYDURXPRGL¿FDUD


 PORDENTRODOTEMA
estrutura do sistema de interesses dominante”. Neste caso, a participação está relacionada aos indivíduos envolvidos
nas tomadas de decisão, mas também tem a ver com o voto, que é a forma mais valorizada nas democracias no que se
UHIHUHjSDUWLFLSDomRSROtWLFD

Na área das ciências sociais, o tema da participação retoma a perspectiva da participação da sociedade civil, pois ela
pWmRDQWLJDTXDQWRDSUySULDGHPRFUDFLD *RKQ 1DDWXDOLGDGHDVRFLRORJLDDVVRFLDDSDODYUDSDUWLFLSDomRj
FDWHJRULDH[FOXVmRVRFLDORXDLQGDDFRQVLGHUDXPIDWRUGHLQWHJUDomR

'LDQWHGHVVDVGH¿QLo}HVGDVWHRULDVGDSDUWLFLSDomRpLQGLVSHQViYHODERUGDUPRVDWHPiWLFDSHQVDQGRQDSDUWLFLSDomR
SROtWLFDSRLVGHDFRUGRFRP'DOODUL  WRGRLQGLYtGXRGHYHSDUWLUGDYLGDVRFLDOHH[HUFHULQÀXrQFLDQDVGHFLV}HV
GHLQWHUHVVHFRPXPXPDYH]TXH

[...] a participação não depende de se desejar ou não, pois mesmo aqueles que não tomam qualquer atitude
são utilizados pelos grupos mais ativos, visto que o silêncio e a passividade são interpretados como sinais de
FRQFRUGkQFLDFRPDVGHFLV}HVGRJUXSRGRPLQDQWH´ 'DOODULS

0DV SRU PDLV TXH HVVD D¿UPDomR VHMD FRQWXQGHQWH QmR VH SRGH D¿UPDU TXH D SDVVLYLGDGH SURYRFDULD RX VHULD R
GLVSRVLWLYRSDUDPRPHQWRVGHFULVHVHFRQÀLWRVQDVRFLHGDGH8PDYH]TXHRGLUHLWRHRGHYHUGHSDUWLFLSDomRSROtWLFD
são duas faces da mesma realidade, vale destacar que nesse tipo de participação não cabe apenas o aspecto eleitoral,
SHORIDWRGHTXHH[LVWHRXWURPHLRGHVHFRQ¿JXUDUHVVDSDUWLFLSDomR

&RPRDSDUWLFLSDomRSRGHDVVXPLUYiULDVGLPHQV}HVDERUGDUVHiLQLFLDOPHQWHDLQGLYLGXDOQDTXDORLQGLYtGXRQmR¿FD
indiferente e não desanima perante os obstáculos, pois a sua participação está associada ao plano da consciência, o que
o leva a um compromisso de vida. Ou seja, “uma constante busca dos melhores caminhos, bem como o aproveitamento
de todas as oportunidades para conscientizar os outros e para cobrar a participação de todos” (DALLARI, 2004, p. 44).

Por outro lado, a participação coletiva se dá por meio da integração em qualquer grupo social, bastando um pequeno
JUXSRGHSHVVRDVFRPREMHWLYRVGH¿QLGRVHGLVSRVWDVDWUDEDOKDUHPFRQWLQXDPHQWHHPEXVFDGHVVHVREMHWLYRVSDUD
que se tenha uma associação (DALLARI, 2004).

Já a participação eventual e organizada possibilita que objetivos políticos sejam atingidos por meio de um trabalho
RUJDQL]DGRRTXHWHPDYHUFRPDSURSRVWDGHPRGL¿FDUDYLGDVRFLDOpXPWUDEDOKRTXHLUiHQFRQWUDU³UHVLVWrQFLDGRV
LQWHUHVVHVHVWDEHOHFLGRVGRVDFRPRGDGRVRXGDTXHOHVTXHWrPPHGRGHWRGDWUDQVIRUPDomR´ '$//$5,S 

PORDENTRODOTEMA
Agora, observe que a organização traz uma série de vantagens para qualquer trabalho em busca de mudança social,
posto que a participação política pode ser eventual ou organizada, “sendo igualmente válidas essas duas formas, desde
TXHH[HUFLGDVFRPDFRQVFLrQFLDHDUHVSRQVDELOLGDGHH[LJLGDVSHOREHPFRPXP´ '$//$5,S 

&DEHQHVVHPRPHQWRGHVWDFDUTXHDVPDLVH¿FLHQWHVIRUPDVGHSDUWLFLSDomRSROtWLFDHVWmRDVVRFLDGDVDRVWUDEDOKRV
de conscientização e organização. A conscientização consiste em dar uma contribuição para que as pessoas percebam
“que nenhum ser humano vale mais ou menos que os demais e que todos podem e devem lutar constantemente pela
conquista ou preservação da liberdade de pensar e de agir e pela igualdade de oportunidades e responsabilidade”. Pode
VHUH[HUFLGDQRSODQRLQGLYLGXDO³QDVUHODo}HVGLUHWDVHQWUHGXDVRXPDLVSHVVRDVFRPRSRGHWDPEpPVHUH[HUFLGRHP
PDLRUDPSOLWXGHIDODQGRRXHVFUHYHQGRjFROHWLYLGDGH´ '$//$5,S 3RUVXDYH]DRUJDQL]DomRFRQVLVWHHP
colaborar “concretamente, fornecendo ideias ou meios materiais, para que grupos humanos conjuguem seus esforços
YLVDQGRREMHWLYRVFRPXQV´ '$//$5,S 

6HQGRDVVLPQDYLVmRGRVHUYLoRVRFLDOVHJXQGR6RX]D S ³DSDUWLFLSDomRpSURFHVVRH[LVWHQFLDOFRQFUHWRVH

SURGX]QDGLQkPLFDGDVRFLHGDGHHVHH[SUHVVDQDSUySULDUHDOLGDGHFRWLGLDQDGRVGLYHUVRVVHJPHQWRVGDSRSXODomR´
na própria realidade social na qual se processa. Entretanto, muitas práticas e discursos intitulados de “participação não
são mais que processos de dominação e, por conseguinte, processos de contraparticipação”.

A participação aparece como fenômeno capaz de estimular e suscitar a atenção e a ação das camadas populares na
consecução das políticas e propostas de desenvolvimento econômico, e isso pode ocorrer basicamente na forma de
XPDDomRSHGDJyJLFD(VWLPXODUDSDUWLFLSDomRGDSRSXODomRVHWUDGX]HPDo}HVGRWLSR

Trabalhar os motivos individuais da população através de recursos psicossociais;

7UDEDOKDUDUHDOLGDGHFXOWXUDOGDSRSXODomRDWUDYpVGDLQWURGXomRGHQRYRVYDORUHVHSDGU}HVGHFRPSRUWDPHQWR
628=$S

0DVWDPEpPSRGHVHSHUFHEHURSURFHVVRHTXLYRFDGRGHSDUWLFLSDomRTXDQGRDSRSXODomRGHPRQVWUDDSUHGLVSRVLomRSDUD

&RQVHQWLPHQWRHDTXLVLomRGHQRYDVDWLWXGHVGHDFHLWDomRSDUDFRPRVYDORUHVGHPRGHUQLGDGHGDVRFLHGDGH
HPGHWULPHQWRGRVSUySULRVYDORUHVSUHRFXSDo}HVHLQWHUHVVHV
$QJ~VWLDHVHQWLPHQWRGHFXOSDHPYLUWXGHGHH[SHFWDWLYDGHGHIDVDJHPH[LVWHQWHHQWUHHODSUySULDHRVHX
meio social;
$EVRUomR GH KiELWRV H FRVWXPHV TXH R PHUFDGR GH FRQVXPR YDL FULDQGR DSHVDU GH DV FRQGLo}HV VRFLDLV
SHUPDQHFHUHPDVPHVPDV 628=$S


 PORDENTRODOTEMA
Nesse sentido, pode-se dizer que a participação é uma linguagem presente em todas as classes sociais em que pese
H[LVWLUHPLQWHUHVVHVHSUHRFXSDo}HVFRQWUDGLWyULDVHDQWDJ{QLFDVHQWUHRVPHPEURVGDVRFLHGDGH

'HVWDFDVHDTXLTXHDSDUWLFLSDomRpXPSURFHVVRVRFLDOTXHH[LVWHLQGHSHQGHQWHGDLQWHUIHUrQFLDSURYRFDGDSRUXP
RXRXWURDJHQWHH[WHUQR'HDFRUGRFRP6RX]D S HODpR³SUySULRSURFHVVRGHFULDomRGRKRPHPDRSHQVDU
HDJLUVREUHRVGHVD¿RVGDQDWXUH]DHVREUHRVGHVD¿RVVRFLDLVQRVTXDLVHOHSUySULRHVWiVLWXDGR&RPRWDOpXP
processo dinâmico e contraditório”, uma vez que ela não é uma questão da classe subalterna, mas é “uma questão a
VHUUHÀHWLGDHHQIUHQWDGDSRUWRGRVRVJUXSRVVRFLDLVTXHQmRFKHJDPDSHQHWUDUDVGHFLV}HVTXHGL]HPUHVSHLWRjV
VXDVFRQGLo}HVEiVLFDVGHH[LVWrQFLD´3RUHVVHkQJXORDSDUWLFLSDomR³ORQJHGHVHUSROtWLFDGHUHSURGXomRGDRUGHP
é, sobretudo, questão social”.

(ODVHWRUQDTXHVWmRVRFLDOjPHGLGDTXHDVSUySULDVFRQWUDGLo}HVVRFLDLVGHVD¿DPRKRPHPFRPRVHUFULDGRUHHVWH
WRPDFRQVFLrQFLDGDVXDUHDOLGDGHVRFLDOHDVVXPHSRVLo}HVGHGHVD¿RHHQIUHWDPHQWR FI6RX]D 

4XDQGRRSUR¿VVLRQDOSHQVDDSDUWLFLSDomRFRPRIHQ{PHQRGRVGHPDQGDWiULRVGDDVVLVWrQFLDVRFLDOHVHH[FOXLGHVVD
realidade, contribui para a reprodução do social, “vivenciando a problemática da participação, uma vez que muito pouco
GH¿QHHGHFLGHVREUHDVFRQGLo}HVLQVWLWXFLRQDLVGHVXDSUySULDSUiWLFD´6HQGRDVVLPDSDUWLFLSDomRQmRpVyTXHVWmR
GRGHVWLQDWiULRGDDVVLVWrQFLDPDVGRFRQMXQWRGHVVDUHODomR FI6RX]D 

$QDOLVDQGRDSDUWLFLSDomRSRUHVVHkQJXORHQWHQGHVHTXHHODVXS}HDFULDomRGRKRPHPSDUDRHQIUHQWDPHQWRGRV
GHVD¿RVVRFLDLV(VVHSURFHVVRGH³FULDomRHHQIUHQWDPHQWRUHVXOWDHPGDGDUHDOLGDGHGHFRQVXPRRXXVXIUXWRGHEHQV
DVVLPFRPRQXPDGDGDUHDOLGDGHGHIXQo}HVHGHFLV}HVTXHFRQFUHWL]DP¿QVVRFLDLVDVHUHPDOFDQoDGRV´ 628=$
S 

7RGRRSHQVDUGDSDUWLFLSDomRHQYROYHXPDSUiWLFDSHGDJyJLFDTXHVXS}HRH[pUFLWRGRSRGHUDRUJDQL]DomRVRFLDOHR
UHIRUoRGHVWDRUJDQL]DomR$OJXQVRXWURVSUHVVXSRVWRVSRGHPVHUSHQVDGRVHDYDOLDGRVFRPREDVHVSDUDHVWDSUiWLFD

2SHQVDUFROHWLYRDSDUWLUGRFRWLGLDQRLVWRpGRFRQWH[WRGHSUHRFXSDo}HVHLQWHUHVVHVGDSRSXODomRREMHWRGD
prática, é um meio de enfrentamento da questão da organização social e, como tal, da participação;
O pensar coletivo na análise e desvendamento do real que se encobre no cotidiano;
$XOWUDSDVVDJHPGDPRELOL]DomRHJUXSDOL]DomRSDUDRH[HUFtFLRFRQVFLHQWHGDRUJDQL]DomR
$ UHFLFODJHP GRV PRGRV GH HQIUHQWDPHQWR GD UHDOLGDGH VRFLDO VXS}H H[HUFtFLRV H HVWUDWpJLDV UHQRYDGDV GH
UHÀH[mR H DomR TXH UHVSRQGHP jV QRYDV H[LJrQFLDV H GHPDQGDV GR FRQWH[WR VRFLDO HP FRQWtQXD PXGDQoD
628=$S

PORDENTRODOTEMA
'HVVHPRGRFRORFDVHSDUDRSUR¿VVLRQDOGHVFREULUFRQMXQWDPHQWHFRPDSRSXODomRSRUPHLRGHSURFHVVRVFRQWtQXRV
GHGLVFXVV}HVHGHEDWHVRVHQIUHWDPHQWRVHVSHFt¿FRVUHTXHULGRVSRUFDGDUHDOLGDGHGHSDUWLFLSDomRDVHUWUDEDOKDGD

Esse processo provoca a conscientização como um elemento do processo pedagógico de participação, que ultrapassa
a consciência do individual para o social dos problemas coletivos, pois tanto a conscientização quanto a participação
QmRRSHUDPQRYD]LRPDV³VXS}HVHPSUHXPFRQWH[WRGHUHIHUrQFLDQRTXDOSRUVXDYH]HQFRQWUDVHVHPSUHHP
processo real de participação ou conscientização”. Esse processo pode ser mais ou menos desenvolvido, não importa;
RIDWRpTXHHOHH[LVWHHpDSDUWLUGDUHDOLGDGHHPTXHHOHVHHQFRQWUD³TXHVHSRGHFRQVLGHUDUDVDo}HVDVHUHP
desenvolvidas como conscientes, capazes de assumir um caráter educativo em função do processo de participação”
628=$S 

'HVWDIRUPDHVVDDomRSURYRFDDSDUWLFLSDomRVRFLDOTXHVXS}HDo}HVFROHWLYDVDUWLFXODGDVFRQVFLHQWHPHQWHHQTXDQWR
IRUoDVRFLDOHPIXQomRGHREMHWLYRVFODURVGH¿QLGRVSHODSRSXODomR&RPRD¿UPD'DOODUL S ³DIRUoDGR
grupo compensa a fraqueza do individuo. Isso tem sido demonstrado através da história, nos mais diversos lugares e
QDVPDLVGLIHUHQWHVQDo}HV´

&DEHGHVWDFDUTXHDRUJDQL]DomRVXS}HDFRQVFLHQWL]DomRTXHSRUVXDYH]pPHLRSDUDTXHHVVHSURFHVVRVHDPSOLHSRLV
DRUJDQL]DomRVRFLDOVXS}HR³H[DPHGDVIRUoDVLQWHUQDVHH[WHUQDVTXHDWXDPQDGLUHomRGRVLQWHUHVVHVHSUHRFXSDo}HV
FRPXQLWiULDVDVDOLDQoDVTXHVHID]HPFRPDSRSXODomRGDVLJQL¿FDomRGHVVDVDOLDQoDVHGDVLPSOLFDo}HV´ 628=$
S RTXHQRVOHYDjDPSOLDomRGDIRUoDVRFLDOGDSRSXODomR


 ACOMPANHENAWEB
0DUFRV7HyULFRV3DUDGLJPDVH6HQWLGRVGD3DUWLFLSDomR)DFHV'LYHUVDVGH
y 6
8P0HVPR(VSHOKR

‡ (VWHDUWLJRIRLDSUHVHQWDGRQD9,&21)(5Ç1&,$5(*,21$/'(,6753$5$$0e5,&$
/$7,1$<(/&$5,%(2WH[WRDERUGDDVWUDQVIRUPDo}HVFRQWHPSRUkQHDVTXHLPSOLFDP
QXPDUHFRQ¿JXUDomRVRFLHWDOHDDVVXQomRGHQRYRVSDSpLVSRUSDUWHGRVGLYHUVRV
DWRUHV VRFLDLV SRLV D SDUWLFLSDomR WRUQRXVH XP PRWH FDGD YH] PDLV SUHVHQWH H
DVVXPHXPDSROLVVHPLDGHVHQWLGRVFRQIRUPHRkQJXORSROtWLFRLGHROyJLFRVRFLDO
HFRQ{PLFR H FXOWXUDO HP TXH p DGRWDGD WRUQDQGRVH GH VXPD LPSRUWkQFLD XPD
DQiOLVHPDLVGHWLGDVREUHDVFRQIRUPDo}HVTXHSRGHDVVXPLUQXPSURMHWRJOREDOGH
VRFLHGDGH
/LQNKWWSQHZODVRFLHGDGFLYLORUJGRFVFLEHUWHFDSGI!

0XGDQoDVQRVSDUDGLJPDVGHSDUWLFLSDomRGLUHWDGHDWRUHVQmRHVWDWDLVQD
20&HVXDLQÀXrQFLDQDIRUPXODomRGDSROtWLFDFRPHUFLDOSHORHVWDGRHSHOD
VRFLHGDGHEUDVLOHLURV

‡ (VWH DUWLJR SDUWH GD SUHPLVVD GH TXH DOJXQV QRYRV GHVD¿RV UHODFLRQDGRV DR SURFHVVR GH
globalização atingem o sistema multilateral de comércio, particularmente a regulamentação
GR SURFHVVR GHFLVyULR GD 2UJDQL]DomR 0XQGLDO GR &RPpUFLR 20&  (QWUH HVVHV GHVD¿RV
encontram-se crescentes demandas por parte de atores não estatais para participação no
processo de tomada de decisão daquele sistema.
/LQNKWWSELEOLRWHFDGLJLWDOIJYEUGVSDFHELWVWUHDPKDQGOH0LFKHOOH5DWWRQ6DQFKH]
%DGLQSGI"VHTXHQFH !.

ACOMPANHENAWEB
'HPRFUDFLD5HS~EOLFDH3DUWLFLSDomR

‡ $VVLVWDDRYtGHRSURGX]LGRSHOR3URJUDPD)RUPDomRGH&RQVHOKHLURVQDFLRQDLVRTXDOFRQWD
FRPDSDUWLFLSDomRGRVSURIHVVRUHV9DOpULD0DUTXHV/RER/HRQDUGR$YULW]HU0DUFHOR*DQWXQ
entre outros. Ele apresenta a discussão a respeito da conquista da democracia e cidadania por
meio da participação popular, sendo a participação um elemento importante na estrutura social
da sociedade contemporânea.
/LQNKWWSZZZ\RXWXEHFRPZDWFK"Y YN-\8.044!.

7HPSR

AGORAÉASUAVEZ
,QVWUXo}HV
$JRUDFKHJRXDVXDYH]GHH[HUFLWDUVHXDSUHQGL]DGR$VHJXLUYRFrHQFRQWUDUiDOJXPDVTXHVW}HVGHP~OWLSOD
escolha e dissertativas. Leia cuidadosamente os enunciados e atente-se para o que está sendo pedido.
Questão 1

De acordo com Gohn (2011), o termo participação é muito utilizado no meio político, como um processo de democratização e
VRFLDO7UDWDVHGHXPWHUPRTXHDGPLWHYiULDVFRQFHSo}HVGHQWURGDKLVWyULD([SOLTXHGHTXHIRUPDDSDUWLFLSDomRFRPXQLWiULD
se tornou um derivativo da concepção liberal.

Questão 2

7HQGRHPYLVWDTXHDFRQFHSomRGDSDUWLFLSDomRSRඇtWLFDVXS}HTXHpXPGHYHUPRUDඇGHWRGRVRVLQGLYtGXRVSDUWLFLSDUGDYLGD
VRFLDඇMXඇJXHRVLWHQVDVHJXLU


 AGORAÉASUAVEZ
I. 2LQGLYtGXRFRQVFLHQWL]DGRQmR¿FDLQGLIHUHQWHHQmRGHVDQLPDSHUDQWHRVREVWiFXORV
II. A participação coletiva se dá por meio da integração em qualquer grupo social.
III. 2WUDEDOKRGHFRQVFLHQWL]DomRSRGHVHUH[HUFLGRQRSODQRLQGLYLGXDOQDVUHODo}HVGLUHWDVHQWUHGXDVRXPDLVSHVVRDV
,9O processo eleitoral faz parte da participação política, por meio do qual se pode escolher um representante.
a) Apenas I e III estão corretas.

E Apenas II e III estão corretas.

c)$SHQDV,,,H,9HVWmRFRUUHWDV

G $SHQDV,9HVWiFRUUHWD

e) todas estão corretas.

Questão 3

$QDOLVHDDVVHUWLYDQDDERUGDJHPPDU[LVWDRFRQFHLWRGHSDUWLFLSDomRpHQFRQWUDGRGHIRUPDLVRODGD

a) Essa assertiva é verdadeira, pois nesta abordagem os movimentos sociais não têm valor.

E (VVDDVVHUWLYDVHUHIHUHjVOXWDVSDUDDIRUPXODomRGHVVDDERUGDJHP

c) Essa assertiva é verdadeira, pois o individuo é considerado como único na estrutura social.

G Essa assertiva é falsa, pois essa abordagem está articulada a duas outras categorias.

e)(VVDDVVHUWLYDpYHUGDGHLUDSRLVUHSUHVHQWDDVFRQGLo}HVH[LVWHQWHVGDUHDOLGDGHVRFLDO

Questão 4

Na sociologia, a palavra participação ganhou, nas últimas décadas, o estatuto de uma medida de cidadania e está associada a
XPDRXWUDFDWHJRULDDGDH[FOXVmRVRFLDO *2+1S

&RQVLGHUDQGRTXHRIUDJPHQWRGHWH[WRDFLPDWHPFDUiWHULQIRUPDWLYRH[SOLTXHHVVDDVVRFLDomR



AGORAÉASUAVEZ
Questão 5

2VLJQL¿FDGRFRQVLGHUDGRSHODSUR¿VVmRHPUHODomRjSDUWLFLSDomRHVWiQDFROHWLYLGDGHQRVHVSDoRVGHPRFUiWLFRV6HQGRDVVLP
o que se está evidenciando?

FINALIZANDO
1HVWH WHPD YRFr
1 r DSUHQGHX
G TXH R SURFHVVR GH
G SDUWLFLSDomR
L L GD
G VRFLHGDGH
L G G FLYLO
L LO HVWi
i UHODFLRQDGR
O L G j j SUHVHQoD
da sociedade na construção e publicização das políticas públicas na condução do processo de democratização da
VRFLHGDGHEUDVLOHLUD(VVHWHUPRpFRUULTXHLURQRPHLRSROtWLFRHDVVXPHFRQRWDo}HVGLIHUHQFLDGDVDRORQJRGDHYROXomR
da sociedade. A participação envolve também a conscientização e a organização como um processo contínuo de
compreensão da realidade.

Parafraseando Dallari (2004), a participação política é um instrumento fundamental para a construção de uma nova
VRFLHGDGHHWRGRLQGLYtGXRWHPRGLUHLWRHRGHYHUGHSDUWLFLSDUGDYLGDVRFLDOSURFXUDQGRLQÀXHQFLDUDVGHFLV}HVGH
interesse comum.


 REFERÊNCIAS
DALLARI, Dalmo de Abreu. O que é participação política6mR3DXOR%UDVLOLHQVH&ROHomR3ULPHLURV3DVVRV
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DIAS, Roberta Atherton Magalhães. Marcos Teóricos, Paradigmas e Sentidos da Participação)DFHV'LYHUVDVGH8P0HVPR
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5HQDWR/HVVD5LRGH-DQHLUR(G-RUJH=DKDU
6$1&+(=0LFKHOOH5DWWRQ0XGDQoDVQRVSDUDGLJPDVGHSDUWLFLSDomRGLUHWDGHDWRUHVQmRHVWDWDLVQD20&HVXDLQÀXrQFLD
na formulação da política comercial pelo estado e pela sociedade brasileiros'LVSRQtYHOHPKWWSELEOLRWHFDGLJLWDOIJYEU
GVSDFHELWVWUHDPKDQGOH0LFKHOOH5DWWRQ6DQFKH]%DGLQSGI"VHTXHQFH !$FHVVRHPPDU
628=$0DULD/XL]DGHDesenvolvimento de comunidade e participaçãoHG6mR3DXOR&RUWH]



GLOSSÁRIO
&LG Gm p
&LGDGmRpXPDVLWXDomRVRFLDOTXHLQFOXLWUrVWLSRVGLVWLQWRVGHGLUHLWRVHVSHFLDOPHQWHHPUHODomRDR(VWDGRGLUHLWRV
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se, locomover-se sem restrição indevida e receber igual tratamento perante a lei; 2. direitos políticos, que incluem o
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HjVHJXUDQoDVRFLDOVLQGLFDOL]DUVHHSDUWLFLSDUGHQHJRFLDo}HVFROHWLYDVFRPHPSUHJDGRUHVHPHVPRRGHWHUXP
emprego.

Classe social: é uma distinção e uma divisão social que resultam da distribuição desigual de vantagens e recursos, tais
como riqueza, poder e prestígio.

&RQWUDGLomR é qualquer caso em que dois ou mais aspectos de um sistema social são incompatíveis ou colidem entre
VL8PDVRFLHGDGHFXMDFXOWXUDYDORUL]DDLJXDOGDGHDHTXDQLPLGDGHHDMXVWLoDSRUH[HPSORH[LVWHHPHVWDGRGHFRQ-
WUDGLomRVHLQFOXLWDPEpPSUHFRQFHLWRHRSUHVVmRSRUPRWLYRGHUDoDHVH[R

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FLRORJLDEDVHLDVHQDVXSRVLomRGHTXHVLVWHPDVVRFLDLVWDLVFRPRVRFLHGDGHHIDPtOLDUHDOPHQWHH[LVWHPTXHFXOWXUD
estruturas sociais, status e papeis são reais.

Organização social:UHIHUHVHDRVSDGU}HVUHODWLYDPHQWHSUHYLVtYHLVGHFRPSRUWDPHQWRHH[SHULrQFLDVTXHFDUDFWHUL-
zam a vida nos próprios sistemas, a ordem social.


 GABARITO
Questão 1

5HVSRVWDa participação comunitária se tornou um derivativo da concepção liberal a partir do momento em que ela
fortalece a sociedade civil em termo de integração dos órgãos representativos da sociedade aos órgãos deliberativos e
administrativos do Estado. Isso se deu a partir do momento em que os grupos organizados se inseriram no interior dos
aparelhos de poder estatal de forma que as esferas do público e do privado pudessem se fundir por meio da participação
nos conselhos.

Questão 2

5HVSRVWDDOWHUQDWLYD(±WRGDVHVWmRFRUUHWDVSRLVHVWHVVmRRVFDPLQKRVSHUFRUULGRVSDUDTXHDSDUWLFLSDomRSROtWLFD
possa ocorrer e construir uma sociedade democrática.

Questão 3

5HVSRVWDDOWHUQDWLYD'±SRLVQDDERUGDJHPPDU[LVWDRFRQFHLWRGHSDUWLFLSDomRVHDUWLFXODjVFDWHJRULDVGHOXWDVH
PRYLPHQWRVVRFLDLVYROWDGRVSDUDDWUDQVIRUPDomRGDVFRQGLo}HVGDUHDOLGDGHVRFLDOH[LVWHQWH

Questão 4

5HVSRVWD a frase demonstra que, apesar da participação envolver toda a sociedade, de certa forma ela promove
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RLQGLYLGXRjH[FOXVmRDQmRjSDUWLFLSDomR

Questão 5

5HVSRVWD o papel do coletivo e a força da coletividade, pois toda luta é coletiva e um indivíduo não consegue fazer
PRELOL]Do}HVHSURYRFDUPXGDQoDVVRFLDLVFRQVLGHUiYHLVVR]LQKR