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 Semanalmente teremos tópicos de leitura e até segunda a noite enviaremos um

comentário reflexivo, uma dúvida, um comentário problematizador, algo que seria


possível questionar.  quantitativo e qualitativo
 Presença será fator avaliativo
 Não vamos ler na ordem

Aula 17.08 exposição introdutória sobre os autores


 O Marx não aborda diretamente sobre matérias epistemológicas
 De alguma maneira, ele evitou falar sobre isso durante boa parte da sua vida
 Jovens Hegelianos: começa a estudar economia política por uma ótica que
ainda não é a do capital em sua integralidade. Uma ótica tributária de algumas
categorias
 Depois dessa fase ele passa a ficar muito mais preocupado com questões
políticas do que metodológicas
 Materialismo histórico dialéitico – a ideologia alemã.
 Só tem um texto que o Marx se propõe e pontualmente trata sobre o método –
crítica a nova economia política. Ele lida com o método a partir de uma crítica a Hegel.
“se eu quero estudar economia política, parece que o certo é começar pelo concreto, a
população, os bens produzidos. Essas realidades concretamente dadas não são nada se
não entendermos as articulações internas que a estruturam. A classe por exemplo não
é uma estrutura concretamente dada  decompõe a estrutura concreta em abstrações
mais simples até chegar nas fundamentais. A abstração mais simples é a mercadoria, o
valor. Elas serão trabalhadas teoricamente em suas articulações para reconstruir o
concreto na forma de um concreto pensado. Ele vai afirmar que o erro de Hegel foi
confundir o processo de apropriação do concreto por meio do pensamento
(reprodução do concreto como concreto pensado) com o processo de gênese do
próprio concreto pensado. Por isso Hegel é idealista e Marx
 Marx então é um realista, uma vez que tenta avançar em relação a uma
conquista inarraigavel do pensamento hegeliano que e superar a perspectiva
epistemológica do Kant, a qual é representacional, ou seja, seara de forma radical o
sujeito e objeto, tratando o sujeito como uma representação externa do objeto, que
pode ou não corresponder ao objeto. Hegel consegue romper com essa separação
absoluta existente entre sujeito e objeto do conhecimento de uma perspectiva ainda
mais idealista do que a perspectiva kantiana, pois kant é considerado autor do
idealismo alemão, pois ele dizia que só consigo organizar as representações que eu
formo a partir de impressões que eu capto da realidade. Porém ele não nega que existe
uma realidade concreta externa fora desse idealismo. E para Hegel, só é real o que é
racional. Ele se torna mais idealista que Kant para romper com a perspectiva
reprentacional, colocar o sujeito e objeto em uma unidade dialética  uma contradição
em unidade.
 Indicação: contradição em unidade entre singularidade e universalidade. São
contrárias. Porém, quando vc vai fazer uma indicação de algo e portanto quer indicar
uma determinada singularidade, qual a forma que se usa para fazer isso. EX: duas
cadeiras vagas na sala. Chega alguém e o professor indica a cadeira vazia. O professor
está indicando uma singularidade. A verdade da singularidade da indicação é a
universalidade da fórmula. Isso é lógica dialética. Mas o Hegel so consegue fazer isso
de uma perspectiva absolutamente idealista
 A partir dessa visão de Hegel é que Marx consegue fazer o materialismo
histórico dialético o Hegel foi até a parte em que o cérebro reproduz o concreto. Mas o
marx diz que isso é uma forma de apropriação do concreto. Essa contradição que move
o pensamento nessa contradição do concreto, está no concreto. A realidade é
contraditória
 Concreto  abstrações  trabalhamos nessas abstrações para reproduzir o
concreto circularidade.
 Esse é o método do capital  método de investigação. O capital começa da
abstração.
 Sair do concreto caótico para chegar em abstrações como mercadoria/valor. Se
nós fossemos kantianos, diríamos, isso é uma operação mental do cientista que
formara uma representação dessa concretude que poderá ou não corresponder a essa
realidade.
 O que vamos fazer aqui é observar o que a prática das pessoas reproduzindo a
sua vida material abstraem deste concreto como categoria
 Quem disse que a mercadoria tem valor? Não foi marx nem um economista,
forram milhões de pessoas comprando mercadorias reiteradamente. As pessoas
reproduzindo a vida material por meio da compra e da venda.
 Método de alguém que está capturando uma abstração em um estado pratico
das pessoas se comportando de uma determinada maneira.
 O materialismo quanto ciência só fara sentido se partirmos das abstrações que
são efetivamente postas em estado prático
 Exemplo da concretude a partir do abstrato: mercadoria, valor. Quando amrx
começa a trabalhar com esses conceitos mais abstratos, ele conhece a mais-valia, a
força de trabalho como possuindo valor e um valor superior ao preço vendido pelo
produto, o qual é capturado pelo empresário. Revela as articulações de dominação de
classe

 Pachukanis – jurista soviético.


 Kelsen ficou falando de norma norma, descontaminar o direito, para que se
tenha um método. Não estamos pegando o método de outras ciências e aplicando.
 Mas quando ele faz isso, chegamos num plano idealizado do direito 
buscamos freneticamente esse mundo idealizado em que ninguém mata ninguém. Não
debatemos efetivamente o cerne material do acontecimento jurídico.
 Ele viu que da mesma forma que o Marx partia de uma abstração para o
concreto, ele precisa confrontar o Kelsen.
 Casamento é uma ficção. As pessoas buscam esse ideal ficcional do casamento,
aquela imagem que a própria sociedade faz de si do que é o ideal.
 Vamos parar de falar de norma e falar de concretude.
 A norma sempre existiu na História.
 Sai desse delírio ficcional e vai para o sujeito de direitos.
 Nos somos ficções. O sujeito de direito mostra pra gente essa relação entre
esconder a ficção, para falar que na verdade nós somos pessoas.
 O que o marx fez no capital, pachukanis faz para o direito.
 Para Hegel, o direito seria uma fase para obtenção da consciência. O sujeito
começa inconsciente e ele vai sendo dotado de consciência, e o direito é uma das
fases. É o espírito objetivo, uma das instituições.
 O direito é o sujeito de direito, no capitalismo em que o trabalhador vende a
sua força de trabalho. Ele da uma especificidade histórica ao direito.
 Mostramos que o sujeito de direito

 Para o kant, o conhecimento é abstrato e corresponde ou não corresponde ao


concreto.  percurso para a razão muito limpo, idealizante, desconsideramos a fome,
pobreza  desconsidera a materialidade.
 O marx reproduz o concreto por meio do concreto pensado a partir das
abstrações
 Abstração real: prática reiterada da vida real. Abstrações postas pela
materialidade, diferente da causalidade, que é uma arbitrariedade

Bernardo Edelman
 Professor márcio naves  um dos maiores conhecedores de marx critica o
direito romano.
 Categorias da troca mercantil que marx estava analisando no capital. Qual a
relevância do que a gente estuda como direito romano em roma  nenhuma. O direito
romano é mais relevante hoje do que o que ele era em roma.
 Qual a disputa em torno dessa expressão “direito”. Por que o direito é específico
do capitalismo? Essas categorias organizam a sociabilidade no capitalismo. Não é
possível existir no capitalismo se vcê n firma contratos  ou vc tem meios de produção
e contrata mão de obra ou vc vende sua mão de obra
 Essa forma de operar a normatividade em sujeitos de direitos em torno de
direitos e obrigações é específico do capitalismo, por isso que o direito é específico
desse sistema.
 Olhando o modo de produção capitalista, conseguimos compreender roma, por
exemplo. Isso é mais importante na perspectiva historiográfica do que ficar idealizando
sociedades
 Método marxista é histórico
 O direito se universaliza pois todo mundo precisa participar de um contrato, e o
Edelman percebe que a sociedade se organiza na logica contratual

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