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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO CEARÁ


IFCE CAMPUS FORTALEZA
LICENCIATURA EM FÍSICA

CARLOS RONDINELLI DE ARAÚJO SILVA

A ASTRONOMIA NA ERA DIGITAL: DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA NAS REDES


SOCIAIS

FORTALEZA
2022
1

CARLOS RONDINELLI DE ARAÚJO SILVA

A ASTRONOMIA NA ERA DIGITAL: DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA NAS REDES


SOCIAIS

Trabalho de conclusão de curso apresentado ao


curso Licenciatura em Física do Instituto
Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do
Ceará (IFCE) - Campus Fortaleza, como
requisito parcial para obtenção do Título de
licenciado em Física. Área de concentração:
Física.

Orientador: Prof. Dr. Nizomar de Sousa


Gonçalves

Fortaleza
2022
2

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação


Instituto Federal do Ceará - IFCE
Sistema de Bibliotecas - SIBI
Ficha catalográfica elaborada pelo SIBI/IFCE, com os dados fornecidos pelo(a)
autor(a)

A658a Araújo Silva, Carlos Rondinelli.


A ASTRONOMIA NA ERA DIGITAL: DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA NAS REDES
SOCIAIS / Carlos Rondinelli de Araújo Silva. - 2022
40 f.: il.
Trabalho de Conclusão de Curso (graduação) - Instituto Federal do
Ceará, Licenciatura em Física, Campus Fortaleza, 2022.
Orientação: Prof. Dr. Nizomar de Sousa Gonçalves.
1. Astronomia. 2. Redes Sociais. 3. BNCC. 4. COVID-19. 5. Instagram. I. Titulo.
CDD 530
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO CEARÁ

Carlos Rondinelli de Araújo Silva

ASTRONOMIA NA ERA DIGITAL: DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA NAS REDES SOCIAIS

Trabalho de Conclusão de Curso (TCC)


apresentado ao curso de Licenciatura em Física
do Instituto Federal de Educação, Ciência e
Tecnologia do Ceará – IFCE – Campus Fortaleza,
como requisito parcial para obtenção do Título
de Licenciado em Física.

Aprovado em 04/10/2022

BANCA EXAMINADORA

Prof. Dr. Nizomar de Sousa Gonçalves


Orientador (IFCE)

Prof. Dr. Múcio Costa Campos Filho


1º Examinador (IFCE)

Prof. Me. José Carlos Ferreira Bastos


2º Examinador (IFCE)

Documento assinado eletronicamente por Nizomar de Sousa Goncalves, Professor do Ensino


Básico, Técnico e Tecnológico, em 16/11/2022, às 10:35, com fundamento no art. 6º, § 1º, do
Decreto nº 8.539, de 8 de outubro de 2015.

Documento assinado eletronicamente por Jose Carlos Ferreira Bastos, Professor do Ensino
Básico, Técnico e Tecnológico, em 16/11/2022, às 10:37, com fundamento no art. 6º, § 1º, do
Decreto nº 8.539, de 8 de outubro de 2015.

Documento assinado eletronicamente por Mucio Costa Campos Filho, Professor do Ensino
Básico, Técnico e Tecnológico, em 18/11/2022, às 08:35, com fundamento no art. 6º, § 1º, do
Decreto nº 8.539, de 8 de outubro de 2015.

A autenticidade do documento pode ser conferida no site

Ata de Reunião CCLF-FOR 4235716 SEI 23256.013662/2022-67 / pg. 1


https://sei.ifce.edu.br/sei/controlador_externo.php?
acao=documento_conferir&id_orgao_acesso_externo=0 informando o código verificador 4235716
e o código CRC C5ACC164.

23256.013662/2022-67 4235716v3

Ata de Reunião CCLF-FOR 4235716 SEI 23256.013662/2022-67 / pg. 2


4

A Deus.
Aos meus pais.
Aos meus professores.
E todos de forma significativa me
incentivaram doando seu tempo e dedicação.
5

AGRADECIMENTOS

A Deus, por tudo.


Aos meus pais, José Antônio (Zezinho) e Terezinha de Jesus, por terem me educado e
me ensinado o melhor possível. A minha segurança e alegria de viver é ter tido a melhor
criação possível.
Aos meus amigos, Ana Beatriz de Almeida Lima e Harrison Rogers, como minha
esposa Vitória que me ajudaram, incentivaram no processo de formação deste trabalho, em
momentos importantes na formação do meu curso.
Aos meus educadores e amigos de profissão, por fazerem um trabalho que geram
frutos tão importantes para a sociedade. Estão comigo nesta caminhada me dando apoio,
incentivando e contribuindo para o meu crescimento profissional.
6

“O livro do Universo não pode ser entendido


sem primeiro se aprender a compreender o
alfabeto que o compõe.” (Galileu, O
Ensinador, 1623).
7

RESUMO

Vivemos numa sociedade estimulada pelas transformações tecnológicas da informação e


principalmente da comunicação conhecida com Web, como consequência desses processos o
modo de viver das pessoas estão associadas novas as tendências dentro de um espaço social
digital, surge o conceito de ciberespaço. Encontramos um espaço onde as pessoas com acesso
à internet, os usuários, podem se relacionar e compartilhar as suas rotinas com outras pessoas,
esse de forma intensa esse espaço observado e cheio de mudanças e a rede social. Atualmente
neste “ciberespaço” várias redes sociais têm o seu destaque como o Facebook, YouTube e o
Instagram. O Instagram tornou-se uma das redes sociais mais utilizadas em todo o mundo e,
por esses fatores podem ser considerado um lugar propício para a divulgação científica como
os conteúdos de Astronomia. Esse ciberespaço chama a atenção no âmbito educacional,
professores e alunos, que se utilizam de recursos tecnológicos como ferramentas para o
ensinar e o aprender. Essa ferramenta, associada aos objetivos curriculares da BNCC,
auxiliam os educadores a preparar melhor as suas aulas e incentivas a ampliar os alunos nas
suas pesquisas.

Palavras-chave: Astronomia; BNCC; Ciberespaço; Redes Sociais.


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ABSTRACT

We live in a society stimulated by the technological transformations of information and


mainly of communication known as the Web, as a consequence of these processes the way of
life of people are associated with new trends within a digital social space, the concept of
cyberspace arises. We found a space where people with internet access, users, can relate and
share their routines with other people, this intensely observed space, full of changes, and the
social network. Currently in this “cyberspace” several social networks have their prominence
such as Facebook, YouTube and Instagram. Instagram has become one of the most used
social networks around the world and, due to these factors, it can be considered a suitable
place for scientific dissemination such as astronomy content. This cyberspace draws attention
in the educational field, teachers and students, who use technological resources as tools for
teaching and learning. This tool, associated with the BNCC's curricular objectives, helps
educators to better prepare their classes and encourages students to expand their research.

Keywords: Astronomy; BNCC; Cyberspace; Social Networks.


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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 — Página virtual “Astronomia e Astrofísica” ...................................................... 26


Figura 2 — Página virtual “Fãs de Carl Sagan” .................................................................. 26
Figura 3 — Página virtual “astronomia. hoje” .................................................................... 27
Figura 4 — Página virtual “astrofísica_brasil” ................................................................. 27
Figura 5 — Página virtual “misteriodoespaço” ................................................................ 28
Figura 6 — Página virtual “umadose_deastonomia” ......................................................... 28
Figura 7 — Página virtual “nasa” ...................................................................................... 29
Figura 8 — Página virtual “gepac.ifce”............................................................................... 29
Figura 9 — Página virtual (perfil) “física_rondinelli”......................................................... 32
Figura 10 — Página virtual (infográficos) “física_rondinelli” ............................................. 32
Figura 11 — O Universo em expansão.................................................................................. 33
Figura 12 — O que é matéria escura?.................................................................................. 33
Figura 13 — A inflação......................................................................................................... 34
Figura 14 — Página virtual (O Sol) “física_rondinelli” ...................................................... 34
Figura 15 — O Sol............................................................................................................... 35
Figura 16 — Dados do Sol................................................................................................... 35
Figura 17 — Dentro do Sol.................................................................................................. 36
10

LISTA DE TABELA

Tabela 1 — Objetos de conhecimento do eixo “terra e universo” a cada ano do ensino


fundamental ........................................................................................................ 18
Tabela 2 — A competência e as habilidades que mencionam conteúdos de astronomia na
área de Ciências da Natureza, na BNCC do Ensino Médio................................ 19
11

LISTA DE SIGLAS

SAB Sociedade astronômica Brasileira

IUA União Astronômica Internacional

BNCC Base Nacional Comum Curricular


12

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO............................................................................................. 13

2 ASTRONOMIA: ENSINO E O CONTEXTO NA ERA DIGITAL......... 15


2.1 A IMPORTÂNCIA DO ENSINO DE ASTRONOMIA E A BNCC ............ 16
2.2 A ASTRONOMIA NA ERA DIGITAL......................................................... 20
2.3 A EDUCAÇÃO EM MEIO A PANDEMIA ................................................. 22

3 A UTILIZAÇÃO DAS REDES SOCIAIS COMO RECURSO


DIDÁTICOS.................................................................................................. 24
3.1 REDES SOCIAIS E A ASTRONOMIA......................................................... 25
3.2 PROJETO DE DIVULGAÇÃO DE ASTRONOMIA NO INSTAGRAM.... 30

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................... 37

5 REFERÊNCIAS.......................................................................................... 39
13

1. INTRODUÇÃO

Conhecer sobre o Universo, entender a conexão entre o início de tudo e qual será
o destino do cosmos sempre foi desejo e curiosidade inerente à espécie humana. A
Astronomia é uma das áreas de conhecimento mais antigas da humanidade, sendo
considerada uma ciência natural, que tem como objeto de estudo os corpos celestes,
produz também, conhecimento para a descoberta de tecnologias e serviços essenciais
em nosso dia a dia. O interesse presente em saber mais sobre essa ciência é de um senso
comum do indivíduo, de modo geral, conhecer sobre os fenômenos astronômicos e
identificar as suas peculiaridades. Pode-se afirma que estudar os conceitos e
comportamentos dos astros desperta o fascínio e interesse dos estudantes desde os anos
iniciais até a sua formação acadêmica.
Neste artigo, ressalta a importância da educação em Astronomia no espaço
digital, chamado ciberespaço, sugere uma reflexão sobre a relação do ensino de
Astronomia e as propostas abordadas pelos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) e
na Base Nacional Comum Curricular (BNCC), onde o objetivo desses currículos
educacionais é a busca por uma maior conexão dos conceitos tradicionais com as novas
tecnologias.
Segundo Demacq (2018, p. 9) afirma que

Hoje a presença de tecnologias é inevitável na vida e no convívio escolar. Esse novo


perfil exige uma nova postura educacional, na qual o educador pode usar tecnologias
como ferramenta para interagir com os educandos e buscar uma aula cativante
condizente com o gosto.

Kenski (2013) reforça que a informática sendo utilizada como instrumento de


aprendizagem favorece a busca de novos conhecimentos e de maneira crescente,
tornando um desafio aos educadores. A presença de uma tecnologia de ensino, pode
colaborar no processo ensino-aprendizagem.
Outro ponto abordado neste trabalho foi as consequências causadas pelo
contágio pelo (COVID-19) que promoveu uma crise mundial nos diversos campos,
ocasionando e agravando vários problemas sociais como mortes, desemprego e no
sistema educacional de muitos países. A situação gerada por essa pandemia refletiu
14

diretamente no ensino presencial, já que um novo sistema adotado para conter a


contaminação foi o isolamento social levado as pessoas a ficarem em casa,
consequentemente os estudantes sentiram esse “novo modo de vida” o que ocasionou
algumas situações no cotidiano das escolas, universidades. Novos problemas levaram
reflexões e discussões acerca dessas situações, demonstrando a necessidade de
alterações de urgência na estrutura de ensino, ou seja, reinventar o formato das aulas,
promover novas práticas no sistema pedagógico para uma aplicação imediata. A
utilização de plataforma como o Ensino à Distância (EAD) e os recursos da tecnologia e
comunicação foram os caminhos iniciais promovendo o ensino em adaptação com todas
essas mudanças. Este período de atividades escolares em casa refletiu em várias
questões, como, por exemplo, o preparo dos profissionais com os seus planejamentos,
adaptação e capacitação com a tecnologia que para alguns professores foi um desafio
em preparar suas aulas e principalmente a capacidade de motivar os estudantes para que
se engajem aos processos de aprendizagem.
Tendo em vista que as redes sociais se fortaleceram bastante, principalmente
nesse período de pandemia e que muitas pessoas se utilizaram desse meio de
comunicação digital para promover suas atividades para passar o tempo. Segundo
(ELÉA, DUARTE, 2016), as crianças e jovens integram comunidades e redes sociais,
trocam mensagens instantâneas, copiam e compartilham os conteúdos das mais variadas
fontes, pesquisam, ensinam e aprendem, fazem novas amizades e aprendem novas
culturas. Observa-se que a divulgação científica veio também se destacando nesse
ciberespaço, o ambiente da Web se tornou um dos mais propícios e muitos professores,
estudantes e pessoas interessadas começaram a participar, compartilhar a publicação de
variados assuntos, incluindo neste contexto, os temas referentes à Ciência que no estudo
a seguir o objetivo é a divulgação da Astronomia, Tecnologia e inovação.
A rede social em destaque é o Instagram, obviamente as redes sociais não são
predominantemente o meio principal de divulgação científica, pois não agrega maior
parte do tempo os conteúdos educacionais, mas a interação e visualização das pessoas
em geral, tornando um espaço disponível para divulgação de forma inteligente e prática
com resultados que despertam a curiosidade e interesse dos usuários.
O Instagram é na atualidade a rede social mais popular por reunir grupos de
pessoas com interesses comuns e proporcionar troca de informações e experiências
através da Web. A rede social é vista como potencial para a popularização de conteúdos
e conecta as pessoas as instituições de ensino e órgãos governamentais. A proposta
15

desse estudo é mostra o trabalho realizado em páginas tanto do Instagram como do


Facebook que apresentam assuntos com ênfase na Astronomia, assim como suas
tecnologias e novas descobertas e também destaco um espaço para apresentar o meu
trabalho na página: https://www.instagram.com/fisica_rondinelli/, onde apresento os
conteúdos de Astronomia através de imagens, infográficos que espero desperta o
interesse dos estudantes em suas respectivas áreas de ensino. Como afirma Vidal Junior
(2010, apud Amaral, 2008, p. 17) onde ele

Aponta dois objetivos importantes para o ensino de Astronomia no ensino


fundamental e médio. O primeiro refere-se ao fascínio que os fenômenos celestes
despertam em crianças, jovens e adultos. Por conseguinte, o segundo ponto é a
contribuição do ensino de ciências na forma de compreensão do mundo natural,
solução de problemas, realização de investigações, desenvolvimento de projetos e
construção do pensamento crítico do indivíduo.

Desta forma, o ensino da Astronomia em uma rede social possibilita um


universo de possibilidades, toda interatividade dos interessados por Astronomia que
usam as redes sociais, incentivando o uso de novas tecnologias para o ensino na área
científica e estimular o processo de ensino-aprendizagem.

2. ASTRONOMIA: ENSINO E O CONTEXTO NA ERA DIGITAL

Desde a antiguidade, o ser humano olha para o céu, e logo vem uma
curiosidade, um desejo em responder o que seus olhos contemplam. A necessidade de
descobrir o que são esses inúmeros pontos brilhosos e como eles se comportam numa
vasta imensidão escura. Ao longo dessa caminha a humanidade vem avançando nas
maiores formas de desenvolvimento, nas técnicas para entender mais sobre esse “céu
misterioso”. Criando uma das ciências mais fascinantes e grandiosas a Astronomia.
A Astronomia é uma ciência natural que estuda os fenômenos que ocorrem
fora da atmosfera terrestre e a estrutura dos corpos celestes, como os planetas, as
estrelas e outras estruturas cosmológicas (cometas, galáxias e nebulosas, por
exemplo), e o próprio espaço em si. AMARAL (2008) afirma que a Astronomia é
16

considerada por muitos cientistas e filósofos o primeiro conhecimento humano


organizado de forma sistemática.

2.1 A IMPORTÂNCIA DO ENSINO DE ASTRONOMIA E A BNCC

Em toda sua construção histórica a Astronomia sempre foi alvo de curiosidade


e admiração, por esse motivo ela possui qualificação e um destaque em meio ao
ensino. Segundo Vidal Junior (2010, p. 20), “Dentre as várias ciências desenvolvidas
nos processos históricos da humanidade, a Astronomia figura com importância, no
sentido que ajuda o homem a entender a natureza interligando ciências humanas e
exatas”. Para Demacq (2018, p. 12), “o ensino de Astronomia pode ser usado como
um fio condutor para a ciência, capaz de expandir, viabilizar e cooperar para a
apresentação e entendimento de conhecimentos científicos, possibilitando uma
formação crítica e reflexiva para a plena participação do cidadão, na sociedade em que
vive.”
É crescente a presença da Astronomia em programas escolares, nos meios de
divulgação e em diversas publicações. Muitos esforços (Inter)nacionais têm sido feitos
através de várias instituições astronômicas nos dois âmbitos como a Sociedade
Astronômica Brasileira (SAB) e a Comissão 46 da União Astronômica Internacional
(IAU) (BRETONES 2008).
Outro aspecto importante é a interdisciplinaridade, que amplia os conteúdos da
Astronomia com outras áreas do conhecimento do ensino humano. Alguns autores
ressaltam que a Astronomia possuiria uma facilidade diferenciada em interagir com
praticamente todas as disciplinas, o que constituiria um grande potencial educativo
(AROCA; SILVA, 2011; LANGHI, 2009; TREVISAN; LATTARI, 2000), como
também é afirmado no trabalho de Langhi (2009, p.19) “o alto grau de
interdisciplinaridade da astronomia é uma qualidade singular que poderia ser
aproveitada beneficamente em sala de aula como um instrumento de conexão entre as
diferentes ciências que nela confluem”.
Alguns também argumentam que a Astronomia está presente nas chamadas
ciências naturais e nas ciências sociais (COMPIANI, 2010; LANGHI, 2009), nas
artes, na música e na literatura (DIAS; RITA, 2008; LANGHI, 2009).
17

A seguir abordaremos pontos importantes nos conteúdos de Astronomia na


Base Nacional Comum Curricular (BNCC), com a seguinte justificativa de
compreender os documentos como parte de um processo de avanço no entendimento
das diretrizes da Educação Básica Brasileira.
Segunda a revista Currículo e Docência (2020, p. 85) ressalta a utilização da
Astronomia nos parâmetros da BNCC onde justifica que

Dentro da nossa história mais recente, pode-se considerar que desde os


PCN é que a astronomia tem aparecido de forma recorrente e frequente, como um
conteúdo a ser ensinado nas escolas de Educação Básica, principalmente nas
disciplinas de Ciências da Natureza e Física. E, apoiados sob esses Parâmetros, os
Estados brasileiros construíram seus currículos e também inseriram na grande
maioria deles os conteúdos de astronomia que tratassem da observação do céu, do
movimento dos astros, da formação e constituição do Sistema Solar e do Universo,
como um todo (Kantor, 2012). Com a BNCC (Brasil, 2018), implementada desde
2019, a Astronomia consolidou-se ainda mais, sendo agora colocada dentro de um
dos eixos temáticos a serem trabalhados em todas as séries da Educação Básica –
aparecendo, portanto, desde o 1° ano do Ensino Fundamental.

Isto é, os conteúdos de Astronomia vêm ganhando espaço e evidenciando


mudanças nos currículos da atual BNCC, tornando significativo e necessário a
abordagem dessa disciplina no ensino básico. Os conteúdos propostos para o Ensino
Fundamental pela BNCC são muito semelhantes aos conteúdos propostos pelo PCN,
com uma diferença na turma dos 9 anos. Na BNCC, a área de Ciências da Natureza
do Ensino Fundamental está estruturada em 3 Unidades temáticas: “Matéria e
Universo”, “Vida e Evolução” e “Terra e Universo”, que aparecem em todos os anos
(Brasil, 2018). A seguir, de forma organizada, ficam divididos os objetivos do
conhecimento no ensino fundamental e no ensino médio respectivamente.
Na Tabela 1, observa-se a organização dos objetos de conhecimento que
possuem relação com astronomia ao longo dos anos do Ensino Fundamental:
18

Tabela 1
Objetos de conhecimento do eixo “terra e universo” a cada ano do
ensino fundamental.
Ano Objetos do conhecimento
1º Escalas de tempo
2º Movimento aparente do Sol no céu; O Sol como fonte de luz e calor.

3º Características da Terra; Observação do céu; Usos do solo.

4º Pontos cardeais; Calendários, fenômenos cíclicos e cultura.

5º Constelações e mapas celestes; Movimento de rotação da Terra;


Periodicidade das fases da Lua; Instrumentos ópticos.

6º Forma estrutura e movimentos da Terra.

7º Composição do ar; Efeito Estufa; Camada de Ozônio; Fenômenos


naturais (vulcões, terremotos e tsunamis); Placas tectônicas e derivas
continentais.

8º Sistema Sol, Terra e Lua; Clima.

9º Composição, estrutura e localização do Sistema Solar no Universo;


Astronomia e cultura; Vida humana fora da Terra; Ordem de
grandeza astronômica; Evolução estelar.

Fonte adaptada Brasil (2018)

Observando como ficou no Ensino Médio, a área de “Ciência da Natureza e


suas Tecnologias” ficou organizado com as seguintes mudanças nas Unidades
Temáticas: “Matéria e Energia” e “Vida, Terra e Cosmos”. Com isso, a área de
Ciências da Natureza e suas Tecnologias apresenta três “competências específicas”,
cada qual com suas respectivas habilidades associadas (Brasil, 2018). Em relação aos
19

PCN, a maior mudança proposta pela BNCC está atrelada à Reforma do Ensino
Médio, que sugere que os estudantes possam escolher sua formação, com foco na área
técnica e profissional.
Na Tabela 2 são apresentadas apenas a competência específica 2, que apresenta
as unidades temáticas: “Vida, Terra e Cosmos”, e as habilidades demonstrando os
objetos de conhecimento da astronomia:

Tabela 2
A competência e as habilidades que mencionam conteúdos de
astronomia na área de Ciências da Natureza, na BNCC do Ensino Médio.
Competência 2 Habilidades
(EM13CNT201) Analisar e discutir
modelos, teorias e leis propostos em
diferentes épocas e culturas para
comparar distintas explicações sobre o
surgimento e a evolução da Vida, da
Terra e do Universo com as teorias
científicas aceitas atualmente.

(EM13CNT204) Elaborar explicações,


previsões e cálculos a respeito dos
movimentos de objetos na Terra, no
Analisar e utilizar interpretações Sistema Solar e no Universo com base
sobre a dinâmica da Vida, da Terra e do na análise das interações gravitacionais,
com ou sem o uso de dispositivos e
Cosmos para elaborar argumentos, aplicativos digitais (como softwares de
realizar previsões sobre o funcionamento simulação e de realidade virtual, entre
outros).
e a evolução dos seres vivos e do
Universo, e fundamentar e defender (EM13CNT209) Analisar a evolução
decisões éticas e responsáveis. estelar associando-a aos modelos de
origem e distribuição dos elementos
químicos no Universo, compreendendo
suas relações com as condições
necessárias ao surgimento de sistemas
solares e planetários, suas estruturas e
composições e as possibilidades de
existência de vida, utilizando
representações e simulações, com ou
sem o uso de dispositivos e aplicativos
digitais (como softwares de simulação e
de realidade virtual, entre outros).

Fonte adaptada Brasil (2018)


20

A BNCC aponta meios diversos do conhecimento cientifico que podem ser


usados de forma prática, diversificando os conteúdos com métodos didáticos, lúdicos e
digitais, de forma gradativa e orientando os alunos no processo investigativo
cientifico.
Segundo a revista Latino-Americana de Educação em Astronomia (2020, p.
120) O documento indica que o processo de ensino e aprendizagem não deve ficar
restrito à mera manipulação de objetos ou à utilização de experimentos em
laboratórios. Sugere-se, assim, que as situações se organizem a partir de questões
desafiadoras que estimulem o interesse e a curiosidade científica dos alunos,
reconhecendo a diversidade cultural e as visões de mundo diferenciadas. “Espera-se
[...] possibilitar que esses alunos tenham um novo olhar sobre o mundo que os cerca,
como também façam escolhas e intervenções conscientes e pautadas nos princípios da
sustentabilidade e do bem comum.” (Brasil, 2017, p. 321).

2.2 A ASTRONOMIA NA ERA DIGITAL

Desde a luneta de Galileu até o Telescópio Espacial James Webb lançado em


2021, diversos astrônomos em seus vários campos de estudos, utilizam diversos
instrumentos, desenvolveram novas técnicas, que auxiliaram a descobrir novas formas
de estudar o céu, os astros, etc. Todo processo tecnológico com a Astronomia resulta
de uma jornada de evolução onde avanços no conhecimento levam a um denominador
comum, descobrir mais sobre o Universo. Desse processo do conhecimento
tecnológico a educação participa de forma direta de acordo com Altoé e Fugimoto
(2009), as mudanças na sociedade são constantes e estão presentes também na
educação. Referentes ao campo educacional, salientam que a escola “[...] busca
conectar-se ao uso da tecnologia”.
Percebemos que a tecnologia transformou as sociedades, desde a descoberta do
fogo, a manipulação dos metais, as maquinas a vapor, a modernização da produção
industrial e com a invenção do telégrafo abrindo caminhos na telecomunicação com o
avanço dos computadores chegamos a era da internet. Sendo este último, apresentando
um papel fundamental na comunicação atualmente. Um novo conceito surge nesse
ambiente da informação digital, conhecido como ciberespaço citada na revista Latino-
Americana de Educação em Astronomia (2020 apud Lévy, 1999, p. 169):
21

[...] de que a apropriação do conhecimento viria a acontecer no ciberespaço,


ou seja, na dimensão digital em que se encontram e se utilizam as tecnologias da
informação e comunicação. Já era nítido para o autor que o mundo virtual
favoreceria o fortalecimento da inteligência coletiva, a partir da “valorização, a
utilização otimizada e a criação de sinergia entre as competências, as imaginações e
as energias intelectuais, qualquer que seja a diversidade qualitativa e onde quer que
está se situe”.

Esse conceito que não pertence somente a vida digital, é um reflexo do


cotidiano no dia a dia das pessoas, onde existir uma socialização cultural poderá ser
reproduzido no espaço digital como, por exemplo, nas redes sociais onde será
abordado no próximo capítulo, ou seja, uma cibercultura surge interligando os
costumes e hábitos de viver com a informação sendo acessada e passada de forma
digital. Nesse paradigma a educação tem uma liberdade de desfrutar desse espaço
digital, mas para essa tecnologia ser usada ela tem que ser ensinada. Para adquirir
experiências, compreender novas formas de caminhos educacionais o acesso a meios
digitais é de fundamental importância para aprimoramento tanto quem vai passar o
conhecimento como de quem quer aprender, ressalta Kenski (2013, p. 44) “[...] essas
novas aprendizagens, quando colocadas em prática, reorientam todos os nossos
processos de descobertas, relações, valores e comportamentos.”
Para tanto é importante que “[...] A interação entre o querer aprender, a busca
pelo caminho do conhecimento, o auxílio pedagógico e as tecnologias, levam os
indivíduos a garantir o acesso ao conhecimento.” Demacq (2018, p. 18). Sendo assim,
com a existência desse novo modo de vida a chamada cibercultura, abre um caminho
para novas práticas que, a partir da escola, a integração dos recursos digitais, e o
desejo de ensinar e aprender, tornam-se um dos grandes desafios da educação.
Força et al. (2007), reforça que o emprego dos estudos da ótica causou um
avanço tecnológico nos conhecimentos dos céus, com o aperfeiçoamento de
ferramentas ligadas aos estudos sobre a Astronomia porque

a partir do momento em que Galileu apontou sua luneta para o céu, iniciou-
se uma estreita relação entre a evolução dos instrumentos astronômicos, a
tecnologia, a história e a ciência. [...] Portanto podemos seguir o caminho da
evolução dos instrumentos de observação astronômica, ligando-o à produção de
instrumentos científicos, implementação de tecnologia e sua influência na história.
(FORÇA et al., 2007, p.1)
22

Para Darroz et al. (2014) defende que o processo de evolução e as constantes


mudanças na Astronomia tem mudado o pensamento da humanidade repassando
informações significativas com relação a que direção devemos seguir no futuro, além
do desenvolvimento de inúmeras tecnologias, desde os computadores pessoais,
scanners de ressonância magnética, o Sistema de Posicionamento Global (GPS), os
painéis solares, e outras tantas ferramentas. Assim como a BNCC, que atual como um
instrumento orientando os passos da educação no Brasil, no que se refere ao ensino da
Astronomia, na área de Ciências de Natureza, sugere a integração dos conteúdos,
experimentos e investigações com as diversas tecnologias e soluções digitais,
demonstrando coerência com o comportamento e as circunstâncias das crianças e
adolescentes da Era Digital.

2.3. A EDUCAÇÃO EM MEIO A PANDEMIA

Com o agravamento do contágio mundial causado pelo (COVID-19), mesmo


tratando-se de uma questão de saúde pública, vários outros setores foram afetados
como na econômica, na política, no cotidiano das pessoas e consequentemente na
educação. O caminho mais indicado para diminuir a proliferação do contágio foi a
medida do isolamento social, cada país com seu controle, alguns necessariamente
mais intensos do que outro, de acordo com OMESC (2020, p.1), descreve que

[...] noticiou-se, logo nos primeiros 30 dias de contágio mundial e massivo


do vírus, o alcance do número de 300 milhões de crianças e adolescentes fora da
escola. Diante do aumento dos casos, ao final de março a situação já afetava metade
dos estudantes do mundo, ou seja, mais de 850 milhões de crianças, em 102 países.
No momento de escrita deste editorial, a UNESCO noticiava ter sido alcançado o
número de 1,6 bilhão de crianças e jovens afetados pelo fechamento de escolas, em
191 países, representando 90,2% da população estudantil mundial, os quais
enfrentam, como consequência, interrupções no desenvolvimento escolar.

A pandemia tornou evidente a desigualdade entre as classes sociais, enquanto


alguns alunos têm acesso à internet e facilidades tecnológicas, recebem em casa o
apoio dos pais, por outro lado, uma parcela significativa de alunos ficam sujeitos a
falta desses benefícios, por situação de pobreza e sem espaço na sociedade, em suas
23

casas faltam aparelhos de comunicação, alguns não têm acesso à internet e outra
realidade é uma pequena participação dos responsáveis por conta de suas ocupações
que exigem mais tempo fora de casa ou a situação do nível baixo de escolaridade, não
podendo orientá-los em relação à realização das atividades. Esses fatores demonstram
haver muito a se fazer para chegamos a uma igualdade atendida para educação
principalmente no Brasil. Nesse período remete a muitas discussões, reflexões sobre o
que se precisa ser feito nas escolas em imediato com também em pôs-pandemia.
Em primeiro lugar, como agir com os conteúdos curriculares, ou seja, apenas
seguir com os currículos prescindindo dos pilares do que constitui o fazer docente: o
planejamento, a seleção de conceitos e objetos de conhecimento, a reflexão acerca do
que, a quem e para que queremos ensinar, sem estabelecer relações diretas com seu
público e com a realidade que o cerca.
Segundo OMESC (2020, p.3) É importante ressaltar que agora o processo da
passagem do conteúdo nas aulas é de forma não presencial e a maneira da abordagem
dos assuntos não seriam da mesma forma como se estivessem sendo trabalhados em
sala de aula, sem adequações didático-metodológicas. São diferentes tempos,
diferentes espaços, ambientes diferentes de aprendizagem (os quais nem sempre
possuem as condições ideais) e, além disso, os estudantes possuem condições
desiguais de suporte e acesso às tecnologias. Outro ponto a ser refletido é a questão da
flexibilidade em que a escola através de projetos adaptados à situação, envolvendo a
leitura de bons livros, filmes, situações de aprendizagem vinculadas à experiência
social de isolamento e enfrentamento de uma pandemia mundial, questões que
independem de um currículo rígido, demonstrando às escolas que os desafios às
crianças são de outra ordem.
O termo - atividade remota refere-se à transição sofrida na forma do ensino,
que passou de presencial para remoto durante a pandemia da COVID-19. Para
Martins e Almeida (2020), a educação a distância tem suas próprias metodologias de
ensino, e essas foram adaptadas pelos professores do ensino presencial, que por sua
vez, não tem familiaridade com o ensino à distância, mas precisaram prosseguir com
os cronogramas. Nesse contexto, destaca-se o uso das tecnologias educacionais de
forma emergencial para realização de atividades escolares não presenciais como
maior ferramenta educacional. A disponibilização de plataformas online para a
realização de atividades não presenciais, reforçou mais o ensino à distância (EAD),
outra mobilização emergencial foi a necessidade de concentrar esforços na preparação
24

dos professores tanto da rede de ensino público e particular para o desenvolvimento


de situações de aprendizagem remota, que, em geral, estão sendo mediadas pelo uso
das tecnologias, como, por exemplo, plataformas online com o Google Meet, o
Youtube e entre outros.

3. A UTILIZAÇÃO DAS REDES SOCIAIS COMO RECURSO DIDÁTICO

É notável que a tecnologia ganha mais espaço em nosso dia a dia, obtemos de
forma quase que natural informações sobre diversos assuntos, utilizamos diversos
aparelhos que auxiliam nas mais variadas necessidades. Nesse contexto a necessidade
de aprender e buscar caminhos mais sobre o conhecimento, com a orientação
pedagógica adequada presente no espaço tecnológico, levam as pessoas a garantirem o
acesso ao conhecimento a qual estão necessitando. E, é essa interação que vai definir a
qualidade da educação. Os diversos recursos abertos na informação digital, ou seja, no
ciberespaço, tem sido cada vez mais utilizado pelos estudantes, professores,
acadêmicos e pessoas sem finalidade pedagógica para dinamizar suas redes sociais e
ampliar suas formas de aprendizagem informal. No mundo, hoje em dia a utilização da
chamada Web (redes sociais como Facebook, Instagram, blogs, YouTube, Wikipédia),
tem se intensificando, participando ativamente do dia a dia das pessoas com
ferramenta de comunicação, realmente este é o proposito dessas plataformas digitais,
falando de educação, as redes sociais, servem perfeitamente como meio de ampliação
e divulgação de conteúdos didáticos disciplinares, e em destaque para no nosso
trabalho especificamente na área cientifica a Astronomia. Nesse presente capítulo
mostraremos alguns projetos de divulgação sobre a Astronomia.
E como objetivos específicos, demonstrar algumas atividades de destaque aos
interessados por Astronomia via Instagram e Facebook. Novidades, comparações e
fenômenos astronômicos, são encontrados facilmente e tornam-se assuntos
indispensáveis nas construções de estudo que auxiliam em pesquisas bibliográficas.
Para Marconi e Lakatos (2006, p. 185), a pesquisa bibliográfica “[...] abrange toda
bibliografia já tornada pública em relação ao tema de estudo [...]”. Assim, os dados
são coletados através de livros, teses, dissertações, jornais, revistas científicas e outros.
Conforme Triviños (1987, p. 133), o estudo de caso “[...] é uma categoria de pesquisa
cujo objetivo é uma unidade que se analisa com profundidade.” A proposta quanto a
25

qualidade traz novas perspectivas, buscando construir um conhecimento mais


completo, no sentido de atingir os objetivos propostos.

3.1 REDES SOCIAIS E A ASTRONOMIA

No cenário atual que compreende o uso dos meios de comunicações digitais


como a internet, as redes sociais têm se tornado destaque no espaço dos cotidianos de
milhões de usuários. Observando a rede social Facebook e Instagram notamos o
compartilhamento de informações, várias atividades práticas são adotadas nesses
ciberespaços, tais como os modos de dizer, de pensar e de ser de um dado grupo
social, e o resultado desse compartilhamento digital, é construído por uma
interpretação de como as pessoas veem o mundo onde vivem e também como
expressam suas características através da escrita.
A coleta de informações neste presente trabalho adveio por observações de
páginas significativas que apresentam o conteúdo prático, simples e até bem-
humorado sobre a Astronomia em geral, os assuntos mais intrigantes, de descobertas e
tecnologias que envolvem os usuários a aprenderem mais dessa ciência que fascina e
se renova todos os dias. As relevâncias qualitativa e quantitativa dessas páginas foram
os critérios maiores importâncias, cada postagens sobre os mais variados temas como
também o retorno desses trabalhos, observados nos comentários feitos pelos visitantes
sobre assuntos relativos à Astronomia. Para tanto utilizou-se da abordagem qualitativa
e quantitativa. Segundo Minayo (2000, p. 12), a pesquisa qualitativa “[...] capta o
significado e a intencionalidade inerentes aos atos, às relações e às estruturas sociais.”
A abordagem qualitativa parte do fundamento de que há uma relação
dinâmica entre o mundo real e o sujeito, uma interdependência viva entre sujeito e o
objeto, um vínculo indissociável entre o mundo objetivo e a subjetividade do sujeito.
(CHIZZOTTI, 2006, p. 78-79).

A abordagem quantitativa conforme Oliveira (2001, p. 115), significa


quantificar opiniões, dados, nas formas de coleta de informações, assim como também
com o emprego de recursos e técnicas estatísticas desde as mais simples, como
percentagem, média, moda, mediana e desvio padrão, até as de uso mais complexo,
como coeficiente de correlação, analisando as páginas “Fãs de Carl Sagan”, com o
endereço https://www.facebook.com/FãsdoCarlSagan “Astronomia e Astrofísica”,
26

com o endereço https://www.facebook.com/AstronomiaeAstrofísica , nestas páginas


encontram-se matérias onde os responsáveis podem postar fotos, vídeos, compartilhar
notícias interessantes, criar eventos, grupos de discussão sobre assuntos atualizados
diariamente.

Figura 1 – Página virtual “Astronomia e Astrofísica”


Fonte: Astronomia e Astrofísica, 2022

Figura 2 – Página virtual “Fãs de Carl Sagan”


Fonte: Fãs de Carl Sagan, 2022

Na rede social Instagram várias páginas trazem bastantes assuntos relacionados a


astronomia, foram selecionados os perfis de maiores números de seguidores. Nas
seguintes páginas são abordadas imagens com informações sobre o cosmo,
27

infográficos sobre os astros, como, por exemplo, movimentação da Lua em suas


respectivas fases, posições de planetas e astros menores, como também vídeos de
simuladores que conseguem passar uma sensação de realidade na observação dos
astros. Vejamos algumas páginas de destaque a seguir.

Figura 3 – Página virtual “astronomia.hoje”


Fonte: https://www.instagram.com/astronomia.hoje/

Figura 4 – Página virtual “astrofísica_brasil”


Fonte: https://www.instagram.com/astrofisica_brasil/
28

Figura 5 – Página virtual “misteriodoespaço”


Fonte: https://www.instagram.com/misteriosdoespaco/

Figura 6 – Página virtual “umadose_deastonomia”


Fonte: https://www.instagram.com/umadose_deastronomia/
29

Figura 7 – Página virtual “nasa”


Fonte: https://www.instagram.com/nasa/

Figura 8 – Página virtual “gepac.ifce”


Fonte: https://www.instagram.com/gepac.ifce/

Nas páginas destacadas e entre inúmeras outras, apresentam uma ligação entre
as tecnologias e a sensibilidade humana despertando o interesse, a curiosidade e o
rompimento da fronteira entre espaço real e espaço construído, levando a inúmeras
possibilidades de vivências a serem exploradas. É justamente esse tipo de experiência
que atrai os chamados cibernativos, como sugere Oliveira (2017), quando explana
sobre a “juventude ciborgue” na crise entre o on/off. Esses indivíduos – acredita –
ocupam mais de um espaço ao mesmo tempo, na escola, visto que permanecem
conectados, trazendo um enorme desafio para os educadores, familiares e os próprios
jovens, que querem experimentar outras realidades sociais, “querem existir mais”
(Oliveira, 2017, p. 80).
30

A facilidade de imersão na vastidão do Cosmo e nos mais vários assuntos


astronômicos por meio dessas redes sociais facilita de forma acessível e gratuita uma
gama de possibilidades, interativas e criativas de se contemplar o universo,
diariamente imagens fascinantes do universo e novidades são apresentadas e
divulgadas levando os usuários a um conhecimento prático e perpetuando a educação
que antes só em livros ou apostilas de uso somente em livrarias, ou na sala de aula.
Para Braund e Reiss (2006) já indicavam a necessidade das atividades de Astronomia
não só na sala de aula. Para os autores, é importante ampliar a pesquisa de maneira
independente em busca do conhecimento astronômico complementar, no entanto, uma
abordagem diferenciada e significativa onde a comunicação digital e tecnologias sejam
acessíveis nas quais os estudantes tenham interesse e se sintam engajados. Ferreira e
Agner (como citado em Gomes & Gomes, 2019) avaliam que as plataformas digitais
apresentam os melhores recursos para conquistar o público leigo, principalmente os
jovens, para participar ativamente na comunidade científica.
É importante também identificar a diferença entre a divulgação científica que,
segundo Bueno (2009, p.162) compreende a utilização de recursos, técnicas, processos
e produtos (veículos ou canais) para a veiculação de informações científicas,
tecnológicas ou associadas a inovações ao público leigo. Já a comunicação científica
está relacionada à transferência de informações científicas destinadas aos especialistas
em determinadas áreas do conhecimento.

3.2 PROJETO DE DIVULGAÇÃO DE ASTRONOMIA NO INSTAGRAM

Neste capítulo apresento um projeto de divulgação científica sobre os mais


variados assuntos pertinentes a Astronomia de maneira didática utilizando-se de
infográficos com um formato bem ilustrativo e de fácil leitura a rede social escolhida
para as divulgações foi o Instagram. A escolha desta rede social é motivada a partir do
alcance de qualquer internauta, estando disponível em qualquer parte do mundo,
bastando que o usuário tenha acesso à internet. Atualmente, grande parte das pessoas
de todos os lugares, com acesso à internet utilizam o Instagram ao publicar ali textos,
imagens, vídeos, fazem suas publicidades e troca de mensagens com maior facilidade
são imediatamente consumidos por tantos outros. Ao ser utilizada, os usuários põem a
rede à sua disposição e a reinventam. Nesse cenário, o Instagram surge como uma
ferramenta virtual de aprendizagem, ou seja, “[...] aprender a conviver virtualmente
31

em um processo interativo pedagógico comunicacional que imerge no ciberespaço.”


(FERREIRA, CORRÊA, TORRES, 2012). A linguagem acaba sendo incorporada a
outros meios de comunicação, incluindo o Facebook e Youtube. Canavilhas apud
Rodrigues (2009, pag14) cita:
“Marshall McLuhan afirmava que o conteúdo de qualquer médium é sempre o
antigo médium que foi substituído. A internet não foi exceção. Devido às questões
técnicas, a internet começou a distribuir os conteúdos do meio substituído – o
jornal”.
Partindo do princípio que a divulgação científica tem um papel importante para
que a população adquira conhecimento sobre ciência e conheça o quanto ela está
presente em seu entorno. Infelizmente, ainda existe dificuldade em relação a uma
divulgação científica de modo popular onde o alcance popular consiga um número
mais expressivo/significativos de pessoas em todos os ambientes. Massarani (2002,
p.10) afirma que, frequentemente, essa divulgação é vista e praticada ou como uma
atividade voltada, sobretudo, para uma espécie de “propaganda” científica de
instituições, grupos e indivíduos, ou como uma empreitada de “alfabetização”. Tendo
em vista que o advento da Internet e das novas tecnologias da informação
potencializam a democratização da informação, surge uma oportunidade para que a
divulgação científica ganhe um destaque na comunicação não mais nas instituições e
sim para todos que possam ter acesso à comunicação digital.
Seguem alguns detalhes do trabalho de divulgação cientifica sobre a
Astronomia feito no meu Instagram: https://www.instagram.com/fisica_rondinelli/ . A
página traz informações diversificada sobre alguns assuntos que venho coletando de
vários fontes, como, por exemplo do livro: Guia Ilustrado Zahar Astronomia de Ian
Ridpath, como também de outros sites e páginas que divulgam os principais conteúdos
da Astronomia. Segue minha página virtual no Instagram e algumas divulgações com
maior número de visualizações:
32

Figura 9 – Página virtual (perfil) “física_rondinelli”


Fonte: https://www.instagram.com/fisica_rondinelli/

Figura 10 – Página virtual (Infográficos) “física_rondinelli”


Fonte: https://www.instagram.com/fisica_rondinelli/
O destaque na imagem acima é a postagem sobre alguns fatos importantes
sobre os fenômenos que ocorre no universo como a expansão do Universo, a formação
dos planetas, o que seria a matéria escura, nascimento e morte de uma estrela etc.

Figura 11 – O Universo em expansão


Fonte: https://www.instagram.com/fisica_rondinelli/
33

Figura 12 – O que é matéria escura?


Fonte: https://www.instagram.com/fisica_rondinelli/

Figura 13 – A inflação
Fonte: https://www.instagram.com/fisica_rondinelli/
Também disponibilizo a página com informações específicas sobre alguns
Astros, em destaque para informações sobre o Sol e suas especificações.
34

Figura 14 – Página virtual (O Sol) “física_rondinelli”


Fonte: https://www.instagram.com/fisica_rondinelli/

Figura 15 – O Sol
Fonte: https://www.instagram.com/fisica_rondinelli/
35

Figura 16 – Dados do Sol


Fonte: https://www.instagram.com/fisica_rondinelli/

Figura 17 – Dentro do Sol


Fonte: https://www.instagram.com/fisica_rondinelli/

Pelo exposto, percebe-se que as redes sociais em destaque o Instagram pode ser
também uma excelente ferramenta educacional, pois os usuários, como estudantes ou
apenas curiosos podem utilizar desse ambiente como meio de expandirem seus
conhecimentos. Os educadores podem usar essa ferramenta para estimular a participação
dos alunos dentro e até fora da escola, promovendo maior interação entre todos. Neste
36

sentido, a maneira de como a internet é acessada se transformou num espaço confortável,


prático em vista de suas necessidades, permitindo conceber oportunidades para a
engendração de um âmbito de aprendizagem. Destaco que, a utilização de novas
informações e tecnologias de comunicação como ferramenta para as práticas escolares em
todas as etapas educacionais podem proporcionar uma contribuição significativa, sendo
mais um instrumento para o desenvolvimento das práticas de ensino-aprendizagem.

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Nesse estudo, teve-se como objetivo a divulgação do ensino de Astronomia na


utilização de plataformas digitais como um dos melhores recursos para conquistar o
público leigo, principalmente jovens, para participar ativamente na comunidade
científica. Importante destacar o papel da BNCC, atual instrumento norteador da
educação no Brasil, onde trata a disciplina da Astronomia como conteúdo de
importância e relevância na área de Ciências de Natureza, promovendo integração de
conteúdo, experimentos e investigações atrelada a tecnologias e soluções digitais, onde
o estudante pode compreender de forma clara e organizada as diversas situações que
podem ocorrer em uma era digital.
Outro ponto marcante abordado neste trabalho foram os efeitos pela (COVID-
19), que modificaram a rotina social das pessoas no mundo e principalmente na
educação, na forma de ensinar, em que antes ocorriam em aulas presenciais sendo
modificado para aulas virtuais, com o auxílio da tecnologia essas formas foram
adaptadas mediante a situação de cada unidade de ensino, seja acadêmico ou ensino
básico. Um período na história da humanidade onde as pessoas praticamente faziam
tudo em casa e a utilização das redes socias foi o meio principal de comunicação.
Este trabalho permitiu evidenciar que as redes sociais, possibilitam diversas
oportunidades para a concepção de um ambiente de aprendizagem cooperativo e
colaborativo e principalmente onde os acadêmicos, educadores e pessoas interessadas
37

na divulgação científicas, possam usufruir ou fornecer material tanto para suas


pesquisas, seus ensinos teóricos ou práticos na sala aulas. Neste estudo, procurou-se
demonstrar sobre os conteúdos de Astronomia que se encontram presentes na página
do Facebook e Instagram, em várias páginas de ligação direta com os conteúdos
Astronomia e na minha página pessoal: @fisica_rondinelli, no período de fevereiro a
julho de 2022, com vários posts sobre a divulgação da Astronomia.
A todo momento no mundo, novas formas de interações tecnológicas são
inseridas no dia a dia das pessoas, a propagação de informações em um ambiente
virtual - ciberespaço, gera novas práticas sociais e introduz um novo conceito - a
cibercultura. Desta forma, a disseminação de informações, sugere novas práticas
sociais e, portanto, novas formas na passagem do conhecimento. As redes sociais são
meios de comunicação digital, que se instalaram no espaço tecnológico de forma
sistemática, como resultado desse processo surge uma nova forma de interação
comportamental nas práticas sociais. A rede social Instagram é um meio de
comunicação digital onde os usuários podem expor seus costumes e opiniões por
textos verbais, músicas, imagens, etc., contudo, através de postagens, comentários e
compartilhamento, a comunicação desejada é estabelece causando o efeito desejado
pelo usuário.
No ambiente do Instagram a divulgação e o debate sobre temas de Astronomia
têm se desenvolvido ao longo do tempo, aos poucos foi se organizando na tentativa de
oferecer aos professores e alunos subsídios para fortalecer o processo de ensino e
aprendizagem. Um local de integração, comunicação e colaboração onde a educação
compartilha promovendo uma aprendizagem envolvente.
38

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