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CROMATOGRAFIAS PRESSURIZADAS

Cromatografia Gasosa

Michelle Barcellos
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Cromatografia gasosa - CG

Porque cromatografia GASOSA? 2


Modalidades e Classificação

Cromatografia
Líquida

Líquida Cromatografia
Gás-Líquido (CGL)
Fase
Móvel Líquida
Gasosa
Cromatografia Fase
Gasosa (CG) Estacionária

Sólida

Cromatografia
Gás-Sólido (CGS)

3
Característica dos analitos

Misturas de analitos
VOLÁTEIS
(evaporáveis)

Separação e análise de misturas de substâncias


termicamente estáveis e ponto de ebulição inferior a 300°C
4
Cromatógrafo a gás

5
Cromatógrafo a gás

6
Cromatógrafo a gás

7
Cromatógrafo a gás

1 - Reservatório de Gás e Controles


1 6 de Vazão / Pressão.

2 2 - Injetor (Vaporizador) de
Amostra.

3 - Coluna Cromatográfica e Forno


da Coluna.
4
4 - Detector.

5 - Eletrônica de Tratamento
(Amplificação) de Sinal.
5
6 - Registro de Sinal (Registrador ou
3 Computador).

Obs.: EM VERMELHO: temperatura controlada 8


Sistema de gases
Gases e manômetros

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Sistema de gases
Cilindros e linhas de gases

Tubos e Conexões
Aço Inox ou Cobre

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Sistema de gases

Características dos gases

Fase Móvel → GÁS DE ARRASTE


NÃO interage com a amostra, apenas a “carrega” através da coluna.

Requisitos básicos:

INERTE → Não reagir com amostra, F. E. ou superfícies do instrumento.

PURO → Isento de impurezas que possam degradar a fase estacionária.


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Sistema de gases
Custo vs. pureza dos gases

A = 99,995 %
B = 99,999 % C

CUSTO
C = 99,9999 % B
A
PUREZA

Impurezas típicas em gases e seus efeitos:

- hidrolisa/ oxida fases estacionárias


H2O, O2
- incompatíveis com DCE

Hidrocarbonetos - ruído no sinal de DIC


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Sistema de gases

Seleção do Gás de Arraste

Compatibilidade com o detector

He , H2 DCT
N2 , H 2 DIC
N2 , Ar + 5% CH4 DCE

Estes gases fluem por todo o sistema


cromatográfico.
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Injetores
Funções e parâmetros de injeção
Inserir amostra no cromatógrafo;
Vaporizar a amostra;
Misturar com o gás de arraste;
Conduzir amostra até a coluna.

Temperatura do injetor
Elevada para vaporização imediata da amostra porém sem decomposição.
Tinj → 50oC acima do P. E. do componente menos volátil.

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Injetores
Parâmetros de injeção

Volume injetado → Depende de coluna e do estado físico da amostra

Amostras Amostras
líquidas Gasosas
preenchida 0,2 - 20 μL 0,1 - 50 mL
∅ = 3,2 mm

COLUNA

capilar
∅ = 0,25 mm 0,01 - 3 μL 0,001 - 0,1 mL

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Injetores
Parâmetros de injeção

A introdução da amostra na coluna cromatográfica deve ser


INSTANTÂNEA.

Injeção instantânea Injeção lenta


t=0 t=0

t=x t=x

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Injetores
Injeção manual e Microseringas

Êmbolo

Corpo
(pirex)

Agulha
(inox)

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Injetores
Injeção automática e Acessórios

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Tipos de Injetores
Injetor de Vaporização Direta

Septo de
Colunas empacotadas e megabore
Seringa
silicone Taxa de fluxo de 10 mL/min
Aquecimento do injetor:
Gás
Carreador Temperatura média de ebulição dos analitos

Calor uniforme via haste de vidro (liner)

Insert

Elimina contato entre amostra


e o metal do injetor
Coluna
Capilar
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Injetores
Injetor Split/Splitless
Colunas capilares
Possível Saturação

Modo Split – Com divisão Modo Splitless – Sem divisão


Seringa Seringa

Septo de Septo de
silicone silicone
Escape do Escape do
4 mL/min 49 mL/min
Gás septo Gás septo
Carreador Carreador
50 mL/min 50 mL/min
Escape 45 mL/min Escape
do split do split
Insert Metal Insert Metal
aquecido aquecido

Coluna Coluna
Capilar 1 mL/min Capilar 1 mL/min
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Injetores
Injetor Split/Splitless

Modo Split – Com divisão

Seringa → Injeção de parte do volume de amostra


(0,1-2μL);
Septo de
silicone
Escape do
→ Injeção no bloco aquecido gera escape dos
4 mL/min
Gás septo analitos mais voláteis;
Carreador

50 mL/min
→ Não é uma técnica adequada para análise
Escape
do split 45 mL/min de traços.
Insert Metal
aquecido

Razão de = Fluxo do escape do Split


Coluna
Capilar
1 mL/min = 45
divisão Fluxo da coluna 1

Faixa 1:20 e 1:500 21


Injetores
Injetor Split/Splitless

Modo Splitless – Sem divisão

Seringa → Injeção de volume de amostra


< 1μL devido expansão térmica;
Septo de
silicone → Injeção de até 75% do volume do insert
Escape do
Gás septo
49 mL/min (150 – 1000 μL);
Carreador

50 mL/min →Técnica adequada para análise de traços e


Escape compostos semi-voláteis;
do split
Insert Metal ! Split aberto após introduzir a amostra para
aquecido
saída do solvente pode promover escape dos
menos voláteis.
Coluna
Capilar
1 mL/min
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Injetores
Injetor com vaporização de temperatura programada PTV

Septo
Entrada gás
Escape do
Vantagens combinadas carreador
septo

Saída
de ar frio Aquecimento

Gradiente de temperatura Insert


Similar à vaporização direto no injetor
Lã de vidro
Saída gás
Divisão de fluxo Entrada de carreador
Similar ao injetor split/splitless ar frio

Coluna capilar

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Colunas
Função e localização

Promover interação diferenciada para separação dos analitos da amostra.

Forno para coluna Encaixes da coluna

Injetor Detector

Capacidade: Duas colunas


Temperatura: > 400°C
Controle: 0,1°C
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Colunas
Temperatura da coluna

O tempo do analito na coluna cromatográfica depende:

Interação entre analito e fase estacionária


Pressão de vapor (p0) do analito

30°C

Temperatura da Pressão de Velocidade de 70°C


coluna vapor migração

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Colunas
Temperatura da coluna
Misturas complexas quando separadas isotermicamente

30°C Muito voláteis: saem separados e


sensíveis
Pouco voláteis: interagem muito
com FE e se difundem

70°C Muito voláteis: quase não interagem


coeluem
Pouco voláteis: interagem menos com FE
e tem baixa difusão.
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Colunas
Programação Linear de Temperatura na coluna

A temperatura do forno pode ser variada linearmente durante separação

Boa eluição de compostos de


TFIM diferentes volatilidades
TEMPERATURA

R
Velocidade de
Aquecimento
TINI

tINI tFIM
TEMPO

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Colunas
Tipos de coluna

CAPILAR
EMPACOTADA
Recobrimento interno com
Preenchida com F.E. filme fino de F.E.
L = 0,5 m a 5 m
L = 5 m a 100 m
∅ = 3 a 6 mm
∅ = 0,1 a 0,5 mm
28
Colunas
Colunas empacotadas (preenchidas)

Tubo inerte recheado com FE

L = 0,5 m a 5 m
∅ = 3 a 6 mm

Sólida granulada

TERRA
DIATOMÁCEA
Líquida depositada sobre Esqueletos fósseis de
suporte sólido algas microscópicas
(SiO2 + óxidos metálicos) 29
Colunas

Colunas empacotadas (preenchidas)

Principais Aplicações
Gases fixos
Compostos leves
Séries homólogas

30
Colunas
Colunas capilares

Recobrimento
de poli-imida

Sílica fundida

Fase estacionária

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Aplicações diversas
Colunas
Fases estacionárias líquidas suportadas
Dimetilpolisiloxano 5% Fenil +
Metilpolisiloxano
Polietilenoglicol

Ph

Ph
n = 95% e m = 5% 32
Colunas
Fases estacionárias líquidas suportadas

33
Colunas
Fases estacionárias líquidas suportadas
Fluoxetina

Paroxetina

Sertalina
Coluna pouco polar

PDMS

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Colunas
Fases estacionárias quirais

Isômeros óticos Propriedades semelhantes

Separação em F.E. oticamente ativas → F.


E. Quirais

Derivados de ciclodextrinas alquiladas

Ligadas a cadeias de polisiloxano: β-ciclodextrina


Favorável como F.E. líquida (viscosidade baixa, estabilidade)
Podem ser quimicamente imobilizadas nas colunas
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Colunas
Aplicações Fases estacionárias quirais
Fármacos Produtos biológicos
Em geral somente um dos isômeros óticos Naturais (oticamente puras) vs. Sintéticos
têm atividade farmacológica (misturas racêmicas)

Aroma de bergamota
aroma natural vs artificial

Coluna: Rt-ßDEX
Gás de Arraste: He @ 80 cm.min-1
TCOL: 1 min a 40°C / 4°C min-1 / 200°C
Detector: MS

Óleo essencial natural Essência artificial


36
Detectores
Conceitos básicos
Dispositivos que examinam continuamente a amostra, gerando sinal na
passagem de substâncias que não o gás de arraste

CROMATOGRAMA
Intensidade

Tempo

37
Cada analito separado forma um PICO no cromatograma.
Detectores
Classificação dos detectores

UNIVERSAIS:
Geram sinal para qualquer substância eluida.

SELETIVOS:
Detectam apenas substâncias com determinada
propriedade físico-química.

ESPECÍFICOS:
Detectam substâncias que possuam determinado
elemento ou grupo funcional em suas estruturas

38
Detectores
Tipos de detectores

~ 60 detectores já usados em CG

~ 15 equipam cromatógrafos comerciais


4 respondem pela maior parte das aplicações

DCT TCD DIC FID


Detector por Condutividade Detector por Ionização
Térmica em Chama

DCE ECD EM MS
Detector por Captura de Detector
Elétrons Espectrômetro de
Massas
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Detectores
Detector por Condutividade Térmica - DCT
Variação na condutividade térmica do gás quando da eluição de um analito.

Cela de Detecção Características

i Seletividade: UNIVERSAL
Sensibilidade: pg a ng (10-12 - 10-9 g)

Corrente Saída do
elétrica gás Vazão do gás de arraste:
Sinal de condução térmica proporcional teor de
Filamento
analito no volume de gás da cela.
aquecido
Entrada
do gás
Bloco de aço

Detector não-destrutivo, pode ser usado em CG


preparativa ou detecção sequencial.
VAZÃO CONSTANTE VARIAÇÃO DA VAZÃO 40
Detectores
Aplicaçõesdo DCT

Separação de Gases Fixos e Hidrocarbonetos

1 N2
2 CH4
3 CO2
Coluna preenchida 4 n-C2
5 NH3
TCOL: 40°C 6 n-C3
7 i-C4
8 n-C4

Gás de Arraste: He @ 3 ml.min-1

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Detectores
Detector por Ionização em Chama - DIC
Formação de íons na queima do analito em chama de hidrogênio e oxigênio

O gás de arraste sai da coluna e queima Quando o analito orgânico chega ao


com H2 e O2 sem formar íons e conduzir detector, é queimado, forma íons e
corrente elétrica. conduz corrente elétrica
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Detectores
Características operacionais do DIC

Seletividade:
“Universal orgânico” Seletivo para ligações C-H
Sensibilidade: pg a ng (10-12 - 10-9 g) DIC CH4

DCT

Analitos que NÃO respondem ao DIC:

Gases nobres NH3, NxOy


H2 , O 2 , N 2 SiX4 (X = halogênio) O2 N2 CH4
CO2
CO, CO2, CS2 H2 O
CCl4, HCOOH, HCHO *
43
Detectores
Detector por captura de elétrons - DCE
Supressão do fluxo de elétrons por analitos eletrofílicos

Corrente contínua de elétrons do anôdo Analitos eletrofílicos absorvem elétrons


(fonte β -emissora) para o cátodo. suprimindo a corrente elétrica.
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Detectores
Característica operacionais do DCE

Seletividade: Compostos eletrofílicos


Sensibilidade(organoclorados) : fg a pg (10-15 - 10-12)

~250 fg cada PESTICIDAS Detector preferencial em


analito 1 tetracloro-m-xileno análises de traços de
2 α - BHC organoalogenados.
3 Lindano
4 Heptachlor
5 Endosulfan
6 Dieldrin
7 Endrin
8 DDD
9 DDT
10 Metoxychlor
11 decaclorobifenila
10 fg Lindano (C6H6)

45
Detectores
Aplicaçõesdo DCE
Contaminantes em ar atmosférico

1, 2, 3 -
DIC Hidrocarbonetos
aromáticos

DCE 4, 5, 6 -
Hidrocarbonetos
clorados

46
Detectores
Detector de Espectrômetro de Massas - MS
Detecção Sequencial ou “Tandem”

47
Detectores
Cromatogramas → modo TIC vs SIM

TIC SIM (m/z = 149)

(TIC = Total Ion Chromatogram) (SIM = Single Ion Monitoring)


Cromatograma de íons totais Monitoramento do íon selecionado

Picos correspondentes a todas substâncias eluídas. Cromatograma de fragmentos de massa específica.

Seletividade: Universal
Seletividade: Massa escolhida
Maior Sensibilidade 48
Detectores
Detector de Espectrômetro de Massas - MS

CH3OH+.(íon molecular) → CH2OH+(íon fragmento) + H.


ou
CH3OH+.(íon molecular) → CH3+(íon fragmento) + .OH

Íon molecular
Pico base

Picos filhos

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Referências

1. COLLINS, C.; BRAGA, G.L.; BONATO, P.S. Fundamentos de Cromatografia.


1ª reimpressão.. Editora da UNICAMP - Campinas: Editora da UNICAMP,
2007.

2. SKOOG, D. A., WEST, D. N. Fundamentos de Química Analítica. Barcelona :


Reverte, 1974.

3. SKOOG, D. A., HOLLER, F. J., NIEMAN, T. A. Principles of instrumental


analysis. Philadelphia: Saunders College Publishing , c1998
4. ROUESSAC, F., ROUESSAC, A. Chemical Analysis: Modern Instrumentation
Methods and Techniques. Wiley, 2nd edition.

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