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Adaptado de http://www.iq.unesp.br/pet/analisevinhosscg.pps
CROMATOGRAFIA
Histórico
M. TSWEET (1903): Separação de misturas de pigmentos vegetais em colunas
recheadas com adsorventes sólidos e solventes variados.
éter de
petróleo
mistura de
pigmentos
pigmentos
CaCO3 separados
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CROMATOGRAFIA
Princípio Básico
Separação de misturas por interacção diferencial dos seus componentes entre uma
FASE ESTACIONÁRIA (líquido ou sólido) e uma FASE MÓVEL (líquido ou gás).
CROMATOGRAFIA
Modalidades e Classificação
Em CG a FE pode ser
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CROMATOGRAFIA GASOSA
Histórico
1940 “CGS” rudimentar
CGL proposta (Martin e Synge)
CROMATOGRAFIA GASOSA
Aplicabilidade
Que misturas podem ser separadas por GC ?
(para que uma substância possa ser “arrastada” por um fluxo de um gás, esta deve
ser, no mínimo, parcialmente solúvel nesse gás)
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CROMATÓGRAFO A GÁS
1 6
2
5
3
A laranja: temperatura controlada
INSTRUMENTAÇÃO
Gás de Arraste
Fase Móvel em GC: NÃO interage com a amostra - apenas a carrega através da
coluna. Assim, é normalmente denominada GÁS DE ARRASTE.
Requisitos
INERTE: Não deve reagir com a amostra, fase estacionária ou superfícies
do instrumento.
PURO: Deve ser isento de impurezas que possam degradar a fase estacionária.
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INSTRUMENTAÇÃO
Gás de Arraste
Requisitos
CUSTO: Gases de altíssima pureza, que podem ser muito caros.
A = 99,995 % (4.5)
CUSTO
C
B
B = 99,999 % (5.0)
A C = 99,9999 % (6.0)
PUREZA
INSTRUMENTAÇÃO
Injector “On-Column” convencional
Estou a colocar a nossa amostra dentro da coluna capilar.
2 Triglicéridos
1 - Septo (silicone)
2 - Alimentação de gás de arraste
3 - Bloco metálico aquecido
4 - Ponta da coluna cromatográfica
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COLUNAS CAPILARES
Colunas Capilares: Injecção
Baixa capacidade de processamento Injecção directa com
de amostra (sub-microlitro) microseringa muito difícil !!!
Injectores com divisão (“splitters”)
Sistema pneumático que despreza uma fracção da amostra injectada
1
2
1 - Septo;
3 2 - Entrada de gás de arraste;
3 - “Liner” (misturador);
5 4 - Coluna Capilar
4
5 - Purga de gás de arraste;
6 - Válvula de controle de purga.
6
- Menor sensibilidade (boa parte da amostra é desprezada)
- Divisão da amostra raramente é uniforme (a fracção purgada dos constituíntes
menos voláteis é sempre menor)
- Ajuste da razão de divisão é mais uma fonte de erros
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INSTRUMENTAÇÃO
Injector split/splitless
The ideal scenario when you inject your sample into the liner in split mode is to get rapid volatilization and homogeneous mixing with the
carrier gas. In split mode, most of the sample will pass out the split vent to atmosphere and only a small proportion will flow into the
column. This is usually about 1%. At the bottom of the injection port a small part of this mixture will transfer to the column, while the bulk
of the mixture will leave the inlet via the SPLIT VENT. To get a consistent SPLIT RATIO, the sample (solvent + solute) must be mixed
with the carrier gas to give a homogeneous mixture.
GC: https://www.youtube.com/watch?v=iX25exzwKhI
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INSTRUMENTAÇÃO
Injector split/splitless
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INSTRUMENTAÇÃO
Injector split/splitless
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INSTRUMENTAÇÃO
Injector split/splitless
These two chromatograms emphasize the importance of adequate split flow. In the top chromatogram, the split
ratio is 50:1 but the analysis has been carried out on a 0.1 mm ID column. The flow through this column at 33.2
psi is only 0.22 ml/min (27 cm/sec). This would appear to be optimum conditions but the split flow is only 10.5
ml/min. Oven temp is isothermal at 150°C.
The second chromatogram shows analysis using the same conditions but the split flow has been increased to
50 ml/min (ratio = 250:1). Notice the dramatic improvement in the chromatography. 16
INSTRUMENTAÇÃO
Injector split/splitless
In splitless mode the split vent is closed during the first part of the injection. This means that the sample can only go
down the column. This leads to much higher detection limits because most of the sample will go down the column
instead of out the split vent. Splitless is used for low concentration samples. One thing to remember about splitless is
that the gas flow through the liner is equal to the column flow. So the flow through the liner could be as low as 0.5ml/
min. This means you have to wait longer to flush the sample into the column before you start the temperature program.
In fact the sample will take up to ten minutes to totally exit the liner. For this reason the split vent is always turned back
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on after 1 minute to quickly remove any residue left in the liner.
INSTRUMENTAÇÃO
Injector split/splitless
The top chromatogram is an example of what happens when the purge time is too short. As can be seen, C22 has not had enough time
to vaporize completely. The sample has spent a little over 10sec in the injection port and has not gained enough energy from the liner to
completely vaporize the hydrocarbons. There is much high boiling point discrimination.
The bottom chromatogram shows the same sample under the same conditions except the purge flow turns on one minute after the start
of the run. The first thing you will notice between the two chromatograms is the difference in response of the heavier compounds. The
high boilers have now been able to absorb enough energy from the liner to vaporize completely. Another major difference is the increase
in height and area of all the compounds in the chromatogram. The peaks second chromatogram are almost twice the height than the
peaks in the first chromatogram. 18
INSTRUMENTAÇÃO
Injector split/splitless
This graph shows the different vaporization rates of hydrocarbons during a splitless injection. The volatile
hydrocarbons vaporize rapidly compared to the semi- volatile ones. At 0.25min (15sec.) the volatile and semi- volatile
components of the sample have almost finished vaporizing. But the non- volatile C36 and C42 have yet to reach half
their final peak area. At this point there is the most discrimination between the hydrocarbons in the sample. From 1/ 4
of a minute to one minute the areas of C8 to C30 don’t change much but C36 and 42 gain enough energy to more
than double their area. A purge on time of one minute is usually sufficient to get good recoveries for C8 to C36. 19
INSTRUMENTAÇÃO
Injector split/splitless
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INSTRUMENTAÇÃO
Parâmetros de Injecção
TEMPERATURA DO INJECTOR: Deve ser suficientemente elevada para que a
amostra se vaporize imediatamente, sem decomposição.
Regra Geral
Tinj é 50oC acima da temperatura de ebulição do componente menos volátil.
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INSTRUMENTAÇÃO
Microseringas para Injecção
LÍQUIDOS Capacidades típicas: 1 µL, 5 µL e 10 µL
Microseringa de 10 µ L
êmbolo agulha (inox 316)
corpo (pirex)
guia
EMPACOTADA CAPILAR
∅ = 3 a 6 mm L = 0,5 m a 5 m ∅ = 0,1 a 0,5 mm L = 5 m a 100 m
Recheada com sólido pulverizado Paredes internas recobertas com
(FE sólida ou FE líquida depositada um filme fino (fracção de µ m)
sobre as partículas do recheio) de FE líquida ou sólida
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INSTRUMENTAÇÃO
Temperatura da Coluna
Além da interacção com a FE, o tempo que um analito demora para percorrer
a coluna depende de sua PRESSÃO DE VAPOR (p0).
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INSTRUMENTAÇÃO
Temperatura da Coluna
TEMPERATURA DA COLUNA
UM CONTROLE CONFIÁVEL
DA TEMPERATURA DA
COLUNA É ESSENCIAL PARA
OBTER UMA BOA SEPARAÇÃO
EM GC
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INSTRUMENTAÇÃO
Forno da Coluna
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INSTRUMENTAÇÃO
Forno da Coluna
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INSTRUMENTAÇÃO
Programação Linear de Temperatura
Misturas complexas (constituíntes com volatilidades muito diferentes)
separadas ISOTERMICAMENTE:
TCOL BAIXA
TCOL ALTA
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INSTRUMENTAÇÃO
Programação Linear de Temperatura
A temperatura do forno pode ser variada linearmente durante a separação.
TEMPERATURA
TFIM Temperatura Final R
tINI Tempo Isotérmico Inicial
TINI
tFIM Tempo Final do Programa
R Velocidade de Aquecimento
tINI tFIM
TEMPO
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INSTRUMENTAÇÃO
Programação Linear de Temperatura
Possíveis problemas associados à PLT:
Viscosidade Fluxo
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INSTRUMENTAÇÃO
Detectores
Dispositivos que examinam continuamente o material eluido,
gerando sinal quando da passagem de substâncias, que não o gás de arraste
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INSTRUMENTAÇÃO
Detectores
Mais Importantes:
ANALÓGICO
REGISTO Registradores XY
DE SINAL
DIGITAL
Integradores Computadores
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TEORIA BÁSICA
Tempo de Retenção Ajustado, tR’
O parâmetro directamente mensurável de retenção de um analito é o
TEMPO DE RETENÇÃO AJUSTADO, tR’
tR
SINAL
tM tR’ = tR - tM
TEMPO
tR = Tempo de Retenção
(tempo decorrido entre a injecção e o ápice do pico cromatográfico)
tM = Tempo de Retenção do Composto Não-Retido
(tempo mínimo para um composto, que não interaja com a FE, atravesse a coluna)
tR’ = Tempo de Retenção Ajustado
(tempo médio que as moléculas do analito passam sorvidas na FE)
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TEORIA BÁSICA
Volume de Retenção Ajustado, VR’
Embora não directamente mensurável, o parâmetro fundamental de retenção é o
VOLUME DE RETENÇÃO AJUSTADO, VR’
Fluxo do gás de arraste
x V’R= VR - VM
VR = Volume de Retenção
(volume de gás de arraste necessário para eluir um analito)
VM = Volume de Fase Móvel
(volume de gás de arraste contido na coluna; “volume morto”)
VR’ = Volume de Retenção Ajustado
(volume de gás de arraste consumido enquanto o analito está sorvido na FE)
Factores termodinâmicos
VR’ = f
Parâmetros dimensionais da coluna
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TEORIA BÁSICA
Constante de Distribuição, kc
Coluna cromatográfica: série de estágios independentes onde acontece o
equilíbrio entre o analito dissolvido na fase estacionária e no gás de arraste.
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TEORIA BÁSICA
Factor de Retenção, k
Exprimindo o equilíbrio em termos da MASSA do analito, em cada fase,
ao invés da concentração:
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TEORIA BÁSICA
Razão de Fases, β
Depende das Dimensões da coluna:
L = comprimento da coluna
rC = raio da coluna
df = espessura do filme de FE
rC >> df
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TEORIA BÁSICA
Relações entre , VR’, KC e β
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TEORIA BÁSICA
Eficiência de Sistemas Cromatográficos
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TEORIA BÁSICA
Quantificação da Eficiência
Supondo a coluna cromatográfica como uma série de estágios separados
onde ocorre o equilíbrio entre o analito, a FE e o gás de arraste:
tR
N Coluna mais eficiente
wb
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TEORIA BÁSICA
Quantificação da Eficiência
ALTURA EQUIVALENTE A UM PRATO TEÓRICO (H):
“Tamanho” de cada estágio de equilíbrio
(L = comprimento da coluna)
Valores típicos de H e N:
Capilares
Valores de H para colunas
com L= 30 m
capilares e empacotadas
são próximos mas como
L para capilares é muito
Empacotadas maior tipicamente elas são
com L= 2 m
mais eficientes.
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TEORIA BÁSICA
Optimização da Eficiência
A altura equivalente a um prato teórico é função da
velocidade linear média do gás de arraste u:
H
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FASE ESTACIONÁRIA
Conceitos Gerais
LÍQUIDOS Depositados sobre a superfície de: sólidos porosos inertes (colunas
empacotadas) ou de tubos finos de materiais inertes (colunas capilares).
FE
líquida
SUPORTE Sólido inerte poroso Tubo capilar de material inerte
FASE ESTACIONÁRIA
Características de uma FE Ideal
SELECTIVA Deve interagir diferencialmente com os componentes da amostra.
FE Selectiva:
separação adequada dos
constituintes da amostra
FE pouco Selectiva:
má resolução mesmo com
coluna de boa eficiência
Regra geral: a FE deve ter características, tanto quanto possível, próximas das
dos solutos a serem separados (polar, apolar, aromático ...)
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FASE ESTACIONÁRIA
Características de uma FE Ideal
AMPLA FAIXA DE TEMPERATURAS DE USO
Maior flexibilidade na optimização da separação.
POUCO VISCOSA
Colunas mais eficientes (menor resistência à transferência do analito entre fases).
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FASE ESTACIONÁRIA
FE Sólida: Adsorção
ADSORÇÃO Fenómemo físico-químico responsável pela interacção analito + FE sólida
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FASE ESTACIONÁRIA
FE Sólida
Características Gerais:
- Sólidos finamente granulados (diâmetros de partículas típicos de 105 µm a 420 µm).
- Grandes áreas superficiais (até 102 m2/g).
Mais usados:
- Polímeros Porosos Porapak (copolímero estireno-divi-nilbenzeno),
Tenax (polióxido de difenileno).
- Sólidos Inorgânicos Carboplot, Carboxen (carvões activos grafitizados),
Alumina, Peneira Molecular (argila microporosa).
Principais Aplicações:
- Separação de gases fixos
- Compostos leves
GASES DE REFINARIA
- Séries homólogas Coluna: Carboxen-1000 60-80 mesh; 15’ x 1/8”
TCOL: 35oC a 225oC / 20oC. min-1
Gás de Arraste: He @ 30 ml.min-1
Detector: TCD
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FASE ESTACIONÁRIA
Família de FE Líquidas
POLIGLICÓIS Muito polares; Sensíveis a humidade e oxidação; Ainda muito
importantes. Principal: Polietilenoglicol (nomes comerciais: VB-Wax, Carbowax,
DB-Wax, Supelcowax, HP-Wax, etc.)
Estrutura Química:
AMINAS ALIFÁTICAS
Coluna:4 % Carbowax 20M s/ Carbopack B
+ 0,8% KOH
TCOL: 200oC (isotérmico)
Gás de Arraste: N2 @ 20 mL.min-1
Detector: FID
Amostra: 0,01 µL da mistura de aminas
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FASE ESTACIONÁRIA
Família de FE Líquidas
Quatro grandes grupos estruturais utilizados na maioria das aplicações em CG moderna
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FASE ESTACIONÁRIA
FE Líquida: Absorção
ABSORÇÃO Fenómemo físico-químico responsável pela interacção analito + FE líquida
- Ligação Si-O extremamente estável = elevada estabilidade térmica e química das FE.
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FASE ESTACIONÁRIA
Família de FE Líquidas
FE derivadas de polidimetilsiloxano (PDMS) por substituição de -CH3
por radicais orgânicos, em ordem crescente aproximada de polaridade:
1 - TCNB
2 - Dichloram
3 - Lindano
4 - PCNB
5 - Pentacloroanilina
6 - Ronilano
7 - Antor
8 - pp’-DDE
9 – Rovral
10 - Cypermetrin
11 - Decametrin
17 min
Coluna: CP-Sil 5 (25 m x 0,32 mm x 0,12 mm)
Gás de Arraste: He @ 35 cm.min-1
TCOL:195oC (6,5 min) / 195oC a 275oC (10oC.min-1)
Detector: FID
Amostra: 2mL de solução dos pesticidas “on-column”
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FASE ESTACIONÁRIA
Família de FE Líquidas
Separação de piridinas - FE = 100 % CNpropilsilicone
1 - piridina
2 - 2-metilpiridina
3 - 2,6-dimetilpiridina
4 - 2-etilpiridina Coluna: CP-Sil 43CB (10 m x 0,10 mm x 0,2 µm)
5 - 3-metilpiridina
6 - 4-metilpiridina TCOL:110oC (isotérmico)
Detector: FID
Amostra: 0,1µL de solução 1-2% das piridinas
em 3-metilpiridina
3 min
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FASE ESTACIONÁRIA
Família de FE Líquidas
Separação de fenóis - FE = fenilmetilsilicones
50% Ph
50% Me
5% Ph
95% Me
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COLUNAS EMPACOTADAS
Definições Básicas
Tubo de material inerte recheado com FE sólida granulada ou FE líquida depositada
sobre suporte sólido.
aço inox
vidro pirex ø = 3 mm a 6 mm
Material do Tubo
níquel L = 0,5 m a 5 m
TEFLON
MESH dp
60 - 80 mesh 177 - 250 mm
Granulometria do recheio 80 - 100 mesh 149 - 177 mm
100 - 120 mesh 125 - 149 mm
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COLUNAS EMPACOTADAS
FE Líquidas: Suporte
área superficial entre 0,5 e 10 m2.g-1
A FE líquida deve ser disposta sobre microporos regulares (~ 1 µm)
um SUPORTE sólido NÃO interagir com a amostra
boa resistência mecânica
secagem
calcinação
lavagem com ácido
Esqueletos fósseis fusão com soda Chromosorb
(SiO2 + óxidos metálicos) silanização Anachrom
de algas microscópicas Supelcoport …
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COLUNAS EMPACOTADAS
FE Líquidas: Suporte
Chromosorb - características gerais
Chromosorb P Róseo, muito ativo.
Chromosorb W Branco, mais inerte que o P.
Chromosorb G Similar ao W, maior resistência mecânica.
de inércia
crescente
Ordem
% FE
Maiores volumes de amostra
Melhor blindagem dos sítios adsortivos do suporte
Melhor reprodutibilidade no preparo do recheio
TIPICAMENTE % FE = 1 % a 30 % do recheio
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COLUNAS CAPILARES
Definições Básicas
Tubo fino, material inerte, com FE líquida ou sólida depositada sobre as paredes internas.
Sílica fundida
vidro pirex ø = 0,1 mm a 0,53 mm
Material do Tubo aço inox
Nylon L = 5 m a 100 m
Silcosteel
Colunas de sílica são revestidas externamente com camada de polímero (poliimida),
para aumentar resistência mecânica e química
Colunas Capilares x Empacotadas: Famílias de Colunas Capilares:
WCOT (Wall coated open tube):
L = N Colunas mais eficientes FE líquida depositada (ligada // entrecruzada)
CAPILARES
1 2 3
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COLUNAS CAPILARES
“Fast GC”: Colunas Capilares Finas
Além de colunas finas é necessário controle apurado de fluxo (controle electrónico
de pressão) e altas velocidades de aquecimento da coluna.
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COLUNAS CAPILARES
Large Volume Injection (LVI)
Separação de PAH com LVI (Vinj = 25 µL, solução 400 ppb em CH2Cl2)
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DETECTORES
Definições Gerais
Dispositivos que geram um sinal eléctrico proporcional à quantidade eluída de um analito
~ 60 detectores já usados em GC
DCE ECD EM MS
Detector de Detector
Captura de Eletrões Espectrométrico de Massas
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DETECTORES
Parâmetros Básicos de Desempenho
QUANTIDADE MÍNIMA DETECTÁVEL
Massa de um analito que gera um pico com altura igual a três vezes o nível de ruído.
S
=3
SINAL (S)
RUÍDO (N)
RUÍDO Qualquer sinal gerado pelo detector que não provém da amostra
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DETECTORES
Parâmetros Básicos de Desempenho
LIMITE DE DETECÇÃO
Quantidade de analito que gera um pico com S/N = 3 e wb = 1 unidade de tempo.
Mesmo detector, nível de ruído e massa de analito MAS diferentes larguras de base:
wb
Definindo limite de detecção como:
Detector (sinal gerado, ruído)
QMD = f
Largura do pico cromatográfico
[QMD] = massa (ng, pg ...) [LD] = massa / tempo (ng.s-1, pg.s-1 ...)
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DETECTORES
Parâmetros Básicos de Desempenho
VELOCIDADE DE RESPOSTA
Tempo decorrido entre a entrada do analito na cela do detector e a geração do
sinal eléctrico.
Constante de Tempo, τ :
tempo necessário para o sinal chegar a
SINAL
TEMPO
Constante de tempo do sistema (detector + dispositivos de registro de sinal) igual ou
menor a 10% da largura a meia altura (w0.5 ) do pico mais estreito do cromatograma.
DETECTORES
Parâmetros Básicos de Desempenho
SENSIBILIDADE
Relação entre o incremento de área do pico e o incremento de massa do analito.
MASSA
Factor de
Sensibilidade O mesmo incremento de massa
resposta
causa um maior incremento de área.
MASSA
1,05 S
ÁREA / MASSA
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DETECTORES
Classificação
UNIVERSAIS
Geram sinal para qualquer
substância eluída.
SELETIVOS
Detectam apenas substâncias com
determinada propriedade físico-química.
ESPECÍFICOS
Detectam substâncias que possuam
determinado elemento ou grupo
funcional nas suas estruturas.
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DETECTORES
Detector de Condutividade Térmica (TCD)
PRINCÍPIO Variação na condutividade térmica do gás aquando da eluição de um analito.
DETECTORES
Detector de Condutividade Térmica (TCD)
Configuração tradicional do TCD: bloco metálico com quatro células interligadas em par
- por duas passa o efluente da coluna e por duas o gás de arraste puro.
CÁLULAS DA CÁLULAS DE
CÉLULAS DA
CÉLULAS DE REFERÊNCIA AMOSTRA REFERÊNCIA
AMOSTRA
LATERAL
CORTE
SUPERIOR
CORTE
Quando há eluição de um composto com condutividade térmica menor que a do gás de arraste puro:
Resistência eléctrica dos
Filamentos nas células de
filamentos nas células de
amostra aquecem
amostra aumenta Diferença de resistência
eléctrica entre os filamentos
Filamentos nas células Resistência eléctrica dos de amostra e referência
de referência não se filamentos nas células de
aquecem referência fica constante
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DETECTORES
Detector de Ionização por Chama (FID)
PRINCÍPIO Formação de iões quando um composto é queimado numa chama de
hidrogénio e oxigénio.
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DETECTORES
Detector de Ionização por Chama (FID)
COLECTOR
AR
FLAME TIP
H2
BLOCO
COLUNA
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DETECTORES
Detector de Ionização por Chama (FID)
Química da Chama de Hidrogénio
Incandescência
Estrutura da chama: três regiões básicas
Reação
Quebra
Zona de quebra Mistura dos gases, pré-aquecimento, início da quebra das moléculas de
H2, O2 e dos analitos.
Zona de reacção Reações exotérmicas com produção e/ou consumo de radicais H, O,
OH, HO2 (provenientes do H2), CH e C2 (proveniente do analito) e iões CHO+ (analito).
Zona de incandescência Emissão de luz por decaimento de espécies excitadas: OH (luz
UV), CH e C2 (visível).
CH + O → CHO+ + e-
Queima de substâncias com ligações C-H
1 ião formado a cada ~105 átomos de C queimados
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DETECTORES
Características Operacionais do FID
SELETIVIDADE Selectivo para substâncias que contém ligações C-H na sua estrutura
química (como virtualmente todas as substâncias analisáveis por CG são orgânicas,
na prática o FID é UNIVERSAL).
Compostos que NÃO produzem resposta no FID:
Gases nobres NH3, NxOy
H2, O2, N2 SiX4 (X = halogénio)
CO, CO2, CS2 H2O
CCl4, peralogenados HCOOH, HCHO *
CH4
FID
CO2
O2
TCD N2
SENSIBILIDADE / LINEARIDADE
QMD típicas = 10 pg a 100 pg com linearidade entre 107 e 108 (pg a mg)
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DETECTORES
Detector de Azoto-Fósforo
Modificação do FID altamente selectiva para compostos orgânicos nitrogenados e
fosforados.
Pérola de sal de metal alcalino: RbCl (normal), KCl
DETECTORES
Detector de Captura de Electrões (ECD)
PRINCÍPIO Supressão de um fluxo de electrões lentos (termais) causada pela sua
absorção por espécies electrofílicas.
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DETECTORES
Detector de Captura de Electrões (ECD)
1
2
4 3 Cátodo
4 Cavidade
5
5 Coluna cromatográfica
79
DETECTORES
Detector de Captura de Electrões (ECD)
Mecanismo de Captura de Electrões
K constante de captura
80
DETECTORES
Características Operacionais do ECD
FONTE RADIOATIVA
O ânodo deve estar dopado com um isótopo radioativo β- ou α- emissor
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DETECTORES
Características Operacionais do ECD
POLARIZAÇÃO DOS ELÉCTRODOS Vários modos de polarização possíveis:
VOLTAGEM CONSTANTE
Pouco usada modernamente - picos cromatográficos podem ser deformados.
VOLTAGEM PULSADA
Menos anomalias eléctricas: maior sensibilidade e linearidade.
TEMPERATURA DO DETECTOR
Dependência do sinal com temperatura de operação bastante significativa.
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DETECTORES
Características Operacionais do ECD
GÁS DE ARRASTE
Funcionamento do ECD é muito dependente da natureza do gás de arraste.
Geram electrões lentos quando
MAIS USADOS: N2; Ar + 5% CH4 bombardeados com β -
F Sinal
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DETECTORES
Características Operacionais do ECD
SENSIBILIDADE / LINEARIDADE
QMD = 0,01 pg a 1 pg (organoclorados), linearidade ~ 104 (pg a ng)
PESTICIDAS 1 tetracloro-m-xileno
2 α - BHC
3 Lindano
4 Heptachlor
5 Endosulfan
6 Dieldrin
7 Endrin
8 DDD
9 DDT
10 Metoxychlor
10 decaclorobifenila
~250 fg cada analito
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DETECTORES
Características Operacionais do ECD
SELETIVIDADE / FACTORES DE RESPOSTA
Valores de S maximizados para compostos electrofílicos.
S típicos (clorobenzeno: S = 1)
hidrocarbonetos e esteres alifáticos, dienos
álcoois, cetonas e aldeídos alifáticos, aminas, nitrilas, mono - Cl, mono - F
enóis, oxalatos, mono - Br, di - Cl, hexa - F
tri - Cl, cloretos de ácidos, alquil - Pb, anidridos
mono - I, di - Br, tri - Cl, mono - nitro, CS2
di - I, tri - Br, poli - Cl, di - nitro, 1,2 - dicetonas, fumaratos, organo - Hg
DETECTORES
ECD: Aplicações
Contaminantes em ar atmosférico - detecção paralela FID + ECD
FID
ECD
1, 2, 3 - Hidrocarbonetos aromáticos
4, 5, 6 - Hidrocarbonetos clorados
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ANÁLISE QUALITATIVA
Conceitos Gerais
Identificação individual das espécies contidas na amostra
Aplicações
Qualitativas de CG
87
ANÁLISE QUALITATIVA
Tempos de Retenção
Interacções analito / FE
t’R = f Pressão de vapor do analito
Condições operacionais (TCOL, FC ...)
Comparação de cromatogramas
da amostra e de uma solução
padrão do analito suspeito.
PADRÃO
88
ANÁLISE QUALITATIVA
Tempos de Retenção
Identificação por t’R é muito pouco confiável:
Dependência com FC e TCOL Variações nestas condições afectam sensivelmente os t’R
∆TCOL = ± 0,1%
VARIAÇÃO DE ± 1% NO t’R
∆FC = ± 1%
Sobrecarga na coluna Aumento excessivo na massa de material eluido deforma o
pico cromatográfico e altera o seu t’R
MASSA
89
ANÁLISE QUALITATIVA
Tempos de Retenção
Comparação de t’R usando dopagem (“spiking”) da amostra com o analito suspeito:
aumento da confiabilidade de identificação.
90
ANÁLISE QUALITATIVA
Índice de Retenção de Kovàts
FUNDAMENTO
Os t’R isotérmicos para uma série homóloga de compostos dependem logaritmicamente
do número de átomos de carbono na cadeia.
91
ANÁLISE QUALITATIVA
Índice de Retenção de Kovàts
O índice de retenção de Kovàts para um analito é definido por:
92
ANÁLISE QUALITATIVA
Índice de Retenção de Kovàts
REPETIBILIDADE - REPRODUTIBILIDADE
Os efeitos de TCOL e FC nos índices de Kovàts são pequenos.
93
ANÁLISE QUALITATIVA
Métodos de Detecção Qualitativos
Métodos de detecção que fornecem informações qualitativas sobre os analitos eluídos:
94
ANÁLISE QUALITATIVA
Espectrometria de Massa (MS)
PRINCÍPIO
A amostra é fragmentada e ionizada num padrão característico da espécie química.
1 Moléculas da amostra são bombardeadas por electrões (electron impact = EI) ou iões
(chemical ionization = CI): ABCDE + e- → ABCDE.+ + 2 e-
2 O ião formado fragmenta-se: ABCDE.+ → AB. + CDE+
ABCDE.+ → AB+ + CDE.
ABCDE.+ → A+ + BCDE.
3 Os fragmentos iónicos formados são separados magneticamente de acordo com suas
massas moleculares e contados:
ABUNDÂNCIA
MASSA / CARGA
95
ANÁLISE QUALITATIVA
Espectrometria de Massa (MS)
1 3
2 4
3 Separador Magnético A acção do campo magnético deixa apenas iões, com determinada
razão Massa / Carga, atravessar esta área do equipamento.
4 Detector Uma válvula fotomultiplicadora ou um fotodíodo gera um sinal eléctrico
proporcional ao número de iões que incide sobre o elemento.
96
ANÁLISE QUALITATIVA
Espectrometria de Massa (MS)
0 20 40 60 80 100 120
m/Z
- CO
m/Z = 80
m/Z = 90
97
ANÁLISE QUALITATIVA
Acoplamento GC/MS
Interface Cromatógrafo - Espectrómetro
Separador Molecular
GC MS O gás de arraste leve (He) difunde mais
rapidamente que o analito e tende a ser
drenado para o vácuo.
Vácuo
Câmara
de Ionização
Interface Capilar Directa
Com colunas capilares o baixo fluxo de
gás de arraste pode ser drenado pelo
sistema de vácuo.
Coluna
Capilar
98
ANÁLISE QUALITATIVA
Acoplamento GC/MS
Sistema de Controle e Aquisição de Dados
99
ANÁLISE QUALITATIVA
GC/MS: Geração de Cromatograma
Espectros de massas completos recolhidos e arquivados em intervalos regulares
de tempo.
TIC SIM
Universal - Similar a DIC Seletivo - Maior Sensibilidade
100
ANÁLISE QUALITATIVA
GC/MS: TIC x SIM
Aroma de polpa industrializada de cajú após extracção por SPME
TIC
Aparecem os picos
correspondentes a todas
substâncias eluídas
101
ANÁLISE QUALITATIVA
Identificação de Eluatos
1 Selecção manual ou automática do espectro de massa correspondente a um eluato.
CONTAGENS
MASSA / CARGA
CONTAGENS
TEMPO
102
ANÁLISE QUALITATIVA
Identificação de Eluatos
Busca automática em bibliotecas de espectros: comparação estatística
( Probability Based Matching )
ESPECTRO
DESCONHECIDO Lista com possíveis candidatos +
PBM
percentagem de confiabilidade
BIBLIOTECA DE
ESPECTROS