Você está na página 1de 61

Cromatografia e

Espectrometria
de Massas
Química Geral e Analítica
UFCA//2014-2
CCD
Índice de refração Ponto de fusão

Critérios de
Pureza

Rotação específica Ponto de ebulição


Métodos
Cromatográficos

Métodos de separação
de misturas

Recristalização Destilação
CROMATOGRAFIA

Princípio: Separação de misturas por interação diferencial dos seus


componentes entre uma FASE ESTACIONÁRIA (líquido ou
sólido) e uma FASE MÓVEL (líquido ou gás).
CROMATOGRAFIA
Histórico

M. TSWEET (1903): Separação de misturas de


pigmentos vegetais em colunas recheadas com
adsorventes sólidos e solventes variados.
éter de
petróleo
mistura de
pigmentos

CaCO3 pigmentos
separados

Cromatografia =
kroma [cor] + graph [escrever]
(grego)
CROMATOGRAFIA

Cromatografia
FM = Líquido
Líquida

Cromatografia
FM = Gás
Gasosa (CG)

Cromatografia
Sólida
Gás-Sólido (CGS)
Em CG a FE
pode ser:
Cromatografia
Líquida
Gás-Líquido (CGL)
Modificado de Prof. Fábio Augusto - Unicamp
Classificação // Utilidade
Forma física Cromatografia

Planar Coluna

Forma móvel
Centrífuga CCD CP

Líquida CSC Gasosa

Vapor pressurizado acima


da temp. supercrítica

Clássica HPLC/CLAE
Cromatografia Clássica:
Cromatografia Líquida por Força da Gravidade

Utiliza colunas de vidro abertas: 1 atm

1. Líquido-sólido (adsorção)
2. Líquido-líquido (partição)
3. Troca iônica
4. Exclusão
Cromatografia Clássica:
Cromatografia Líquida por Força da Gravidade

Cromatografia em coluna (adsorção):

-Dimensões da coluna;

-A atividade do adsorvente (atividade


cromatográfica) traduz a força de adsoção;

-A atividade cromatográfica aumenta sobre


substâncias polares na seguinte ordem:

-CO2H  -OH  -NH2  -SH  -CHO >-COR2



-CO2R  -OCH3  -CH = CH-
Cromatografia Clássica

Fases estacionárias para CC

Adsorvente Atividade* Tamanho da partícula

malha
m

Óxido de alumínio básico I 70-230 63-200

Óxido de alumínio neutro I 70-230 63-200

Óxido de alumínio ácido I 70-230 63-200

Óxido de alumínio neutro II e III 70-230 63-200

Celulose microcristalina - 70-230 63-200

*Atividade
naII eescala
Sílica gel (ác. Silícico) III Brockmann
70-230 63-200

Atividade I – aquecimento a 400 oC por 4


horas
Atividade II – 2-3% de água
Cromatografia Clássica

1.Escolha do Eluente;

2.Enchemento da Coluna;

3.Aplicação da amostra na coluna;

4.Eluição:
- Ocorre por ação da gravidade

- Isocrática ou com gradiente

- O volume das frações que a metade do


volume morto

- A verificação da pureza das frações é feita por


CCD
1 2

3
3.a

4 5
6 7

9
8
Cromatografia em Coluna sob Pressão
Cromatografia em Camada Delgada
Consiste na separação dos componentes de
uma mistura através da migração diferencial
sobre uma camada delgada de fase
estacionária retida sobre uma superfície plana.
Vantagens:
•Fácil compreensão e execução
•Rapidez
•Versatilidade
•Grande reprodutibilidade
•Baixo custo

Aplicações da CCD:
•Comparativa ou analítica (camadas de 0,25
mm)
•Preparativa (camadas de 0,5 a 1 mm)
Cromatografia em Camada Delgada
Adsorventes:
Sílica, alumina, celulose e poliamida (mais usados)

Outros:
- uréia e polietileno (separar ácidos graxos)
- silicato de cálcio ou magnésio (separar açúcares)
- gel de dextrana (separar aminoácidos e
proteínas)
- carvão ativado (separar fenóis)
Sílica (SiO2) - ácido silício amorfo:

- Mais usado (cromatografia por adsorção);


- Altamente poroso;
- Cárater fracamente ácido
(Desvantagem);
- Polar (fase normal)
Cromatografia em Camada Delgada
Preparação de Fase Reversa:

Cl Si(CH3)3

Si OH Si O Si R Si O Si R
1) Metanólise
RSiCl3
O O Cl O Si(CH3)3
2) Secar
Si OH Si OH Si O Si(CH3)3
3) (CH3)3SiCl

Sílica Sílica ligada Sílica ligada e encapada


Cromatografia em Camada Delgada
Cl Si(CH3)3

Si OH Si O Si R Si O Si R
1) Metanólise
RSiCl3
O O Cl O Si(CH3)3
2) Secar
Si OH Si OH Si O Si(CH3)3
3) (CH3)3SiCl

Sílica Sílica ligada Sílica ligada e encapada

Fase reversa Fase normal

Polaridade da fase estacionária Baixa Alta

Polaridade da amostra Apolar Polar

Força de eluição MeOH diminui MeOH aumenta

Ordem de eluição Mais polar 1o Menos polar 1o


Usos da CCD
- Análise de substâncias orgânicas e
inorgânicas;

- Acompanhamento de reações em síntese;

- Acompanhamento de processos de
purificação;

- Critério de pureza;

- Identificação de subtâncias.
Critério de pureza: Placa com uma única
mancha.

Identificação de substâncias: As amostras


analisadas são consideradas iguais quando
apresentam o mesmo Rf (fator de retenção) e
coloração após serem reveladas
Reveladores
Revelador: UV
O Cromatógrafo a Gás

Quais misturas podem ser separadas por CG ?

(para uma substância qualquer poder ser


“arrastada” por um fluxo de um gás ela
deve se dissolver - pelo menos parcialmente -
nesse gás)

Misturas cujos constituintes sejam


VOLÁTEIS (=“evaporáveis”)
DE FORMA GERAL:
CG é aplicável para separação e análise
de misturas cujos constituintes tenham
PONTOS DE EBULIÇÃO de até 300oC
e que sejam termicamente estáveis.
O Cromatógrafo a Gás
1 6
2

5
3
1 - Reservatório de Gás e Controles de Vazão / Pressão.
2 - Injetor (Vaporizador) de Amostra.
3 - Coluna Cromatográfica e Forno da Coluna.
4 - Detector.
5 - Eletrônica de Tratamento (Amplificação) de Sinal.
6 - Registro de Sinal (Registrador ou Computador).
1 6
2

5
3

Cromatograma
CROMATOGRAFIA
INSTRUMENTAÇÃO
Gás de Arraste
Fase Móvel em CG: NÃO interage com a amostra -
apenas a carrega através da coluna. Assim é usualmente
referida como GÁS DE ARRASTE

Requisitos:
INERTE Não deve reagir com a amostra, fase estacionária ou
superfícies do instrumento.

PURO Deve ser isento de impurezas que possam degradar a fase


estacionária.
Impurezas típicas em gases e seus efeitos:
oxida / hidroliza algumas FE
H2O, O2
incompatíveis com DCE

hidrocarbonetos ruído no sinal de DIC


INSTRUMENTAÇÃO
Injetor “on-column” Convencional
1
2

Microseringa de 10  L:
4
êmbolo agulha (inox 316)

corpo (pirex)
1 - Septo (silicone)
2 - Alimentação de gás de arraste)
3 - Bloco metálico aquecido
4 - Ponta da coluna cromatográfica
FABIO AUGUSTO / © 1995 - 2002 Chemkeys
INSTRUMENTAÇÃO
Injeção “on-column” de líquidos

1 2 3

1 - Ponta da agulha da microseringa é introduzida no início da coluna.


2 - Amostra injetada e vaporizada instantâneamente no início da
coluna.
3 - “Plug” de vapor de amostra forçado pelo gás de arraste a fluir pela
coluna.
Micros Seringas- Injeção

Seringas para microinjeção com êmbulo na agulha.

Seringas para alta pressão e gas tight.

LÍQUIDOS: Capacidades típicas: 1 μL, 5 μL e 10 μL

Gás: Capacidades típicas: 1 mL, 50 mL e 100 mL

Microseringa de 10 μ L:

êmbolo agulha (inox 316)

corpo (pirex)
INSTRUMENTAÇÃO
Colunas: Definições Básicas

aço, Cu,
Vidro ou teflon

EMPACOTADA CAPILAR
θ = 3 a 6 mm θ = 0,1 a 0,5 mm
L = 0,5 m a 5 m L = 5 m a 100 m
Recheada com sólido pulverizado Paredes internas recober-tas com
(FE sólida ou FE líquida depositada um filme fino (fração de  m) de FE
sobre as partículas do recheio) líquida ou sólida
FASES ESTACIONÁRIAS
Famílias de FE Líquidas
Separação de piridinas - FE = 100 % CNpropilsilicone
1 - piridina
2 - 2-metilpiridina
3 - 2,6-dimetilpiridina
4 - 2-etilpiridina
5 - 3-metilpiridina
6 - 4-metilpiridina

3 min
Coluna: CP-Sil 43CB (10 m x 0,10 mm x 0,2 μm)
TCOL: 110oC (isotérmico)
Gás de Arraste: N2 @ 16 cm.min-1 Detector: FID
Amostra: 0,1μL de solução 1-2% das piridinas em 3-metilpiridina
ANÁLISE QUALITATIVA
Tempos de Retenção
Interações analito / FE
t’R = f Pressão de vapor do analito
Condições operacionais (TCOL, FC ...)

Fixas as condições operacionais, o tempo de retenção ajustado


de um analito é uma constante

AMOSTRA

Comparação de
cromatogramas da
amostra e de uma
PADRÃO solução padrão do
analito suspeito
ANÁLISE QUALITATIVA
Tempos de Retenção
Comparação de t’R usando dopagem (“spiking”) da amostra com
o analito suspeito: aumento da confiabilidade de identificação.

Amostra complexa: incerteza


nos t’R medidos pode levar a
identificação errônea

Comparação com cromatograma


da amostra dopada permite
identificação mais confiável do
desconhecido
ANÁLISE QUALITATIVA
Índice de Retenção de Kovàts
FUNDAMENTO Os t’R isotérmicos para uma série homóloga de
compostos dependem logaritmicamente do número de átomos de
carbono na cadeia.

Separação isotérmica de uma


mistura de n-alcanos (n-C4, n-C5, ...
n-C16)

Um gráfico de log(t’R) em função do


número de átomos de carbono do
analito nC é LINEAR
Biodiesel de Óleo de Soja
TIC
25.0e6

20.0e6

15.0e6

10.0e6

5.0e6

13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25

Óleo Essencial
35.0e6 TIC

30.0e6

25.0e6

20.0e6

15.0e6

10.0e6

5.0e6

5 10 15 20 25 30 35 40 45 50
Amostra de Petróleo:
Hidrocarbonetos
TIC

12.5e6

10.0e6

7500e3

5000e3

2500e3

5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70

Desidratação do 5α(H)-colestanol:
TIC
100e6

75.0e6

50.0e6

25.0e6

9.75 10.00 10.25 10.50 10.75 11.00 11.25 11.50 11.75


Vantagens da CG

1. Excelente poder de resolução;

2. Analisa dezenas de substâncias de uma mesma


amostra

3. Alta sensibilidade (10-12 g dependendo do tipo


de substância e detetor empregado)

4. Baixa quantidade de amostra

5. Excelente técnica quantitativa (concentrações


variam de picogramas a miligramas)

6. Rapidez
Incovenientes da CG

- Substâncias voláteis e estáveis termicamente;

- Pré-tratamento da amostra para que não


contamine a coluna (aumento do tempo e custo
da análise).

Programação de temperatura:
240 oC

3 oC/min (1 h)
60 oC
1'
DETECTORES

ARQUIVO II
CG-EM...
Cromatografia Gasosa Acoplada a Espectrometria de Massas
CG/EM
3500e3 TIC

3000e3

2500e3

2000e3

1500e3
Cromatograma Gasoso
1000e3

500e3

0e3
5 10 15 20 25 30 35 40 45

250e3
74

200e3

Espectro de massas
150e3
87

100e3

55
50e3
69 143
101 129 227 270
115 157 171 185 199 241
213
0e3
50 75 100 125 150 175 200 225 250 275
TIC 67
25.0e6
1750e3
81
20.0e6 1500e3

15.0e6

10.0e6
Cromatograma 1250e3

1000e3
41 55

95
Espectro de massas
750e3
5.0e6
500e3
109
250e3 123
13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 135 150
164 178 263 294
191 205 220 234 245
0e3
50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300
INJETOR
FONTE DE ÍONS

COLUNA QUADRIPOLO

DETECTOR

INTERFACE SISTEMA DE VÁCUO


TIC
25.0e6

20.0e6

15.0e6
Cromatograma
10.0e6

5.0e6

13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25

67
1750e3
81

1500e3
41 55
1250e3

1000e3 95 Espectro de massas


750e3

500e3
109
250e3 123 135 150
164 178 263 294
191 205 220 234 245
0e3
50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300
Cromatografia Gasosa /
Espectrometria de Massas
Métodos de detecção que fornecem informações qualitativas sobre os
analitos eluídos:

Cromatografia Gasosa com Deteção


Espectrométrica de Massas (CG-EM)
Cromatografia Gasosa /
Espectrometria de Massas
Cromatografia Gasosa /
Espectrometria de Massas

1930- Conrad aplicou pela primeira vez espectrometria


de massas em química orgânica.
ESPECTRÔMETRO - DEFINIÇÃO

É um instrumento que bombardeia um composto com um feixe


de elétrons e registra quantitativamente o resultado na forma de
um espectro de fragmentos iônicos positivos
Biodiesel de Óleo de Soja
TIC
25.0e6

20.0e6

15.0e6

10.0e6

5.0e6

13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25

67
1750e3
81

1500e3
9,12-Octadecadienoic acid (Z,Z)-
41 55
1250e3

1000e3 95

750e3

500e3
109
250e3 123 135 150
164 178 263 294
191 205 220 234 245
0e3
50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300
Biodiesel de Óleo de
Coco de Babaçu
25.0e6 TIC

20.0e6

15.0e6

10.0e6

5.0e6

0.0e6
5.0 7.5 10.0 12.5 15.0 17.5 20.0 22.5 25.0 27.5 30.0 32.5 35.0 37.5 40.0 42.5 45.0 47.5

8.0e6 74

7.0e6

6.0e6

5.0e6

4.0e6 87

3.0e6

2.0e6
55
1.0e6 57 143
101 115 129 171 183
157 199 214 235 252
0.0e6
50 75 100 125 150 175 200 225 250

Você também pode gostar