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Os textos contidos neste boletim são de responsabilidade única dos membros do Grupo, não retratando a opinião oficial
da Escola de Guerra Naval nem da Marinha do Brasil.
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de Muammar Kadhafi, houve um estímulo ao investimento externo Fonte: EIA
para o setor de óleo e gás. Assim, companhias estrangeiras
instalaram-se no país e outras já estabelecidas puderam se expandir,
como a British Petroleum e a multinacional petrolífera italiana ENI,
que se encontra no território desde 1959, dominando o mercado na
extração de hidrocarbonetos. A China também se insere como ator
importante nesta dinâmica, importando grande parte da produção de
petróleo e possuindo 75 companhias e 36 mil trabalhadores na Líbia.
A instabilidade atual do país tem prejudicado muito seu setor
petrolífero. Situações como bloqueios de produção, prejuízo à
infraestrutura do setor, risco aos trabalhadores, insurgências de
milícias dentro das regiões de produção, entre outros, além de
terem pressionado para cima o preço mundial do petróleo, em
alguns momentos, também têm indicado que o conflito ainda vai
se prolongar. Para tais companhias multinacionais mencionadas, o
governo líbio já demonstrou que não consegue controlar por si mesmo os grupos armados e a situação instável
do país, de modo que começam a pensar em alternativas, retirando-se da região, ou mesmo refreando seus
investimentos. Torna-se necessário à Líbia se estabilizar internamente para impedir o declínio da economia ou
começar a diversificar o investimento em suas exportações.
África Subsaariana
Fonte: Folha de S. Paulo
Presença estrangeira no continente africano: caso do
vírus Ebola
Após o alastramento do vírus Ebola, no oeste africano,
foram constatados os dois primeiros casos do vírus fora
do continente, um nos EUA e outro na Espanha. Esses
casos geraram preocupação na comunidade internacional,
principalmente na Europa, por conta da enfermeira
espanhola ter realizado uma viagem no período em que
já havia contraído o vírus. Nos EUA, além da morte da
primeira pessoa diagnosticada com Ebola, foi constatado
que uma enfermeira que prestou cuidados à vitima, também
contraiu o vírus.
Como é possível observar no gráfico, países como
Estados Unidos, Alemanha, China, entre outros, tem prestado
auxilio aos países com casos da doença, porém o Brasil tem
se mostrado lento nesse quesito, mesmo considerando o fato
dos países mais afetados pelo surto, Libéria, Serra Leoa e Guiné serem parte do Entorno Estratégico Brasileiro.
Os esforços realizados pelos demais países demonstram um certo despreparo brasileiro quando a resposta à
doença, pois enquanto os outros membros da comunidade internacional responderam rapidamente à crise no
continente africano, com ajuda de cunho financeiro, militar, médico, laboratorial etc., o Brasil pouco tem feito
em relação aos países da África ocidental, não tendo uma presença ativa na resolução do problema.
Recentemente ocorreu a primeira suspeita de um indivíduo infectado pelo vírus no Brasil, apesar de ter
sido confirmado que o paciente não era portador do vírus, o país irá aumentar a ajuda aos países afetados,
através do envio de kits médicos e de alimentos. Mesmo com o aumento da ajuda oriunda do Brasil, outros
países demonstram uma posição mais ativa no caso, ao exemplo do governo norte-americano que além da
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ajuda financeira, autorizou a construção de centros médicos na região, assim como o envio de cerca de 4.000
soldados para a África ocidental, sendo que 300 destes militares já estavam a serviço na Libéria, prestando
suporte nas áreas de engenharia, ajuda humanitária e logística.
Leste Asiático
Democracia e identidade em Hong Kong Fonte: PBS
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a qualidade do ar de seu país. A China, cujo carvão, em 2011,
Fonte: BIMCO
correspondeu a 69% das fontes totais de energia do país, importa
boa parte do carvão australiano. Contudo, por conta de suas novas
políticas, os chineses pretendem diminuir a importação de carvão
“sujo”, isto é, carvão rico em impurezas que aumenta os riscos de
doenças respiratórias e possui alta emissão de fumaça, principal
tipo de carvão exportado pela Austrália.
O investimento chinês em energias renováveis e de melhor
qualidade vai gerar, a partir do dia 15 de outubro desse ano,
taxas de importação de 3% para os carvões dos tipos antracito e
coque (utilizados para fazer aço); e de 6% para os betuminosos
(responsáveis por gerar energia). Grande parte dos produtores
australianos de minérios já está sendo prejudicada. Em dois anos
o retorno das exportações australianas no setor passou de US$125 para US$65 por tonelada. Na Austrália, os
especialistas postulam que o aumento da taxação não afetará tanto, no longo prazo, a economia do país no setor,
pois mesmo que a China seja um grande parceiro, não é o único. O Japão é o segundo maior importador de
carvão do mundo, que representa 23% de sua matriz energética, e também compra carvão dos australianos. Além
disso, toda a produção não exportada para a China poderia ser realocada para outros mercados, principalmente
os dos países em desenvolvimento do Sudeste Asiático, como é o caso da Indonésia.
O Primeiro Ministro australiano, Tony Abbot, pretende utilizar a Reunião do G20, prevista para os dias 15 e
16 de novembro em seu país, para conversar com o Presidente chinês e tentar chegar a um consenso. Há alguns
anos, os dois países vem negociando um acordo de livre comércio, até agora sem sucesso. Resta ao governo
australiano o desafio de tentar melhorar a situação de seus mineradores.
Sul da Ásia
Fonte: elaboração própria a partir de The Military Balance 2014
Os interesses da Índia no Oceano Índico
A preocupação da Índia com sua capacidade de
projetar poder no oceano Índico é crescente. A ascensão
de um primeiro-ministro nacionalista, Narendra Modi,
trouxe consigo discursos de aumento de gastos militares
e de como o governo indiano deve proceder de forma
mais atuante para garantir a defesa do seu entorno
marítimo. Tal preocupação é compreensível: pelo Índico
passam 80% do comércio mundial de petróleo, 50%
do comércio total em contêineres, além de ser a região
responsável por 65% da produção mundial de petróleo
e possuir 35% das reservas de gás do globo. No caso indiano, 90% de seu comércio é realizado por esse
oceano.
Neste contexto, os principais desafios do governo indiano estão em garantir suas rotas de comércio marítimo
e soberania, tentando contrabalancear a presença cada vez mais forte – e militarizada – da China. Ambos estão
investindo em novos portos com saída para o Índico, buscando alianças com outros países e assinando acordos
bilionários em cooperação militar naval. No caso da Índia, os EUA surgem como principal opção de aliado
fora do continente asiático, na medida em que as relações políticas entre os mesmos se tornam cada vez mais
amigáveis e que a contenção da China é de interesse de ambos. No caso desta última, sua política do String
of Pearls - o “cordão de pérolas”- , que traça uma linha de portos e estações logísticas avançadas que visam a
fortalecer a presença chinesa em pontos estratégicos do Índico e do Mar do Sul da China e a parceria histórica
com o Paquistão, outro grande rival indiano, agravam a insegurança e inflamam a competição por poder sobre
o Índico.
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Como consequência, a Índia está tentando estabelecer o máximo de alianças possíveis na Ásia e pretende
modernizar o Comando Militar nas ilhas de Andamão e Nicobar, ponto-chave para o acesso ao Estreito
de Malaca - principal ponto de passagem para o Pacífico. Estas ilhas, que passaram décadas praticamente
esquecidas, voltaram à agenda devido ao estreitamento de laços entre China e Myanmar e os investimentos em
um porto chinês nesta última. Ainda não há dados oficiais sobre o quanto a Índia irá injetar nas Forças Armadas
em 2015, mas, diante de sua inferioridade considerável frente às suas contrapartes chinesas, é muito provável
que o governo indiano esteja pronto para investir cada vez mais em sua capacidade militar, a fim de garantir
os interesses já mencionados e proteger sua soberania. E, apesar do pouco tempo de Modi em sua função, já é
possível adiantar, pelo tom de seus discursos, que as disputas estarão cada vez mais acirradas.
Europa
Fonte: Dossier Geopolítico E por falar em OTAN...
A Organização do Tratado do Atlântico Norte
(OTAN), criada em 1949, vem recebendo certa atenção
da mídia devido aos últimos acontecimentos que
movimentaram os bastidores institucionais: no início
de setembro deste ano, houve a Conferência do País
de Gales (Wales 2014) e, mais recentemente, já em
outubro, a troca do líder da Aliança.
A Conferência supracitada destacou-se pela
reafirmação dos compromissos estabelecidos pelos
28 membros que fazem parte da OTAN, os quais
englobam o entendimento conjunto dos Artigos 4º e 5º
do Tratado, que versam sobre cooperação em questões
de segurança. Foi ressaltado, também, que as principais preocupações dos membros devem ser os conflitos que
circundam o continente europeu, leia-se: a questão entre Ucrânia e Rússia; e as ações do Estado Islâmico no
Oriente Médio.
A nomeação de Jens Stoltenberg para ocupar o cargo de Secretário Geral da OTAN traz novos horizontes
para a Aliança. Com um perfil mais mediador, o norueguês terá pela frente o desafio de contornar os problemas
que mais preocupam a Organização e de tentar resolvê-los na esfera política. Vale ressaltar que o novo líder já
tem experiência em resolver impasses com a Rússia, em específico: enquanto primeiro-ministro da Noruega,
definiu fronteiras marítimas com os russos, em 2010, no Mar de Barents, após discussões que perduraram por
décadas e foram resolvidas por meios diplomáticos.
Com relação à atuação no Atlântico Sul, não há uma prospectiva da Aliança. Porém é importante frisar a
presença de países como França, Reino Unido e EUA, que possuem bases tanto no continente (como é o caso
das na Guiana Francesa), como no próprio oceano (cinturão de ilhas britânicas, com destaque para as bases em
Ascenção e Malvinas). Além disso, também ocorrem manobras e exercícios conjuntos, por exemplo, o último
Obangame Express, realizado em abril deste ano coordenado pela Marinha norte-americana em conjunto
com Marinhas africanas. O exercício contou com a presença de outros países da OTAN, como foi o caso da
Alemanha, Bélgica, Espanha, França, Holanda, Portugal e Turquia. Foi a primeira vez que o Brasil enviou um
de seus navios, o NPOc “APA”, para participar deste exercício.
Rússia e ex-URSS
A importância do porto de Sevastopol
Embora desde a época imperial (1721-1917) a Rússia seja uma região de poder proeminente no continente
euroasiático, suas desvantagens geográficas contribuíram para uma menor projeção no mar em relação a
outras potências, com poucas saídas costeiras para o continente europeu (land-locked) e portos que congelam
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durante os meses de inverno (ice-locked). A busca Fonte: Blog Reuters
consequente por “portos quentes” e maior projeção
marítima acabou levando a Rússia imperial a muitas
guerras, principalmente no Mar Báltico, por exemplo.
Dessa forma, em 1783, a imperatriz russa conhecida
por Catarina, a Grande, anexou a Crimeia do império
Otomano e estabeleceu a Esquadra do Mar Negro
(EMN), assegurando uma saída ao mar em melhores
condições para seu império.
Nesse sentido, devido a seu peso estratégico e
histórico, a EMN, com sede em Sevastopol, na Crimeia,
tem um papel vital na política russa. Com o colapso
da União Soviética, em 1991, Moscou passa a alugar
a referida base e firma um acordo com Kiev em 1997.
Segundo este, a EMN da Marinha ucraniana foi separada,
ficando a Rússia com 81,7% dos navios e armazéns, além do direito de alugar o porto até 2017.
Com a eleição do presidente ucraniano pró-Rússia Viktor Yanucovich em 2010, a Ucrânia renovou o aluguel
do porto de Sevastopol por mais 25 anos (2017-2042), com a possibilidade de extensão, pelo que a Rússia
garantiria aos ucranianos um desconto de 30% para importação de gás por 9 anos (2010-2019).
Muitos analistas apontam que a crise ucraniana que levou a anexação da Crimeia, está fortemente associada
à importância política e econômica do porto de Sevastopol para a Rússia, o que pode ser comprovado pelo
anúncio do presidente Putin de aumento de 30 navios de guerra na EMN. A EMN é uma das 5 Esquadras da
Rússia, ao lado da Esquadra do Norte, a do Pacífico, a do Báltico e a do Mar Cáspio.
Com a aproximação do inverno e a consequente maior demanda de gás, a Ucrânia encontra-se novamente
cercada. Sem condições efetivas de manter um confronto militar com a Rússia, e sem ajuda da União Europeia,
que evita um confronto direto com os russos, já que também depende das importações de gás, resta à Ucrânia
fazer concessões.
América do Sul
Fonte: Plano Brasil
O outro lado da Ponte da Amizade
O Exército do Povo Paraguaio (EPP) é um grupo insurgente de
ideologia marxista-leninista, com um pequeno contingente, entre
30 e 100 membros, originado pelos ex-seminaristas Juan Arrom e
Alcides Oviedo. O grupo conta com o apoio dos camponeses das
regiões em que atuam, Concepcíon, San Pedro e Amambay. O EPP
foi responsável pelo ataque à fazenda do brasileiro Nabor Both,
em Horqueta, departamento de Concepción, em 2008. O caso de
2008 recebeu maior repercussão, principalmente no Brasil, porém
suas atividades ocorrem desde os anos 2000. Dos casos podemos
destacar: em 2001, o sequestro de María Edith de Debernardi; em
2004, o sequestro e morte de Cecília Cubas, filha do ex-presidente
paraguaio Raúl Cubas; entre 2005 e 2006 o assassinato de 3 policiais
e incêndio de uma delegacia; em 2008, além do ataque à fazenda,
sequestro do pecuarista e ex-prefeito da cidade de Tacuatí, Luis Lindstrom.
Em abril deste ano sequestraram Arlan Fick, paraguaio filho de um fazendeiro brasileiro, que é mantido como
refém, aguardando a troca por membros do grupo que estão presos. Tal prática reforça o suposto treinamento do
EPP com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), que adotam a mesma prática.
Em julho, o ex-presidente do Brasil, Fernando Henrique Cardoso, foi indagado sobre a questão do EPP
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– em especial sobre o jovem Fick – pelo jornal paraguaio La Nacion. O político considerou que dentro dessa
guerrilha há o desejo de expulsar do território paraguaio os brasiguaios, que são tanto fazendeiros brasileiros
com terras no Paraguai quanto paraguaios filhos de brasileiros. Estima-se que sejam 350 mil brasiguaios,
numa população total de 7 milhões de habitantes. Por conta da grande presença dos brasiguaios na região leste
do país, muitos paraguaios temem que essa região seja anexada ao Brasil, uma vez que a cultura brasileira é
forte na região, inclusive com representações em prefeituras. As ações do EPP podem despertar na população
paraguaia sentimentos xenofóbicos em relação aos brasileiros, ligado estes a interesses de segurança nacional.
Ademais, deve-se atentar também à possibilidade do despertar de um sentimento nacionalista em relação aos
litígios da Usina de Itaipu, responsável por cerca de 20% do abastecimento hidrelétrico brasileiro.
América do Sul
Fonte: Publico
Colômbia e as FARC
As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) são uma
organização de inspiração comunista, autointitulada como um movimento
de guerrilha que luta pela implementação do socialismo na Colômbia,
atuante no país a exato meio século. A organização criminosa controla
a maior parte do refino e distribuição de cocaína dentro do território
colombiano e é classificada como terrorista pelos governos da Colômbia,
do Canadá, Estados Unidos e pela União Europeia. Os EUA e a Colômbia
criaram no ano 2000 o “Plano Colômbia”, destinado a desestruturar as
guerrilhas de esquerda como as FARC, e de combater a produção e o tráfico
de cocaína no país sul-americano. Estima-se que os norte-americanos já
tenham gasto mais de US$ 8 bilhões desde o início do Plano.
Os conflitos internos na Colômbia já fizeram mais de 200 mil mortos
e mais de 5 milhões de refugiados internos (um dos maiores do mundo),
porém os camponeses seguem com a produção agrícola de coca e de
maconha, por serem muito mais lucrativos do que os demais. Após um
estudo recente, economistas afirmam que o PIB colombiano, atualmente
o terceiro da América do Sul, poderia dobrar em apenas 8 anos não fossem
tais conflitos internos.
O presidente Juan Manuel Santos, reeleito em meados deste ano, vem atuando em negociações de paz com
as FARC desde o final de 2012, tendo nesse período ambas as partes selado acordos com este objetivo.
Integrantes das FARC também atuam próximos à fronteira com o Brasil, na região amazônica. Para a defesa
do território, o país possui bases e milhares de militares das 3 Forças patrulhando e protegendo a região, em
consonância com a Estratégia Nacional de Defesa (END) e com a Estratégia Nacional de Segurança Pública
nas Fronteiras (Enafron).
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recentemente a versão final da rota do novo canal Fonte: Quartz
interoceânico. A hidrovia terá seu início na foz do rio
Brito na costa do Pacífico nicaraguense e passará até o
rio Punta Gorda na costa do Atlântico, rota destacada
na imagem ao lado pelo número 4.
Cerca de 200 mil trabalhadores serão envolvidos
na construção do projeto e se espera que o novo
Canal assuma cerca de 5% do tráfego internacional
de transporte marítimo. Vale ressaltar que o canal é
de grande importância para os planos estratégicos
do Brasil no que tange à expansão de sua produção
petrolífera. O canal tem potencial para ser usado pela China para importar petróleo do pré-sal brasileiro,
podendo consolidar uma gigantesca operação bilateral.
Ártico e Antártica
Fonte: IEEE Spectrum
EUA no Ártico: caminhando em gelo fino
Recentemente, no dia 19 de setembro, foram detectados
oito aviões russos na região do Ártico, o que acionou o
Comando da Defesa Aeroespacial Norte-Americano
(NORAD). Quando do ocorrido, determinadas fontes
chegaram a cogitar que alguns dos aviões carregavam
armamento nucelar, o que não foi confirmado por
representantes do United States Northern Command,
criado em 2002, e responsável pela defesa do território
norte-americano, que afirmaram não ser a Rússia vista no
momento como uma ameaça. A área de responsabilidade
do NORTHCOM abrange não apenas os EUA continental,
mas também, o Canada, o México, o Alaska e os espaço
marítimo de 500 milhas náuticas ao redor dessa mesma
área.
Nascido em 1958, da lógica de contenção soviética, o NORAD que é gerido em parceria por Canadá e EUA
para a defesa aérea dos dois países também é um dos principais mecanismos para ação norte-americana na
região do Ártico. Em maio de 2013, o Departamento de Defesa lançou a estratégia nacional para a região do
Ártico, que reconhece as mudanças na região e sua importância geoestratégica.
Para tal, a estratégia enumera três vetores que orientam a ação norte-americana na região. O primeiro, e mais
importante deles, é a garantia dos interesses de segurança no Ártico, o que será feito a partir de investimento
em infraestrutura de defesa para garantir a capacidade de resposta adaptada à crescente atividade humana e
comercial da área. Haverá também o estímulo à pesquisa e estudos que aprofundem a compreensão sobre as
condições da região, além da preservação da liberdade de trânsito dos mares polares e, principalmente, a garantia
da segurança energética norte-americana, a partir da exploração dos recursos abundantes, principalmente, no
Alaska.
Os outros dois vetores de ação se voltam para a governança do Ártico e para a cooperação internacional,
conjugando a exploração econômica com a preservação do meio ambiente. Além dessas ações, o governo
norte-americano também tem o comprometimento de mapear as novas rotas de navegação que se abrem,
aprofundando o conhecimento sobre a região e permitindo seu uso tático e estratégico de maneira eficaz.
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