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JOÃO GABRIEL COSTA FREITAS

PERSPECTIVAS DA PROFISSÃO DE DESIGNER NO PAÍS

Santos - SP

2017
PERSPECTIVAS DA PROFISSÃO DE DESIGNER NO PAÍS

JOÃO GABRIEL COSTA FREITAS

Trabalho EAD (educação a distância)


elaborado para a Faculdade ESAMC
como exigência parcial para aprovação
na matéria de Tópicos Avançados

Santos - SP

2017
Sumário
1. CONCEITOS......................................................................................................................4
INTRODUÇÃO

O termo design gráfico é algo recente, comparado a diversas outras


profissões. Ele nasceu oficialmente com a criação da Escola Superior de
Desenho Industrial (ESDI) no Rio de Janeiro.

O designer tem a responsabilidade de unir estética, funcionalidade e


conceito. Nesse âmbito, a profissão torna-se mais que somente criar objetos
belos. É necessário que haja uma função, seja de fácil entendimento e
aplicação para a sociedade. E isto não é fácil. Envolve muito mais que o
processo de desenhar. Previamente é imprescindível que haja diversas outras
áreas envolvidas, como tecnologia, engenharia, psicologia e a preocupação de
entender o funcionamento da massa.

Antes de discorrer sobre quaisquer perspectivas que o designer


brasileiro venha a ter, precisa-se entender o que é design, sua história e qual a
importância dele na vida humana.

Portanto, não basta saber desenhar para ser um designer, na


verdade nem é preciso, já que se tem programas de computador que faz isso,
mas é imprescindível que se entenda a mente humana e desejável estar
sempre à frente do que a sociedade precisa.
1. CONCEITOS

O design envolve união de modos de pensar e os valores humanos,


além de um planejamento de todo o projeto até sua conclusão.

A palavra Design, vem do latim “designare” que significa, marcar,


indicar. Já a palavra Design Gráfico, que corresponde a criação de produtos
para indústria gráfica, é recente e apareceu no final da década de 1980, cujo
termo Graphic Design havia sido introduzido em 1922 por William Addison
Dwiggins. Dessa forma seu intuito foi representar suas atividades enquanto
indivíduo que trazia ordem estrutural e forma visual as comunicações
impressas.

A expressão design é uma expressão que vem a representar um


projeto, ou seja, projetar informações para um grande público, a massa.
2. BREVE HISTÓRIA DO DESIGN

Ao analisarmos esta época, fica difícil, para o homem


contemporâneo, imaginar que houve um tempo em que os seres humanos não
se comunicavam nem de forma oral e nem escrita, já que há evidências
arqueológicas da existência de fogo, uso de ferramentas e atividades
cooperativas antes mesmo da linguagem falada. Portanto o uso não verbal era
intensamente utilizado.

Com o passar do tempo a linguagem verbal foi surgindo, e com ela


novas formas de interação e facilidade na organização social, de forma a
compor uma estrutura para viverem mais seguros e confortáveis.

Toda esta comunicação veio consigo o poder de expressar melhor


os sentimentos, técnicas, ideias, e tantas outras formas que contribuiriam para
a metamorfose humana.

A expressão design é uma expressão que vem representar um


projeto, ou seja, projetar informações para um grande público, a massa.

Um dos grandes profissionais responsáveis por essa projeção


gráfica foi Gutenberg com sua Bíblia (1454), chamada de Bíblia de 42 linhas,
pois esta era a quantidade de linhas que sua página possuía através da
tipografia criada e marcada por ele. Esse processo de impressão usava tipos
móveis de madeira e posteriormente de metal.

O processo criado por Gutenberg não foi pacífico. Naquela época,


acreditava-se que qualquer livro que não fosse feito por um monge copista, seria de
uma força perturbadora, força esta apta a enfraquecer a fé e desestruturar as
autoridades.

Muitos séculos depois, com o início da Revolução Industrial, grandes


inovações na área de impressões foi surgindo. A operação manual foi substituída
pelas prensas giratórias que eram mais rápidas e aumentavam a produção. Nesse
mesmo momento surge a máquina de Linotipo.
Séculos depois, com a Revolução Industrial, a comunicação se tornou em
massa, atingindo várias pessoas em um curto espaço de tempo, comparado com o
passado. Esse marco passa a separar design de arte. Onde o primeiro é visto como
solucionador de problemas da sociedade e outro um meio de apreciação e expressão
artística. O design vem como um agente de produção em massa, um crítico dessa
revolução e mais do que isso ganhou maturidade e legitimou seu status em resolver
problemas da massa.

Hoje é praticamente impossível imaginar o cenário do design gráfico sem


máquinas para execução dos projetos. Essa ponte que liga a Revolução Industrial e o
Design Gráfico jamais poderá ser quebrada ou negada. Essa mecanização
transformou tudo o que a profissão é atualmente e tudo o que ela poderá vir a ser.

No Brasil, a primeira escola de design foi a Escola Superior de Desenho


Industrial (ESDI) no Rio de Janeiro fundada em 1962 e idealizada por Alexandre
Wollner e Karl Heinz Bergmiller. Seu estilo foi inspirado pela escola alemã de Ulm,
esta influenciada pela Bauhaus. A ESDI atuava de forma autônoma, mas em 1975
passou a fazer parte da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). A escola
mantém um projeto, uma Incubadora de Empresas de Design em seu campus. Isso
ajuda no incentivo e na consolidação de empresas na área, estas que na maioria das
vezes são de ex-alunos da faculdade.
3. A IMPORTÂNCIA DO DESIGN E SUAS PERSPECTIVAS

O design vai muito além de só pensamentos e valores. Ele envolve


processos, sentimentos, técnicas, teorias, tecnologias e vivências. Abraça e
acolhe as vontades que a sociedade mostra e até cria necessidades que os
mesmos nem sabiam que poderiam vir a ter.

Sendo assim, o designer é um responsável direto por criar e sanar


carências do mercado. Essas criações ou adaptações são uma ciência que
envolvem diversas áreas (Humanas, exatas, biológicas), pois não basta
somente saber desenhar, é imprescindível entender, acima de tudo, a mente
humana, o lado psicológico do consumidor e até mesmo prever o futuro. Quem
fazia isso muito bem era Steve Jobs. Ele não era um designer, mas tinha um
modo de pensar que todo profissional desta área deveria ter. Ele estava
sempre dez passos à frente. É assim que designers deveriam sempre andar.

Há quem diga que design não é arte. Tenho que discordar. Design é
arte, mas também é ciência, arquitetura, engenharia, psicologia e diversas
outras disciplinas. Design é multidisciplinar. Não é só beleza, pois tem que ser
funcional, e para tal deve ter cálculos, testes, fatores psicológicos que
envolvam o motivo das formas, cores e tamanhos.

O papel do designer na vida humana é muito importante, pois ele é o


responsável por captar os sonhos humanos antes mesmo de serem sonhados.
Através destes sonhos projetá-los em formas reais e direcionados sejam para
um grupo seleto ou para a massa.

Diante de tudo uma pergunta surge “O design tem futuro promissor


no país?”. Sim, ele tem. Porém, antes de tudo é necessário regulamentar.
Infelizmente, em pleno século XXI e com a evolução meteórica da profissão, o
designer ainda “trabalha na clandestinidade”. Parece um termo um tanto
quanto exagerado, mas não é.
Pense bem. Quando não se há leis para reger uma profissão, como
se espera que a mesma saiba o que é correto ou não? O que pode? Quem
está habilitado a trabalhar nesta área? Mas muita gente pode dizer: “Qualquer
pessoa que saiba mexer em um computador ou desenhar pode ser um
designer sem problemas”. Não, não pode. Quando se diz Designer, fala-se de
um profissional que vai além daquele que faz um cartão de visita, um impresso.
É a pessoa que poderá ser responsável pelo projeto de uma faca, esta que se
mal projetada poderá vir a ter defeitos e cortar a mão de alguém. Ou mais
grave ainda, um projeto de um carro, cuja aerodinâmica do design teve falhas e
acabou matando pessoas.

Isso é possível acontecer, já que não se é necessário comprovar


que o profissional tenha feito uma faculdade, tenha estudado diversas
disciplinas que o preparou para o cargo. Tudo isso prejudica aqueles que se
dedicam anos e anos no banco de uma faculdade, que gastam com cursos,
que fazem por amor.

Vendo além desse ponto chave sobre a regulamentação, o design


brasileiro tem um grande futuro. Isso é provado pelos profissionais de grande
nome que o país teve e tem, Aloísio Magalhães, Amilcar de Castro, Alexandre
Wollner, Emilie Chamie, Fernando Lemos, João Carlos Cauduro, Ludovico
Martino e tantos outros.

O mundo a cada dia precisa mais destes profissionais, não só para


sanar suas necessidades do momento, mas para criar outras que muitos ainda
nem pensaram em ter.

A parte financeira ainda hoje, no país, é o principal motivo para que


profissionais nesta área acabem por optarem a fazer outra coisa. São poucas
as agências que realmente valorizam financeiramente o designer, a não ser
que ele se torne um Diretor de arte ou trabalhe em gigantes como as agências
Young & Rubicam, Ogilvy & Mather Brasil, WMcCann, Borghi/Lowe,
AlmapBBDO, Havas Worldwide e Africa.

Se destacar não é fácil em nenhuma profissão hoje, porém o “copia


e cola” é muitas vezes aceito no mercado, e o famoso sobrinho o cara
escolhido para o trabalho. Mas para aqueles que realmente investem em si,
sabem que o “pensar fora da caixa” é o que os levará a altos degraus. Ainda
mais no cenário em que vivemos onde muito já foi inventado, criado,
transformado. A grande ideia não é criar algo que ninguém ainda não criou,
mas criar necessidades que a sociedade nem imagina que um dia virá a ter.

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