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Captura de Tela 2023-08-02 À(s) 21.26.37
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MAGISTRAL DE
VETERINÁRIA
GUIA
GUIA MAGISTRAL DE DERMATOLOGIA VETERINÁRIA
Propriedade Intelectual
Apresentação .................................................................................................................05
Informações importantes ................................................................................................06
Lista de abreviações .......................................................................................................07
Formas farmacêuticas tópicas........................................................................................08
Princípios ativos sugeridos na dermatologia veterinária ................................................10
Referências bibliográficas...............................................................................................28
Principais doenças dermatológicas em cães e gatos ....................................................29
1. Dermatopatias fúngicas e pseudofungicas ..............................................................30
1.1. Dermatofitose ....................................................................................................30
1.2. Malasseziose.....................................................................................................32
1.3. Criptococose .....................................................................................................35
1.4. Esporotricose ....................................................................................................36
1.5. Histoplasmose ...................................................................................................38
1.6. Coccidioidomicose ............................................................................................39
1.7. Pitiose................................................................................................................40
2. Dermatopatias parasitárias ......................................................................................41
2.1. Carrapatos.........................................................................................................41
2.2. Demodicidose canina localizada e generalizada ..............................................42
2.3. Escabiose canina ..............................................................................................45
2.4. Escabiose felina ................................................................................................47
2.5. Queiletielose......................................................................................................48
2.6. Ácaros de ouvido (Otodectes cynotis)...............................................................49
2.7. Pulíase (pulgas) ................................................................................................51
2.8. Pediculose (piolhos) ..........................................................................................53
2.9. Miíase ................................................................................................................54
3. Dermatopatias bacterianas ......................................................................................55
3.1. Piodermite canina (superficial e profunda) ........................................................55
3.2. Dermatite piotraumática ....................................................................................60
3.3. Impetigo.............................................................................................................62
3.4. Acne canina.......................................................................................................63
3.5. Dermatite das pregas cutâneas (intertrigo) .......................................................65
3.6. Piodermite mucocutânea...................................................................................66
3.7. Pododermatite bacteriana .................................................................................. 67
3.8. Abscesso subcutâneo ........................................................................................ 68
3.9. Nocardiose ......................................................................................................... 69
4. Distúrbios de hipersensibilidade ............................................................................... 70
4.1. Dermatite atópica canina.................................................................................... 70
4.2. Dermatite alérgica à picada de ectoparasitos (DAPE) ....................................... 75
4.3. Atopia felina ........................................................................................................ 77
4.4. Granuloma eosinofílico felino ............................................................................. 78
5. Dermatopatias de etiologia psicogênica ................................................................... 80
5.1. Dermatite por lambedura.................................................................................... 80
6. Dermatopatias disqueratinizantes e seborreicas ...................................................... 82
6.1. Calo/hiperqueratose ........................................................................................... 83
6.2. Acne felina .......................................................................................................... 84
6.3. Seborreia em cães ............................................................................................. 85
7. Dermatopatias autoimunes ....................................................................................... 87
7.1. Pênfigo foliáceo .................................................................................................. 87
7.2. Pênfigo eritematoso ........................................................................................... 90
7.3. Pênfigo vulgar..................................................................................................... 92
7.4. Lúpus eritematoso discoide................................................................................ 93
7.5. Lúpus eritematoso sistêmico .............................................................................. 96
8. Otopatias ................................................................................................................... 98
8.1. Ototoxicidade...................................................................................................... 98
8.2. Otite externa e média ........................................................................................ 99
Dicas extras ................................................................................................................... 105
5
Apresentação
Informações importantes
Lista de abreviações
2 - Gel
Géis tópicos são formulações farmacêuticas que se apresentam em forma
de gel, geralmente aplicadas na pele para o tratamento de lesões cutâneas.
Eles são projetados para serem bem absorvidos pela pele, tendo como
principal característica a rápida absorção.
3 - Lenços umedecidos
Eles são compostos por toalhas macias e úmidas, impregnadas com uma
solução líquida destinada a limpeza, higienização e como terapia tópica, 4
principalmente de locais de difícil limpeza (dobras cutâneas, região periocular,
coxins, etc). Eles são projetados para serem descartáveis, proporcionando
praticidade e conveniência para a higiene de animais em diferentes
situações e ambientes. São uma opção conveniente para a limpeza diária,
especialmente em situações onde banhos não são recomendados.
4 - Mousse
Mousse é uma forma farmacêutica que se apresenta em forma de espuma
e é aplicada na pele. O mousse é utilizado para o tratamento de condições
dermatológicas, podendo conter um ou mais princípios ativos em sua
composição. A espuma formada permite uma aplicação fácil e uniforme do
medicamento em uma área maior, o que pode fornecer uma ação rápida
e eficaz. Além disso, a textura leve e aerada do mousse é bem absorvida
pela pele, deixando uma sensação agradável e sem resíduos oleosos ou
pegajosos.
9
5 - Pour-on/ Spot-on
Aplicado diretamente na pele do animal, geralmente na região da base
do pescoço (spot-on) ou na região do dorso (pour-on) em pequenas
quantidades, usando um aplicador com ponta de gotejamento. A substância
então se espalha pelo corpo do animal através da oleosidade natural da
pele, fornecendo sua ação durante um tempo determinado. A aplicação de
spot-on/pour-on é uma opção conveniente e eficaz para muitos proprietários
de animais, pois é fácil de usar e não causa desconforto ou dor ao animal.
7 - Spray
O spray tópico é uma forma farmacêutica que é aplicada na pele ou em
superfícies externas do corpo, como feridas ou queimaduras, usando
um frasco borrifador. O spray tópico permite uma fácil aplicação e evita a
contaminação da embalagem, já que pode ser aplicado sem a necessidade
de contato direto. Além disso, o spray tem uma ampla área de alcance,
permitindo que o medicamento seja disperso uniformemente em toda a área
lesionada.
5
8 - Xampu
O xampu é composto por ingredientes como tensoativos suaves, que ajudam
a remover a sujeira e a oleosidade sem agredir a pele do animal, além de
outros princípios ativos com ação medicamentosa para o tratamento de
diversas alterações cutâneas.
10
PRINCÍPIOS ATIVOS
SUGERIDOS NA
DERMATOLOGIA
VETERINÁRIA
Princípios ativos sugeridos na dermatologia veterinária 11
Hidratante, acidificante,
Uso externo: Uso externo:
Ácido lático antipruriginoso, querato-
1-5%.4 1-5%.4
lítico.
Estimulante da prolifera-
Uso externo: 0,2- Uso externo: 0,2-
Alantoína ção celular e ativador da
2%.3,15 2%.3,15
cicatrização de feridas.
Antibiótico betalactâmico
bactericida de amplo
espectro. Utilizado no
10-20 mg/kg, a cada 10-20 mg/kg, a cada
Amoxicilina tratamento de infecções
8-12h, VO.14 8-12h, VO.14
do trato urinário inferior,
infecções em tecidos
moles e pneumonias.
12 Princípios ativos sugeridos na dermatologia veterinária
Anti-inflamatório empre-
gado em Formulações
dermatológicas com
Uso externo: Uso externo:
Azuleno efeito calmante, além de
0,05%.15 0,05%.15
possuir propriedades de
regeneração tissular e
antialérgica.
Antibiótico bactericida de
250-500 UI/1 a 5 250-500 UI/1 a 5
Bacitracina amplo espectro e promo-
vezes/Uso externo.6 vezes/Uso externo.6
tor de crescimento.
Suplemento vitamínico.
Auxilia no crescimento 15 mcg/kg, a cada
celular, na produção 1,4 mg/kg, a cada 24 horas, VO. Dose
Biotina
de ácidos graxos, e na 24h, VO.13 empírica/baseada
utilização de vitaminas do em uso humano.
complexo B.
Antibiótico betalactâmico
10-20 mg/kg, a cada 10-20 mg/kg, a cada
Cefadroxila bactericida de amplo
12h, VO.14 12h, VO.14
espectro.
Antifúngico: 5-10
mg/kg, a cada 12-
24h, VO. Associado
a ciclosporina,
10 mg/kg, a cada
para redução em
Cetoconazol Antifúngico. 12-24h, VO.14 Uso
sua dosagem:
externo: 1-2%.
2,5-5 mg/kg, a cada
12h, VO de cada
fármaco.14 Uso
externo: 1-2%.
Imunossupressor utilizado
5-10 mg/kg, a cada 5-10 mg/kg, a cada
Ciclosporina para doenças inflamató-
24h, VO.14 24h, VO.14
rias e imunomediadas.
Corticosteroide potente,
Uso externo: Uso externo:
Desonida praticamente sem absor-
0,05%.1 0,05%.1
ção percutânea.
Anti-inflamatório:
Anti-inflamatório:
Corticosteroide indica- 0,14-0,28 mg/kg
0,07-0,14 mg/kg ou
do para tratamento da ou 0,125-0,5 mg/
Dexametasona 0,25-1 mg/animal, a
inflamação e de doenças animal, a cada 24h,
cada 24h, VO.14 Uso
imunomediadas. VO.14 Uso externo:
externo: 0,1%
0,1%.
Cicatrizante. Substân-
Uso externo: 16 Uso externo: 16
cia ativa, de natureza
ng/g a 4000 ng/g. ng/g a 4000 ng/g.
peptídica (Fator epidermal
Epifactor Dose empírica/ Dose empírica/
– EGF), auxiliando no
baseada em uso baseada em uso
processo de cicatrização
humano. humano.
e regeneração tecidual.
Antibiótico macrolídeo,
bacteriostático, geralmen-
te utilizado para infec- 75.000 UI/kg, a cada 75.000 UI/kg, a cada
Espiramicina
çõesda cavidade bucal, 24h, VO.14 24h, VO.14
podendo ser associado
ao metronidazol.
Silício biologicamente
5-10 mg/kg, a cada 5-10 mg/kg, a cada
ExsyPET ativo. Adjuvante no trata-
24h, VO.5 24h, VO.5
mento de dermatopatias.
Pour-on a 10%,
aplicar a cada 30
Pour-on a 10%,
dias. Vias alterna-
Fenilpirazólico inibidor do aplicar a cada 30
tivas: Spray tópico
GABA pulicida e carrapa- dias. Vias alterna-
0,25%: aplicar 2-4
Fipronil ticida. Indicado no contro- tivas: Spray tópico
jatos/kg a cada
le de pulgas, carrapatos e 0,25%: aplicar 2-4
30 dias. Veículo
ácaros. jatos/kg a cada 30
auricular 0,25%:
dias.6/14
aplicar, duas vezes
ao dia, por 7 dias.6/14
Corticosteroide potente
sem absorção percutâ-
Uso externo: 0,01- Uso externo: 0,01-
Fluocinolona nea, usado no tratamento
0,1%.15 0,1%.15
de dermatoses eczema-
tosas.
16 Princípios ativos sugeridos na dermatologia veterinária
Antibiótico bactericida
predominantemente Uso externo: 0,1- Uso externo: 0,1-
Gentamicina
contra aeróbicos gram-ne- 0,3%.11 0,3%.11
gativos.
Anti-histamínico com
ação antipruginosa, 2 mg/kg, a cada 8h, 5-10 mg/animal, a
Hidroxizine
antiespasmódica,antiemé- VO.14 cada 12h, VO.14
tica e tranquilizante.
Princípios ativos sugeridos na dermatologia veterinária 17
Demodicose: 0,6
mg/kg, a cada 24h,
VO. Outras parasi- Veículo otológico:
Ivermectina Ecto e endoparasiticida.
toses: 0,2-0,4 mg/ 0,01%.22
kg, VO.14 Veículo
otológico: 0,01%.22
Antibiótico bacteriostático
contra infecções por gram 20 mg/kg, a cada 20 mg/kg, a cada
Lincomicina
positivos e infestações 12h, VO.14 12h, VO.14
por protozoários.
18 Princípios ativos sugeridos na dermatologia veterinária
Hormônio hipofisário
para o tratamento de Redução da ativi-
alterações dermatológi- 3-12 mg/animal, a dade noturna: 1,5-6
Melatonina
cas, comportamentais. cada 8-12h, VO.14 mg/animal, a cada
Tratamento de alopecia X, 24h, VO.14
displasias foliculares.
Antibacteriano (anaeró-
bicos) e antiprotozoário.
Anaeróbios: 15 Anaeróbios: 15
Indicado para gengivites,
Metronidazol mg/kg, a cada 12h, mg/kg, a cada 12h,
doenças periodontais,
VO.14 VO.14
abscessos, enfisemas
subcutâneos e giardíase.
0,2-0,4 mg/kg, a
cada 24 horas, du-
Avermectina endo e ecto- 1 mg/kg a cada 30
Moxidectina rante três a quatro
parasiticida. dias, uso tópico. 14
meses (tratamento
da demodicose).14
Princípios ativos sugeridos na dermatologia veterinária 19
Proteção de patas e
Uso externo: Uso externo:
Nano calêndula calosidades, cicatrização
1-10%8 1-10%8
da pele.
Antisséptico, tratamento
Nano Uso externo: 0,05- Uso externo: 0,05-
de afecções fúngicas e
clorexidina 10%8 10%8
bacterianas.
Antibiótico bactericida
predominantemente 15-20 mg/kg, a cada 15-20 mg/kg, a cada
Norfloxacina
contra infecções por 12h, VO.14 12h, VO.14
gram-negativos.
0,4-0,6 mg/kg,
0,4-0,6 mg/kg,
a cada 12h, VO,
a cada 12h, VO,
Inibidor da janusquinase durante 14 dias,
durante 14 dias,
Oclacitinib anti-inflamatório e antipru- passando então a
passando então a
ginoso. administrar a cada
administrar a cada
24h para terapia de
24h.14
manutenção.14
Ação anti-inflamatória,
Uso externo:
antisséptica, adstringente,
Óleo de 1-10%. Dose empíri-
cicatrizante e hidratante. Não recomendado.
melaleuca ca/baseada em uso
Indicado para uso em
humano.
atopia.
Antioxidante e anti-infla-
matório. Mantém a integri-
138 mg/kg, a cada 138 mg/kg, a cada
Ômega 6 dade da barreira cutânea
24h, VO.6 24h, VO.6
e hidratação da pele.
Utilizado em atopias.
Vasodilatador periférico
usado no tratamento Dermatopatias:
100 mg/animal, a
Pentoxifilina adjuvante de endotoxe- 15-20 mg/kg, a cada
cada 12h, VO.14
mia, doença navicular e 8-12h, VO.14
alterações autoimunes.
Anti-inflamatório, anti-
Phytosphin- microbiano e hidratante. Uso externo: 0,05- Uso externo: 0,05-
gosine Indicado no tratamento de 1%.7 1%.7
dermatites.
Uso externo:
Antisseborreico. Indicado 1-2,5% (xampu).
no tratamento da sebor- Atenção: o uso
Sulfeto de reia oleosa, seborreia deste ativo pode
Não usar.
selênio idiopática e pitirosporose causar amarelamen-
cutânea. Ação fungicida e to temporário dos
desengordurante. pelos em animais de
pelagem clara.1/4
Imunossupressor am-
plamente utilizado no Uso externo: 0,03- Uso externo: 0,03-
Tacrolimus
tratamento da dermatite 0,1%.11 0,1%.11
atópica.
Antibiótico predominan-
20 mg/kg, a cada 20 mg/kg, a cada
Tetraciclina temente bacteriostático
8h, VO.14 8h, VO.14
(amplo espectro).
50 mg/kg, VO,
administrar durante
Antiparasitário e antifún-
Tiabendazol 3 dias e repetir após Uso externo: 4%.20
gico.
um mês.14 Uso
externo: 4%.20
Antibiótico bactericida
contra gram-negativos. Uso externo: Uso externo:
Tobramicina
Tratamento de otite 0,3%.19 0,3%.19
externa.
O ácido pantotênico,
também conhecido como
vitamina B5, é funda-
mental para o desen-
volvimento saudável da
pele, unhas e pelos. Ele
estimula a renovação
celular, favorece a síntese
de colágeno (proteína
500-1500 UI/kg, a 400 UI/kg, a cada
Vitamina A que sustenta a pele) e
cada 24h, VO.14 24h, VO.14
tem ação moderada na
produção de queratina.
Além disso, ajuda a nor-
malizar a queratinização
e a aumentar a elastici-
dade da pele, enquanto
reduz o espessamento
da epiderme e melhora a
hidratação cutânea.
Antioxidante, cicatrizante,
anti-inflamatório. Atua
como fonte de ácido pan-
totênico nas deficiências 5-20 mg/animal, a 0,5 mg/animal, a
Vitamina B5
nutricionais gerais. Pre- cada 24h, VO.18 cada 24h, VO.18
venção da queda de pelo.
Indicado para dermatites
e vitiligo.
Antioxidante e fortalece
500-2.000 UI/kg, a 500-2.000 UI/kg, a
Vitamina D3 a barreira de proteção da
cada 24h, VO.14 cada 24h, VO.14
pele.
É necessário para a
absorção e atividade das 10 mg/kg, a cada 10 mg/kg, a cada
vitaminas, principalmente 24h, VO de sulfato 24h, VO de sulfato
Zinco
as do complexo B e para de zinco ou glucona- de zinco ou glucona-
a cicatrização de feridas e to de zinco.12 to de zinco. 12
queimaduras.
28
Referências Bibliográficas
PRINCIPAIS
DOENÇAS
DERMATOLÓGICAS
EM CÃES E GATOS
30 Dermatopatias fúngicas e pseudofungicas
Dermatofitose
A dermatofitose é uma infecção fúngica cutânea que afeta regiões queratinizadas de pelos e unhas,
bem como as camadas superficiais da pele. Os organismos isolados mais comumente são Microspo-
rum canis, Trichophyton mentagrophytes e Microsporum gypseum. Por se tratar de uma zoonose, os
tutores devem ter cuidado.
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS
Os sinais clínicos variam desde portador assintomático até alopecia focal, que pode progredir
rapidamente para lesões generalizadas. Pode ocorrer descamação, eritema, hiperpigmentação
e prurido. Em alguns casos, pode haver lesões granulomatosas (pseudomicetoma) ou quérions,
inflamação do leito ungueal e deformidade da unha.
TRATAMENTO
A terapia tópica pode ser realizada em conjunto com o tratamento sistêmico ou isoladamente, apenas
nos casos de lesões localizadas.
Referências
1. HNILICA, K. A.; PATTERSON, A. P. Dermatologia de pequenos animais: atlas colorido e guia terapêutico.
Tradução: Oliveira, R. S. 4. ed. São Paulo: Elsevier, 2018.
2. JOYCE, Judith. Dermatologia em pequenos animais. Rio de Janeiro: Revinter, 2012.
3. Macedo C. M., Silva W. C., Camargo Junior R N C. Dermatofitose em cães e gatos: aspectos clínicos, diagnós-
tico e tratamento. Vet. e Zootec, 2021.
4. MORIELLO, K. A., COYNER, K., PATERSON, S. & MIGNON, B. (2017) Diagnosis and treatment of dermatophy-
tosis in dogs and cats.: Clinical Consensus Guidelines of the World Association for Veterinary Dermatology.
Veterinary Dermatology 28, 266-e268.
5. TILLEY, L.P.; SMITH JR., F.W.K. Consulta veterinária em 5 minutos espécies canina e felina. 5. ed. Barueri,
Manole, 2015.
6. VIANA, F. A. B. Guia terapêutico veterinário. 4 ed. Lagoa Santa: CEM, 2019.
32 Dermatopatias fúngicas e pseudofungicas
Malasseziose
A Malassezia pachydermatis é uma levedura comum encontrada em baixas quantidades nos canais
auditivos, áreas periorais, regiões perianais e pregas cutâneas úmidas. No entanto, quando há uma
hipersensibilidade aos microrganismos ou crescimento excessivo da levedura, pode levar ao desenvol-
vimento da doença.
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS
As características clínicas incluem prurido moderado a grave, alopecia focal ou generalizada,
seborreia e eritema em cães. Em estado crônico, a pele pode apresentar hiperpigmentação, hi-
perqueratose e um odor desagradável. Já em gatos, os sinais clínicos incluem otite externa com
secreção escura, acne mentoniana, alopecia, eritema e seborreia, que podem ser multifocais ou
generalizadas.
TRATAMENTO
Em casos brandos a terapia tópica isolada geralmente é eficaz:
Dermatopatias fúngicas e pseudofungicas 33
Tabela 1 - Produtos tópicos efetivos para Malassezia e suas respectivas concentrações indicadas.
Clotrimazol 1%
Miconazol 2%
Cetoconazol 2%
Tiabendazol 4%
Clorexidina 2 a 4%
Ciclopirox olamina 1%
Sulfeto de selênio (cães) 1%
Tratamento sistêmico
Nano melaleuca ...................................... 2% Casos moderados a graves
Nano fitoesfingosina ................................1%
Clorexidine .............................................. 2% Cetoconazol ...................................10 mg/kg
Mousse .................................................q.s.p. Forma farmacêutica .............................q.s.p.
Posologia: Uso diário ou conforme neces- Posologia: Administrar 1 dose a cada 24
sário. horas com alimento.
Dica da Fórmula Animal: Formulação tam-
bém disponível em lenços umedecidos, nes-
se caso uma opção interessante é a utilização
do TRIS-EDTA como q.s.p. uma vez que ele
melhora a eficácia da formulação. Tratamento sistêmico
Casos moderados a graves
Referências
1. BOND, R., MORRIS, D. O., GUILLOT, J., BENSIGNOR, E. J., ROBSON, D., MASON, K. V., KANO, R. & HILL, P. B.
(2020). Biology, diagnosis and treatment of Malassezia dermatitis in dogs and cats Clinical Consensus
Guidelines of the World Association for Veterinary Dermatology. Veterinary Dermatology, 31, 27–e4.
2. HNILICA, K. A.; PATTERSON, A. P. Dermatologia de pequenos animais: atlas colorido e guia terapêutico.
Tradução: Oliveira, R. S. 4. ed. São Paulo: Elsevier, 2018.
3. JOYCE, Judith. Dermatologia em pequenos animais. Rio de Janeiro: Revinter, 2012.
4. PEANO, A.; JOHNSON, E.; CHIAVASSA, E.; TIZZANI, P.; GUILLOT, J.; PASQUETTI, M. Antifungal Resistance
Regarding Malassezia pachydermatis: Where Are We Now? J. Fungi 2020, 6, 93.
5. TILLEY, L.P.; SMITH JR., F.W.K. Consulta veterinária em 5 minutos espécies canina e felina. 5. ed. Barueri,
Manole, 2015.
6. VIANA, F. A. B. Guia terapêutico veterinário. 4 ed. Lagoa Santa: CEM, 2019.
Dermatopatias fúngicas e pseudofungicas 35
Criptococose
Cryptococcus neoformans é um fungo ambiental saprofítico e a doença criptococose é desencadeada
quando esses microrganismos são inalados e estabelecem uma infecção nas cavidades nasais, seios
paranasais ou pulmões. A infecção é principalmente adquirida através da inalação de esporos fúngicos,
que são frequentemente encontrados nas excretas de pombos, considerados os reservatórios naturais
do agente patogênico. A disseminação da infecção pode ocorrer para a pele, olhos, sistema nervoso
central e outros órgãos. A criptococose é mais comum em felinos, mas também pode afetar cães e
seres humanos.
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS
Em gatos, a manifestação cutânea da criptococose é caracterizada por aumento de volume na
ponte nasal, múltiplas pápulas e nódulos que podem ulcerar e estarem associados a sintomas
respiratórios como espirros, obstrução nasal, rinorreia e massas nasais.
Já em cães, a doença tem maior predileção pelo sistema nervoso central e olhos, mas também
pode afetar o trato respiratório. Ulcerações cutâneas podem ocorrer, principalmente no focinho,
lábios, cavidade oral e leitos ungueais.
!O
TRATAMENTO
Esporotricose
A esporotricose é uma doença causada pelo fungo ambiental Sporothrix spp., que ocorre quando os
microrganismos são inoculados no tecido através de feridas perfurantes.
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS
Em gatos, a esporotricose pode manifestar-se de formas variadas, desde uma única lesão cutâ-
nea até lesões múltiplas e formas disseminadas. Entretanto, a forma sistêmica disseminada é
mais comum e geralmente está associada ao envolvimento da mucosa nasal. Em cães, a espo-
rotricose pode se manifestar como múltiplos nódulos, geralmente indolores e sem prurido, que
podem apresentar ulceração, exsudação purulenta e formação de crostas.
TRATAMENTO
Referências
1. Da ROCHA, R. F. D. B.; SCHUBACH, T. M. P.; PEREIRA, S. A.; Dos REIS, E. G.; CARVALHO, B. W.; GREMIÃO, I. D.
F. Refractory feline sporotrichosis treated with itraconazole combined with potassium iodide. Journal of
Small Animal Practice, 2018.
2. HNILICA, K. A.; PATTERSON, A. P. Dermatologia de pequenos animais: atlas colorido e guia terapêutico.
Tradução: Oliveira, R. S. 4. ed. São Paulo: Elsevier, 2018.
3. REIS, É. G. et al. Association of itraconazole and potassium iodide in the treatment of feline sporotricho-
sis: a prospective study. Medical Mycology, v. 54, n. 7, p. 684-690, 2016.
4. STECANELLA, V. G. et al. Esporotricose felina: relato de caso. Revista Uningá Review, v. 34, n. 1, p. 29-29,
2019.
5. TILLEY, L.P.; SMITH JR., F.W.K. Consulta veterinária em 5 minutos espécies canina e felina. 5. ed. Barueri,
Manole, 2015.
6. VIANA, F. A. B. Guia terapêutico veterinário. 4 ed. Lagoa Santa: CEM, 2019.
38 Dermatopatias fúngicas e pseudofungicas
Histoplasmose
A histoplasmose é uma doença infecciosa causada por um fungo chamado Histoplasma capsulatum. É
transmitida em animais através da inalação dos esporos produzidos pelos micélios presentes nas fezes
dos animais que servem como reservatórios, como aves e morcegos.
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS
Os sinais clínicos dermatológicos da histoplasmose em cães e gatos incluem lesões cutâneas,
tais como eritema, edema, prurido, descamação, ulcerações ou nódulos. Alguns indivíduos tam-
bém podem apresentar sinais sistêmicos, tais como febre, anorexia, letargia e perda de peso. Em
casos graves, a histoplasmose pode causar problemas respiratórios, incluindo tosse, dificuldade
respiratória e até mesmo insuficiência respiratória.:
TRATAMENTO
Alternativa
Coccidioidomicose
A infecção fúngica sistêmica causada pelo Cocci-
dioides immitis é conhecida como coccidioidomi-
cose. A forma de transmissão mais comum ocorre
pela inalação do fungo suspenso no ar, devido ao
deslocamento de solo ou outros ambientes con-
!A coccidioidomicose é classifica-
da como uma das micoses sis-
têmicas mais graves e potencialmente fa-
tais. O tratamento da doença disseminada
taminados. exige, pelo menos, um ano de tratamento
antifúngico intensivo.
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS
Embora lesões primárias na pele decorrentes de inoculação direta sejam incomuns, os microrga-
nismos geralmente são inalados, estabelecendo uma infecção pulmonar que pode se espalhar
para linfonodos, olhos, pele, ossos e outros órgãos. Lesões cutâneas incluem nódulos ulcerados,
abscessos subcutâneos e lesões drenantes.
TRATAMENTO
Nos casos de doença disseminada, a administração de antifúngicos sistêmicos deve ser por pelo me-
nos 1 ano e continuada por pelo menos 2 meses após a resolução das lesões clínicas.
Referências
1. ARBONA, N.; BUTKIEWICZ, C. D. KEYES, M.; SHUBITZ, L. F. Clinical features of cats diagnosed with cocci-
dioidomycosis in Arizona, 2004–2018. Journal of Feline Medicine and Surgery 2020, Vol. 22(2) 129–137.
2. HNILICA, K. A.; PATTERSON, A. P. Dermatologia de pequenos animais: atlas colorido e guia terapêutico.
Tradução: Oliveira, R. S. 4. ed. São Paulo: Elsevier, 2018.
3. TILLEY, L.P.; SMITH JR., F.W.K. Consulta veterinária em 5 minutos espécies canina e felina. 5. ed. Barueri,
Manole, 2015.
4. VIANA, F. A. B. Guia terapêutico veterinário. 4 ed. Lagoa Santa: CEM, 2019.
40 Dermatopatias fúngicas e pseudofungicas
Pitiose
Pitiose é uma infecção fúngica cutânea, causada pelo protozoário Phythium insidiosum, que é encon-
trado comumente em ambientes úmidos e quentes. A doença é altamente contagiosa e se espalha
facilmente através do contato direto com animais infectados ou superfícies contaminadas.
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS
As lesões tegumentares associadas à pitiose são caracterizadas por dermatite piogranulomatosa
ulcerativa extensa. A doença pode se manifestar em cães de forma gastrointestinal e cutânea,
embora raramente sejam encontradas juntas. Os sinais clínicos incluem erupções cutâneas eri-
tematosas e descamativas, prurido intenso, alopecia, edema e crostas na pele. Esses sinais são
geralmente observados nas patas, cauda, orelhas e regiões faciais do animal.
TRATAMENTO
A administração de antifúngicos em associação é frequentemente recomendada após a realização da
exérese da área afetada como medida preventiva contra o crescimento do agente causal.
!M
Posologia: Administrar 1 dose a cada 24
horas por pelo menos 3 a 6 meses.
enos de 25% dos casos
Alternativamente, o itraconazol pode ser apresentam eficácia com
associado a: o tratamento medicamentoso.
Terbinafina ............................... 30-40 mg/kg
Forma farmacêutica .............................q.s.p.
Posologia: Administrar 1 dose a cada 12-
24 horas. Doses mais baixas de terbinafina
também são indicadas.
Referências
1. FRADE, M. T. S.; DINIZ, P. V. N.; OLINDA, R. G.; MAIA, L. A.; DE GALIZA, G. J. N. DE SOUZA, A. P.; et al. Pythiosis
in dogs in the semiarid region of Northeast Brazil. Pesq. Vet. Bras. 37 (5), may, 2017.
2. HNILICA, K. A.; PATTERSON, A. P. Dermatologia de pequenos animais: atlas colorido e guia terapêutico.
Tradução: Oliveira, R. S. 4. ed. São Paulo: Elsevier, 2018.
3. TILLEY, L.P.; SMITH JR., F.W.K. Consulta veterinária em 5 minutos espécies canina e felina. 5. ed. Barueri,
Manole, 2015.
4. VIANA, F. A. B. Guia terapêutico veterinário. 4 ed. Lagoa Santa: CEM, 2019.
Infecções parasitárias da pele 41
Carrapatos
Os carrapatos Rhipicephalus, Dermacentor, Ixodes e Amblyomma podem ser encontrados em qualquer
região do corpo. Esses parasitas são mais frequentes em cães do que em gatos. A infestação por car-
rapatos é geralmente assintomática, contudo, pode provocar a formação de nódulos inflamatórios no
local de sua fixação, bem como outras doenças sistêmicas.
TRATAMENTO
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS
Na Demodicose Localizada, são observadas áreas alopécicas eritematosas, além de hiperpigmenta-
ção e descamação variável em uma região específica do corpo. Já na Demodicose Generalizada, é
comum observar cinco ou mais lesões focais ou acometimento de duas ou mais regiões do corpo. Os
sinais clínicos incluem alopecia, eritema, descamação, pápulas, hiperpigmentação e prurido variável.
É frequentemente acompanhada por infecção bacteriana secundária.
Dica da Fórmula Animal: O diagnóstico pode ser realizado através da microscopia por raspado
profundo de pele. Esta técnica consiste na coleta de amostras de porções cutâneas profundas, como
folículos pilosos e glândulas sebáceas, para visualização microscópica. É importante mencionar que
esses ácaros se proliferam em camadas profundas da pele e, portanto, é crucial coletar amostras
dessas áreas para garantir a precisão do diagnóstico.
TRATAMENTO
!A
Spray ....................................................q.s.p.
Posologia: Aplicação a cada 12-24 horas
ou conforme necessidade (cães). administração deve ser realizada
por longo período, variando de
Pododemodicose semanas a meses e deve ser mantida por
pelo menos 1 mês após a obtenção do 1º
Óxido de zinco ........................................ 5% raspado cutâneo negativo.
Neomicina ............................................ 0,5%
Sulfadiazina de prata ...............................1%
Pó .........................................................q.s.p.
Posologia: Aplicação diária ou conforme Alternativa
necessidade.
Afoxolaner .....................................2,5 mg/kg
Forma farmacêutica .............................q.s.p.
Posologia: Administrar 4 doses com inter-
valo de duas semanas entre elas.
44 Infecções parasitárias da pele
Tratamento adjuvante
Betaglucana ......................................100 mg
Pool de lactobacillus ........................ 200 mg
Forma farmacêutica .............................q.s.p.
Posologia: Administrar 1 dose por via oral a
cada 24 horas por no mínimo 30 dias.
Dica da Fórmula Animal: O tratamento
adjuvante com betaglucana e lactobacillus
auxilia na melhora da imunidade dos pacien-
tes, importante na recuperação e resolução
clínica da doença.
Referências
1. GONDIM, A. L. C. Demodicose felina: Revisão. PUBVET v.13, n.9, a416, p.1-8, Set., 2019.
2. HNILICA, K. A.; PATTERSON, A. P. Dermatologia de pequenos animais: atlas colorido e guia terapêutico.
Tradução: Oliveira, R. S. 4. ed. São Paulo: Elsevier, 2018.
3. JOYCE, Judith. Dermatologia em pequenos animais. Rio de Janeiro: Revinter, 2012.
4. MUELLER, R.S.; ROSENKRANTZ, W.; BENSIGNOR, E.; TEZCZA, J.K.; PETERSON, T.; SHIPSTONE, M.A. Diag-
nosis and treatment of demodicosis in dogs and cats Clinical consensus guidelines of the World Asso-
ciation for Veterinary Dermatology. Veterinary Dermatology, v. 31, n. 1, p. 2-4, 2020.
5. TILLEY, L.P.; SMITH JR., F.W.K. Consulta veterinária em 5 minutos espécies canina e felina. 5. ed. Barueri,
Manole, 2015.
6. TroCCAP: Diretrizes para o controle de ectoparasitos de cães e gatos nos trópicos - Primeira edição,
Agosto 2022.
7. VIANA, F. A. B. Guia terapêutico veterinário. 4 ed. Lagoa Santa: CEM, 2019.
Infecções parasitárias da pele 45
Escabiose canina
A escabiose é uma condição dermatológica causada pelo ácaro Sarcoptes scabei var. canis. É altamen-
te contagiosa entre animais e pode afetar humanos. O ácaro secreta uma substância alergênica que
causa reação de hipersensibilidade intensamente pruriginosa.
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS
Intenso prurido acompanhado de lesões que incluem alopecia, pápulas, crostas e eritema, que
podem disseminar por todo o corpo..
TRATAMENTO
Milbemicina oxima ......................0,75 mg/kg Posologia: Dar banhos a cada 3-7 dias po-
Forma farmacêutica .............................q.s.p. dem auxiliar no tratamento acaricida.
Referências
1. HNILICA, K. A.; PATTERSON, A. P. Dermatologia de pequenos animais: atlas colorido e guia terapêutico.
Tradução: Oliveira, R. S. 4. ed. São Paulo: Elsevier, 2018.
2. JOYCE, Judith. Dermatologia em pequenos animais. Rio de Janeiro: Revinter, 2012.
3. TILLEY, L.P.; SMITH JR., F.W.K. Consulta veterinária em 5 minutos espécies canina e felina. 5. ed. Barueri,
Manole, 2015.
4. TroCCAP: Diretrizes para o controle de ectoparasitos de cães e gatos nos trópicos - Primeira edição,
agosto 2022.
5. VIANA, F. A. B. Guia terapêutico veterinário. 4 ed. Lagoa Santa: CEM, 2019.
Infecções parasitárias da pele 47
Escabiose felina
A escabiose felina ou sarna notoédrica, é causada pelo ácaro Notoedres cati, que afeta a camada
superficial da pele.
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS
Caracterizada por lesões descamativas e intensamente pruriginosas, que se iniciam nas bordas
do pavilhão auricular e se disseminam para as orelhas, cabeça, face e pescoço. A pele afetada
apresenta-se espessa e hiperqueratótica, com alopecia, descamação e liquenificação.
TRATAMENTO
Referências
1. Colombo, M.; Morelli, S.; Sacra, M.; Trezza, G.; Paoletti, B.; Traversa, D.; Di Cesare, A. An Uncommon and Severe
Clinical Case of Sarcoptes scabiei Infestation in a Cat. Pathogens 2023, 12, 62.
2. HNILICA, K. A.; PATTERSON, A. P. Dermatologia de pequenos animais: atlas colorido e guia terapêutico.
Tradução: Oliveira, R. S. 4. ed. São Paulo: Elsevier, 2018.
3. JOYCE, Judith. Dermatologia em pequenos animais. Rio de Janeiro: Revinter, 2012.
4. TILLEY, L.P.; SMITH JR., F.W.K. Consulta veterinária em 5 minutos espécies canina e felina. 5. ed. Barueri,
Manole, 2015.
5. TroCCAP: Diretrizes para o controle de ectoparasitos de cães e gatos nos trópicos - Primeira edição,
Agosto 2022.
6. VIANA, F. A. B. Guia terapêutico veterinário. 4 ed. Lagoa Santa: CEM, 2019.
48 Infecções parasitárias da pele
Queiletielose
A queiletielose é uma doença dermatológica causada pela infestação do ácaro Cheyletiella spp. O áca-
ro habita a camada superficial da pele e se desloca de forma ágil através de pseudotúneis. A doença é
altamente contagiosa e geralmente afeta mais de um animal.
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS
A descamação excessiva é uma manifestação clínica frequentemente observada na região dorsal
das costas. Pode haver prurido, que varia em intensidade, desde brando até grave. É importante
notar que os indivíduos infectados podem ser assintomáticos.
TRATAMENTO
Referências
1. BEUGNET, F., HALOS, L. AND GUILLOT, J. Textbook of Clinical Parasitology in Dogs and Cats. Servet Edito-
rial— Grupo Asís Biomedia, S.L, 2018.
2. HNILICA, K. A.; PATTERSON, A. P. Dermatologia de pequenos animais: atlas colorido e guia terapêutico.
Tradução: Oliveira, R. S. 4. ed. São Paulo: Elsevier, 2018.
3. JOYCE, Judith. Dermatologia em pequenos animais. Rio de Janeiro: Revinter, 2012.
4. TILLEY, L.P.; SMITH JR., F.W.K. Consulta veterinária em 5 minutos espécies canina e felina. 5. ed. Barueri,
Manole, 2015.
5. TroCCAP: Diretrizes para o controle de ectoparasitos de cães e gatos nos trópicos - Primeira edição,
Agosto 2022.
6. VIANA, F. A. B. Guia terapêutico veterinário. 4 ed. Lagoa Santa: CEM, 2019.
Infecções parasitárias da pele 49
TRATAMENTO
!D
Tratamento sistêmico
Referências
1. BEUGNET, F., HALOS, L. AND GUILLOT, J. Textbook of Clinical Parasitology in Dogs and Cats. Servet Edito-
rial— Grupo Asís Biomedia, S.L, 2018.
2. HNILICA, K. A.; PATTERSON, A. P. Dermatologia de pequenos animais: atlas colorido e guia terapêutico.
Tradução: Oliveira, R. S. 4. ed. São Paulo: Elsevier, 2018.
3. JOYCE, Judith. Dermatologia em pequenos animais. Rio de Janeiro: Revinter, 2012.
4. TILLEY, L.P.; SMITH JR., F.W.K. Consulta veterinária em 5 minutos espécies canina e felina. 5. ed. Barueri,
Manole, 2015.
5. TroCCAP: Diretrizes para o controle de ectoparasitos de cães e gatos nos trópicos - Primeira edição,
agosto 2022.
6. VIANA, F. A. B. Guia terapêutico veterinário. 4 ed. Lagoa Santa: CEM, 2019.
7. YANG, C. AND HUANG, H-P. Evidence-based veterinary dermatology: a review of published studies of
treatments for Otodectes cynotis (ear mite) infestation in cats. Vet Dermatol, 2016. .
Infecções parasitárias da pele 51
Pulíase (pulgas)
A espécie de pulga Ctenocephalides felis é a mais comumente en-
contrada em gatos e cães, conforme evidenciado por estudos com CARACTERÍSTICAS
uma prevalência de mais de 90%. Entretanto, é possível que ou- CLÍNICAS
tras espécies de pulgas sejam encontradas em animais carnívoros,
Prurido, seborreia, alopecia,
como a Ctenocephalides canis (pulga do cão).
piodermite secundária.
TRATAMENTO
Referências
1. BEUGNET, F., HALOS, L. AND GUILLOT, J. Textbook of Clinical Parasitology in Dogs and Cats. Servet Edito-
rial— Grupo Asís Biomedia, S.L, 2018.
2. HNILICA, K. A.; PATTERSON, A. P. Dermatologia de pequenos animais: atlas colorido e guia terapêutico.
Tradução: Oliveira, R. S. 4. ed. São Paulo: Elsevier, 2018.
3. JOYCE, Judith. Dermatologia em pequenos animais. Rio de Janeiro: Revinter, 2012.
4. TILLEY, L.P.; SMITH JR., F.W.K. Consulta veterinária em 5 minutos espécies canina e felina. 5. ed. Barueri,
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5. TroCCAP: Diretrizes para o controle de ectoparasitos de cães e gatos nos trópicos - Primeira edição,
Agosto 2022.
6. VIANA, F. A. B. Guia terapêutico veterinário. 4 ed. Lagoa Santa: CEM, 2019.
Infecções parasitárias da pele 53
Pediculose (piolhos)
A infestação por piolhos é causada por diferentes espécies sendo
os sugadores como o Linognathus setosus (em cães) ou os mor- CARACTERÍSTICAS
dedores Trichodectes canis (em cães) e Felicola subrostratus (em CLÍNICAS
gatos). Essas espécies de piolhos são específicas aos seus respec-
Inquietação e prurido,
tivos hospedeiros e a incidência é considerada incomum em cães
acompanhados por sebor-
e gatos.
reia e alopecia.
TRATAMENTO
Referências
1. HNILICA, K. A.; PATTERSON, A. P. Dermatologia de pequenos animais: atlas colorido e guia terapêutico.
Tradução: Oliveira, R. S. 4. ed. São Paulo: Elsevier, 2018.
2. JOYCE, Judith. Dermatologia em pequenos animais. Rio de Janeiro: Revinter, 2012.
3. TILLEY, L.P.; SMITH JR., F.W.K. Consulta veterinária em 5 minutos espécies canina e felina. 5. ed. Barueri,
Manole, 2015.
4. TroCCAP: Diretrizes para o controle de ectoparasitos de cães e gatos nos trópicos - Primeira edição,
agosto 2022.
5. VIANA, F. A. B. Guia terapêutico veterinário. 4 ed. Lagoa Santa: CEM, 2019.
54 Infecções parasitárias da pele
Miíase
A miíase é uma condição clínica causada pela infestação de larvas de dípteros em tecidos vivos de
animais. Essas larvas, também conhecidas como berne e bigato, se alimentam de tecidos vivos ou ne-
cróticos do hospedeiro, causando danos significativos. A incidência é mais comum em cães do que em
gatos. As fêmeas das espécies de moscas responsáveis depositam ovos em áreas de pele úmida ou
feridas, onde as larvas eclodem e secretam enzimas proteolíticas para digerir o tecido cutâneo.
TRATAMENTO
Referências
1. HNILICA, K. A.; PATTERSON, A. P. Dermatologia de pequenos animais: atlas colorido e guia terapêutico.
Tradução: Oliveira, R. S. 4. ed. São Paulo: Elsevier, 2018.
2. TILLEY, L.P.; SMITH JR., F.W.K. Consulta veterinária em 5 minutos espécies canina e felina. 5. ed. Barueri,
Manole, 2015.
3. TroCCAP: Diretrizes para o controle de ectoparasitos de cães e gatos nos trópicos - Primeira edição,
agosto 2022.
Doenças cutâneas bacterianas 55
Piodermite canina
A piodermite é uma infecção cutânea comum em cães causada principalmente por Staphylococcus
pseudointermedius. Ela é geralmente secundária a outras doenças, como demodicose, alergias cutâ-
neas e problemas endócrinos. A classificação da piodermite é baseada na profundidade da infecção
bacteriana e nas características da lesão. O diagnóstico é estabelecido com base no tipo de piodermite
(superficial ou profunda) e na confirmação citológica da presença de bactérias, permitindo assim, esta-
belecer um plano terapêutico. já a S. schleiferi tem sido um isolado comum em pacientes com infecção
crônica e exposição prévia a antibióticos, e esses agentes podem desenvolver resistência à meticilina.
O tratamento deve ser baseado na utilização de produtos tópicos contendo antissépticos, antimicrobia-
nos, hidratantes e antibioticoterapia sistêmica, quando necessário:
56 Doenças cutâneas bacterianas
Ácido bórico 1 a 5%
Clorexidina 2 a 4%
Peróxido de benzoíla 2,5 a 5%
Hipoclorito de sódio 0,06 a 0,12%
Irgasan 0,03 a 0,05%
Dica da Fórmula Animal: O ressecamento e irritação de pele são possíveis efeitos adversos observados
com o uso desses princípios ativos. Adicione a formulação ativos hidratantes para evitar ressecamento
excessivo: hidroviton, dexpantenol, óleo de amêndoas, nanohydrate, etc.
Amicacina 0,5-5%
Bacitracina 0,5 a 1%
Cefalexina 2%
Ciprofloxacina 0,35%
Claritromicina 1%
Clindamicina 0,03 a 2%
Enrofloxacina 0,35 a 0,5%
Eritromicina 1 a 3%
Gentamicina 0,1 a 0,3%
Levofloxacina 0,35%
Moxifloxacino 0,5%
Mupirocina 0,5 a 4%
Neomicina 0,5%
Norfloxacina 0,5%
Oxitetraciclina 0,5%
Sulfadiazina de prata 1%
Tetraciclina 2%
Tobramicina 0,3 a 0,5%
Formas farmacêuticas: xampus, mousses, espumas, sprays, enxaguantes, cremes, géis e lenços
umedecidos.
Dica da Fórmula Animal: As formas farmacêuticas tópicas xampu, gel, spray e creme, atuam remo-
vendo os detritos dos tecidos e os exsudatos, reduzindo o processo inflamatório e a contaminação
bacteriana na pele. Dessa forma, produtos de uso tópico podem ser extremamente úteis tanto na
resolução de infecções bacterianas superficiais de pele, como em casos mais graves de piodermite
recorrente, contribuindo para a diminuição da frequência de recidivas quando associados à terapia
sistêmica.
Doenças cutâneas bacterianas 57
Tratamento sistêmico
Superficial: antibioticoterapia sistêmica con- Profunda: antibioticoterapia escolhida através
forme tabelas 4 e 5 por no mínimo 3-4 sema- de antibiograma por no mínimo 6-8 semanas
nas e continuar por +1 semana após a resolu- e continuar por +2 semanas após a resolução
ção clínica. clínica.
1
Primeira linha: Empregados como terapia primária para infecções suspeitas ou confirmadas, esses medicamen-
tos podem ser administrados empiricamente antes da obtenção dos resultados de cultura e teste de sensibilidade
ou quando estes indicarem que são eficazes. São considerados antibióticos de espectro estreito, com baixo risco
de fomentar o surgimento e disseminação de bactérias perigosamente resistentes em animais de estimação.
2
Segunda linha: Empregados quando os testes de cultura e sensibilidade estão disponíveis e, combinados com
os fatores clínicos do paciente, indicam que os antibióticos de primeira escolha não são adequados. Esses medi-
camentos apresentam um espectro um pouco mais amplo e um risco limitado de contribuir para a disseminação de
resistência com grande relevância tanto para animais de estimação quanto para humanos.
58 Doenças cutâneas bacterianas
Referências
1. Borio S, Colombo S, Rosa D, Lucia M, Damborg P and Guardabassi L. Effectiveness of a combined (4% chlorhe-
xidinedigluconate shampoo and solution) protocol in MRS and non-MRS canine superficial pyoderma: a
randomized, blinded, antibiotic-controlled study. Vet Dermatol 2015;26: 339–e72.
2. CARMONA, R. Boletim Derma Experience - Piodermites na era da resistência bacterian. Ano 2, edição 03,
jun 2020.
3. GUARDABASSI L, HOUSER GA, FRANK LA et al. Guidelines for antimicrobial use in dogs and cats. In:
Guardabassi L, Jensen LB, KruseH, eds. Guide to Antimicrobial Use in Animals. Oxford: Blackwell Publishing, 2008;
183–206.
4. HNILICA, K. A.; PATTERSON, A. P. Dermatologia de pequenos animais: atlas colorido e guia terapêutico.
Tradução: Oliveira, R. S. 4. ed. São Paulo: Elsevier, 2018.
5. JOYCE, Judith. Dermatologia em pequenos animais. Rio de Janeiro: Revinter, 2012.
6. MAPA, Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento. Guia de Uso Racional de Antimicrobianos para
Cães e Gatos. 1. ed. Secretaria de Defesa Agropecuária: [s. n.], 2022.
7. MORRIS DO, LOEFFLER A, DAVIS MF, GUARDABASSI L AND WEESE J.S. Recommendations for approaches
to meticillin-resistant staphylococcal infections of small animals: diagnosis, therapeutic considerations
and preventative measures. Clinical Consensus Guidelines of the World Association for Veterinary Dermatology.
Vet Dermatol 2017; 28: 304–e69
8. TILLEY, L.P.; SMITH JR., F.W.K. Consulta veterinária em 5 minutos espécies canina e felina. 5. ed. Barueri,
Manole, 2015.
9. VIANA, F. A. B. Guia terapêutico veterinário. 4 ed. Lagoa Santa: CEM, 2019.
60 Doenças cutâneas bacterianas
Dermatite piotraumática
A dermatite piotraumática é uma forma de infecção cutânea bacteriana superficial aguda, caracterizada
por um desenvolvimento rápido e secundária a um trauma autoinfligido pelo animal. Ela é causada pelo
ato de lambida, mordida, arranhão de uma área do corpo em resposta a estímulos pruriginosos ou
dolorosos. Essa condição é comum em cães, mas raramente é observada em gatos.
Algumas causas de dermatite piotraumática incluem: pulgas e outros parasitas, hipersensibilidade (ali-
mentar, dermatite atópica e picada de pulga), otite externa, foliculite, traumas, dermatite de contato e
doenças do saco anal.
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS
Os sintomas incluem eritema, alopecia, erosão úmida de pele, prurido agudo e expansão rápida
das lesões.
TRATAMENTO
Prurido grave
Referências
1. GUARDABASSI L, HOUSER GA, FRANK LAet al. Guidelines for antimicrobial use in dogs and cats. In: Guar-
dabassi L, Jensen LB, KruseH, eds. Guide to Antimicrobial Use in Animals. Oxford: Blackwell Publishing, 2008;
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2. HNILICA, K. A.; PATTERSON, A. P. Dermatologia de pequenos animais: atlas colorido e guia terapêutico. Tradução:
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4. TILLEY, L.P.; SMITH JR., F.W.K. Consulta veterinária em 5 minutos espécies canina e felina. 5. ed. Barueri, Manole,
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5. VIANA, F. A. B. Guia terapêutico veterinário. 4 ed. Lagoa Santa: CEM, 2019.
62 Doenças cutâneas bacterianas
Impetigo
!O
A infecção cutânea denominada impetigo é uma
forma de infecção bacteriana superficial da pele
glabra, que pode estar relacionada com doenças impetigo geralmente regredirá
predisponentes ou outros fatores subjacentes, tais espontaneamente, mas a terapia
como endoparasitismo, ectoparasitismo, desnutri- pode acelerar o processo de cicatrização.
ção ou condições sanitárias inadequadas.
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS
Os sinais clínicos da infecção incluem a presença de pústulas, pápulas e crostas não foliculares,
limitadas à região inguinal e axilar. Essas lesões são geralmente indolores e não são pruriginosas.
A infecção é comum em cães jovens, mas raramente pode ser observada em adultos, particular-
mente aqueles que foram submetidos a traumas.
!C
TRATAMENTO
ou
Neomicina ............................................ 0,5%
Creme...................................................q.s.p.
Posologia: Aplicar a cada 12 horas, duran-
te 7 a 10 dias. Referências
Acne canina
A acne canina, também conhecida como piodermite do queixo é um distúrbio inflamatório crônico do
queixo e dos lábios de animais jovens, caracterizado por foliculite e furunculose que acomete quase
exclusivamente raças de pelo curto.
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS
Comedões, pápulas, pústulas e bolhas não dolorosas e não pruriginosa e em casos avançados,
as lesões podem ser exsudativas, indicando foliculite-furunculose bacteriana profunda secundária.
TRATAMENTO
Tratamento tópico
Lesões brandas Mupirocina ...............................................2%
Nano melaleuca ....................................... 1%
Clorexidina .............................................. 2% Creme................................................... q.s.p.
Aloe vera extrato glicólico....................... 3%
Xampu ..................................................q.s.p. Posologia: Aplicar a cada 24 horas, até a
resolução. Após, a cada 3-7 dias para con-
Posologia: Aplicar na área afetada, esfo- trole.
liando na direção do pelo.
ou
Peróxido de benzoíla ........................... 2,5%
Glicerina .................................................. 2%
Tratamento sistêmico
Xampu ..................................................q.s.p.
Lesões moderadas a graves
Posologia: Aplicar na área afetada, esfo-
liando na direção do pelo. Cefalexina ......................................22 mg/kg
Forma farmacêutica ............................. q.s.p.
Dica da Fórmula Animal: essa fórmula em
gel costuma ter uma ótima resposta (aplica- Posologia: Administrar 1 dose a cada 8h
ção a cada 24 horas, até a resolução. Após, durante 6-8 semanas.
a cada 3-7 dias para controle).
Corticosteroides orais
(para diminuir a inflamação)
Referências
1. GUARDABASSI L, HOUSER GA, FRANK LA et al. Guidelines for antimicrobial use in dogs and cats. In:
Guardabassi L, Jensen LB, KruseH, eds. Guide to Antimicrobial Use in Animals. Oxford: Blackwell Publishing, 2008;
183–206.
2. HNILICA, K. A.; PATTERSON, A. P. Dermatologia de pequenos animais: atlas colorido e guia terapêutico.
Tradução: Oliveira, R. S. 4. ed. São Paulo: Elsevier, 2018.
3. JOYCE, Judith. Dermatologia em pequenos animais. Rio de Janeiro: Revinter, 2012.
4. KOCH, S.N. Canine and Feline Dermatology Drug Handbook. Ames: Wiley-Blackwell, 2012.
5. L.R. JESSEN, P.P. DAMBORG, A. SPOHR, T.M. SØRENSEN, R. LANGHORN, S.K. GOERICKE-PESCH, et al.
Antibiotic Use Guidelines for Companion Animal Practice (2nd ed.). The Danish Small Animal Veterinary
Association, SvHKS, 2019.
6. TILLEY, L.P.; SMITH JR., F.W.K. Consulta veterinária em 5 minutos espécies canina e felina. 5. ed. Barueri,
Manole, 2015.
7. VIANA, F. A. B. Guia terapêutico veterinário. 4 ed. Lagoa Santa: CEM, 2019.
Doenças cutâneas bacterianas 65
TRATAMENTO
Em casos de obesidade → tratar pois a obesidade é um fator contribuinte.
Piodermite mucocutânea
Infecção bacteriana das junções mucocutâneas que afeta principalmente os lábios e a pele ao redor
da boca, mas também pode ocorrer com menor frequência ao redor dos olhos, vulva, prepúcio e ânus.
TRATAMENTO
Tratamento tópico
Lesões leves a moderadas Betametasona .................................... 0,05%
Gentamicina ......................................... 0,3%
Clorexidina .............................................. 2% Óleo de Melaleuca ...................................1%
Xampu ..................................................q.s.p. Creme...................................................q.s.p.
Posologia: Dar banhos semanais na região Posologia: Aplicar 1 a 2x ao dia.
afetada ou conforme necessidade.
ou
Mupirocina .............................................. 2%
Creme...................................................q.s.p.
!L
Posologia: Aplicar a cada 12 a 24 horas,
por 1 semana e, então, a cada 3 a 7 dias
como terapia de manutenção, conforme ne- esões graves: antibioticoterapia
cessário. sistêmica por 3 a 6 semanas.
Referências
1. GUARDABASSI L, HOUSER GA, FRANK LA et al. Guidelines for antimicrobial use in dogs and cats. In:
Guardabassi L, Jensen LB, KruseH, eds. Guide to Antimicrobial Use in Animals. Oxford: Blackwell Publishing, 2008;
183–206.
2. HNILICA, K. A.; PATTERSON, A. P. Dermatologia de pequenos animais: atlas colorido e guia terapêutico.
Tradução: Oliveira, R. S. 4. ed. São Paulo: Elsevier, 2018.
3. JOYCE, Judith. Dermatologia em pequenos animais. Rio de Janeiro: Revinter, 2012.
4. KOCH, S.N. Canine and Feline Dermatology Drug Handbook. Ames: Wiley-Blackwell, 2012.
5. L.R. JESSEN, P.P. DAMBORG, A. SPOHR, T.M. SØRENSEN, R. LANGHORN, S.K. GOERICKE-PESCH, et al.
Antibiotic Use Guidelines for Companion Animal Practice (2nd ed.). The Danish Small Animal Veterinary
Association, SvHKS, 2019.
6. TILLEY, L.P.; SMITH JR., F.W.K. Consulta veterinária em 5 minutos espécies canina e felina. 5. ed. Barueri,
Manole, 2015.
7. VIANA, F. A. B. Guia terapêutico veterinário. 4 ed. Lagoa Santa: CEM, 2019.
Doenças cutâneas bacterianas 67
Pododermatite bacteriana
Infecção bacteriana das patas, comumente secundária a algum fator adjacente (corpo estranho, parasi-
tas como o Demodex, fungos, endocrinopatias, hipersensibilidade, doenças autoimunes).
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS
As patas podem apresentar eritema, pústulas, pápulas, núdulos, bolhas hemorrágicas, fístulas,
úlceras, alopecia ou aumento de volume interdigital, prurido, dor.
TRATAMENTO
Referências
1. GUARDABASSI L, HOUSER GA, FRANK LA et al. Guidelines for antimicrobial use in dogs and cats. In:
Guardabassi L, Jensen LB, KruseH, eds. Guide to Antimicrobial Use in Animals. Oxford: Blackwell Publishing, 2008;
183–206.
2. HNILICA, K. A.; PATTERSON, A. P. Dermatologia de pequenos animais: atlas colorido e guia terapêutico.
Tradução: Oliveira, R. S. 4. ed. São Paulo: Elsevier, 2018.
3. JOYCE, Judith. Dermatologia em pequenos animais. Rio de Janeiro: Revinter, 2012.
1. KOCH, S.N. Canine and Feline Dermatology Drug Handbook. Ames: Wiley-Blackwell, 2012.
1. L.R. JESSEN, P.P. DAMBORG, A. SPOHR, T.M. SØRENSEN, R. LANGHORN, S.K. GOERICKE-PESCH, et al.
Antibiotic Use Guidelines for Companion Animal Practice (2nd ed.). The Danish Small Animal Veterinary
Association, SvHKS, 2019.
2. TILLEY, L.P.; SMITH JR., F.W.K. Consulta veterinária em 5 minutos espécies canina e felina. 5. ed. Barueri,
Manole, 2015.
3. VIANA, F. A. B. Guia terapêutico veterinário. 4 ed. Lagoa Santa: CEM, 2019.
68 Doenças cutâneas bacterianas
Abscesso subcutâneo
A infecção subcutânea resulta da introdução de microrganismos normais da flora oral na pele através
de lesões perfurantes. A documentação de briga recente entre animais é uma característica comum. Os
abscessos subcutâneos são uma ocorrência frequente em gatos e cães.
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS
Os abscessos são definidos como massas ou lesões localizadas, geralmente dolorosas, com uma
lesão perfurante coberta por uma crosta que pode liberar exsudação purulenta. As lesões são
mais comuns na base da cauda, ombro, pescoço, face e membros.
TRATAMENTO
Referências
1. GUARDABASSI L, HOUSER GA, FRANK LA et al. Guidelines for antimicrobial use in dogs and cats. In:
Guardabassi L, Jensen LB, KruseH, eds. Guide to Antimicrobial Use in Animals. Oxford: Blackwell Publishing, 2008;
183–206.
2. HNILICA, K. A.; PATTERSON, A. P. Dermatologia de pequenos animais: atlas colorido e guia terapêutico.
Tradução: Oliveira, R. S. 4. ed. São Paulo: Elsevier, 2018.
3. JOYCE, Judith. Dermatologia em pequenos animais. Rio de Janeiro: Revinter, 2012.
4. KOCH, S.N. Canine and Feline Dermatology Drug Handbook. Ames: Wiley-Blackwell, 2012.
5. L.R. JESSEN, P.P. DAMBORG, A. SPOHR, T.M. SØRENSEN, R. LANGHORN, S.K. GOERICKE-PESCH, et al.
Antibiotic Use Guidelines for Companion Animal Practice (2nd ed.). The Danish Small Animal Veterinary
Association, SvHKS, 2019.
6. TILLEY, L.P.; SMITH JR., F.W.K. Consulta veterinária em 5 minutos espécies canina e felina. 5. ed. Barueri,
Manole, 2015.
7. VIANA, F. A. B. Guia terapêutico veterinário. 4 ed. Lagoa Santa: CEM, 2019.
Doenças cutâneas bacterianas 69
Nocardiose
A nocardiose é uma doença cutânea que ocorre quando bactérias saprófitas do solo (Nocardia) são
introduzidas em uma ferida penetrante.
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS
Nódulos localizados, abscessos, ulcerações e celulite.
TRATAMENTO
Antibioticoterapia sistêmica durante semanas a meses com continuidade por pelo menos +4 semanas
após resolução clínica. Preferencialmente por meio de antibiograma, porém, antibióticos empíricos in-
cluem os seguintes:
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS
Prurido intenso, com presença de eritema. O trauma induzido pela coceira provoca lesões cutâne-
as secundárias, alopecia, descamações, hiperpigmentação, entre outros.
TRATAMENTO
!E
Qualquer piodermite secundária, otite externa e dermatite por malassezia devem ser tratados.
m todos os casos, a terapia sistêmica deve ser combinada com a terapia tópica;
portanto, banhos terapêuticos são utilizados na grande maioria dos casos. Os prin-
cípios ativos utilizados variarão dependendo da preocupação imediata (por exemplo, tra-
tamento de uma infecção secundária versus terapia anti-inflamatória para fornecer alívio
imediato do prurido).
Distúrbios de hipersensibilidade 71
!T
Dica da Fórmula Animal: Para animais ató-
picos, há a opção de manipular os xampus
com essências clean label, que possuem odos os xampus devem ficar em
baixíssimo potencial alergênico. contato com a pele por 10 a 15
minutos para que ocorra o melhor efeito
+ terapêutico.
Ácido hialurônico .....................................1%
Alfa-bisabolol ....................................... 0,5%
Calêndula extrato glicólico ..................... 3%
Phytosphingosine ................................. 0,1% Restauração da barreira
Spray ....................................................q.s.p. cutânea
Tratamento adjuvante
Referências
1. FERREIRA, T. C.; DE CARVALHO, V. M.; DA CUNHA, M. G. M. C. M.; PINHEIRO, D. C. S. N. Canine atopic derma-
titis: report of ten cases. Research, Society and Development, v. 11, n. 4, e12411427258, 2022.
2. HNILICA, K. A.; PATTERSON, A. P. Dermatologia de pequenos animais: atlas colorido e guia terapêutico.
Tradução: Oliveira, R. S. 4. ed. São Paulo: Elsevier, 2018.
3. JOYCE, Judith. Dermatologia em pequenos animais. Rio de Janeiro: Revinter, 2012.
4. KOCH, S.N. Canine and Feline Dermatology Drug Handbook. Ames: Wiley-Blackwell, 2012.
5. MARSELLA, R. Atopic Dermatitis in Domestic Animals: What Our Current Understanding Is and How This
Applies to Clinical Practice. Vet. Sci., 8, 124, 2021.
6. MULLER W.H.; GRIFFIN C.E.; CAMPBELL K.L. Muller and Kirk’s Small Animal Dermatology. 7th ed. St. Louis,
MO: Elsevier Mosby; 2013.
7. TILLEY, L.P.; SMITH JR., F.W.K. Consulta veterinária em 5 minutos espécies canina e felina. 5. ed. Barueri,
Manole, 2015.
8. URAL K.; GÜLTEKIN M.; ERDO AN H. Efficacy of topical Curcuma longa and Nigella sativa combination
for feline head and neck dermatitis: An open pilot study. Kafkas Univ Vet Fak Derg, 25 (4): 517-522, 2019.
9. VIANA, F. A. B. Guia terapêutico veterinário. 4 ed. Lagoa Santa: CEM, 2019.
10. WATSON, A.; ROSTAHER, A.; FISCHER, N. M.; FAVROT, C. A novel therapeutic diet can significantly reduce
the medication score and pruritus of dogs with atopic dermatitis during a nine-month controlled study.
Vet Dermatol, 33: 55–e18, 2022.
Distúrbios de hipersensibilidade 75
TRATAMENTO
Adulticidas Adulticida
Corticoide sistêmico
Atopia felina
Hipersensibilidade do tipo 1 a alér-
genos ambientais, com predisposi- CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS
ção genética ou congênita. O principal sintoma é o prurido, podendo ser sazonal ou não. O
trauma induzido pela coceira provoca alopecia.
TRATAMENTO
Tabela 8 - Anti-histamínicos sistêmicos (efeito após 1-2 semanas do início da terapia).
Adjuvante Corticoides
Tratamento da alergia
!O
Ciclosporina .................................. 7,5 mg/kg
Emulsão ...............................................q.s.p.
s corticoides controlam o prurido,
Posologia: Administrar 1 dose a cada 24 porém podem causar efeitos ad-
horas, durante 4-6 semanas. Após, a dose versos, sendo necessário avaliar o risco
deve ser gradualmente reduzida a cada 48 vs benefício.
a 72 horas.
Referências
1. BAJWA, J. Atopic dermatitis in cats. The Canadian
Veterinary Journal, vol 59, march 2018.
2. HNILICA, K. A.; PATTERSON, A. P. Dermatologia de pequenos animais: atlas colorido e guia terapêutico.
Tradução: Oliveira, R. S. 4. ed. São Paulo: Elsevier, 2018.
3. JOYCE, Judith. Dermatologia em pequenos animais. Rio de Janeiro: Revinter, 2012.
4. KOCH, S.N. Canine and Feline Dermatology Drug Handbook. Ames: Wiley-Blackwell, 2012.
5. MARSELLA, R. Atopic Dermatitis in Domestic Animals: What Our Current Understanding Is and How This
Applies to Clinical Practice. Vet. Sci., 8, 124, 2021.
6. TILLEY, L.P.; SMITH JR., F.W.K. Consulta veterinária em 5 minutos espécies canina e felina. 5. ed. Barueri,
Manole, 2015.
7. VIANA, F. A. B. Guia terapêutico veterinário. 4 ed. Lagoa Santa: CEM, 2019.
78 Distúrbios de hipersensibilidade
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS
Lesões cutâneas isoladas com características de placas lineares elevadas e firmes, ou aumentos de
volume papulares, nodulares, edematosos ou firmes. Lesões orais incluem pápulas, nódulos ou placas
bem circunscritas e são encontradas na língua e no palato.
!C
TRATAMENTO
Terapias alternativas
!E
ou
Doxiciclina ................................5 a 10 mg/kg
Forma farmacêutica .............................q.s.p. sses tratamentos também podem
ser utilizados para úlcera indolente
Posologia: Administrar 1 dose a cada 12
(úlcera eosinofílica).
horas.
ou
Ômega 3.........................................40 mg/kg
Forma farmacêutica .............................q.s.p.
Posologia: Administrar 1 dose a cada 24
horas, por longo período.
Referências
1. Cerdeiro, A. P. S.; Fam, A. L. P. D’A.; De Farias, M. R. Complexo granuloma eosinofílico em felinos domésticos.
Medvep Dermato - Revista de Educação Continuada em Dermatologia e Alergologia Veterinária, 2014.
2. De Souza, M. R.; De Jesus, F. N.; Santos, E. E. J.; Silva, E. R. S.; Gomes, I. S. S.; De Oliveira, F. M. Complexo gra-
nuloma eosinofílico felino: Relato de caso. PUBVET v.15, n.07, a857, p.1-4, Jul., 2021.
3. HNILICA, K. A.; PATTERSON, A. P. Dermatologia de pequenos animais: atlas colorido e guia terapêutico.
Tradução: Oliveira, R. S. 4. ed. São Paulo: Elsevier, 2018.
4. JOYCE, Judith. Dermatologia em pequenos animais. Rio de Janeiro: Revinter, 2012.
5. KOCH, S.N. Canine and Feline Dermatology Drug Handbook. Ames: Wiley-Blackwell, 2012.
6. TILLEY, L.P.; SMITH JR., F.W.K. Consulta veterinária em 5 minutos espécies canina e felina. 5. ed. Barueri,
Manole, 2015.
7. 7.VIANA, F. A. B. Guia terapêutico veterinário. 4 ed. Lagoa Santa: CEM, 2019.
80 Dermatopatias de etiologia psicogênica
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS
Lambedura e mordedura excessivas da área acometida, que desenvolve lesões que podem ser
apresentar como placas firmes alopécicas, ulcerativas, espessada.
TRATAMENTO
Tratamento tópico
Fluocinolona............................................0,05% Onymyrrhe ............................................. 5-10%
DMSO.........................................................10% Nano fitoesfingosina ................................... 1%
Gentamicina ..............................................0,3% Nano hydrate ............................................... 2%
Creme....................................................... q.s.p. Calêndula ext. glicólico ............................... 2%
Aloe vera ext. glicólico ................................ 3%
Posologia: Aplicar a cada 12-24 horas. Confrei tintura ............................................. 2%
ou Spray ....................................................... q.s.p.
!A
Tratamento sistêmico
Ansiolíticos
Fenobarbital 2-6 mg/kg a cada 12 horas
Diazepam 0,2 mg/kg a cada 12 horas
Hidroxizina 2,2 mg/kg a cada 8 horas
Antidepressivos tricíclicos
Fluoxetina 1 mg/kg a cada 24 horas
Amitriptilina 1-3 mg/kg a cada 12 horas
Clomipramina 1-3 mg/kg a cada 24 horas
Substitutos de endorfina
Naltrexona 2 mg/kg a cada 24 horas
Adjuvantes naturais
Calo/hiperqueratose
Reação cutânea hiperplásica causada por pressão ou fricção, comum em cães de raça grande e gi-
gante.
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS
Placa hiperplásica, hiperpigmentada, hiperqueratótica e alopécica, de formato redondo, forman-
do-se sobre os pontos ósseos de pressão.
TRATAMENTO
Referências
1. HNILICA, K. A.; PATTERSON, A. P. Dermatologia de pequenos animais: atlas colorido e guia terapêutico.
Tradução: Oliveira, R. S. 4. ed. São Paulo: Elsevier, 2018.
2. JOYCE, Judith. Dermatologia em pequenos animais. Rio de Janeiro: Revinter, 2012.
3. KOCH, S.N. Canine and Feline Dermatology Drug Handbook. Ames: Wiley-Blackwell, 2012.
4. MULLER W.H.; GRIFFIN C.E.; CAMPBELL K.L. Muller and Kirk’s Small Animal Dermatology. 7th ed. St. Louis,
MO: Elsevier Mosby; 2013.
5. TILLEY, L.P.; SMITH JR., F.W.K. Consulta veterinária em 5 minutos espécies canina e felina. 5. ed. Barueri,
Manole, 2015.
6. VIANA, F. A. B. Guia terapêutico veterinário. 4 ed. Lagoa Santa: CEM, 2019.
84 Dermatopatias disqueratinizantes e seborreicas
Acne felina
Distúrbio da queratinização folicular e hiperplasia CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS
glandular, causando uma dermatite inflamatória
Comedões (cravos), pápulas eritematosas
que afeta o queixo e os lábios.
leves, crostas serosas e debris de queratina
escuros desenvolvem-se no queixo.
TRATAMENTO
!A
Peróxido de benzoíla ........................... 2,5%
Creme...................................................q.s.p.
Posologia: Aplicação diária ou conforme ntibióticos sistêmicos devem ser
necessidade. O peróxido de benzoíla pode administrados por 2-3 semanas
ser irritante para alguns gatos.
Referências
1. HNILICA, K. A.; PATTERSON, A. P. Dermatologia de pe-
quenos animais: atlas colorido e guia terapêutico. Tra-
Infecção por malassezia dução: Oliveira, R. S. 4. ed. São Paulo: Elsevier, 2018.
secundária 2. JOYCE, Judith. Dermatologia em pequenos animais. Rio
de Janeiro: Revinter, 2012.
Fluconazol ......................................10 mg/kg 3. KOCH, S.N. Canine and Feline Dermatology Drug Han-
Forma farmacêutica .............................q.s.p. dbook. Ames: Wiley-Blackwell, 2012.
4. MULLER W.H.; GRIFFIN C.E.; CAMPBELL K.L. Muller and
Posologia: Administrar 1 dose a cada 24 Kirk’s Small Animal Dermatology. 7th ed. St. Louis, MO:
horas por 30 dias, com alimento. Elsevier Mosby; 2013.
5. TILLEY, L.P.; SMITH JR., F.W.K. Consulta veterinária em 5
minutos espécies canina e felina. 5. ed. Barueri, Manole,
2015.
6. VIANA, F. A. B. Guia terapêutico veterinário. 4 ed. Lagoa
Santa: CEM, 2019.
Dermatopatias disqueratinizantes e seborreicas 85
Seborreia em cães
A seborreia é um distúrbio da queratinização com liberação excessiva de células epidérmicas, resul-
tando na apresentação clínica de descamação cutânea. Pode ser primária, onde o controle genético da
proliferação e maturação das células epidérmicas se encontra anormal ou secundária, que pode envol-
ver causas infecciosas, alérgicas, endócrinas, parasitárias, nutricionais, imunomediadas, entre outras.
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS
Descamação excessiva, odor untuoso e desagradável, pelos secos e opacos, placas de desca-
mação e crostas.
TRATAMENTO
Tratamento tópico
Peroxido de Benzoila ................................2,5% Enxofre ..................................................... 1-3%
D-Pantenol ...................................................3% Ácido Salicílico ...................................... 0,5-2%
Calêndula ext. glicólico ................................3% Xampu ......................................................q.s.p.
Hamamélis tintura ........................................2%
Xampu ...................................................... q.s.p. Posologia: Dar banhos semanais ou
conforme necessário.
Posologia: Dar banhos a cada 2 a 7 dias du-
rante 2 a 3 semanas, com frequência reduzida ou
para cada 1 a 2 semanas. Sulfeto de Selênio ........................................1%
Dica da Fórmula Animal: A Hamamélis con- Ureia ............................................................ 5%
tém ácidos graxos que conferem maciez e Nano hydrate ............................................... 2%
brilho ao pelo devido ao seu efeito emoliente. Xampu ......................................................q.s.p.
Além disso, possui propriedades antioxidan- Posologia: Dar banhos semanais ou confor-
tes, adstringentes, cicatrizantes e anti-inflama- me necessário.
tórias, tornando-a uma opção recomendada
no tratamento de peles oleosas e com sebor-
reia.
!A
ou
D-Pantenol ...................................................3%
permanência do xampu
Ciclopirox olamina .......................................1%
por 10 a 15 minutos na
Ácido salicílico .............................................1%
pele e pelos é indispensável para
Xampu ...................................................... q.s.p.
o sucesso do trataemnto, assim
Posologia: Dar banhos semanais ou confor- como o enxague adequado.
me necessário.
86 Dermatopatias disqueratinizantes e seborreicas
Referências
1. HNILICA, K. A.; PATTERSON, A. P. Dermatologia de pequenos animais: atlas colorido e guia terapêutico.
Tradução: Oliveira, R. S. 4. ed. São Paulo: Elsevier, 2018.
2. JOYCE, Judith. Dermatologia em pequenos animais. Rio de Janeiro: Revinter, 2012.
3. KOCH, S.N. Canine and Feline Dermatology Drug Handbook. Ames: Wiley-Blackwell, 2012.
4. MULLER W.H.; GRIFFIN C.E.; CAMPBELL K.L. Muller and Kirk’s Small Animal Dermatology. 7th ed. St. Louis,
MO: Elsevier Mosby; 2013.
5. PIN, D., BEKRICH, M., FANTINI, O., NOEL, G. AND VIDÉMONT, E. (2014). “An Emulsion Restores the Skin
Barrier by Decreasing the Skin pH and Infammation in a Canine Experimental Model” J. Comp. Path. 2014,
Vol. 151, 244-254.
6. TILLEY, L.P.; SMITH JR., F.W.K. Consulta veterinária em 5 minutos espécies canina e felina. 5. ed. Barueri,
Manole, 2015.
7. VIANA, F. A. B. Guia terapêutico veterinário. 4 ed. Lagoa Santa: CEM, 2019.
Doenças cutâneas autoimunes e imunomediadas 87
Pênfigo foliáceo
Doença autoimune caracterizada pela produção de autoanticorpos contra um componente das molécu-
las de adesão dos queratinócitos.
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS
As lesões incluem erosões, crostas, descamações, colaretes epidérmicos e alopecia. A doença começa
geralmente na ponte nasal, periocular e pavilhão auricular antes de se tornar generalizada e tendem a
ser acompanhadas de despigmentação nasal. As lesões cutâneas podem ser pruriginosas e variam na
intensidade. Hiperqueratose dos coxins é comum. Em gatos, é comum o envolvimento dos mamilos e
dos leitos ungueais.
TRATAMENTO
Tabela 11 - Medicamentos tópicos indicados.
Betametasona 0,01%-0,1%
Clorexidina 1-4%
Dexametasona 0,1%
Phytosphingosine 0,05-1%
Fluocinolona 0,01%-0,02%
88 Doenças cutâneas autoimunes e imunomediadas
!P
+
Aceponato de Hidrocortisona ............ 0,06% ara tratamento ou prevenção de
Spray ....................................................q.s.p. piodermite secundária é importan-
Posologia: Aplicação a cada 12 horas, com te a administração de antibioticoterapia
redução gradual. sistêmica.
ou
Tacrolimus ............................................. 0,1%
Creme...................................................q.s.p. Tratamento sistêmico
!N
Posologia: Aplique a cada 12 a 24 horas.
os casos refratários a prednisona,
os corticoides alternativos incluem
a triancinolona e a dexametasona.
Doenças cutâneas autoimunes e imunomediadas 89
Referências
1. Bizikova P. & Olivry T. Oral glucocorticoid pulse theraphy for induction of treatment of canine pemphigus
foliaceous – a comparative study. Veterinary Dermatology. 26: 354-e77, 2015.
2. BIZIKOVA P.; BURROWS A. Feline pemphigus foliaceus: original case series and a comprehensive litera-
ture review. BMC Vet Res; 15: 22, 2019.
3. CARRASCO, I.; MARTINEZ, M.; ALBINYANA, G. Beneficial effect of oclacitinib in a case of feline pemphigus
foliaceus. Vet Dermatol, 2021.
4. HNILICA, K. A.; PATTERSON, A. P. Dermatologia de pequenos animais: atlas colorido e guia terapêutico.
Tradução: Oliveira, R. S. 4. ed. São Paulo: Elsevier, 2018.
5. JOYCE, Judith. Dermatologia em pequenos animais. Rio de Janeiro: Revinter, 2012.
6. KOCH, S.N. Canine and Feline Dermatology Drug Handbook. Ames: Wiley-Blackwell, 2012.
7. MONTEIRO, V.P.; OLIVEIRA, A.T.C. & FERREIRA, T.C. Pemphigus Foliaceous in a Dog - Clinical and Labora-
torial Assessment. Acta Scientiae Veterinariae. 48(Suppl 1): 589, 2020.
8. MULLER W.H.; GRIFFIN C.E.; CAMPBELL K.L. Muller and Kirk’s Small Animal Dermatology. 7th ed. St. Louis,
MO: Elsevier Mosby; 2013.
9. TILLEY, L.P.; SMITH JR., F.W.K. Consulta veterinária em 5 minutos espécies canina e felina. 5. ed. Barueri,
Manole, 2015.
10. VIANA, F. A. B. Guia terapêutico veterinário. 4 ed. Lagoa Santa: CEM, 2019.
90 Doenças cutâneas autoimunes e imunomediadas
Pênfigo eritematoso
É uma forma intermediária entre o pênfigo e o lúpus eritematoso. As lesões são semelhantes as do
pênfigo foliáceo, mas geralmente confinadas à cabeça, à face e aos coxins. A despigmentação muco-
cutânea é comum e precedida pela formação de crostas. Raças predispostas incluem: pastor alemão,
collie e pastor de shetland.
TRATAMENTO
!P
+
Filtro solar principalmente na região nasal
Hidroviton ................................................ 2% ara tratamento ou prevenção de
Filtro solar ............................................q.s.p. piodermite secundária é importan-
te a administração de antibioticoterapia
Posologia: Aplicar no local pelo menos 2 sistêmica.
vezes ao dia.
+
Casos leves corticoides/imunossupres- Tratamento sistêmico
sores tópicos podem ser suficientes
Prednisona ................................... 1-3 mg/kg
Aceponato de Hidrocortisona ............ 0,06% Forma farmacêutica .............................q.s.p.
Spray ....................................................q.s.p.
Posologia: Administrar 1 dose a cada 12-
Posologia: Aplicação a cada 12 horas, com 24 horas até a resolução das lesões (2-8
redução gradual. semanas em média). Após, 0,5-2 mg/kg a
ou cada 48 horas.
Tacrolimus .............................................0,1%
Creme...................................................q.s.p.
!N
Posologia: Aplicação a cada 12 horas, com
redução gradual.
os casos refratários a prednisona,
os corticoides alternativos incluem
a triancinolona e a dexametasona.
Doenças cutâneas autoimunes e imunomediadas 91
Referências
1. HNILICA, K. A.; PATTERSON, A. P. Dermatologia de pequenos animais: atlas colorido e guia terapêutico.
Tradução: Oliveira, R. S. 4. ed. São Paulo: Elsevier, 2018.
2. JOYCE, Judith. Dermatologia em pequenos animais. Rio de Janeiro: Revinter, 2012.
3. KOCH, S.N. Canine and Feline Dermatology Drug Handbook. Ames: Wiley-Blackwell, 2012.
4. MULLER W.H.; GRIFFIN C.E.; CAMPBELL K.L. Muller and Kirk’s Small Animal Dermatology. 7th ed. St. Louis,
MO: Elsevier Mosby; 2013.
5. TILLEY, L.P.; SMITH JR., F.W.K. Consulta veterinária em 5 minutos espécies canina e felina. 5. ed. Barueri,
Manole, 2015.
6. VIANA, F. A. B. Guia terapêutico veterinário. 4 ed. Lagoa Santa: CEM, 2019.
92 Doenças cutâneas autoimunes e imunomediadas
Pênfigo vulgar
Caracterizado pela produção de autoanticorpos contra antígenos localizados na junção entre a epi-
derme e a derme, provocando descolamento nas células nas camadas epidérmicas mais profundas.
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS
As lesões são mais graves do que os pênfigos foliáceo e eritematoso, acometendo as mucosas,
as junções mucocutâneas e a pele. As regiões axilares e inguinais são frequentemente envolvidas
e ulcerações orais são comuns.
TRATAMENTO
Semelhante ao pênfigo foliáceo, porém como este tipo de pênfigo costuma ser grave, a terapia instituí-
da geralmente é necessária. Para acelerar a remissão da doença, doses altas são utilizadas inicialmen-
te e ao longo de 2 a 3 meses, são reduzidas à menor dose eficaz.
Referências
1. HNILICA, K. A.; PATTERSON, A. P. Dermatologia de pequenos animais: atlas colorido e guia terapêutico.
Tradução: Oliveira, R. S. 4. ed. São Paulo: Elsevier, 2018.
2. JOYCE, Judith. Dermatologia em pequenos animais. Rio de Janeiro: Revinter, 2012.
3. KOCH, S.N. Canine and Feline Dermatology Drug Handbook. Ames: Wiley-Blackwell, 2012.
4. MULLER W.H.; GRIFFIN C.E.; CAMPBELL K.L. Muller and Kirk’s Small Animal Dermatology. 7th ed. St. Louis,
MO: Elsevier Mosby; 2013.
5. PIN, D., BEKRICH, M., FANTINI, O., NOEL, G. AND VIDÉMONT, E. (2014). “An Emulsion Restores the Skin
Barrier by Decreasing the Skin pH and Infammation in a Canine Experimental Model” J. Comp. Path. 2014,
Vol. 151, 244-254.
6. TILLEY, L.P.; SMITH JR., F.W.K. Consulta veterinária em 5 minutos espécies canina e felina. 5. ed. Barueri,
Manole, 2015.
7. VIANA, F. A. B. Guia terapêutico veterinário. 4 ed. Lagoa Santa: CEM, 2019.
Doenças cutâneas autoimunes e imunomediadas 93
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS
Em cães, inicialmente há despigmentação no plano nasal e/ou lábios, descamação, erosões, eritema,
ulcerações e formação de bolhas. Também podem ocorrer na região periocular e pavilhão auricular. Ra-
ramente, acomete os membros e a genitália. Em gatos, é possível observar eritema, alopecia e formação
de crostas na face e no pavilhão auricular.
TRATAMENTO
!P
Filtro solar principalmente na região nasal
Hidroviton ................................................ 2%
Xampu ..................................................q.s.p. ara tratamento ou prevenção de
piodermite secundária é importan-
Posologia: Aplicar no local pelo menos 2 te a administração de antibioticoterapia
vezes ao dia. sistêmica (mínimo 4 semanas).
Dica da Fórmula Animal: O uso de prote-
tor solar é indispensável em animais com
lúpus.
Tratamento sistêmico
+
Prednisona ................................... 1-3 mg/kg
Casos leves corticoides/imunossupres- Forma farmacêutica .............................q.s.p.
sores tópicos podem ser suficientes
Posologia: Administrar 1 dose a cada 12-24
Aceponato de Hidrocortisona ............ 0,06% horas até a resolução das lesões (2-8 sema-
Spray ....................................................q.s.p. nas em média). Após, 0,5-2 mg/kg a cada
Posologia: Aplicação a cada 12 horas, com 48 horas.
redução gradual.
ou
!N
Tacrolimus ............................................. 0,1%
Creme...................................................q.s.p.
os casos refratários a prednisona,
Posologia: Aplicação a cada 12 horas, com os corticoides alternativos incluem
redução gradual. a triancinolona e a dexametasona.
Dica da Fórmula Animal: Durante as fa-
ses de remissão, é recomendável reduzir a
frequência de aplicação para minimizar os
efeitos adversos locais.
Doenças cutâneas autoimunes e imunomediadas 95
Referências
1. HNILICA, K. A.; PATTERSON, A. P. Dermatologia de pequenos animais: atlas colorido e guia terapêutico.
Tradução: Oliveira, R. S. 4. ed. São Paulo: Elsevier, 2018.
2. JOYCE, Judith. Dermatologia em pequenos animais. Rio de Janeiro: Revinter, 2012.
3. KOCH, S.N. Canine and Feline Dermatology Drug Handbook. Ames: Wiley-Blackwell, 2012.
4. MULLER W.H.; GRIFFIN C.E.; CAMPBELL K.L. Muller and Kirk’s Small Animal Dermatology. 7th ed. St. Louis,
MO: Elsevier Mosby; 2013.
5. PIN, D., BEKRICH, M., FANTINI, O., NOEL, G. AND VIDÉMONT, E. (2014). “An Emulsion Restores the Skin
Barrier by Decreasing the Skin pH and Infammation in a Canine Experimental Model” J. Comp. Path. 2014,
Vol. 151, 244-254.
6. TILLEY, L.P.; SMITH JR., F.W.K. Consulta veterinária em 5 minutos espécies canina e felina. 5. ed. Barueri,
Manole, 2015.
7. VIANA, F. A. B. Guia terapêutico veterinário. 4 ed. Lagoa Santa: CEM, 2019.
96 Doenças cutâneas autoimunes e imunomediadas
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS
As lesões cutâneas são caracterizadas por ero- Sinais sistêmicos incluem: febre flutuante,
sões, úlceras, descamações, eritema, alopecia, poliartrite, polimiosite, insuficiência renal, dis-
formação de crostas e escoriação mais comu- crasias sanguíneas, pleurite, pneumonia, pe-
mente na face, nas orelhas e na porção distal ricardite ou miocardite, neuropatia central ou
dos membros. Erosões e úlceras mucocutâneas periférica e linfoedema.
ou mucosas também podem ser encontradas.
TRATAMENTO
!P
+
Casos leves corticoides/imunossupres-
sores tópicos podem ser suficientes ara tratamento ou prevenção de
Aceponato de Hidrocortisona ............ 0,06% piodermite secundária é importan-
Spray ....................................................q.s.p. te a administração de antibioticoterapia
sistêmica (mínimo 4 semanas).
Posologia: Aplicação a cada 12 horas, com
redução gradual.
ou
Tratamento sistêmico
Tacrolimus ............................................. 0,1%
Creme...................................................q.s.p. Prednisona ................................... 1-3 mg/kg
Forma farmacêutica .............................q.s.p.
Posologia: Aplicação a cada 12 horas, com
redução gradual. Posologia: Administrar 1 dose a cada 12-
24 horas até a resolução das lesões (2-8
Dica da Fórmula Animal: Durante as fa- semanas em média). Após, 0,5-2 mg/kg a
ses de remissão, é recomendável reduzir a cada 48 horas.
frequência de aplicação para minimizar os
efeitos adversos locais.
Doenças cutâneas autoimunes e imunomediadas 97
Referências
1. HNILICA, K. A.; PATTERSON, A. P. Dermatologia de pequenos animais: atlas colorido e guia terapêutico.
Tradução: Oliveira, R. S. 4. ed. São Paulo: Elsevier, 2018.
2. JOYCE, Judith. Dermatologia em pequenos animais. Rio de Janeiro: Revinter, 2012.
3. KOCH, S.N. Canine and Feline Dermatology Drug Handbook. Ames: Wiley-Blackwell, 2012.
4. MULLER W.H.; GRIFFIN C.E.; CAMPBELL K.L. Muller and Kirk’s Small Animal Dermatology. 7th ed. St. Louis,
MO: Elsevier Mosby; 2013.
5. OLIVRY T, ROSSI MA, BANOVIC F, LINDER KE. Mucocutaneous lupus erythematosus in dogs (21 cases).
Vet Dermatol. 2015;26:256–e55.
6. PIN, D., BEKRICH, M., FANTINI, O., NOEL, G. AND VIDÉMONT, E. (2014). “An Emulsion Restores the Skin
Barrier by Decreasing the Skin pH and Infammation in a Canine Experimental Model” J. Comp. Path. 2014,
Vol. 151, 244-254.
7. TILLEY, L.P.; SMITH JR., F.W.K. Consulta veterinária em 5 minutos espécies canina e felina. 5. ed. Barueri,
Manole, 2015.
8. VIANA, F. A. B. Guia terapêutico veterinário. 4 ed. Lagoa Santa: CEM, 2019.
98 Doenças dos canais auditivos
Ototoxicidade
A ototoxicidade é um efeito negativo causado por medicamentos que afetam o oitavo nervo craniano ou
os órgãos da audição e equilíbrio. A membrana timpânica é uma barreira natural que protege o ouvido
interno de substâncias prejudiciais, mas sua ausência ou ruptura pode permitir que medicamentos tópi-
cos potencialmente ototóxicos cheguem ao ouvido interno, causando toxicidade. Por isso, é importante
que veterinários estejam cientes dos medicamentos ototópicos seguros e potencialmente perigosos ao
tratar casos de doenças de ouvido em cães e gatos, especialmente considerando que mais da metade
dos cães com doenças crônicas de ouvido têm ausência ou ruptura da membrana timpânica.
Ciprofloxacina
Antibióticos Enrofloxacina
Sulfadiazina de prata
Potencializadores de antibiótico Tris-EDTA
Dexametasona
Anti-inflamatórios Triancinolona
Fluocinolona
Clotrimazol
Antifúngicos
Nistatina
Fonte: Adaptado de KOCH, 2012.
Aminoglicosídeos Anfotericina B
Antifúngicos
Bacitracina Griseofulvina
Antibióticos
Oxitetraciclina Propilenoglicol
Outros
Tetraciclina DMSO
Ácido acético Fonte: Adaptado de KOCH, 2012.
Ácido bórico *O potencial ototóxico da clorexidina pode variar de
Antissépticos
Cetrimida acordo com a sua concentração.
Clorexidina*
!É
TRATAMENTO
Princípios básicos: importante lembrar que cada causa e
1. Higienização do conduto auditivo fator tem um prognóstico distinto, o que
2. Diminuição da inflamação inclui o tempo necessário para a terapia e trata-
mentos efetivos. Por isso, a melhor abordagem
3. Controle da infecção é desenvolver um plano de tratamento que leve
4. Controle de doenças base em conta cada causa ou fator em particular.
Ácido bórico 2%
Ceruminolíticos Ácido salicílico 0,1-0,2%
Ácido Lático 2,5%
Ácido acético 0.25%-2%
Clorexidina 0,12%
Antissépticos
Hipoclorito de Sódio 1%
Iodo-povidona 0,2-1%
100 Doenças dos canais auditivos
Ácido hialurônico 1%
Hidratantes Glicerina 1%
Phytosphingosine 0.01%
Extrato de Aloe Vera 1-3%
Extrato de Calêndula 1-3%
Fitoterápicos
Extrato de Camomila 1-3%
Óleo de melaleuca 1%
Nano melaleuca 1%
Nano fitoesfingosina 1%
Nanotecnologia
Nano camomila 1%
Nano coating 1%
Potencializador de antibiótico Tris-EDTA em veículo
Posologia: Aplique no conduto auditivo 4-10 Dica da Fórmula Animal: O Tris-EDTA me-
gotas (conforme porte do animal) a cada 12-24 lhora a performance dos antibióticos, uma vez
horas ou conforme necessidade. Não usar em que permite melhor penetração dos agentes
felinos. na membrana celular das bactérias.
ou ou
2. Diminuição da inflamação
Tabela 15 - Princípios ativos anti-inflamatórios otológicos.
Betametasona 0,01%-0,1%
Dexametasona 0,1%
Fluocinolona 0,01%-0,02%
Doenças dos canais auditivos 101
Hidrocortisona aceponato 0,05%-0,11%
Hidrocortisona acetato 0,1%-1%
Mometasona 0,03%-0,2%
Triancinolona 0,01%-0,1%
Prednisolona acetato 0,25%-0,5%
Em casos de dor ótica ou estenose do canal auditivo, podem ser administrados anti-inflamatórios sis-
têmicos:
3. Controle da infecção
Tabela 16 - Antibióticos tópicos otológicos.
Antibióticos sistêmicos
São mais frequentemente recomendados para casos de otite média (medicação sistêmica por
no mínimo 4-6 semanas) e devem ser selecionados com base nos resultados da cultura e do
antibiograma em casos de otite recorrente.
Cocos
Cefalexina 22 mg/kg a cada 12h
Amoxicilina + clavulanato de potássio 10-15 mg/kg a cada 12h
Clindamicina 11 mg/kg a cada 24 a 12h
Bastonetes
Enrofloxacina (cães) 10-20 mg/kg a cada 12h
Ciprofloxacino 10-25 mg/kg a cada 12h
Marbofloxacino 5,5 mg/kg a cada 24h
Amicacina 20 mg/kg/dia
Cetoconazol 0,1%
Clotrimazol 1%
Miconazol 1%
Tiabendazol 4%
Sulfadiazina de prata 1%
Tabela 21 - Princípios ativos tópicos indicados para otite causada por ácaros.
Ivermectina 0,01%
Milbemicina oxima 0,1%
Tiabendazol 4%
Referências
1. BATISTA, E. B.; CLAUS, M. P.; ESPÍNDOLA, J. C.; LENOCH, R.; PEREIRA, S. M.; DEZEN, S.; CARNEIRO, D. M. V.
F. Atividade Antifúngica In Vitro Do Óleo Essencial De Melaleuca Alternifolia Sobre A Malassezia Pachy-
dermatis. Congresso Medvep de especialidades, 2013.
2. BRUYETTE, D. Clinical Small Animal Internal Medicine: Volumes 1 & 2, 2020.
3. FONTOURA, E.G.; VALLE, B. D. S.; COSTA, A.L.; CAPELLA, S. O.; FÉLIX, S. R.; MUELLER, E. N.; NOBRE, M. O.
Medvep - Revista Científica de Medicina Veterinária - Pequenos Animais e Animais de Estimação; 12(41);
1-637, 2014.
4. KOCH, S.N. Canine and Feline Dermatology Drug Handbook. Ames: Wiley-Blackwell, 2012.
5. MULLER W.H.; GRIFFIN C.E.; CAMPBELL K.L. Muller and Kirk’s Small Animal Dermatology. 7th ed. St. Louis,
MO: Elsevier Mosby; 2013.
6. NEVES, R. C. S. M.; ROSOLEM, S. L.; CRUZ, F. A. C. S. ; ROSA, J. G.; BARROS, L. A. Teste in vitro e in vivo do
efeito acaricida do óleo essencial de melaleuca alternifolia sobre Otodectes Cynotis. Revista Brasileira de
Ciência Veterinária, v. 20, n. 1, p. 9-12, jan./mar. 2013.
7. SCHERER, C. B.; BOTONI, L. S.; COSTA-VAL, A. P. Medvep Dermato - Revista de Educação Continuada em
Dermatologia e Alergologia Veterinária; 4(13); 31-40, 2016.
105
DICAS
EXTRAS
106 Dicas extras
!C
zendo corretamente).
Dica da Fórmula Animal: Em animais calmos, os otonetes NUNCA devem ser inse-
medicamentos podem ser administrados nos ou- ridos no canal auditivo para rea-
vidos por apenas uma pessoa, mas com animais lizar a limpeza, já que eles empurram as
jovens ou mais agitados (ou que não estão fami- sujidades para dentro e podem machucar
liarizados com a manipulação dos ouvidos, pode o pet. Uma sugestão para limpeza das
ser necessário ter uma pessoa distraindo e/ou orelhas externamente são os lenços ume-
segurando o animal de estimação enquanto outra decidos.
pessoa aplica o medicamento.
BAIXE E
IMPRIMA
ESTA DICA
Dicas extras 107
PROCEDIMENTO
Dicas da Fórmula Animal: Para prevenir a irritação dos olhos do animal durante o banho, aplique uma
pequena quantidade de pomada oftálmica lubrificante na superfície de cada olho.
• Comece molhando toda a pelagem do animal, da cabeça aos pés, com água morna. Verifique se
a temperatura da água está adequada e confortável ao toque, especialmente se a pele do animal
estiver inflamada ou avermelhada.
• Em cães com pelos com caspa, secreções secas ou outros detritos, a água morna pode ajudar a
amaciar e soltar esses materiais, facilitando a remoção durante o banho.
• Aplique o xampu na pelagem do animal, massageando suavemente para permitir que o produto
alcance os pelos e a pele. Deixe o xampu agir por 10 minutos, ou pelo tempo prescrito, permitindo
que os medicamentos presentes no produto façam efeito. Use um relógio para acompanhar o tempo.
• Enxágue bem o animal, certificando-se de remover completamente todo o produto.
• Certifique-se de secar bem o animal com uma toalha. O secador de cabelo pode ser utilizado desde
que os tutores tomem todos os cuidados necessários (manter o aparelho com a distância correta,
cuidar com a temperatura, por exemplo).
BAIXE E
IMPRIMA
ESTA DICA
108 Dicas extras
PROCEDIMENTO
• Em alguns casos pode ser necessário realizar a limpeza da pele primeiramente. A solução de lim-
peza pode ser aplicada em um pedaço de gaze e usada para limpar suavemente quaisquer detritos
secos. Se a área estiver com crostas e difícil de limpar, a gaze umedecida ou lenços umedecidos
devem ser mantidos sobre a área afetada por 5 minutos, permitindo que a solução penetre nos
detritos e facilite a remoção.
• Aplique cuidadosamente o creme/spray na área afetada, evitando que o animal lamba o local. A
quantidade deve ser suficiente para cobrir a área com uma película fina.
• Se o animal estiver agitado, distraia-o com brincadeiras ou petiscos ou utilize um colar elizabetano
durante o período de absorção do produto. Lembre-se de que, para uma melhor ação do produto, é
importante que o medicamento tenha contato prolongado com a pele.
BAIXE E
IMPRIMA
ESTA DICA
Referência
1. Côté E (ed.): Clinical Veterinary Advisor – Dogs and Cats. 4rd edition, Elsevier Mosby,
St. Louis, Mo, 2019.
TABELA DE HORÁRIOS DE
medicamentos
Pet:
MEDICAMENTO DOSE HORÁRIO FORMA DE USO OBSERVAÇÕES TABELA
BAIXE E
IMPRIMA A
109
ai16800910327_Guia Veterinário Dermatológico ed1 - capa para impressão_vs2.pdf 1 29/03/2023 08:57:13
CM
MY
CY
CMY