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6.1.1 - Partida
Antes da partida propriamente dita, é necessário executar uma série de verificações em
todos os sistemas componentes da caldeira e das suas interligações com o ambiente
externo.
Vamos supor então que toda a caldeira, seus componentes e interligações estejam em
condições adequadas. Podemos, portanto, dar início ao processo de partida que são as
ações compreendidas entre as fases de aceitação e de operação em regime contínuo.
Verificação do nível de água:
Em primeiro lugar a caldeira deverá ser cheia com água de alimentação até o nível de
acendimento. Nessa ocasião aproveita-se para verificar previamente a consistência de
leitura entre o indicador de nível local e o remoto. Em caso de problemas, corrigi-los antes
de prosseguir. Observar que a injeção de produtos químicos segue sempre paralelamente a
injeção de água de modo a manter a sua qualidade adequada conforme já detalhado em
capitulo anterior.
Intertravamento:
O programador é um equipamento que monitora a seqüência correta para um acendimento
seguro. As principais etapas verificadas são:
Ventilador de combustão ligado (garantia de fluxo de ar através de monitoramento
de um pressostato de ar, chave de fluxo, etc.);
Pressão e temperatura do combustível (garantia de fluxo de combustível);
Pressão na fornalha (manter valores de projeto, através de transmissor de pressão);
Nível mínimo de água (garantir nível de água, através do controlador de nível);
6.1.2 - Em regime:
Aquecimento de linhas: A pressurização de linhas de vapor deve ser feita muito
cuidadosamente, para evitar possíveis prejuízos ou danos à linha ou equipamentos a que
esteja conectada.
As válvulas dos purgadores, drenos e “vent’s” devem ser abertos quando é admitido vapor,
Este procedimento visa, acelerar a remoção do ar e auxiliar no controle do aquecimento.
Se o vapor é admitido em um sistema frio muito rapidamente, ele vai preenchê-lo quase que
imediatamente e uma grande parte entrará em contato com as paredes ainda frias dos
tubos. O tubo e a água retirarão calor do vapor, sendo que o metal retirará calor mais
rapidamente que a água, mas esta removerá maior quantidade de calor por peso que o metal.
Controles Operacionais:
O operador deverá verificar e garantir que os parâmetros abaixo sejam mantidos dentro
das características específicas de cada instalação.
Água/vapor:
Nível de água no
tanque diário (50
a 70%);
Nível de água da caldeira (através dos visores de níveis sendo o normal 50%);
Combustíveis gasosos:
A seguir listamos um procedimento básico, o qual poderá ser utilizado para a elaboração
de um procedimento de parada de emergência específico para sua instalação:
Perda de nível: é uma das emergências mais graves para uma caldeira. Confirmada
a ausência do nível no visor, a caldeira deve ser apagada imediatamente. Fechar a
saída de vapor e entrada de água. Não permitir seu abastecimento com água
antes de uma avaliação através de um perito externo;
Rompimento de tubo: a água no interior da caldeira é parcial ou totalmente
vaporizada e sai pela chaminé, cuja fumaça se apresenta esbranquiçada. A caldeira
deve ser apagada imediatamente. Manter o nível de água normal até o
resfriamento parcial da caldeira;
Explosão de fornalha: está sempre relacionada à presença de combustível e ar
dentro da caldeira em determinadas proporções com a presença de uma fonte de
ignição.
Devido à deficiência na purga dos gases, vazamentos através de válvulas
defeituosas, demora na ignição durante o acendimento, etc. Uma vez ocorrida à
explosão, deve ser acionado o "trip" de emergência, com o corte de todo o
suprimento de combustível.
Deverá ser mantido caso seja possível, o insuflamento de ar pelos ventiladores até
que o sistema de combustível possa ser totalmente bloqueado pelo campo e seja
confirmada a ausência de vazamentos para dentro da fornalha.
A palavra explosão pode denotar a princípio destruição total da caldeira, mas nem
sempre isso ocorre. Existem casos onde os danos são leves, restringindo-se ao
estufamento da chaparia externa e queda de parte dos refratários podendo a
caldeira voltar a operar por mais algum tempo, após uma rigorosa inspeção, até
uma época mais oportuna para manutenção geral;
6.2 – Manutenção
Qualquer equipamento industrial, para funcionar corretamente e por muito tempo, necessita
uma manutenção constante e bem feita, para prevenir ou sanar avarias.
No caso de caldeiras, que trabalham a altas temperaturas, utilizando água que muitas vezes
contém impurezas e óleos combustíveis cada dia mais viscosos e impuros, essas avarias
aparecem com muita freqüência, acarretando sérios problemas às empresas.
Basicamente, a manutenção preventiva de caldeiras consiste em providências a serem
tomadas a determinados intervalos de tempo, visando não só manter o equipa mento
funcionando, como também aumentar sua vida útil, melhorar seu rendimento, evitar paradas
não programadas e manter elevada à segurança operacional.
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