Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Contaminação da água:
Devido à sua estrutura a água é um solvente universal. Em maior ou menor
quantidade, não há o que não se dissolva na água.
Depende de onde ela é captada; para efeito de simplificar as coisas, vamos pensar na
água sendo captada em basicamente duas situações:
§ Água da superfície (fontes, rios e lagos);
§ Água do subsolo (poços comuns e artesianos).
Imaginando ainda que estamos falando de água potável, podemos esquematizar:
TIPOS DE ÁGUA
Ácido Alcalino pH
0 7 14
Neutro
ppm – partes por milhão
Alcalinidade
É a concentração (g/m³) de carbonatos e de hidroxíla (soda caustica) em uma água.
Em controle de tratamento de água controlam-se 2 tipos de alcalinidade:
§ Alcalinidade hidróxida expressa a concentração em (g/m³) de alcalinidade hidróxida
na água;
§ Alcalinidade total expressa a concentração em (g/m³) de todas as alcalinidades da
água, isto é, a soma da alcalinidade devido aos carbonatos com alcalinidade
hidróxida.
Dureza
Expressa a concentração (g/m³) de cálcio e magnésio na água. Diz-se que uma água
muito dura quando ela contém uma alta quantidade de cálcio e magnésio porque estas
substâncias formam incrustações muito duras.
Sólidos suspensos
È a concentração (g/m³) dos sólidos que ficam em suspensão na água.
Se filtrarmos com um bom filtro pode-se retirar os sólidos que estão suspensos.
Os materiais que ficam suspensos na água são entre outros: lama, ferrugem, areia,
microorganismos, vegetais, matéria oleosa, etc...
Solubilidade
Algumas substâncias quando colocadas na água misturam-se tão bem que não podem
mais ser retirada por simples filtração.
Nestes casos dizemos que a substancia se dissolve na água,
Com exemplo disto temos o sal de cozinha (cloretos) ou açúcar.
Quando adicionamos uma pequena quantidade de açúcar no café este se dissolve, isto
é, mistura–se tão bem com a água que desaparece.
Se continuarmos adicionando açúcar chegará a um ponto em ele começará a
depositar-se no fundo do copo. Isto ocorre porque a quantidade de açúcar ultrapassou
a capacidade da água de dissolver um sólido. O mesmo ocorre com qualquer sólido que
se dissolva na água.
Captação
Pré-sedimentação
Pré-Cloração
Coagulação
Floculação
Sedimentação
Filtração
Cloração
Consumo Armazenamento
humano
Como podemos
MARCOS observar,
PRADO Engenharia a águaS/C
Térmica vem
Ltdacom muitos contaminantes e, assim,
marcos.prado@uol.com.br
Treinamento de Segurança na Operação de Página
CALDEIRAS Módulo 5.0 6/19
Armazenamento
Descloração
Abrandamento
ou
Desmineralização
Desaeração
Produtos
Químicos
Caldeira
DESCLORAÇÃO
Como a água vai passar por outras operações de tratamento em equipamentos mais,
sofisticados, é necessário eliminar o cloro que, além de ser prejudicial ao aço, também
é prejudicial
MARCOS aos produtos
PRADO Engenharia químicos
Térmica S/C Ltdaque serão utilizados. marcos.prado@uol.com.br
Treinamento de Segurança na Operação de Página
CALDEIRAS Módulo 5.0 8/19
DESMINERALIZAÇÃO
Em algumas situações, a remoção de impurezas deve ser completa. Neste caso, a única
forma viável é a desmineralização que consiste em utilizar um outro tipo de resina que
irá deixar passar somente água (H20) ou osmose reversa que tem a mesma finalidade,
porém serão utilizadas membranas ao invés de resinas. Esta troca iônica é conhecida
como ciclo do hidrogênio. Neste caso, até o sódio desaparece, sendo tudo trocado por
íons de hidrogênio.
As resinas de troca iônica retêm praticamente tudo, apenas uma pequeníssima parte da
sílica não é retida. Como nos abrandadores, a resina também pode ser recuperada
(regenerada) pela passagem de ácidos clorídrico ou sulfúrico.
Resinas Catiônicas removem apenas as cargas positivas da solução, trocando-as por
hidrogênio ou apenas as cargas negativas da solução Resinas Aniônicas, trocando-as por íons
OH.
Para um melhor entendimento vide fluxograma de uma desmineralização a seguir.
DESAERAÇÃO
A desaeração pode ser mecânica ou química. A desaeração mecânica emprega o vapor
que, aquecendo a água, desloca os gases dissolvidos nela.
É de extrema importância o controle da temperatura de desaeração (vide tabela de
temperatura módulo 3) para uma perfeita retirada dos gases.
Depois da desaeração, deve-se fazer o tratamento químico para a proteção da caldeira.
Este tratamento é feito por INIBIDORES DE CORROSAO, ANTINCRUSTANTES.
c) O tempo entre uma extração e outra deve ser determinado corretamente, podendo ser
variável, levando-se em conta os problemas mencionados anteriormente.
A pressão da linha é registrada, normalmente, no cartão registrador, aparecendo uma
depressão no momento de cada descarga.
d) As descargas da caldeira devem ser realizadas de tal forma que os parâmetros acima
sejam mantidos, além de arrastar o lama que se acumula nas partes inferiores da caldeira.
Gases Dissolvidos
Apresentam-se na forma de 02, CO2, NH3, H2S.
Conseqüência: formação de ácido e corrosão.
Ferro
Geralmente presente na água bruta como bicarbonatos.
Conseqüência: depósitos porosos em área de troca térmica com corrosão sob depósito e
também criam condições para desenvolvimento das bactérias redutoras de ferro, causando
também corrosão sob depósito.
Matérias em suspensão
MARCOS PRADO Engenharia Térmica S/C Ltda marcos.prado@uol.com.br
Treinamento de Segurança na Operação de Página
CALDEIRAS Módulo 5.0 12/19
Apresentam-se na forma de areia, lama, matéria orgânica, etc. Sua presença caracteriza-
se pela cor e turbidez.
Conseqüência: corrosão por atrito, depósitos e entupimentos.
Os fatores
MARCOS PRADOaceleradores que mais
Engenharia Térmica freqüentemente podem causar
S/C Ltda corrosão em caldeiras
marcos.prado@uol.com.br
Treinamento de Segurança na Operação de Página
CALDEIRAS Módulo 5.0 15/19
são:
Ø Sólidos suspensos podendo ocorrer à migração para fendas dos íons cloretos e
soda caustica originando os processos de corrosão já citados;
Ø Gás sulfídrico pode contaminar a água da caldeira pelas impurezas de sulfeto de
sódio que eventualmente podem estar contidos no sulfito de sódio usado como
redutor em caldeiras para eliminação de oxigênio. Também pode contaminar
através da degradação do sulfito de sódio não catalisado para a remoção do
oxigênio ou pelo seu uso em temperaturas acima de 260ºC.
Ø Choques térmicos as temperaturas dos tubos das caldeiras variam
consideravelmente devido às condições de trabalho. Em decorrência dessas
variações, há contrações e dilatações diferentes, entre a magnetita protetora
e o aço, com o rompimento da película de magnetita, ocorrendo assim corrosão
localizada.
Ø Regiões críticas nas regiões de alta transferência de calor, tubos soldados, tubos
mal laminados e com fendas, extremidades de tubos incrustados;
Ø Lado gases presença de sódio e vanádio no combustível ira provocar a corrosão
nas partes quentes da caldeira e a presença de enxofre poderá ocorrer a
corrosão por compostos de enxofre nas partes “frias” da caldeira;
MARCOS PRADO Engenharia Térmica S/C Ltda marcos.prado@uol.com.br
Treinamento de Segurança na Operação de Página
CALDEIRAS Módulo 5.0 16/19
Entre os fatores mais importantes na limpeza química, devem ser destacados o tempo,
a temperatura, a concentração e a circulação.
A limpeza química ácida tem como objetivo a remoção dos depósitos que não podem ser
retirados pela limpeza alcalina. Essa remoção pode ser feita por solubilização ou
deslocamento do depósito.
Os principais ácidos utilizados são mostrados na tabela a seguir, em função dos depósitos
a serem removidos:
MARCOS PRADO Engenharia Térmica S/C Ltda marcos.prado@uol.com.br
Treinamento de Segurança na Operação de Página
CALDEIRAS Módulo 5.0 18/19
Tubérculos de óxidos de ferro, devidos a água Tubo superaquecedor com corrosão ao longo
contendo bicarbonato de ferro. da parte inferior.
Fratura tubo de inox próximo ao cordão solda Trincas transgranulares da foto ao lado