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Curso de DIREITO


Cópias:

Formulário de Prova
TIPO: D1 D2 D3 Substitutiva
TIPO: P1 P2 Substitutiva

D1 D2 D3 Substitutiva
Oportunidade:
Disciplina: Direito Administrativo II - Atividade A2 Data:
Professor(a): Cristiano Augusto da Silva Turma: 5º período
Valor: 10,00 Nota: Vista: Data:
pontos
Aluno(a): Amanda Bernardes Mendes R.A.:
Leia atentamente todas as questões. A prova deverá ser respondida utilizando caneta azul ou preta. Todos os aparelhos eletrônicos devem estar desligados.
Constatado qualquer tentativa de fraude, esta prova será recolhida e será atribuída a nota “ZERO”.
Obs.: O resultado da Prova Substitutiva poderá ser objeto de recurso especial, devendo este ser apresentado à Coordenação de Curso no prazo de até 5 (cinco)
dias úteis após a publicação do resultado.

Questões:

Assunto

Lista de exercícios - Direito Administrativo II

Orientações

As respostas às perguntas devem ser fundamentadas e redigidas pelo próprio aluno.


Respostas idênticas e/ou somente com citação de dispositivos legais serão
automaticamente zeradas.

Data de entrega

A data de entrega da atividade é até o dia 26/10/2020, sem possibilidade de


prorrogação. A lista de exercícios deverá ser enviada em formato word ou PDF, pelo
e-mail cristiano.augusto@prof.una.br.

Questão 01
O Município Beta realizou um estudo para efetuar a compra de materiais necessários
para aparelhar as salas de aula das escolas municipais, com o fim de substituir ou
repor aqueles existentes, que se encontram em estado precário. Concluiu pela
necessidade de aquisição de dez mil novas carteiras, o que fez constar do respectivo
edital de licitação, na modalidade pregão, no qual se sagrou vencedora a sociedade
empresária Feliz Ltda., com quem contratou o respectivo fornecimento. A auditoria,
efetuada depois de formalizado tal contrato, verificou que o estudo que instruiu a
especificação do objeto contratado não levou em conta a existência, em perfeito
estado, de cerca de mil carteiras recém-adquiridas, equivocadamente enviadas ao
depósito municipal.

A autoridade competente, alegando a existência de carteiras novas em depósito,


promoveu a alteração unilateral do contrato para suprimir o quantitativo de mil carteiras;
em consequência, reduziu o valor global do contrato em dez por cento, em
correspondência à supressão de mil carteiras do total de dez mil. É certo que a
contratada já havia adquirido do fabricante todos os bens necessários para o
cumprimento da avença originária.

Diante dessa supressão, os representantes da sociedade empresária Feliz Ltda.


procuram você para, na qualidade de advogado(a), responder, fundamentadamente,
aos questionamentos a seguir.

A) A sociedade empresária Feliz Ltda. é obrigada a suportar a alteração promovida


unilateralmente pelo Município Beta?
R: Sim, no que aduz a Lei 8.666/93, art. 65, §1°, o contratado, nesse caso em questão
a sociedade empresária Feliz Ltda., fica obrigada a suportar nas mesmas condições
contratuais, tanto acréscimos quanto supressões em até 25% do valor contratual,
promovidas unilateralmente pelo contratante, que no caso em tela suprimiu em 10% o
valor do contrato, assim não ultrapassando o valor limitado.

Questão 02

O Estado Alfa realizou licitação para a aquisição de equipamentos de escritório, a fim


de guarnecer a nova sede da Assembleia Legislativa, mediante a utilização da
modalidade pregão.

A melhor proposta foi apresentada pela sociedade empresária Escritorando Ltda., mas
verificou-se que ainda estavam vigentes as penalidades, que a ela foram aplicadas, de
declaração de inidoneidade e de proibição de contratar com a Administração Pública
pelo prazo de cinco anos, em decorrência da prática de atos de corrupção para a
formalização de contratos com o ente federativo em questão, na forma da Lei nº
8.666/93.
Apurou-se, ainda, que a mencionada conduta de corrupção também deu ensejo à
instauração de procedimento administrativo de responsabilização por ato lesivo à
Administração Pública nacional, que culminou na aplicação da pena de multa de 5%
sobre o faturamento bruto da empresa no ano anterior ao processo administrativo, que
correspondia à vantagem indevida por ela auferida.

Na qualidade de advogado(a) consultado(a), responda aos questionamentos a seguir.

A) Caso Escritorando Ltda. venha a ser utilizada com o objetivo de dissimular a lei,
seus administradores e sócios poderão ser pessoalmente responsabilizados pela multa
aplicada em sede de responsabilização administrativa?
R: Sim. No que aduz o art. 14 da Lei 12.846/2013 diz que é possível desconsiderara
personalidade jurídica sempre que ela seja usada com abuso do direito para prática de
ato ilícito contra a Administração Pública, nesse caso também mencionado ato lesivo à
Administração.

B) Na hipótese de inabilitação de Escritorando Ltda. na licitação em apreço, como


deve proceder a Administração para prosseguir com o certame?
R: se o licitante desatender às exigências habilitatórias e for inabilitado, o pregoeiro
examinará as ofertas subsequentes e qualificação do licitante e na ordem de
classificação, até que encontre uma que esteja dentro dos padrões do edital, assim
como versa o art. 4°, XVI da Lei 10.520/02, ainda na situação prevista inciso anterior, o
art. 4°, XVII, da referida lei citada, fala que poderá haver negociação direta entre o
pregoeiro e o proponente para que seja obtido o melhor preço.

Questão 03

João, servidor público federal estável, teve instaurado contra si processo administrativo
disciplinar, acusado de cobrar valores para deixar de praticar ato de sua competência,
em violação de dever passível de demissão.

A respectiva Comissão Processante elaborou relatório, no qual entendeu que a prova


dos autos não era muito robusta, mas que o testemunho de Ana, por si só, revelava-se
suficiente para a aplicação da pena de demissão, o que foi acatado pela autoridade
julgadora competente, a qual se utilizou do próprio relatório como motivação para o ato
demissional.

Diante da gravidade da conduta imputada a João, foi igualmente instaurado processo


criminal, que resultou na sua absolvição por ausência de provas, sendo certo que o
Magistrado, diante dos desencontros do testemunho de Ana na ação penal, determinou
a extração de cópias e remessa para o Ministério Público, a fim de que tomasse as
providências que entendesse cabíveis.
O Parquet, por sua vez, denunciou Ana pelo crime de falso testemunho pelos exatos
fatos que levaram à demissão de João no mencionado processo administrativo
disciplinar, e, após o devido processo legal, ela foi condenada pelo delito, por meio de
decisão transitada em julgado.

Na qualidade de advogado(a) consultado(a), responda aos itens a seguir.

A) Em sede de processo administrativo federal, poderia a autoridade competente para


o julgamento ter se utilizado do relatório da comissão processante para motivar o ato
demissório de João?
R: Poderia, na forma do que compete o art. 50, §1° da Lei 9.784/99 que versa sobre
processo administrativo no âmbito da Administração Pública Federal, em sede de
processo administrativo federal, o relatório elaborado pela comissão processante
poderia ter sido usado como motivação para o ato demissório.

Questão 04

Mário, servidor público não estável, foi designado, sem auferir remuneração específica,
para integrar comissão de licitação destinada a escolher a melhor proposta dentre as
que as empresas especializadas viessem a apresentar para a execução de serviço de
engenharia, consistente em assentar uma ciclovia. Encerrada a licitação, um terceiro
representou à autoridade administrativa competente, denunciando que a comissão
praticara ato de improbidade administrativa porque seus membros teriam induzido a
contratação por preço superior ao de mercado, o que causa lesão ao erário.

Como assessor(a) jurídico(a) da autoridade, responda aos itens a seguir.

A) Mário pode ser considerado sujeito ativo de ato de improbidade administrativa?


R: Sim, por ele ser servidor público, mesmo que ele não esteja estável ou não auferi
remuneração, a Lei 8.429/02, art. 2°, engloba no conceito amplo que reputa-se como
agente público.

B) Pela prática de ato de improbidade administrativa que causa prejuízo ao erário,


ao juiz da ação de improbidade é dado, segundo a lei de regência, cumular as sanções
de multa e de perda da função pública, afastando as demais aplicáveis à espécie?
R: O juiz pode fixar e dosar as sanções segundo a gravidade, a consequência e a
natureza da infração, comforme aplicação do princípio da rozoabilidade e da
proporcionalidade, ou seja, o juiz não é obrigada a fixar culmulativamente as sanções.
Sendo provado o prejuízo ao erário, neste caso lesão como referido acima, se dará o
ressarcimento integral do dano, conforme art. 5° da Lei 8.429/02.

Questão 05

José, cidadão brasileiro que exercia o cargo de deputado estadual, foi condenado, em
caráter definitivo, por improbidade administrativa, em julho de 2013. Com a
condenação, os direitos políticos de José foram suspensos por cinco anos, embora ele
tenha sempre afirmado ser inocente. Em outubro de 2013, ele ajuíza ação popular
pleiteando a anulação da venda de uma série de imóveis públicos promovida pelo
Governador, seu principal desafeto político, a quem culpa pelas denúncias que levaram
à sua condenação.
Segundo o relato da inicial, a venda ocorreu abaixo do preço de mercado. Diante de tal
situação, responda fundamentadamente:

A) José é parte legítima para a propositura da ação?


R: Não, os direitos políticos são suspensos em caso de improbidade administrativa e
há a perda do exercício da função pública, como é previsto em lei pela Constituição
Federal no art. 15, V c/c o art. 37, §4°.

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