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Estudo: Melatonina no tratamento de câncer

 
A melatonina é um hormônio endógeno com extensa documentação do seu uso para tratamento de
distúrbio do sono. Paralelo a essa ação, a melatonina vem desbravando as diferentes áreas médicas e se
mostrando benéfica para diversas outras patologias como, por exemplo, o câncer. O trabalho traz uma
meta-análise dos estudos realizados com melatonina no tratamento do câncer, e conclui que seu uso como
coadjuvante ao tratamento oncológico pode ser capaz de melhorar a sobrevida e efeitos colaterais da
quimioterapia.

Contexto
Melatonina (MLT) é conhecida por ter uma potente propriedade antioxidante, antiproliferativa,
imunomoduladora e moduladora hormonal. Evidências clínicas sugerem que MLT pode ter um possível
papel no tratamento do câncer. Os autores realizaram uma sistemática revisão dos efeitos da MLT em
conjunto com quimioterapia, radioterapia, cuidados de suporte e cuidados paliativos avaliando a taxa de
sobrevida em um ano, resposta completa, resposta parcial, estabilidade da doença e toxicidades
associadas à quimioterapia.

Métodos
Os autores pesquisaram sete bancos de dados: MEDLINE (de fevereiro de 1966 a 2010), AMED (de
fevereiro de 1985 a 2010), Alt HealthWatch (de fevereiro de 1995 a 2010), CINAHL (de fevereiro
de1982 a 2010), Enfermagem e Saúde Aliada Coleção: Básico (de fevereiro de 1985 a 2010), Cochrane
Database (2009) e a base de dados chinesa CNKI (de fevereiro 1979 a 2010). Foram incluídos todos os
ensaios randomizados, incluindo MLT ou um grupo controle similar sem MLT.

Resultados
Os autores incluíram dados de 21 ensaios com tumores sólidos. O risco relativo combinado (RR) para a
taxa de mortalidade em um ano foi de 0,63 (95% Intervalo de confiança [IC] = 0,53-0,74; P <0,001). Foi
encontrado um melhor efeito para resposta completa, resposta parcial e estabilidade da doença com RRs
de 2,33 (IC 95% = 1,29-4,20), 1,90 (1,43-2,51) e 1,51 (1,08-2,12), respectivamente. Em ensaios
combinando MLT com quimioterapia, a MLT como adjuvante diminuiu a taxa de mortalidade em um ano
(RR = 0,60; IC 95% = 0,54-0,67) e melhores resultados como resposta completa, resposta parcial e
estabilidade da doença. Os RR combinados foram de 2,53 (1,36-4,71), 1,70 (1,37-2,12) e 1,15 (1,00-
1,33), respectivamente. Nestes estudos, MLT também reduziu significativamente astenia, leucopenia,
náuseas e vômitos, hipotensão e trombocitopenia.

Conclusão
MLT pode beneficiar pacientes com câncer que também estão recebendo quimioterapia, radioterapia,
terapia de suporte ou terapia paliativa, melhorando a sobrevida e os efeitos colaterais da quimioterapia.

Os AUTORES da pesquisa foram: Dugald Seely, Ping Wu, Heidi Fritz, Deborah A. Kennedy,Teresa
Tsui, Andrew J. E. Seely e Edward Mills. E o trabalho publicado na Revista Integrative Cancer Therapies
- dezembro/2012.

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