Bundesrepublik Deutschland

República Federal da Alemanha

Conselho de Segurança das Nações Unidas

Bonn, 30 de abril de 1986

A República Federal da Alemanha fica extremamente gratulada com sua

participação nesta casa - o Conselho de Segurança - para debater sobre um
importante tema que está causando problemas em diversas regiões do planeta,
contudo, em específico, na Ucrânia. Diante do contexto atual, é notório que o
caminho a ser trilhado por nosso país, é através do desenvolvimento da tecnologia
da energia nuclear, e não somente o nosso caminho, mas de outras diversas
nações. Contudo, infelizmente, o erro do ser humano é a tentativa de conseguir algo
que ele mesmo sabe que não conseguirá, e esse é o caso soviético.
Desde o Tratado de Paris, em que nações ocidentais das quais estão se
desenvolvendo da melhor forma seus estudos na energia nuclear, garantiram nossa
liberdade para que possamos investir na energia nuclear, de forma que sempre nos
comprometemos com o melhor emprego a ser feito por esse recurso tão inovador,
nos mostrando como um país que está em constante evolução tecnológica neste
ramo. Esse avanço tecnológico consciente mostra que a problemática envolvida no
acidente de Chernobyl não justifica o julgamento desta energia que está nos
mostrando tão inovadora como imaginávamos.
Por conseguinte do acidente citado anteriormente, a nação alemã presta
suas condolências às vidas perdidas e se compromete com o seu apoio para que
em nosso território seja contido o avanço da radiação, e que a mesma não gere
consequências com o mesmo impacto que foi causado em outras nações que estão
à uma distância menor do acontecido. Desde o ano de 1957, em que foi inaugurada
a nossa primeira usina nuclear, em Garching, tratamos sempre com a seriedade
necessária para a gestão de algo tão grandioso que são essas usinas, agindo
sempre com transparência e humanidade.
Portanto, mostrando-se totalmente capaz com o controle de suas usinas, a
República Federal da Alemanha acredita que a energia nuclear é um grande avanço
para nossa sociedade, e por isso ela deve ser mantida. Acrescido disso, a
cooperação internacional para esse avanço, é essencial, visto que nossa primeira
usina foi construída com apoio estadunidense. Por fim, consideramos a falha
ocorrida em Chernobyl como uma negligência de seus próprios governantes e que
eles devem ser penalizados de acordo com seus atos, cabendo também ao apoio
dos culpados em seus erros.

André Luís
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André Luís Norvino da Cruz, representante da República Federal da Alemanha,
Conselho de Segurança das Nações Unidas.