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O SÍMBOLO PERDIDO DA MAÇONARIA: A COLMÉIA

A.'.B.'.L.'.S.'. DISCÍPULOS DE MEMPHIS Nº 01


Oriente de São Paulo
Ir.´. Fábio Simões CIM: 190509
Data da Apresentação: 19/04/2022 E.’.V.’.

À G.'.D.'.S.'.A.'.D.'.M.'.

Esse importante símbolo maçônico foi ignorado (ou talvez seja


desconhecido) por praticamente todos os escritores maçons brasileiros.
Até mesmo a literatura internacional versa pouco sobre esse símbolo,
presente desde a cultura egípcia, passando pelos romanos, usado pelos
cristãos primitivos, e que posteriormente inspirou imperadores, como
Napoleão.
Com exceção do ser humano, qual o outro ser vivo trabalha muito e
em equipe, vive em comunidade, produz diferentes tipos de materiais,
constrói casa para milhares de iguais, e tem forte hierarquia e disciplina?
A abelha trabalha duro e sem descanso, não para ela, mas para
todas. Ela produz e ela constrói. Ela vive em harmonia com a natureza. A
colmeia é o grande emblema do resultado do trabalho da abelha, da sua
capacidade de construir algo em prol de todos. A abelha é o ser
construtor, assim como o maçom pretende ser. A partir disso é fácil
compreender como a colméia se tornou um símbolo maçônico presente
em antigos estandartes e aventais, e no grau de Mestre Maçom dos rituais
mais antigos de nossa Ordem.
Não se sabe a partir de quando a Colmeia passou a constar nos
rituais maçônicos, mas já estava presente na Maçonaria desde, pelo
menos, o início do século XVIII, como evidencia um catecismo maçônico
irlandês datado de 1724:
“Uma abelha tem sido, em todas as épocas e nações, o grande hieróglifo
da Maçonaria, pois supera todas as outras criaturas vivas na capacidade
de criação e amplitude de sua habitação. Construir parece ser da própria
essência ou natureza da abelha”.
Há vários registros de colmeias como parte integrante e de
destaque de templos e rituais maçônicos na Inglaterra, Irlanda, Escócia e
EUA no século XVIII. Porém, com a renovação dos rituais em boa parte do
Reino Unido a partir de 1813, esse importante símbolo foi de certa forma
ignorado, surgindo vez ou outra em Lojas de Pesquisa, com exceção da
Maçonaria Americana, que manteve sua importância no Ritual.
Para se ter uma melhor compreensão do significado maçônico da
Colmeia, segue pequeno trecho adaptado do Monitor de Webb:
“A Colmeia é um emblema de indústria e operosidade. Ela nos ensina a
prática dessas virtudes a todos os homens. Viemos ao mundo como seres
racionais e inteligentes. Como tais, devemos sempre ser trabalhadores,
jamais nos entregando à preguiça quando nossos companheiros
necessitarem, se estiver em nosso poder auxiliá-los. …Aquele que não
buscar trazer conhecimentos e entendimento ao todo, merece ser tratado
como um membro inútil da sociedade, indigno de nossa proteção como
Maçons.”
Enfim, um dos símbolos maçônicos com significado e ensinamentos
mais profundos, simplesmente perdido nas brumas do tempo e nas
páginas das incontáveis “revisões” promovidas pelos “sábios” de outrora.
Esse é o verdadeiro “símbolo perdido” da Maçonaria.

Fábio Simões

M.’. M.’.

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