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Jornal do Aprendiz
Ano IX - Edição nº 124

Oriente de Pesqueira PE. 30.04.2018

DESAFIOS QUE A MAÇONARIA DEVE VENCER


JA
o longo de sua história, a Maçonaria, não aquela das lendas e tradições românticas, de tempos
imemoriais, das guildas, de ócio que pretendiam manter uma reserva intelectual de mercado, mas sim a
Maçonaria como Instituição, fruto de um momento social iluminista originada ao longo do final do século
17 e início do 18, sempre enfrentou oposição do chamado “mundo profano”, principalmente por seu caráter
sigiloso, reservado, secreto até. Nestes 300 anos de existência a Maçonaria se deparou com fortes movimentos
que pretenderam controlá-la e até mesmo suprimi-la, com a eliminação de suas estruturas, a prisão e mesmo a
condenação à morte de seus integrantes.Desde a emissão da Bula “In Eminen Apostolatus Specula”, por parte
do papa Clemente XII, em 28 de abril de 1738, uma das primeiras tentavas de sua supressão, até os fortes
ataques sofridos ao longo do século 20 por nações totalitárias, de caráter fascista, mesmo assim a Maçonaria
sempre representou ao mesmo tempo um farol de conquistas sociais de Liberdade e Igualdade entre os Homens
e uma ameaça àqueles que pretendiam a perpetuação de um status quo baseado no controle do Estado e da
Sociedade por poucos, uma elite perversa que visava ao controle do conhecimento, aos meios de produção, às
liberdades individuais. Nestes últimos 300 anos, em suas fileiras, a Maçonaria abrigou líderes políticos,

ataques externos e internos à sua estrutura globalizada, em uma época em que o termo ainda nem sequer havia
sido cunhado. Nestes 300 anos, lutou-se pela Liberdade social, pelo acesso universal à instrução, pelo direito de
acesso aos meios de produção, pela liberdade política, pela defesa dos Estados laicos e pela comunhão entre os
povos. Lutou-se pelo fim do Absolutismo; pelo fim da Escravidão; pela eliminação das oligarquias na sociedade;
pela eliminação do totalitarismo de Hitler, de Mussolini e de Franco, exemplos de Estados onde a Maçonaria foi
perseguida e praticamente eliminada, com a morte de aproximadamente 400.000 maçons em campos de
extermínio, conforme os registros oficiais apontam; lutou-se pelo fim da Ditadura do Proletariado nas quatro
décadas após o término da Segunda Guerra Mundial e tem se lutado ainda pela supressão das injustiças sociais
e econômicas. Agora nestas primeiras décadas do século 21, a Maçonaria, de uma maneira geral, enfrenta um
inimigo maior que todos aqueles que já a confrontaram: A indiferença. A indiferença por parte de seus integrantes
de que não há mais batalhas a serem vencidas; A indiferença e a acomodação por parte de seus integrantes de
que as grandes causas se resumem a encontros sociais e a discursos vazios desassociados da realidade prática
de um mundo em transformação, um mundo que exige respostas rápidas para questões cada vez mais
complexas; A indiferença por parte de seus integrantes com relação aos equívocos internos e à luta insana por
um poder sem poder algum; A indiferença diante de grupos que simplesmente se esquecem dos compromissos
assumidos no instante de suas iniciações. Portanto, o maior inimigo da Maçonaria não está somente no
crescimento de movimentos antimaçônicos, no crescimento de teorias de conspirações, nos ataques de grupos
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extremistas que tem se infiltrado dentro da Ordem, com o intuito de se valer da “proteção” de seus templos para
fins menores e escusos. O maior inimigo da Maçonaria está na constituição, internamente, em nossas fileiras, de
grupos de interesses particulares, na construção de uma oligarquia, de um governo de poucos, por si só
perverso, com pretensões de se perpetuar no poder da Instituição, transformando-se numa autocracia ou
mesmo numa plutocracia. Ir.·. Fábio Cyrino - MM
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«SOMENTE DEUS É JUSTO E PERFEITO»


ARGBLS AMPARO DA VIRTUDE, 0276
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libertadores, intelectuais, filósofos, cientistas e artistas: de Saint-Marn e Washington; de Voltaire a Franklin; de
Mozart e Puccini a Montaigne e Fleming. A Maçonaria sofreu e sobreviveu, sempre permanecendo imune aos
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Jornal do Aprendiz - Expediente


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Ano IX- nº 124 - 30 de Abril de 2018. Circulação Restrita aos Maçons de todo Planeta
em Junho de 2009. O Jornal do APRENDIZ, é uma publicação quinzenal da ARGBLS AMPARO DA
Fundado

VIRTUDE,0276, para divulgação de Assuntos Maçônicos. Sua reprodução está autorizada, desde que seja
mencionada a fonte. Os artigos assinados são de responsabilidade dos seus autores, não representam
o pensamento do Jornal. Fundador e Jornalista Responsável. Ir.·. Laércio Bezerra Galindo DRT-PE
nº 1713 Edição e Redação. ARGBLS Amparo da Virtude n º 0276/GOB-GOPE - Contato. Via Grupo
Maçonaria Pesqueirense ou no e-mail: laercio53@gmail.com - Fones: 87 - 3835.5144 -
999.924.279 e 991.427.300 - Endereços para Correspondências: Rua José Nepomuceno das Neves nº
114 - centro e Rua Paulo VI nº 02/06 Baixa Grande. CEP: 55.200-000 – Pesqueira PE. Circulação
apenas pela Internet via grupos Maçônicos Regulares.

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Sessão Magna de Iniciação na ARLS Jaques de Molay - 2.778-
GOSP/GOB ao Oriente de São Paulo, Capital

ARGBLS AMPARO DA VIRTUDE, 0276


Considerada de Utilidade Pública Municipal
pela Lei nº 3.178/2016 de 29 de junho de 2016
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Produzido pelo Ir.’. Pedro Junk


JORNAL DO APRENDIZ
E-mail: jukim@hotmail.com
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O BODE E O BEZERRO DE OURO NA MAÇONARIA

O
Respeitável Ir.·. Ubirajara Corrêa, Loja Saldanha Marinho, 1601, REAA, GOB-PR, Or.·. Curitiba,PR,
formula a seguinte questão: Gostaria de me informar melhor sobre o Bezerro de Ouro e o Bode como
símbolos maçônicos
CONSIDERAÇÕES. Bezerro de Ouro - na Maçonaria tradicional (simbolismo) que é constituída
universalmente por apenas três graus, ele não é elemento de nenhuma alegoria maçônica, sendo encontrado
sim na tradição judaico-cristã como um ídolo que fora criado por Arão na oportunidade em que Moisés,
atendendo as ordens de Deus, subiu o monte Sinai para receber os mandamentos. Então, na ausência de
Moisés, o povo de Israel em rebeldia pressionou Arão, ou Aarão, que era o irmão mais velho de Moisés, a criar um
ídolo que pudesse os reconduzir novamente ao Egito - vide Êxodo 32:1-8. O bezerro é também mencionado
em I Reis 12:28-32 quando trata da divisão do reino de Israel e o rei Jeroboão I[1] cria dois bezerros na intenção
de que assim o povo do seu reinado viesse adorar um ídolo em lugar do verdadeiro Deus de Israel. Devido esse
episódio bíblico, provavelmente alguns tratadistas maçônicos, ao perceberem que quando criança Jeroboão
tinha sido um servidor do Rei Salomão, quiseram equivocadamente associar o bezerro à Maçonaria.
Obviamente que tudo isso não passa de fantasia, pois imaginar a existência da Maçonaria naqueles tempos é
querer desmerecer a inteligência dos outros. Genericamente o termo “bezerro de ouro” tornou-se ao longo dos
tempos o símbolo de um ídolo falso. Bode – a despeito da sua literal qualificação como um animal quadrúpede
ruminante, o bode emissário, ou expiatório, na cultura hebraica era utilizado como meio de espantar para o
deserto, todas as iniquidades e maldições. Simbolicamente no Dia da Expiação o bode recebia nos seus ouvidos
as confissões dos males dos homens e em seguida era enxotado para o deserto aonde ele viria a fenecer e, junto
com ele, todas as declarações pecaminosas dos homens. Graças a isso é que o bode, em Maçonaria,
representa a animalidade, ou dos atributos dos animais. Assim, ele, o bode, se apresenta em alguns ritos
maçônicos representado na estrela pentagonal com um único ápice para baixo. Nessa posição inscreve-se na
estrela a figura de umbode que, em primeira análise representa a desordem causada pela inversão das leis
universais; o caos; o mundo de cabeça para baixo, enquanto que na posição normal, isto é, com um ápice isolado
voltado para cima, inscreve-se nela (na estrela) a figura de um homem (a cabeça correspondendo à ponta
isolada e os membros superiores e inferiores nas demais pontas). Sob a ótica pitagórica a estrela sugere um
símbolo da mais alta espiritualidade humana e é tratada alegoricamente como Estrela Hominal. Alec Mellor in
Dicionário da Franco-Maçonaria e dos Franco-Maçons destaca que a figura do bode alude à impureza animal
em oposição ao homem, cujo símbolo perfeito encontra-se na Pentalpha e na Estrela Resplandecente. A efígie
do bode evoca a figura de uma estrela, mas invertida. Merece também citação o autor Osvald Wirth quando
comentou in Livre de Compagnon, 4ª edição p. 48, termos relativos à estrela que merecem ser citados: “Uma
mesma figura, conforme ela esteja representada, em posição direita ou invertida, torna-se assim o símbolo do
que há de mais nobre na hominalidade, ou de brutalmente instintivo do que há na animalidade”. Por esses
comentários relativos ao bode associado à estrela é que em uma Loja Maçônica, nos ritos que adotam a Estrela
Flamejante, ela sempre aparecerá na decoração representada como Estrela Hominal, nunca invertida.
Destaque-se que a obra maçônica se envereda sempre para o lado da Luz (sabedoria), nunca para o das trevas
(ignorância). Ainda em relação ao bode, o imaginário popular, e de uma parte dos próprios maçons, tem
contribuído para falsas interpretações e, quando não, mesmo caluniosas contra a Maçonaria, a exemplo do que
nos conta a história e o personagem de Leo Taxil que difamou a Sublime Instituição para obter ganhos
financeiros da Igreja. Nessa mesma linha aparece o bode-preto como uma expressão popular brasileira para
designar o diabo (satanás, lúcifer, coisa ruim, etc.). Nesse sentido, vale a pena mencionar o que menciona o
saudoso Irmão e meu particular amigo José Castellani nas suas várias anotações em literaturas a respeito:
“Houve tempo em que setores retrógrados da Igreja, explorando a ignorância e a credulidade de grande
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necessidade; os maçons conhecidos nessas localidades eram vistos como bruxos, como membros de falanges
demoníacas, sectárias do bode-preto, sendo, evidentemente, marginalizados pelas 'ovelhas' do rebanho,
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parcela do povo, transmitiam, aos seus fiéis, a falsa e malévola afirmação de que a Maçonaria adorava o bode-
preto, personificação demoníaca; graças a isso, em muitas localidades brasileiras, dominadas pelo clero, muitas
pessoas de poucas luzes, costumavam persignar-se (fazer o sinal da cruz), ao passar, obrigatoriamente, pelas
imediações de um templo maçônico, local que procurava evitar e pelo qual só passavam por absoluta

preocupadas em ir para o céu e não provocar as iras do bom pároco local. Ironizando tal situação de ignorância,
atraso e sectarismo, os maçons passaram jocosamente a assumir a alcunha de 'bode', ou 'bode-preto' para si e
para os seus trabalhos de Loja, pratica essa que acabaria se tornando enraizada e tradicional”. Essa é uma
pequena abordagem do assunto pelo que eu espero lhe seja útil. Pesquise literatura a respeito na Internet e a
passe pela peneira do bom-senso para obter resultado satisfatório. Não enverede para a banda das crendices e
fantasias.

COMO O MAÇOM ALCANÇA A PLENITUDE

C aro Ir.·. O Maçom é um ser humano, não pode ser escravo, cabe à Maçonaria libertar dos erros, assim nos ensina os
Rituais, nos libertando das ilusões da matéria, dos vícios, dos preconceitos, da intolerância, da rania e de todas as
rudes manifestações do egoísmo e da vaidade. É notório a maçonaria libertar em cada um de nós a Luz que nos abafa,
pelas as nossas imperfeições, porque esse é um alerta, no tratar do lapidar da Pedra Bruta, onde re ramos as mais sólidas
expressões da Arte da Vida, é neste momento que somos chamados a iniciar no caminho que nos leva à perfeição. O
Mestre, sabe que o primeiro passo desta jornada é aprender silenciar, porque é um ensinamento basilar, para que o maçom
tenha uma personalidade de um verdadeiro Mestre, que sabe que o silencio nos da oportunidade de expressar a plenitude
porque está apito para analisar os fatos, exprimindo seus sen mentos de uma forma equilibrada e racional, porque o nosso
SA R
MI de mergulharmos numa profunda reflexão do mais auto-conhecimento,
silêncio gera um
R BOestado, que no qual somos capazes
E
BA para a nossa consciência, do
que é essencial ADdever e nunca esquecer que o obje vo final da vida é a promoção da felicidade
plena. O Irmão, ao chegar a MESTRE, logo pensa ser Mestre Instalado, parque sua curiosidade é saber da importância da
fidelidade entre IRMÂOS e ser fiel e disciplinado, para lutar em prol de um aperfeiçoamento da moral, intelectual e espiritual,
dedicando a cada momento no lapidar a Pedra Bruta. O Maçom que segue os ensinamentos da Ordem, que
corresponde fielmente a seus alevantados intuito, que se torna, por seu trabalho iniciá co, um elo justo e perfeito, goza, em
seu coração, da pureza incorrup vel do ouro e seu caráter adquire a têmpera e a flexibilidade do melhor aço iniciá co.
Ir.·. André Bessa
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«Os Homens de Bem Procuram a Maçonaria
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E Essa os Torna Melhores.»
NOVO RUMO
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O LIVRO DOS SETE SELOS
como se denomina o Livro do Apocalipse; para a Maçonaria é o símbolo do conhecimento, porque cada Selo ou Véu, ao

É ser destacado, apresenta uma revelação. No Apocalipse vem descrita uma cidade simbólica construída com elementos
preciosos; a descrição revela um projeto arquitetônico, reforçando uma imagem de um Grande Arquiteto do Universo;
primeiramente, orientou Noé para a construção da Arca; posteriormente, para a construção do Grande Templo do rei
Salomão; finalmente, a projeção da cidade Santa, onde serão recebidos os que se mantém fiéis à sua vontade. O Apocalipse é
a fonte mais rica do simbolismo e a sua interpretação é privilegio dos mais sábios. A Maçonaria não visa construir a Cidade
Santa, pois isso pertence a uma programá ca religiosa. A profundidade do livro profé co ajuda o maçom a conhecer parte
dos mistérios que o cercam. O maçom deve ver no Apocalipse a glória do futuro, visto que não se tem no cia que já tenha
sido construída no mundo, sequer planejada. O futuro dirá. O maçom deve estar atento aos acontecimentos. Ir.·. Rizzardo da
Camino.
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GOB-RN INAUGURA NOVA SEDE
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O
evento foi bastante concorrido e contou com a presença do Soberano Grão-Mestre do
Grande Oriente do Brasil, Ir.·. Marcos José da Silva, do Sapientíssimo Ir.·. Ricardo
Carvalho, Presidente da SAFL, dos Grão-Mestres do Rio Grande do Norte, Paraíba,
Maranhão e Rio de Janeiro, Eminentes Iir.·. Antônio Braga, Geraldo Alves, João Soares e
Edimo Muniz, em grande festa na capital Natalense.
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A
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A MAIOR GUERRA ENTRE COLUNAS
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pós o mestre de cerimônias preparar o cortejo e a entrada dos irmãos, no templo... A sabedoria sentou-se no oriente,
assim como a força sentou-se no ocidente, enquanto a beleza tomava lugar na coluna do sul. Tudo transcorria de
forma “justa e perfeita”, como de costume... Foi quando profanamente bateram na porta, o irmão cobridor interno,
anunciou tal ba da e em seguida, forçaram a entrada no templo, podíamos ver claramente três homens muito bem ves dos
e de ó ma aparência. Eram estes: o orgulho, a vaidade e a discórdia, já chegaram pisando com o pé direito. A sabedoria se
pronunciou imediatamente: Vocês três entrarão ritualis camente e serão telhados, para adentrarem neste templo sagrado.
Sem dar a mínima importância, o orgulho disse: Somos convidados ilustres... Com certo tom de ironia. Vocês mesmos que
nos convidaram... Nunca entramos aqui fisicamente, mas no ín mo de cada um de vocês, estamos presentes em todas as
sessões, somos mais assíduos do que o maçom mais assíduo desta oficina. A força imediatamente sacou uma espada e disse:
Solicito que todos os irmãos saiam, por favor... Somente com jus ça e re dão, poderemos nos livrar deste incomodo
momento... Somente fique o venerável mestre e nós vigilantes para esta complexa e misteriosa sessão. Todos os demais
irmãos saíram, o restante das dignidades também se re raram, porém passavam pela sabedoria, e deixava um feedback,
como num planejamento estratégico de guerra. Notória as lágrimas nos olhos dos irmãos secretário e orador, como se
dissessem com um olhar que: Nós mesmos criamos esta guerra... Talvez não saiamos vencedores... luzes, lutem por todos
nós! O orgulho ba a com o malho, enquanto a vaidade como um apoio segurava o cinzel, que exemplo de “união”!
Inacreditável, eles estavam desbastando a pedra bruta, com perfeição e de forma eficiente. Parei para refle r, que
permanecemos anos a finco, para tal façanha sem tanto êxito e a discórdia observava orgulhosa, tal energia desprendida para
o fundamento central maçônico.As três luzes, ficaram surpresas, e notaram, que o mal maçom, também desbasta a pedra
bruta, mesmo que regido por energias nega vas. Há duas desbastações antagônicas? A vaidade, descreveu o painel dos três
graus, com excelência, surpreendendo a todos. A discórdia, direcionou um olhar desafiador para a sabedoria, como se
fossem as duas maiores lideranças no recinto. A discórdia gritou com dedo em riste: Que tal uma guerra dentro do templo?
Ou será que a sabedoria será destruída pelo orgulho, a força superada pela vaidade e a beleza massacrada pela discórdia? O
orgulho enfa zou: Por mais que se esforcem, não suportarão sequer uma fraca luz, pois estamos absolutamente ligados nas
suas emoções e a tudes, por mais que tentem camuflar ou ocultar, sempre nós três prevaleceremos. Ouso dizer que se não
houverem irmãos de vocês diferentes, seremos as três luzes da loja e da maçonaria em muito breve. É como se vendássemos
os cavaleiros templários, devolvendo a escuridão para todos que se dizem iluminados, livres e de bons costumes. Quando
vencermos esta batalha, nossas sessões iniciarão a meia noite, pois queremos o fim da hipocrisia e o início do império das
trevas! A sabedoria, expressou-se: Óh quão bom e quão suave é! A discórdia, cortou-a e disse: Só recitam da boca para
fora... Vocês não sentem, não vivem...risos A discórdia estava gerindo a sessão! O orgulho sacou uma espada, como
guardião do templo! Preciso reconhecer, que estavam mais entrosados do que nós, e não eram sete, eram apenas três.
Dominaram e arremataram nossa harmonia... A força, resolveu resis r a tamanha dominação e deu três pancadas com o
malhete... Exijo ordem!!!!! A vaidade, exclamou, Desculpe força, mas logo você? Teve tanto tempo o malho e o cinzel em
suas mãos, e o que fez? Decorou o ritual? As três dignidades nega vas gargalharam! A matéria se sobrepunha de forma
mais incisiva ao espírito! As romãs estavam secando, as colunas B e J, estavam rachadas...(Pelos olhos sicos estavam
intactas, porém com os espirituais estavam totalmente ruídas). A beleza, chutou a pedra polida e no ápice da dor, sacou uma
espada, enquanto isso a sabedoria sacou a espada flamejante, e renderam o orgulho, a vaidade e a discórdia, porém a força,
surpreendentemente exclamou: Não adianta usarmos a minha força! Teremos que elevar o grau, pois não poderemos
superar tais “inimigos”, que nós mesmos criamos e que nos conhecem in mamente. Havia uma cadeia de intenções, no
átrio, gerida pelas dignidades e irmãos que aguardavam ansiosos o fim desta luta épica. A egrégora da corda, a parte posi va
do coração dos irmãos, tomou forma de forca e enrolou-se no pescoço de cada uma das en dades nega vas. Porém o amor
con do naquela corda, não conseguiria enforcar nem mesmo o maior inimigo de nossa evolução. Neste momento o livro da
lei se abriu e o espírito se sobrepôs a matéria. A discórdia, tentou com uma espada, cortar a corda, sem lograr êxito... Ela não
nha tal força sobre a união dos verdadeiros irmãos. Um duelo de espadas iniciou-se sobre o pavimento mosaico, a sabedoria
no piso branco, com a discórdia no piso preto, esta luta estava subindo para o oriente. A vaidade, disse para a sabedoria, seus
amigos não irão te ajudar? A sabedoria respondeu... apesar de falhos, somos justos! Aqui é um contra um... O orgulho
começou a recitar todo o ritual, sem nem mesmo ler! Quebrando a concentração com tal “decoreba”. A Discórdia, tomou a
espada flamejante, mesmo com toda espiritualização que há, venceu a sabedoria, colocando a espada na jugular da
sabedoria, que estava caída no chão. A abóbada celeste, o céu da loja, ficou com nuvens ocultando os astros. A vaidade,
pegou uma das velas e começou a incendiar todo o templo. A beleza, começou a chorar copiosamente, vendo os
ornamentos pegando fogo! As en dades nega vas, estavam com a joias móveis das três luzes da loja. Sim meus irmãos , o
final desta história não foi feliz. Me perdoem. Fomos vencidos... Pelo orgulho, pela vaidade e pela discórdia! Vocês acham
que este texto se passou dentro de nosso templo? Não meus irmãos, esta batalha acontece diariamente dentro de nossos
próprios corações. Nosso sen mento é invadido, tomado e destruído, sem ritualís cas. em nosso senso fraterno, consegue
vencer esta guerra! Fora das nomenclaturas vivenciadas em loja, precisamos dar campo para novos membros em nossa
ordem. Que tal fazermos a iniciação dos candidatos: O Amor, solidariedade, fraternidade, igualdade, humildade, tolerância,
flexibilidade e concórdia... Não deixem esses irmãos, decorarem somente os respec vos rituais, orientem para que amem os
valores e entendam para que atendam as expecta vas da ordem e da vida. Enquanto isso, outros fatores estão alistando-se
também nas trevas: O Pessimismo, hipocrisia, ódio, falsidade, corrupção entre outros... Todos estes prós e contras farão
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parte de nossos sen mentos. A guerra invisível con nuará! Você x você! Cuidado com a posição do esquadro e compasso,
assim como com suas intenções com o futuro, da sua vida, da sua loja, da sua ordem e das respec vas histórias. Enquanto
esta guerra acontecia, a cozinheira preparava o ágape normalmente, sem nem mesmo desconfiar e o GOB, jamais tomaria ou
tomará conhecimento de tal evento. A vaidade, o orgulho e a discórdia, vencerão esta batalha até quando? Eles foram
embora, e levaram a pedra cúbica. Deixaram escrito em alfabeto maçônico, num pergaminho; Vocês não desbastaram e
acredito que não polirão esta pedra, permaneçam somente com a bruta. Quando aprenderem de fato, eu devolverei aos
verdadeiros aprendizes... Aqueles que verdadeiramente impedirão nossa entrada no templo; Enquanto isso teremos acesso
livre a qualquer sessão de qualquer grau e daremos aulas a vocês sobre todo tema e ritualís ca existente em vossa Ordem.
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O Que É Uma Egrégora?
o padrã o vibrató rio de uma casa tem relaçã o direta com a energia e o estado de espıŕito de seus moradores.O

E conjunto de pensamentos, sentimentos, estado de espı́rito, condiçõ es fı́sicas, anseios e intençõ es dos
moradores ica impregnado no ambiente criando o que se chama de egré gora.O que poucos sabem é que as
paredes, objetos e a atmosfera da casa tem "memó ria" e registram as energias de todos os acontecimentos e do estado
de espıŕito de seus moradores.Por isso, quando pensar na saú de energé tica de sua casa tome a iniciativa bá sica e vital
de impregnar sua atmosfera apenas com bons pensamentos e muita fé .Evite brigas e discussõ es
desnecessá rias.Observe o seu tom de voz: nada de gritos e formas agressivas de expressã o.Nã o bata portas e tente
assumir gestos harmoniosos, cuidando de seus objetos e entes queridos com carinho.Nã o pense mal dos
outros.Pragas nem pensar.Selecione muito bem as pessoas que vã o frequentar sua casa.Se você nutre uma má goa
profunda ou mesmo um ó dio forte por algué m, procure ajuda para limpar essas energias densas de seu
coraçã o.Alegria, amor, paz, prosperidade, saú de, amizades, belezas já está bom para começar, nã o é mesmo? - Chico
Xavier
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AS LUZES MAÇÔNICAS
São os paramentos da Loja: _ o Livro da Lei, _o Esquadro e _o Compasso.

R esumidamente, temos que o Livro da Lei ilumina a mente, regulando a nossa conduta. O Esquadro, símbolo da
Re dão, regula nossas ações e nos ensina a permanecermos fiéis para com nossos semelhantes. E o Compasso, que
representa a Jus ça, mantém nos devidos limites nossas relações em sociedade e especialmente com nossos
Irmãos, indicando-nos onde começam e onde terminam nossos direitos. AS TRÊS SUBLIMES LUZES DA MAÇONARIA OU AS
TRÊS LUZES MENORES DA LOJA: No passado, Em an gos rituais do REAA.'. do Grande Oriente do Brasil, dizia-se que eram o
Sol, a Lua e o Venerável Mestre. Segundo aqueles rituais, O Sol estava representado no Ocidente para dirigir o dia, a Lua no
Sul para governar a noite e o Venerável Mestre no Oriente para administrar e dirigir a Loja. Na atualidade, o Sol e a Lua
tomaram a versão do Primeiro e Segundo Vigilantes. Nas reuniões das an gas Lojas, costumava-se colocar velas acesas nos
candelabros onde nham assento o Venerável Mestre, o Primeiro Vigilante e o Segundo Vigilante, vindo daí a denominação
que se lhes passou a dar, de Luzes da Loja. As posições das Três Grandes Luzes da Loja simbolizam o caminho diário aparente
do Sol. Do Oriente vem a doçura do Sol nascente, da aurora, suave e agradável; Do Sul ou Meio-dia, vem um calor mais
intenso; e do Ocidente vem os úl mos lampejos de luz, do Sol poente. Assim, os três principais dirigentes de uma Loja
sentam-se nesses três pontos. O Venerável Mestre no Oriente para abrir a Loja, dirigi-la nos seus trabalhos e esclarecê-la
com as suas luzes. O Segundo Vigilante no Sul para melhor observar o Sol em seu meridiano, chamar os obreiros para o
trabalho e mandá-los para a recreação. E o Primeiro Vigilante no Ocidente, para fechar a Loja, pagar os obreiros e despedi-
los contentes e sa sfeitos.
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CAPITULO DeMOLAY CAVALEIROS TEMPLÁRIOS


DE PESQUEIRA,609 - PATROCINADO PELA
ARGBLS AMPARO DA VIRTUDE, 0276
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Augusta Respeitável e Grande Benemérita
Loja Simbólica Amparo da Virtude nº 0276
Jurisdicionada ao Grande Oriente de
P e r n a m b u c o -

Fundada em 25 de Março de 1874


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Considerada de Utilidade Pública Municipal Lei 3.178 de 29.06.2016

G O P E
Federada ao Grande Oriente do Brasil - GOB

Reuniões: 3ª Feira - 20.00 horas


REAA - Rua Paulo VI nº 02 a 06 Baixa
Grande - 55.200-000 Pesqueira PE
Fone: 87-9.9142.7300 e-mail: lamparodavirtude0276@gmail.com
site: lamparodavirtude0276.no.comunidades.net
Administração
2017/2019
Venerável Mestre
Laércio Bezerra Galindo
1º Vigilante
Antonio Cristovão dos Santos
2º Vigilante
Tercio Cristovam Leite dos Santos
Orador
Tarcizio Marques Monteiro
Secretário
João Bosco Gomes de Araujo
Tesoureiro
Antonio Galindo de Lima
Chanceler
Ademilson Bezerra da Rocha
Deputado Estadual
Atuity de Siqueira Gouveia
Deputado Federal
Sebastião Edilson de Alencar
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COLUNA

JORNAL DO APRENDIZ
RITO DE YORK
Para glória do Grande Arquiteto do Universo.
DO IR.·.
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uma honra para mim ser maçom” (Abraham Lincoln, Presidente dos EEUU de 1861 a 1865). Registra a História da

É Sublime Ordem Maçônica que o Rito de York foi fundado em 1797, tendo como organizador e fundador principal o
Irmão Thomas Smith Webb. Foi justamente esse Irmão quem deu a estrutura e a doutrina filosófica com os seus
respec vos procedimentos gerais ao sistema maçônico que pode ser iden ficado pelo nome de Rito Americano ou de York.
É o Rito predominante da Maçonaria Norte Americana. Sob sua égide se desenvolveram lideres da sociedade
estadunidense nos princípios da Liberdade, Igualdade e Fraternidade. As Blue Lodges, ou seja, as Lojas Simbólicas norte-
americanas trabalham com um ritual que descende diretamente do velho Ritual da Grande Loja dos An gos (de 1751),
portanto, mais an go do que os rituais ingleses atuais, todos posteriores à União de 1813. O Rito de York chegou ao Brasil
através do Grande Oriente Unido, também conhecido como Grande Oriente dos Benedi nos, com a Loja Vesper, situada na
cidade do Rio de Janeiro em 30 de novembro de 1872. Em São Paulo o Rito de York chegou com Washington Lodge, também
federado ao Grande Oriente dos Benedi nos, em 19 de novembro de 1874, na cidade de Santa Bárbara do Oeste. Esta Loja
não foi fundada por ingleses, mas por americanos, depois de terem emigrado para o Brasil, por ocasião da Guerra Civil dos
Estados Unidos da América. Eles eram quase todos originários do Estado do Alabama. Em 1883, o Grande Oriente dos
Benedi nos foi absorvido pelo Grande Oriente do Brasil, e o Rito de York deixou de ser pra cado na época. O retorno dos
graus simbólicos do Rito de York no Brasil ocorreu em 2003 e isto se deve à Loja Phoemix nº 30, na cidade de Cacoal, Estado
de Rondônia, jurisdicionada à Grande Loja Maçônica do Estado de Rondônia – GLOMARON. Graças ao pioneirismo desta e
de outras lojas que vieram depois em todo o Brasil; o legí mo Rito de York se consolidou e vem crescendo
progressivamente no território brasileiro. Em São Luís do Maranhão, há a Loja Maçônica de Estudos e Pesquisas Afonso
Augusto de Morais, jurisdicionada ao Grande Oriente do Estado do Maranhão – GOEMA, sucessor do Grande Oriente
Autônomo do Maranhão – GOAM, fundada na Gestão do então Soberano Grão-Mestre, Plínio Ferreira Marques, em 10 de
março de 2003 e instalada em 12 de abril do mesmo ano, loja esta que pra ca em seus trabalhos o Rito de York e da qual
este ar culista é um dos fundadores e foi seu primeiro Mestre (Venerável Mestre) por dois mandatos ele vos sucessivos.
Rogo ao Grande Arquiteto do Universo para que con nue nos abençoando. Ir.·. Osvaldo Pereira Rocha- Colaborador,
registro DRT/MA nº 53. Grão-Mestre “Ad Vitam” do GOAM, hoje GOEMA. Grande Inspetor Geral, Grau 33 do REAA. Site
www.osvaldopereirarocha.com.br
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BREVIÁRIO MAÇÔNICO - A LUA

A s Sagradas Escrituras referem que Deus, ao criar o Universo, formou dois Luminares: o Sol e a Lua – um para
iluminar o dia e o outro, a noite. A Lua representa o princıp ́ io feminino; simboliza a constâ ncia, a regularidade,
a afeiçã o, a obediê ncia, a evoluçã o e a luz emanada da moral. Esse sım ́ bolo, se dentro do templo, nã o constitui
apenas um ornamento, simboliza todas as suas funçõ es. A razã o de ser de os maçons reunirem-se semanalmente diz
respeito ao ciclo lunar semanal, pois cada fase da Lua envolve aproximadamente sete dias. Em cada fase, o maçom
deve renovar as suas energias, passando a Lua, assim, a exercer uma força apreciá vel sobre a vida. No entanto, poucos
sabemos, Maçonicamente, sobre a Lua e sua in luê ncia; os rituais nã o se preocupam com ela, embora a astronomia,
como uma das sete ciê ncias do Grau do Companheiro, deva ser levada mais a sé rio. Se o sım ́ bolo lunar (selene) é
colocado dentro do templo, nã o o foi em vã o. Assim, o maçom deve ser assıd ́ uo à sua Loja, cujas reuniõ es sã o
semanais. Essa assiduidade lhe resultará na renovaçã o das energias, reforçando os atributos lunares acima
expostos. Se o Sol é vida, a Lua nã o deixa de ser o seu re lexo. Ir.·. Rizzardo da Camino.
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ARGBLS AMPARO DA VIRTUDE 0276


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A
Jornal do Aprendiz - Página
O SIMBOLISMO DOS ELEMENTOS DA CÂMARA DE REFLEXÕES
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VELA- A Câ mara de re lexõ es é iluminada apenas pela luz de uma vela ou de uma lamparina. Há vá rias
interpretaçõ es sobre este sıḿ bolo. Pode ser a primeira luz da Maçonaria que o profano recebe, de inıćio fraca,
para que o profano, atravé s dos pensamentos que o ambiente lhe sugere, possa acostumar a sua visã o
espiritual à luz deslumbrante das verdades que lhe serã o reveladas. A luz dessa vela é o re lexo e a representaçã o da
divindade no plano terrestre. E ela o ú nico asilo seguro contra as paixõ es e perigos do mundo e que proporciona o
repouso, o discernimento e a luz da inspiraçã o, quando a Ela se recorre. Esse clarã o simboliza entã o a lâ mpada da
razã o, iluminando a Câ mara que nã o é outra coisa senã o o interior do homem, dando lhe assim a esperança de um
mundo novo e diferente, que se abre a sua frente, mundo do qual ele nã o pode fazer uma ideia precisa, mas que na
iniciaçã o haverá de descobrir. O GALO - O galo representa o Mercú rio, principio da Inteligê ncia e da Sabedoria. Essa
ave é , també m, um sıḿ bolo de Pureza. O Galo é um gerador da esperança, o anunciador da ressurreiçã o, pois seu
canto marca a hora sagrada do alvorecer, ou seja, a do triunfo da Luz sobre as Trevas. A sua presença na Câ mara de
Re lexõ es simboliza o alvorecer de uma nova existê ncia, visto que o iniciante vai morrer para a vida profana e
renascer para a vida maçô nica, sendo ele o signo esoté rico da Luz que o Profano vai receber. També m simboliza a
Vigilâ ncia que o iniciado deve manter relativamente ao papel que desempenha na sociedade. També m simbolizado
por forças adormecidas que a Iniciaçã o pretende realizar, esotericamente simbolizado pela “força moral”,
indestrutıv́el, guiando os passos do Maçom dentro e fora do Templo. A BANDEIROLA - Colocada por baixo do Galo
traz inscritas as palavras Vigilâ ncia e Perseverança. Consideradas do ponto de vista etimoló gico, essas palavras
podem signi icar “vigiar severamente”. Indicam ao Futuro Maçom que deve, a partir daquele momento, prestar toda a
atençã o e investigar os vá rios sentidos que podem oferecer os sı́mbolos, os quais, só conseguirá entender
completamente atravé s de uma paciente Perseverança. Assim como o dever moral, que o Maçom deve colocar em
prá tica dedicando-se a uma Vigilâ ncia constante. E també m a difıćil tarefa de desbastar a Pedra Bruta que só alcança
algum sucesso, quando realizada com a mais irme Perseverança. O CRÂNIO - A presença de um Crâ nio pode
despertar no profano alguns pensamentos, atravé s dos quais ele poderá imaginar a representaçã o, pela caixa ó ssea,
da inteligê ncia e Sabedoria, da qual ela é sım ́ bolo. A Sabedoria é tã o importante para o nosso cotidiano como o
conjunto de nossa existê ncia e para as grandes decisõ es. Pode ser vista como a Razã o governando a prá tica pela
teoria. Assim como na Câ mara, os ossos sã o um mero complemento do Crâ nio como sım ́ bolos da Morte. A
AMPULHETA - Como é um instrumento para medir o tempo, é considerado na Maçonaria, um sım ́ bolo que mostra,
pelo escoamento da areia, o rá pido transcorrer do tempo, e recorda ao profano a brevidade da existê ncia humana,
aonde tê m um signi icado esoté rico com diversas interpretaçõ es. O tempo passa e voa, e a vida sobre a terra é
semelhante ao cair da areia. Por isso é preciso saber aproveitá -la em coisas ú teis e proveitosas para si pró prio e
també m para a humanidade. Pois uma vida dedicada ao acumulo de riquezas e ao gozo dos prazeres sensuais nã o
contribui para a felicidade de ningué m, é uma vida desperdiçada. O iniciante deve lembrar que as pequenas porçõ es
do tempo juntam-se umas as outras e terminam no seio da Eternidade. O PÃO E A ÁGUA - Tende a assemelhar a
Câ mara de Re lexõ es a uma masmorra, onde o profano deve ser recolhido. Mas o Pã o simboliza o laço de fraternidade
entre os irmã os e a Agua é o sım
́ bolo da puri icaçã o. Sã o emblemas da simplicidade que deverá reger a vida do futuro
iniciado, assim como alimentos do corpo e do espıŕito, os quais sã o indispensá veis, mas que nã o devem ser o ú nico
objetivo da vida. Sendo assim, é o elemento indispensá vel à vida, e o pã o, provindo do trigo, simboliza a força moral e
o alimento espiritual. O SAL - E o sım ́ bolo da mã o estendida, representando a hospitalidade. Os antigos Greco-
Romanos o simbolizavam pela amizade, inura e limpeza da alma e da alegria. Seria como se fosse algum dizer de
boas vindas ao iniciante, mostrando-lhe que ele será acolhido alegremente, com todo o coraçã o, e que ele há de se
sentir em “sua casa”. Assim, o profano, com o espirito livre, se entregará inteiramente à conquista das verdades
prometidas. O MERCÚRIO - Representado pelo Galo, é um sım ́ bolo nã o apenas de Vigilâ ncia e Coragem, como
també m de Pureza. Princıp ́ io fê mea, na alquimia, é considerado Hermeticamente como o princıp ́ io da Inteligê ncia e
Sabedoria. ENXOFRE - E considerado o princıp ́ io macho, na alquimia. E o sıḿ bolo do espıŕito e por isso simboliza o
ardor. “ A pedra Filosofal é um Sal perfeitamente puri icado, que coagula o Mercú rio a im de ixá -lo em um Enxofre
extremamente ativo". "Esta fó rmula sinté tica resume a Grande Obra em trê s Operaçõ es que sã o: a puri icaçã o do Sal,
a coagulaçã o do Mercú rio e a ixaçã o do Enxofre”. (In “O Simbolismo Hermé tico” de Oswald Wirth) TESTAMENTO - E
o ato que geralmente, na vida Profana, é praticado a aqueles que se encontram à beira da morte. Mas na Maçonaria é
considerado como um testamento “ ilosó ico”, e nã o um testamento “civil”, como o dos profanos. No testamento o
iniciado irá “testemunhar” por escrito as suas intençõ es ilosó icas, assumindo, dessa forma, uma obrigaçã o pré via.
Sua verdadeira inalidade nã o é somente responder as perguntas, mas sim, fazer com que o iniciado expresse sua
opiniã o sobre elas e escreva as suas ú ltimas vontades, como se fosse mesmo morrer, no seu Testamento. O profano
expressará seus ú ltimos pensamentos e suas ú ltimas disposiçõ es, pois é sob in luê ncia da Câ mara de Re lexõ es que
ele dirá a verdade. Assim, por esse documento, em que a sua mente só dirá a verdade, a Loja terá um conhecimento
quase perfeito dos verdadeiros sentimentos do Profano.
AUTOR DESCONHECIDO.
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C
Jornal do Aprendiz - Página
A RAZÃO DO SOIS MAÇOM?
omo se sabe, existem na maçonaria algumas formas de iden ficação e de reconhecimento que às vezes, apenas
servem para tais finalidades, quando, no seu sen do abrangente, poderiam representar muito mais. Quando um
maçom quer saber se outro indivíduo também o é, ao invés do sinal ou do toque convencionais, usa a seguinte
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pergunta na segunda pessoa do plural: S.´.M.`.? Como aquele que é assim interpelado já tenha passado pelas provas de uma
iniciação maçônica e, tenha realmente visto a luz, sua resposta invariavelmente será: M.`.I.`.C.`.T.`.M.`.R..´. Aqui é que surge
a nossa grande dúvida, porque estamos querendo saber não somente se os irmãos o reconhecem.´. e sim, se ele é realmente
um verdadeiro maçom. Uma coisa é o irmão reconhecê-lo como maçom de direito; outra coisa é reconhecê-lo de fato e de
direito.`. O que seria um maçom de direito ou um maçom de fato e de direito? No primeiro caso, basta que seja iniciado e
mantenha atualizadas suas obrigações legais para com a sua Loja. No segundo caso, além de também estar de acordo com as
exigências anteriores, ele terá que congregar inúmeros outros requisitos. No nosso modesto entendimento, não basta ser
maçom para os outros, como uma vitrine, ser visto na sociedade e por ela como mais um membro da Maçonaria e sim, ser
possuidor de todos aqueles requisitos morais e espirituais, relegando até para planos inferiores, as necessidades materiais.
O maçom tem uma enorme responsabilidade quando responde M.`.I.`.C.`.T.`.M.`.R.`. Será que os irmãos o reconhecem
realmente ou será que somente fazem uso de uma resposta óbvia u lizada no meio maçom? Será que muitos daqueles
irmãos que você diz reconhecerem-no como tal, não gostariam de corrigir as suas respostas e dizerem: ”seus irmãos sentem-
se envergonhados por assim reconhecê-lo”. Muitas vezes eles não o fazem por questões outras e isso, a nosso ver é
prejudicial à Maçonaria, porque é nela e por meio dela que procuramos a verdade no seu mais amplo sen do é co e
filosófico. Poderiam nos perguntar… o que é ser um verdadeiro maçom? Apesar de não se ter uma receita para isto e
também, serem certos valores discu veis, poderíamos responder a tal pergunta com algumas outras, como por exemplo..
Sois bom filho? Sois bom pai e bom chefe de família? Sois um bom esposo? Respeitais os vossos filhos e vossa esposa como
gostaríeis de serdes respeitado? Ajudais aos outros de forma desinteressada e procurais os vossos irmãos maçons no
infortúnio? Alguma vez, fizestes alguma coisa para minimizar o sofrimento de uma viúva ou de um órfão? Procurais
realmente, cavar masmorras ao vício? Será que diante de uma linda mulher ou mesmo pelo fato de terdes uma
oportunidade para uma aventura, ainda que discreta aos olhos dos outros, seríeis um verdadeiro maçom ou faríeis como
aquele que certa vez nos disse? “Aqui eu não engano a minha esposa, este lugar é muito pequeno e todos poderiam ficar
sabendo. Eu levo a outra para Belo Horizonte, para Juiz de Fora ou para o Rio de Janeiro”. Será que este pseudo-maçom teria
a capacidade de ir a Belo Horizonte ou a qualquer outro lugar, sa sfazer o seu e o desejo da outra e lá também deixar a sua
consciência? Achamos impossível, pois, ainda que isto para muitos não tenha sen do, a consciência é um duro e muitas
vezes implacável juiz de nós mesmos; ela em alguns casos chega a doer uma dor tão profunda que nenhum remédio poderá a
medicina jamais oferecer para minorá-la. Assim, meus caríssimos irmãos, fizemos este apanhado de palavras que poderão
ou não vos a ngir. Porém, ainda que não tenhais sido a ngido, reflitais sobre vossos atos. Não estamos aqui querendo julgar
irmãos. O que na verdade gostaríamos de ouvir quando perguntarmos a alguém se S.`. M.`. é que nos respondesse:
M.`.I.`.C.`.T.`.M.`.R.`. porque sou um verdadeiro maçom e não apenas como tal… Meus es mados irmãos, a Maçonaria em
quase tudo, nas suas frases, nos seus emblemas, símbolos e alegorias sempre estará nos conclamando à reflexão. Reflitamos
e sejamos um símbolo vivo dessa Ordem que nos dá força para enfrentar um mundo às vezes, confuso e conturbado, onde os
verdadeiros valores estão sendo a todo o momento ques onados e colocados em dúvida. Se quisermos uma força atuante,
uma Maçonaria vibrante em todos os sen dos, que procuremos ser, encontrar e conviver com verdadeiros maçons. Autor
desconhecido.
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BREVIÁRIO MAÇÔNICO - LIVRE E DE BONS COSTUMES
a condiçã o exigida para que um profano ingresse na Maçonaria por intermé dio da Iniciaçã o.Nã o basta o candidato ser politicamente

E livre; nã o basta que tenha um comportamento moral comum. A Maçonaria proclama que a sua iloso ia tem base Ana tradiçã o, nos
usos e costumes; portanto, “costumes” nã o é um mero comportamento, uma moral de conduta, mas sim um universo de prá ticas que
conduzem o ser humano a ama vida espiritual. O candidato deve comparecer à Iniciaçã o com uma disposiçã o quase inata de “amar a seu
futuro irmã o” como a si mesmo. Isso exige um comportamento para com seu pró prio corpo, para com sua pró pria alma e para com o seu
espıŕito. Ser livre e de bons costumes constitui uma exigê ncia de maior profundidade do que parece à primeira vista; seria muito cô modo
aceitar um candidato que politicamente é livre, pois nã o há mais escravidã o no mundo; ou que, penalmente, nã o se encontre preso,
cumprindo alguma pena. A liberdade exigida é ampla; sem compromissos que inibam o cumprimento das obrigaçõ es maçô nicas, sem
restriçõ es mentais. Todo maçom, mesmo antigo na Ordem, tem o dever de se manter “livre e de bons costumes”. Ir.·. Rizzardo da Camino.
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ARGBLS AMPARO DA VIRTUDE 0276
ARLS
ORIENTE DE PESQUEIRA PE
- Jornal do Aprendiz - Página

IR.·. SÉRGIO QUIRINO


JORNAL DO APRENDIZ

LIDERANÇA SE CONQUISTA
E-mail: quirino@roosevelt.org.br
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Várias Lojas Maçônicas realizarão, este ano eleição para Veneráveis Mestre que deverão ser instalados antes do Sols cio de
Inverno (21 de junho). Os eleitos deverão LIDERAR os OBREIROS de sua Augusta e Respeitável LOJA Maçônica. As palavras
destacadas em “Caixa Alta” são para frisar o conteúdo da função. Lojas são locais de trabalho, Obreiros são trabalhadores e o
Líder é quem está a frente dos trabalhadores na execução dos trabalhos. Simples assim? Não! A Maçonaria tem uma
par cularidade que a diferencia das demais organizações. Ninguém manda. Quando muito, solicita ou sugere. Constata-se
esta realidade quando se percebe campanhas e projetos que não alcançam o resultado esperado. Os não engajados se
jus ficam como “homens livres” e portanto, acima de qualquer mando. Quando as Lojas funcionam bem, é porque houve
sinergia entre os que não levaram em conta cargos e graus. Então, a função do Venerável Mestre se resume a dirigir os
trabalhos em Loja? Ler ritual e bater malhete? Novamente não! Primeiramente é preciso ter consciência do momento vivido
pela Oficina. É necessário, também, descobrir o que está funcionando bem, reconhecer a eficiência e, ao mesmo tempo,
superar as falhas. Não adianta se preocupar com um Irmão que tem, por exemplo, péssima dicção. Canalizemos nossas
energias naqueles que exercem a função com a plenitude que ela requer. Os novos Veneráveis devem buscar se qualificar.
Cursos de oratória, coaching, livros como, por exemplo, “O Monge e o Execu vo” são úteis nesses momentos. A conquista de
Graus Posteriores aos Simbólicos serve também para qualificar o Venerável Mestre. Nesta linha, há uma Ordem pouco
divulgada na Maçonaria, que, de forma simples e muitas vezes lúdica, transfere conhecimentos essenciais para a formação
de lideres. Trata-se da Ordem dos Escudeiros da Távola Redonda Todos os Veneráveis Mestres no exercício da função terão à
sua frente um Malhete, uma Espada e Livros. Pelas instruções maçônicas aprendemos que o Malhete simboliza a autoridade,
a espada, a honra e o compromisso, e os livros representam as Leis. Na Ordem dos Escudeiros aprendemos que o Malhete
simboliza algo maior que autoridade, ele simboliza JUSTIÇA E LIDERANÇA. A espada é a VERDADE e livros não são simples leis,
mas a sua aplicação, que se traduz por SABEDORIA. O GRANDE COMPANHEIRO, ESCOLHIDO PARA SER O MESTRE DA LOJA
EXERCERÁ COM GALHARDIA SUA MISSÃO AO COMPREENDER QUE LIDERANÇA DEPENDE DA SABEDORIA, DA VERDADE E DA
JUSTIÇA. Este ar go foi inspirado nos trabalhos da Ordem dos Escudeiros. Esta organização é filiada à Ordem Demolay e
trabalha com meninos de 09 a 11 anos de idade, que amam a Deus, são bons filhos, bons amigos, dedicam-se aos estudos,
respeitam os mais velhos e amam sua Pátria. SER UM ESCUDEIRO É FAZER O BEM E CONSTRUIR UM FUTURO MELHOR!
Procure conhecer esta Ordem. Apresente-a aos seus filhos e aos amigos dele. Quanto mais cedo eles tomarem contato com
os valores maçônicos, melhor será para eles, para a família e para a sociedade. Atualmente são 28 Távolas em Minas Gerais,
conheça, fortaleça e compar lhe com os Irmãos h p://www.demolaymg.com.br/filiadas/escudeiros) Neste décimo segundo
ano de compar lhamento de instruções maçônicas, mantemos a intenção primaz de fomentar os Irmãos a desenvolverem o
tema tratado e apresentarem Prancha de Arquitetura, enriquecendo o Quarto-de-Hora-de-Estudos das Lojas. Precisamos
incen var os Obreiros da Arte Real ao salutar hábito da leitura como ferramenta de enlevo cultural, moral, é co e de
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formação maçônico. Fraternalmente Ir.·. Sérgio Quirino – MI- 33- KTP

JORNAL DO APRENDIZ agora com duas


Edições Mensais, dias 15 e 30 de cada mês.
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P
«VAMOS QUE VAMOS»
JORNAL DO APRENDIZ
Jornal do Aprendiz - Página 13

Pod.·. Ir.·. Carmo Capozzi

E ASSIM CAMINHA A HUMANIDADE


rezados IIr.·. Numa certa reunião o VM bate e fala: Meus Iir.·. Não sei porque mais ainda temos Iir.·. que são involu vos, vivem
em grande confusão, não percebem e não respondem adequadamente aos acontecimentos da vida e não sabe o que quer.... fica
entre o honroso e o egoísta; mas ingênuo não é.... hesita seus valores internos desconhecidos para si mesmo; não sabe o que tem
por dentro, e ignora o que se passa por fora... Boa-vida, Apressado, imedia sta, quer tudo e venha nas mãos na mesma hora, e solução
de qualquer problema resolvido no mesmo instante, mas o que quer mesmo é estabilidade e garan as, quando consegue, ganha mais
com o desengano da confiança e do dever da profissão quando alcança o caminho da corrupção... E não quer trabalhar, quer comer e
só receber... e que seja sempre auxiliado pelos outros... E não aceita cuidados e conselhos. – Ir.·. Orador, por favor nos de maiores
detalhes como age o homem, que ainda não entrou nele o significado da Ordem e o que ele espera da vida. Prontamente de Pé e a
Ordem o Ir.·. orador começa a explicar: V.·.M.·. meus caros IIr.·. o que vou falar deve seguir uma lógica entre o razoável e o provável:- O
mo vo é que na vida dos homens deturpa as a tudes e comportamentos, e em seus atos fica pensando, abrangendo, provocando,
construindo a imagem de dois homens: um homem velho obediente as leis e aos costumes dentro da é ca e da moral, e uma outra
imagem do homem novo que não se conforma não aceita o que tudo acontece na vida sempre tudo igual a todos em comum, com a
mesmice, que só muda o cenário, e a hora versado na ocasião, egoísta, ou dadivoso, versado a cada situação na escolha e na vontade de
cada um. Fazendo mais em função das coisas, objetos, pessoas ou situações percebidas e entendidas, quando a realidade pensa e
mo va a curiosidade e a va a energia no nível de merecimento que obriga a inteligência responder, ou quando a necessidade obriga um
desvelo e responsabilidade, ou então parte para outros meios e finalidades.. Todos tem nostalgia da perfeição, e nada fazem... não
compreendam esse impulso que tem, de interpretar o mistério aparente e a beleza do significado das virtudes, mas dá trabalho... as
influências da execução, porém é neste espelho sadio dos movimentos, que se ganha experiência e revela o oculto na pra cidade; o
subterrâneo, que procuram inu lmente encontra-los através da alegria e a paz e a harmonia que buscam não podem ser realizadas em
“berço esplendido”... Na vida – boa...é preciso o trabalho, e a energia e movimento, a ação, é nessa hora que o homem recua e volta para
a cama, deixa para os outros homens, ou parte da simplicidade do legal, não fazer nada ou obrigar os outros a dar, e parte para a
violência dos covardes que impõe seus desejos nos desvios da sua conduta. Conclui o Ir.·. Orador. É assim acontece no geral, de
homem para homens... todos estão certos... na par lha sua maior parte um jocoso, na entrega da parte que cabe aos outros, o
egoísta...na construção das obras, deixam uns para os outros... Mas todos exigem dos outros a tudes e ficam felizes na escolha e tem
um dom que ainda não sabem; o cien sta, ou o sen do da natureza, e por isso V.·.M .·. meus caros IIr.·. não sou capaz de explicar, não
conheço do sico qualquer matéria, que tenham outra função de outra matéria, e também não sei todo conteúdo do mundo... Então
como posso vos responder V.·. M.·. e afirmar ao certo que não sei e ainda naquilo que tenho dos homens da massa qualificar, e com
muitas dúvidas, também saber ao certo e julgar preciso destes homens o que são, e o que vão doar, se não sabem e não querem dividir
o que tem, e nem tampouco par cipar das suas necessidades e personalidades, e são eles aqueles que se comovem somente gozar ao
fruto do bom resultado, que para ele tem o mesmo efeito do lucro ou perda, significa a mesma e de qualquer maneira... Mestre!
Porque usamos e comparamos as qualidades e merecimentos do homem pelas cartas do tarô?- - Porque estas cartas contem a análise
crí ca e o julgamento, a salvação ou a condenação dos atos de pra cados por todos os homens, dos poderes latentes e inerentes da
natureza humana (matéria/o corpo dos desejos), e externa, e a parte interna do seu psiquismo a revelação da pureza da alma e espirito.
Para o homem “um peregrino”... exis a uma simples maneira de transmi r, e de receber pessoal o conhecimento das coisas, o sen do,
os princípios e os segredos dos desconhecidos; bem como reconhecimento do poder e da vontade do homem pelos simbolismos
expressados nas cartas em desenhos, que preconcebem o que existe pela harmonia, a energia e seu magne smo pessoal, assim como
aprendiam a unir no plano de ideias, do espiritual ao plano sico da matéria, com este grande auxilio, chegavam a sabedoria, e a
maestria.... Para completar a palavra do Ir.·. Orador, propomos a figura da carta do Julgamento (n*/20), onde ela conjuga com seu olho
cósmico, o sinal Divino da vida Universal, com a mesma relação do conteúdo gené co; a reprodução e sequencias... Neste julgamento,
dos mais simples e compreensivos, conhecemos o homem como um ser inteligente em iguais e todas necessidades, que vive
cole vamente, geral, a humanidade, e pelo produto da sua vontade e intenção, a tarefa da carta do julgamento: é a maravilha do
perfeito, ou a maldade do bandido; a qualidade de servir ao próximo, toda humanidade, ou limitado a capacidade de servir-se a si
próprio... Ainda no julgamento, a qualidade e harmonia, as energias e o magne smo pessoal de cada um, sua maneira de unir-se a
matéria, o plano de ideias (mental) ao desconhecido e mís co plano Astral, alma, e potencias espirituais ocultas, a única e mesma fonte
dos valores e das finalidades, o corpo e espirito demonstrada e dividida em sete grandezas de virtudes da vida.
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GRANDE ORIENTE DO BRASIL


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Jornal do Aprendiz - Página

Ir.’. ANDRÉ BESSA


PARA O JORNAL DO APRENDIZ

A IMPORTÂNCIA DO PENSAR E CONHECER-SE NA MAÇONARIA


E-mail: andreluis.bessa@hotmail.com
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M eus IIr.·., O ser humano dis ngue-se dos demais animais pela capacidade de processamento de informações
através do ato de pensar. Pensar é formar idéias na mente, é imaginar, considerar ou descobrir. O filósofo
René Descartes, já dizia; “com a palavra pensar entendo tudo o que sucede em nós, de tal modo que o
percebemos imediatamente por nós mesmo: portanto, não só entender, querer, imaginar, e sim também sen r é o mesmo
que pensar”. Pensar estabelece relações, as conceitua e encontra um significado para eles. Formar relações entre vários
conceitos é julgar. Estabelecer o significado de vários conceitos é raciocinar. Assim o ato de pensar implica três funções
básicas: conceituar, julgar e raciocinar. O grande Irmão Duque de Caxias dizia: “liberdade é pensamento. Pensamento
é liberdade. Na essência do pensar está a autonomia.” Par ndo dessa úl ma definição de que na essência do pensar está a
autonomia, na Maçonaria o ato de pensar está diretamente ligado ao postulado da Liberdade para desenvolver seus
conceitos a par r dos ensinamentos recebidos, porque somos livres e autônomos para falar e assumir posições, sem afastar-
nos da filosofia maçônica e de seus princípios. Filosoficamente, a Maçonaria mostra ao homem-maçom que ele tem um
compromisso consigo mesmo, com o seu pensar, o que fazer de sua própria existência. Pois, quando o homem prescinde de si
mesmo, de seus deveres, quando o homem abre mão da sua liberdade, da quan ficação do seu Eu, quando o homem se
esquece de si próprio, está a negar-se como Ser. A minha intenção deste trabalho não é a de aprofundar a busca
filosófica da arte real, vamos ao obje vo do pensar e o conhecer-se na Maçonaria, especialmente ao Primeiro Grau. O
Primeiro Grau se estereo pa no “conhece-te a mesmo”, divisa escolhida por Sócrates. O grande pensador ensina ao
maçom-aprendiz que a primeira coisa a fazer é aprender a pensar. Aprendendo a pensar aprende-se a conhecer, e a falar.
Aprendendo a pensar encontraremos, sem dúvida, meios e modos que facilitam à busca, a procura, a inves gação, o ponto
de chegada. Assim, nesse vai-e-vem do pensar, nesse vai-e-vem da busca, o Aprendiz, introspec vamente, passará a
conhecer-se melhor. Conhecer é descobrir o Ser. Assim para o Aprendiz, o desconhecimento do Ser é o
autoconhecimento e deve levá-lo á introspecção, à análise da sua forma de vida antes da iniciação. Estabelecendo a par r de
então os limites entre o profano e o iniciado, corrigindo as aventuras falhas de construção de seu edi cio, passando a pensar
e agir dentro dos limites estabelecidos, que pode significar simbolicamente o nascimento do novo Ser. O Maçom
estará pronto para a busca dos conhecimentos da Ordem a par r do autoconhecimento e da “morte” dos resquícios
contrários à filosofia maçônica inerentes ao profano. “Conhece-te a mesmo” nos leva à conclusão de que se não
pra carmos o conhecimento de nós mesmos, se não nos propusemos a esmiuçar o nosso espírito com obje vos de melhorá-
lo, com a intenção de aperfeiçoar nosso intelecto, não projetaremos em nós uma melhoria moral, não conseguiremos
desbastar a Pedra Bruta. O Primeiro Grau é onde u lizamos com maior propriedade os sen dos da visão e da audição. Com
eles desenvolvemos o Pensar, estabelecemos relações e comparações que formarão os alicerces do desenvolvimento e nos
ajudarão nos passos seguintes da caminhada. Lembrando que todos iniciados na Ordem pela a coluna do Norte, no primeiro
grau, e cada um tem seu momento de despertar, porque não existe prazo determinado para o seguimento da jornada. O que
deve acontecer é a maturação do iniciado, uma etapa de cada vez, um degrau após o outro, e mesmo assim sem jamais deixar
de ser Aprendiz, sem jamais deixar de u lizar os sen dos da visão e da audição com sabedoria. Cada degrau da escada de
Jacob inexiste sozinho, ele sempre será o resultado do somatório do conhecimento adquirido nos degraus anteriores.
Para a reflexão de todos os Irmãos: pra car o Pensar para conhecer-se, para então buscar o diferencial, a formação do novo
Eu através do conhecimento, para a transformação, para o renascimento, para a pra ca da verdadeira maçonaria. A
intenção deste trabalho tem como obje vo incen var os Irmãos para o PENSAR, o conhecer-se, que é em minha opinião a
primeira grande instrução do grau, para então desbravar, inves gar a verdade através da leitura, da interpretação dos
símbolos e alegorias e da troca de experiências com os outros irmãos.
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JORNAL DO APRENDIZ 2ª EDIÇÃO DE ABRIL


ARGBLS AMPARO DA VIRTUDE 0276
- Jornal do Aprendiz - Página 15

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BREVIÁRIO MAÇÔNICO - O MANÁ
Maná do deserto provinha do alto para alimentar o povo hebreu na fuga para o Egito. Esse alimento, porém, não
podia ser guardado para o dia seguinte, pois se alterava e estragava; o povo devia confiar em Jeová, que diariamente
o provia de seu maná celes al. Moisés, pelos poderes de que dispunha, conseguiu conservar uma porção de um
vaso colocado dentro da Arca da Aliança. Essa Arca perdeu-se; se algum dia for encontrada, certamente teremos a solução
do mistério. O maná foi mais um ato de magia de Moisés. O maná é o emblema da mente que não é vista, nem apalpada, mas
que existe, sendo todavia o alimento do cérebro. Deus tem provido o necessário para o seu povo. Cada maçom deve ter fé
em seu Deus, uma vez que ele jamais falha. Aquele misterioso maná pode igualar-se às benesses que a Maçonaria dispõe
para seus filiados. É preciso não esmorecer e crer no que pareça impossível e irreal, porque todo mistério algum dia será
revelado, seja em vida, seja depois da vida, em uma outra dimensão. O maçom deve aceitar que Deus é seu protetor e
provador. Assim sendo, a vida transcorrerá mais feliz. Ir.·. Rizzardo da Camino.
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SOMENTE DEUS É JUSTO E PERFEITO


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Jornal do Aprendiz - Página

MAÇONARIA EM GOTAS
JORNAL DO APRENDIZ
E-mail: valdemar.sansao@gmail.com

SURPREENDENTE VISÃO
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Um Maçom só é verdadeiramente feliz quando procura irrigar a felicidade dos outros e promover seu bem-estar.

H umildade - Um cumprimento conquista aliados, mesmo sem estender a mão. Temos a ilusão de que um boa noite,
um sorriso, um simples olhar, fixar a vista, dar atenção a um Irmão, reconhecer sua existência, é tão valioso quanto
oferecer um mimo ou presente. O resultado é sempre maravilhoso. Há dois mil anos, um judeu, como “Mestre
dos Mestres”, num exemplo de convivência, recomendou humildade, virtude que nos dá o sen mento da nossa fraqueza,
modés a, reverência, submissão. Pediu desculpas, mesmo sem nunca ter buscado vexar, rebaixar, oprimir, abater,
menosprezar, tratar desdenhosamente, com radicalização, intolerância ou soberba seus Apóstolos. Mas tocou neles, os
abraçou, os defendeu em sermões, os fez acreditar que somos iguais. Arrogância – A arrogância do poder, do quero, posso e
mando, colide com a liberdade de consciência e dos direitos de cada um. Deus, às vezes, usa a raiva, para que possamos
compreender o infinito valor da paz. Outras vezes usa o tédio, quando nos quer mostrar a importância da aventura e do
abandono. Deus é Amor Supremo e se manifesta onde o Amor está presente. Costuma usar o silêncio para nos ensinar sobre
a responsabilidade do que dizemos. Às vezes usa o cansaço, para que possamos compreender o valor do despertar. Outras
vezes usa a doença, quando quer nos mostrar a importância da saúde. Deus costuma usar o fogo para nos ensinar sobre a
água. Às vezes usa a terra, para que possamos compreender o valor do ar. Outras vezes usa a morte, quando quer nos mostrar
a importância da vida. Se perdermos a fé, os fortes de fato prevalecerão e os frágeis exis rão apenas para servi-los. Tudo na
Maçonaria é ação, é sinônimo de trabalho, de busca, de pesquisa, de estudo, de examinar, de refle r, de raciocinar, de intuir.
O Maçom deve procurar melhorar por todos os meios ao seu alcance, porque em desbastando de si as imperfeições, ele
irradiará a luz do bom exemplo, e passará a exercer uma reação benéfica sobre todos aqueles que com ele convivem e
mourejam. O grande desafio é não ser engolido pela ganância, soberba, extrapolando os limites da vaidade, e, vaidade das
vaidades, tudo é vaidade. Fatos inexplicáveis - O milagre é um fenômeno incompa vel com o curso normal dos
acontecimentos na natureza e na vida humana, devendo ter causas ocultas, misteriosas. Mas exige com muito rigor a
demonstração da veracidade e da origem não natural dos respec vos fenômenos, rejeitando a maior parte da origem não
natural dos fenômenos, afirmados pela fé. A noite de 18 de abril - Quarta-feira é o dia de reunião de minha Loja. Dia
18/04/18, era para mim, um dia especial, aniversário natalício de minha esposa e a visita de uma filha que reside em
Rondônia; mo vos bastante para minha primeira falta à reunião da Oficina, ainda porque, de surpresa, a família marcou
celebrar o evento às 20 horas; horário em que eu estava presente em minha Loja... Nas reuniões de Câmara de Meio
(Terceiro Grau), não considero nenhum absurdo aceitar que vários Irmãos mentalizando e direcionando os seus
pensamentos para o alcance de um obje vo comum, possam gerar uma energia “nega va” que proporcionará ao grupo,
sensação, tensão, melindres ou algo similar. É o melhor momento para que o diálogo seja aberto e todos tenham chance de
colocar os problemas em discussão, expor seus pontos de vista, mas respeitando a contrapar da, abrindo seus ouvidos para
às discordâncias, porque o ânimo sereno acalma grandes ofensores, ou seja, tolos postos em grandes alturas. As
incongruências não são tão relevantes para nos opormos a elas de forma sistemá ca, como se tudo vesse de ficar
esclarecido antes de dar o próximo passo. Mas, quando alguém não domina sua fala, altera a voz, diz sempre mais do que
pensa, pode até calar a boca, mas não a mente e alimenta a reação do outro. Isso é inaceitável, pois provoca confrontos
angus antes de lado a lado. Tentar entender, dialogar, impossível. Em meio àqueles tristes momentos, que se alternavam
entre provocações, gritos e desfrute abusivo do monólogo, não tendo conseguido ser ouvido em meus rogos, triste,
cabisbaixo, chorando por dentro, fechei os olhos e ve uma surpreendente visão. Vi com os olhos d'alma, dois Vultos
parados lado a lado. Sen um frio na barriga. Fiquei surpreso pela lembrança que me veio à mente: Primeiro, o “Professor”,
que todos conhecemos e veneramos, e o outro um grande e amado Irmão, por todos lembrado, pelos exemplos de
excepcional dedicação e amor à Loja, ambos do mundo sico ausentes. Eles aparentemente muito tristes. Choravam de
amor, pelo desamor. Que doce ventura os ter conosco. Num instante sen , sem, no entanto, compreender que eles tentavam
dizer-me qualquer coisa. O Grande Arquiteto do Universo seja louvado, porque no SENHOR confiamos de todo coração.
- Jornal do Aprendiz - Página 17
Vultos passavam murmurando palavras confusas, como que a discussão con nuasse controversa. Mentalmente, perguntei
aos “Visitantes” se estava tudo bem. Que pergunta estúpida... Claro que nada estava bem. Eles me olharam ainda tristes,
olhar comovente, e me deram as mãos, que segurei com carinho. Só me olhavam e apertavam a minha mão. Supliquei-lhes
ajuda, entendimento, calma...! Abri os olhos. Os ânimos “de repente” serenaram. Os Mestres que dialogaram, se euniram
em torno do Respeitabilíssimo Mestre, e, em tom normal e conciliatório, resolveram o problema. Um Irmão, veio sentar-se
ao meu lado, perguntou se eu estava bem e disse de seu lamento, de sua incompetência em colaborar. Eu estava triste,
cabisbaixo, feliz por ter, mesmo mentalmente, visto aqueles Vultos de Irmãos, em vida, muito amados por nós e que muito
amam nossa Loja. Vendo-nos agora enfrentar tão triste presente. Voltei a cabeça e de olhos cerrados para onde os Vultos
estavam; desaparecem pouco a pouco, e nada mais vi, senão o local todo coberto de nuvens ou névoas. Pensei ovamente
algo como: a hora passa, a gente consegue avançar, toda a dor do mundo um dia é subs tuída, fica na memória, nos faz
crescer, evoluir, amadurecer, sobreviver; e pensei a quantos Irmãos fiz chorar nessas quatro décadas na Ordem. E a Loja
con nuará firme e forte... Novos rumos – A preocupação maçônica é o homem, é o ser humano, é a Humanidade como um
todo; e a nós, trabalhar pelo advento da paz, da Jus ça, da Ordem. Assim a Maçonaria está pugnando pela Liberdade,
Igualdade e Fraternidade entre os homens. Resumindo: Liberdade é respeitar os pontos de vista alheios. Igualdade é do
ponto de vista jurídico-polí co, o princípio segundo o qual todos os homens são subme dos à lei e gozam dos mesmos
direitos e obrigações. É norma cons tucional básica, que tem por escopo ex nguir privilégios; Fraternidade é para a
Maçonaria de tão grande importância, que está consagrada na abertura dos trabalhos do Primeiro Grau, no Salmo 133
(dedicado à fraternidade Universal). O orgulho, a vaidade e a ganância pelo poder, são responsáveis da existência das
divisões, na sociedade, em camadas dis ntas e que, muitas vezes, não se podem misturar. À medida que o egoísmo e o
orgulho forem sendo ex rpados do coração humano, por força do progresso, em seu sen do amplo, as misérias sociais,
econômicas e morais cederão lugar a Liberdade, a Igualdade e a Fraternidade, prevalecendo a legí ma Igualdade e a
Liberdade. Se Pensamento, Sen mento e Emoção não es verem alinhados, com certeza não há União. Conclusão – A
Maçonaria, por intermédio dos maçons, produz fatos inexplicáveis cien ficamente, porém, de certo modo “palpáveis” e
aceitos pelos que se beneficiam com eles. A meditação é o caminho natural para a materialização dos milagres, e cada
maçom, no seu reconhecimento, pode comandar a sua mente para solucionar problemas. É a parte espiritual que atua nos
maçons que nela depositam confiança e fé. O inexplicável deve ser aceito, quando beneficia. Os ensinamentos que a Ordem
nos transmite, ajudam-nos a separar o bom do ruim, o que tem valor, daquilo que nada vale. Os toques de beleza que
dermos para melhorar o ambiente da Oficina, servirão para melhorar o humor e fazer com que os Irmãos se sintam bem, seja
qual for a crença, o rito, reinará a Paz, a União. Assim, não haverá conflitos, apenas reflexão, alegria, perdão, harmonia que
assegura à Loja estar em pé e a ordem.
P.S. –O líder será aquele melhor articulador das diferenças. É preciso manter sintonia, conança,
coragem, tolerância, amor fraterno e muita competência para ser diferente!
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ARGBLS AMPARO DA VIRTUDE, 0276
OR.·. PESQUEIRA PE

1874 - 2018 - 144 ANOS DE FUNDAÇÃO


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BREVIÁRIO MAÇÔNICO - O LIVRO SAGRADO

E xistem maçons que só conhecem os trechos bíblicos usados nas cerimônias maçônicas. O Livro Sagrado, ou Livro da
Lei, que está sob o Altar, tem um conteúdo filosófico e mís co que se ajusta à vida. É obrigação conhecê-lo, o que se
torna fácil, visto que não é exclusivo do Altar de nossa Loja; encontra-se no comércio e é até distribuído gratuitamente
pelas sociedades bíblicas. Em muitos hotéis de mundo, nos quartos, à cabeceira, encontram-se exemplares de livros
sagrados, predominantemente a Bíblia; lá são colocados para que o hospede, além de lê-los, possa levá-los consigo. A Bíblia
é um livro para toda hora; quem já possui certa in midade com ele verá que poderá encontrar palavras de fé, de consolo, de
esperança e de amor. Para apreciar a Bíblia, o maçom tem de fazer de sua leitura um hábito. Notará a grandiosidade do seu
efeito e a aproximação de Deus, tornando mais compreensível a formação do Universo. A Maçonaria compreende Filosofia,
Historia, Mís ca, Mitologia, Religião Cristã e Hebraica, sendo a base milenar o compêndio denominado de Bíblia ou história
sagrada. Ir.·. Rizzardo da Camino.
- Jornal do Aprendiz - Página
A ABÓBODA CELESTE
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1. ORION - Constelação equatorial é formada por quatro estrelas brilhantes com uma linha de três estrelas que formam o
"Cinto de Orion" e são popularmente conhecidas como "as Três Marias" ou "os Três Reis Magos". No Teto do Templo só são
representadas as três estrelas, porque representam a idade do Aprendiz, que ainda não tem o domínio do espírito sobre a
matéria. Na tradição árabe mais an ga, Orion era chamada de "A Ovelha de Cinto Branco" e o avental de Aprendiz era feito,
na sua origem de pele de carneiro. As três estrelas de Orion são regentes dos Aprendizes. 2. HYADES ou HÍADAS. É o
notável grupo de cinco estrelas formando a ponta de uma flecha na constelação de Touro. As Híadas são as regentes dos
Companheiros. 3. PLÊIADES - É um outro grupo de estrelas da mesma constelação de Touro. São também conhecidas
como "As Sete Irmãs". Elas regem os Maçons, a paz, plêiade de homens justos. 4. URSA MAIOR -. É considerada a
constelação mais an ga. No teto da Loja são Representadas as sete estrelas mais importantes que formam a "Charrua". A
úl ma estrela da cauda da Ursa Maior é ALKAID, também conhecida como BENETNASCH; ambos os nomes fazem parte da
frase árabe "QUAID AL BANAT AD NASCH", que significa "A Chefe dos Filhos do Ataúde Mario". Este nome provém da
concepção árabe mais an ga, que representava a Ursa Maior como um caixão e três carpideiras. Esta interpretação
interessa à Maçonaria, pois a representação egípcia coincidia com a arábica, de um sarcófago (de Osíris) e sua viúva (Isis) e o
filho da viúva (Orus) em procissão fúnebre. Ao todo contamos 35 (trinta e cinco) astros existentes na ABOBADA CELESTE
DO TEMPLO MAÇONICO, ressaltando a ausência do planeta Marte, o qual para os gregos era o deus da guerra e, como tal,
não poderia figurar entre aqueles que buscam a paz e a harmonia universal, por isso foi para o átrio, o reino profano dos
tumultos e das lutas. Por essa interpretação, Marte tem a incumbência de "cobrir o Templo", sendo o astro do Cobridor
Externo, enquanto, do lado de dentro do Templo foi colocado Antares, do Cobridor Interno, para garan r a fronteira entre o
mundo iniciá co e o profano. IV – CONCLUSAO: Poderíamos concluir afirmando que, esse céu representado em nossos
Templos é o do Hemisfério Norte. Sim, é verdade, no Hemisfério Sul o nosso maravilho céu é diferente, entretanto, a
origem de nosso Rito nos leva ás belezas vislumbradas e estudadas pelos nossos valorosos irmãos que nos antecederam e a
eles devemos nosso respeito e gra dão. Assim, a Abobada Celeste existente nos Templos Maçônicos preparado para a
prá ca do R.:E.:A.:A.:, estejam eles no Norte ou no Sul, se caracteriza numa gigantesca e inesgotável fonte de pesquisas e
estudos, razão de nos levar as mais brilhantes viagens mentais, ou mesmo, de forma simples, vibrarmos unidos em
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contemplação do belo firmamento a nos elevar espiritualmente. Ir.·. Antonio Rodiguero M.'.M.'.

NÃO SEJA MAÇOM!

S e quiseres descanso, não seja maçom, pois o trabalho do maçom deve ser con nuo. e quiseres ser beneficiado, não
seja maçom, pois o maçom deve primeiro promover bene cios a e em prol de outros. Se quiseres paz, não seja
maçom, pois o maçom deve estar em guerra constante contra os vícios. Se fordes egoístas, não seja maçom, pois, para
o maçom, compar lhar deve ser um hábito. Se apenas pensas em , não seja maçom, pois pensar apenas em si mesmo é
inviável e o maçom deve pensar e agir para todos. Se desejas enriquecer, não seja maçom, pois o patrimônio de um maçom
não é avaliado pelos seus bens, mas sim pelas suas a tudes. Se fordes arrogantes, nunca seja um maçom, pois a humildade
deve ser uma virtude constante, demonstrada em todos os momentos. Se sois demasiadamente religioso, não seja maçom,
pois o maçom deve ser tolerante em suas diferenças religiosas. Se não crês em Deus, esqueça, não há como ser maçom, pois
os maçons nada fazem sem antes O invocarem. Se gostas das luxúrias que o mundo proporciona, não seja maçom, pois os
maçons devem ignorá-las, vez que são temporárias. Se queres ser maçom, não tente ser o pior nem o melhor, seja apenas
você mesmo. Se fores arrogante, não seja maçom, pois o desprezo está em sintoma de maldade e a maldade é a principal
inimiga do maçom. Se fores omisso, não seja maçom, pois a inicia va deve ser notável em um maçom. Se és
preconceituoso, não seja maçom, pois a igualdade deve ser um pilar marcante na vida do maçom. Se simplesmente fazes
parte de algo, não seja maçom, pois o maçom não pode só fazer parte, deve trabalhar para fazer a diferença. Autor Desc.·.
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BREVIÁRIO MAÇÔNICO - A CULTURA

O vocábulo deriva de "culto", mas no sen do de enriquecimento da mente, pelo estudo e pelas prá cas escolares e
universitárias. O homem culto sobressai dos demais e conquista o respeito dos seus semelhantes. O oposto da
cultura é a ignorância, que avita o homem. A Maçonaria, no intuito de aperfeiçoar os seus adeptos, tem na cultura a
base de sua organização. Para o ingresso na Ordem Maçônica não é exigido tulo universitário, bastando que o candidato
prove ser alfabe zado. Contudo, o estudo, quer Iniciado na infância, quer na maturidade, leve a pessoa a adquirir uma
habilitação para que seu trabalho encontre melhor remuneração. A cultura, porém, pode estabelecer-se em uma mera
instrução; boas leituras, interesse pelas artes, diálogo bem cons tuído, tudo pode conduzir o maçom ao respeito dos seus
Irmãos. O nivelamento da "classe" deve ser sempre pro cima e jamais por baixo. Para a compreensão da Maçonaria, o
maçom deve adquirir sua biblioteca especializada e ler muito, pois somente assim poderá compreender a filosofia maçônica.
Ir.·. RIZZARDO DA CAMINO.
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GRANDE ORIENTE DO BRASIL
- Jornal do Aprendiz - Página

COLUNA DO IR.·. AILTON ELISIÁRIO


Para o Jornal do Aprendiz
E-mail: prof.elisiario@uol.com.br

NAS PROXIMIDADES DE LISBOA


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N
esta recente viagem a Lisboa para a cur ção da defesa da tese doutoral de minha filha Danielle na Universidade
Nova de Lisboa, aproveitamos para fazer um passeio pelas proximidades da capital lusitana. Estendemos nossa
viagem a Cascais, Estoril e Sintra. Um bate e volta que valeu a pena, realizando um tour em apenas um dia por essas
cidades, na companhia de Marcos, um paulista que reside em Lisboa que nos guiou e com quem muito conversamos.
Cascais é chamada de Riviera Portuguesa pela beleza do mar, clima leve e traços parecidos com a Riviera Francesa. Era a
cidade onde a nobreza de Portugal man nha suas residências de verão. Tem belas paisagens dentre as quais a Boca do
Inferno, uma formação rochosa na qual a água do mar se altera entre o verde e o azul e o centro histórico com muitos
prédios barrocos, tais como o Palácio do Marquês de Pombal e o Museu Condes de Castro Guimarães. Já Estoril que é uma
freguesia de Cascais tem o privilégio de fazer acontecer todos os anos o Grande Prêmio Mundial de Motociclismo. Sua
atração maior é o seu famoso cassino, o Cassino de Estoril. Um lugar versá l, com mesas de jogos de poker, black jack e
roletas, um teatro espaçoso e restaurantes. É o maior cassino da Europa e a mais an ga casa de jogos e entretenimentos de
Portugal. Mas é Sintra que se destaca, da pela UNESCO como Patrimônio Mundial da Humanidade. Lá está o Cabo da
Roca, o ponto mais ocidental de Portugal, tal qual nossa João Pessoa, o ponto mais oriental do Brasil. De belíssimas
paisagens tem inspirado escritores principalmente portugueses, a exemplo de Eça de Queiroz, Almeida Garret, Castelo
Branco, Alexandre Herculano, Aquilino Ribeiro, Fernando Pessoa, Vergílio Ferreira e Ferreira de Castro. Eça de Queiroz
perpetuou Sintra em “Os Maias”, “O Primo Basílio”, “A Tragédia da Rua das Flores”, “A Relíquia” e “O Mistério da Estrada de
Sintra”. Vergílio Ferreira a eternizou em “Louvar Amar” escrevendo: “Sintra é o único lugar do país em que a História se fez
jardim”. Ferreira de Castro, que se encontra sepultado alguns metros abaixo do Castelo dos Mouros, fez em 1970 um único
pedido às autoridades portuguesas: que “desejaria ficar sepultado à beira de uma dessas poé cas veredas que dão acesso
ao Castelo dos Mouros, sob as velhas árvores român cas que ali residem e tantas vezes contemplei com esta ideia no meu
espírito”. O castelo foi construído entre os séculos VIII e IX sobre o local de uma for ficação árabe e foi abandonado no
Século XII pelos seus defensores, perante a aproximação do exército de Dom Afonso Henriques, durante a época da
Reconquista e da fundação de Portugal. Por este lado cultural vemos também o ensejo de visitarmos o Palácio Nacional
de Queluz, que foi residência de duas gerações de monarcas, inclusive de Dom Pedro I do Brasil. Situado cerca de 12 km de
Lisboa, no caminho para Sintra, lá ele faleceu em 1834, no Quarto Dom Quixote, que contém cenas da vida dessa figura
visionária de Cervantes. Dom Pedro I faleceu com 36 anos de idade, ví ma de tuberculose, depois de uma vida agitada e
até mesmo quixotesca. Outro evento que juntos es vemos – eu, Socorro e Danielle – foi a vernissage de Sarah Ferreira,
desta feita no Hotel do Chiado, em Lisboa. Uma jovem pintora francesa nascida em Paris que apresentou sua coleção
Amore, um conjunto de 35 telas pelas quais reinterpreta esculturas do Século XVII ao Século XIX, com o intuito de mostrar
que o tempo passa e com ele podemos mudar a matéria e a cor, mas não podemos mudar os sen mentos. O passeio foi
muito bom e coroamos a visita saboreando produtos picos da região. Depois de caminharmos pelas ruas enladeiradas e
estreitas de Sintra degustamos doces e na vila velha, o centro histórico de Sintra, em especial a “piriquita”, docinho
produzido por uma fábrica de queijadas e travesseiros desde 1862, criação de Dona Constança Gomes Piriquita. E
brindando à alegria sorvemos taças de “sangria”, uma mistura de vinho com cachaça, de muita preferência popular em
Portugal. Daqui tomamos rumo para Barcelona, na Espanha.
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ARGBLS
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AMPARO DA VIRTUDE 0276
FRATERNIDADE FEMININA LUZ DA AMPARO
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Jornal do Aprendiz - Página 20
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A
Jornal do Aprendiz - Página
Das Pinturas Rupestres às Redes Sociais: As Interfaces da
Liberdade de Expressão
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evolução humana pode ser caracterizada por uma série de dimensões tanto de ordem biológica quanto sociocultural.
Dentre estas caracterís cas biológicas destacaremos a emissão de sons, que dentro do processo de evolução permi u
que o ser humano desenvolvesse a linguagem falada, e a par r dela os inúmeros dialetos e idiomas. O
desenvolvimento da coordenação motora também deve ser observado como algo essencial para o desenvolvimento dos
outros pos de linguagem. Ela permi u que os seres humanos deixassem registrado nas paredes das cavernas, em forma de
pinturas, um pouco da história das comunidades primi vas. As pinturas rupestres permitem uma gama de estudos
antropológicos acerca dos primeiros passos da nossa evolução. Todo este cenário marca as primeiras formas de expressão
u lizadas pelos seres humanos: sons e misturas. Dos sons não temos registros, mas das pinturas sim e com elas a certeza da
existência da necessidade de se usar alguma forma de expressão. Mas não podemos afirmar se elas foram feitas livremente ou
sob domínio de alguma circunstância. Mas como já disse anteriormente o que nos interessa neste momento é perceber a
necessidade de se expressar. Já entre os povos gregos, por volta de 5 séculos antes de Cristo, destaca-se três situações
interessantes para a nossa reflexão sobre o tema em questão. Exis a entre os gregos a prá ca de se criar um local para o
encontro público das pessoas, este lugar transfigurado de praças públicas ficou denominado como Ágora. Na Ágora as pessoas
poderiam expressar livremente suas opiniões sobre os assuntos ali discu dos, sobre o co diano da vida e tomadas de
decisões. O segundo ponto farei menção a um dos livros mais famosos do filósofo grego Platão, in tulado “Fedro”. Nesta
obra, entre outras coisas, Platão discute a forma de expressar de algumas pessoas. Para ele algumas pessoas falam não o que
deveriam, mas sim o que as pessoas querem ouvir. Com isto o discurso se afasta da verdade, a liberdade de expressão que
deveria ser livre, começa a se prender aos interesses de quem fala, das circunstâncias, das conveniências. Agora, ao
mencionar a terceira situação, con nuarei a citar os conhecimentos de Platão, desta vez quando ele analisa o papel exercido
pelos sofistas. Para lembrar os sofistas, eram as pessoas que usavam o conhecimento para ludibriar, para enganar as pessoas,
mas ao usarem de sofismas, seus argumentos acabavam sendo aceitos pelas demais pessoas como verdade. Segundo o
filósofo a liberdade de expressão não deveria ser usada no sen do de enganar, de cegar e alienar as pessoas, coisas comuns
aos sofistas. Daremos agora um salto histórico e analisaremos um pouco a situação durante o período conhecido como
Idade Média, que é compreendido entre os séculos V e XV. A Idade das Trevas como este período histórico é popularmente
conhecido marca entre outras coisas um momento de controle total sobre os indivíduos, considerados à época como servos e
por consequência sem liberdade de expressão. O desenvolvimento da Igreja Católica e da estrutura feudal, neste momento é
proporcionalmente visto no controle das pessoas, não só na forma como deveriam agir, bem como pensar. As pessoas que
ousavam manifestar suas opiniões livre e publicamente, geralmente eram perseguidas, e muitas acabavam tendo um fim
tenebroso. Para ilustrar tal argumento basta lembrar da famosa expressão “caça às bruxas” em que mulheres eram
massacradas por suas a tudes e pensamentos, simplesmente por não estarem de acordo com as ideologias do período; o
tribunal da inquisição, em que as pessoas eram julgadas e em muitos casos condenadas à morte nas fogueiras; e o Index, a lista
dos livros que eram considerados proibidos, portanto, impróprios para leitura. Notamos assim, um momento histórico em
que a liberdade de expressão é bastante controlada, e talvez em certos momentos tornando-se inexistente. C o m o
advento do Renascimento Cultural, no século XV, na Itália e logo em seguida espalhando-se por toda a Europa, a liberdade de
expressão torna-se o grande desejo de inúmeros pensadores. A arte, a pintura, a literatura, as ciências tornam-se meios pelo
qual a expressão humana começa a ganhar ares de busca pela liberdade. Sabemos que muitos deles ainda pagaram com suas
próprias vidas a busca por este desejo, mas o renascimento é o marco desta ânsia por liberdade de expressão. Vale a pena
ressaltar o início das a vidades dos mecenas, burgueses que passaram a apoiar e financiar estes novos ar stas. Ar stas que se
tornaram ícones na história da humanidade, entre eles, Leonardo da Vinci, Michelangelo, Rafael de Sânzio, Shakespeare.
Mas paralelo ao renascimento cultural observamos o desenvolvimento do absolu smo, o poder polí co centralizado nas
mãos dos reis. A formação dos países europeus a par r do século XV propiciou esta forma de poder. Uma literatura per nente
a esta época e que tratou destas questões polí cas foi escrita por Nicolau Maquiavel, em sua atemporal obra “O Príncipe”.
Tanto o absolu smo despó co, quanto o esclarecido, mesmo in tulados e percebidos historicamente de formas diferentes,
em termos de controle populacional, usavam os mesmos mecanismos para a ngirem os seus obje vos, portanto o controle
total sobre os súditos. A liberdade de expressão não era uma prá ca usual e nem tão pouco permi da, haja visto as constantes
perseguições polí cas do período que acabaram culminado na criação da Bas lha, a famosa prisão francesa que era usada
para a prisão dos perseguidos poli camente. Este cenário, mesmo após a citação de algumas de suas caracterís cas,
totalmente adversas à liberdade de expressão, acaba provocando o surgimento provavelmente do maior movimento
intelectual e cultural de todos os tempos, o Iluminismo. Movimento este que se tornou a base para a Revolução Francesa e a
fonte de inspiração para a independência de vários países pelos mais diversos con nentes, inclusive norteou o processo de
Independência do Brasil. Entre os Iluministas destacaremos o filósofo francês Voltaire, sua contribuição torna-se de suma
importância para a conquista da liberdade de expressão, de acordo com o referido filósofo, a liberdade de expressão deveria
ser uma conquista de todos os seres humanos, portanto um direito, uma lei. Assim, ninguém poderia ser punido pelas ideias
que de alguma forma fosse externada, publicitada. Naquela época este pensamento de Voltaire provocou uma revolução, pois
tornava as pessoas livres para pensar e divulgar seus pensamentos. Já, Jean Jacques Rousseau, também iluminista,
defendia o direito ao voto livre, o direito de escolher os governantes, pois sem sombra de dúvidas a escolha dos nossos
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representantes através do voto é uma das formas mais cole vas, mesmo o ato sendo individual, de expressar livremente a
nossa escolha e ao mesmo tempo de vivermos as consequências dela. Outra conquista de indizível valor para a
humanidade. Se ele está sendo bem u lizado ou não, caberia aqui uma longa análise, um outro texto. Como a história
marca a evolução da humanidade é possível perceber que todas as conquistas es muladas pelos pensadores iluministas
passam a sofrer vários reversos no século XX. Observamos isto nos inúmeros casos de golpes militares que preencheram as
páginas da história de dezenas de países durante o século XX, inclusive o Brasil e pra camente todos os países da América
La na, alguns vivem o regime ditatorial até os dias de hoje. Uma das marcas deixadas pelos governos ditatoriais deste
período foi justamente o combate à liberdade de expressão, tanto é que estes anos são conhecidos como “anos de
chumbo”, tamanho o controle exercido sobre a população. O medo, o silêncio são algumas das caracterís cas deste
momento histórico que refle ram decisivamente nas ideias, no pensamento, na forma das pessoas se comunicarem, de se
expressarem. Sabemos que “os anos de chumbo” não impediram a expressão, mas uma expressão clandes na, nas
entrelinhas, indireta, de forma alguma ela era livre, aberta, às claras. Os tempos contemporâneos estão aí sendo vividos,
para muitos já vivemos a era pós-contemporânea ou era tecnológica. Tecnologia que está permi ndo que o mundo se
globalize, que a comunicação esteja cada dia mais acessível e presente com o quer que seja e deseja se comunicar.Com os
avanços tecnológicos também surgem novos debates que envolvem a tão sonhada liberdade de poder expressar nossos
sen mentos, pensamentos e visões do mundo. Vejamos algumas situações, que merecem uma breve análise. Com uma
máquina fotográfica nas mãos, ou até mesmo um celular mais moderno, podemos registrar cenas incríveis, de lugares, de
paisagens fantás cas, de pessoas, de situações das mais diversas formas. Tanto é que alguns fotógrafos ganharam o nome
de “Paparazzos”, profissionais da fotografia que buscam através de imagens publicitar momentos da vida das consideradas
pessoas famosas. Neste sen do nasce uma questão, a a vidade do Paparazzo seria uma a vidade de liberdade de
expressão? Somos e devemos ser livres para divulgar tudo aquilo que ocorre na vida alheia? O conceito de liberdade de
expressão se encaixaria especificamente nesta a vidade que diz ser profissional? Nos úl mos anos estamos
verificando também centenas de vídeos e fotos contendo cenas ín mas de casais, crimes de pedofilia, postados em muitos
casos de maneia que beira à irresponsabilidade. Seria esta também uma forma de liberdade de expressão? Temos o direito
de expor a vida de outra pessoa simplesmente porque queremos? Uma coisa é fato, hoje estamos envoltos em
uma série de instrumentos e equipamentos que nos permitem a comunicação. Comunicação instantânea e que
velozmente forma uma teia gigantesca de interlocutores. As redes sociais são exemplos claros desta nova lógica. Uma
imagem publicada em questão de minutos pode ser vista por milhares de pessoas. Um texto expondo um pensamento ao
ser lançado na rede pode ser lido, comentado e compar lhado por centenas de pessoas. Nossa liberdade ultrapassa os
nossos pensamentos, podemos também ra ficar tantos outros ou simplesmente nos opor publicamente àquela ideia que
não nos parece coerente ou correta. Vivemos a era da liberdade de expressão. Postamos o que pensamos, em
muitos casos o que nem foi pensado, algo que pode ser constantemente percebido nos desabafos virtuais, postamos
também imagens, diversos pos de textos, expressamos como estamos, onde estamos, o jeito que estamos, com quem
estamos... vivemos numa era que podemos par lhar tudo, basta simplesmente querer. S e e m t e m p o s p a s s a d o s
lutávamos pela liberdade de expressão, hoje uma nova discussão acontece. Uma discussão em torno da qualidade, da
responsabilidade que devemos ter para com ela. Jean Paul Sartre em seus pensamentos analisa a questão da escolha, e
enfa za que o ser humano é consequência de suas escolhas. O século XXI permite-nos escolher, permite-nos tornar a nossa
liberdade de expressão uma oportunidade de ser uma manifestação responsável, crí ca, analí ca que colabora com o
desenvolvimento da humanidade ou somos livres para optar também por uma liberdade de expressão irresponsável que
insiste em mostrar as mazelas humanas, em criar um ambiente hos l para a própria vida humana. Vivemos a era das
diversas faces que a liberdade de expressão pode mostrar e por ser tão nova entre nós, pelo visto ainda se manifesta de
uma maneira espalhafatosa, criando assim um paradoxo: quando proibida buscava-se a qualidade das manifestações,
quando permi da limita-se ao sen mento do tanto faz, que qualquer coisa está bom. A esperança é que o dia do equilíbrio
chegue e com ele a sapiência de usarmos em plenitude este atributo humano de aspecto natural e cultural. Que a
expressão encontre na cultura a sua liberdade.
Ir.·. Walber Gonçalves de Souza é professor, membro da Academia Maçônica de Letras do Leste de Minas
(AMLM) e da Loja Maçônica Cara nga Livre (nº 0922)a (, Oriente Cara ngMG).
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