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Redesenho Do Karmann-Ghia: Uma Revisão Sobre Aspectos Estéticos E Funcionais
Redesenho Do Karmann-Ghia: Uma Revisão Sobre Aspectos Estéticos E Funcionais
FACULDADE DE DESIGN
Dedico este trabalho a minha querida família que, sempre junto de mim, me apoia e
acredita nos meus sonhos.
3
Horacio Pagani
5
RESUMO
Este trabalho objetiva redesenhar o Karmann-Ghia Coupé, produzido nos anos 50, 60
e 70, levando-se em conta os padrões estéticos, a confiabilidade e a atratividade
característicos do carro, porém com tecnologias atuais. Analisa-se sua história no
mercado de carros no Brasil e no mundo, os materiais e processos de fabricação da
época e os atuais. Consideram-se os valores estéticos, questões ergonômicas e a
adequação do projeto à sustentabilidade. A pesquisa é de caráter exploratório e
fundamenta-se principalmente em estudos de Sandler, Löbach, Filho e Larica.
Comparam-se modelos de outras marcas e empregam-se noções da Gestalt para que
o carro atenda, além da racionalidade, a uma demanda emocional do consumidor.
Opta-se por um produto com a excelência da marca Volkswagen e mantém-se o
design clássico Karmann-Ghia. Conclui-se que o mercado de automóveis valoriza um
produto não somente pelos aspectos de durabilidade e baixo custo de manutenção,
mas também pelo que o fabricante representa enquanto marca consolidada e atenta
às necessidades subjetivas dos usuários.
LISTA DE FIGURAS
Figura 32 – Karmann-Ghia.......................................................................................58
Figura 33– Linhas do Karmann-Ghia......................................................................59
Figura 34 – Detalhes do Karmann-Ghia.................................................................60
Figura 35 – Carroceria sendo integrada ao Chassi...............................................61
Figura 36 – Raio X do Karmann-Ghia.....................................................................62
Figura 37 – Infográfico Karmann-Ghia...................................................................63
Figura 38 – Motor do Karmann-Ghia......................................................................64
Figura 39 – Porta malas do Karmann-Ghia............................................................65
Figura 40 – Linha do tempo do Karmann-Ghia......................................................66
Figura 41 – Linha do tempo do Karmann-Ghia (cont.)..........................................67
Figura 42 - Infográfico sobre o Karmann-Ghia......................................................68
Figura 43 – Valores da Volkwagen..........................................................................71
Figura 44 – Características Volkswagen................................................................72
Figura 45 – Inspirações do presente......................................................................73
Figura 46 – Inspirações do presente (cont.)..........................................................74
Figura 47 – Grupo Volkswagen...............................................................................75
Figura 48 – Gama de produtos................................................................................76
Figura 49 – Planejamento Volkswagen..................................................................77
Figura 50 – Plataformas Volkswagen.....................................................................78
Figura 51 – Plataformas Volkswagen.....................................................................79
Figura 52 – Evolução de plataformas Volkswagen...............................................81
Figura 53 – Inspirações na linha Volkswagen.......................................................83
Figura 54 – Plataforma MQB....................................................................................84
Figura 55 – Golf GTI.................................................................................................85
Figura 56 – Golf GTI.................................................................................................86
Figura 57 – CrossBlue Coupe Concept..................................................................86
Figura 58 – CrossBlue Coupe Concept..................................................................87
Figura 59 – Geração de alternativas.......................................................................88
Figura 60 – Geração de alternativa elaborada no computador............................89
Figura 61 – Comparação entre o Golf GTI e o Volkswagen Karmann-Ghia........90
Figura 62 – Comparação da posição dos ocupantes do Karmann-Ghia em
relação ao Golf GTI...................................................................................................91
Figura 63 – Posição dos ocupantes do Karmann-Ghia........................................91
Figura 64 – Ângulo de visão do motorista.............................................................92
8
LISTA DE QUADROS
LISTA DE SIGLAS
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................13
2 JUSTIFICATIVA .....................................................................................................15
3 OBJETIVOS ...........................................................................................................19
3.1 OBJETIVO GERAL ..............................................................................................19
3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ...............................................................................19
4 METODOLOGIA.....................................................................................................20
5 FUNDAMENTAÇÃO................. .............................................................................22
5.1 A HISTÓRIA DO KARMANN-GHIA .....................................................................22
5.1.2 A Karmann.......................................................................................................28
5.1.3 A Carrozeria Ghia............................................................................................29
5.2 MATERIAIS E PROCESSOS DE FABRICAÇÃO................................................ 29
5.3 ERGONOMIA....................................................................................................... 37
5.3.1 Ergonomia Física.............................................................................................38
5.3.2 Ergonomia cognitiva.......................................................................................40
5.4 SUSTENTABILIDADE..........................................................................................43
6 DESENVOLVIMENTO.............................................................................................45
6.1 GESTALT AUTOMOTIVO....................................................................................45
6.1.2 Geometria.........................................................................................................51
6.1.3 Semiótica .........................................................................................................53
6.1.4 Análise de redesenho automotivo .................................................................54
6.2 ANÁLISE DO KARMANN-GHIA............................................................................58
6.2.1 Análise de Gestalt............................................................................................58
6.2.2 Análise estrutural.............................................................................................61
6.2.3 Análise Diacrônica...........................................................................................65
6.3 ANÁLISE VOLKSWAGEN....................................................................................69
6.3.1 DNA Volkswagen.............................................................................................69
6.3.2 A Volkswagen no mercado..............................................................................75
6.3.3 Tecnologia Volskswagen................................................................................78
6.4 PROJETO DE REDESENHO DO KARMANN-GHIA.............................................82
6.4.1 Geração de alternativas...................................................................................87
6.4.2 Definição do redesenho do Karmann-Ghia...................................................90
12
7 CONCLUSÃO ..........................................................................................................104
REFERÊNCIAS........................................................................................................105
ANEXO.....................................................................................................................110
13
1 INTRODUÇÃO
ergonomics, legislation, materials, production, safety and technology. (Royal College of Art, 2013,
tradução do autor).
14
2 JUSTIFICATIVA
Fonte:http://www.karmannghia.com.br/sitekarmannghia/index.php/quem-somos/historia
Acesso em: 08/06/2013
16
2
A nostalgia está singularmente posicionada para oferecer perspectivas de integração em toda
as áreas da psicologia como a memória, a emoção, o self e os relacionamentos. A nostalgia tem um
longo passado e um futuro promissor (SEDIKIDES et al, 2008, p. 307, tradução do autor).
17
este centro de design é um dos quatros centros globais da marca, os quais trabalham
de forma totalmente integrada.
Figura 2 – Ecosport (Ford)
Fonte:http://arquivos.portaldaindustria.com.br/app/conteudo_24/2012/09/03/184/20121122163714127
349o.pdf Acesso em: 08/06/2013
A CNI afirma ainda que cada emprego criado na indústria montadora pode
gerar cerca de outros dez empregos em atividades ligadas à indústria e produtos
automotivos.
19
3 OBJETIVOS
4 METODOLOGIA
5 FUNDAMENTAÇÃO
Sandler (2010) cita que, apesar do preço elevado de 7500 marcos na época
por conta da dificuldade de produção de sua carroceria, a Karmann vendeu, em um
ano e meio, 10 mil unidades nas redes Volkswagen da Europa e Estados Unidos, um
marco totalmente único para época em se tratando de um carro esportivo. Tudo isso,
graças ao desejo das pessoas de dirigir um automóvel esportivo, mas com custos de
manutenção baixos e sem os problemas que os esportivos da época normalmente
apresentavam.
A história do Karmann-Ghia no Brasil começou nos anos 60. Segundo a
Karmann-Ghia do Brasil (2013), devido à grande expansão da Volkswagen do Brasil
– que havia chegado em 1953 graças à eleição de Juscelino Kubitschek – no ano de
1959 foi proposta ao grupo alemão Karmann AG a criação de uma companhia
brasileira, a fim de fornecer peças estampadas e ferramentaria para outras empresas.
Além disso, a Volkswagen tinha a pretensão de lançar em solo brasileiro o Karmann-
Guia Coupé.
Nas duas figuras a seguir, pode-se observar algumas das várias fases do
processo de montagem do Karmann-Ghia:
Figura 7 – O processo de montagem do Karmann-Ghia – 1. Copiadeira; 2. Montagem do capô; 3.
Montagem no gabarito para soldar o teto; 4. Montagem no gabarito para soldar a frente; 5.
Montagem no gabarito para unir o teto a frente; 6. Prensagem das portas.
5.1.2 A Karmann
A Wilhelm Karmann GmBH foi fundada por Wilhelm Karmann e se tornou uma
das fabricantes de carrocerias mais importantes do mundo, apesar dos obstáculos
enfrentados:
[...] a Volkswagen Osnabrück GmbH, uma filial 100% da Volkswagen AG, foi
fundada em dezembro de 2009. Atualmente, há mais de 1.900 empregados
que trabalham nas áreas de desenvolvimento, metais e grupo técnico. O
modelo de negócio permite o mapeamento de toda uma cadeia de processos,
a partir dos conceitos iniciais e cálculos de recursos para projetar um carro
pronto. A principal competência da nossa empresa encontra-se
principalmente nas áreas de conversíveis e roadsters, bem como pequenas
séries. Dentro do grupo, a Volkswagen Osnabrück GmbH pertence à marca
Volkswagen, mas age como uma empresa multi-marca. Ou seja, nós
apresentamos as habilidades existentes para todas as marcas da
Volkswagen AG. O site de 426.000 metros quadrados localizado no distrito
de Fledder tem capacidade técnica de cerca de 100 mil veículos/ano
atualmente. O primeiro veículo fabricado no novo complexo é o Golf VI
Cabriolet, que é fabricado desde março de 2011. E, desde o início da
produção em setembro de 2012 dos Porsche Boxster e Cayman, foi
comprovado nosso papel como uma empresa multi-marca. (VOLKSWAGEN,
2013).
Funcionalidade tem a ver com dar a vida a um produto. Pode significar fazê-
lo funcionar ou se mover, ou ainda escolher os materiais certos para construir
a forma e os componentes. A maioria dos designers gosta de ter uma ideia
acerca de quais materiais diferentes podem ser usados para quais propósitos
distintos. O conhecimento exaustivo e a experiência ajudam, mas entender
as propriedades básicas dos matérias permite uma compreensão melhor do
processo de seleção. (MORRIS, 2010, p. 112).
Larica (2003, p.125) destaca ainda que “os materiais devem ser selecionados
corretamente pelo designer, pois os mesmos estão ligados a materialização da ideia,
considerando suas potencialidades e limitações, além de seus processos de
fabricação”. Os materiais estão diretamente relacionados à forma do produto. Lobach
(2009) ressalta que a superfície do produto influencia o seu visual e que esta relação
com os materiais pode causar diferentes sensações ao usuário:
Segundo Lima (2006), nem todas as propriedades são aplicadas para avaliação
do comportamento de um material. O autor cita como exemplo o poliuretano e a
borracha natural, que não podem serem aplicados ao teste de resistência ao impacto
34
com entalhe, pois ambos não quebram nessas condições. Lima também comenta as
principais propriedades dos materiais:
a) resistência à tração: também chamada de resistência à ruptura ou tenacidade,
avaliada de acordo com a ação de forças coaxiais opostas, que tendem a
esticar o material. Os materiais metálicos são destaque pela excelente
resistência à tração, juntamente com o pet, que, dentre os plásticos, apresenta
ótimos valores em relação a esta propriedade;
b) resistência à compressão: são forças coaxiais e opostas, que tendem a
amassar um determinado material, são a tensão máxima suportada sob
compressão longitudinal por um material rígido. Materiais como o aço e
alumínio resistem notavelmente à compressão;
c) resistência à flexão: a tensão é consequência de forças coaxiais opostas
situadas sobre eixos distintos e correspondem à tensão máxima desenvolvida
na superfície de um material submetido ao dobramento. Materiais compostos,
como a resina de poliéster reforçada com fibra de vidro, apresentam elevada
resistência nesse sentido;
d) resistência ao impacto: é a resistência que um material rígido apresenta ao
receber um impacto de um corpo em alta velocidade. Entre os materiais
conhecidos, o aço e o policarbonato possuem excelente resistência ao impacto;
e) dureza: é a resistência que a superfície de um determinado material apresenta
ao risco. Para a dureza dos materiais ser determinada, pode ser usada uma
escala de 1 a 10, onde 1 representa o talco, que é o mineral menos duro
conhecido pelo homem, e o 10 representa o diamante, o mineral mais duro.
f) condutividade térmica: é a capacidade do material conduzir ou não calor. É
medida de acordo com a quantidade de calor transferida em um determinado
período de tempo por unidade de área. Os metais como o alumínio – metal
empregado na fabricação de blocos de motores e radiadores – são ótimos
condutores de calor e frio;
g) densidade: a densidade é uma propriedade importante para o aspecto
econômico do projeto, tanto no transporte quanto no consumo da matéria-
prima, pois corresponde à massa por unidade de volume de um material,
também chamado de massa ou peso específico. Os metais apresentam valores
altos de densidade, representada pelas unidades g/cm³ ou kg/cm³.
35
A fabricação muitas vezes parece pouco glamorosa para ser levada em conta
pelo designer, que prefere deixar essa tarefa aos engenheiros de produção.
No entanto, é fundamental dedicar atenção à área. Um produto que utiliza
métodos mais lentos, mais materiais ou que leva mais tempo na montagem
em comparação aos seus concorrentes já tem uma grande desvantagem
competitiva, independentemente da qualidade do design. Portanto, o
designer deve entender e trabalhar com tecnologias e sistemas de fabricação
para garantir que seus produtos sejam fáceis de fabricar. Com isso, ele
também consegue aprender e expandir as fronteiras da fabricação, abrindo
caminho para novos e inovadores produtos. Ainda, é preciso considerar
outros fatores. A natureza global da fabricação levanta questões sobre a
sociedade e a saúde de nosso planeta que os designers não podem ignorar.
(MORRIS, 2010, p. 127).
5.3 ERGONOMIA
a) a atividade de dirigir: envolve uma postura fixa com pés e mãos ocupados no
controle do veículo e olhar focado na estrada e sinais. Esta situação pode se
tornar mais flexível, levando em conta condições ambientais adversas, como
dia/noite, chuva, etc. A visão antropocêntrica do motorista, é um dado físico e
psíquico que precisa ser considerado pelo designer no projeto. Outros fatores
importantes, são os elementos que interferem na visão do mundo exterior pelo
motorista, como a postura possível do banco, a sua altura em relação a linha
de cintura do carro, o posicionamento das colunas e retrovisores, etc. A visão
do designer deve ser privilegiada, que consiga ver em conjunto todos os
elementos que compõem o sistema homem-máquina-ambiente;
Tal definição está focada em ambientes de trabalho, mas sua ideia também
pode ser aplicada na ergonomia cognitiva relacionada a um objeto. Löbach (2001,
p.38) se refere a percepção cognitiva de forma diferente, chamando-a de função
estética. Segundo ele, “a função estética é a relação entre um produto e um usuário
no nível dos processos sensoriais”. A partir daí, pode-se definir a função estética dos
produtos como um aspecto psicológico da percepção sensorial durante seu uso.
Morris (2010) fala sobre design afetivo, uma “ramificação” da ergonomia cognitiva.
Segundo o autor, dependendo da forma como uma pessoa se relaciona com
um determinado produto, pode-se produzir nela uma resposta emocional ou
comportamental dedicando-se mais profundamente ao seu design. Segundo Löbach
(2001), a função estética de um produto que atenda às condições de percepção do
seu usuário é a tarefa principal do designer industrial que, para além da racionalidade,
atende a uma demanda subjetiva:
one’s self. And this object always has a story, and something that ties us
personally to this particular object, this particular thing (NORMAN, 2004, p.6).3
3 Além do design de um objeto, existe um componente pessoal também, um componente que nenhum
designer ou fabricante pode oferecer. Os objetos em nossa vivência são mais do que meros bens
materiais. Temos orgulho deles, não necessariamente porque estamos mostrando a nossa riqueza ou
status, mas por causa dos significados que eles trazem para nossas vidas. Os objetos mais adorados
de uma pessoa pode muito bem ser bugigangas baratas, móveis desgastados, fotografias e livros,
muitas vezes, esfarrapados sujos ou desbotados. Um objeto favorito é um símbolo, criando um estado
de espírito positivo, uma lembrança de memórias agradáveis, ou às vezes uma expressão de si mesmo.
E esse objeto sempre tem uma história, e algo que nos une pessoalmente a este objeto em particular.
(LÖBACH 2001, p. 64, tradução nossa).
43
5.4 SUSTENTABILIDADE
simplicidade. O designer deve ter consciência do poder que ele possui e deve assumir
sua responsabilidade criativa, reformulando ideias e padrões, e projetando objetos
sem exageros ou desperdícios. O autor também destaca alguns conceitos ambientais:
a) Desenvolvimento Sustentável: nova opção de vida das sociedades, que
permite o progresso através da evolução simultânea de condições naturais,
sociais e econômicas, sendo o principal regulador do uso de recursos naturais
não renováveis. É fundamental para este conceito, a adaptação de processos
produtivos, além da revisão de premissas de uso e dos conceitos do projeto de
produto;
b) Tecnologia Apropriada: utilização de tecnologia na medida coerente em relação
as necessidades de uma comunidade ou região geográfica. Este conceito deve
sempre ser adotado quando possível, pois o projeto de produto pode conciliar
os interesses dos fabricantes e investidores, com os benefícios proporcionados
ao meio ambiente e o consumidor, observando sempre a preocupação com o
meio ambiente e produção descentralizada;
c) Ecoeficiência: percepção de a questão ambiental é uma oportunidade para as
organizações reduzirem os impactos ambientais, mas aumentem a
produtividade e a rentabilidade;
d) Sistema de Gestão Ambiental: conjunto de procedimentos estabelecidos pelas
normas da série ISSO 14000, avaliando a Qualidade em conformidade com a
preservação ambiental;
e) Análise do Ciclo de Vida: compreende procedimentos estabelecidos pelas
normas de subsérie ISO14040, definindo requisitos para avaliar o ciclo de vida
de produtos e serviços, através da estimativa do impacto causado ao meio
ambiente.
45
6 DESENVOLVIMENTO
6.1.2 Geometria
Pode-se reparar que os gráficos do carro percorrem toda a lataria, uma mesma
linha percorre o para-choque frontal, passando para a lateral do automóvel, até chegar
ao para-choque traseiro. Isso contribui para um desenho equilibrado e também para
se ter a sensação de o carro ser mais longo.
6.1.3 Semiótica
Fonte:http://designiscooler.blogspot.com.br/2012/04/designer-of-timeless-products-ferdinand.html
Acesso em: 22/10/2013
Durante cinquenta anos o Porsche 911 passou por evoluções, porém sempre
manteve seu formato e proporção únicos (pregnância da forma) e a semelhança com
o carro fabricado no início, seguindo a hierarquia da marca.
54
Também é possível verificar que, apesar de o carro novo ter maior tamanho,
sua proporção se mantém a mesma, fazendo com que tenha maior semelhança com
o antigo.
Fonte: Elaborado pelo autor Nota: Imagem girada em 90° graus para melhor visualização
Todos esses detalhes, linhas e formas presentes nos carros analisados foram
levados em conta no projeto de redenho do Karmann-Ghia.
61
Fonte: http://showroomimagensdopassado.blogspot.com.br/2010/11/v-salao-do-automovel-de-1966-2-
parte.html Acesso em: 19/11/2013
Fonte: Elaborado pelo autor Nota: Imagem girada em 90° graus para melhor visualização
64
A figura abaixo permite uma melhor visualização da área ocupada pelo motor
traseiro e da sua posição em relação ao eixo:
Figura 38 – Motor do Karmann-Ghia
Fonte:http://media.photobucket.com/user/riva65/media/karmannghia19605.jpg.html?filters[term]=karm
ann%20ghia&filters[primary]=images&sort=1&o=149 Acesso em: 20/11/2013
tanque de gasolina. A área de bagagem traseira é de difícil acesso, fazendo com que
o ocupante tenha que rebater o banco traseiro para ter acesso a ela.
Figura 39 – Porta malas do Karmann-Ghia
Fonte:
http://media.photobucket.com/user/riva65/media/karmannghia19609.jpg.html?filters[term]=karmann%
20ghia&filters[primary]=images&sort=1&o=158 Acesso em: 20/11/2013
Fonte: Sandler, 2010. Nota: dados trabalhados pelo autor - Imagem girada em 90° graus para melhor
visualização
67
Fonte: Sandler, 2010. Nota: dados trabalhados pelo autor - Imagem girada em 90° graus para melhor
visualização
68
Fonte: Sandler, 2010. Nota: dados trabalhados pelo autor - Imagem girada em 90° graus para melhor
visualização
69
There is an intrinsic link between Strong design and a strong brand. In the
world of automobiles, Volkswagen has been a prime example of this
interaction for decades: From the legendary “Käfer” through the golf to the
new Beetle – the world over, these cars stand for inimitable, timeless and yet
emotional design. […] Volkswagen is Italian design coupled with German
engineering – an unbeatable combination in my view (Winterkorn, 2011, p.2).4
4 Há uma ligação intrínseca entre um forte design e uma forte marca. No mundo dos automóveis, a
Volkswagen tem sido um excelente exemplo dessa interação ao longo de décadas: desde o lendário
“Käfer” passando pelo Golf até o novo Fusca – em todo o mundo, esses carros representam design
inimitável, atemporal e emocional. (...) Volkswagen é o design italiano casado com a engenharia alemã
– uma combinação imbatível no meu ponto de vista (WINTERKORN, 2011, p.2, tradução do autor).
5 Tudo começa de uma compreensão das proporções de uma forma. O primeiro passo consiste em
decidir como podemos afetar a configuração, arquitetura e funcionalidade. Antes de desenharmos uma
70
simples linha, nós devemos organizar os elementos para alcançar proporções excepcionais. Quando
isso é feito, nosso trabalho é focado em simples formas, com linhas puras, para obter um design icônico,
cada linha tem uma função, um significado, para criar uma arquitetura que é imediatamente
compreensível e de acordo com os princípios da Volkswagen (BISCHOFF, 2011, p.4, tradução do
autor).
71
Fonte: Auto & Design, 2011, p.14 Nota: tradução do autor - imagem girada em 90° graus para melhor
visualização
72
Fonte: Elaborado pelo Autor Nota: Imagem girada em 90° graus para melhor visualização
74
Fonte: elaborado pelo autor. Nota: Imagem girada em 90° graus para melhor visualização.
75
Fonte:http://www.volkswagenag.com/content/vwcorp/info_center/de/publications/2011/04/Volkswagen
_Group_-_Factbook_2011.bin.html/binarystorageitem/file/Factbook+2011.pdf Nota: Tradução do Autor
Acesso em: 20/10/2013
Em relação ao grupo Volkswagen, pode-se afirmar que o êxito das marcas têm
relação com a diversificação dos modelos fabricados e a atenção às especificidades
de cada uma, visando atender à demanda mundial:
6A Volkswagen é o grupo multimarcas mais bem sucedido na indústria automotiva. O grupo consiste
em nove marcas de sete países europeus: Volkswagen Carros para Passageiros, Audi, Škoda, SEAT,
Bentley, Volkswagen Veículos comerciais, Scania, Bugatti e Lamborghini. Cada marca tem sua própria
76
Essa diversificação de marcas, faz com que o grupo Volkswagen possua uma
ampla gama de produtos, atingindo grande parte do Mercado.
Figura 48 – Gama de produtos
Fonte:
http://www.volkswagenag.com/content/vwcorp/info_center/de/publications/2011/04/Volkswagen_Grou
p_-_Factbook_2011.bin.html/binarystorageitem/file/Factbook+2011.pdf Nota: Tradução do Autor
Acesso em: 20/10/2013
The product range extends from low-consumption small cars to luxury class
vehicles. In the commercial vehicle sector, the product offering spans pick-
ups, buses and heavy trucks. This huge portfolio enables us to reach all major
target customer groups. (Volkswagen, 2011, p.10).7
A Volkswagen já tem uma estratégia traçada para até 2018 com vistas a se
tornar o fabricante de automóveis mais bem sucedido e admirado até esta data. Essa
estratégia será atingida mantendo o foco da marca em seis diferentes dimensões.
de veículos comerciais, os produtos oferecidos são de Picapes, ônibus e caminhões pesados. Esse
gigante portfolio permite a nós alcançar todos os principais grupos de consumidores (VOLKSWAGEN,
2011, p.10, tradução do autor).
77
Fonte:http://www.volkswagenag.com/content/vwcorp/info_center/de/publications/2011/04/Volkswagen
_Group_-_Factbook_2011.bin.html/binarystorageitem/file/Factbook+2011.pdf Nota: Tradução do Autor
- Imagem girada em 90° graus para melhor visualização Acesso em: 21/10/2013
78
arquitetura MQB foi desenvolvida pela Volkswagen e consegue ser aplicada a veículos
de segmentos compactos, até sedans médios e crossovers. A imagem a seguir
demonstra a que corresponde cada sigla:
Fonte:http://www.volkswagenag.com/content/vwcorp/info_center/de/talks_and_presentations/2013/09/
Investor_Day_Dr_Neusser.bin.html/binarystorageitem/file/20130909+Volkswagen+Investor+Day_Neu
%C3%9Fer_WEBSITE_final.pdf Nota: Tradução do Autor Acesso em: 22/10/2013
The Modular Transverse Matrix signifies the next quantum leap in the
extension of the cross-brand platform and modular strategy. As an extension
of the modular strategy, this toolkit can be deployed in vehicles whose
architecture permits a transverse arrangement of the engine components. The
MQB enables us to meet costumer’s expectations for a growing variety of
vehicle models, equipment features and design, reducing the complexity,
costs incurred and time required for development at the same time. From
2012, the Volkswagen Passenger Cars, Volkswagen Commercial Vehicles,
Audi, Seat and Skoda brands will develop a wealth of models based on the
MQB toolkit, at of which will feature innovations in the field of infotainment and
driver assistance (Volkswagen, 2011, p.51). 8
8 O MQB significa o próximo salto quântico na extensão das plataformas e estratégia modular
multimarcas. Como uma extensão da estratégia modular, esse kit de montagem pode ser usado em
veículos nos quais sua arquitetura permite um arranjo transversal do motor e seus componentes. A
MQB permite-nos alcançar as expectativas dos consumidores por uma crescente variedade de modelos
80
Under the leadership of the Porsche brand, the Group is taking the next step
in the enhancement of this strategy with the Modular Standard Toolkit (MSB).
The MSB is the basis for vehicles whose engine is installed in a longitudinal
direction and that feature rear-wheel drive in the base version (Volkswagen,
2012).10
estratégia com o Kit Modular Padrão (MSB). O MSB é a base para veículos nos quais o motor é
instalado longitudinalmente e que possuem tração traseira (VOLKSWAGEN, 2012, tradução do autor).
81
Fonte:http://www.volkswagenag.com/content/vwcorp/info_center/de/talks_and_presentations/2013/09/
Investor_Day_Dr_Neusser.bin.html/binarystorageitem/file/20130909+Volkswagen+Investor+Day_Neu
%C3%9Fer_WEBSITE_final.pdf. Nota: tradução do tutor Acesso em: 22/10/2013
Como se pode ver, uma plataforma comum só poderia ser utilizada em uma
classe de veículo, enquanto que a estratégia de montagem em kits permite uma
sinergia entre todos os tipos de carrocerias, desde as de um veículo compacto até as
de um sedan de grande porte.
82
Fonte: elaborado pelo autor. Nota: imagem girada em 90° graus para melhor visualização
84
Para o redesenho do Karmann-Ghia, a base utilizada será o kit MQB, por ser
desenvolvida pela marca Volkswagen e possuir inúmeras vantagens tecnológicas.
Além disso, devido a questões de custo, é uma tecnologia de grande futuro, visto que,
segundo informa a empresa, há o planejamento de lançamento numeroso de modelos
que a utilizarão em todo o mundo:
The platform enables much less waste, which in turn lowers costs. And at the
end of the day, that is what MQB is all about. “The greatest complexity and
variety of parts is in the front end,” explains Jan Isenhuth. Not only the engine,
but also the constructive parts are very expensive. So in a few years, when
the distance between the pedals and the middle of the front wheel are the
same in all Volkswagen models, down to the millimeter, and the engine is
always mounted exactly the same way, the savings in resources will be
immense. The Golf VII is only the beginning at the Wolfsburg plant. Synergies,
transport cost optimization, concentration of suppliers – the Modular
Transverse Matrix will have a direct impact on every part of the group. MQB
is slated for use in more than 40 models worldwide and across the group by
2018 (VOLKSWAGEN, 2013).11
11
A plataforma permite desperdícios muito menores, o que resulta em custos mais baixos. No fim do
dia, é sobre isso que a MQB tem tudo a ver. “A maior complexidade e diversidade de peças está na
dianteira”, explica Jan Isenhuth. Não apenas o motor, mas também as partes construtivas são bastante
caras. Então em alguns anos, quando a distância entre os pedais e o eixo frontal for o mesmo em todos
os modelos Volkswagen, até nos milímetros, e o motor for sempre montado exatamente na mesma
posição, a economia em recursos será imensa. O Golf VII é apenas o começo na planta em Wolfsburg.
Sinergia, optimização no custo de transportes, concentração de fornecedores – A MQB vai ter um
impacto direto em cada parte do Grupo. MQB será utilizada em mais de 40 modelos em todo o mundo,
através de todo o Grupo Volkswagen para 2018 (VOLKSWAGEN, 2013, tradução do autor).
85
Some dimensions, such as the distance between the accelerator pedal and
the front wheel center, are always the same and enable the front carriage to
have a standardized structure. At the same time, MQB is highly flexible.
Length, width, height, wheelbase, wheel size and seating position are all
variable, even if not continuously so (VOLKSWAGEN, 2012).12
12
Algumas dimensões, como a distância entre o pedal do acelerador e o centro do eixo frontal, é sempre
a mesma e permite com que a estrutura frontal seja padrão. Ao mesmo tempo, a MQB é altamente
flexível. Comprimento, largura, altura, entre eixos, tamanho da roda e posição dos bancos são todos
variáveis, mesmo que não continuamente (Volkswagen, 2012, tradução do autor).
86
Fonte:http://www.netcarshow.com/volkswagen/2013crossblue_coupe_concept/1280x960/wallpaper_0
7.htm Acesso em: 22/11/2013
87
Fonte:http://www.netcarshow.com/volkswagen/2013-
crossblue_coupe_concept/1280x960/wallpaper_06.html Acesso em: 22/11/2013
A largura de 1799 milímetros foi mantida, não necessitando ser maior para o
carro parecer ser mais esportivo. Este efeito se conseguiu graças à mudança feita na
altura do teto, que se encontra 67 milímetros mais baixo comparado ao Golf GTI. A
seguir podemos ver uma imagem comparativa:
Figura 74 – 3D perspectiva
Figura 77 – 3D traseira
7 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
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168, p.11, Janeiro/Fevereiro 2008.
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Art Career Project. 2013. Disponível em:
<http://www.theartcareerproject.com/automobile-design-career/584/>. Acesso em: 15
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ISANSKI, Barbara. More Than Just Being a Sentimental Fool: The Psychology of
Nostalgia. 2008. Media. Association for Psychological Science. Disponível em:
<http://www.psychologicalscience.org/media/releases/2008/sedikides.cfm>. Acesso
em: 23 mai 2013.
LOPES, Nelson. Gestalt Automotivo. 2013. Curso realizado na empresa Icon Design
de 22 a 26 de julho de 2013.
LUPA, Markus. Das Auto Magazine. Think Ahead: 7 questions on MQB. Disponível
em: <http://www.dasauto-magazine.com/EN/7-questions-modular-transverse-
matrix/>. Acesso em 22 nov 2013.
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Packaging. Pasadena: Design Studio Press; Art Center College of Design, 2009.
SANDLER, Paulo Cesar. Karmann-Ghia: o Design que Virou História. São Paulo:
Editora Alaúde, 2010, 240 p.
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Volkswagen Group. Disponível em:
<http://www.fourtitude.com/news/publish/Features/article_7484.shtml>. Acesso em:
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WINTERKOM, Martin. View from the top: Strong design, strong brand, Auto &
Design, Itália, n.190, p.2, Setembro/Outubro, 2011.
110
“Sr. Nilo, Sou estudante de design de produto pela Uniritter, tenho 21 anos e
sou apaixonado por automóveis e automobilismo. No momento estou realizando meu
trabalho de conclusão de curso, cujo tema é o redesenho do Karmann-Ghia Cupê dos
anos 50. [...] O Miura foi um carro que marcou minha infância, talvez o primeiro carro
esportivo com o qual tive contato. Estou fazendo esta entrevista porque acredito que,
para recriar um automóvel que foi tão expressivo em sua época, é necessário ter a
opinião e a visão de quem viveu os anos em que ele era fabricado, ainda mais de uma
pessoa que entende do assunto. Pergunto:
1. Soube que você também é apaixonado pelo Karmann-Ghia. O que te faz ser
apaixonado por esse carro?
2. Para você, o que faz um carro se tornar um clássico?
3. Quais foram as principais dificuldades em projetar o Miura em relação ao seu
desenho? Qual foi a principal inspiração de todos os envolvidos na época?
4. Olhando o Karmann-Ghia, existe algum aspecto do carro que você mudaria?
Muito obrigado!”
“Olá Álvaro... É muito bom saber que modelos bem sucedidos no passado
ainda despertam a atenção e paixão por suas formas, conceito e beleza. Por muito
pouco o Karmann-Ghia não foi o meu primeiro carro. Em duas ocasiões estive muito
próximo. Particularmente me sentia atraído por sua forma e linhas bem desenhadas.
Era um conceito esportivo que expressava a paz e a descontração da sociedade
naquele momento. Hoje, caso desejasse curtir o lado romântico da vida, certamente
escolheria o Karmann-Ghia como parceiro automotivo. Quem sabe com motor AP
para torná-lo mais silencioso. A cor verde escuro ou vermelho com a capota branca.
Ou totalmente branco. Branco Lotus como era a referência. O Karmann-Ghia tem uma
particularidade única entre os carros esportivos. Trata-se de um carro pequeno, mas
com muito espaço interno, principalmente para seus ocupantes.
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sintonizadas com o estilo de expressão que foi atribuído e ainda associado ao estilo
de vida de uma época romântica dos italianos. Geralmente, um clássico vem
acompanhado de ótimas soluções de conceitos, e a beleza é capaz de superar os
tempos. Ou seja, será bonito por um longo tempo.
As dificuldades para projetar o Miura foram muitas. O trabalho de projeto foi
incessante, pois os recursos tecnológicos eram poucos. Pensar em desenvolver
fornecedores era quase impossível. Hoje, sem dúvida, seria muito mais fácil, porém
as dificuldades seriam outras. Principalmente as de mercado.
Na minha visão, a inspiração é uma constante na vida de um designer. É o que
mais motiva a sonhar em fazer um projeto. A inspiração gera o insight e dá o start ou
o desejo de fazer.
Na época, 1976, ainda se fazia estilo. O design já ganhava força principalmente
com o Giugiaro, pois além de relacionar a forma com a função, desenvolvia novos
processos de fabricação e montagem nos seus produtos. Via, na sua característica,
uma mescla de identidade da marca do produto com identidade Giugiaro ou
ItalDesign. Geralmente linhas limpas e bem definidas de características levemente
geométricas. Não se prendia à identidade do produto. Posso dizer que era uma das
minhas referências preferidas, principalmente porque era quem quebrava os
paradigmas de característica temporal e industrial.
Mudanças no Karmann-Ghia... Hoje, se pratica hábitos relacionados à uma vida
mais saudável. Seja praticando esporte ou fazendo exercícios de malhação. Acho que
uma remodelagem física deixaria o Karmann-Ghia mais atleta, porém, na dosagem
certa. Se comparar os para-choques anteriores com os posteriores a 1968, pode servir
como exemplo. A altura do solo pode dar mais leveza e praticidade. Quanto a motor
traseiro ou dianteiro, a solução necessita ser extremamente racional.
Os argumentos ou opiniões aqui expostos são pessoais e gerados à partir de
conhecimentos e experimentos vivenciados.
Espero ter sido útil e, qualquer dúvida, será um prazer ajudar.