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3ª ATIVIDADE – THIRISTORES

Thiristor é qualquer dispositivo semicondutor com 04 camadas semicondutoras -


PNPN .

A principal vantagem dos thiristores é o controle de grande quantidade de energia.


Essa caracteritica faz com que esses dispositivos sejam usados no controle eletrônico
de potencia e na conservação de energia.

A família dos Thiristores é composta dos seguintes dispositivos:

1- SCR-
2- TRIAC
3- DIAC

1- S.C.R – (silícon controlled Rectifier)


É um Thiristor unidirecional usado para controlar a até grandes potencias . Pois
controla a tensão na cargas (de 0,5 A a 500 A)

Tem 3 terminais : anodo, catodo e gate.

Pode se dizer que é um diodo controlado , onde a corrente de anodo passa para
catodo, somente se for positiva (polarização direta) e estiver presente o pulso de
gate com tensão VGK (tensão gate-catodo) de controle definida no datasheet do
componente. A tensão VAC (gensão anodo-catodo) também é definida no
datasheet , bem como sua corrente IAK (corrente de anodo-catodo).

A figura a seguir mostra a estrutura e simbologica de um S.C.R.

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O SCR, so conduz na polarização direta, e não tem tensão fixa de controle no
gate, além de poder variar a largura do pulso do gate para poder disparar o SCR
em qualquer ângulo de 0 a 180 graus.

Ou seja com uma pequena tensão da ordem de 5 V, e corrente de poucos


miliamperes, o SCR pode controlar tensões até 500 V e correntes de até 500
Amperes.

O funcionamento do SCR é melhor compreendido a partir da equivalência com


dois transistores conforme desenho abaixo.

Uma tensão positiva no gate polariza diretamente a junção base-emissor do


transistor NPN e o satura. Isto permite a passagem de corrente através do coletor
do transistor NPN para o catodo. Se emissor do transistor PNP (anodo do SCR),
a junção emissor-base PNP fica polarizada diretamente com sinal negativo na sua
base e faz saturar o transistor PNP, sendo assim sua corrente de coletor (anodo)
conduz para coletor e alimenta a base do transistor NPN, mantendo o transistor
NPN saturado, que por sua vez mantem o transistro PNP saturado, não precisando
mais do sinal do gate . Eles só param de funcionar se tirar a alimentação do
anodo (emissor do transistor PNP).

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CURVA CARACTERISTICA DO SCR

DISPARO DO SCR EM CORRENTE CONTINUA

No circuito acima, quando pressiona S1 vai sinal para o gate e dispara o SCR,
acendendo a lâmpada, quando se solta S1 , o SCR continua conduzindo,
mantendo a lâmpada acesa. A lâmpada so apaga, quando acionar S2 tirando a
alimentação VAk do SCR, ai ele corta, e para ligar novamente precisa novamente
um pulso no gate.

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DISPARO DO SCR EM CORRENTE ALTERNADA

Quando o SCR trabalha em corrente alternada ou pulsante, em que a cada 8,3 ms


o sinal vai a zero , é necessário dispara-lo em todos os semiciclos positivos.

Podemos então disparar um SCR em qualquer ponto de um semiciclo da


alimentação e ele automaticamente desligará no final deste semiciclo quando a
tensão entre seu anodo e catodo cair a zero.

Este comportamento do SCR nos circuitos de corrente alternada o tornam ideal


para controle de potencia.

No seu gate , então é ligado um circuito de retardo, pode ser um resistor e um


capacitor , de modo que o sinal no gate cresce com retardo e so atinge o valor de
disparo do gate do SCR, após decorrido algum tempo do inicio do semiciclo
posigtivo. Portanto na carga so vai a porção do semi-ciclo positivo após o disparo
do gate.

Isto quer dizer que podemos retardar o disparo do SCR para que ocorra em
qualquer ponto desejado do semiciclo positivo, variando assim a tensão media na
carga.

Se o SCR for disparado no final do semiciclo positivo, so haverá tempo de ir para


carga uma pequena parte do semiciclo positivo, portanto pequena tensão na carga.

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Usando um potenciômetro e um capacitor de valor fixo, podemos controlar a
potencia na carga entre um valor mínimo e um valor Maximo

Podemos usar também o SCR também no controle de tensão na saída de uma


ponte retificadora de onda completa, em que irão dois semiciclos positivos para o
SCR controlar e jogar na carga uma tensão de 0 V até o Maximo.

2- TRIAC - TRIODO EM AC

O TRIAC é um thiristor bidirecional, (tem 2 SCRs em anti-paralelo dentro dele)sendo que


o TRIAC tem um terminal de controle chamado GATE, que pode ser disparado com
tensão positiva ou alternada . Tem dois terminais A2(MT2) ANODO 2 e A1(MT1)
ANODO 1. No anodo 2 entra o sinal alternado e sai pelo anodo 1

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A estrutura do TRIAC, e sua equivalência com SCR , é dada abaixo, pois um TRIAC,
equivale a 2 SCRs ligados em anti-paraleo, para cada um conduzir um ciclo do sinal
alternado.

Toda as vezes que o sinal alternado passa por zero, os dois SCRs. Internos cortam e é
necessário dar outro pulso de gate no inicio do próximo ciclo de sinal alternado para a
carga .

CURVA CARACTERISTICA DO TRIAC

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Note que na curva acima, o TRIAC, trabalha nos dois semiciclos, podendo se controlar o
disparo do ciclo completo na carga, por isso chamamos o TRIAC controlador de potencia
nas cargas.

FUNCIONAMENTO

O TRIAC é utilizado para comutar(chavear) corrente alternada . O TRIAC pode ser


disparado tanto por uma tensão positiva quanto negativa aplicada no eletrodo de disparo
(gate). Uma vez activado, continua a conduzir até que a corrente eléctrica caia abaixo do
valor de corte.

É utilizado para controlar dispositivos de corrente alterna, permitindo um controle de


activação de potências elevadas a partir de correntes na ordem dos miliamperes. Substitui
com grandes vantagens os relés na maior parte dos casos.

O TRIAC de baixa potência é utilizado em diversas aplicações como controlo de potência


para lâmpadas “dimmers”, controlo de velocidade para ventiladores, interruptor de
comando de dispositivos de AC, entre outros. Quando usado com cargas indutivas, como
motores eléctricos, tem de se assegurar que o TRIAC desligue correctamente no final de
cada semi-ciclo de alimentação eléctrica.

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3- D I A C (DIODO EM AC)

É um dispositivo PNPN com 2 terminais , também conhecido como DIODO


DE COMUTAÇÃO.
O diodo bidirecional de 4 camadas conforme estrutura abaixo
Todos sabemos que o diodo de silício, consomem 0,7 V para romper sua
barreira.
O DIAC, so deixam passar por ele tensão alternada de 28 V a 42 V ,
dependendo do seu código .
O DIAC é usado para disparar outros thiristores como o SCR e o TRIAC , que
será visto adiante para se ter uma simetria melhor do ,sinal alternado, quanto
ao semiciclo positivo e negativo.
O DIAC tem dois terminais, chamados A1 / MT1 ou A2 / MT2

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Por exemplo se analisarmos um DIAC de 28 V, veremos que enquanto o sinal
alternado não atinge 28 VAC tanto no semiciclo positivo , como 28 VAC no
semiciclo negativo, o DIAC apresenta alta impedância e a corrente é zero na
carga. Quando o sinal alternado ultrapassa os 28 VAC, sua resistência interna
cai a zero, e todo o sinal alternado vai para a carga . ou seja , em cima do
DIAC, fica zero volts.

CURVA CARACTERISTICA DO DIAC

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Controle de luminosidade para lâmpadas incandescentes - DIMER

A função do DIAC, é garantir que o TRIAC so irá disparar a partir da tensão de


disparo do DIAC, que é de 28 V a 42 V, garantindo assim n a carga uma simetria
dos semiciclos, pois os dois SCRS internos no TRIAC, não são simétricos. O atraso
no sinal de gate é garantindo pela malha RC (resistor de 250 k + capacitor de 100 nF.
Pois variando o potenciômetro de 250 k, varia-se a constante de tempo do sinal que
vai para o gate, com isso retardando o pulso de gate, o semiciclo no terminal A2 do
TRIAC vai adiantado, quando chega o pulso de gate, já perdeu uma parte do
semiciclo, indo para a carga so sinal alternado a partir da chegada do sinal de gate.

A comutação do triac varia a potência recebida pela lâmpada variando a sua


luminosidade

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INTERFACE DE LIGAÇÃO DE TRIAC A UM SINAL DE UM CIRCUITO
EXTERNO

Se existir um sinal positivo na entrada da R1, o fotoacoplador envia um sinal para a


porta(gate) do triac que, assim, conduz. Este circuito usa um TIC226 mas podem ser
usados outros triacs.

Dimmers são dispositivos utilizados para variar a


intensidade de uma corrente elétrica média em uma carga. Eles consistem
de TRIACs que, através da diminuição ou aumento da tensão valor eficaz e, portanto,
um aumento da potência média de uma lâmpada, controlam a intensidade da luz
produzida pela mesma. Um dimmer tem como objetivo fazer com que aumente ou
diminua a intensidade luminosa através de um potenciômetro, que auxilia nessa
operação.

OPTO-ELETRONICO -OPTO-TRIAC

A família MOC-30xx , são opto-eletronicos constituídos de um


foto diodo emissor de luz infra-vermelha que manda luz para um foto-
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triac e esse então dispara o TRIAC de potencia. Este componente é
usado para isolar a alimentação continua da placa de controle
(microcomputador e outras) da parte de potencia do TRIAC, em que
circula 127 VAC ou 220 VAC. Sendo a comunicação do circuito de
controle com a potencia feito por luz infravermelha.

O projeto idealizado consiste do mesmo principio, porém, o circuito que faz o


controle do disparo foi substituído por um sistema microcontrolado com detecção de
passagem da onda por zero, ou seja, quando o detetor zero deteta que o semiciclo
acabou, ele ativa uma interrupção que faz presetar um timer, para gerar o atraso do
sinal na saída do pic . Esse timer pode ter o tempo variado de 0 a 8,3 ms, que é o
período de cada semiciclo.
Zero Crossing: A técnica conhecida como Zero Crossing, consiste em controlar o
disparo para acontecer exatamente no momento em que a senoide passar pelo valor
de tensão igual a zero. Assim, a subida de tensão na carga não será tão brusca e isso
evitará a emissão de interferências, reduzindo a geração de harmônicas e diminuindo
sobremaneira os problemas que são gerados pelo controle por fase. A figura a seguir
mostra o Zero Crossing em uma onda senoidal de 60Hz.

Um exemplo de um circuito para ligar uma lâmpada com um triac e um acoplador


ótico, e o acoplador pode estar ligado num dos port do ARDUINO ou PIC.

A figura a seguir mostra um projeto com microcontrolador PIC, com zero crossing e
disparo do TRIAC, com optoeletronico MOC-3020 via microcontrolador PIC.

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