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COLETIVOS III
ESPORTES
DE REDES E
DIVISÓRIAS
PROF. FÁBIO BANDERÓ
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA
ESPORTES
COLETIVOS III
ESPORTES DE
REDES E DIVISÓRIAS
Marília/SP
2022
Diretor Geral | Valdir Carrenho Junior
“
A Faculdade Católica Paulista tem por missão exercer uma
ação integrada de suas atividades educacionais, visando à
geração, sistematização e disseminação do conhecimento,
para formar profissionais empreendedores que promovam
a transformação e o desenvolvimento social, econômico e
cultural da comunidade em que está inserida.
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salvo quando indicada a referência, sendo de inteira responsabilidade da autoria a
emissão de conceitos.
ESPORTES COLETIVOS III
ESPORTES DE REDES E
DIVISÓRIAS
PROF. FÁBIO BANDERÓ
SUMÁRIO
CAPÍTULO 01 HISTÓRIA DO VOLEIBOL 07
CAPÍTULO 04 TREINAMENTO 39
INTRODUÇÃO
Caro aluno,
Nesta disciplina você irá estudar sobre as modalidades de esportes mais conhecidas
e desenvolvidas do Brasil, e que vem se destacando nas últimas décadas, sendo a
modalidade que mais alcançou títulos em nível mundial: o voleibol, o tênis e o tênis
de mesa.
A competência geral da nossa disciplina é conhecer métodos de ensino, técnicas,
aperfeiçoamento e preparação física voltadas a esses esportes, e para isso iremos
conhecer detalhadamente todos os aspectos e características deste esporte. Nesta
unidade de ensino teremos como competência técnica o conhecimento dos aspectos
relacionados aos fundamentos e métodos de ensino e a sua evolução histórico-crítica.
Você irá aprender nesta disciplina sobre a história dos esportes, como a modalidade
surgiu no Brasil e no mundo, e como foi sua evolução até alcançar as características
atuais. Além disso, você também conhecerá o “vocabulário técnico”, que são os
termos específicos e que dão nome aos diferentes fundamentos ou ações que
acontecem no jogo e que possuem nomenclatura própria. E, por fim, estudará diferentes
metodologias de ensino para os esportes coletivos. Ao adquirir todo esse conhecimento
você entenderá melhor quais são as particularidades e especificidades dos esportes
para que você tenha total capacidade de desenvolver essas modalidades em diferentes
faixas etárias.
CAPÍTULO 1
HISTÓRIA DO VOLEIBOL
O vôlei é um dos esportes que vem sendo praticado em quase todos dos países.
Segundo Shondell, (2005), tudo se iniciou no ano de 1895 por um professor chamado
William Morgan, da ACV – Associação Cristã de Moços em Holyoke, Massachusetts/
Estados Unidos sua evolução e desenvolvimento mundial se deu a partir da criação
da Federação Internacional de Voleibol nos anos de 1940 (RIBEIRO, 2008).
Em 1895, procurando dar às suas classes, constituídas de homens de idade avançada,
uma atividade suave e de grande motivação, criou um esporte altamente atlético. Seu
nome inicial foi Minnonette; um ano após a sua criação passou a chamar Volleyball,
talvez por seu toque de voleio (toque no ar).
Este esporte foi inspirado no tênis, observando-se o formato da quadra e a utilização
da rede suspensa que separa as equipes e evita assim, o contato físico entre. Morgan
estabeleceu que a bola deveria ser mantida no ar, por meio de toques, procurando-se
enviá-la ao campo adversário sobre uma rede de 1,98 metros de altura.
Inicialmente este jogo ficou restrito ao seu local de origem, algum tempo depois foi
apresentado a duas equipes de Holyoke, e a um grupo de professores de Educação
Física em conferência que acontecia, na Universidade de Springfield, a quem Morgan
confiou sua regulamentação.
Saindo dos ginásios das ACMs, o volleyball passou a ser praticado em locais abertos,
assim construíram então quadras nas praias, estações de veraneio e playground,
aumentando sua popularidade e número de praticantes.
Em 1917 algumas coisas começam a serem alteradas, a rede passa a ficar 2,44
metros de altura do solo, e os games (sets) de 15 pontos. Já no ano seguinte fixou-
se as equipes com o número de apenas seis jogadores cada, e em 1922, foram
regulamentados os três toques por equipe. Foi 1922 em que se realizou o primeiro
Campeonato Nacional das ACMs dos E.U.A.
Era comum que durante os períodos de descanso os soldados americanos que
lutavam na Durante a Primeira e Segunda Guerra Mundial, praticassem o voleibol,
colaborando para a difusão deste esporte na Ásia e Europa. Já na América do Sul,
coube às ACMs, a divulgação do esporte em cada país que estas eram criadas.
O voleibol foi jogado pela primeira vez nos Jogos Olímpicos em 1924, como parte
de um evento especial quando foi apresentado como exibição.
Apenas após a Segunda Guerra Mundial, começou-se a considerar a possibilidade
de adicioná-lo ao programa das Olimpíadas, porém devido a pressão exercida pela
recém-formada Federação Internacional (1947) e algumas confederações continentais.
ANOTE ISSO
Todo este crescimento possibilitou que o voleibol chegasse nas condições atuais,
com o jogo sendo realizado com muita velocidade e variações de jogo.
O Brasil começa a fazer história no esporte a partir do ano de 1975, quando Carlos
Arthur Nuzman, assumiu a presidência da CBV. A frente da CBV, Nuzman fez o seu
máximo para que o Brasil fosse a sede dos mundiais masculino e feminino da categoria
juvenil em 1977. Apostando na ideia de que o marketing e esporte podem caminhar
lado a lado, o dirigente atraiu a atenção de empresas para o voleibol, o que após as
Olimpíada de Los Angeles, possibilitou a criação de uma infraestrutura, permitindo a
profissionalização dos atletas, no início da década de 80, e servindo de exemplo para
os outros esportes coletivos do país.
Nos dias atuais o voleibol é jogado entre duas equipes com 06 jogadores de cada lado
em quadra, um deles escolhido como o capitão do time em quadra, sendo responsável
por conversar com os árbitros; fora de quadra são dirigidos pela equipe técnica, e
ainda ter alguns jogadores reservas.
A quadra tem um formato é retangular, plana, horizontal, medindo 18 metros de
comprimento pôr 9 metros de largura, devendo estar livre de qualquer obstáculo até
sete metros de altura. Cada equipe em seu campo é separada ao meio pôr uma linha
no solo e uma rede suspensa que varia em altura conforme a categoria dos praticantes:
masculino, 2,43 m e feminino, 2,24 m.
Para as equipes de categorias menores (mirins, infantis e colegiais) a altura da rede
deve estar ao nível das possibilidades dos jogadores, em função da idade, altura e
impulsão. Desta forma podem aprender a executar todos os fundamentos do jogo, sem
encontrar uma barreira excessiva (Ex.: altura demasiada da rede) que leva a adquirir
defeitos incorrigíveis e a perder a motivação pôr falta de sucesso.
A prática nos permite sugerir:
CAPÍTULO 2
FUNDAMENTOS BÁSICOS I
2.1 Saque
Saque é o ato de golpear a bola com uma da mão (aberta ou fechada) ou com
qualquer parte do braço. A bola somente deverá ser golpeada depois de solta no
espaço, é a única habilidade em que o atleta tem controle sobre a bola.
O sacador é sempre o jogador que estive na posição 01, e deverá colocar-se sempre
atrás da linha de fundo da quadra. Para uma boa execução do saque deveremos
considerar três pontos fundamentais:
1. A mecânica do gesto
2. A preparação mental e sua
3. Aplicação no jogo
Saque por baixo: é o saque menos potente. O jogador deve segurar a bola com uma
mão e bater-lhe com a outra, aberta ou fechada, fazendo um movimento de baixo para
cima. Esse saque normalmente utilizado pelos iniciantes, por fornecer uma margem
mínima de erros e por ser simples a sua execução.
Fase de Preparação Fase de Execução Fase Final
1. O aluno avançará uma das pernas para 1. No momento da execução o 1. Peso do corpo é transferido
frente (perna esquerda avançada se é destro braço de maior habilidade executa para o pé da frente.
e perna direita se for canhoto), o tronco um movimento pendular para trás 2. Braço acompanha a
ligeiramente inclinado para frente. e para frente. trajetória da bola.
2. A mão oposta solta a bola 3. Terminando o movimento
2. A bola segura pela mão de menor habilidade para frente, na altura da cintura acima descrito, o jogador
e contrária a perna avançada. do jogador que está efetuando o deve prosseguir naturalmente
3. Olhar a bola. saque. a sua conclusão retornando a
4. Joelhos ligeiramente flexionados. 3. Contato por baixo com a bola. sua posição em quadra, a fim
5. Mão aberta e espalmada 4. Transposição do peso do corpo de não ser surpreendido com
6. Peso do corpo na perna de trás. para frente. a volta da bola.
Os erros mais comuns no saque por baixo são: golpear a bola com a parte lateral
ou externa da mão; a perna que está a frente é igual a braço de execução; golpear a
bola com o braço de execução flexionado; lançar a bola muito alta para ser golpeada;
tronco não inclinado para frente.
Saque por cima: é o saque mais utilizado e em que a bola é lançada com força.
Nesse tipo de saque, o jogador deve lançar a bola para cima, com uma mão, e bater-
lhe com a outra. Comumente usados no voleibol de maior categoria técnico, é um
saque de maior potência, que dificulta a recepção.
Os erros mais comuns no saque tipo tênis (por cima) são: braço de execução
flexionado; perna a frente igual ao braço de execução; o braço no momento de a
execução ser estendido e não “rodado”; lançar a bola muito baixa ou muito alta para
execução e ainda fora de posição (muito para frente, para trás ou para os lados); bater
na bola com a mão mole.
Saque Frontal Flutuante : Este tipo de saque é um dos mais usado no voleibol
moderno. A principal característica é a trajetória da bola que, a partir do contato
projeta-se para o campo do adversário com muita velocidade e pela forma de batida,
ela flutua, dificultando sobremaneira a recepção.
A posição inicial do sacador é idêntica ao saque tipo tênis. As modificações
ocorrem no lançamento, na projeção do braço batedor e no contato. O braço
que segura a bola está flexionado e antebraço colado ao corpo. A bola fica solta
sobre a mão, isto é, não há apreensão como no tipo tênis. O outro repousa sobre
a bola. O lançamento deve ser feito empurrando o braço para frente e para cima,
ao mesmo tempo em que o contrário (braço de ataque) se prepara para o contato.
Como consequência a bola vai muito alta, o que, para este saque é importante.
O braço ataca com velocidade, golpeando a bola atrás e no meio, não havendo
qualquer tipo de flexão. A batida é seca, quase não há seqüência do braço e o
outro vem flexionado de encontro ao peito. A mão ao fazer o contato com a bola,
deve estar espalmada e firme.
Saque Lateral - Tipo de saque bastante usado para dar uma trajetória flutuante na
bola. A execução do saque lateral é bastante complexa, por isso, o atleta necessita
de muito treino e muita perseverança para conseguir automatizá-lo. Para executar
esse tipo de saque, você deve ficar de lado para a quadra, com os pés voltados para
onde quer sacar. Segure a bola com a mão esquerda. O braço direito sai do lado do
corpo e atinge a bola lançada pela mão esquerda, bem acima da cabeça. No final
do movimento, o corpo se projeta à frente. Os atletas canhotos devem proceder no
sentido inverso.
Além desses, também há os seguintes saques: saque lateral e saque lateral por
baixo (conhecido como “Jornada nas Estrelas”).
Saque Lateral por Baixo (Jornada nas Estrelas) - O famoso saque de Bernard é um
inimigo da recepção. Se com esse tipo de saque o jogador não atingir o ponto direto,
pelo menos vai conseguir atrapalhar a preparação das jogadas rápidas. Bernard criou
na praia, onde aproveitava o sol e o vento, o saque “Jornada nas Estrelas” e depois
o levou para ginásios altos, onde a luz também incomoda a visão da recepção. Para
executar o “Jornada”, você deve ficar de lado para a quadra, com o ombro direito
paralelo à linha de fundo e a perna esquerda ligeiramente à frente. A bola chegava
a uma altura de mais ou menos 25 metros e descia a uma velocidade de 72Km/h.
Segundo especialistas, a jornada já existia na década de 40, nos Estados Unidos, e
era conhecido como “spin service”.
Fase preparatória: em pé, de frente para a quadra adversária, o atleta deverá
se posicionar com o troco ligeiramente inclinado à frente, com as pernas em
afastamento antero-posterior a perna contrária ao lado do braço, que irá sacar,
deverá estar à frente, num distanciamento lateral mais ou menos igual à largura
dos ombros. A bola deverá ser segura com a mão que não irá sacar, de modo
que esteja quase que totalmente estendido. O braço que golpeará a bola estará
estendido para trás.
Cortada
A cortada é o fundamento do voleibol que finaliza a maioria das ações ofensivas e
visa enviar, através de um forte golpe dado durante um salto, a bola de encontro ao
solo da quadra do adversário. É uma habilidade motora de execução complexa, uma
vez que toda ação é condicionada pelas características da trajetória do levantamento.
Este pode ser mais alto, mais baixo, mais lento, mais rápido, longo ou curto, próximo
ou distante da rede. Requer muita coordenação Visio - motora.
Bloqueio
O bloqueio é um fundamento que visa interceptar junto à rede a bola cortada pelo
adversário. Essa habilidade de caráter defensivo pode se tornar ofensiva quando
consegue enviar a bola contra o solo do atacante.
Com a evolução das regras, permitiu-se que as mãos do bloqueador passassem
para o lado contrário (desde que não toquem a rede), podendo com isso formar um
tipo de alavanca ofensiva. Essa medida foi adotada para dificultar a jogada ofensiva
e obrigar os atacantes a recorrerem a fintas e a levantadas fora da rede. O bloqueio
pode ser individual, duplo ou triplo.
Fonte: http://grupoevolucao.com.br/livro/Educacao_Fisica2/ef2-volei8.JPG
Líbero: O líbero é um atleta especializado nos fundamentos que são realizados com
mais frequência no fundo da quadra, isto é, recepção e defesa. ... O líbero deve
utilizar uniforme diferente dos demais, não pode ser capitão da equipa nem atacar,
bloquear ou sacar.
Fonte:https://treinamento24.com/library/lecture/read/42342-qual-a-historia-do-voleibol-no-brasil
Execução
No momento adequado, o bloqueador salta, estendendo as pernas e contando com
o auxílio dos braços que serão estendidos simultaneamente em direção à bola. Nos
bloqueios ofensivos, as mãos invadem o espaço aéreo do adversário e se posicionam
abertas, estendidas, firmes, uma ao lado da outra, formando um obstáculo à passagem
da bola. O bloqueador espera o impacto da bola, pois ele não poderá tocá-la antes do
atacante, para flexionar os punhos, enviando-a contra o solo do campo adversário e,
também, para impedir que ela “espirre” (desvie) para fora da quadra.
A queda
Realizado o bloqueio, acontece a queda, que deve ser feita com equilíbrio de forma
amortecida e girando para o lado em que a bola se dirigiu, quando ela não foi totalmente
retida.
O bloqueio ofensivo é utilizado por bloqueadores com alcance mais elevado que os
atacantes. O tempo do salto do bloqueador é determinado pela altura do levantamento
feito pelo adversário, bem como pela distância da bola a ser atacada. Quando mais
alta ou mais distante a bola, mais o bloqueador retarda o salto.
O toque de bola por cima apresenta três etapas distintas: a) Entrada sob a bola:
nesta fase inicial, as pernas e braços devem estar semiflexionadas, com a bola acima
da cabeça. As pernas além de semi-flexionadas, devem estar com um afastamento
lateral da largura aproximada dos ombros e um pé ligeiramente á frente do outro.
1º- Os braços não poderão estar muito afastados, tal posição fará com que os polegares sejam
projetados para frente o que determinará um toque irregular, além de provocar contusões dos dedos.
2º- É importante a participação de todos os dedos no toque, principalmente dos polegares, indicadores
e médios, que determinem a direção da bola, os outros dois servem apenas de apoio.
3º- Deverá haver uma extensão dos membros superiores de tal forme que ao terminar o toque as mãos
e dedos devem dar a impressão de que fizeram o último esforço ao empurrar (impulsionar) a bola.
MANCHETE
A manchete é utilizada para a recepção do saque e para defender cortadas. Ela exige
do atleta, atenção especial para a posição de diversas partes do corpo, principalmente
as pernas, braços e ombros.
Para recepcionar a bola, com o máximo de eficiência, o jogador necessita ficar com
as pernas semiflexionadas e com um afastamento lateral proporcional à largura dos
ombros. Uma perna deve estar ligeiramente à frente da outra. Os braços devem estar
estendidos, as mãos unidas e os ombros projetados para frente, rebatendo a bola com
o antebraço, que é uma região que suporta melhor os fortes impactos provocados
pelas cortadas.
Com o objetivo de ampliar a área do antebraço que rebaterá a bola, as pontas dos
dedos devem estar apontados para baixo (extensão dos punhos).
CAPÍTULO 3
CONHECIMENTOS
SOBRE O JOGO
CARACTERÍSTICAS DO JOGO
Voleibol é um esporte jogado por duas equipes em uma quadra dividida por uma rede.
Há uma série de versões disponíveis, cada uma delas adaptadas a uma circunstância
diferente de forma de jogo possa se adaptar aos diferentes praticantes.
Seu objetivo é enviar a bola por cima da rede, de forma a fazê-la tocar a parte
do solo que esteja compreendido dentro da quadra adversária, ao tempo que a sua
equipe deve impedir o adversário ao mesmo intento. Cada equipe poderá usufruir de
três toques na bola (além do contato do bloqueio).
Cada jogada se inicia com um saque: um toque inicial realizado por um jogador,
por cima da rede do oponente. O rally prossegue até que a bola toque o solo em uma
área que esteja compreendida dentro da quadra de jogo, seja “enviada para fora” ou
quaisquer das equipes execute uma tentativa frustrada de retornar a bola do adversário.
A equipe a vencer o rally em um jogo marca um ponto (Sistema de Pontos por
Rally – SPR). Caso a equipe que recepcionou o saque naquele rally – equipe receptora
– seja a vencedora, esta recebe um ponto e o direito de sacar no rally seguinte e,
consequentemente, cada jogador passa a posição em quadra seguinte, em sentido
horário.
A área de jogo compreende a quadra de jogo e a zona livre. Deverá ser retangular
e simétrica conforme demonstrado na figura abaixo.
Linha central
O eixo da linha central divide a quadra de jogo em duas quadras iguais medindo 9
metros x 9 metros cada uma. Entretanto, a largura da linha central pertence a ambas
as quadras. Esta linha estende-se sob a rede, de uma linha lateral até a outra.
Linha de ataque
Em cada quadra há uma linha de ataque, cuja extremidade posterior é desenhada
a 3 metros de distância a partir do eixo da linha central, marcando a zona de
frente.
Para as Competições Mundiais e Oficiais da FIVB, a linha de ataque é estendida
além das linhas laterais pela adição de pequenas linhas pontilhadas de 15 centímetros,
com 5 centímetros de largura, traçadas com um espaçamento de 20 centímetros entre
elas, totalizando um comprimento de 1,75 metro.
ALTURA DA REDE
A rede é colocada verticalmente sobre a linha central. Sua parte superior é ajustada
a 2,43 metros do solo para os homens e 2,24 metros para as mulheres.
Sua altura é medida a partir centro da quadra de jogo. A altura da rede sobre as
linhas laterais deve ser exatamente a mesma, não excedendo a altura regulamentar
em mais de 2 centímetros.
Uma das grandes curiosidades do vôlei é que um jogador pode dar, em cada
partida, de 60 a 80 saltos, podendo esse número chegar a 100! Em decorrência
disso, os atletas desse esporte devem dar um tratamento muito especial
aos joelhos, buscando fortalecimento e recuperação dessas articulações
constantemente — haja vista a enorme exigência deles durante as partidas.
Fonte: https://mrvnoesporte.com.br/6-curiosidades-sobre-o-volei-que-voce-precisa-conhecer/#:~:text=A%20curiosidade%20do%20v%C3%B4lei%20
%C3%A9,ganhando%20adeptos%20a%20cada%20dia.
AS ANTENAS
As antenas são varas flexíveis com 1,8 metros de comprimento e 10 milímetros de
diâmetro, fabricadas em fibra de vidro ou material similar. Cada antena é amarrada
de forma a tangenciar a parte externa de cada faixa lateral. As antenas são colocadas
em lados opostos da rede A parte superior de cada antena estende-se além do
bordo superior da rede por 80cm e é marcada com listras de 10cm de largura,
em cores contrastantes, com preferência para vermelho e branco. As antenas são
consideradas parte integrante da rede e delimitam os limites laterais do espaço
de cruzamento.
POSTES
Os postes que sustentam a rede são colocados a uma distância de 0,5 metro a 1
metro de cada linha lateral. Possuem 2,55 metros de altura e devem ser, preferivelmente,
ajustáveis.
Para todas as Competições Mundiais e Oficiais da FIVB, os postes que sustentam
a rede são localizados a uma distância de 1 metro das linhas laterais e devem estar
com protetor (almofadado).
Os postes são redondos e polidos, fixados ao solo sem cabos. Não haverá qualquer
dispositivo que apresente perigo ou obstáculo.
3.3 EQUIPES
MARCANDO UM PONTO
Uma equipe pode marcar um ponto por algumas formas sendo por eficiência tática
ou por uma falha da equipe adversária, conforme tabela abaixo:
Vencerá um set, exceto o 5º set, por seu caráter decisivo, a equipe que primeiro
alcançar a marca de 25 pontos, com uma diferença mínima de 2 pontos. Em caso de
empate em 24 x 24, o jogo continua até que a diferença de dois pontos seja atingida
(26 x 24, 27 x 25; ...).
Vencerá a partida a equipe quem vencer três sets. No caso de um empate em sets
por 2x2, o 5º set, de caráter decisivo, será jogado até que uma das equipes alcançe
a marca de 15 pontos, com uma diferença mínima de 2 pontos.
3.5 POSIÇÕES
No momento em que a bola é golpeada pelo sacador, cada jogador, exceto o sacador,
deverá estar posicionado dentro de sua quadra, conforme a ordem de rotação.
As posições dos jogadores em quadra são numeradas da seguinte forma:
Três jogadores ao longo da extensão da rede formam a linha de frente e ocupam
as posições 4 (frente-esquerda), 3 (frente central) e 2 (frente-direita); os três restantes
formam a linha de trás, ocupando as posições 5 (traseira esquerda), 6(traseira central)
e 1 (traseira direita).
Cada jogador da linha de trás deve estar posicionado mais afastado da linha central
do que seu jogador correspondente da linha de frente. Os jogadores da linha de frente e
ROTAÇÃO
A ordem de rotação é determinada pela formação inicial da equipe e controlada
através da ordem de saque e posição dos jogadores durante todo o set.
Quando a equipe receptora ganha o direito de sacar, os jogadores avançam uma
posição no sentido dos ponteiros do relógio: jogador na posição 2 avança para a
posição 1 para sacar, jogador da 1 retorna para a posição 6, assim por diante.
CAPÍTULO 4
TREINAMENTO
O contato com a bola é muito limitado tanto pelo tempo como a distância que a
bola deve percorrer em situações diversas, desta forma executar os fundamentos
e técnicas utilizados no voleibol se torna importante e necessário para cumprir as
tarefas do jogo.
O jogo se caracteriza por deslocamentos curtos e rápidos e o rally é caracterizado
por períodos de intervalo entre uma disputa e outra na quadra. Os movimentos exigidos
a cada jogada trocam a uma velocidade e a grande variedade de manobras ofensivas
e defensivas (de indivíduos ou de toda uma equipe) faz o jogo ser modificado a cada
instante.
O voleibol exige também grande quantidade de estratégias planejadas por parte
das equipes altamente treinadas. Dessa forma, os jogadores de voleibol devem reunir
grande habilidade e o treinamento deve ter ampla base de solicitações das situações
de jogo.
Na formação técnica dos iniciantes até o alto rendimento, as fases do treinamento
devem ser aplicadas em fases de aquisição de movimentos e fase de aplicação da
técnica e tática nos diversos sistemas conforme mostra o quadro abaixo (NETTO,
2018).
Nesta segunda fase, os exercícios devem ser ofertados com o objetivo de consolidar
e aprimorar a técnica, sempre fazendo uso de exercícios que utilizem uma sequência
da técnica básica, ou seja, os exercícios são propostos de acordo com as necessidades
técnicas do jogo em forma de sequência das ações que a criança desenvolveria naquele
momento do jogo. Os exercícios devem atender:
Sistema de jogo
É a distribuição de funções, posições e áreas bem definidas para os jogadores em
todas as formações de ataque e defesa, visando facilitar as ações de jogo BAACKE,
1972).
Fonte: BAACKE, H. Mini volleyball. In: Confederação Brasileira de Voleibol. Manual do Treinador. Brasília: Secretaria de Educação Física e Desportos;
Subsecretária de Desportos. 1972.
Fonte: BAACKE, H. Mini volleyball. In: Confederação Brasileira de Voleibol. Manual do Treinador. Brasília: Secretaria de Educação Física e
Desportos;Subsecretária de Desportos. 1972.
Sistemas Táticos
Tática
O Sistema 6x0
O levantar do jogo de voleibol é o atleta que mais tem contato com a bola durante
o jogo, visto que toda a estratégia de distribuição passa pelas suas mãos. Sendo
assim para que se possa ter maiores chances de pontuar é necessário que as
recepções sejam o mais corretas possíveis facilitando o trabalho do levantador.
Caso isso não aconteça ele terá que fazer a distribuição para o atacante mais
próximo a rede.
Fonte:https://www.scielo.br/j/rbefe/a/3XJhCRphVcrzqzxcst6j4Km/?format=pdf&lang=pt
CAPÍTULO 5
VARIAÇÕES DA
PRÁTICA DO VOLEIBOL
O Vôlei de Praia, que tem sua origem no vôlei de quadra, é um esporte praticado
na areia. Foi criado no estado da Califórnia (Estados Unidos) e no Havaí, na década
de 1920. Porém, tornou-se um esporte profissional somente na década de 1980. Foi
neste período que chegou ao Brasil e espalhou-se pelas praias do mundo todo. Na
década de 1940, começaram a ser feitos torneios amadores e, na década de 1970
ocorreram os primeiros torneios profissionais. O esporte passou a integrar o programa
dos Jogos Olímpicos em 1996.
O Vôlei de Praia é um esporte jogado por duas equipes com dois jogadores cada uma
em uma quadra de areia dividida por uma rede. Existem diferentes versões para específicas
circunstâncias para atenderem a todos. O objetivo do jogo é enviar a bola por cima
da rede com a intenção de tocar o solo oponente.
O time tem direito a três toques para retornar a bola, incluindo o contato com o bloqueio.
A bola é colocada em jogo pelo saque: executado pelo sacador e enviada por cima
da rede para o lado oponente. O rally continua até que a bola toque o solo da quadra
de jogo, vá “fora” ou um time falhe em retornar a bola para o lado adversário.
No Vôlei de Praia, usa-se o SPR (Sistema de Ponto por Rally). Quando a equipe
sacadora vence o rally, está ganha um ponto e continua a sacar. Quando o time
receptor vence o rally, esta marca um ponto e o direito de sacar. O jogador sacador
é o outro que não efetuou o saque anteriormente. O vôlei de praia é praticado numa
quadra demarcada com fita, na areia. As medidas são: 16 metros de comprimento por
8 metros de largura. No meio, deve ficar uma rede que mede 2,43 metros de altura
(masculino) ou 2,24 metros (feminino).
A superfície deve ser composta de areia nivelada, tão plana e uniforme quanto
possível, livre de pedras, conchas e tudo o mais que possa apresentar risco de cortes
ou de lesão aos jogadores. Para as Competições Oficiais, as Mundiais e as da FIVB,
a areia deve ter no mínimo 40 cm de profundidade e composta de grãos finos e
descompactados. Para as Competições Oficiais, as Mundiais e as da FIVB, a areia
deve também ser peneirada em um tamanho aceitável, não muito grossa e livre de
pedras e partículas perigosas. Não deve ser também muito fina, para causar poeira
nem lesão na pele. CLIMA O clima não deve apresentar nenhum perigo de contusão
aos jogadores. ILUMINAÇÃO Para as Competições Oficiais, as Mundiais e as da FIVB,
jogadas à noite a iluminação na área de jogo deve ter de 1.000 a 1.500 luxes, medida
a 1 m acima da superfície da área de jogo.
Cada equipe tem a permissão de apenas VS2 na sua equipe, sendo que estes
jogadores, não são permitidos em quadra ao mesmo tempo. A quadra tem as dimensões
de dez metros de comprimento por seis metros de largura, e a rede varia de 1,05 metro
(feminino) a 1,15 m (masculino).
O Brasil participa do vôlei sentado em Paralimpíadas desde os Jogos de Pequim
(China), em 2008, quando a seleção masculina ficou na sexta posição. Quatro anos
depois, em Londres (Reino Unido), o país marcou presença tanto na disputa masculina,
quanto na feminina: em ambas o país terminou na quinta colocação. Na Rio 2016, o
time feminino obteve a primeira medalha brasileira na modalidade, ao conquistar o
bronze – os homens ficaram em quarto lugar.
Entre os homens, o Irã é o país mais vitorioso, com seis medalhas de ouro paralímpicas
e duas pratas, todas nas últimas oito edições. Holanda e Bósnia-Herzegovina, ambos
bicampeões, completam a relação de títulos. Os europeus têm uma terceira conquista,
em Toronto (Canadá), em 1976, mas, na ocasião, a modalidade foi disputada como
exibição. No feminino, que só começou a ser disputado nos Jogos de 2004, em Atenas
(Grécia), a China venceu o torneio três vezes, mas perdeu a hegemonia em 2016, no
Rio de Janeiro, para os Estados Unidos.
SOBRE A COMPETIÇÃO
Assim como no voleibol Olímpico, a partida é decidida em melhor de cinco sets.
Vence a parcial quem fizer 25 pontos primeiro, e o tie-break vai até 15 pontos. O esporte
possui duas grandes diferenças em relação ao voleibol Olímpico: o contato com o chão
deve se dar por meio do glúteo em cada ação do atleta, e é permitido o bloqueio do
saque adversário. É comum também vermos as pernas dos adversários se chocando
durante a partida. Desde que não atrapalhe o oponente, o toque está liberado.
A quadra tem 60m2 (10m de comprimento e 6m de largura), e a rede está posicionada
a 1,15m do chão no vôlei masculino. Já na competição feminina, a altura é um pouco
menor: 1,05m.
5.3 Minivoleibol
Em um jogo normal de vôlei (6x6), o número de vezes que a criança toca a bola durante
o jogo não é suficiente para o desenvolvimento motor desejável. Esta desvantagem
é suprida pelo mini vôlei, no qual o jogador toca a bola muitas vezes, percorrendo
distâncias menores, e logicamente mais adequadas para seu grau de desenvolvimento
(BAACK, 1972).
Visto que entre os esportes o voleibol é considerado como um dos mais complexos
para ser aprendido, principalmente, devido a não retenção da bola e o campo de jogo
ser dividido em partes distintas de ação e não haver contato entre os participantes, a
Federação Internacional de Voleyball, promoveu um simpósio em julho de 1975, na Suécia,
para atender as necessidades futuras da sua modalidade, participaram desse simpósio
19 (dezenove) países com seus representantes e dentre os convidados, os brasileiros
Professor Roberto Pimentel e Professor Walde bi Romani. Dentre os representantes que
contribuíram podemos destacar alguns participantes que afirmaram que (FIVB, 1975):
Nesta fase a criança familiariza-se com a bola, a quadra, a rede, ensinando as posturas
básicas e movimentação na quadra; segurando, arremessando, lançando e rolando
diferentes tipos de bolas (plástico, borracha, futebol, vôlei, futebol etc.), praticando diferentes
tipos de pequenos jogos para desenvolver qualidades físicas como velocidade, agilidade,
força e reação (BRUGGEMAM, 2004)”author”:[{“family”:”Bruggemam”,”given”:”Paulo
Alexandre”}],”issued”:{“date-parts”:[[“2004”]]}}}],”schema”:”https://github.com/citation-
style-language/schema/raw/master/csl-citation.json”} .
Vôlei 1 x 1
Minivoleibol 2x2
Passada a fase de domínio da bola, a criança já pode começar a preparar-se para o
toque, a manchete e o saque por baixo, permitindo um jogo de voleibol simples: 2x2.
O principal objetivo é atacar e lançar a bola sobre a rede (GOTSCH, 1983). São
ensinados os princípios de formação inicial, movimentos de acordo com as situações
de jogo, cooperação com o colega, observação do oponente e posicionamento na
quadra, bem como contínuo desenvolvimento de preparação física básica, através de
movimentos rápidos na direção da bola, saltos e deslocamentos de diferentes formas
(SANTOS, 1999).
O objetivo do trabalho nesta fase é a aquisição dos gestos técnicos básicos: toque,
manchete, saque por baixo, ataque em toque, bem como, estimular situações que
são exigidas no voleibol. Buscar a melhora da manchete para a recepção do saque
e para uma possível situação de defesa. Na preparação física, introdução dos saltos
com corda, velocidade de reação, agilidade e flexibilidade, para favorecer o processo
de aprendizagem do ataque e do bloqueio (SANTOS, 1999).
Nesta fase o jogo já pode ser 3x3, atacando e lançando a bola, mas sem se preocupar
com as regras, o senso de coletividade é a principal meta.
Nesta fase introduz-se o ataque sem salto e o ataque com salto. Ensinam-se diferentes
variações de ataque e melhora de levantamento e das habilidades de defesa com
queda, com contínua preparação física, com desenvolvimento da resistência (SANTOS,
1999). Devem-se fazer exercícios especiais para o treino da recepção, passe, ataque
e saque por baixo, assim como para o descolamento e salto, receber e arremessar
(BAACKE, 1975). Neste estágio, o jogo é 3x3 com a utilização das regras adaptadas
ao minivôlei (GOTSCH, 1983).
Minivoleibol - 4x4
Introdução do bloqueio e da defesa, melhora dos fundamentos e habilidades
técnicas e táticas. Aperfeiçoamento em todos os fundamentos, novas variações. Na
preparação física, continuação da preparação física geral e o aperfeiçoamento de
todas as habilidades relativas aos fundamentos (SANTOS, 1999).
CAPÍTULO 6
HISTÓRIA DO TENIS
Existem diferentes maneiras de contar a história do tênis, com relatos que vêm
de períodos variados da humanidade. Porém, os mais antigos começam no século V,
presentes tanto no Egito, quanto nos países europeus. Naquele momento, o que era
praticado era o tênis de campo - bem diferente do que conhecemos agora: não havia
raquetes e as bolas eram rebatidas com as mãos.
No século XII, porém, o esporte continuava a ser jogado com as mãos, mas o
formato já era mais similar ao atual. Chamado pelos franceses de “jeu de paume”
(jogo da palma), os monges o disputavam em ambientes fechados, que foram os
primeiros registros do surgimento do tênis de quadra. Ali, o objetivo dos jogadores
era arremessar a bola contra a parede e rebatê-la.
Imagem xx:
Fonte:https://images.lanouvellerepublique.fr/image/upload/t_1020w/f_auto/5dea6df80a262447168b456a.jpg
Durante muito tempo os franceses adoravam jogar ténis, esporte herdeiro de jogos
antigos, como os jogos de fenida dos gregos ou pila trigonalis dos romanos. A filiação,
no entanto, não é tão simples, e a falta de fontes deixará, sem dúvida, esta questão
para sempre em suspenso. As primeiras referências à prática de jogos de bola na
França, no entanto, datam do século XII.
Jean Beleth, um escritor do século 12, relata que os monges jogavam uma bola de
trapo uns aos outros com a ajuda das paredes e vigas do claustro. Este jogo logo se
libertou dos conventos e tomou as ruas, com jogadores usando copas ou telhados de
O jogo de tênis atingiu seu auge no final do século XV e início do século XVI. Com
as mãos nuas, equipadas com um batedor ou uma raquete, jogamos em casas de
jogo ou na rua. É uma verdadeira loucura que toma conta do país. O Clero não ficou
de fora, e o Conselho de Sens em 1485 teve de revogar a proibição feita aos religiosos
de jogar o jogo, nem, sem sucesso, algumas igrejas foram sequer recicladas em sala
de jogo! O clero, sobrecarregado, acabará por autorizar a Palma, sob certas condições,
em 1528.
Ilustração xx: Um senhor e a sua raquete de palma, numa gravura do século XVII
Fonte:https://images.lanouvellerepublique.fr/image/upload/t_nc768w/f_auto/5dea7265e64100903f8b456a.jpg
Ao mesmo tempo, o jogo foi exportado para a Inglaterra, e a primeira casa de jogo
foi aberta em Oxford em 1595. Reza a lenda que o esporte foi introduzido lá pelo
Duque de Orléans. Capturado na Batalha de Agincourt em 1415, ele permaneceu cativo
por duas décadas no Castelo Wingfield em Norfolk, onde praticava a palmeira todos
os dias. Quatro séculos depois, um certo Walter Clopton Wingfield, descendente do
castelão de Wingfield, participará da criação do tênis, filho legítimo da palmeira.
A Revolução, que eclodiu logo após o juramento do tênis, assinou o canto do cisne
da palma. Considerado muito aristocrático, o jogo é evitado pelas novas elites. O Jeu
de Paume é deixado para morrer. Os últimos quartos na França estão abandonados.
Apenas o Sudoeste, e o País Basco em particular, resiste a este fenómeno e apodera-
se das restantes instalações. Os novos jogadores simplificarão as regras, removerão
a rede e a grade e, presumivelmente, darão origem à pelota basca. As bugigangas da
pelota conservam ainda hoje a galeria, símbolo dos jogos de tênis.
6.2 O jogo
O tênis teve sua origem na França, em meados do século XIII. O “jeu de paume”
(jogo da palma) foi o precursor da modalidade, uma espécie de tênis primitivo. O jogo
era tradicional na época e não se usavam raquetes, os jogadores utilizavam as mãos
para rebater a bola na parede.
Logo alguns jogadores passaram a usar luvas, e então, no século XIV, foi implementado
o uso de um utensílio de madeira em forma de pá, conhecido como “battoir”. Era o
nascimento da raquete, inventada pelos italianos, que mais tarde ganhou cabo e cordas.
Não demorou até o tênis deixar de ser jogado contra a parede e passar a ser
praticado em um retângulo dividido ao meio por uma corda, com até 6 jogadores de
cada lado. O jogo recebeu então o nome de Longue-Paume. O termo Tênis deriva do
francês Tenez, que significa “Pega” (verbo pegar no imperativo), expressão exclamada
pelo jogador ao sacar a bola.
Para se ter uma ideia do crescimento da modalidade na França, o rei Luiz XII (1498
a 1515) mandou construir em Orleans, cidade onde tinha seu palácio, nada menos
que 40 quadras de tênis!
Por volta de 1875, o inglês Walter Wingfield divulgou o jogo Lawn Tennis e rapidamente
passou a comercializar os equipamentos e instruções necessários para a prática (rede,
livro de regras, bolas de borracha e raquetes). Tempos depois, o nome do jogo foi
substituído pela denominação que é conhecida até hoje: Tênis – do francês tenez,
que significa “segure” (expressão utilizada pelo jogador ao realizar o saque). O Tênis
passaria a compor a lista das modalidades originárias do movimento esportivo inglês
do século XIX, embora a experiência francesa anterior também demonstrasse estar
ligada à gênese da modalidade.
A modalidade se espalhou pela Europa em poucas décadas, tornando-se necessária
a construção de um espaço que abrigasse um público significativo. Assim, em 1877,
foi construído o Estádio de Wimbledon, na Inglaterra. A ideia era a de abrigar o primeiro
torneio internacional de Lawn Tennis. Ao longo das próximas décadas, o estádio passaria
a ser considerado o mais tradicional para prática esportiva.
Wimbledon tornou-se um sinônimo de requinte e luxo. No ano seguinte ao primeiro
jogo, foi fundada a Lawn Tennis Association. Quatro anos depois foi fundada nos
Estados Unidos a Associação Nacional de Lawn Tennis.
O sucesso da prática fez com que fosse um dos nove esportes incluídos nos primeiros
Jogos Olímpicos da Era moderna, em Atenas 1896. Já as mulheres competiram pela
primeira vez nos Jogos de 1900, em Paris.
Apesar do pioneirismo olímpico, a modalidade ficou excluída do programa oficial
entre 1928 e 1988. Especula-se que as rígidas regras criadas pelo Comitê Olímpico
Internacional (COI) foram o principal motivo deste hiato na história do Tênis dentro
dos Jogos Olímpicos Mesmo fora das Olimpíadas, de modo oficial, a modalidade
continuou a se difundir com a criação de novos torneios, como a Taça Davis em 1990.
Principalmente a partir do ano de 1908, novas regras foram incorporadas ao esporte.
Em 1912, a Lawn Tennis Association foi extinta, dando lugar à Federação Internacional
de Lawn Tennis (ILTF), que ficou responsável pela uniformização das regras.
Torneios com premiações em dinheiro começaram a se popularizar no final da década
de 1960 e, desse modo, a ILTF passou a admitir tenistas amadores e profissionais
disputando as mesmas competições.
Em 1972, foi criada nos Estados Unidos, a Associação dos Tenistas Profissionais
(ATP) e alguns anos depois foi fundada a Federação Internacional de Tênis (ITF),
entidade responsável pela organização do esporte até os dias atuais.
O Tênis teve sua gênese no Brasil após a chegada de técnicos e engenheiros ingleses,
no final do século XIX, que desembarcaram no Rio de Janeiro e em São Paulo trazendo
bolinhas e raquetes na bagagem. É mais uma das versões dos mitos fundadores do
esporte nacional: aquela ideia de ressaltar, de modo dicotômico, a iniciativa individual
de alguns jovens da elite.
São tantas as modalidades introduzidas neste período – final do XIX e início do
XX – que alguns estudiosos do esporte afirmam que ocorria no Brasil um “boom
esportivo”, devido à forte influência franco-britânica. A modalidade em seu início, como
tantos outros esportes, esteve ligada à Confederação Brasileira de Desportos (CBD).
Tal entidade adquiriu poder no período do Estado Novo de Vargas, ganhando um
forte caráter político e ideológico no gerenciamento do esporte nacional. Isto só foi
modificado com a criação de uma entidade própria em 1955, a Confederação Brasileira
de Tênis (CBT), que hoje conta com mais de 33 mil jogadores registrados.
Apesar de ser um esporte de fama elitista, o Tênis encontra-se entre os dez mais
praticados no Brasil, com aproximadamente dois milhões de praticantes e mais de
350 torneios por ano, movimentando cerca de 1,8 bilhão de reais, inclusos aí gastos
com a prática em si e organização de torneios, além daqueles referentes à mídia e aos
patrocínios de atletas e competições e também das premiações dos atletas vencedores.
Existem duas figuras principais entre os atletas brasileiros do Tênis. Estes marcaram
e modificaram a história da modalidade e provavelmente serão lembrados por muito
tempo como ícones do esporte. Entre as mulheres, Maria Ester Bueno, que conquistou
65 torneios internacionais de simples e 90 de duplas nas décadas de 1950-60, sendo
que dentre eles estão todos os Grand Slam, inclusive o tricampeonato de Wimbledom
(59, 60, 64). Já Gustavo Kuerten (o Guga), com certeza o maior representante dentre os
homens, consagrou-se após conquistar Roland Garros três vezes (1997, 2000 e 2001)
e alcançar o topo do ranking em 2000, mas principalmente por ganhar a simpatia de
milhões de brasileiros, que atribuíam a ele uma imagem de extroversão, simplicidade e
humildade. Tais qualidades, dificilmente encontradas em atletas do seu nível, fizeram
dele um símbolo do Tênis brasileiro, um herói nacional em um país carente de ídolos
esportivos que não sejam futebolistas. Em contrapartida, seu desempenho nos Jogos
Olímpicos não foi o esperado, e mesmo como melhor do mundo no ano de 2000, não
passou das quartas de final nos Jogos da cidade de Sydney.
Para que uma história olímpica vencedora possa ser construída pelo Tênis brasileiro
– até hoje o melhor resultado foi apenas um 4° lugar de Fernando Meligeni em Atlanta,
1996 – o foco tem que ser dado aos jovens atletas, ou seja, os investimentos devem
ser feitos na base, pois um país forte em determinado esporte não pode depender
do aparecimento espontâneo de ‘’atletas-fenômenos’’ como ocorreu com Guga, mas
sim, de um planejamento consistente e efetivo para o mesmo.
CAPÍTULO 7
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
7.1 Raquete
A empunhadura tem a ver muito com o jogo de cada atleta, desenvolvido na iniciação
com o professor ou da maneira como seu treinador te ensinou essa “pegada” na
raquete – que acaba influenciando no padrão e estilo de jogo.
A influência do técnico, importante dizer, tem relação com o alto rendimento, não
com a iniciação ou com o jogador intermediário. Vou dar um exemplo. Roger Federer e
Grigor Dimitrov possuem um estilo muito parecido, tudo por conta das empunhaduras
iguais e que tornam o padrão igual dos dois também. Não é à toa que Dimitrov é
apontado como possível sucessor do suíço no circuito profissional.
Eastern: Usada por iniciantes, a Eastern é ideal para golpear bolas mais retas. Essa é a
empunhadura utilizada para produzir top spin, com o ponto de contato na linha da cintura
e no ombro. Entretanto, as bolas acima do ombro são mais difíceis de serem rebatidas.
Federer e Dimitrov jogam mais com essa empunhadura. Quem está começando no tênis
normalmente usa a Eastern para sacar e, com o tempo, passa para a Continental.
Semi Western: É uma empunhadura mais moderna, que produz um golpe firme com
regularidade e top spin, boa para bolas altas e a média altura. Muitos profissionais jogam
com essa empunhadura, tais como Andy Murray, Serena Williams e Jo-Wilfried Tsonga. Para
iniciantes, a bola baixa oferece grau de dificuldade maior, mas não para os profissionais
– que utilizam o punho para “consertar” a bola.
7.2 A bola
As primeiras bolas utilizadas no jogo de tênis eram de couro, muito duras, não
pulavam na grama e não tinham tamanho padronizado. Posteriormente, surgiu a bola
de borracha lisa, sem nenhum revestimento. Com o avanço tecnológico, as bolas de
borracha, que eram de difícil controle, foram substituídas inicialmente por fios de lã
enrolados, para garantir o controle necessário pelo jogador. Atualmente, elas são de
borracha, revestidas por feltro, obtido com mistura de lã e nylon.
Graças ao avanço rápido para do esporte em meados do século XIX: o tênis de grama
se tornou-se popular entre os mais abastados da Europa, graças à invenção e futura
patente em 1844 de Charles Goodyear, a borracha vulcanizada. Neste período, as bolas
tinham uma coloração avermelhada ou acinzentada e não tinham nenhuma cobertura
de outro material, foi quando o Sr. John Moyer Heathcore (um dos colaboradores na
criação das regras do tênis de grama) sugeriu cobrir as bolas que eram de borracha
um tecido semelhante a uma flanela.
A partir dos anos 1920, as bolas de tênis foram pressurizadas e recobertas com
feltro para otimização de seu efeito aerodinâmico. Porém devido a essas mudanças
as bolas deviam ser armazenadas em latas ou tubos hermeticamente fechados para
não perderem o seu desempenho.
Desde aquela época até os dias de hoje a segurança das bolas de tênis é testada
minuciosamente: a Federação Internacional de Tênis (ITF) tem códigos rígidos de
que qualquer bola jogada de uma altura de 254 cm no concreto deve recuperar entre
135 cm e 147 cm e deve ser testada sob uma temperatura uniforme de 20°C, 60% de
umidade e pressão atmosférica de 102 kPa. Da mesma forma, o diâmetro de uma bola
de tênis deve estar entre 65,41 mm e 68,58 mm e ela deve pesar entre 56 g e 59,4 g.
Por fim, a partir de 1972 e com a chegada das transmissões de TV em cores, o
“amarelo ótico” se tornou a cor padrão para todas as bolas de tênis, a fim de aumentar
a visibilidade do jogo para os espectadores. Antes disso, todas as bolas eram brancas.
TIPOS
Bolas para quadra dura (ou rápida): Esse tipo tem, em sua mistura, maior
quantidade de lã natural que artificial no feltro, pois a lã natural oferece maior atrito
e, consequentemente, isso a deixa um pouco mais lenta. Esse fator também interfere
na durabilidade da bola.
Bolas para quadra de saibro (ou lenta): As bolas para quadras lentas possuem maior
quantidade de lã artificial, que é mais “lisa”, resultando em menos atrito e tornando
o jogo mais rápido.
Bolas para todo tipo de quadra: Esse tipo de bola “all court” é o “feijão com arroz”,
pois se trata de uma mistura homogênea de lã natural e artificial na composição do
feltro, tornando-se ideal para qualquer superfície.
CAPÍTULO 8
REGRAS BÁSICAS DO TÊNIS
A Quadra
Os centros dos postes devem ficar a 0,914 do lado de fora da quadra e a altura
dos postes deve ser tal que o topo da corda ou cabo metálico fique a 1,07 m do solo.
Quando uma quadra serve para os jogos de simples e de duplas, a mesma deverá
estar provida com dois postes de sustentação da rede (paus de simples) com uma
altura de 1,07m, e de não mais de 7,5cm de largura ou de diâmetro, cujos centros
deverão estar colocados a 0,914 m para fora da quadra de simples.
A altura da rede, no centro, deverá ser de 0,914m sendo que a rede deve ser uma
malha suficientemente pequena para evitar que a bola atravesse. Para manter essa
altura, usa-se uma fita de não menos do que 5 cm e não mais do que 6 cm e de cor
branca.
Não deve existir anúncios na rede, fitas ou paus de simples. Se forem colocados
anúncios ou qualquer tipo de material no fundo da quadra, ou nas cadeiras dos árbitros
de linha, eles não poderão conter as cores branca ou amarela. Cores claras somente
poderão ser utilizadas caso não interfiram na visão dos jogadores.
• Piso duro: é um tipo de piso que favorece o jogo mais rápido e pode ser composto
por cimento ou por um piso emborrachado. O Australian Open e o US Open são
torneios que utilizam esse tipo de piso.
A bola que foi sacada deve passar sobre a rede e atingir o solo dentro da área que
esteja diagonalmente oposta, ou sobre qualquer linha delimitando tal área, antes do
recebedor devolvê-la.
Quando Sacar: O sacador não deve sacar até que o recebedor esteja pronto. Se
este último tenta devolver o saque, ele será considerado como se estivesse pronto. Se,
entretanto, o recebedor indica que não está pronto não poderá reclamar um fault do
sacador pelo fato de a bola não tocar o solo dentro dos limites fixados para o saque.
Ordem de Serviço: Ao final do primeiro game, o recebedor deve tornar-se sacador,
o sacador passa a ser recebedor e assim, alternadamente, em todos os games
subseqüentes da partida. Se um jogador serve fora de ordem, o jogador que devia ter
sacado deve sacar tão logo o engano seja descoberto, mas todos os pontos disputados
antes de tal descoberta devem ser mantidos. Se o game tiver sido completado antes
da descoberta, a ordem de saque permanece alterada. Um fault havido antes da
descoberta não deve ser considerado.
Troca de Lado: Os jogadores devem trocar de lado no fim do primeiro, terceiro e
a cada game ímpar subsequente de cada set e no final de cada set, a menos que
o total de games naquele set seja par, caso em que a troca não é feita até o fim do
primeiro game do set seguinte. Se um engano é cometido e a sequência correta não é
seguida, os jogadores devem tomar suas posições corretas tão logo seja descoberto
e seguir a sequência original.
O Sacador Ganha o Ponto : a) Se a bola sacada, não sendo um let conforme a
Regra (anexo 1) 14, toca o recebedor ou qualquer coisa que ele vista ou carregue,
antes de tocar o solo; b) Se o recebedor de qualquer modo perde o ponto, de acordo
com o previsto na Regra 20 (anexo 1).
Contagem no Game:
a) Se um jogador vence seu primeiro ponto, a contagem é 15 para aquele jogador;
vencendo seu segundo ponto, a contagem é 30; vencendo seu terceiro ponto, a
contagem é 40 para aquele jogador, e o quarto ponto vencido por um jogador dá o
game para ele, exceto como abaixo:
Se ambos os jogadores tiverem vencido três pontos, a contagem é “iguais”. O ponto
seguinte vencido por um jogador dá a vantagem para aquele jogador. Se o mesmo
jogador vence o ponto seguinte, ele vence o game; se o outro jogador vence o ponto,
a contagem fica novamente “iguais”. E assim por diante, até que um jogador vença
dois pontos imediatamente seguintes à contagem “iguais”, quando o game é marcado
para aquele jogador.
Duplas
Em duplas, um procedimento similar ao de simples deve ser aplicado. Em iguais,
A Dupla Recebedora deve escolher se deseja receber o saque da metade direita ou
da metade esquerda da quadra.
A dupla que vencer o ponto decisivo ganha o game.
Duplas Mistas
Em duplas mistas, um procedimento um pouco diferente deve ser aplicado como
segue: Em iguais, com o homem sacando, ele deve sacar para o homem da dupla
adversária independente de qual metade da quadra ele (recebedor) está, e quando a
mulher estiver sacando, ela deve sacar para a mulher da dupla adversária.
Contagem no Set
a) Um jogador (ou jogadores) que primeiro vencer 6 games, vencer um set. Ressalte-
se que ele precisa vencer por uma margem de 2 games sobre o seu oponente e,
quando necessário, um set deve ser prolongado até que esta margem seja atingida.
b) O sistema de tie-break de contagem pode ser adotado como uma alternativa
para o sistema do parágrafo A, desde que isto seja anunciado antes da partida. Neste
caso as seguintes regras deverão ser aplicadas:
SIMPLES
I. Um jogador que primeiro ganhar 7 pontos vence o game e o set, desde que
esteja à frente por uma margem de 2 pontos. Se o placar ficar igualado em 6
pontos, o game deve ser estendido até que esta margem de dois pontos de
vantagem seja atingida. A contagem deverá ser numérica durante o tie-break.
II. jogador a quem cabia sacar, deve ser o sacador para o primeiro ponto. Seu
adversário deverá ser o sacador para o 2º e 3º pontos e, daí em diante, cada
jogador deve sacar alternadamente por 2 pontos consecutivos até que o vencedor
do game e, consequentemente do set seja conhecido.
III. Desde o primeiro ponto, cada saque deve ser efetuado alternadamente do lado
direito e do lado esquerdo da quadra, começando pelo lado direito. Se ocorre
saque de uma metade errada da quadra e é percebido, todos os pontos resultantes
deste saque ou saques errados devem permanecer, mas a posição deve ser
corrigida imediatamente após a descoberta.
IV. Os jogadores devem trocar de lado após cada 6 pontos e na conclusão do tie-
break.
V. tie-break deve ser contado como um game para efeito da troca de bolas, exceto
que, se as bolas devessem ter sido trocadas no início do tie-break, a troca deve
ser adiada até o 2º game do set seguinte.
DUPLAS
Em duplas, deve ser aplicado o mesmo procedimento de simples. O jogador que
tinha a vez de sacar deve ser o sacador para o primeiro ponto. Dali em diante cada
jogador deve servir em rotação por 2 pontos, na mesma ordem do set em andamento,
até que os vencedores do game e do set sejam conhecidos.
O jogo pode ser jogado em melhor de 3 sets (o jogador/time precisa vencer 2 sets
para ganhar a partida) ou melhor de 5 sets (o jogador/time precisa vencer 3 sets para
ganhar a partida).
8.2 Juízes
O tênis é um dos esportes com maior número de árbitros: são 12, divididos em
sete categorias diferentes.
Juiz de cadeira: é o árbitro mais importante do jogo. Ele é responsável por comandar
a partida e aplicar sanções, quando necessárias. Ele fica posicionado entre os dois
campos, assim podendo acompanhar todos os movimentos dos atletas.
Juiz de saque: são os árbitros que fiscalizam se o saque está sendo realizado
dentro das normas, respeitando as linhas. Duas pessoas exercem essa função - uma
de cada lado da quadra
Juiz de serviço: aqui, mais dois juízes observam se o jogador pisou ou não na
linha no momento de sacar
Juiz de rede: é aquele que verifica se houve ou não toque da bola na rede
Juiz de linha: dois juízes de cada lado da quadra observam se o saque entrou na
área de serviço
Juiz central de linha: dois juízes verificam se a bola está caindo corretamente no
outro lado da quadra após o saque
Juiz de fundo de quadra: o juiz de fundo de quadra tem, normalmente, mais de
uma atribuição. Ele pode desclassificar os jogadores por má conduta ou suspender
uma partida por conta de uma chuva, por exemplo.
Essa disputa tornou-se tão emblemática que levou o nome de seu criador. Hoje, o
Grupo Mundial da Copa Davis — a divisão principal — é disputada por 16 países. Os
demais países participam do Grupo de Acesso, divididos em zonas continentais.
Fonte: https://blog.lptennis.com/8-curiosidades-sobre-o-jogo-de-tenis/
Anexo I
CAPÍTULO 9
A LINGUAGEM DO TÊNIS
Como todos os esportes, é comum que se tenha algumas linguagens que designam
ações, ou movimentos técnicos.
Existem quatro torneios mais importantes do tênis de quadra, que são chamados de
Grand Slams. Eles são mais longos que os demais e atribuem uma maior pontuação
no ranking mundial, assim como maiores premiações.
São eles:
Australian Open
O torneio conhecido como Australian Open (Aberto da Austrália) acontece em
Melbourne, na Austrália, durante o mês de janeiro. O terreno utilizado é o piso duro.
Roland Garros
O torneio de Roland Garros é realizado em Paris, na França, entre os meses de
maio e junho. Nesse caso, o piso é o saibro.
Wimbledon
O torneio de Wimbledon é realizado em Londres, na Inglaterra, entre os meses de
junho e julho. O terreno utilizado na competição é a grama.
US Open
A competição conhecida como US Open (Aberto dos Estados Unidos) ocorre em
Nova Iorque, nos Estados Unidos, entre os meses de agosto e setembro. É aplicado
o piso duro durante o torneio.
ACE: A bola é servida tão bem que o recebedor não consegue sequer tocá-la na
tentativa de devolvê-la.
ADVANTAGE: AD: Vantagem no serviço, após a contagem de 40 a 40.
ADVANTAGE IN: AD-IN: Vantagem a favor do sacador.
ADVANTAGE OUT: AD-OUT: Vantagem contra o sacador.
BACKHAND: Golpe usado para devolver a bola recebida do lado esquerdo do
jogador, após ter tocado no solo, sendo conhecido, também, como golpe de esquerda
(considerando-se o indivíduo destro).
GAME: Jogo. É a parte do ¨SET¨ completada, quando o jogador totaliza (4) quatro pontos
(15,30,40-GAME) ou (2) dois pontos consecutivos após o ¨¨DEUCE¨ (contagem de 40 a 40).
GRAND SLAM: Título conferido ao tenista que, no mesmo ano, vence os torneios
internacionais de maior prestígio, ou seja: Aberto da Austrália; Aberto da França (Roland
Garros); Wimbledon e Aberto dos EUA.
GRIP: Empunhadura. É o modo de segurar a raquete; para iniciantes é aconselhável
utilizar a continental.
HALF VOLLEY: Bate pronto. Golpear imediatamente após a bola ter tocado o solo.
HEAD: Cabeça da raquete. É a parte da raquete usada para golpear a bola; compreende
o aro e o encordoamento.
LET: Quando a bola de serviço toca a rede e passa para o campo adversário, caindo
dentro do retângulo de serviço correto, obrigando-o, assim, a repetir essa bola. Não confundir
com a expressão ¨NET¨ que significa REDE.
LIFT: Movimento de rotação da bola no sentindo da sua trajetória – efeito ascendente.
LOB: É a bola golpeada para o alto, usada como recurso para encobrir o adversário
que se encontra junto à rede.
LOVE: Zero – usado na contagem de pontos. (No jogo de tênis, love significa zero ponto.)
MATCH: Partida, encontro, jogo.
MATCH POINT ou OUT: Quando falta um ponto para terminar a partida.
NET: REDE.
PASSING SHOT: Quando a bola é colocada fora do alcance do jogador que está na rede.
SERVE: Saque. Golpe usado para iniciar o ponto de uma partida de tênis.
SET: O equivalente a seis “games”. O jogador que fizer primeiro seis ¨games” será
o vencedor do ¨set¨, tendo de fazê-lo por uma diferença mínima de dois ¨games¨.
SET BALL OU SET POINT: Quando falta um ponto para terminar o ¨set¨.
SMASH ¨(CORTADA): Golpe de difícil execução, alto, realizado de cima para baixo,
usado para devolver o ¨LOB¨.
SPIN: Movimento de rotação que se imprime à bola com um golpe executado com
a raquete.
STROKE: Golpe, batida.
TENNIS ELBOW: Doença dos tenistas que acomete a região do cotovelo, conhecida
também por epicondilite.
TIE BREAK: Término rápido do ¨SET¨
TOP SPIN: É um movimento de rotação (efeito) da bola no sentindo de sua trajetória.
TOSS: Sorteio para o início da partida.
VOLLEY-VOLEIO: O jogador golpeia a bola antes que ela toque o solo.
W.O.- (WALK OVER): Ausência, não comparecimento ao local do jogo.
CAPÍTULO 10
ENSINANDO O TÊNIS
REDE
A rede pode ser substituída por qualquer tipo de obstáculo: elásticos, fitas zebradas
e retalhos de tecidos na altura de 80cm. É possível também adquirir mini redes de
tênis, que possuam preços mais acessíveis, em lojas especializadas.
QUADRA
Como será praticado por crianças, a quadra não precisa ter a medida oficial e pode
ser menor. Para crianças mais novas, as áreas de jogo podem ter de 8 a 12 metros, e
com jovens e adolescentes podemos usar as medidas de uma quadra de vôlei: 18m. É
importante ressaltar que qualquer quadra poliesportiva pode ser dividia em pequenas
quadras para que toda turma participe da atividade, e o professor otimize o espaço.
BOLINHA
Para as crianças que estão tendo o primeiro contato com o esporte deve-se usar
bolinhas 75% mais leves e mais lentas que as oficiais. Portanto, as bolinhas podem
ser substituídas pelas feitas com papel machê, bexiga, isopor ou jornal. Ou então, use
aquelas de piscinas de bolinhas que são bem mais baratas e podem ser encontradas
a preços acessíveis em mercados populares.
RAQUETE
A raquete, um dos equipamentos principais para o tênis, também pode ser montada
de forma alternativa e com custos bastante reduzidos. Ela pode ser substituída por
uma feita com um cabide de alumínio coberta por uma meia fina ou construir uma
raquete com papelão.
Para a confecção da raquete de papelão foi utilizado papelão, cola e fita adesiva. Dois
pedaços de papelão foram recortados em formato de uma raquete e colados um ao
outro para que ficasse mais firme. Após isso a raquete de papelão foi encapada com
fita adesiva.
Exercício 5 - “1 x 1”
Objetivo - Defender o alvo (chão) familiarizando-se com a utilização do espaço de
quadra/ jogo quando é permitido o quique de bola.
Descrição, orientação e variações - Descrição do jogo: Divide-se a turma em duplas.
O jogo se desenvolve dentro dos quadrados, o objetivo é o recorde de troca de bolas
mão-mão (sem implemento). Para isso, uma pessoa, que começa com a bola, deve
lançá-la dentro do espaço do quadrado e a outra tenta pegar a bola depois que ela
der o primeiro quique e assim sucessivamente, de modo a não deixar a bola quicar
duas vezes no chão ou sair da quadra. Tamanho da quadra: Variável (3m x 3m; 4m
x 4m) Orientações pedagógicas: Nessa atividade orienta-se que cada pessoa fique
30 segundos a 1 minuto lançando a bola depois inverte-se as funções, é também
interessante que essa atividade tenha trocas de parceiros ou parceiras nas duplas.
Variação: Não houve variações.
em 2 partes por uma rede ou por corda, por pratinhos). Nesse momento, o jogador utilizará
a palma da mão para rebater a bola com dois contatos, o primeiro contato “amortece a
bola”, depois de um quique no chão, ele rebate a bola para o outro lado. Quando o jogo for
em duplas, um da dupla recebe a bola para a outra pessoa rebater a bola para o campo
adversário. A ideia do duplo contato ou passar a bola para outro componente é poder ter
o tempo de preparo e melhores condições da equipe para promover o ataque e a defesa.
Quem não receber a primeira ou a segunda bola, deve preparar-se posicionando o corpo
para atacar. Tamanho da quadra: Variável (3m x 3m; 4m x 4m) Orientações pedagógicas:
Nesse jogo é importante ressaltar o distanciamento que ocorre na lógica interna do jogo, já
que o tênis não é permitido o duplo toque ou passar para outro componente da equipe. O/a
professor/a deve deixar isso claro e perceber que essa estrutura de jogo é para iniciantes
e que ainda estão com dificuldades com a posição de expectativa defensiva e preparo
para o ataque. Variação: Com a adaptação à atividade, realizar esse mesmo jogo, mas ao
invés da utilização das mãos utilizar as raquetes.
CAPÍTULO 11
TENIS DE MESA
A diferença entre tênis de mesa e ping pong está nas regras. O tênis de mesa é
considerado um esporte e é jogado com regras oficiais, enquanto o ping pong pode
ser jogado com regras combinadas no momento, por ser uma atividade recreativa.
Porte ter regras mais rígidas, o tênis de mesa precisa de uma bolinha específica
(mais leve do que costuma ser utilizada no ping pong), raquetes homologadas, 100%
de madeira, entre outras. Existem regras limitando o saque e até mesmo a cor da
camisa do jogador (que não pode ser da mesma cor da bolinha).
Em 1942, o tênis de mesa teve suas regras traduzidas para o português e foi
oficializado pela Confederação Brasileira de Desporto (MARINOVIC; IIZUKA;NAGAOKA,
2006).
O Comitê Olímpico Internacional reconheceu o tênis de mesa como esporte olímpico
no ano de 1977, tendo sido introduzido nos jogos olímpicos de Moscou em 1980.
O TÊNIS DE MESA
Caracteriza-se por um jogo de disputa de simples ou duplas, realizado,
preferencialmente, em locais fechados. Os jogadores utilizam suas próprias raquetes,
as quais são utilizadas pelos mesmos para se golpear a bola para o lado da mesa
do adversário, realizando golpes para que o oponente tenha dificuldade de repetir a
mesma ação. O jogo acontece em uma mesa, dividida em duas partes iguais por uma
rede, a qual a bola deve passar sobre ou no entorno da mesma.
A ação em jogo tem que ser multicoordenada, pois ocorre em um contexto de
inúmeras variáveis. Somado a isso se observa um tempo ínfima para tomada de
decisões, alta precisão e baixa predição nas ações dos adversários. Com base no
exposto, observa- se que as tarefas dos mesatenistas são complexas e variáveis
em todo transcorrer do jogo, o que exige dos atletas um alto conteúdo emocional e
cognitivo. o ténis de mesa como
um jogo repleto de conflitos e tensão psicológica, descrito em um contexto de
interpretação das ações do adversário, em um esforço contínuo para se tomar a
iniciativa da disputa.
O ténis de mesa se caracteriza por uma modalidade a qual o atleta possui pouco
tempo para a tomada de decisão. o tempo que separa o início da aceleração final
da ponta do efector a partir do momento de contacto com a bola é frequentemente
inferior a 200 milésimos de segundo, o que necessita principalmente de
automatização, mas demonstra também que as demais competências devam
auxiliar ao mesatenista, não apenas em sua preparação, mas também em seu
desempenho desportivo.15
As formas de disputas no tênis de mesa são:
I. Individual feminino
II. Individual Masculino
III. Dupla Feminina
IV. Dupla Masculino
V. Dupla Mista
VI. Equipe feminina
VII. Equipe Masculina
Uma lenda do tênis de mesa brasileiro completa 70 anos nesta sexta-feira (26):
Ubiraci Rodrigues da Costa, o Biriba, teve uma carreira curta, mas meteórica, atingindo
feitos até hoje nunca igualados. Não à toa, chegou a dividir as atenções do esporte
nacional com ícones como Pelé e a ex-tenista Maria Esther Bueno. Mesmo distante
das competições, sua relação com o tênis de mesa segue viva, movida pela paixão
que guarda pela modalidade.16
Biriba começou a brilhar logo aos 11 anos, quando conquistou seu primeiro título
sul-americano. No entanto, os olhos do mundo se abriram para ele em 1958. Em meio
às comemorações dos 50 anos da imigração japonesa no Brasil, dois bicampeões
mundiais, Ichiro Ogimura (1954 e 1956) e Toshiaki Tanaka (1955 e 1957), vieram ao
país para uma série de exibições. Do outro lado da mesa, estava o jovem prodígio do
tênis de mesa brasileiro, que surpreendeu a todos.
Hugo Hoyama
Lígia começou a treinar tênis de mesa aos 13 anos, na Vila Olímpica da cidade.
O esporte não era a primeira opção; ela iria se inscrever nas aulas de natação, mas
como o professor havia faltado, foi parar na escolinha de tênis de mesa. Mudou-se
para Santos aos 17 anos, para se aperfeiçoar, quando foi convocada para a Seleção
Brasileira Juvenil. 16
Participou de três Olimpíadas: Sydney 2000 (fez história ao se tornar a primeira
mulher do país a disputar o torneio individual olímpico), Atenas 2004, Londres 2012.
Integrou a seleção brasileira de tênis de mesa que participou dos Jogos Pan-
Americanos de 1999 em Winnipeg, Jogos Pan-Americanos de 2003 em Santo Domingo,
Jogos Pan- Americanos de 2007, no Rio de Janeiro e a que foi aos Jogos Pan-Americanos
de 2011 em Guadalajara. Nos Jogos Pan-Americanos de 2015, juntamente com Caroline
Kumahara e Gui Lin, conquistou a medalha de prata, ao serem derrotadas pela seleção
estadunidense.
Em 2015, foi indicado pela primeira vez ao ITTF Star Awards, a mais importante
premiação do Tênis de mesa, como atleta revelação do ano.
Em 2018, tornou-se o primeiro brasileiro finalista de uma etapa platinum do Circuito
Mundial, no Aberto do Catar, e o primeiro latino americano a figurar no Top-10 Mundial.
Seus bons resultados neste ano fizeram com que a Federação Internacional de Tênis
de Mesa indicasse seu nome ao ITTF Star Awards como melhor mesatenista masculino
do mundo no ano.16
· Hugo é tricampeão latino-americano e atual campeão pan-americano.
· Desde agosto de 2014, Hugo defende a equipe de Ochsenhausen, na primeira
divisão da Bundesliga alemã
Em outubro de 2019, Hugo alcançou a 06ª colocação no Ranking Mundial, melhor
colocação de um Latino Americano.
Gustavo Tsuboi
Já em 2002 Tsuboi mostrou seu talento ao ganhar uma etapa do Circuito Mundial
Júnior em Lima, Peru. Em 2003, ganhou uma etapa no Cairo, Egito e foi vice na etapa
de São Paulo.
Juntamente com Thiago Monteiro e Hugo Hoyama formou a equipe campeã do
tênis de mesa nos Jogos Pan-Americanos de 2007 e 2011. Em 2011, Gustavo Tsuboi
foi campeão da Copa Intercontinental, a vitória mais importante neste torneio foi sobre
o russo Alexey Smirnov (na época o russo era o 23° no ranking mundial). Também
conquistou a Copa Intercontinental por equipes em 2011 junto com Hugo Hoyama,
Cazuo Matsumoto e Thiago Monteiro.
Estas conquistas fizeram com que Tsuboi alcançasse a 89ª posição no ranking
mundial de dezembro/2011 e além de conseguir o feito de ser o nº 1 do Brasil,Gustavo
também foi o nº 1 das Américas, ultrapassando o chinês naturalizado argentino Liu
Song (95° do ranking mundial) e o chinês naturalizado dominicano Lin Ju (101° do
ranking mundial).
Em outubro de 2019, Gustavo Tsuboi alcançou a 28ª colocação no Ranking Mundial.
Cazuo Matsumoto
Thiago foi influenciado pelo pai a entrar no tênis de mesa. Seu pai era treinador da
modalidade em Fortaleza e até os 12 anos de idade dividia sua atenção com o futebol
de salão tendo chegado a ser bicampeão cearense de futsal. Ao obter seu primeiro
título brasileiro no tênis de mesa em 1993, Thiago optou por se dedicar exclusivamente
a este esporte.
A conquista levou o cearense ao Campeonato Sul-Americano de 1995, quando
surpreendeu a todos e ficou com o título individual e posteriormente ingressou na
seleção brasileira em 1998. Às vésperas dos Jogos Olímpicos de Verão de 2000 de
Sydney, Monteiro embarcou para a Suécia em sua primeira temporada na Europa,
fazendo seus planos de participar das Olimpíadas fracassarem. Thiago ainda jogaria
mais um ano na Suécia antes de ir para a França, onde passaria a jogar pelo Bayard
Argentan. Foi um dos destaques brasileiros nos Jogos Sul-Americanos de 2002,
conquistando quatro medalhas de ouro. Nos Jogos Pan-Americanos de 2003, em
Santo Domingo, foi ouro nas duplas e prata no torneio individual.
Thiago participou dos Jogos Olímpicos de Verão de 2004 em Atenas, na Grécia,
chegando a segunda fase do torneio individual perdendo por 4 - 1 para Li Ching de
Hong Kong. Participou também dos Jogos Olímpicos de Verão de 2008 tanto por
equipes como no individual sem ter passado das fases iniciais. 16
Começou muito cedo no clube japonês ACREPA ainda no bairro da Paulicéia em São
Bernardo do Campo. Iniciou seu treinamento com a ex-atleta olímpica Monica Doti na
ACREPA e depois começou a treinar mais vezes por semana em São Caetano do Sul ,
clube que atua até hoje e onde também treinava atletas da seleção brasileira de Tênis
de Mesa como Gustavo Tsuboi, Hugo Calderano, Caroline Kumahara entre outros. 16
Representou o Brasil nos Jogos Olímpicos de Verão de 2016 na competição por
equipes femininas do tênis de mesa. A equipe viria a ser eliminada pela China na
primeira fase. Takahashi perdeu a segunda partida de simples para Li Xiaoxia por 3
games a 0 (8–11, 7–11, 1–11). Foi a primeira latino-americana a ganhar o desafio
de cadetes em 2015, torneio disputado no Egito. Também foi a primeira brasileira a
ganhar um circuito ITTF na Europa (República Checa, 2015).
Israel Stroh
Israel sofreu uma paralisia cerebral por falta de oxigênio durante o parto, mas só
foi descobrir que o comprometimento dos movimentos o possibilitaria de participar
de torneios paralímpicos aos 25 anos de idade, quando se candidatou a uma vaga de
emprego em um jornal. Depois disso, passou pela classificação funcional e começou
sua trajetória no esporte paralímpico. Em 2015, foi prata nos Parapan de Toronto, e no
Rio 2016 faturou sua primeira medalha paralímpica ao ficar com a prata na classe 7. O
paulista tornou-se, ao lado de Bruna Alexandre, o primeiro atleta do país a conquistar
uma medalha individual no tênis de mesa nos Jogos Paralímpicos.
CAPÍTULO 12
EQUIPAMENTOS
A rede que separa as quadras deve manter a altura e tensão ao longo de seus 1,83
m e 15,25cm de altura.
12.2 Raquete
12.3 Bola
CAPÍTULO 13
FUNDAMENTO BÁSICOS
13.1 EMPUNHADURA
Clássica
Segura-se na raquete como se fosse apertar a mão de alguém: coloca-se o cabo
da raquete na palma da mão, com os dedos polegar e indicador paralelamente sobe
a extremidade da borracha e os outros três dedos seguram o cabo da raquete para
dar estabilidade. O lado sobre o qual fica o dedo polegar é chamado de forehand;
enquanto o lado do indicador, de backhand
Caneta
Segura-se na raquete como uma caneta: os dedos polegar e indicador envolvem
o cabo do lado superior, enquanto os outros três dedos localizam-se na superfície
inferior da raquete.
Classineta
Uma das principais variações da empunhadura caneta e o surgimento de um
novo estilo são os Classinetas. Essa empunhadura é uma evolução do estilo caneta
(penholder), a forma de segurar é semelhante à empunhadura caneta com a vantagem
de utilizar a parte de trás da raquete para realizar fundamentos de backhand. Portanto
usasse a raquete com o formato redondo e duas borrachas, uma na parte da frente
e outra na parte de trás “costas” da raquete.
13.1.1 Saque
Imagem: Forehand
Fonte: https://www.hugocalderano.com/wp-content/uploads/2021/11/hugo-calderano-mundial-2013-web.jpg
Imagem: Backhand
Fonte:https://e00-marca.uecdn.es/blogs/desde-el-aula/imagenes_posts/2018/12/28/197135_570x379.jpg
Drive de forehand
É um golpe que utiliza uma angulação mais fechada da raquete e a rotação do
quadril no momento do golpe gerando mais velocidade. Utilizando a parte da frente
da raquete.
Drive de backhand
É um golpe que utiliza uma angulação mais fechada da raquete no momento do
golpe gerando mais velocidade. Utilizando a parte das costas da raquete.
13.1.3 Defesa
Bloqueio
Golpe utilizando para neutralizar o ataque adversário, a angulação da raquete deverá
ficar no ângulo de 90º ou inferior dependendo do ataque do adversário, se o ataque
for com uma bola com efeito deverá fechar o ângulo da raquete e se o ataque só
somente com velocidade deverá bloquear com a raquete no ângulo de 90º
Top spin
Golpe muito complexo que requer um tempo de treinamento para ser executar, é
realizado gerando efeito na bola em um movimento de baixo para cima em diagonal
projetando a bola em parábola.
CAPÍTULO 14
ESTRATÉGIAS DE ENSINO
Importante: nesta atividade e nas demais a seguir, caso o professor não disponha
de uma raquete ou uma bolinha por aluno, o professor pode organizar os alunos em
colunas conforme o número de bolinhas e raquetes disponível e realizar as atividades
em forma de circuitos ou colunas uma de frente para outra. Caso algum aluno não
consiga realizar as atividades com a bolinha, o professor pode pedir para estes alunos
fazer com um balão, deixando assim a atividade mais fácil de ser executada.
Descrição da Atividade Necessidades de Materiais
Atividade 1: O professor deverá entregar uma bolinha e uma raquete para cada aluno onde ele deverá
Bolas e Raquetes
equilibrar a bolinha na raquete sem deixar a bolinha cair no chão.
Atividade 2: Na mesma formação que o professor escolheu na atividade anterior, após os alunos
realizar a atividade por um determinado tempo, o professor deverá solicitar aos alunos para equilibrar Bolas e Raquetes
a bolinha na raquete, deixar a bolinha quicar uma vez no chão e equilibrar novamente.
Atividade 3: Na mesma formação que o professor escolheu na atividade anterior, professor deverá
solicitar aos alunos para equilibrar a bolinha na raquete, jogar a bolinha um pouco para cima e Bolas e Raquetes
equilibrar novamente.
Atividade 4: Na mesma formação que o professor escolheu na atividade anterior, o professor deverá
solicitar aos alunos para quicar a bolinha na raquete uma vez e segurar a bolinha com a mão que Bolas e Raquetes
não está segurando a raquete sem deixá-la cair no chão.
Atividade 5: Na mesma formação que o professor escolheu na atividade anterior, o professor deverá
solicitar aos alunos para quicar a bolinha na raquete duas vezes e segurar a bolinha com a mão que Bolas e Raquetes
não está segurando a raquete sem deixá-la cair no chão.
Atividade 6: Na mesma formação que o professor escolheu na atividade anterior, o professor deverá
solicitar aos alunos para quicar a bolinha na raquete três vezes e segurar a bolinha com a mão que
não está segurando a raquete sem deixa-la cair no chão.
Tabela xx: Atividades propostas
Fonte: Adaptado de (PEREGO, 2019)
DICA: o professor irá fazer uma breve explicação sobre a posição fundamental
que consiste em pernas afastadas, joelhos semiflexionados e o tronco ligeiramente
inclinado para frente, posição semelhante à de recepção no voleibol. Já a batida deverá
ser do mesmo lado do corpo que segura a raquete, ou seja, destro bate com a parte
da frente da raquete com o braço abduzido para a direita e na frente do corpo com o
revés, parte de trás da raquete. Para quem for canhoto deve bater na bolinha com a
parte da frente da raquete na esquerda e com o revés da raquete na frente do corpo
(Forehand e Backhand). Lembrando que é apenas uma introdução neste momento
não sendo necessário o professor exigir a perfeição do movimento de batida e posição
fundamental.
Atividade 1: com carteiras, bancos, elásticos, cordas fitas ou similares, o professor
irá criar pequenas quadras de jogo conforme o espaço disponível. Os alunos deverão
ser distribuídos nestas áreas de jogo onde terá um balão e duas raquetes para cada
área. Os alunos deverão rebater o balão para o lado colega. O professor determina
um tempo para cada aluno realizar a atividade.
Atividade 2: Na mesma formação da atividade 1, o professor irá trocar o balão por
bola de tênis de campo ou bolinha de tênis de mesa, os alunos deverão segurar a
bolinha com a mão livre, quicar uma vez no chão ao lado do corpo que está segurando
a raquete e rebater a bolinha para o outro lado. O colega deverá executar da mesma
forma, segurando a bolinha e rebatendo novamente.
Atividade 3: Na mesma formação da atividade 2, os alunos deverão segurar a
bolinha com a mão livre, quicar uma vez no chão em frente ao corpo e rebater a
bolinha para o outro lado. O colega deverá executar da mesma forma, segurando a
bolinha e rebatendo novamente.
Atividade 4: Na mesma formação da atividade 13, os alunos deverão rebater a
bolinha sem segurar, deixando quicar uma vez em seu campo e rebatendo diretamente
para o campo do colga que deverá fazer o mesmo procedimento.
Variações: conforme a quantidade de materiais a disposição do professor, as
atividades podem ser realizadas em duplas, trios ou equipes. Podendo ser inserido
algumas regras como dois toques ou três toques antes de rebater para o adversário,
instigando assim a socialização e a afetividade entre os alunos. Pode ser feito em
forma de mini jogo aumentando o interesse e a concentração nas atividades.
DICAS: outras atividades que podem ser realizadas para estimular a batida são:
rebater a bolinha contra a parede ou muro, sentados no chão bater na bolinha rasteira
para outro colega, em cima de uma mesa ou carteira rebater a bolinha rasteira para
o colega do outro lado.
CAPÍTULO 15
REGRAS DO TENIS DE MESA
15.1 A PARTIDA
15.2 O SAQUE
1. A bola deve ser lançada para cima (16cm no mínimo), da palma da mão livre na
vertical e, na descida, deve ser batida de forma que ela toque primeiro no campo
do sacador, passe sobre a rede sem tocá-la e toque no campo do recebedor.
2. O saque deve ser dado atrás da linha de fundo ou numa extensão imaginária
desta.
3. Cada atleta tem direito a 2 (dois) saques, mudando sempre quando a soma dos
pontos seja 2 (dois) ou seus múltiplos.
Ex.: 2 a 2 = 4 = 6 a 6 = 12
4. Com o placar 10-10, a sequência de sacar e receber deve ser a mesma, mas
cada atleta deve produzir somente um saque até o final do jogo.
5. O direito de sacar ou receber primeiro ou escolher o lado deve ser decidido por
sorteio (ficha de duas cores), sendo que o atleta que começou a sacar no 1º
set começará recebendo no 2º set e assim sucessivamente.
6. O sacador deverá sacar e retirar o braço da mão livre da frente da bola de modo
que nada esteja entre a bola e o adversário a não ser a rede e suportes.
15.4 UM PONTO
A não ser que a partida sofra obstrução (não vale ponto), um atleta perde um ponto
quando:
1. Errar o saque.
2. Errar a resposta.
3. Tocar na bola duas vezes consecutivas.
4. A bola tocar em seu campo duas vezes consecutivas.
5. Bater com o lado de madeira da raquete.
6. Movimentar a mesa de jogo.
7. Ele ou a raquete tocar a rede ou seus suportes.
8. Sua mão livre (que não está segurando a raquete) tocar a superfície da mesa
durante a seqüência.
Se um atleta der um ou mais saques além dos dois de direito, a ordem será
restabelecida assim que for notado, tendo o adversário que completar o múltiplo de
dois.
Se no último set possível, os atletas não trocarem de lado quando deveriam fazê-
lo, deve trocar, imediatamente, assim que se perceba o erro. A contagem será aquela
mesma de quando a seqüência foi interrompida.
Em hipótese alguma haverá volta de pontos. Todos os pontos contados antes da
descoberta do erro deverão ser confirmados.
15.7 VESTIMENTA
Camisa, shorts e saias podem ser de qualquer cor ou cores exceto que, quando uma
bola branca está em uso somente gola e as mangas da camisa podem ser brancas,
e, quando uma bola laranja está em uso, somente àquelas partes podem ser de cor
laranja.
ELEMENTOS COMPLEMENTARES
LIVRO
FILME
WEB