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ESPORTES

COLETIVOS III
ESPORTES
DE REDES E
DIVISÓRIAS
PROF. FÁBIO BANDERÓ
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA

Prof. Fábio Banderó

ESPORTES
COLETIVOS III
ESPORTES DE
REDES E DIVISÓRIAS

Marília/SP
2022
Diretor Geral | Valdir Carrenho Junior


A Faculdade Católica Paulista tem por missão exercer uma
ação integrada de suas atividades educacionais, visando à
geração, sistematização e disseminação do conhecimento,
para formar profissionais empreendedores que promovam
a transformação e o desenvolvimento social, econômico e
cultural da comunidade em que está inserida.

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salvo quando indicada a referência, sendo de inteira responsabilidade da autoria a
emissão de conceitos.
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SUMÁRIO
CAPÍTULO 01 HISTÓRIA DO VOLEIBOL 07

CAPÍTULO 02 FUNDAMENTOS BÁSICOS I 15

CAPÍTULO 03 CONHECIMENTOS SOBRE O JOGO 29

CAPÍTULO 04 TREINAMENTO 39

CAPÍTULO 05 VARIAÇÕES DA PRÁTICA DO VOLEIBOL 49

CAPÍTULO 06 HISTÓRIA DO TENIS 61

CAPÍTULO 07 PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS 73

CAPÍTULO 08 REGRAS BÁSICAS DO TÊNIS 84

CAPÍTULO 09 A LINGUAGEM DO TÊNIS 93

CAPÍTULO 10 ENSINANDO O TÊNIS 99

CAPÍTULO 11 TENIS DE MESA 107

CAPÍTULO 12 EQUIPAMENTOS 122

CAPÍTULO 13 FUNDAMENTO BÁSICOS 125

CAPÍTULO 14 ESTRATÉGIAS DE ENSINO 132

CAPÍTULO 15 REGRAS DO TENIS DE MESA 136

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INTRODUÇÃO

Caro aluno,

Seja muito bem-vindo a disciplina de esportes de Redes e Divisórias III.

Nesta disciplina você irá estudar sobre as modalidades de esportes mais conhecidas
e desenvolvidas do Brasil, e que vem se destacando nas últimas décadas, sendo a
modalidade que mais alcançou títulos em nível mundial: o voleibol, o tênis e o tênis
de mesa.
A competência geral da nossa disciplina é conhecer métodos de ensino, técnicas,
aperfeiçoamento e preparação física voltadas a esses esportes, e para isso iremos
conhecer detalhadamente todos os aspectos e características deste esporte. Nesta
unidade de ensino teremos como competência técnica o conhecimento dos aspectos
relacionados aos fundamentos e métodos de ensino e a sua evolução histórico-crítica.

Você irá aprender nesta disciplina sobre a história dos esportes, como a modalidade
surgiu no Brasil e no mundo, e como foi sua evolução até alcançar as características
atuais. Além disso, você também conhecerá o “vocabulário técnico”, que são os
termos específicos e que dão nome aos diferentes fundamentos ou ações que
acontecem no jogo e que possuem nomenclatura própria. E, por fim, estudará diferentes
metodologias de ensino para os esportes coletivos. Ao adquirir todo esse conhecimento
você entenderá melhor quais são as particularidades e especificidades dos esportes
para que você tenha total capacidade de desenvolver essas modalidades em diferentes
faixas etárias.

Aproveitem bastante todos os conteúdos...Bons estudos

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CAPÍTULO 1
HISTÓRIA DO VOLEIBOL

O voleibol, atualmente conhecido como vôlei, é um esporte praticado em todos


mundo, sempre necessitando da participação de duas equipes. Esses jogos devem
ser realizados em quadras devidamente demarcadas, que podem ser cobertas, ou não.

1.1 Nascimento e Origens

O vôlei é um dos esportes que vem sendo praticado em quase todos dos países.
Segundo Shondell, (2005), tudo se iniciou no ano de 1895 por um professor chamado
William Morgan, da ACV – Associação Cristã de Moços em Holyoke, Massachusetts/
Estados Unidos sua evolução e desenvolvimento mundial se deu a partir da criação
da Federação Internacional de Voleibol nos anos de 1940 (RIBEIRO, 2008).
Em 1895, procurando dar às suas classes, constituídas de homens de idade avançada,
uma atividade suave e de grande motivação, criou um esporte altamente atlético. Seu
nome inicial foi Minnonette; um ano após a sua criação passou a chamar Volleyball,
talvez por seu toque de voleio (toque no ar).
Este esporte foi inspirado no tênis, observando-se o formato da quadra e a utilização
da rede suspensa que separa as equipes e evita assim, o contato físico entre. Morgan
estabeleceu que a bola deveria ser mantida no ar, por meio de toques, procurando-se
enviá-la ao campo adversário sobre uma rede de 1,98 metros de altura.

Imagem: William George Morgan


Fonte: https://www.esportesc.com.br/wp-content/uploads/2020/11/comemoracao-dos-121-anos-da-criacao-do-voleibol.jpg

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Não havia um número máximo de integrantes em cada time, porém os 2 lados


deveriam ter a mesma quantidade de integrantes em campo; era importante também
que todos os membros fizessem um rodízio, para que assim passassem pela posição
de saque, onde deferia-se sacar a bola para o campo adversário, sempre pisando
sobre a linha de fundo da quadra, cada vez que a equipe adversária cometesse uma
falta. Inicialmente para esse jogo utilizava-se uma bola de basquetebol, porém era
muito dura e pesada, então passou-se a usar apenas a câmara interna dela, só que se
tornou muito leve e de difícil precisão. Com a necessidade específica para o esporte,
foi necessário recorrer a uma empresa especializada em materiais esportivos, A. G.
Spalding & Brothers, após diversos testes foi idealizada uma bola que atendeu as
imposições colocadas pelo professor Morgan.

Imagem: Primeiro Homens Praticantes do Voleibol (ACM – 1985)


Fonte:https://nipobrasileiro.files.wordpress.com/2008/11/1895_william_morgan_ymca.jpg

Inicialmente este jogo ficou restrito ao seu local de origem, algum tempo depois foi
apresentado a duas equipes de Holyoke, e a um grupo de professores de Educação
Física em conferência que acontecia, na Universidade de Springfield, a quem Morgan
confiou sua regulamentação.
Saindo dos ginásios das ACMs, o volleyball passou a ser praticado em locais abertos,
assim construíram então quadras nas praias, estações de veraneio e playground,
aumentando sua popularidade e número de praticantes.
Em 1917 algumas coisas começam a serem alteradas, a rede passa a ficar 2,44
metros de altura do solo, e os games (sets) de 15 pontos. Já no ano seguinte fixou-
se as equipes com o número de apenas seis jogadores cada, e em 1922, foram

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regulamentados os três toques por equipe. Foi 1922 em que se realizou o primeiro
Campeonato Nacional das ACMs dos E.U.A.
Era comum que durante os períodos de descanso os soldados americanos que
lutavam na Durante a Primeira e Segunda Guerra Mundial, praticassem o voleibol,
colaborando para a difusão deste esporte na Ásia e Europa. Já na América do Sul,
coube às ACMs, a divulgação do esporte em cada país que estas eram criadas.

Imagem: Soldados Jogando Vôlei


Fonte: https://www.solbrilhando.com.br/Esportes/Volei_de_Praia/Arquivos/historia_01.jpg

1.2 Evolução e Títulos

O voleibol foi jogado pela primeira vez nos Jogos Olímpicos em 1924, como parte
de um evento especial quando foi apresentado como exibição.
Apenas após a Segunda Guerra Mundial, começou-se a considerar a possibilidade
de adicioná-lo ao programa das Olimpíadas, porém devido a pressão exercida pela
recém-formada Federação Internacional (1947) e algumas confederações continentais.

ANOTE ISSO

O voleibol sentado estreou na Paralimpíada de Arnhem (Holanda), em 1980. Palco


coerente, já que a modalidade surgiu em território holandês, em 1956, para reabilitação
de soldados, combinando o vôlei “convencional” com o sitzball, esporte de origem alemã
(também voltado a pessoas com deficiência). Algumas regras são similares (como
atuar sentado) e outras nem tanto: no sitzball, a bola pode quicar no solo.
Fonte:https://portalcorreio.com.br/paralimpiada-conheca-mais-sobre-o-volei-sentado-na-toquio-2020/

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O primeiro campeonato Mundial ocorreu apenas em 1949, e o ingresso no quadro


de esportes Olímpicos em 1957 graças a um torneio de exibição do esporte durante
a 53ª sessão do COI em Sófia, Bulgária. Porém somente nas Olimpíadas de 1964 no
Japão foi praticado pela primeira vez como esporte olímpico. O voleibol apresentou
uma evolução constante com adaptações e mudanças de sistemas de jogo. Mostrando
para o mundo variações de sistemas de ataque e atletas com performances cada
mais destacadas nos aspectos técnicos, táticos, físicos e mentais.

Imagem: Jogo de Volei Olimpiadas de 1964


Fonte: https://www.4oito.com.br/files/files/292.jpg

Todo este crescimento possibilitou que o voleibol chegasse nas condições atuais,
com o jogo sendo realizado com muita velocidade e variações de jogo.

1.2.1 O Voleibol no Brasil

O voleibol é um dos esportes coletivos mais praticados no Brasil e no mundo.


Segundo Junior, (2012), existem 15 milhões de praticantes de vôlei, sendo considerado
a 2ª modalidade mais praticada no país. Além do voleibol ser o segundo esporte mais
praticado no Brasil, é um dos mais assistidos nas diversas mídias existentes, diante
disso é de suma importância que estudos científicos sejam realizados.
O início da prática esportiva do voleibol no Brasil, pode ser vista pela luz de alguns
autores, alguns afirmarão que o esporte foi trazido em meados de 1917, pela ACM
(Associação Cristã de Moços), porém existe a versão que marca a cidade de Recife-
PE em 1915, sendo jogado pela 1ª vez no Colégio Marista de Pernambuco o primeiro
local a ser jogado o voleibol no Brasil.

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O fato mais importante é que os praticantes do esporte se organizarão e firmou-


se entidades estaduais como: Federação Metropolitana (Rio de Janeiro), em 1938, a
Federação Mineira, em 1941, e a federação Paulista em 1942. Em 1951 a Confederação
Brasileira de Desportos organizou o primeiro campeonato sul-americano no ginásio
do Fluminense Futebol Clube, no Rio de Janeiro (JUNIOR, 2012).
A CBV (Confederação Brasileira de Volley-ball), foi criada em 1954, com o objetivo de
difundir e desenvolver o esporte por meio de cursos e “escolinhas”. Dez anos depois,
o voleibol brasileiro marcou presença na Olimpíada de Tóquio, quando o esporte fez
sua estreia nos Jogos.
Os times brasileiros sagraram-se campões masculino e feminino. Três anos após
a fundação da Confederação Brasileira de Voleibol.
A primeira participação Mundial aconteceu em Paris (1956) e os primeiros
títulos importantes conquistados pelas seleções brasileiras masculinas e femininas
aconteceram nos jogos panamericanos: Em 1959 a seleção feminina consagrou-se
campeã da competição em Chicago enquanto a masculina foi vice-campeã. O feito da
seleção feminina foi repetido em 1963 em São Paulo, sendo que desta vez a seleção
masculina também foi campeã.
Já em 1960 o Brasil foi sede do Campeonato mundial e se classificou em quarto
lugar na modalidade feminina. Em 1977 realizou-se no país o primeiro campeonato
mundial juvenil (para jogadores com menos de 21 anos). A equipe brasileira feminina
ficou em terceiro lugar. Em 1992, nos Jogos Olímpicos de Barcelona, a equipe masculina
de voleibol conquistou para o país a primeira medalha de ouro em esporte coletivo.
No ano seguinte, a mesma equipe venceu a Liga Mundial e quebrou uma hegemonia
de três anos da Itália.

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Imagem: Pódio 1ª Medalha olímpica do Voleibol Brasileiro – Barcelona 1992


Fonte:https://conteudo.imguol.com.br/blogs/3/files/2013/08/selecao-brasileira-de-volei-no-podio-apos-conquista-do-ouro-olimpico-em-barcelona-1992-
1375997484295_615x470.jpg

O Brasil começa a fazer história no esporte a partir do ano de 1975, quando Carlos
Arthur Nuzman, assumiu a presidência da CBV. A frente da CBV, Nuzman fez o seu
máximo para que o Brasil fosse a sede dos mundiais masculino e feminino da categoria
juvenil em 1977. Apostando na ideia de que o marketing e esporte podem caminhar
lado a lado, o dirigente atraiu a atenção de empresas para o voleibol, o que após as
Olimpíada de Los Angeles, possibilitou a criação de uma infraestrutura, permitindo a
profissionalização dos atletas, no início da década de 80, e servindo de exemplo para
os outros esportes coletivos do país.

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Imagem: Carlos Arthur Nuzman Ex Presidente da CBV


Fonte:https://img.olympicchannel.com/images/image/private/t_1-1_600/f_auto/v1538355600/primary/ejh5tag9duqdwzhiu6ii

Algum tempo depois os resultados começaram a aparecer. Na Copa do Mundo


do Japão, em 1981, a seleção brasileira masculina conquistou a medalha de bronze.
Já ano seguinte, a mesma equipe consagrava-se vice-campeã mundial na Argentina.
E nos Jogos Olímpicos de Los Angeles, em 1984, os meninos conquistaram a tão
sonhada medalha, de prata. No mesmo ano, a equipe da Pirelli conquistou o mundial
de clubes. Tais títulos tornaram o esporte cada vez mais popular no país. E em 1992,
a seleção masculina chegava ao ápice: o ouro na Olimpíada de Barcelona, em 1992,
em seguida a conquista da Liga Mundial, em 1993 e 2001.

Imagem: Seleção Brasileira de Vôlei – Atlanta 1984.


Fonte: https://img.estadao.com.br/fotos/crop/1200x900/fotos/B5/E4/4C/B5E44C9C79BD454CA35DA592033925FE.jpg

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Na temporada 2002, a disputa das finais da competição no Brasil ajudou na conquista


do vice-campeonato, no ginásio do Mineirinho, em Belo Horizonte (MG). No feminino,
também foram duas medalhas olímpicas: bronze em Atlanta/96 e Sydney/2000.
Na estreia do vôlei de praia nos Jogos Olímpicos, em Atlanta, um feito histórico: ouro
e prata no feminino. Em Sydney, foram duas pratas e um bronze. Em 2002 a seleção
brasileira masculina adulta mais uma vez demonstrou a sua força, conquistando o
inédito Campeonato Mundial na Argentina.

1.3 DESENVOLVIMENTO DO JOGO

Nos dias atuais o voleibol é jogado entre duas equipes com 06 jogadores de cada lado
em quadra, um deles escolhido como o capitão do time em quadra, sendo responsável
por conversar com os árbitros; fora de quadra são dirigidos pela equipe técnica, e
ainda ter alguns jogadores reservas.
A quadra tem um formato é retangular, plana, horizontal, medindo 18 metros de
comprimento pôr 9 metros de largura, devendo estar livre de qualquer obstáculo até
sete metros de altura. Cada equipe em seu campo é separada ao meio pôr uma linha
no solo e uma rede suspensa que varia em altura conforme a categoria dos praticantes:
masculino, 2,43 m e feminino, 2,24 m.
Para as equipes de categorias menores (mirins, infantis e colegiais) a altura da rede
deve estar ao nível das possibilidades dos jogadores, em função da idade, altura e
impulsão. Desta forma podem aprender a executar todos os fundamentos do jogo, sem
encontrar uma barreira excessiva (Ex.: altura demasiada da rede) que leva a adquirir
defeitos incorrigíveis e a perder a motivação pôr falta de sucesso.
A prática nos permite sugerir:

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CAPÍTULO 2
FUNDAMENTOS BÁSICOS I

Os fundamentos básicos do voleibol são cinco: saque, ataque, bloqueio, levantamento


e recepção. Esses fundamentos são técnicas que começaram a ser executados nos
jogos e acabaram se tornando uma prática do vôlei.

2.1 Saque

Saque é o ato de golpear a bola com uma da mão (aberta ou fechada) ou com
qualquer parte do braço. A bola somente deverá ser golpeada depois de solta no
espaço, é a única habilidade em que o atleta tem controle sobre a bola.
O sacador é sempre o jogador que estive na posição 01, e deverá colocar-se sempre
atrás da linha de fundo da quadra. Para uma boa execução do saque deveremos
considerar três pontos fundamentais:
1. A mecânica do gesto
2. A preparação mental e sua
3. Aplicação no jogo

O jogador iniciante deve possuir qualidades físicas satisfatória.


O saque é considerado o primeiro ataque, porque é o fundamento que dá início ao
jogo ou ao rally - que compreende o momento em que o árbitro apita até a marcação
de um ponto.
Para executar um saque, o sacador segura a bola com uma mão e com a outra
bate nela para a lançar por cima da rede em direção à quadra adversária.
Jogador fazendo um saque em suspensão se a bola tocar na quadra do adversário,
a equipe marca ponto, mas se a bola for longe e sair da quadra, a equipe adversária
faz um novo saque. Um saque cuja bola bata na rede, por sua vez, garante ponto à
equipe adversária.
Os principais tipos de saques são:

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Saque por baixo: é o saque menos potente. O jogador deve segurar a bola com uma
mão e bater-lhe com a outra, aberta ou fechada, fazendo um movimento de baixo para
cima. Esse saque normalmente utilizado pelos iniciantes, por fornecer uma margem
mínima de erros e por ser simples a sua execução.
Fase de Preparação Fase de Execução Fase Final
1. O aluno avançará uma das pernas para 1. No momento da execução o 1. Peso do corpo é transferido
frente (perna esquerda avançada se é destro braço de maior habilidade executa para o pé da frente.
e perna direita se for canhoto), o tronco um movimento pendular para trás 2. Braço acompanha a
ligeiramente inclinado para frente. e para frente. trajetória da bola.
2. A mão oposta solta a bola 3. Terminando o movimento
2. A bola segura pela mão de menor habilidade para frente, na altura da cintura acima descrito, o jogador
e contrária a perna avançada. do jogador que está efetuando o deve prosseguir naturalmente
3. Olhar a bola. saque. a sua conclusão retornando a
4. Joelhos ligeiramente flexionados. 3. Contato por baixo com a bola. sua posição em quadra, a fim
5. Mão aberta e espalmada 4. Transposição do peso do corpo de não ser surpreendido com
6. Peso do corpo na perna de trás. para frente. a volta da bola.

Os erros mais comuns no saque por baixo são: golpear a bola com a parte lateral
ou externa da mão; a perna que está a frente é igual a braço de execução; golpear a
bola com o braço de execução flexionado; lançar a bola muito alta para ser golpeada;
tronco não inclinado para frente.

Imagem: Saque por Baixo


Fonte: http://grupoevolucao.com.br/livro/Educacao_Fisica2/ef2-volei5.JPG

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Saque por cima: é o saque mais utilizado e em que a bola é lançada com força.
Nesse tipo de saque, o jogador deve lançar a bola para cima, com uma mão, e bater-
lhe com a outra. Comumente usados no voleibol de maior categoria técnico, é um
saque de maior potência, que dificulta a recepção.

Fase de Preparação Fase de Execução Fase Final


1. O aluno avançará uma das 1. Lançar a bola para cima do ombro do braço de 1. Peso do corpo é transferido
pernas para frente (perna maior habilidade (batedor). para o pé da frente.
esquerda avançada se é 2. Braço batedor para cima e para trás. 2. Braço acompanha a trajetória
destro e perna direita se for 3. Cotovelo alto da bola.
canhoto). 4. Mão de ataque próxima à orelha, ao mesmo 3. Terminando o movimento
2. Braço estendido para tempo projeta-se o quadril para frente em arco. acima descrito, o jogador deve
frente 5. Peso do corpo sobre a perna de trás prosseguir
3. Segura a bola com as duas 6. Contato com a bola com o braço batedor naturalmente a sua conclusão
mãos (apreensão). totalmente estendido. retornando a sua posição
4. Olhar a bola. 7. Ampla flexão de punho (direção) em quadra, a fim de não ser
5. Corpo voltado para o alvo. 8. Braço de menor habilidade se aproxima do corpo. surpreendido com a volta da bola.

Os erros mais comuns no saque tipo tênis (por cima) são: braço de execução
flexionado; perna a frente igual ao braço de execução; o braço no momento de a
execução ser estendido e não “rodado”; lançar a bola muito baixa ou muito alta para
execução e ainda fora de posição (muito para frente, para trás ou para os lados); bater
na bola com a mão mole.

Imagem: Saque por Cima (Tipo Tenis)


Fonte: http://grupoevolucao.com.br/livro/Educacao_Fisica2/ef2-volei5.JPG

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Saque Frontal Flutuante : Este tipo de saque é um dos mais usado no voleibol
moderno. A principal característica é a trajetória da bola que, a partir do contato
projeta-se para o campo do adversário com muita velocidade e pela forma de batida,
ela flutua, dificultando sobremaneira a recepção.
A posição inicial do sacador é idêntica ao saque tipo tênis. As modificações
ocorrem no lançamento, na projeção do braço batedor e no contato. O braço
que segura a bola está flexionado e antebraço colado ao corpo. A bola fica solta
sobre a mão, isto é, não há apreensão como no tipo tênis. O outro repousa sobre
a bola. O lançamento deve ser feito empurrando o braço para frente e para cima,
ao mesmo tempo em que o contrário (braço de ataque) se prepara para o contato.
Como consequência a bola vai muito alta, o que, para este saque é importante.
O braço ataca com velocidade, golpeando a bola atrás e no meio, não havendo
qualquer tipo de flexão. A batida é seca, quase não há seqüência do braço e o
outro vem flexionado de encontro ao peito. A mão ao fazer o contato com a bola,
deve estar espalmada e firme.

Saque Lateral - Tipo de saque bastante usado para dar uma trajetória flutuante na
bola. A execução do saque lateral é bastante complexa, por isso, o atleta necessita
de muito treino e muita perseverança para conseguir automatizá-lo. Para executar
esse tipo de saque, você deve ficar de lado para a quadra, com os pés voltados para
onde quer sacar. Segure a bola com a mão esquerda. O braço direito sai do lado do
corpo e atinge a bola lançada pela mão esquerda, bem acima da cabeça. No final
do movimento, o corpo se projeta à frente. Os atletas canhotos devem proceder no
sentido inverso.

Saque em Suspensão (“Viagem ao Fundo do Mar”) - Este saque caracterizase por


ser bastante ofensivo e muito rápido. Sua virtude é a violência e consequentemente
se assemelha a uma cortada. Realmente a sua execução é igual a de uma cortada
com levantamento do próprio atacante. Para executá-lo, você deve dar três passos,
sendo que dois passos segurando a bola. No final do segundo passo, lance a bola
um pouco para frente e coordene o final da terceira passada com o impulso e o
ataque na bola no ponto mais alto. Alguns atletas preferem lançar a bola com
uma das mãos.

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Imagem: Saque em Suspensão


Fonte:http://portaldoprofessor.mec.gov.br/storage/discovirtual/galerias/imagem/0000000089/md.0000009498.jpg

Além desses, também há os seguintes saques: saque lateral e saque lateral por
baixo (conhecido como “Jornada nas Estrelas”).

Saque Lateral por Baixo (Jornada nas Estrelas) - O famoso saque de Bernard é um
inimigo da recepção. Se com esse tipo de saque o jogador não atingir o ponto direto,
pelo menos vai conseguir atrapalhar a preparação das jogadas rápidas. Bernard criou
na praia, onde aproveitava o sol e o vento, o saque “Jornada nas Estrelas” e depois
o levou para ginásios altos, onde a luz também incomoda a visão da recepção. Para
executar o “Jornada”, você deve ficar de lado para a quadra, com o ombro direito
paralelo à linha de fundo e a perna esquerda ligeiramente à frente. A bola chegava
a uma altura de mais ou menos 25 metros e descia a uma velocidade de 72Km/h.
Segundo especialistas, a jornada já existia na década de 40, nos Estados Unidos, e
era conhecido como “spin service”.
Fase preparatória: em pé, de frente para a quadra adversária, o atleta deverá
se posicionar com o troco ligeiramente inclinado à frente, com as pernas em
afastamento antero-posterior a perna contrária ao lado do braço, que irá sacar,
deverá estar à frente, num distanciamento lateral mais ou menos igual à largura
dos ombros. A bola deverá ser segura com a mão que não irá sacar, de modo
que esteja quase que totalmente estendido. O braço que golpeará a bola estará
estendido para trás.

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Imagem: Saque Jornada nas Estrelas


Fonte:https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcQo5IkCyaVvJNEI86f1TPPP72uPFd5C3Ks2LQ&usqp=CAU

2.2 Ataque e Bloqueio

Cortada
A cortada é o fundamento do voleibol que finaliza a maioria das ações ofensivas e
visa enviar, através de um forte golpe dado durante um salto, a bola de encontro ao
solo da quadra do adversário. É uma habilidade motora de execução complexa, uma
vez que toda ação é condicionada pelas características da trajetória do levantamento.
Este pode ser mais alto, mais baixo, mais lento, mais rápido, longo ou curto, próximo
ou distante da rede. Requer muita coordenação Visio - motora.

Imagem: Movimentos de Ataque


Fonte: (JUNIOR, [s.d.])

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O deslocamento pode ser realizado 1,2,3 ou mais passadas de corrida, com os


braços se mantendo semiflexionados ao lado do corpo. Para iniciantes recomenda-se 3
passadas, pois eles aprenderão a sistemática do deslocamento numa distância longa.

Imagem: Deslocamento de Ataque


Fonte: (JUNIOR, [s.d.])

Bloqueio
O bloqueio é um fundamento que visa interceptar junto à rede a bola cortada pelo
adversário. Essa habilidade de caráter defensivo pode se tornar ofensiva quando
consegue enviar a bola contra o solo do atacante.
Com a evolução das regras, permitiu-se que as mãos do bloqueador passassem
para o lado contrário (desde que não toquem a rede), podendo com isso formar um
tipo de alavanca ofensiva. Essa medida foi adotada para dificultar a jogada ofensiva
e obrigar os atacantes a recorrerem a fintas e a levantadas fora da rede. O bloqueio
pode ser individual, duplo ou triplo.

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Fonte: http://grupoevolucao.com.br/livro/Educacao_Fisica2/ef2-volei8.JPG

Sua formação depende das circunstâncias da jogada. No entanto, cada membro


do time, alto ou baixo, pode exercer um papel importante como bloqueador. Apesar
da vantagem dos altos, jogadores baixos podem rebater ou diminuir a velocidade dos
ataques, através dos bloqueios defensivos.

ISTO ACONTECE NA PRÁTICA

Líbero: O líbero é um atleta especializado nos fundamentos que são realizados com
mais frequência no fundo da quadra, isto é, recepção e defesa. ... O líbero deve
utilizar uniforme diferente dos demais, não pode ser capitão da equipa nem atacar,
bloquear ou sacar.
Fonte:https://treinamento24.com/library/lecture/read/42342-qual-a-historia-do-voleibol-no-brasil

Para efetuar o bloqueio, o defensor fica na posição de expectativa - mãos abertas


e os braços semiflexionados, acompanhando atentamente a preparação do ataque
adversário. Ao se levantada a bola, ele se prepara para saltar com os braços estendidos
e as mãos abertas e firmes para tentar impedir sua passagem.

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Fase preparatória (posição de expectativa).


Em pé, junto à rede, o bloqueador se posiciona em semi-flexão dos joelhos, pés
paralelos em afastamento lateral numa distância quase que igual à largura dos ombros.
Os braços estarão semiflexionados com as mãos ao lado dos ombros, com as palmas
voltadas para frente. O tronco deve estar ereto e o bloqueador olhando para a bola e
para o atacante.

Imagem: Posição de expectativa


Fonte: (JUNIOR, [s.d.])

Execução
No momento adequado, o bloqueador salta, estendendo as pernas e contando com
o auxílio dos braços que serão estendidos simultaneamente em direção à bola. Nos
bloqueios ofensivos, as mãos invadem o espaço aéreo do adversário e se posicionam
abertas, estendidas, firmes, uma ao lado da outra, formando um obstáculo à passagem
da bola. O bloqueador espera o impacto da bola, pois ele não poderá tocá-la antes do
atacante, para flexionar os punhos, enviando-a contra o solo do campo adversário e,
também, para impedir que ela “espirre” (desvie) para fora da quadra.

Imagem: Execução do Bloqueio


Fonte: (JUNIOR, [s.d.])

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A queda
Realizado o bloqueio, acontece a queda, que deve ser feita com equilíbrio de forma
amortecida e girando para o lado em que a bola se dirigiu, quando ela não foi totalmente
retida.

Imagem: Execução do Bloqueio II


Fonte: (JUNIOR, [s.d.])

O bloqueio ofensivo é utilizado por bloqueadores com alcance mais elevado que os
atacantes. O tempo do salto do bloqueador é determinado pela altura do levantamento
feito pelo adversário, bem como pela distância da bola a ser atacada. Quando mais
alta ou mais distante a bola, mais o bloqueador retarda o salto.

Imagem: Bloqueio ofensivo


Fonte:https://www.birafitness.com/imagens/bloqueioofensivo.GI

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Amortecer o ataque do adversário. Essa é a missão do bloqueio defensivo. Utilizando-


se de uma “parede de mãos”, o bloqueio defensivo tem como finalidade diminuir a
força do ataque adversário, o que permitirá a equipe criar uma jogada.
Para fazer um bloqueio defensivo, o jogador fica na posição de expectativa, sempre
acompanhando a formação da jogada do adversário - mãos abertas e os braços
semiflexionados. É importante também manter as mãos firmes e retas. Ao ser levantada
a bola, o jogador se prepara e salta com os braços estendidos e as mãos bem abertas
e firmes. para melhorar o bloqueio, o jogador salta depois do atacante, aumentando
suas chances de tocar na bola.

Imagem: Bloqueio defensivo


Fonte: https://www.birafitness.com/imagens/bloqueiodefensivo.GIF

2.3 Toque e Manchete

O toque por cima é o fundamento mais característico do jogo de voleibol. Ele é o


responsável, na maioria das vezes, pela preparação do ataque, ou seja, pelo levantamento.
Por isso é muito importante aprender bem esse fundamento, pois, apesar de ser de
uso típico dos levantadores, vez por outra, os atacantes também são obrigados a
utilizá-los.

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O toque de bola por cima apresenta três etapas distintas: a) Entrada sob a bola:
nesta fase inicial, as pernas e braços devem estar semiflexionadas, com a bola acima
da cabeça. As pernas além de semi-flexionadas, devem estar com um afastamento
lateral da largura aproximada dos ombros e um pé ligeiramente á frente do outro.

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O tronco deve estar levemente inclinado para frente. Os braços estarão


semiflexionados, de modo a posicionar os cotovelos, um pouco acima da altura dos
ombros, lateralmente em relação ao tronco. As mãos devem estar com os dedos quase
que totalmente estendidos. Mas de uma forma arredondada (como uma concha) para
melhor acomodar a curvatura da bola.

1º- Os braços não poderão estar muito afastados, tal posição fará com que os polegares sejam
projetados para frente o que determinará um toque irregular, além de provocar contusões dos dedos.
2º- É importante a participação de todos os dedos no toque, principalmente dos polegares, indicadores
e médios, que determinem a direção da bola, os outros dois servem apenas de apoio.
3º- Deverá haver uma extensão dos membros superiores de tal forme que ao terminar o toque as mãos
e dedos devem dar a impressão de que fizeram o último esforço ao empurrar (impulsionar) a bola.

MANCHETE
A manchete é utilizada para a recepção do saque e para defender cortadas. Ela exige
do atleta, atenção especial para a posição de diversas partes do corpo, principalmente
as pernas, braços e ombros.
Para recepcionar a bola, com o máximo de eficiência, o jogador necessita ficar com
as pernas semiflexionadas e com um afastamento lateral proporcional à largura dos
ombros. Uma perna deve estar ligeiramente à frente da outra. Os braços devem estar
estendidos, as mãos unidas e os ombros projetados para frente, rebatendo a bola com
o antebraço, que é uma região que suporta melhor os fortes impactos provocados
pelas cortadas.
Com o objetivo de ampliar a área do antebraço que rebaterá a bola, as pontas dos
dedos devem estar apontados para baixo (extensão dos punhos).

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A manchete é o fundamento mais utilizado para a recepção de saques e para a


defesa de bolas cortadas, pois o contato da bola se faz no antebraço, que é uma região
que suporta melhor os fortes impactos provocados por ela, nesta situação, quando
comparado com os dedos que são utilizados pelo toque.

Entrada sob a bola: Ataque à bola: Término do movimento:


As pernas devem estar como no toque, semi- No movimento de ataque à bola, as os braços devem permanecer
flexionadas, afastadas lateralmente em um pernas se estenderão, o peso do corpo estendidos até o impacto da bola
distanciamento semelhante à largura dos ombros é transferido para a perna da frente e os e as pernas estarão estendidas.
e um é ligeiramente à frente do outro. Os braços braços permanecem sem movimento, Obs.: Aos poucos a manchete
estarão estendidos e unidos à frente do corpo. Os com a musculatura enrijecida. O impacto lateral deverá ser introduzida,
dedos unidos de uma mão devem estar sobrepostos de bola se dá no antebraço e isso será de forma que o jogador possa
aos da outra, de forma que os polegares estendidos facilitado se os punhos estiverem bem cobrir grandes áreas da quadra,
possam se tocar paralelamente. estendidos, em direção ao solo. utilizando-se da manchete.

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CAPÍTULO 3
CONHECIMENTOS
SOBRE O JOGO

CARACTERÍSTICAS DO JOGO
Voleibol é um esporte jogado por duas equipes em uma quadra dividida por uma rede.
Há uma série de versões disponíveis, cada uma delas adaptadas a uma circunstância
diferente de forma de jogo possa se adaptar aos diferentes praticantes.
Seu objetivo é enviar a bola por cima da rede, de forma a fazê-la tocar a parte
do solo que esteja compreendido dentro da quadra adversária, ao tempo que a sua
equipe deve impedir o adversário ao mesmo intento. Cada equipe poderá usufruir de
três toques na bola (além do contato do bloqueio).
Cada jogada se inicia com um saque: um toque inicial realizado por um jogador,
por cima da rede do oponente. O rally prossegue até que a bola toque o solo em uma
área que esteja compreendida dentro da quadra de jogo, seja “enviada para fora” ou
quaisquer das equipes execute uma tentativa frustrada de retornar a bola do adversário.
A equipe a vencer o rally em um jogo marca um ponto (Sistema de Pontos por
Rally – SPR). Caso a equipe que recepcionou o saque naquele rally – equipe receptora
– seja a vencedora, esta recebe um ponto e o direito de sacar no rally seguinte e,
consequentemente, cada jogador passa a posição em quadra seguinte, em sentido
horário.

3.1 ÁREA DE JOGO

A área de jogo compreende a quadra de jogo e a zona livre. Deverá ser retangular
e simétrica conforme demonstrado na figura abaixo.

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Figura XX: Quadra de Voleibol e suas Dimensões.


Fonte: http://jogarvolei.com/wp-content/uploads/quadra-volei-linhas.png

A quadra de jogo é um retângulo medindo 18 metros x 9 metros, circundada por


uma zona livre de, no mínimo, 3 metros de largura em todos os lados.
O espaço livre de jogo é o espaço sobre a área de jogo desprovido de qualquer obstáculo.
O espaço livre de jogo deve medir, no mínimo, 7 metros a partir da superfície de jogo.
Para as Competições Mundiais e Oficiais da FIVB, a zona livre deve medir 5 metros
a partir das linhas laterais e 6,5 metros a partir das linhas de fundo. O espaço livre
de jogo deve medir, no mínimo, 12,5 metros de altura a partir da superfície de jogo.
Todas as linhas possuem a largura de 5 centímetros. Devem possuir cor clara,
diferente da cor do piso da quadra e de quaisquer outras linhas.

Linhas de delimitação da quadra de jogo.


Duas linhas laterais e duas linhas de fundo delimitam a quadra. As linhas de fundo
e as linhas laterais estão inseridas na dimensão da quadra.

Linha central
O eixo da linha central divide a quadra de jogo em duas quadras iguais medindo 9
metros x 9 metros cada uma. Entretanto, a largura da linha central pertence a ambas
as quadras. Esta linha estende-se sob a rede, de uma linha lateral até a outra.

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Linha de ataque
Em cada quadra há uma linha de ataque, cuja extremidade posterior é desenhada
a 3 metros de distância a partir do eixo da linha central, marcando a zona de
frente.
Para as Competições Mundiais e Oficiais da FIVB, a linha de ataque é estendida
além das linhas laterais pela adição de pequenas linhas pontilhadas de 15 centímetros,
com 5 centímetros de largura, traçadas com um espaçamento de 20 centímetros entre
elas, totalizando um comprimento de 1,75 metro.

3.2 REDES E POSTES

ALTURA DA REDE
A rede é colocada verticalmente sobre a linha central. Sua parte superior é ajustada
a 2,43 metros do solo para os homens e 2,24 metros para as mulheres.
Sua altura é medida a partir centro da quadra de jogo. A altura da rede sobre as
linhas laterais deve ser exatamente a mesma, não excedendo a altura regulamentar
em mais de 2 centímetros.

Figura XX: Rede de Voleibol


Fonte:http://jogarvolei.com/wp-content/uploads/quadra-volei-rede-tamanho-altura.png

A rede possui 1m de altura (+/- 3 cm) por 9,5 a 10 metros de comprimento


(com 25 a 50 centímetros adicionais além das faixas). Será constituída de malhas
quadradas pretas com 10 centímetros de lado. Para as Competições Mundiais e
Oficiais da FIVB, em conjunto com o Regulamento Específico da Competição, a
malha pode ser modificada para facilitar a publicidade de acordo com os contratos
de patrocínio.

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ISTO ACONTECE NA PRÁTICA

Uma das grandes curiosidades do vôlei é que um jogador pode dar, em cada
partida, de 60 a 80 saltos, podendo esse número chegar a 100! Em decorrência
disso, os atletas desse esporte devem dar um tratamento muito especial
aos joelhos, buscando fortalecimento e recuperação dessas articulações
constantemente — haja vista a enorme exigência deles durante as partidas.
Fonte: https://mrvnoesporte.com.br/6-curiosidades-sobre-o-volei-que-voce-precisa-conhecer/#:~:text=A%20curiosidade%20do%20v%C3%B4lei%20
%C3%A9,ganhando%20adeptos%20a%20cada%20dia.

Na parte superior há uma faixa horizontal de 7 centímetros de largura, que consiste


em uma lona branca dobrada ao meio, costurada ao longo de toda a extensão da rede.
Em cada extremidade final da faixa há uma abertura através da qual passará uma
corda a fim de amarrá-la aos postes no intuito de manter a parte superior tensionada.
Dentro desta faixa um cabo flexível estica a rede nos postes e mantém sua parte
superior tensionada. Na parte inferior da rede há outra faixa horizontal com 5cm, similar
à faixa superior. Por dentro desta faixa passará uma corda, que amarra a rede aos
postes e mantém a parte inferior tensionada. Duas faixas brancas são tensionadas
verticalmente à rede e colocadas no prolongamento acima de cada linha lateral. Cada
uma possui 5 centímetros de largura e 1 metro de altura e são consideradas parte
integrante da rede.

AS ANTENAS
As antenas são varas flexíveis com 1,8 metros de comprimento e 10 milímetros de
diâmetro, fabricadas em fibra de vidro ou material similar. Cada antena é amarrada
de forma a tangenciar a parte externa de cada faixa lateral. As antenas são colocadas
em lados opostos da rede A parte superior de cada antena estende-se além do
bordo superior da rede por 80cm e é marcada com listras de 10cm de largura,
em cores contrastantes, com preferência para vermelho e branco. As antenas são
consideradas parte integrante da rede e delimitam os limites laterais do espaço
de cruzamento.

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Figura XX: Antenas da rede de Voleibol


Fonte: http://jogarvolei.com/wp-content/uploads/quadra-volei-antena.png

POSTES
Os postes que sustentam a rede são colocados a uma distância de 0,5 metro a 1
metro de cada linha lateral. Possuem 2,55 metros de altura e devem ser, preferivelmente,
ajustáveis.
Para todas as Competições Mundiais e Oficiais da FIVB, os postes que sustentam
a rede são localizados a uma distância de 1 metro das linhas laterais e devem estar
com protetor (almofadado).
Os postes são redondos e polidos, fixados ao solo sem cabos. Não haverá qualquer
dispositivo que apresente perigo ou obstáculo.

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Imagem xx: Postes para redes de Voleibol.


Fonte: https://img.archiexpo.com/pt/images_ae/photo-g/148115-12423188.jpg

3.3 EQUIPES

COMPOSIÇÃO DAS EQUIPES


Para uma partida, a equipe pode ser composta por até 12 jogadores além de:
– Comissão técnica: um técnico, até dois assistentes técnicos;
– Corpo médico: um fisioterapeuta e um médico.
Somente aqueles relacionados na súmula do jogo podem entrar na área de controle,
assim como participar do aquecimento oficial e da partida.

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Para as Competições da FIVB, Mundiais e Competições Oficiais na categoria adulta,


até 14 jogadores podem ser registrados na súmula e jogar a partida.
Os cinco membros, no máximo, da Comissão Técnica no banco (incluindo o técnico)
são definidos pelo próprio treinador, mas devem ser registrados na súmula e no
formulário O-2 bis.
Qualquer médico ou fisioterapeuta utilizado nas Competições Mundiais e Oficiais da
FIVB, devem ser parte integrante da delegação e estarem credenciados previamente
pela FIVB. Entretanto, para as Competições Mundiais e Oficiais da FIVB, se eles não
estiverem relacionados entre os cinco selecionados para o banco da equipe, devem
sentar-se detrás da cerca de delimitação, dentro da Área de Controle da Competição,
ou se sentar em um lugar especial indicado no Manual Específico da Competição, e só
podem intervir se for solicitado pelos árbitros para atuar ante uma emergência médica
aos jogadores. O fisioterapeuta da equipe (ainda que não esteja no banco) pode auxiliar
no aquecimento até o início do aquecimento oficial na rede.Os Regulamentos Oficiais
de cada evento serão encontrados no Manual Específico da Competição.
Um dos jogadores é o capitão da equipe e será indicado na súmula do jogo O
Somente os jogadores registrados na súmula do jogo poderão entrar em quadra e
participar da partida. Não serão admitidas alterações na relação de jogadores, comissão
técnica e corpo médico após a assinatura da súmula (relação da equipe para a súmula
eletrônica) por parte do técnico e do capitão da equipe.4

3.4 PARA MARCAR UM PONTO, VENCER UM SET E A PARTIDA

MARCANDO UM PONTO

Uma equipe pode marcar um ponto por algumas formas sendo por eficiência tática
ou por uma falha da equipe adversária, conforme tabela abaixo:

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Tabela xx: Tipo de Marcação de Ponto.


Fonte: Autor, (2022)

Vencerá um set, exceto o 5º set, por seu caráter decisivo, a equipe que primeiro
alcançar a marca de 25 pontos, com uma diferença mínima de 2 pontos. Em caso de
empate em 24 x 24, o jogo continua até que a diferença de dois pontos seja atingida
(26 x 24, 27 x 25; ...).

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Vencerá a partida a equipe quem vencer três sets. No caso de um empate em sets
por 2x2, o 5º set, de caráter decisivo, será jogado até que uma das equipes alcançe
a marca de 15 pontos, com uma diferença mínima de 2 pontos.

3.5 POSIÇÕES

No momento em que a bola é golpeada pelo sacador, cada jogador, exceto o sacador,
deverá estar posicionado dentro de sua quadra, conforme a ordem de rotação.
As posições dos jogadores em quadra são numeradas da seguinte forma:
Três jogadores ao longo da extensão da rede formam a linha de frente e ocupam
as posições 4 (frente-esquerda), 3 (frente central) e 2 (frente-direita); os três restantes
formam a linha de trás, ocupando as posições 5 (traseira esquerda), 6(traseira central)
e 1 (traseira direita).

Imagem: Posições dos Jogadores.


Fonte: https://static.todamateria.com.br/upload/po/si/posicoesdovoleibol3-cke.jpg

Posição relativa entre jogadores:

Cada jogador da linha de trás deve estar posicionado mais afastado da linha central
do que seu jogador correspondente da linha de frente. Os jogadores da linha de frente e

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os da linha de trás, respectivamente, devem estar posicionados lateralmente conforme


a ordem indicada na Regra 7.4.1.
As posições dos jogadores são determinadas e controladas conforme a posição
do contato com seus pés com o solo (o último contato com o chão fixa a posição do
jogador) da seguinte forma: Cada jogador da linha de trás deve estar nivelado ou ter
pelo menos uma parte do pé mais distante da linha central do que o pé da frente do
jogador da linha de frente correspondente;
Cada jogador do lado direito (esquerdo) deve estar no mesmo nível ou ter pelo
menos uma parte de um pé mais perto da linha lateral direita (esquerda) do que os
pés mais longe da linha lateral direita (esquerda) dos outros jogadores naquela linha.
Após o golpe do saque, os jogadores poderão se mover livremente dentro de sua
quadra assim como na zona livre.

ROTAÇÃO
A ordem de rotação é determinada pela formação inicial da equipe e controlada
através da ordem de saque e posição dos jogadores durante todo o set.
Quando a equipe receptora ganha o direito de sacar, os jogadores avançam uma
posição no sentido dos ponteiros do relógio: jogador na posição 2 avança para a
posição 1 para sacar, jogador da 1 retorna para a posição 6, assim por diante.

Figura XX: Posições dos Jogadores.


Fonte:https://i.pinimg.com/originals/af/dc/8e/afdc8e99c66dc1c6535407a61891608e.png

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CAPÍTULO 4
TREINAMENTO

4.1 Metodologia para formação técnica

O contato com a bola é muito limitado tanto pelo tempo como a distância que a
bola deve percorrer em situações diversas, desta forma executar os fundamentos
e técnicas utilizados no voleibol se torna importante e necessário para cumprir as
tarefas do jogo.
O jogo se caracteriza por deslocamentos curtos e rápidos e o rally é caracterizado
por períodos de intervalo entre uma disputa e outra na quadra. Os movimentos exigidos
a cada jogada trocam a uma velocidade e a grande variedade de manobras ofensivas
e defensivas (de indivíduos ou de toda uma equipe) faz o jogo ser modificado a cada
instante.
O voleibol exige também grande quantidade de estratégias planejadas por parte
das equipes altamente treinadas. Dessa forma, os jogadores de voleibol devem reunir
grande habilidade e o treinamento deve ter ampla base de solicitações das situações
de jogo.
Na formação técnica dos iniciantes até o alto rendimento, as fases do treinamento
devem ser aplicadas em fases de aquisição de movimentos e fase de aplicação da
técnica e tática nos diversos sistemas conforme mostra o quadro abaixo (NETTO,
2018).

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Imagem XX: Fases do aprendizado da técnica do voleibol.


Fonte: NETTO, (2018)

4.2 Constituição da Aprendizagem - método tradicional

O método tradicional utiliza como ferramenta o modelo de jogo convencional.


Tamanho da quadra, Tamanho e peso da bola e regras, sofrem poucas adaptações
em relação ao nível e idade do aluno.
Sempre buscando que o aprendizado seja constituído por etapas, iniciando pelo
ensino na técnica, seguido pelo aperfeiçoamento do fundamento, desenvolvimento tático,
integração dos jogadores a um sistema de jogo e por último a faze de monitoramento
da eficiência técnica e tática dos jogadores. Cada uma destas etapas é necessária
para a boa formação do atleta, assim possibilitando o resultado planejado.

1ª Etapa: Ensinar a técnica básica


Nesta etapa, o iniciante deve ser preparado para alcançar os movimentos referentes
às técnicas, como o toque, saque, manchete etc. De forma simples e objetiva, utilizando
exercícios simples e de fácil execução. Estes exercícios devem atender:

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Objetivos: Adquirir habilidade global;


Condições: Artificial, constante, fácil;
Posição inicial, Deslocamento para a bola, Posição de contato com a bola,
Conteúdo:
Impulsão de segmentos, Características da batida;
Meios: Exercícios simples e educativos;
Tarefas Exigidas: Concentração, Estado de alerta.
Tabela: XX: Técnicas Básicas e suas características
Fonte: Autor, (2022)

Imagem: Criança recebendo a bola com manchete.


Fonte: https://1.bp.blogspot.com/-9h5qwCNwWgo/WqFxMFwZhhI/AAAAAAAAGgc/dH0zLeZPewAXIzM6qG3bgmD5_o40Rwl0ACK4BGAYYCw/s640/
image-711219.png

2ª Etapa: Aprimoramento dos fundamentos

Nesta segunda fase, os exercícios devem ser ofertados com o objetivo de consolidar
e aprimorar a técnica, sempre fazendo uso de exercícios que utilizem uma sequência
da técnica básica, ou seja, os exercícios são propostos de acordo com as necessidades
técnicas do jogo em forma de sequência das ações que a criança desenvolveria naquele
momento do jogo. Os exercícios devem atender:

Aperfeiçoar detalhes técnicos específicos, consolidar a técnica,


Objetivos:
adquirir variantes;
Controladas pelo técnico, Desempenho individual mais associada ao contexto
Condições:
do jogo;
Intensidade, Perfeição, Sequência de habilidades motoras,
Conteúdo:
Execução em diferentes pontos da Quadra;
Meios: Exercícios simples, Exercícios de técnicas básicas em sequência;
Tarefas Exigidas: Concentração, Avaliação da trajetória da bola.
Tabela: XX: Técnicas de Aprimoramento
Fonte: Autor, (2022)

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3ª Etapa: Desenvolvimento de mentalidade estratégica

Nesta terceira etapa os exercícios e atividades devem conter as situações com


o intuito de ofertar aos atletas/jogadores a inteligência tática, ou seja, os exercícios
que são ofertados visão promover uma tomada de decisão rápida e assim a solução
de problemas.
Os exercícios devem atender:
Desenvolver a autonomia do jogador na quadra, realizar tarefas com menos
Objetivos:
esforço, controlar a incerteza, desenvolver a percepção;
Condições: 2, 3, 4 jogadores envolvidos em uma sequência de jogo;
Fase temporária e parcial do jogo, Percepção de pistas, Resposta motora
Conteúdo:
apropriada;
Exercícios simples com oponentes, Exercícios complexos,
Meios:
Jogos modificados;
Concentração, Avaliação da trajetória da bola, Percepção
Tarefas Exigidas:
de pistas, Escolha da resposta motora apropriada.
Tabela: XX: Inteligência tática
Fonte: Matias e Greco, (2013)expert, dos Escalões Iniciais ao Adulto. Como voluntários a amostra teve dezoito levantadores. Dois levantadores, um de cada
sexo, campeões estaduais (SP-MG

4ª Etapa: Integrando os jogadores a uma sistemática de jogo

Na etapa quatro, o atleta/aluno já está apto a se integrar à um sistema de jogo, visto


que já que o mesmo passou pelos principais passos de aprendizagem: Aprendizado da
técnica básica; Aperfeiçoamento dos fundamentos; Desenvolvimento da inteligência
tática. Os exercícios devem atender:

Aperfeiçoar o conhecimento tático da equipe, desenvolver um sistema de


Objetivos:
soluções associativas, equiparar-se aos adversários;
Jogo completo, simular condições reais de jogo, 6 jogadores envolvidos
Condições:
na quadra;
Conteúdo: Executar formações da equipe e combinações táticas;
Meios: Exercícios de jogo, Competição preparatória, Simulações;
Concentração, Avaliação da trajetória da bola, Percepção de pistas, Escolha
Tarefas Exigidas:
da resposta motora apropriada, Memória.
Tabela: XX: Integração sistêmica
Fonte: Matias e Greco, (2013)expert, dos Escalões Iniciais ao Adulto. Como voluntários a amostra teve dezoito levantadores. Dois levantadores, um de cada
sexo, campeões estaduais (SP-MG

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5ª Etapa: Monitoramento dos Jogadores


Nesta 5ª e última fase, busca-se analisar o desempenho individual dos atletas/
jogadores e assim verificar os pontos positivos e negativos de seu desempenho com o
principal objetivo de se realizar ajustes e/ou adequações ao treinamento com objetivo
de melhora no seu desempenho. Os exercícios devem atender:
Execuções relevantes para o plano de jogo, Buscar os mesmos objetivos para
Objetivos:
todos os jogadores;
Condições: Mesma interpretação das intenções dos oponentes em certas situações táticas;
Velocidade de execução, sincronização e cooperação entre jogadores executando
Conteúdo:
combinações táticas;
Meios: Execução ritmada, fluida de fundamentos;
Tarefas Exigidas: Variedade de respostas da equipe para a mesma situação tática.
Tabela: XX: Integração sistêmica
Fonte: Matias e Greco, (2013)expert, dos Escalões Iniciais ao Adulto. Como voluntários a amostra teve dezoito levantadores. Dois levantadores, um de cada
sexo, campeões estaduais (SP-MG

4.3 Sistemas e táticas de jogo

Os sistemas de jogo utilizados no voleibol, também podem ser chamados de


sistemas ofensivos, pois leva em consideração a forma com a qual é distribuído os
jogadores em quadra e desta forma divide-se o número de atacantes e levantadores,
entre os seis jogadores e por consequência as seis posições em quadra. No voleibol, de
acordo com o estudo da tática, os jogadores são divididos em funções de cortadores
ou atacantes e levantadores.
O primeiro número do sistema de jogo indica o número de “cortadores” ou “atacantes”
e o segundo número o do(s) levantador(es), desta forma, a escolha por um ou por
outro sistema decorrerá do material humano à disposição do técnico e/ou professor. É
importante ressaltar que uma série de fatores e de pré-requisitos técnicos individuais
dos atletas (fundamentos) e de aspectos táticos é que vai se utilizado pelo técnico
para a escolha do sistema de jogo para a equipe.
Os sistemas de jogo são 6x0, 5x1 com infiltração e líbero, 4x2, 4x2 com infiltração e
3x3. Baiano (2005) comenta que esses sistemas, muitas vezes chamados de sistemas
de ataques, leva em consideração a forma com a qual os atacantes e o(s) levantador(es)
distribuem-se e dividem-se em quadra.

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Figura XX – Observação do Adversário.


Fonte: Netto, (2018)

O sistema será escolhido de acordo com as qualidades individuais dos jogadores,


nível de voleibol praticado e pretensões táticas (BORSARI, 1989).
Fonte: BORSARI, J. R. Voleibol. Aprendizagem e treinamento, um desafio constante. São Paulo: EPU, 1989.

Sistema de jogo
É a distribuição de funções, posições e áreas bem definidas para os jogadores em
todas as formações de ataque e defesa, visando facilitar as ações de jogo BAACKE,
1972).
Fonte: BAACKE, H. Mini volleyball. In: Confederação Brasileira de Voleibol. Manual do Treinador. Brasília: Secretaria de Educação Física e Desportos;
Subsecretária de Desportos. 1972.
Fonte: BAACKE, H. Mini volleyball. In: Confederação Brasileira de Voleibol. Manual do Treinador. Brasília: Secretaria de Educação Física e
Desportos;Subsecretária de Desportos. 1972.

Sistemas Táticos
Tática

É a totalidade de ações individuais e coletivas, de ataque e de defesa que, baseadas


nas regras e na maneira de jogar do adversário, determinam a concepção da estrutura
do jogo para obtenção do melhor resultado (BAACKE, 1972).
Fonte: BAACKE, H. Mini volleyball. In: Confederação Brasileira de Voleibol. Manual do Treinador. Brasília: Secretaria de Educação Física e Desportos;
Subsecretária de Desportos. 1972.

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O Sistema 6x0

É o sistema mais elementar do voleibol. Nele, todos os jogadores executam todas as


funções dentro da equipe, não havendo nenhum indício de especialização. Normalmente
o jogador que está na posição 3 é o responsável pelo levantamento, entretanto, em
alguns casos pode ser empregado o levantamento pelo jogador da posição 2 (BIZZOCHI,
2004).
Segundo Netto, (2018. Apud. Bizzocchi 2004) este é o sistema mais indicado para
os alunos em fase de iniciação, pois todos podem se levantar atacar e jogar em todas
as posições da quadra. Essa participação não especializada oferece a oportunidade de
vivenciar as particularidades de atacar e defender igualmente em todas as posições
da quadra.

Imagem: Quadra dívida em 6 posições


Fonte: Netto, (2018).

É uma linha imaginária, que orienta o posicionamento dos jogadores antes da


bola ser golpeada pelo sacador. Esta linha deve seguir a orientação de ordem de
posicionamento da seguinte forma:
O jogador da posição 1 deverá estar atrás do jogador da posição 2 a direita do jogador
da posição 6; O jogador da posição 3 deverá se posicionar entre os das posições 4 e 2
e à frente do jogador da posição 6; O jogador da posição 4 se posicionará a esquerda
do jogador da posição 3 e à frente do jogador da posição 5; O jogador da posição 5
deverá estar atrás do jogador da posição 4 e à esquerda do jogador da posição 6; O
jogador da posição 6 estará entre os das posições 5 e 1 e atrás do jogador da posição 3.

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Sistema de jogo 4 x 2 no voleibol


Na sequência dos sistemas, do mais simples ao mais complexo, temos o sistema
4X2 sem infiltração e o sistema 4X2 com infiltração que foi um sistema muito utilizado
até a década de 70 (Cuba no masculino e feminino). Nas equipes de base é utilizado
o sistema 4X2 sem infiltração, é um sistema apropriado por dois motivos:
1. Desenvolve um maior número de levantadores, dois titulares e mais dois reservas,
concomitantemente;
2. Não depende, exclusivamente, de um único levantador, como ocorre no sistema
5x1.

Formação básica do sistema 4X2


Na figura ao lado é apresentado a forma mais básica de aplicação do sistema
4x2, ou seja, os levantadores e os atacantes são colocadas em diagonal e sem
especificidade nas funções. Para entendermos o que seria diagonal das posições
no voleibol, precisamos voltar ao rodízio, já que ao ocupar as posições em quadra e
realizarmos o rodízio os jogadores que não se encontrarem na mesma zona, ou seja,
zona de defesa ou zona de ataque. Estarão em posições diagonais os jogadores que
se encontram nas posições (1 e 4); (2 e 5); (3 e 6); respectivamente.

Imagem: Formas básicas do sistema 4X2.


Fonte: Netto, (2018)

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Sistema de jogo 5 x 1 no voleibol


Como visto anteriormente ao estudarmos o sistema 6X0 e 4X2, basicamente a
escolha por um ou por outro sistema decorrerá do material humano à disposição do
técnico. Cabe ressaltar que uma série de fatores e de pré-requisitos técnicos individuais
dos atletas (fundamentos) e de aspectos táticos exigindo dos jogadores seu melhor
desempenho técnico, entrosamento tático e equilíbrio das habilidades individuais nos
fundamentos, tornando o voleibol muito mais competitivo e dinâmico é que vai ser
utilizado pelo técnico para a escolha do sistema para a equipe.
Dentro de considerações importantes no sistema 5X1 podemos destacar:

• É o mais utilizado em alto nível;

• Grande vantagem pela centralização;

• O levantador é o principal jogador;

• Favorável para jogos rápidos e fintados;

• Facilita utilização de falsa infiltração;

• Em 3 das 6 posições terá somente 2 cortadores na rede; nas outras, 3 cortadores;

• Pode utilizar todos os tipos possíveis de combinações de ataque.

O levantador exerce um papel importante para o sucesso tático do sistema e das


capacidades técnicas individuais dos jogadores, devido à condição de distribuição do
sistema de ataque, devendo ter traços de personalidades específicas para a função,
como inteligência tática, equilíbrio emocional, liderança, paciência, entre outros, além de
ter de ser um excelente estrategista e com técnica apurada, principalmente para corrigir
e surpreender os adversários nas bolas que eventualmente não sejam recepcionadas
ou defendidas e não atinjam a zona ótima de Levantamento (entre as posições 2 e 3
da quadra), dificultando uma melhor distribuição. A atuação de somente um levantador
é o que mais caracteriza o Sistema 5X1, amplamente utilizado no voleibol, seja de
alto nível ou mesmo amadoristicamente.
O oposto recebe a função de ser mais um atacante, porém com características
específicas que o credenciam como ponto de equilíbrio no melhor desempenho no
sistema de ataque.

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ISTO ACONTECE NA PRÁTICA

O levantar do jogo de voleibol é o atleta que mais tem contato com a bola durante
o jogo, visto que toda a estratégia de distribuição passa pelas suas mãos. Sendo
assim para que se possa ter maiores chances de pontuar é necessário que as
recepções sejam o mais corretas possíveis facilitando o trabalho do levantador.
Caso isso não aconteça ele terá que fazer a distribuição para o atacante mais
próximo a rede.
Fonte:https://www.scielo.br/j/rbefe/a/3XJhCRphVcrzqzxcst6j4Km/?format=pdf&lang=pt

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CAPÍTULO 5
VARIAÇÕES DA
PRÁTICA DO VOLEIBOL

O voleibol contribui para formação cidadãos que saibam a importância dos


relacionamentos, apesar das diferenças de cada um, e tenham, em relação ao outro,
sentimentos positivos como simpatia, empatia, honestidade, compaixão, confiança e
solidariedade. Além disso, promovem o espírito do fair play (jogo limpo – respeito às
regras do jogo) e a consciência dos próprios limites, da saúde e do meio ambiente,
estimulando que se dê sempre o melhor de si tanto nas competições como na vida.
Desta forma essa prática esportiva pode ser praticada por todas as pessoas, sem
restrições de idade, sexo ou mesmo deficiências. Para cada uma existe uma modalidade
de voleibol que pode ser adequada as suas condições.

5.1 Voleibol de praia

O Vôlei de Praia, que tem sua origem no vôlei de quadra, é um esporte praticado
na areia. Foi criado no estado da Califórnia (Estados Unidos) e no Havaí, na década
de 1920. Porém, tornou-se um esporte profissional somente na década de 1980. Foi
neste período que chegou ao Brasil e espalhou-se pelas praias do mundo todo. Na
década de 1940, começaram a ser feitos torneios amadores e, na década de 1970
ocorreram os primeiros torneios profissionais. O esporte passou a integrar o programa
dos Jogos Olímpicos em 1996.

5.1.1 CARACTERÍSTICAS DO JOGO

O Vôlei de Praia é um esporte jogado por duas equipes com dois jogadores cada uma
em uma quadra de areia dividida por uma rede. Existem diferentes versões para específicas
circunstâncias para atenderem a todos. O objetivo do jogo é enviar a bola por cima
da rede com a intenção de tocar o solo oponente.
O time tem direito a três toques para retornar a bola, incluindo o contato com o bloqueio.
A bola é colocada em jogo pelo saque: executado pelo sacador e enviada por cima
da rede para o lado oponente. O rally continua até que a bola toque o solo da quadra
de jogo, vá “fora” ou um time falhe em retornar a bola para o lado adversário.

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No Vôlei de Praia, usa-se o SPR (Sistema de Ponto por Rally). Quando a equipe
sacadora vence o rally, está ganha um ponto e continua a sacar. Quando o time
receptor vence o rally, esta marca um ponto e o direito de sacar. O jogador sacador
é o outro que não efetuou o saque anteriormente. O vôlei de praia é praticado numa
quadra demarcada com fita, na areia. As medidas são: 16 metros de comprimento por
8 metros de largura. No meio, deve ficar uma rede que mede 2,43 metros de altura
(masculino) ou 2,24 metros (feminino).

Imagem xx: Jogo de vôlei feminino


Fonte:https://cbv.com.br/img/noticias/2019/cuiaba-mt-retorna-ao-calendario-do-maior-torneio-de-volei-de-praia-do-pais.jpg

A superfície deve ser composta de areia nivelada, tão plana e uniforme quanto
possível, livre de pedras, conchas e tudo o mais que possa apresentar risco de cortes
ou de lesão aos jogadores. Para as Competições Oficiais, as Mundiais e as da FIVB,
a areia deve ter no mínimo 40 cm de profundidade e composta de grãos finos e
descompactados. Para as Competições Oficiais, as Mundiais e as da FIVB, a areia
deve também ser peneirada em um tamanho aceitável, não muito grossa e livre de
pedras e partículas perigosas. Não deve ser também muito fina, para causar poeira
nem lesão na pele. CLIMA O clima não deve apresentar nenhum perigo de contusão
aos jogadores. ILUMINAÇÃO Para as Competições Oficiais, as Mundiais e as da FIVB,
jogadas à noite a iluminação na área de jogo deve ter de 1.000 a 1.500 luxes, medida
a 1 m acima da superfície da área de jogo.

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ISTO ACONTECE NA PRÁTICA

Existem controvérsias sobre o país berço do vôlei de praia. Apesar de notícias de


exibições do esporte nas praias do Uruguai, em 1914, e de que durante a I Guerra
Mundial ocorreram em alguns lugares da Europa, o primeiro evento registrado deste
esporte foi em 1915, nas praias de Waikiki Beach, Havaí, no Outrigger Canoe Club,
clube fundado para divulgar os esportes do Havaí. (Sands of Time: the history of
beach volleyball, vol. 1 – 1895-1969. By Art Couvillon, 2002, p.31)

5.2 Voleibol adaptado a populações especiais

O vôlei sentado estreou na paralimpíada da Holanda em 1980. Palco coerente, já


que a modalidade surgiu no território holandês em 1956. Para reabilitação de soldados,
combinando o vôlei convencional. Com os sitzball Sport de origem, alemã, também
voltado para pessoas com deficiência. Algumas regras são similares, como atuar
sentado e outras nem tanto. No sitzball, a bola pode quicar no solo.
Há semelhanças entre o vôlei sentado e o “convencional”. Em ambos, a disputa
se dá em uma melhor de cinco sets, vencendo o time que ganhar três deles, sempre
com a diferença mínima de dois pontos para o adversário. Os quatro primeiros sets
se encerram quando uma das equipes atinge 25 pontos. O último, chamado tie-break,
vai até 15 pontos.

Imagem; Partida de vôlei Brasil e China


Fonte: https://s2.glbimg.com/DVEk_jh0l5KiTr_WHxP7d5Z7lyg=/0x0:1280x771/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_
bc8228b6673f488aa253bbcb03c80ec5/internal_photos/bs/2021/k/A/rq0SwBSI67XjCgDTMKhQ/volley-1.jpeg

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No vôlei sentado, os saques podem ser bloqueados e atacados na rede, ao contrário


do “convencional”. Os atletas, contudo, devem permanecer sentados para executar
as jogadas.
O número de jogadores em cada lado da quadra é o mesmo que nos jogos
normais, sendo 6 jogadores em quadra por equipe. A principal diferença é que eles
são classificados, conforme o seu grau de deficiência, sendo assim:
• VS1, ficam os jogadores amputados ou com maior limite na locomoção.
• VS2, os demais, de menor comprometimento físico-motor se encontram.

Cada equipe tem a permissão de apenas VS2 na sua equipe, sendo que estes
jogadores, não são permitidos em quadra ao mesmo tempo. A quadra tem as dimensões
de dez metros de comprimento por seis metros de largura, e a rede varia de 1,05 metro
(feminino) a 1,15 m (masculino).
O Brasil participa do vôlei sentado em Paralimpíadas desde os Jogos de Pequim
(China), em 2008, quando a seleção masculina ficou na sexta posição. Quatro anos
depois, em Londres (Reino Unido), o país marcou presença tanto na disputa masculina,
quanto na feminina: em ambas o país terminou na quinta colocação. Na Rio 2016, o
time feminino obteve a primeira medalha brasileira na modalidade, ao conquistar o
bronze – os homens ficaram em quarto lugar.

Imagem: Jogo de Vôlei


Fonte:https://www.ricardoshimosakai.com.br/wp-content/uploads/2016/08/O-voleibol-sentado-disputado-por-atletas-com-dificuldades-locomotoras-est%C3%A1-
nos-Jogos-Paral%C3%ADmpicos-desde-Arnhem-1980.jpg

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Entre os homens, o Irã é o país mais vitorioso, com seis medalhas de ouro paralímpicas
e duas pratas, todas nas últimas oito edições. Holanda e Bósnia-Herzegovina, ambos
bicampeões, completam a relação de títulos. Os europeus têm uma terceira conquista,
em Toronto (Canadá), em 1976, mas, na ocasião, a modalidade foi disputada como
exibição. No feminino, que só começou a ser disputado nos Jogos de 2004, em Atenas
(Grécia), a China venceu o torneio três vezes, mas perdeu a hegemonia em 2016, no
Rio de Janeiro, para os Estados Unidos.
SOBRE A COMPETIÇÃO
Assim como no voleibol Olímpico, a partida é decidida em melhor de cinco sets.
Vence a parcial quem fizer 25 pontos primeiro, e o tie-break vai até 15 pontos. O esporte
possui duas grandes diferenças em relação ao voleibol Olímpico: o contato com o chão
deve se dar por meio do glúteo em cada ação do atleta, e é permitido o bloqueio do
saque adversário. É comum também vermos as pernas dos adversários se chocando
durante a partida. Desde que não atrapalhe o oponente, o toque está liberado.
A quadra tem 60m2 (10m de comprimento e 6m de largura), e a rede está posicionada
a 1,15m do chão no vôlei masculino. Já na competição feminina, a altura é um pouco
menor: 1,05m.

5.3 Minivoleibol

O principal aspecto positivo da iniciação da metodologia do minivoleibol é a capacidade


de adaptação às características de crescimento, maturação e desenvolvimento motor
das crianças. A possibilidade de jogar em um espaço menor e de realizar os fundamentos
e/ou técnica mais facilmente proporciona ao aluno satisfação e motivação para o
aprendizado. Já as facilidades no Processo Ensino-Aprendizagem do Minivoleibol,
seriam:
• Dimensão da quadra adaptado ao número de jogadores;
• Quantidade menor de jogadores possibilitando maior contato com a bola;
• Altura da rede adaptada ao aprendizado;
• Bola mais leve ocasionando facilidades em executar os fundamentos;
• Regras simples e adaptadas;
• Aproveitamento total do espaço de jogo possibilitado pelos exercícios.

Em um jogo normal de vôlei (6x6), o número de vezes que a criança toca a bola durante
o jogo não é suficiente para o desenvolvimento motor desejável. Esta desvantagem
é suprida pelo mini vôlei, no qual o jogador toca a bola muitas vezes, percorrendo
distâncias menores, e logicamente mais adequadas para seu grau de desenvolvimento
(BAACK, 1972).

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Imagem xx: Prática Mini Vôlei


Fonte:https://www.avlisboa.pt/media/k2/items/cache/063ee9aeb9f60efa02823e51450f82ce_XL.jpg

Visto que entre os esportes o voleibol é considerado como um dos mais complexos
para ser aprendido, principalmente, devido a não retenção da bola e o campo de jogo
ser dividido em partes distintas de ação e não haver contato entre os participantes, a
Federação Internacional de Voleyball, promoveu um simpósio em julho de 1975, na Suécia,
para atender as necessidades futuras da sua modalidade, participaram desse simpósio
19 (dezenove) países com seus representantes e dentre os convidados, os brasileiros
Professor Roberto Pimentel e Professor Walde bi Romani. Dentre os representantes que
contribuíram podemos destacar alguns participantes que afirmaram que (FIVB, 1975):

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5.3.1 Fundamentos do minivoleibol

Os fundamentos do minivoleibol são os mesmos do voleibol, entretanto, os fundamentos


são aplicados e adequados de acordo com as diferentes formas de disputas, práticas
do jogo e capacidade motora de realizar a tarefa pelo iniciante, são eles: voleibol em seu
aprendizado apresenta dificuldades técnicas: Fundamentos específicos; Técnicas; Tática
individual; Táticas Coletivas e dificuldades físicas, tais como: Velocidade; Habilidades de
salto; Destreza; Coordenação motora fina; Coordenação motora dentre outros, além de exigir
também atenção e raciocínio rápido para organizar as jogadas, características estas que
podem desestimular muitas crianças se estas só começarem a jogar depois dos 14 anos.
O que justifica uma iniciação lúdica ao jogo de vôlei antes da forma tradicional e mais
elaborada. A ideia era criar um método que pudesse utilizar os pequenos jogos como fator
de motivação e que trouxesse uma transferência positiva, onde as crianças aproveitassem
experiências anteriores como base para a aquisição de novas habilidades.
O minivoleibol pode ser ensinado em diferentes locais e com objetivos diferentes,
tornando-se uma ferramenta de aprendizado que pode ser utilizado em:

Tabela xx: Práticas do Mini Vôlei


Fonte: Autor, (2022).

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5.3.2 Bases para o minivoleibol

Nesta fase a criança familiariza-se com a bola, a quadra, a rede, ensinando as posturas
básicas e movimentação na quadra; segurando, arremessando, lançando e rolando
diferentes tipos de bolas (plástico, borracha, futebol, vôlei, futebol etc.), praticando diferentes
tipos de pequenos jogos para desenvolver qualidades físicas como velocidade, agilidade,
força e reação (BRUGGEMAM, 2004)”author”:[{“family”:”Bruggemam”,”given”:”Paulo
Alexandre”}],”issued”:{“date-parts”:[[“2004”]]}}}],”schema”:”https://github.com/citation-
style-language/schema/raw/master/csl-citation.json”} .
Vôlei 1 x 1

Tabela xx: Competências Mini Vôlei 1 x 1


Fonte: (JÚNIOR; QUADROS; GORDIA, 2007)

Minivoleibol 2x2
Passada a fase de domínio da bola, a criança já pode começar a preparar-se para o
toque, a manchete e o saque por baixo, permitindo um jogo de voleibol simples: 2x2.
O principal objetivo é atacar e lançar a bola sobre a rede (GOTSCH, 1983). São
ensinados os princípios de formação inicial, movimentos de acordo com as situações
de jogo, cooperação com o colega, observação do oponente e posicionamento na
quadra, bem como contínuo desenvolvimento de preparação física básica, através de
movimentos rápidos na direção da bola, saltos e deslocamentos de diferentes formas
(SANTOS, 1999).

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Tabela xx: Competências Mini Vôlei 2 x 2


Fonte: Adaptado de Netto, (2018)

Imagem XX: Quadra de Vôlei Baby


Fonte: Netto, (2018)

Mini voleibol - 3 x 3 sem regras

O objetivo do trabalho nesta fase é a aquisição dos gestos técnicos básicos: toque,
manchete, saque por baixo, ataque em toque, bem como, estimular situações que
são exigidas no voleibol. Buscar a melhora da manchete para a recepção do saque
e para uma possível situação de defesa. Na preparação física, introdução dos saltos
com corda, velocidade de reação, agilidade e flexibilidade, para favorecer o processo
de aprendizagem do ataque e do bloqueio (SANTOS, 1999).

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Imagem xx: Partida de Mini Vôlei 3x3


Fonte: https://www.avlisboa.pt/media/k2/items/cache/063ee9aeb9f60efa02823e51450f82ce_XL.jpg

Nesta fase o jogo já pode ser 3x3, atacando e lançando a bola, mas sem se preocupar
com as regras, o senso de coletividade é a principal meta.

Tabela xx: Competências Mini Vôlei 3 x 3 sem regras


Fonte: Adaptado de Netto, (2018)

Minivoleibol - 3x3 com regras

Nesta fase introduz-se o ataque sem salto e o ataque com salto. Ensinam-se diferentes
variações de ataque e melhora de levantamento e das habilidades de defesa com
queda, com contínua preparação física, com desenvolvimento da resistência (SANTOS,
1999). Devem-se fazer exercícios especiais para o treino da recepção, passe, ataque
e saque por baixo, assim como para o descolamento e salto, receber e arremessar

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(BAACKE, 1975). Neste estágio, o jogo é 3x3 com a utilização das regras adaptadas
ao minivôlei (GOTSCH, 1983).

Tabela xx: Competências Mini Vôlei 3 x 3 com regras


Fonte: Adaptado de Netto, (2018)

Minivoleibol - 4x4
Introdução do bloqueio e da defesa, melhora dos fundamentos e habilidades
técnicas e táticas. Aperfeiçoamento em todos os fundamentos, novas variações. Na
preparação física, continuação da preparação física geral e o aperfeiçoamento de
todas as habilidades relativas aos fundamentos (SANTOS, 1999).

Imagem: Minivoleibol 4X4


Fonte: http://desportomariense.blogspot.com.br/2009/11/mini-voleibol-1-volta-torneio-de.html

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Devem-se fazer exercícios básicos de tática:


• Passe e primeiro ataque;
• Passe, recuperação da bola e contra-ataque;
• Cobertura das jogadas e dos espaços vazios;
• Jogos-treino 4x4 em quadras de dimensões menores;
• Regras adaptadas;
• Após esta etapa tem-se então o jogo normal 6x6.

Tabela xx: Competências Mini Vôlei 4 x 4 com regras


Fonte: Adaptado de Netto, (2018)

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CAPÍTULO 6
HISTÓRIA DO TENIS

Essa é uma modalidade cheia de ídolos e campeonatos que ficaram marcados na


memória de fãs. Isso sem falar nas curiosidades quanto à sua origem e com relação
às regras do jogo. Você sabe, por exemplo, quando o tênis chegou ao Brasil? E quais
são os maiores vencedores da história do tênis? O tênis possui adeptos em todo o
mundo, porém, o estereótipo de esporte da elite o tem afastado da maioria das escolas
brasileiras. A prática do tênis desenvolve capacidades cognitivas, psicomotoras e
socioafetivas em crianças e adultos. Para possibilitar o trabalho dentro da escola é
necessário ressignificar o esporte, adaptando-o para o espaço escolar utilizando uma
abordagem com base nos jogos de maneira divertida e ativa.

6.1 Evolução do tênis

Existem diferentes maneiras de contar a história do tênis, com relatos que vêm
de períodos variados da humanidade. Porém, os mais antigos começam no século V,
presentes tanto no Egito, quanto nos países europeus. Naquele momento, o que era
praticado era o tênis de campo - bem diferente do que conhecemos agora: não havia
raquetes e as bolas eram rebatidas com as mãos.
No século XII, porém, o esporte continuava a ser jogado com as mãos, mas o
formato já era mais similar ao atual. Chamado pelos franceses de “jeu de paume”
(jogo da palma), os monges o disputavam em ambientes fechados, que foram os
primeiros registros do surgimento do tênis de quadra. Ali, o objetivo dos jogadores
era arremessar a bola contra a parede e rebatê-la.

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Imagem xx:
Fonte:https://images.lanouvellerepublique.fr/image/upload/t_1020w/f_auto/5dea6df80a262447168b456a.jpg

A história do tênis não pode contar exatamente com um inventor conhecido, já


que a prática de esportes parecidos era muito antiga e não se tem registros oficiais
da sua criação.
Porém, considera-se que quem criou o tênis foi Walter Wingfield, um inglês que
chamava o esporte de sphairistike.
Ele é conhecido por ter escrito as regras oficiais desse esporte ainda em 1873.
Para popularizar o tênis, Wingfield vendia as regras manuscritas, em um kit com as
raquetes, a rede e as bolas. As regras criadas por ele sofreram pouquíssimas alterações
ao longo dos anos, sendo até hoje aplicadas nas quadras.

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Imagem xx: Gravura retratando o “Jeu de Paume”, na França do século XVII


Fonte:https://site.guaranisport.com.br/novo/wp-content/uploads/2014/12/French_Jeu_de_Paume_in_the_17th_century.png

6.2 Um jogo jogado nas ruas

Durante muito tempo os franceses adoravam jogar ténis, esporte herdeiro de jogos
antigos, como os jogos de fenida dos gregos ou pila trigonalis dos romanos. A filiação,
no entanto, não é tão simples, e a falta de fontes deixará, sem dúvida, esta questão
para sempre em suspenso. As primeiras referências à prática de jogos de bola na
França, no entanto, datam do século XII.
Jean Beleth, um escritor do século 12, relata que os monges jogavam uma bola de
trapo uns aos outros com a ajuda das paredes e vigas do claustro. Este jogo logo se
libertou dos conventos e tomou as ruas, com jogadores usando copas ou telhados de

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moradias. Uma primeira referência à palmeira aparece no Livre de la Taille de 1292,


que menciona 13 artesãos “paumiers” que viviam em Paris fazendo bailes em Paris.
A título de comparação, apenas 8 livreiros estão listados ao mesmo tempo.
Esporte de origem popular, o jogo também conquista a Monarquia. De Luís X a
Luís XIV, passando por Francisco I, todos se arriscaram no jogo. Luís X morreu ali em
1316, depois de um resfriado depois de uma partida. Em 1397, o Reitor de Paris tentou
proibir a prática deste esporte, confinando-o depois aos domingos: “porque vários
comerciantes e outras pessoas comuns deixavam seu trabalho e suas famílias durante
os dias de trabalho, o que era muito prejudicial à boa ordem pública”. Sem sucesso.
Ao mesmo tempo, o jogo é estruturado. Os jogadores equipavam-se com luvas,
depois com “battoirs” (bastão de madeira maciça), e finalmente, no início do século
XIV, com raquetes equipadas com corda de cânhamo ou tripa. No século XVII, uma
rede também substituiu os pedaços de barbante que até então eram usados ​​para
demarcar o terreno.
Paralelamente a essas mudanças, os jogadores começam a sair das ruas para
integrar salas específicas: os antros de jogo”. Os jogadores, tendo em mente reproduzir
certas condições do jogo que até então praticavam no exterior, estas salas caracterizam-
se pela presença de galerias que imitam os telhados ligeiramente inclinados cobertos
com tábuas ou telhas e que então pendem sobre o rés-do-chão. Abrigos, que jogadores
e espectadores aprenderam a usar melhor nos anos anteriores.
A partir deste momento, a língua francesa reteve muitas expressões da palma. E o
antro de jogos de azar não é o menos; impressionar a galeria, quem vai caçar perde o
lugar, cai abruptamente, fica no chão, pega a bola no salto, jogo de mão, jogo maroto,
os filhos da bola... são expressões que ainda hoje são familiares.

6.2.1 Salões mais numerosos do que igrejas

O jogo de tênis atingiu seu auge no final do século XV e início do século XVI. Com
as mãos nuas, equipadas com um batedor ou uma raquete, jogamos em casas de
jogo ou na rua. É uma verdadeira loucura que toma conta do país. O Clero não ficou
de fora, e o Conselho de Sens em 1485 teve de revogar a proibição feita aos religiosos
de jogar o jogo, nem, sem sucesso, algumas igrejas foram sequer recicladas em sala
de jogo! O clero, sobrecarregado, acabará por autorizar a Palma, sob certas condições,
em 1528.

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Um sinal da importância do esporte no país: enquanto em 1392 ainda havia apenas


oito quadras de tênis em Paris, o italiano Francesco d’Ierni estimou o número em 250
dois séculos depois, em 1596. As províncias não ficam de fora, e há oito em Bourges,
cerca de vinte e cinco em Rouen, cerca de quarenta em Orleans, quinze em Bordeaux,
e assim por diante. As quadras ao ar livre são ainda mais numerosas e haverá até
1.800 quartos e quadras ao ar livre em Paris. Sir Robert Dallington, um cronista inglês
que viveu na França, escreveu em 1604 que a França é um “país repleto de quadras de
tênis, mais numerosos do que igrejas e jogadores mais numerosos do que bebedores
de cerveja na Inglaterra.

Ilustração xx: Um senhor e a sua raquete de palma, numa gravura do século XVII
Fonte:https://images.lanouvellerepublique.fr/image/upload/t_nc768w/f_auto/5dea7265e64100903f8b456a.jpg

Esse apogeu também é marcado por uma forma de profissionalização do esporte.


Em 9 de novembro de 1527, Francisco I formaliza a remuneração dos atletas: “tudo o
que for jogado na quadra de tênis será pago a quem vencer como uma dívida razoável
e adquirida pelo seu trabalho”. Anteriormente, as apostas e as apostas já tinham
transformado esta atividade desportiva numa profissão para muitos. De acordo com
Francesco Gregory d’Ierni, 7.000 pessoas viviam do tênis.

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Ao mesmo tempo, o jogo foi exportado para a Inglaterra, e a primeira casa de jogo
foi aberta em Oxford em 1595. Reza a lenda que o esporte foi introduzido lá pelo
Duque de Orléans. Capturado na Batalha de Agincourt em 1415, ele permaneceu cativo
por duas décadas no Castelo Wingfield em Norfolk, onde praticava a palmeira todos
os dias. Quatro séculos depois, um certo Walter Clopton Wingfield, descendente do
castelão de Wingfield, participará da criação do tênis, filho legítimo da palmeira.

6.2.3.O fechamento dos antros de jogo

O influxo de dinheiro no esporte traz sua parcela de aproveitadores. Os paumiers


são incorporados em 1610 para lutar contra abusos de todos os tipos. Alguns pobres
inescrupulosos então não hesitavam em encher seus esteufs com pedras, causando
acidentes, às vezes fatais. O irmão de Montaigne vai morrer disso. A produção de esteufs
e raquetes de neve será agora rigorosamente fiscalizada, levando ao encerramento
de muitas salas.
O declínio é confirmado a partir dos anos 1630-1650. Em particular, sob a autoridade
de Luís XIII, que impôs o fechamento de muitas novas salas. Se a palma continua
sendo o esporte do rei, Paris tem apenas 114 quartos em 1657. Seu sucessor, Luís
XIV, perderá o interesse pela palma em meados de seu reinado, preferindo a prática
do bilhar. Em novembro de 1676, o Rei Sol confirma a autorização para instalar mesas
de bilhar nas quadras de tênis.

Imagem: Raquetes e bolas em uma pintura no Château de Beauregard em Cellettes.


Fonte:https://images.lanouvellerepublique.fr/image/upload/t_nc768w/f_auto/5dea71c6e64100af398b456c.jpg

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Apesar da organização dos primeiros Campeonatos Mundiais em 1740 (vencedor do


torneio, o francês Clergé de Elder seria assim o primeiro campeão mundial da história do
esporte), a atração dos franceses pelo tênis não para de diminuir. Grande parte dos antigos
antros de jogo foram convertidos em salas de bilhar, lojas ou teatros. Alguns de seus
salões, como o Théâtre du Jeu de Paume em Aix, ainda estão abertos hoje. Ainda outros
são simplesmente destruídos. Em 1789, às vésperas da Revolução, restavam apenas 15
quadras de tênis em Paris e apenas 29 jogadores de alto nível.
Entre os muitos antros de jogo fechados na época, muitos serão palco de eventos
de prestígio. Além da sala de Aix já mencionada, podemos pensar no Jeu de Paume du
Béquet, que acolherá a primeira ópera cómica em França ou ainda no Jeu de Paume de
la Bouteille e no Jeu de Paume rue de Vaugirard que, em virar casa da Ópera de Paris no
século XVII. Entre todas as suas antigas quadras de tênis de prestígio, a mais famosa
permanece, é claro, a de Versalhes, cuja decoração proporcionou um cenário majestoso
para o Juramento do Jeu de Paume em 1789.
A Salle du Jeu de Paume em Versalhes foi construída durante o reinado de Luís XIV por
Nicolas Creté, mestre-paumier. Inaugurado em 1686, foi realizado mais por convenção do
que por real interesse do Monarca, que rapidamente se afastará do tênis. La Paume saiu
de moda, a sala fechará suas portas com rapidez suficiente para reabri-las somente em
20 de junho de 1789 aos deputados do Terceiro Estado que ali juraram não se separar
sem terem dado uma constituição à França. Caída no esquecimento, a Terceira República
transformou-a em 1883 num museu para a glória da Revolução, antes de ser novamente
esquecida. Só será restaurado em 1989 por ocasião do Bicentenário da Revolução.

Ilustração: O juramento Jeu de Paume foi proferido em 20 de junho de 1789.


Fonte:https://img-4.linternaute.com/4s9tGAWtJtwUjJEx4OMdjfZA4S0=/1500x/smart/4ec2f91457cf4ce891e052da9e478602/ccmcms-linternaute/21883121.jpg

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A Revolução, que eclodiu logo após o juramento do tênis, assinou o canto do cisne
da palma. Considerado muito aristocrático, o jogo é evitado pelas novas elites. O Jeu
de Paume é deixado para morrer. Os últimos quartos na França estão abandonados.
Apenas o Sudoeste, e o País Basco em particular, resiste a este fenómeno e apodera-
se das restantes instalações. Os novos jogadores simplificarão as regras, removerão
a rede e a grade e, presumivelmente, darão origem à pelota basca. As bugigangas da
pelota conservam ainda hoje a galeria, símbolo dos jogos de tênis.

6.2 O jogo

O tênis teve sua origem na França, em meados do século XIII. O “jeu de paume”
(jogo da palma) foi o precursor da modalidade, uma espécie de tênis primitivo. O jogo
era tradicional na época e não se usavam raquetes, os jogadores utilizavam as mãos
para rebater a bola na parede.
Logo alguns jogadores passaram a usar luvas, e então, no século XIV, foi implementado
o uso de um utensílio de madeira em forma de pá, conhecido como “battoir”. Era o
nascimento da raquete, inventada pelos italianos, que mais tarde ganhou cabo e cordas.
Não demorou até o tênis deixar de ser jogado contra a parede e passar a ser
praticado em um retângulo dividido ao meio por uma corda, com até 6 jogadores de
cada lado. O jogo recebeu então o nome de Longue-Paume. O termo Tênis deriva do
francês Tenez, que significa “Pega” (verbo pegar no imperativo), expressão exclamada
pelo jogador ao sacar a bola.
Para se ter uma ideia do crescimento da modalidade na França, o rei Luiz XII (1498
a 1515) mandou construir em Orleans, cidade onde tinha seu palácio, nada menos
que 40 quadras de tênis!

Ilustração: Primeiro Torneio de Wimbledon em 1877.


Fonte: https://site.guaranisport.com.br/novo/wp-content/uploads/2014/12/Wimbledon_1877.png

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O jogo se popularizou na França e chegou ao conhecimento do rei da Inglaterra,


Henrique VIII, que virou praticante e entusiasta da modalidade, ajudando a difundir
o esporte por todo o mundo. O tênis é de berço francês, mas se tornou um esporte
tradicional inglês graças à padronização das regras feita pelos ingleses e os seus
grandes campeonatos.

Imagem: Copa Davis, 1908.


Fonte: https://site.guaranisport.com.br/novo/wp-content/uploads/2014/12/1908_Davis_Cup.png

O torneio de tênis mais antigo do mundo é o Torneio de Wimbledon, realizado pela


primeira vez em 1877 em Londres. A partir de 1900 surge a Taça Davis, que é um
campeonato mundial dividido nas regiões americana, europeia e oriental. . O jogo de
paume também recebeu nomes como longue-paume e court-paume dependendo do
tipo de modificação adotada.
Logo a fidalga prática caiu no gosto da nobreza francesa, sobretudo em meados
do século XIV. Neste mesmo período, difundiu-se pela Inglaterra, onde passou a ser
denominado de Real Tênis, por ser praticado pela nobreza, inclusive por membros da
família real.

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Por volta de 1875, o inglês Walter Wingfield divulgou o jogo Lawn Tennis e rapidamente
passou a comercializar os equipamentos e instruções necessários para a prática (rede,
livro de regras, bolas de borracha e raquetes). Tempos depois, o nome do jogo foi
substituído pela denominação que é conhecida até hoje: Tênis – do francês tenez,
que significa “segure” (expressão utilizada pelo jogador ao realizar o saque). O Tênis
passaria a compor a lista das modalidades originárias do movimento esportivo inglês
do século XIX, embora a experiência francesa anterior também demonstrasse estar
ligada à gênese da modalidade.
A modalidade se espalhou pela Europa em poucas décadas, tornando-se necessária
a construção de um espaço que abrigasse um público significativo. Assim, em 1877,
foi construído o Estádio de Wimbledon, na Inglaterra. A ideia era a de abrigar o primeiro
torneio internacional de Lawn Tennis. Ao longo das próximas décadas, o estádio passaria
a ser considerado o mais tradicional para prática esportiva.
Wimbledon tornou-se um sinônimo de requinte e luxo. No ano seguinte ao primeiro
jogo, foi fundada a Lawn Tennis Association. Quatro anos depois foi fundada nos
Estados Unidos a Associação Nacional de Lawn Tennis.
O sucesso da prática fez com que fosse um dos nove esportes incluídos nos primeiros
Jogos Olímpicos da Era moderna, em Atenas 1896. Já as mulheres competiram pela
primeira vez nos Jogos de 1900, em Paris.
Apesar do pioneirismo olímpico, a modalidade ficou excluída do programa oficial
entre 1928 e 1988. Especula-se que as rígidas regras criadas pelo Comitê Olímpico
Internacional (COI) foram o principal motivo deste hiato na história do Tênis dentro
dos Jogos Olímpicos Mesmo fora das Olimpíadas, de modo oficial, a modalidade
continuou a se difundir com a criação de novos torneios, como a Taça Davis em 1990.
Principalmente a partir do ano de 1908, novas regras foram incorporadas ao esporte.
Em 1912, a Lawn Tennis Association foi extinta, dando lugar à Federação Internacional
de Lawn Tennis (ILTF), que ficou responsável pela uniformização das regras.
Torneios com premiações em dinheiro começaram a se popularizar no final da década
de 1960 e, desse modo, a ILTF passou a admitir tenistas amadores e profissionais
disputando as mesmas competições.
Em 1972, foi criada nos Estados Unidos, a Associação dos Tenistas Profissionais
(ATP) e alguns anos depois foi fundada a Federação Internacional de Tênis (ITF),
entidade responsável pela organização do esporte até os dias atuais.

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ISTO ESTÁ NA REDE

O juramento do Jeu de Paume é um dos grandes episódios da Revolução Francesa.


Em 20 de junho de 1789, após a criação da Assembleia Nacional, os deputados do
Terceiro Estado se libertaram do poder régio para redigir uma constituição.
O que é o juramento Jeu de Paume? - O juramento Jeu de Paume foi proferido
em 20 de junho de 1789 por cerca de trezentos deputados do terceiro estado,
mas também da nobreza e do clero, que juraram entre si não se separar antes
que uma nova Constituição francesa estivesse pronta. Este pacto não tem valor
jurídico, mas é particularmente simbólico . É considerado como um ato fundador da
República Francesa. Após este juramento, é constituída uma Assembleia Nacional
Constituinte. Abolirá os privilégios e redigirá a Declaração dos Direitos do Homem e
do Cidadão.
Fonte: https://www.linternaute.fr/actualite/guide-histoire/2534080-serment-du-jeu-de-paume-20-juin-1789-fin-de-la-monarchie-absolue/

6.3 O Tênis no Brasil

O Tênis teve sua gênese no Brasil após a chegada de técnicos e engenheiros ingleses,
no final do século XIX, que desembarcaram no Rio de Janeiro e em São Paulo trazendo
bolinhas e raquetes na bagagem. É mais uma das versões dos mitos fundadores do
esporte nacional: aquela ideia de ressaltar, de modo dicotômico, a iniciativa individual
de alguns jovens da elite.
São tantas as modalidades introduzidas neste período – final do XIX e início do
XX – que alguns estudiosos do esporte afirmam que ocorria no Brasil um “boom
esportivo”, devido à forte influência franco-britânica. A modalidade em seu início, como
tantos outros esportes, esteve ligada à Confederação Brasileira de Desportos (CBD).
Tal entidade adquiriu poder no período do Estado Novo de Vargas, ganhando um
forte caráter político e ideológico no gerenciamento do esporte nacional. Isto só foi
modificado com a criação de uma entidade própria em 1955, a Confederação Brasileira
de Tênis (CBT), que hoje conta com mais de 33 mil jogadores registrados.
Apesar de ser um esporte de fama elitista, o Tênis encontra-se entre os dez mais
praticados no Brasil, com aproximadamente dois milhões de praticantes e mais de
350 torneios por ano, movimentando cerca de 1,8 bilhão de reais, inclusos aí gastos
com a prática em si e organização de torneios, além daqueles referentes à mídia e aos
patrocínios de atletas e competições e também das premiações dos atletas vencedores.

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Existem duas figuras principais entre os atletas brasileiros do Tênis. Estes marcaram
e modificaram a história da modalidade e provavelmente serão lembrados por muito
tempo como ícones do esporte. Entre as mulheres, Maria Ester Bueno, que conquistou
65 torneios internacionais de simples e 90 de duplas nas décadas de 1950-60, sendo
que dentre eles estão todos os Grand Slam, inclusive o tricampeonato de Wimbledom
(59, 60, 64). Já Gustavo Kuerten (o Guga), com certeza o maior representante dentre os
homens, consagrou-se após conquistar Roland Garros três vezes (1997, 2000 e 2001)
e alcançar o topo do ranking em 2000, mas principalmente por ganhar a simpatia de
milhões de brasileiros, que atribuíam a ele uma imagem de extroversão, simplicidade e
humildade. Tais qualidades, dificilmente encontradas em atletas do seu nível, fizeram
dele um símbolo do Tênis brasileiro, um herói nacional em um país carente de ídolos
esportivos que não sejam futebolistas. Em contrapartida, seu desempenho nos Jogos
Olímpicos não foi o esperado, e mesmo como melhor do mundo no ano de 2000, não
passou das quartas de final nos Jogos da cidade de Sydney.
Para que uma história olímpica vencedora possa ser construída pelo Tênis brasileiro
– até hoje o melhor resultado foi apenas um 4° lugar de Fernando Meligeni em Atlanta,
1996 – o foco tem que ser dado aos jovens atletas, ou seja, os investimentos devem
ser feitos na base, pois um país forte em determinado esporte não pode depender
do aparecimento espontâneo de ‘’atletas-fenômenos’’ como ocorreu com Guga, mas
sim, de um planejamento consistente e efetivo para o mesmo.

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CAPÍTULO 7
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS

7.1 Raquete

A raquete é considerada uma invenção italiana. Inicialmente, as raquetes eram


feitas grosseiramente de madeira; os jogadores usavam indistintamente raquetes
redondas, triangulares, quadradas e até em forma de pera. Foi somente por volta
do ano 1780 que se começou a fabricar o cabo de raquete separadamente, para em
seguida juntá-lo na parte superior da mesma. As raquetes primitivas evoluíram até
atingirem o formato que conhecemos atualmente.
O ¨Cricket¨ era o esporte de verão convencional na Inglaterra, jogado ao ar livre, onde
dois times utilizavam bastão para golpear a bola. No entanto, dificilmente este esporte
se adequava aos limites de um jardim residencial gramado, necessitava de um espaço
maior. Em 1874, o Major Clopton Wingfield introduziu um novo jogo, o ¨Sphairistike¨
(um novo e prático modo de jogar a bola), estabelecendo algumas regras fundamentais,
que ainda hoje constituem as bases do jogo de Tênis. A verdadeira intenção do major
Wingfield era de estabelecer um jogo menos violento e acessível também para senhoras
e senhoritas, proporcionando oportunidade aos indivíduos adultos, de ambos os sexos,
de se encontrarem e praticarem essa atividade esportiva nos gramados, casas de
campo e nos jardins para aproveitar o tempo livre. Providenciou-se, então, a alteração
das regras, assim como das dimensões da quadra. A denominação ¨Sphairistike¨ foi
considerada de difícil memorização, tendo sido substituída, em 1877, por ¨Lawn Tênnis¨
(Tênis na grama). Posteriormente, o termo ¨Lawn¨ foi excluído, ficando apenas Tênis.
Este esporte tornou-se muito popular, sendo praticado pela aristocracia e o clero,
além de ser cada vez mais aceito pela população. No entanto a origem do nome Tênis
é que permanece mais obscura, sendo a hipótese mais provável a da derivação da
palavra francesa ¨Tenez¨ (pegue-a ou jogue-a).

As diferentes partes de uma raquete de Tênis

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Conforme os anos avançam as tecnologias de raquetes evoluem rapidamente. no


entanto, as partes centrais de uma raquete de Tênis permaneceram, em sua maior
parte, inalteradas. Sendo assim iremos dividir as partes individuais de uma raquete
de tênis com uma breve explicação de cada parte.
À medida que revisamos cada parte, aqui está um diagrama que você pode usar
como ponto de referência.

Imagem: Raquete de Tênis.


Fonte:https://cdnv2.moovin.com.br/casadotenista/imagens/Partes%20da%20raquete.jpg

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Tabela xx: Características das Raquetes.


Fonte: Casa do Tenista, (s;d)

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7.1.1 Como empunhar a raquete

Para atletas profissionais ou mesmo amadores a escolha da empunhadura na hora


da batida uma das mais complexas escolhas no jogo. Muitos jogadores questionam:
qual a empunhadura certa ou qual a melhor empunhadura para se jogar tênis?

Imagem xx: Tipos de empunhadura.


Fonte: https://tenisnews.com.br/images/medias/empunhaduras14.jpg

A empunhadura tem a ver muito com o jogo de cada atleta, desenvolvido na iniciação
com o professor ou da maneira como seu treinador te ensinou essa “pegada” na
raquete – que acaba influenciando no padrão e estilo de jogo.

A influência do técnico, importante dizer, tem relação com o alto rendimento, não
com a iniciação ou com o jogador intermediário. Vou dar um exemplo. Roger Federer e
Grigor Dimitrov possuem um estilo muito parecido, tudo por conta das empunhaduras
iguais e que tornam o padrão igual dos dois também. Não é à toa que Dimitrov é
apontado como possível sucessor do suíço no circuito profissional.

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Imagem xx: Formas de empunhadura.


Fonte:https://static.wixstatic.com/media/924bad_4794a5b183174237b08fb26cd860a339~mv2.png/v1/fill/w_630,h_441,al_c,q_80,usm_0.66_1.00_0.01/924bad_
4794a5b183174237b08fb26cd860a339~mv2.webp

Continental: A empunhadura Continental é a mais tradicional ou martelo, como


antigamente se dizia. É utilizada mais para saque, voleios, smash, slice e há muitos
anos era lembrada para todos os golpes porque naquela época as raquetes e bolas
proporcionavam um jogo mais lento. A bola não quicava alta. Mesmo com a evolução
do tênis, a Continental ainda é muito boa para bater na linha da cintura dos dois lados.

Imagem xx: Empunhadura Continental


Fonte: Casa do Tenistas, (s;d)

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Eastern: Usada por iniciantes, a Eastern é ideal para golpear bolas mais retas. Essa é a
empunhadura utilizada para produzir top spin, com o ponto de contato na linha da cintura
e no ombro. Entretanto, as bolas acima do ombro são mais difíceis de serem rebatidas.
Federer e Dimitrov jogam mais com essa empunhadura. Quem está começando no tênis
normalmente usa a Eastern para sacar e, com o tempo, passa para a Continental.

Imagem xx: Empunhadura Eastern


Fonte: Casa do Tenistas, (s;d)

Semi Western: É uma empunhadura mais moderna, que produz um golpe firme com
regularidade e top spin, boa para bolas altas e a média altura. Muitos profissionais jogam
com essa empunhadura, tais como Andy Murray, Serena Williams e Jo-Wilfried Tsonga. Para
iniciantes, a bola baixa oferece grau de dificuldade maior, mas não para os profissionais
– que utilizam o punho para “consertar” a bola.

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Imagem xx: Empunhadura Semi Western
Fonte: Casa do Tenistas, (s;d)
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Western: Empunhadura um pouco mais virada do que a Semi Western, é a preferida


dos espanhóis pelo estilo de jogo deles e pela quadra de saibro. Como a bola sobe
mais no saibro, essa empunhadura se encaixa bem com bolas acima dos ombros,
mais baixas e rápidas. Por outro lado, pode se tornar terrível para bater ou jogar em
quadras rápidas. Novak Dokovic, David Ferrer e Rafael Nadal usam a Western.

Imagem xx: Empunhadura Western


Fonte: Casa do Tenistas, (s;d)

7.2 A bola

As primeiras bolas utilizadas no jogo de tênis eram de couro, muito duras, não
pulavam na grama e não tinham tamanho padronizado. Posteriormente, surgiu a bola
de borracha lisa, sem nenhum revestimento. Com o avanço tecnológico, as bolas de
borracha, que eram de difícil controle, foram substituídas inicialmente por fios de lã
enrolados, para garantir o controle necessário pelo jogador. Atualmente, elas são de
borracha, revestidas por feltro, obtido com mistura de lã e nylon.

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Imagem: Bola de tênis.


Fonte:https://revistatenis.uol.com.br/media/versions/uploads/2015/como-escolher-as-bolinhas-de-tenis_fixed_big.jpg

Graças ao avanço rápido para do esporte em meados do século XIX: o tênis de grama
se tornou-se popular entre os mais abastados da Europa, graças à invenção e futura
patente em 1844 de Charles Goodyear, a borracha vulcanizada. Neste período, as bolas
tinham uma coloração avermelhada ou acinzentada e não tinham nenhuma cobertura
de outro material, foi quando o Sr. John Moyer Heathcore (um dos colaboradores na
criação das regras do tênis de grama) sugeriu cobrir as bolas que eram de borracha
um tecido semelhante a uma flanela.

Imagem xx: Bola de borracha vulcanizada


Fonte:https://cdnv2.moovin.com.br/casadotenista/imagens/earlier-tennis-ball-tennis2.jpg

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A partir dos anos 1920, as bolas de tênis foram pressurizadas e recobertas com
feltro para otimização de seu efeito aerodinâmico. Porém devido a essas mudanças
as bolas deviam ser armazenadas em latas ou tubos hermeticamente fechados para
não perderem o seu desempenho.

Imagem xx: Bola de borracha coberta com feltro


Fonte:https://cdnv2.moovin.com.br/casadotenista/imagens/earlier-tennis-ball-tennis.jpg

Desde aquela época até os dias de hoje a segurança das bolas de tênis é testada
minuciosamente: a Federação Internacional de Tênis (ITF) tem códigos rígidos de
que qualquer bola jogada de uma altura de 254 cm no concreto deve recuperar entre
135 cm e 147 cm e deve ser testada sob uma temperatura uniforme de 20°C, 60% de
umidade e pressão atmosférica de 102 kPa. Da mesma forma, o diâmetro de uma bola
de tênis deve estar entre 65,41 mm e 68,58 mm e ela deve pesar entre 56 g e 59,4 g.
Por fim, a partir de 1972 e com a chegada das transmissões de TV em cores, o
“amarelo ótico” se tornou a cor padrão para todas as bolas de tênis, a fim de aumentar
a visibilidade do jogo para os espectadores. Antes disso, todas as bolas eram brancas.

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Imagem xx: Bola de tênis.


Fonte:https://cdnv2.moovin.com.br/casadotenista/imagens/bola-de-tennis-mutas-tennis.jpg

Diferenças entre as bolas de Tênis

É importante que cada atleta seja amador ou profissional se atente as características


da bola que ele utilizará, pois as bolas são classificadas por: Sem pressão, pressurizados,
especiais, conforme tabela abaixo.

Tabela xx: Tipos de Bolas.


Fonte: Autor, (2022)

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TIPOS

Bolas para quadra dura (ou rápida):  Esse tipo tem, em sua mistura, maior
quantidade de lã natural que artificial no feltro, pois a lã natural oferece maior atrito
e, consequentemente, isso a deixa um pouco mais lenta. Esse fator também interfere
na durabilidade da bola.
Bolas para quadra de saibro (ou lenta): As bolas para quadras lentas possuem maior
quantidade de lã artificial, que é mais “lisa”, resultando em menos atrito e tornando
o jogo mais rápido.
Bolas para todo tipo de quadra: Esse tipo de bola “all court” é o “feijão com arroz”,
pois se trata de uma mistura homogênea de lã natural e artificial na composição do
feltro, tornando-se ideal para qualquer superfície.

7.3 O movimento dos pés e do corpo;)

ISTO ESTÁ NA REDE

Saque mais rápido


O saque mais rápido do mundo já registrado pela ATP (Associação dos Tenistas
Profissionais) foi dado em 2012 pelo australiano Samuel Groth, com incríveis 263
km/h, durante o torneio de Busan, na Coréia do Sul. Na mesma partida, o tenista
encaixou mais dois potentes saques de 253 km/h e de 255 km/h.
Entre as mulheres, este feito pertence à alemã Sabine Lisicki que sacou a uma
velocidade de 211 km/h, em 2014, durante o Torneio de Stanford, nos Estados
Unidos.
Fonte: https://blog.lptennis.com/8-curiosidades-sobre-o-jogo-de-tenis/

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CAPÍTULO 8
REGRAS BÁSICAS DO TÊNIS

8.1 As Regras do Jogo.

A Quadra

A quadra deve ser um retângulo de 23,77 m de comprimento por 8,23 m de


largura. Deve ser dividida ao meio por uma rede suspensa através de uma corda ou
cabo metálico, com um diâmetro máximo de 0,8 cm, cujas extremidades devem ser
amarradas, ou passar sobre dois postes, os quais não podem ter secção com mais
de 15 cm2 ou 15 cm de diâmetro.

Ilustração xx: Quadra de Tenis


Fonte: https://amadoresdotenis.files.wordpress.com/2013/07/quadra1.png

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Os centros dos postes devem ficar a 0,914 do lado de fora da quadra e a altura
dos postes deve ser tal que o topo da corda ou cabo metálico fique a 1,07 m do solo.
Quando uma quadra serve para os jogos de simples e de duplas, a mesma deverá
estar provida com dois postes de sustentação da rede (paus de simples) com uma
altura de 1,07m, e de não mais de 7,5cm de largura ou de diâmetro, cujos centros
deverão estar colocados a 0,914 m para fora da quadra de simples.
A altura da rede, no centro, deverá ser de 0,914m sendo que a rede deve ser uma
malha suficientemente pequena para evitar que a bola atravesse. Para manter essa
altura, usa-se uma fita de não menos do que 5 cm e não mais do que 6 cm e de cor
branca.
Não deve existir anúncios na rede, fitas ou paus de simples. Se forem colocados
anúncios ou qualquer tipo de material no fundo da quadra, ou nas cadeiras dos árbitros
de linha, eles não poderão conter as cores branca ou amarela. Cores claras somente
poderão ser utilizadas caso não interfiram na visão dos jogadores.

Tipos de quadra de tênis


As quadras de tênis podem ter ao menos três pisos diferentes. A principal diferença
entre eles é a velocidade que proporcionam quando a bola quica.
• Saibro: nesse tipo de piso, também chamado de terra batida, a quadra de tênis
é composta por argila e pó de tijolo. Esse é o tipo de piso utilizado em Roland
Garros, torneio disputado em Paris, que Gustavo Kuerten, o Guga, venceu três
vezes. É considerado um piso lento.

Imagem xx: Quadra de Saibro


Fonte:http://www.openquadradetenis.com.br/wp-content/uploads/2018/03/FOTOS-99-768x576.jpg

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• Grama: é o tipo de piso utilizado no torneio de Wimbledon, em Londres, e favorece


o jogo mais rápido.

Imagem xx: Quadra de Grama.


Fonte:http://www.openquadradetenis.com.br/wp-content/uploads/2018/04/grass_court-768x576.jpg

• Piso duro: é um tipo de piso que favorece o jogo mais rápido e pode ser composto
por cimento ou por um piso emborrachado. O Australian Open e o US Open são
torneios que utilizam esse tipo de piso.

Imagem xx: Quadra de piso duro.


Fonte:https://www.esportelandia.com.br/wp-content/uploads/2018/12/quadra-de-tenis-768x432.jpg

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Instalações Permanentes da Quadra As chamadas instalações permanentes, não


incluem somente a rede, postes de rede, paus de simples, cabo, cintas ou fitas, mas
também, onde houver, as paredes ou telas de fundo e laterais, arquibancadas, cadeiras
de árbitros, todas as instalações da quadra, árbitros e pegadores de bolas, quando
em seus respectivos lugares.

8.1.1 Sacador e Recebedor

Os jogadores devem se posicionar em lados opostos da rede, o jogador que inicia


o ponto será chamado de sacador e o outro de recebedor.
O recebedor poderá posicionar-se onde lhe agradar no seu próprio lado da rede.
Escolha de Lados e Saque: A escolha de lados e o direito de ser sacador ou
recebedor no primeiro game do jogo, será feito através de sorteio (Cara ou Coroa),
onde o ganhador tem o direito de escolher, ou pedir que seu oponente escolha:
Serviço (Saque): O serviço deve ser executado da seguinte maneira: Imediatamente
antes de começar a sacar, o sacador deve posicionar-se com ambos os pés em
repouso, atrás da linha e base, entre as linhas imaginárias de centro e lateral. Deve,
então, projetar a bola com as mãos para o ar, em qualquer direção, e antes que a ela
toque o solo, golpeá-la com sua raquete. A execução deverá ser considerada como
completada no momento do impacto da raquete com a bola. Um jogador que só tenha
um braço, poderá utilizar sua raquete para projetar a bola. O sacador, numa partida
de simples, não poderá posicionar-se atrás da porção da linha de base entre as linhas
laterais da quadra de simples e da de duplas.
Foot-Fault (Falta de Pé): O sacador, durante a execução do serviço não poderá
mudar a sua posição andando ou correndo. Pequenos movimentos dos pés que não
afetem materialmente a sua posição não deverá ser considerada como mudança de
posição.
Não deve tocar com o pé qualquer área que não seja aquela atrás da linha de base,
dentro da extensão imaginária da marca de centro e das linhas laterais.
Execução do Serviço: Na execução do saque, o sacador deve posicionar-se
alternadamente do lado direito e esquerdo da quadra, começando do seu lado direito
em cada game. Se ocorrer um saque da metade errada da quadra e não é detectado,
toda a jogada resultante desse serviço ou serviços errados deve permanecer, mas
o posicionamento errado terá de ser corrigido imediatamente após ser descoberto.

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A bola que foi sacada deve passar sobre a rede e atingir o solo dentro da área que
esteja diagonalmente oposta, ou sobre qualquer linha delimitando tal área, antes do
recebedor devolvê-la.
Quando Sacar: O sacador não deve sacar até que o recebedor esteja pronto. Se
este último tenta devolver o saque, ele será considerado como se estivesse pronto. Se,
entretanto, o recebedor indica que não está pronto não poderá reclamar um fault do
sacador pelo fato de a bola não tocar o solo dentro dos limites fixados para o saque.
Ordem de Serviço: Ao final do primeiro game, o recebedor deve tornar-se sacador,
o sacador passa a ser recebedor e assim, alternadamente, em todos os games
subseqüentes da partida. Se um jogador serve fora de ordem, o jogador que devia ter
sacado deve sacar tão logo o engano seja descoberto, mas todos os pontos disputados
antes de tal descoberta devem ser mantidos. Se o game tiver sido completado antes
da descoberta, a ordem de saque permanece alterada. Um fault havido antes da
descoberta não deve ser considerado.
Troca de Lado: Os jogadores devem trocar de lado no fim do primeiro, terceiro e
a cada game ímpar subsequente de cada set e no final de cada set, a menos que
o total de games naquele set seja par, caso em que a troca não é feita até o fim do
primeiro game do set seguinte. Se um engano é cometido e a sequência correta não é
seguida, os jogadores devem tomar suas posições corretas tão logo seja descoberto
e seguir a sequência original.
O Sacador Ganha o Ponto : a) Se a bola sacada, não sendo um let conforme a
Regra (anexo 1) 14, toca o recebedor ou qualquer coisa que ele vista ou carregue,
antes de tocar o solo; b) Se o recebedor de qualquer modo perde o ponto, de acordo
com o previsto na Regra 20 (anexo 1).

8.1.2 Contagem no Game

Contagem no Game:
a) Se um jogador vence seu primeiro ponto, a contagem é 15 para aquele jogador;
vencendo seu segundo ponto, a contagem é 30; vencendo seu terceiro ponto, a
contagem é 40 para aquele jogador, e o quarto ponto vencido por um jogador dá o
game para ele, exceto como abaixo:
Se ambos os jogadores tiverem vencido três pontos, a contagem é “iguais”. O ponto
seguinte vencido por um jogador dá a vantagem para aquele jogador. Se o mesmo

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jogador vence o ponto seguinte, ele vence o game; se o outro jogador vence o ponto,
a contagem fica novamente “iguais”. E assim por diante, até que um jogador vença
dois pontos imediatamente seguintes à contagem “iguais”, quando o game é marcado
para aquele jogador.

b) Sistema Alternativo Opcional de Contagem


O Sistema No-Ad (sem vantagem) de contagem pode ser adotado como alternativo
ao tradicional sistema de contagem durante o período de 1º de janeiro de 1999 á 31 de
dezembro de 2000 desde que a decisão seja anunciada com antecedência ao evento.
Neste caso, as regras a seguir devem ser observadas:
Se os dois jogadores tiverem ganho três pontos, a contagem é igual; um ponto
decisivo deve então ser jogado, pelo qual o recebedor deve escolher se deseja receber
o saque da metade direita ou metade esquerda da quadra. O jogador que vencer este
ponto decisivo é anunciado como vencedor do game.

Duplas
Em duplas, um procedimento similar ao de simples deve ser aplicado. Em iguais,
A Dupla Recebedora deve escolher se deseja receber o saque da metade direita ou
da metade esquerda da quadra.
A dupla que vencer o ponto decisivo ganha o game.

Duplas Mistas
Em duplas mistas, um procedimento um pouco diferente deve ser aplicado como
segue: Em iguais, com o homem sacando, ele deve sacar para o homem da dupla
adversária independente de qual metade da quadra ele (recebedor) está, e quando a
mulher estiver sacando, ela deve sacar para a mulher da dupla adversária.

Contagem no Set
a) Um jogador (ou jogadores) que primeiro vencer 6 games, vencer um set. Ressalte-
se que ele precisa vencer por uma margem de 2 games sobre o seu oponente e,
quando necessário, um set deve ser prolongado até que esta margem seja atingida.
b) O sistema de tie-break de contagem pode ser adotado como uma alternativa
para o sistema do parágrafo A, desde que isto seja anunciado antes da partida. Neste
caso as seguintes regras deverão ser aplicadas:

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O tie-break será usado quando o placar atinge o empate de 6 games a 6 em qualquer


set, exceto no 3º ou 5º set de uma partida melhor de 3 ou 5 sets, respectivamente,
quando deverá ser jogado um set longo, a menos que seja decidido e anunciado de
outra forma antes da partida (Copa Davis, Grand Slans, Torneios Nacionais etc.).
O seguinte sistema deve ser usado num game de tie-break:

SIMPLES
I. Um jogador que primeiro ganhar 7 pontos vence o game e o set, desde que
esteja à frente por uma margem de 2 pontos. Se o placar ficar igualado em 6
pontos, o game deve ser estendido até que esta margem de dois pontos de
vantagem seja atingida. A contagem deverá ser numérica durante o tie-break.
II. jogador a quem cabia sacar, deve ser o sacador para o primeiro ponto. Seu
adversário deverá ser o sacador para o 2º e 3º pontos e, daí em diante, cada
jogador deve sacar alternadamente por 2 pontos consecutivos até que o vencedor
do game e, consequentemente do set seja conhecido.
III. Desde o primeiro ponto, cada saque deve ser efetuado alternadamente do lado
direito e do lado esquerdo da quadra, começando pelo lado direito. Se ocorre
saque de uma metade errada da quadra e é percebido, todos os pontos resultantes
deste saque ou saques errados devem permanecer, mas a posição deve ser
corrigida imediatamente após a descoberta.
IV. Os jogadores devem trocar de lado após cada 6 pontos e na conclusão do tie-
break.
V. tie-break deve ser contado como um game para efeito da troca de bolas, exceto
que, se as bolas devessem ter sido trocadas no início do tie-break, a troca deve
ser adiada até o 2º game do set seguinte.

DUPLAS
Em duplas, deve ser aplicado o mesmo procedimento de simples. O jogador que
tinha a vez de sacar deve ser o sacador para o primeiro ponto. Dali em diante cada
jogador deve servir em rotação por 2 pontos, na mesma ordem do set em andamento,
até que os vencedores do game e do set sejam conhecidos.
O jogo pode ser jogado em melhor de 3 sets (o jogador/time precisa vencer 2 sets
para ganhar a partida) ou melhor de 5 sets (o jogador/time precisa vencer 3 sets para
ganhar a partida).

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8.2 Juízes

O tênis é um dos esportes com maior número de árbitros: são 12, divididos em
sete categorias diferentes.

Juiz de cadeira: é o árbitro mais importante do jogo. Ele é responsável por comandar
a partida e aplicar sanções, quando necessárias. Ele fica posicionado entre os dois
campos, assim podendo acompanhar todos os movimentos dos atletas.

Imagem xx: Juiz de Cadeira


Fonte:https://tenisbrasil.uol.com.br/fotos/2018/serena/0908_usopen_reclama_juiz_800_int.jpg

Juiz de saque: são os árbitros que fiscalizam se o saque está sendo realizado
dentro das normas, respeitando as linhas. Duas pessoas exercem essa função - uma
de cada lado da quadra
Juiz de serviço: aqui, mais dois juízes observam se o jogador pisou ou não na
linha no momento de sacar
Juiz de rede: é aquele que verifica se houve ou não toque da bola na rede
Juiz de linha: dois juízes de cada lado da quadra observam se o saque entrou na
área de serviço
Juiz central de linha: dois juízes verificam se a bola está caindo corretamente no
outro lado da quadra após o saque
Juiz de fundo de quadra: o juiz de fundo de quadra tem, normalmente, mais de
uma atribuição. Ele pode desclassificar os jogadores por má conduta ou suspender
uma partida por conta de uma chuva, por exemplo.

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ISTO ESTÁ NA REDE

Primeira competição entre países


O primeiro torneio internacional de tênis ocorreu em 1900. Cansado de duelar
contra amigos e adversários de seu próprio país, o americano Dwight Fille Davis
organizou um torneio e convidou três tenistas ingleses para a disputa. Assim, foi
disputado o primeiro campeonato entre países que se tem registro, com vitória de
3×0 para os EUA.

Essa disputa tornou-se tão emblemática que levou o nome de seu criador. Hoje, o
Grupo Mundial da Copa Davis — a divisão principal — é disputada por 16 países. Os
demais países participam do Grupo de Acesso, divididos em zonas continentais.
Fonte: https://blog.lptennis.com/8-curiosidades-sobre-o-jogo-de-tenis/

Anexo I

Regras gerais do Tênis: Disponível em: http://cms.cbtenis.com.br/cms/Arquivos/


Download/Upload/850.pdf
Acesso em 02 de mar. 2022.

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CAPÍTULO 9
A LINGUAGEM DO TÊNIS

Como todos os esportes, é comum que se tenha algumas linguagens que designam
ações, ou movimentos técnicos.

9.1 Torneios mais importantes do tênis de quadra

Existem quatro torneios mais importantes do tênis de quadra, que são chamados de
Grand Slams. Eles são mais longos que os demais e atribuem uma maior pontuação
no ranking mundial, assim como maiores premiações.

São eles:

Australian Open
O torneio conhecido como Australian Open (Aberto da Austrália) acontece em
Melbourne, na Austrália, durante o mês de janeiro. O terreno utilizado é o piso duro.

Imagem xx: Autralian Open


Fonte: https://i0.wp.com/www.revistaapolice.com.br/wp-content/uploads/2022/01/Australian-Open-1.jpg?fit=1024%2C689&ssl=1

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Roland Garros
O torneio de Roland Garros é realizado em Paris, na França, entre os meses de
maio e junho. Nesse caso, o piso é o saibro.

Imagem xx: Torneio Rolang Garros


Fonte: http://www.olimpiadatododia.com.br/wp-content/uploads/2018/06/roland-2.jpg

Wimbledon
O torneio de Wimbledon é realizado em Londres, na Inglaterra, entre os meses de
junho e julho. O terreno utilizado na competição é a grama.

Imagem xx: Torneio de Wimbledon


Fonte: https://content.rolex.com/dam/world-of-rolex/tennis/wimbledon/immersive-page/tennis-wimbledon-2021-share-ad-te_wimbledon_21_a_30-en-py-ly.jpg

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US Open
A competição conhecida como US Open (Aberto dos Estados Unidos) ocorre em
Nova Iorque, nos Estados Unidos, entre os meses de agosto e setembro. É aplicado
o piso duro durante o torneio.

Imagem xx: Us Open


Fonte: https://content.rolex.com/dam/world-of-rolex/tennis/us-open/2021/rolex-and-tennis-us-open-2021-share_uso19jb_1179_r.jpg

9.2 Conhecendo a linguagem do esporte

ACE: A bola é servida tão bem que o recebedor não consegue sequer tocá-la na
tentativa de devolvê-la.
ADVANTAGE: AD: Vantagem no serviço, após a contagem de 40 a 40.
ADVANTAGE IN: AD-IN: Vantagem a favor do sacador.
ADVANTAGE OUT: AD-OUT: Vantagem contra o sacador.
BACKHAND: Golpe usado para devolver a bola recebida do lado esquerdo do
jogador, após ter tocado no solo, sendo conhecido, também, como golpe de esquerda
(considerando-se o indivíduo destro).

Imagem xx: Atleta executando backhand.


Fonte: Guandaligni e Bom, (s;d).

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BACK SPIN: É um movimento de rotação (efeito) da bola, contrário ao sentido de


sua trajetória.
BACKSWING: Ato de levar a raquete para trás. É a preparação para o golpe. Conhecido
também como movimento de preparação.
Break (SERVICE): Vencer o ¨GAME¨ que o adversário sacou (Quebra de Serviço).
CENTER SERVICE LINE: A linha que é perpendicular à rede e divide a quadra em
duas áreas de serviço.
CENTER STRAP: É a fita central da rede, presa ao chão para mantê-la firme
COURT: Quadra.
DEUCE: Contagem (score) de 40 a 40.
DOUBLES: Duplas, isto é, um jogo com (4) quatro elementos, (2) dois em cada lado.
DOUBLE-FAULT: Dupla falta. Corresponde ao duplo erro sucessivo do serviço.
DROP SHOT: Golpe sutil e ligeiramente cortado, depois da bola ter tocado o solo,
com a finalidade de colocá-lo no lado adversário bem próxima à rede e quase sem
força para dificultar a resposta adversária. Vulgarmente conhecido por deixada.
DROP-VOLLEY: Um ¨drop shot¨ que é batido na posição de voleio.
FLAT SERVE: Saque chapado, quando a raquete bate na bola sem produzir qualquer
efeito.
FOLLOW THROUGH: Espaço que a raquete percorre depois de ter atingido a bola.
É a terminação do movimento
FOOT FAULT: Falta de pé. É a infração cometida pelo sacador ao não realizar o
saque de acordo om as normas estabelecidas, ou seja, ele salta ou não se posiciona
adequadamente, não colocando os pés na zona correspondente.
FOREHAND: golpe usado para devolver a bola recebida do lado direito do jogador,
depois da mesma ter tocado o solo, sendo conhecido também por ¨Golpe de Direita¨
(considerando-se o indivíduo destro).

Imagem xx: Atleta executando forehand.


Fonte: Guandaligni e Bom, (s;d).

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GAME: Jogo. É a parte do ¨SET¨ completada, quando o jogador totaliza (4) quatro pontos
(15,30,40-GAME) ou (2) dois pontos consecutivos após o ¨¨DEUCE¨ (contagem de 40 a 40).
GRAND SLAM: Título conferido ao tenista que, no mesmo ano, vence os torneios
internacionais de maior prestígio, ou seja: Aberto da Austrália; Aberto da França (Roland
Garros); Wimbledon e Aberto dos EUA.
GRIP: Empunhadura. É o modo de segurar a raquete; para iniciantes é aconselhável
utilizar a continental.
HALF VOLLEY: Bate pronto. Golpear imediatamente após a bola ter tocado o solo.
HEAD: Cabeça da raquete. É a parte da raquete usada para golpear a bola; compreende
o aro e o encordoamento.
LET: Quando a bola de serviço toca a rede e passa para o campo adversário, caindo
dentro do retângulo de serviço correto, obrigando-o, assim, a repetir essa bola. Não confundir
com a expressão ¨NET¨ que significa REDE.
LIFT: Movimento de rotação da bola no sentindo da sua trajetória – efeito ascendente.
LOB: É a bola golpeada para o alto, usada como recurso para encobrir o adversário
que se encontra junto à rede.
LOVE: Zero – usado na contagem de pontos. (No jogo de tênis, love significa zero ponto.)
MATCH: Partida, encontro, jogo.
MATCH POINT ou OUT: Quando falta um ponto para terminar a partida.
NET: REDE.
PASSING SHOT: Quando a bola é colocada fora do alcance do jogador que está na rede.
SERVE: Saque. Golpe usado para iniciar o ponto de uma partida de tênis.

Imagem xx: Atleta executando serve.


Fonte: Guandaligni e Bom, (s;d).

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SET: O equivalente a seis “games”. O jogador que fizer primeiro seis ¨games” será
o vencedor do ¨set¨, tendo de fazê-lo por uma diferença mínima de dois ¨games¨.
SET BALL OU SET POINT: Quando falta um ponto para terminar o ¨set¨.
SMASH ¨(CORTADA): Golpe de difícil execução, alto, realizado de cima para baixo,
usado para devolver o ¨LOB¨.
SPIN: Movimento de rotação que se imprime à bola com um golpe executado com
a raquete.
STROKE: Golpe, batida.
TENNIS ELBOW: Doença dos tenistas que acomete a região do cotovelo, conhecida
também por epicondilite.
TIE BREAK: Término rápido do ¨SET¨
TOP SPIN: É um movimento de rotação (efeito) da bola no sentindo de sua trajetória.
TOSS: Sorteio para o início da partida.
VOLLEY-VOLEIO: O jogador golpeia a bola antes que ela toque o solo.
W.O.- (WALK OVER): Ausência, não comparecimento ao local do jogo.

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CAPÍTULO 10
ENSINANDO O TÊNIS

Essa modalidade contribui para o desenvolvimento social e motor das crianças, e


pode ser uma ótima alternativa para diversificar as aulas de educação física na escola.
O tênis exige concentração e atenção, e por isso tem reflexos direto nas atividades
teóricas de outras disciplinas.
Com objetivo de estimular a prática de novos esportes nas aulas de educação física
e ainda o desenvolvimento integral dos alunos, as regras e ainda opções de brincadeiras
para introduzir essa modalidade nas aulas com crianças de diferentes faixas etárias.

Imagem xx: Ambiente ajustado para a prática do Tênis


Fonte: https://impulsiona.org.br/wp-content/uploads/2018/06/como-ensinar-tenis-na-escola-1-1024x602.jpg

10.1 Montagem do Ambiente

O primeiro passo é montar o local de jogo e os equipamentos. O tênis é jogado em


uma quadra, dividida ao meio por uma rede, e os atletas usam uma raquete e uma
bolinha. Nem sempre o espaço da escola será exato para a prática desse esporte, e
nem sempre teremos acesso ao material oficial, mas as alternativas são inúmeras.

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REDE
A rede pode ser substituída por qualquer tipo de obstáculo: elásticos, fitas zebradas
e retalhos de tecidos na altura de 80cm. É possível também adquirir mini redes de
tênis, que possuam preços mais acessíveis, em lojas especializadas.

QUADRA
Como será praticado por crianças, a quadra não precisa ter a medida oficial e pode
ser menor. Para crianças mais novas, as áreas de jogo podem ter de 8 a 12 metros, e
com jovens e adolescentes podemos usar as medidas de uma quadra de vôlei: 18m. É
importante ressaltar que qualquer quadra poliesportiva pode ser dividia em pequenas
quadras para que toda turma participe da atividade, e o professor otimize o espaço.

BOLINHA
Para as crianças que estão tendo o primeiro contato com o esporte deve-se usar
bolinhas 75% mais leves e mais lentas que as oficiais. Portanto, as bolinhas podem
ser substituídas pelas feitas com papel machê, bexiga, isopor ou jornal. Ou então, use
aquelas de piscinas de bolinhas que são bem mais baratas e podem ser encontradas
a preços acessíveis em mercados populares.

RAQUETE
A raquete, um dos equipamentos principais para o tênis, também pode ser montada
de forma alternativa e com custos bastante reduzidos. Ela pode ser substituída por
uma feita com um cabide de alumínio coberta por uma meia fina ou construir uma
raquete com papelão.

Imagem xx: Raquetes para ensino do Tênis


Fonte: https://www.researchgate.net/publication/343926473/figure/fig1/AS:929327382290433@1598580322561/Figura-1-Raquetes-e-bolas-confeccionadas-
pelos-alunos-as_Q320.jpg

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Outras formas de compor as raquetes são:

Raquete de velcro e espuma, bola de bexiga


Materiais - Feltro, linha, velcro, enchimento de fibra e pedaço redondo de papelão.
Para a bolinha, bolas de isopor e bexiga.
Confecção - Cortou-se o papelão no formato desejado e, posteriormente duas partes
de feltro um pouco maior que o tamanho do papelão. Depois, colocaram o papelão no
meio das duas partes de feltro e costuraram as extremidades. Encaixaram a ponta da
alça junto com as extremidades e costuram juntas. Para fazer a alça utilizaram duas
faixas de feltro costuradas com velcro. Antes de terminar de costurar as extremidades
deixaram um pedaço aberto para encaixar o enchimento para, após costurar, finalizar.
Duas bolas de isopor de tamanhos diferentes e encapadas com diversas bexigas de
assoprar para que elas ganhassem cor e o peso desejado

Raquete de tampa de pote de sorvete, bola de elástico


Materiais - Tampa de potes de sorvetes, elásticos e bola de plástico.
Confecção - Para confecção desse material, a raquete foi adaptada para tampa de
pote de sorvete, pois seria mais viável para os professores de educação física usarem
nas aulas. A bola foi feita com uma bola de plástico de piscina infantil servindo como
molde, sendo utilizados elásticos para proporcionar o impulso do quique da bola. Para
evitar que o elástico se soltasse, foi usado fita em volta da bola.

Raquete de cabide e meia calça, bolas de bexigas


Materiais - Cabide de arame; meia calça; bolas de isopor; bexigas coloridas; papelão;
fita adesiva, cola
Confecção - Para a confecção das bolas de tênis foi utilizada duas bolas de isopor,
uma grande e outra média, e bexigas. As bexigas foram cortadas na extremidade
(orifício) e foram utilizadas para encapar as bolas de isopor. Com isso, foi possível
deixar a bola de isopor mais fofa e com capacidade de quicar maior. Para a confecção
da bola maior foram necessárias 8 bexigas para encapar e para a bola menor, foram
necessárias 13 bexigas. Para a confecção da raquete de cabide foi utilizados um cabide
de arame e uma meia calça. O centro da base do cabide foi puxado externamente,
formando um desenho parecido com uma seta. Em seguida, foi encaixada a perna
da meia calça para cobrir a parte que foi puxada do cabide e prendendo com um nó.

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Para a confecção da raquete de papelão foi utilizado papelão, cola e fita adesiva. Dois
pedaços de papelão foram recortados em formato de uma raquete e colados um ao
outro para que ficasse mais firme. Após isso a raquete de papelão foi encapada com
fita adesiva.

10.2 Exercícios de Aprendizado

Como forma de auxiliar no desenvolvimento pedagógico e lúdico no ensino do


tênis, alguns exercícios são de fácil aplicação, e assim os alunos podem compreender
melhor o jogo.
“Não deixe a bola cair”, “Bola sobre a rede”, “Voleibol com a bola agarrada”, “Voleibol-
tênis”, “1 x 1”, “Bola no espaço”, “Tênis sem saque”.

Exercício 1 - Não deixe a bola cair –


Objetivo - Defender o alvo (chão)
Descrição, orientação e variações - Descrição do jogo: Jogo de 2 x 1 ou 3 x 1. O jogo
se desenvolve dentro das, o objetivo do jogo é trocar passes entre eles sendo que uma
dessas pessoas no quadrado tentará atrapalhar a troca de passes tentando intervir
na trajetória da bola (de voleibol ou qual- quer outra). Tamanho da quadra: Variável
(3m x 3m; 4m x 4m) Orientações pedagógicas: Nesse jogo orienta-se que a equipe
que conseguir trocar mais passes sem deixar a bola cair poderá iniciar os jogos na
sequência das atividades. Outra orientação é a pessoa que está atrapalhando a troca
de passes fique por um tempo determinado pelo professor ou professora, orienta-se
no máximo de 1 minuto. Variação: o professor ou professora pode colocar como regra
que ninguém pode ficar e receber o passe “parado”, como forma de estimular alunos/
as a aprender a buscar a bola no ar em movimento.

Exercício 2 - Bola sobre a rede –


Objetivo - Proteger o alvo, atacar os espaços vazios e de- envolver a posição de
expectativa.
Descrição, orientação e variações - Descrição do jogo: Jogo de 3 x 3 ou 2 x 2
ou 1 x 1. O jogo começa quando um aluno ou uma aluna lança a bola (de voleibol
ou qualquer outra) ao campo adversário (dividido em 2 partes por uma rede ou por
corda) e este não pode deixá-la cair, deve agarrar a bola antes que caia no chão. Não

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há necessidade de passar a bola para o companheiro ou companheira antes que lance


a bola para o campo adversário. Tamanho da quadra: Variável (3m x 3m; 4m x 4m)
Orientações pedagógicas: Ensinar a posição de expectativa (os pés afastados, um
pouco à frente do outro e joelhos semiflexionados). Estimular a velocidade do jogo,
quanto mais veloz eles lançarem a bola mais vezes terão oportunidades de vivenciar
as ações do jogo. Dar dicas para quem estiver lançando a bola buscar os espaços
vazios da quadra para fazer o ponto. Com o passar das ações pode-se pedir que só
lancem a bola quando os jogadores adversários estiverem em posição de expectativa.
Orienta-se que a bola seja lançada sempre de baixo para cima. Variações: jogar uma
pessoa de cada vez, para aumentar o desafio. Uma opção é trocar a pessoa quando
ela erra, ou marca dois pontos consecutivos (a pontuação é marcada por equipe). É
possível também alternar a pessoa a cada lance jogado, sendo que a pessoa que irá
entrar, deve se postar na linha de fundo, na posição de expectativa.

Exercício 3 - Voleibol com a bola agarrada –


Objetivo - Proteger o alvo, mobilidade, atacar os espaços vazios, desenvolver o
toque e posição de expectativa
Descrição, orientação e variações - Descrição do jogo: Jogo de 3 x 3 ou 2 x 2. O jogo
começa com um lançamento da bola (de voleibol) para o outro lado ao campo adversário
(dividido em 2 partes por uma rede ou por corda). O outro lado, deve receber com um
toque. Depois do primeiro toque, o parceiro pode agarrá-la e lançá-la ao outro lado. Exige
a combinação dos dois jogadores para rebater-pegar e lançar para o outro lado. Tamanho
da quadra: Variável (3m x 3m; 4m x 4m; 4m x 6m) Orientações pedagógicas: Mesmas
sugestões do exercício anterior com acréscimo que quando na tentativa de realizar o toque,
ele deve ser feito para o alto, assim dando a chance de seu companheiro ou companheira
chegar à bola antes que caia. Outra orientação é em relação ao toque, que não precisamos
ficar preocupados com o gesto motor ideal, e sim, mostrar aos alunos/as como podem
tentar utilizar a técnica do toque, mesmo não sendo o gesto idealizado para o jogo, os/as
alunos/as devem explorar as suas vivências dos toques, respeitando as regras do jogo.
Variação: Acres- centa-se mais um toque antes de poder agarrar a bola para no mínimo
duas pessoas vivenciarem a ação do toque e de mobilidade.

Exercício 4 - Voleibol- tênis


Objetivo - Aprimorar o posiciona- mento para o ataque

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Descrição, orientação e variações - Descrição do jogo: Jogo de 3 x 3 ou 2 x 2.


O adversário lança a bola de voleibol o campo adversário (dividido em 2 partes por
uma rede ou por corda), essa bola deve quicar no solo e seguir com passes diretos.
A ideia do quique é poder ter o tempo de preparo da equipe para promover o ataque.
O jogador que receberá a primeira bola com o quique poderá se utilizar da manchete
também para realizar o passe. Quem não receber a primeira ou a segunda bola, deve
preparar-se posicionando o corpo para atacar e deve ficar com o rosto voltado para
a rede e não de lado ou de costas. Tamanho da quadra: Variável (3m x 3m; 4m x 4m)
Orientações pedagógicas: é importante ressaltar o distanciamento que ocorre na lógica
interna do jogo, já que o voleibol não é permitido que a bola quique no seu campo de
jogo. A professora e o professor devem deixar isso claro e perceber que essa estrutura
de jogo é para iniciantes e que ainda estão com dificuldades com a recepção e preparo
para o ataque. Nesse jogo pode-se orientar para o uso da manchete, importante nessa
fase inicial que os próprios alunos/as descubram e tentem se orientar para o uso da
manchete, e com o passar do tempo da atividade os professores podem dar dicas
para eles. Variação: Não foram utilizadas variações.

Exercício 5 - “1 x 1”
Objetivo - Defender o alvo (chão) familiarizando-se com a utilização do espaço de
quadra/ jogo quando é permitido o quique de bola.
Descrição, orientação e variações - Descrição do jogo: Divide-se a turma em duplas.
O jogo se desenvolve dentro dos quadrados, o objetivo é o recorde de troca de bolas
mão-mão (sem implemento). Para isso, uma pessoa, que começa com a bola, deve
lançá-la dentro do espaço do quadrado e a outra tenta pegar a bola depois que ela
der o primeiro quique e assim sucessivamente, de modo a não deixar a bola quicar
duas vezes no chão ou sair da quadra. Tamanho da quadra: Variável (3m x 3m; 4m
x 4m) Orientações pedagógicas: Nessa atividade orienta-se que cada pessoa fique
30 segundos a 1 minuto lançando a bola depois inverte-se as funções, é também
interessante que essa atividade tenha trocas de parceiros ou parceiras nas duplas.
Variação: Não houve variações.

Exercício 6 - “Bola no espaço”


Objetivo - Proteger o alvo (chão) e não errar a devolução da bola. Compreender as
opções tática de ata- que do jogo

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Descrição, orientação e variações - Descrição do jogo: 2 x 2 ou 1 x 1. O jogo começa


quando um aluno ou uma aluna lança a bola ao campo adversário e este deve tentar
agarrar a bola após o primeiro quique da bola. Nessa atividade se for realizado em
duplas, cada um entrará no jogo uma vez, um da dupla lança e o adversário tenta
pegar, na próxima vez que o adversário que lançar a bola o outro companheiro ou
companheira que deverá pegar a próxima bola lançada e deverá lançar a bola. E assim,
segue o desenvolvimento do jogo. Tamanho da quadra: Variável (3m x 3m; 4m x 4m)
Orientações pedagógicas: Ensinar a posição de expectativa. Estimular a velocidade
do jogo, quanto mais veloz eles lançarem a bola mais vezes terão opor- tunidades de
vivenciar as ações do jogo. Dar dicas para quem estiver lançando a bola buscar os
espaços vazios da quadra para fazer o ponto. Com o passar das ações pode-se pedir
que só lancem a bola quando os jogadores adversários estiverem em posição de
expectativa. Assim, é importantíssimo orientar aos alunos/as que por ser permitido
o quique no tênis é interessante pensar qual posição eles devem ocupar para ter um
melhor desempenho no jogo. Com o passar do jogo como orientação para a expectativa,
orienta-se iniciar o jogo quando o aluno ou aluna estiver na posição de início de jogo,
que seria próximo a linha de fundo de jogo e na sua região central. Orienta-se que a
bola seja lançada sempre de baixo para cima. Variações: Jogar 1x1 com partidas de
3 pontos. Quando um jogador atingir essa pontuação, o jogador que foi derrotado sai
e entra o próximo de sua equipe. Quando um jogador ganhar duas partidas seguidas,
entra o próximo de sua equipe. Nesse jogo, o professor pode estabelecer as regras do
jogo baseando nos critérios técnico-táticos: Exemplo: cobrar a recuperação defensiva
(tática) na posição de expectativa (técnica) pedindo para voltar ao centro da quadra no
fundo assim que rebatê-la. Outra variação é, em vez de agarrar a bola com as mãos,
orientar os/as alunos/as a utilizar a rebatida com a mão ou a raquete para o primeiro
toque (fazer a recepção da bola) e depois agarrar a bola com as mãos, de modo a
desenvolver o entendimento das duas ações fundamentais do jogo lançar (iniciar o
jogo) e rebater (receber a bola).

Exercício 7 - “Voleibol- tênis”


Objetivo - Aprimorar a posição de expectativa defensiva e buscar atacar os espaços
vazios.
Descrição, orientação e variações - Descrição do jogo: Jogo 2 x 2 ou 1 x 1. Um aluno
lança a bola, e essa bola deve quicar no solo do campo de jogo da equipe adversária (dividido

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em 2 partes por uma rede ou por corda, por pratinhos). Nesse momento, o jogador utilizará
a palma da mão para rebater a bola com dois contatos, o primeiro contato “amortece a
bola”, depois de um quique no chão, ele rebate a bola para o outro lado. Quando o jogo for
em duplas, um da dupla recebe a bola para a outra pessoa rebater a bola para o campo
adversário. A ideia do duplo contato ou passar a bola para outro componente é poder ter
o tempo de preparo e melhores condições da equipe para promover o ataque e a defesa.
Quem não receber a primeira ou a segunda bola, deve preparar-se posicionando o corpo
para atacar. Tamanho da quadra: Variável (3m x 3m; 4m x 4m) Orientações pedagógicas:
Nesse jogo é importante ressaltar o distanciamento que ocorre na lógica interna do jogo, já
que o tênis não é permitido o duplo toque ou passar para outro componente da equipe. O/a
professor/a deve deixar isso claro e perceber que essa estrutura de jogo é para iniciantes
e que ainda estão com dificuldades com a posição de expectativa defensiva e preparo
para o ataque. Variação: Com a adaptação à atividade, realizar esse mesmo jogo, mas ao
invés da utilização das mãos utilizar as raquetes.

Exercício 7 - “Tênis sem saque”


Objetivo - Jogar para aproximar do jogo formal,
Descrição, orientação e variações - Descrição do jogo: Jogo de 2 x 2 e 1 x 1. O início de
jogo é feito por uma equipe que o jogador ou jogadora fará um saque podendo ser de dentro
ou de fora da sua quadra de jogo e enviando a bola para o campo adversário. Os adversários
devem devolver a bola depois do primeiro quique ou não, e assim sucessivamente. Não é
permitido segurar a bola ou realizar dois toques. A contagem e regras de pontos ficam a
critério dos professores/as junto às suas turmas. amanho da quadra: Variável (3m x 3m; 4m
x 4m; 4m x 6m) Orientações pedagógicas: Importante ressaltar que ainda nesse momento
o jogo se desenvolve sem o ataque de cima para baixo. Variação: Não houve variação.

ISTO ACONTECE NA PRÁTICA

O Programa Jogue Tênis nas Escolas da Confederação Brasileira de Tênis e o Projeto


Transforma Educação Rio 2016 produziram um vídeo muito criativo e importante para
ajudar a aplicar o tênis no ambiente escolar.
O Projeto Transforma tem como proposta levar os esportes olímpicos para dentro
de escolas e comunidades no Rio de Janeiro, a cidade olímpica, que já recebeu sete
festivais e três cursos de capacitação para profissionais da Educação Física da rede
municipal do Rio de Janeiro, com apresentação do Programa Jogue Tênis nas Escolas.
Fonte: http://cbt-tenis.com.br/noticiasc.php?cod=1187

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CAPÍTULO 11
TENIS DE MESA

A diferença entre tênis de mesa e ping pong está nas regras. O tênis de mesa é
considerado um esporte e é jogado com regras oficiais, enquanto o ping pong pode
ser jogado com regras combinadas no momento, por ser uma atividade recreativa.
Porte ter regras mais rígidas, o tênis de mesa precisa de uma bolinha específica
(mais leve do que costuma ser utilizada no ping pong), raquetes homologadas, 100%
de madeira, entre outras. Existem regras limitando o saque e até mesmo a cor da
camisa do jogador (que não pode ser da mesma cor da bolinha).

11.1 História No mundo

A capacidade de adaptação e a criatividade foram fatores fundamentais para a


criação do tênis de mesa. Como o irmão mais famoso depende de boas condições
climáticas para ser praticado, um dia de chuva acabou resultando nos primeiros
pequenos passos do tênis de mesa. Por volta de 1880, jogadores de um clube inglês
improvisaram um novo jogo por causa do mau tempo. Sobre uma mesa de sinuca, com
livros como raquetes, um barbante como rede e uma bola de tênis normal, surgiram
as primeiras raquetadas do tênis de mesa.
As primeiras lembranças registradas do tênis de mesa revelam um jogo rude iniciado
por estudantes universitários com livros dispostos no lugar da rede e por militares
que o praticavam com equipamentos improvisados no país e no exterior. A primeira
menção de um catálogo de produtos esportivos é de F. H. Ayres, em 1884.
Inicialmente, não havia padrões. De madeira, papelão ou tripa de animal, as raquetes
podiam ser cobertas algumas vezes por cortiça, lixa ou tecido; as bolas eram de
cortiça ou borracha, enquanto as redes tinham diferentes alturas, algumas vezes
consistindo em apenas um simples fio. As mesas eram de diferentes tamanhos e as
partidas poderiam ter dez ou cem pontos. Os saques podiam ter um “quique” inicial na
metade da mesa do sacador, igual ao sistema atual, ou diretamente na outra metade
de encontro a um espaço limitado ou não. Em qualquer caso, o que era virtualmente
o mesmo tipo de jogo, tinha muitos nomes.

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Encarado como brincadeira no começo, o desenvolvimento da modalidade começou


com regras bem similares às do tênis de quadra. O grande passo dado pelo esporte veio
em 1890, com a introdução da bola de celuloide, perfeita para a prática do esporte. A
partir dali o tênis de mesa começou a dar passos mais largos rumo à modernização.
No século XIX, o ex-corredor de maratonas inglês James Gibb voltou de uma viagem
de negócios dos Estados Unidos com bolas de celuloide de brinquedo, que ele imaginou
poderem ser úteis para esse jogo em seu país. Ouvindo-as serem golpeadas por uma
raquete oca, de cabo longo e feita de pele de carneiro, então popular, associou os
sons produzidos pela bola na raquete com as palavras ping e pong, que deram origem
ao nome do jogo. Ele submeteu o nome ao amigo-vizinho John Jaques, fabricante
de produtos de esporte de Groydon, que o registrou através do mundo. Os direitos
para os Estados Unidos foram mais tarde vendidos de Jaques para Parker Bros – e,
ajudado por esse feliz coloquialismo, o jogo passou a ser uma mania elegante na
virada do século.
As primeiras lembranças registradas do Tênis de Mesa, criado na Inglaterra, revelam
um jogo rude iniciado por estudantes universitários com livros dispostos no lugar de
uma rede, e por militares que o praticavam com equipamentos improvisados no país
e no exterior. Há um jogo que foi o primórdio do tênis de mesa, lançado por John
Jacques, em 1891, chamado Gossima.
Raquetes podiam ser de madeira, papelão ou tripa animal, coberturas algumas
vezes por cortiça, lixa ou tecido; bolas de cortiça ou borracha, redes de diferentes
alturas, algumas vezes consistindo de apenas um simples fio; mesas em diferentes
tamanhos, partidas com contagens de 10, ou 20, ou 100, saque com um quique inicial
na metade da mesa do sacador (o atual sistema), ou diretamente na outra metade
da mesa de encontro a um espaço limitado ou não, porém com a obrigatoriedade do
sacador estar afastado da linha de fundo da mesa.
Nesse mesmo séc. XIX, um corredor de maratonas inglês aposentado – James Gibb
– voltou de uma viagem de negócios dos Estados Unidos com bolas de celuloide de
brinquedo. Ouvindo-as serem golpeadas por raquete oca, associou os sons produzidos
pela bola na raquete com as palavras pingue-pongue, dando origem ao nome do jogo.
O jogo ficou esquecido por 26 anos e o renascimento foi iniciado na Inglaterra e
em seguida no país de Gales. Em 1922, após a 1ª Guerra Mundial, O Código então se
tornou a base das regras internacionais, e o nome Tênis de mesa o oficial, quando a
I.T.T.F. (International Table Tênis Federation), foi fundada em 1926.

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Em 1942, o tênis de mesa teve suas regras traduzidas para o português e foi
oficializado pela Confederação Brasileira de Desporto (MARINOVIC; IIZUKA;NAGAOKA,
2006).
O Comitê Olímpico Internacional reconheceu o tênis de mesa como esporte olímpico
no ano de 1977, tendo sido introduzido nos jogos olímpicos de Moscou em 1980.

Imagem xx: Primeiros jogos de Tenis de Mesa


Fonte: https://snookerbahia.com.br/wp-content/uploads/2018/08/Sem-t%C3%ADtulo.png

11.2 História no Brasil

A Confederação Brasileira de Tênis de Mesa instituição esportiva responsável


por desenvolver o esporte em todo o território nacional, possui o histórico dos
primeiros momentos do tênis de mesa no Brasil. São Paulo sendo pioneiro nos
primeiros campeonatos em clubes paulistas com influência de turistas ingleses,
posteriormente o estado do Rio de Janeiro iniciou com a prática do esporte,
conseguintemente os demais estados. A Confederação brasileira de tênis de mesa
(CBTM) foi criada em 20 de janeiro de 1986. Atualmente, todos os estados do
Brasil possuem federações da modalidade, num total de 20.000 atletas no país.
A missão da confederação brasileira de tênis de mesa (CBTM) é de aumentar a
prática do tênis de mesa no Brasil em todas as suas manifestações (performance,
educação e participação), melhorar a qualidade de todas as atividades envolvidas
no tênis de mesa e desempenhar seu papel social.

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O TÊNIS DE MESA
Caracteriza-se por um jogo de disputa de simples ou duplas, realizado,
preferencialmente, em locais fechados. Os jogadores utilizam suas próprias raquetes,
as quais são utilizadas pelos mesmos para se golpear a bola para o lado da mesa
do adversário, realizando golpes para que o oponente tenha dificuldade de repetir a
mesma ação. O jogo acontece em uma mesa, dividida em duas partes iguais por uma
rede, a qual a bola deve passar sobre ou no entorno da mesma.
A ação em jogo tem que ser multicoordenada, pois ocorre em um contexto de
inúmeras variáveis. Somado a isso se observa um tempo ínfima para tomada de
decisões, alta precisão e baixa predição nas ações dos adversários. Com base no
exposto, observa- se que as tarefas dos mesatenistas são complexas e variáveis
em todo transcorrer do jogo, o que exige dos atletas um alto conteúdo emocional e
cognitivo. o ténis de mesa como
um jogo repleto de conflitos e tensão psicológica, descrito em um contexto de
interpretação das ações do adversário, em um esforço contínuo para se tomar a
iniciativa da disputa.
O ténis de mesa se caracteriza por uma modalidade a qual o atleta possui pouco
tempo para a tomada de decisão. o tempo que separa o início da aceleração final
da ponta do efector a partir do momento de contacto com a bola é frequentemente
inferior a 200 milésimos de segundo, o que necessita principalmente de
automatização, mas demonstra também que as demais competências devam
auxiliar ao mesatenista, não apenas em sua preparação, mas também em seu
desempenho desportivo.15
As formas de disputas no tênis de mesa são:
I. Individual feminino
II. Individual Masculino
III. Dupla Feminina
IV. Dupla Masculino
V. Dupla Mista
VI. Equipe feminina
VII. Equipe Masculina

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CONHECENDO OS MESATENITAS BRASILEIROS DESTAQUES PASSADO

Ubiraci Rodrigues da Costa, o Biriba,

Imagem: Ubiraci Rodrigues da Costa


Fonte: https://terceirotempo.uol.com.br/imagens/19/25/pdt_ft1_151925.jpg

Uma lenda do tênis de mesa brasileiro completa 70 anos nesta sexta-feira (26):
Ubiraci Rodrigues da Costa, o Biriba, teve uma carreira curta, mas meteórica, atingindo
feitos até hoje nunca igualados. Não à toa, chegou a dividir as atenções do esporte
nacional com ícones como Pelé e a ex-tenista Maria Esther Bueno. Mesmo distante
das competições, sua relação com o tênis de mesa segue viva, movida pela paixão
que guarda pela modalidade.16
Biriba começou a brilhar logo aos 11 anos, quando conquistou seu primeiro título
sul-americano. No entanto, os olhos do mundo se abriram para ele em 1958. Em meio
às comemorações dos 50 anos da imigração japonesa no Brasil, dois bicampeões
mundiais, Ichiro Ogimura (1954 e 1956) e Toshiaki Tanaka (1955 e 1957), vieram ao
país para uma série de exibições. Do outro lado da mesa, estava o jovem prodígio do
tênis de mesa brasileiro, que surpreendeu a todos.

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Cláudio Mitsuhiro Kano

Imagem: Cláudio Mitsuhiro Kano


Fonte:http://1.bp.blogspot.com/-pkzHJ1J7jPs/UXLSfDPHapI/AAAAAAAAjeM/sDEy4lhga5k/s1600/Claudio+Kano+durante+treino+em+janeiro+de+1996,+em+
prepara%C3%A7%C3%A3o+para+a+Olimp%C3%ADada+de+Atlanta+(Marlene+Bergamo+-+Folhapress).jpeg

Foi um jogador de tênis de mesa brasileiro de empunhadura caneta canhota.


Tinha como destaque em seu jogo sua grande habilidade nos saques e seu
shoto.
Cláudio Kano deteve o recorde de 12 medalhas no Jogos Pan-americanos,
marca só superada nas edições seguintes por Hugo Hoyama, seu companheiro
de esporte, que possui 13 medalhas, e pelo nadador Gustavo Borges, que tem
18 medalhas. Ele também detém o terceiro maior número de medalhas de ouro
do Brasil, com sete conquistas, duas a menos do que Hoyama e uma a menos
que Gustavo. 16
Kano morreu um dia antes de embarcar para a Jogos Olímpicos de Atlanta,
em consequência de um acidente de motocicleta ocorrido na cidade de São
Paulo.

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Hugo Hoyama

Imagem: Hugo Hoyama


Fonte: https://s2.glbimg.com/z_pRmpXAcbU4NoZMoJnALqtkrdM=/0x0:2500x1667/984x0/smart/filters:strip_icc()/s.glbimg.com/es/ge/f/
original/2018/10/17/10.2018_-_esporte_e_atividade_fisica_-_apresentacao_esportiva_de_tenis_de_mesa.jpg

Comecei minha carreira de mesatenista aos setes anos de idade. Na verdade,


começou como uma brincadeira na escola que estudava em São Bernardo do Campo,
minha cidade Natal. No intervalo jogávamos a famosa ´familia´, que era somente um
ponto. Quem ganhasse continuava na mesa e se perdesse iria para o final da fila.
Como sempre perdia, comecei a ficar bravo.
Queria aprender a sacar com efeito, dar cortadas, como o César, um dos meus
amigos. Então, ele me convidou para ir no clube. Quando abri a porta do salão, vi aqueles
jogadores treinando, fazendo belas jogadas e foi como uma paixão à primeira vista!
Cheguei em casa todo empolgado e pedi para os meus pais me deixarem treinar lá. O
técnico na época era o Maurício Kobayashi – que foi e é um dos grandes treinadores
de tênis de mesa do país. Comecei a treinar, e logo o Maurício percebeu que eu tinha
certa facilidade e habilidade para aprender. 16
· Participei de 6 Jogos Olímpicos : 1992 Barcelona, 1996 Atlanta, 2000 Sidney, 2004
Atenas, 2008 Pequim e 2012 Londres;
· 7 Jogos Pan-americanos: 1987 Indianápolis, 1991 Havana, 1995 Mar del Plata,
1999 Winnipeg, 2003 Santo Domingo, 2007 Rio de Janeiro e 2011 Guadalajara;

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· Foram 15 medalhas em Jogos Pan-americanos: 10 de Ouro, 1 de Prata e 4 de


Bronze;
· 18 Campeonatos Mundiais;
· Hexa-campeão Latino-americano: 1988, 1992, 1994, 1996, 2000 e 2004.

Lígia Santos da Silva

Imagem: Lígia Santos da Silva


Fonte:https://s2.glbimg.com/NpwWgWoKa-84SWAZvPFZunbQ9Ow=/0x0:2000x1333/984x0/smart/filters:strip_icc()/s.glbimg.com/es/ge/f/
original/2015/07/20/ef655fb5799a618d9e4738e6f1393148_tmf_19.07.2015_sc_7386.jpg

Lígia começou a treinar tênis de mesa aos 13 anos, na Vila Olímpica da cidade.
O esporte não era a primeira opção; ela iria se inscrever nas aulas de natação, mas
como o professor havia faltado, foi parar na escolinha de tênis de mesa. Mudou-se
para Santos aos 17 anos, para se aperfeiçoar, quando foi convocada para a Seleção
Brasileira Juvenil. 16
Participou de três Olimpíadas: Sydney 2000 (fez história ao se tornar a primeira
mulher do país a disputar o torneio individual olímpico), Atenas 2004, Londres 2012.
Integrou a seleção brasileira de tênis de mesa que participou dos Jogos Pan-
Americanos de 1999 em Winnipeg, Jogos Pan-Americanos de 2003 em Santo Domingo,
Jogos Pan- Americanos de 2007, no Rio de Janeiro e a que foi aos Jogos Pan-Americanos
de 2011 em Guadalajara. Nos Jogos Pan-Americanos de 2015, juntamente com Caroline
Kumahara e Gui Lin, conquistou a medalha de prata, ao serem derrotadas pela seleção
estadunidense.

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Hugo Marinho Borges Calderano

Imagem: Hugo Marinho Borges Calderano.


Fonte: https://www.cob.org.br/pt/img/galeria_foto_imagem/imagem/6866/grande/

Em 2015, foi indicado pela primeira vez ao ITTF Star Awards, a mais importante
premiação do Tênis de mesa, como atleta revelação do ano.
Em 2018, tornou-se o primeiro brasileiro finalista de uma etapa platinum do Circuito
Mundial, no Aberto do Catar, e o primeiro latino americano a figurar no Top-10 Mundial.
Seus bons resultados neste ano fizeram com que a Federação Internacional de Tênis
de Mesa indicasse seu nome ao ITTF Star Awards como melhor mesatenista masculino
do mundo no ano.16
· Hugo é tricampeão latino-americano e atual campeão pan-americano.
· Desde agosto de 2014, Hugo defende a equipe de Ochsenhausen, na primeira
divisão da Bundesliga alemã
Em outubro de 2019, Hugo alcançou a 06ª colocação no Ranking Mundial, melhor
colocação de um Latino Americano.

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Gustavo Tsuboi

Imagem: Gustavo Tsuboi


Fonte:https://www.olimpiadatododia.com.br/wp-content/uploads/2017/10/Gustavo-Tsuboi.jpg

Já em 2002 Tsuboi mostrou seu talento ao ganhar uma etapa do Circuito Mundial
Júnior em Lima, Peru. Em 2003, ganhou uma etapa no Cairo, Egito e foi vice na etapa
de São Paulo.
Juntamente com Thiago Monteiro e Hugo Hoyama formou a equipe campeã do
tênis de mesa nos Jogos Pan-Americanos de 2007 e 2011. Em 2011, Gustavo Tsuboi
foi campeão da Copa Intercontinental, a vitória mais importante neste torneio foi sobre
o russo Alexey Smirnov (na época o russo era o 23° no ranking mundial). Também
conquistou a Copa Intercontinental por equipes em 2011 junto com Hugo Hoyama,
Cazuo Matsumoto e Thiago Monteiro.
Estas conquistas fizeram com que Tsuboi alcançasse a 89ª posição no ranking
mundial de dezembro/2011 e além de conseguir o feito de ser o nº 1 do Brasil,Gustavo
também foi o nº 1 das Américas, ultrapassando o chinês naturalizado argentino Liu
Song (95° do ranking mundial) e o chinês naturalizado dominicano Lin Ju (101° do
ranking mundial).
Em outubro de 2019, Gustavo Tsuboi alcançou a 28ª colocação no Ranking Mundial.

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Cazuo Matsumoto

Imagem: Cazuo Matsumoto


Fonte: https://radioalianca.com.br/cms/storage/news/ad9991b683cad6cdc4d3b28a7b521a0d.jpg

Em 2013, ele se tornou o primeiro latino-americano a vencer uma etapa do Circuito


Mundial de Tênis de Mesa.
Em 2009, ele conquistou três medalhas de ouro no Campeonato Latino- Americano
de Tênis de Mesa (campeão individual, campeão por equipes e campeão em duplas).
Em abril de 2013, Cazuo entrou no top 50 do tênis de mesa mundial, na 45ª colocação
do ranking elaborado pela Federação Internacional de Tênis de Mesa (ITTF), a melhor
posição atingida por um brasileiro até então no site da ITTF -- posteriormente, Hugo
Calderano entraria para o top 20. Reza a lenda que o mesa- tenista Cláudio Kano teria
chegado à 41ª colocação, porém não se pode confirmar esse dado, pois só estão
disponíveis rankings até janeiro de 2001 no site da federação internacional.

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Thiago Farias Monte Monteiro

Imagem: Thiago Farias Monte Monteiro


Fonte:https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcTGZsKzFMJ9hdITj_NSKLnzNuxX7Rnm7WT6u1gHzm4KJvGmzLj-
1lIsT6OhxiNwVxQc2CM&usqp=CAU

Thiago foi influenciado pelo pai a entrar no tênis de mesa. Seu pai era treinador da
modalidade em Fortaleza e até os 12 anos de idade dividia sua atenção com o futebol
de salão tendo chegado a ser bicampeão cearense de futsal. Ao obter seu primeiro
título brasileiro no tênis de mesa em 1993, Thiago optou por se dedicar exclusivamente
a este esporte.
A conquista levou o cearense ao Campeonato Sul-Americano de 1995, quando
surpreendeu a todos e ficou com o título individual e posteriormente ingressou na
seleção brasileira em 1998. Às vésperas dos Jogos Olímpicos de Verão de 2000 de
Sydney, Monteiro embarcou para a Suécia em sua primeira temporada na Europa,
fazendo seus planos de participar das Olimpíadas fracassarem. Thiago ainda jogaria
mais um ano na Suécia antes de ir para a França, onde passaria a jogar pelo Bayard
Argentan. Foi um dos destaques brasileiros nos Jogos Sul-Americanos de 2002,
conquistando quatro medalhas de ouro. Nos Jogos Pan-Americanos de 2003, em
Santo Domingo, foi ouro nas duplas e prata no torneio individual.
Thiago participou dos Jogos Olímpicos de Verão de 2004 em Atenas, na Grécia,
chegando a segunda fase do torneio individual perdendo por 4 - 1 para Li Ching de
Hong Kong. Participou também dos Jogos Olímpicos de Verão de 2008 tanto por
equipes como no individual sem ter passado das fases iniciais. 16

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Bruna Yumi Takahashi

Imagem: Bruna Yumi Takahashi


Fonte:https://www.cob.org.br/pt/img/galeria_foto_imagem/imagem/6571/grande/

Começou muito cedo no clube japonês ACREPA ainda no bairro da Paulicéia em São
Bernardo do Campo. Iniciou seu treinamento com a ex-atleta olímpica Monica Doti na
ACREPA e depois começou a treinar mais vezes por semana em São Caetano do Sul ,
clube que atua até hoje e onde também treinava atletas da seleção brasileira de Tênis
de Mesa como Gustavo Tsuboi, Hugo Calderano, Caroline Kumahara entre outros. 16
Representou o Brasil nos Jogos Olímpicos de Verão de 2016 na competição por
equipes femininas do tênis de mesa. A equipe viria a ser eliminada pela China na
primeira fase. Takahashi perdeu a segunda partida de simples para Li Xiaoxia por 3
games a 0 (8–11, 7–11, 1–11). Foi a primeira latino-americana a ganhar o desafio
de cadetes em 2015, torneio disputado no Egito. Também foi a primeira brasileira a
ganhar um circuito ITTF na Europa (República Checa, 2015).

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Bruna Costa Alexandre

Imagem: Bruna Costa Alexandre


Fonte: https://agenciabrasil.ebc.com.br/sites/default/files/atoms/image/1044858-1_13-09-2016_00v2892.jpg

Conquistou duas medalhas de bronze nos Jogos Paralímpicos de Verão de 2016 no


Rio de Janeiro, representando seu país nas categorias classe 10 individual e classes
6-10 por equipes.
Devido a uma trombose (coágulo de vaso sanguíneo) a uma vacina que tomou
quando tinha apenas três meses de idade, a atleta Bruna Alexandre teve o braço direito
amputado. Porém isso não a impediu de ter uma carreira meteórica, indo participar
dos Jogos Paralímpicos de Londres antes mesmo de completar 18 anos. Nos Jogos
Paralímpicos do Rio de Janeiro 2016, conquistou duas medalhas de bronze: no individual
classe 10 feminina, e por equipes classes 06-10 feminina, juntamente com Danielle
Rauen e Jennyfer Parinos. Foi também campeã mundial por equipes em 2017, na
Eslováquia.

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Israel Stroh

Imagem: Israel Stroh


Fonte:https://static.blocks-cms.com/cbtm/upload/noticia/c9a012201932442ea19e01180ed2b094.jpg

Israel sofreu uma paralisia cerebral por falta de oxigênio durante o parto, mas só
foi descobrir que o comprometimento dos movimentos o possibilitaria de participar
de torneios paralímpicos aos 25 anos de idade, quando se candidatou a uma vaga de
emprego em um jornal. Depois disso, passou pela classificação funcional e começou
sua trajetória no esporte paralímpico. Em 2015, foi prata nos Parapan de Toronto, e no
Rio 2016 faturou sua primeira medalha paralímpica ao ficar com a prata na classe 7. O
paulista tornou-se, ao lado de Bruna Alexandre, o primeiro atleta do país a conquistar
uma medalha individual no tênis de mesa nos Jogos Paralímpicos.

ISTO ESTÁ NA REDE

È importante que também se aplique a pratica do tenis de mesa a pessoas com


deficiência, assim gerando uma atividade de inclusão e também de recreação,
para que possa entender de forma mais clara, sugiro a leitura do artigo: O Polybat
como atividade inclusiva nas aulas de Educação Física. Disponivel em: https://www.
efdeportes.com/efd87/polybat.htm. Acesso em: 21 mar. 2022.

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CAPÍTULO 12
EQUIPAMENTOS

Para o bom desenvolvimento da partida de tênis de mesa é importante que os


equipamentos sejam adequados a prática, assim facilitando os movimentos, as jogadas
e o aprendizado dos jogadores.

12.1 A mesa e Rede

Têm 2,74m de comprimento e 1,525mm de largura e 76cm de altura. Pode ser


feita de qualquer material, na cor escura e fosca, produzindo um pique uniforme de
bola padrão oficial (aprovada pela ITTF); tendo uma linha branca de 2cm de largura
em toda a sua volta. Para os jogos de duplas, ela é dividida em duas partes iguais
por uma linha branca de 3mm de largura, no sentido do comprimento. O tampo de
placas de madeira refibrada prensadas e revestidas com uma camada mais lisa, de
pouco atrito. Em geral é verde ou azul escura para dar visibilidade à bola, realçando-a
por contraste.

Imagem xx: Mesa de tênis profissional


Fonte https://img.mybest-brazil.com.br/press_eye_catches/2019_09_mesa_klopf_18-2.jpg?ixlib=rails-4.2.0&q=70&lossless=0&w=1400&h=787&fit=crop&s=78101
1e9795d5f1e8dd98cfc48b89bb4

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A rede que separa as quadras deve manter a altura e tensão ao longo de seus 1,83
m e 15,25cm de altura.

12.2 Raquete

Entre os equipamentos de tênis de mesa, o mais característico é a raquete. Ao


mesmo tempo, é o que mais pode apresentar variações.
O motivo é curioso: segundo as regras, ela pode ter qualquer formato, tamanho
ou peso, contato que tenha ao menos 85% de madeira natural em sua composição.
É necessário também que tenha lados de cores diferentes — que oficialmente só
podem ser vermelho e preto — e que a borracha que reveste as faces tenha no máximo
2mm de espessura cada.
Esse revestimento pode ser individual de cada lado ou constituída como se fizesse
um “sanduíche” da madeira. No se exterior, contém pinos antiderrapantes que podem
ser côncavos ou convexos.
Apesar de toda a liberdade, você dificilmente encontrará uma raquete que pese
mais que 200g e meça mais que 15cm de largura tampouco seja muito do padrão
de um cabo pequeno e a lâmina redondinha.
Existem também formatos especiais, pensados especificamente para uma maneira
específica de segurar a raquete durante uma partida, a empunhadura do tipo caneteiro
(ou caneta japonesa).

Imagem xx: Raquete de Tênis de Mesa


Fonte: https://m.media-amazon.com/images/I/417M5xLDhCL._SL250_.jpg

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Em madeira e coberta com camadas de borracha texturizada, que provoca efeitos


nos golpes. Um lado deve ser preto, e outro, vermelho. Podem ser de qualquer forma,
peso ou tamanho. Porém, há um modelo consensual. As camadas de borracha podem
ter no máximo 4 mm.

12.3 Bola

É necessário que esse equipamento seja confeccionado em celuloide, ou plástico


similar, na cor branca ou laranja (fosca). Deve pesar 2,7 g e medir 4 cm de diâmetro.

Imagem xx: Bolas de Tênis de Mesa


Fonte: https://www.goldensport.com.br/image/cache/catalog/bola-de-tenis-de-mesa-hyper-3-estrelas-branca-500x500.jpg

ISTO ESTÁ NA REDE

Como em todos os esportes é necessário que para a pratica do tenis de mesa, se


tenha equipamentos de qualidade para o desenvolvimento do jogo. A qualidade está
diretamente ligada ao custo dos equipamentos, então a escolha é muito importante.
https://melhordoesporte.com.br/melhores-raquetes-de-tenis-de-mesa/

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CAPÍTULO 13
FUNDAMENTO BÁSICOS

Posicionamento do corpo é importante para a realização de todos os fundamentos


do tênis de mesa. Um correto Posicionamento proporcionará ao atleta maior equilíbrio
e estabilidade do corpo, dando maior precisão e controle em seus movimentos, melhora
o campo visual da área de jogo (altura da rede, noção do espaço da mesa), além de
facilitar o trabalho de perna e a movimentação do corpo inteiro.

13.1 EMPUNHADURA

A empunhadura ou forma de segurar a raquete no tênis de mesa é uma das primeiras


técnicas que aprendemos, não existe nenhuma regra relacionada à empunhadura o
que permite o atleta segurar a raquete da forma que quiser. Podemos citar as três
formas mais utilizadas no tênis de mesa mundial: Clássica, Caneta e Classineta.

Clássica
Segura-se na raquete como se fosse apertar a mão de alguém: coloca-se o cabo
da raquete na palma da mão, com os dedos polegar e indicador paralelamente sobe
a extremidade da borracha e os outros três dedos seguram o cabo da raquete para
dar estabilidade. O lado sobre o qual fica o dedo polegar é chamado de forehand;
enquanto o lado do indicador, de backhand

Imagem: Empunhadura Clássica


Fonte:http://marioleao.com/wp-content/uploads/2018/05/FOREHAND-CL%C3%81SSICO.png

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Caneta
Segura-se na raquete como uma caneta: os dedos polegar e indicador envolvem
o cabo do lado superior, enquanto os outros três dedos localizam-se na superfície
inferior da raquete.

Imagem: Empunhadura Caneta


Fonte:http://marioleao.com/wp-content/uploads/2018/05/FOREHAND-CANETA-1024x404.png

Classineta
Uma das principais variações da empunhadura caneta e o surgimento de um
novo estilo são os Classinetas. Essa empunhadura é uma evolução do estilo caneta
(penholder), a forma de segurar é semelhante à empunhadura caneta com a vantagem
de utilizar a parte de trás da raquete para realizar fundamentos de backhand. Portanto
usasse a raquete com o formato redondo e duas borrachas, uma na parte da frente
e outra na parte de trás “costas” da raquete.

Imagem: Empunhadura Classineta


Fonte:http://marioleao.com/wp-content/uploads/2018/05/BACKHAND-CLASSINETA-1024x404.png

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13.1.1 Saque

Para a execução de um bom saque, são necessários velocidade, efeito, altura e


localização.
Nesse momento, a bola deve ser lançada para cima, a 16 cm de altura no mínimo.
De acordo com as regras, esse movimento é sempre executado de trás da linha de
fundo, ou numa extensão imaginária desta. Cada jogador tem direito a dois saques, e
a bola não pode “queimar” (relar) a rede. Inicia se o jogo com a bola parada na palma
da mão livre e aberta do sacador.

Imagem: Saque Tênis de Mesa.


Fonte: https://sportsregras.com/wp-content/uploads/2016/05/tenis-de-mesa-saque-cruzado-2.jpg

Para os iniciantes no tênis de mesa, os elementos do saque (velocidade, efeito,


altura e localização) devem ser aprendidos separadamente. No início, é necessário
delimitar uma área e acerta lá, variando a distância (mais perto e mais longe).
Posteriormente, em relação à altura, pôr uma corda acima da altura da rede. Por
último, e mais difícil, colocar efeito na bola no momento do saque, ou seja, bater de
um lado da bola, a fim de que ela passe para o campo adversário.

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Passos para o saque:

1 – Pegue a bola na palma da mão aberta


2 – Mantenha a bola acima do nível da mesa e atrás da linha de saque
3 – Lance a bolinha cerca de 15 cm para o alto
4 – Golpeei a bola enquanto ela estiver caindo
5 – Faça a bola quicar do seu lado antes de passar para o outro
6 – Direcione em qualquer parte do lado do oponente
7 – Direcione na região diagonal oposta quando estiver jogando em duplas
Tabela: Passo a passo para o saque
Fonte: Autor, (2022)

13.1.2 PRINCIPAIS GOLPES DO TÊNIS DE MESA

Forehand (Batida De Direita)


O Golpe na bola de Forehand é quando o mesatenista rebate a bola com a mão que
está pegando a raquete, e a mão que não segura a raquete está à frente do corpo.
O forehand é uma arma poderosa, é o golpe mais utilizado no tênis de mesa, pois, a
maioria dos pontos são definidos com um bom golpe de forehand.

Imagem: Forehand
Fonte: https://www.hugocalderano.com/wp-content/uploads/2021/11/hugo-calderano-mundial-2013-web.jpg

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Backhand (Batida De Esquerda)


Para a maioria dos mesatenistas, é um golpe mais fraco do que o forehand. Contudo,
é uma arma poderosa, quando bem dominada.

Imagem: Backhand
Fonte:https://e00-marca.uecdn.es/blogs/desde-el-aula/imagenes_posts/2018/12/28/197135_570x379.jpg

Drive de forehand
É um golpe que utiliza uma angulação mais fechada da raquete e a rotação do
quadril no momento do golpe gerando mais velocidade. Utilizando a parte da frente
da raquete.

Imagem: Drive de forehand


Fonte:https://4.bp.blogspot.com/-vCJ0eooQDKs/V0xrYyf8-eI/AAAAAAAAGIk/ICkm61oXlvI-Pd4gBoeH14KnWaaeUNFtACLcB/s1600/Lin%2BGui%2B-%2BCampe%
25C3%25A3%2BLatino%2BAmericano%2B-%2BPorto%2BRico%2B2016.JPG

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Drive de backhand
É um golpe que utiliza uma angulação mais fechada da raquete no momento do
golpe gerando mais velocidade. Utilizando a parte das costas da raquete.

Imagem: Drive de backhand


Fonte:https://2.bp.blogspot.com/-cVr1VMkY2eA/V0deJ8-nsvI/AAAAAAAAGFs/oB4_A1pXLZI1LISuTFbA1qsxw3igKknqQCKgB/s1600/Cazuo%2BMatsumoto%2B-
%2BAberto%2Bda%2BCro%25C3%25A1cia%2B2016.JPG

Forehand Slice / cavada


Golpe defensivo utilizando a angulação da raquete aberta e empurra a bola gerando
uma rotação caracterizando o efeito que bem utilizado tornar-se um golpe muito
eficiente. Geralmente utilizando em bolas curtas dentro da mesa. Utilizando a parte
externa da raquete

Backhand Slice / cavada


Golpe defensivo utilizando a angulação da raquete aberta e empurra a bola gerando
uma rotação caracterizando o efeito que bem utilizado tornar-se um golpe muito
eficiente. Geralmente utilizando em bolas curtas dentro da mesa. Utilizando a parte
interna da raquete

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13.1.3 Defesa

Bloqueio
Golpe utilizando para neutralizar o ataque adversário, a angulação da raquete deverá
ficar no ângulo de 90º ou inferior dependendo do ataque do adversário, se o ataque
for com uma bola com efeito deverá fechar o ângulo da raquete e se o ataque só
somente com velocidade deverá bloquear com a raquete no ângulo de 90º

Top spin
Golpe muito complexo que requer um tempo de treinamento para ser executar, é
realizado gerando efeito na bola em um movimento de baixo para cima em diagonal
projetando a bola em parábola.

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CAPÍTULO 14
ESTRATÉGIAS DE ENSINO

Proporcione os alunos um espaço de convivência através de um ambiente seguro


e agradável, a escola é um local de aprendizado e transmita para os alunos uma
vivência do tênis de mesa sempre apresentando fundamentação dos movimentos e
atividades realizadas.
Como sugestão coloque em sua sala cartazes com movimentos básicos do tênis
de mesa e imagens de jogos com os mesatenistas destaques brasileiros para criar
uma atmosfera de incentivo ao tênis de mesa.
No primeiro contato do aluno com a raquete, bola e a mesa não corrija os movimentos
dos alunos, deixe ele gosta do tênis de mesa e dos novos amigos, do local, se o aluno
se interessa pelo tênis de mesa, aí sim, será o momento de interagir com o aluno e
proporcionar novos conhecimentos.
Como sugestão de introdução ao tênis de mesa nas aulas, sugerimos algumas
situações de aprendizado para o desenvolvimento do tênis de mesa.

Conhecendo os materiais Sugestões de materiais alternativos para o tênis de


Objetivos:
utilizados no tênis de mesa mesa
Mesa para tênis de Para as mesas pode ser utilizada mesa de professor,
Mostrar os materiais utilizados no mesa medindo 2,74m de bancadas ou mesas do refeitório, porta e pode ser
tênis de mesa; comprimento, 1,52m de realizado no chão com bancos, carteiras ou cadeiras
largura e 76 cm de altura; dividindo o espaço em duas partes;
Como rede pode ser utilizado pedaço de madeira com
Explicar sobre os cuidados com os
Rede para tênis de mesa; cerca de 15cm de altura, papelão, elástico, barbante
materiais;
com TNT ou até mesmo livros;
As raquetes podem ser confeccionadas de compensados,
Conhecer os tipos de empunhadura; Raquete para tênis de mesa; fórmica ou simulares. Na superfície pode ser colado EVA
liso, preferencialmente preto e vermelho.
Desenvolver coordenação motora fina
Bolinhas para tênis de mesa.
através do tênis de mesa;
Desenvolver habilidade óculo manual
e coordenação motora temporal
Tabela XX: Sugestão de Desenvolvimeto do Tenis
Fonte: (PEREGO, 2019)

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CUIDANDO DOS MATERIAIS

Em um círculo ao redor da mesa, o professor solicitará aos alunos o maior cuidado


possível para não pisar nas bolinhas, não bater com força contra a parede ou contra o
chão, não bater ou jogar a raquete, não girar a raquete como “pião” em cima da mesa, não
rasgar a borracha da raquete, não derrubar a raquete no chão, não encostar ou se apoiar na
mesa ou nos cavaletes da mesa. Quando a bolinha ficar parada no meio da mesa precisa
pegar a bolinha pelo lado da mesa, entre outros conforme necessidade de cada escola.

14.1 ATIVIDADES DE COORDENAÇÃO MOTORA FINA, AMPLA, ESPACIAL E ÓCULO


MANUAL

Importante: nesta atividade e nas demais a seguir, caso o professor não disponha
de uma raquete ou uma bolinha por aluno, o professor pode organizar os alunos em
colunas conforme o número de bolinhas e raquetes disponível e realizar as atividades
em forma de circuitos ou colunas uma de frente para outra. Caso algum aluno não
consiga realizar as atividades com a bolinha, o professor pode pedir para estes alunos
fazer com um balão, deixando assim a atividade mais fácil de ser executada.
Descrição da Atividade Necessidades de Materiais
Atividade 1: O professor deverá entregar uma bolinha e uma raquete para cada aluno onde ele deverá
Bolas e Raquetes
equilibrar a bolinha na raquete sem deixar a bolinha cair no chão.
Atividade 2: Na mesma formação que o professor escolheu na atividade anterior, após os alunos
realizar a atividade por um determinado tempo, o professor deverá solicitar aos alunos para equilibrar Bolas e Raquetes
a bolinha na raquete, deixar a bolinha quicar uma vez no chão e equilibrar novamente.
Atividade 3: Na mesma formação que o professor escolheu na atividade anterior, professor deverá
solicitar aos alunos para equilibrar a bolinha na raquete, jogar a bolinha um pouco para cima e Bolas e Raquetes
equilibrar novamente.
Atividade 4: Na mesma formação que o professor escolheu na atividade anterior, o professor deverá
solicitar aos alunos para quicar a bolinha na raquete uma vez e segurar a bolinha com a mão que Bolas e Raquetes
não está segurando a raquete sem deixá-la cair no chão.
Atividade 5: Na mesma formação que o professor escolheu na atividade anterior, o professor deverá
solicitar aos alunos para quicar a bolinha na raquete duas vezes e segurar a bolinha com a mão que Bolas e Raquetes
não está segurando a raquete sem deixá-la cair no chão.
Atividade 6: Na mesma formação que o professor escolheu na atividade anterior, o professor deverá
solicitar aos alunos para quicar a bolinha na raquete três vezes e segurar a bolinha com a mão que
não está segurando a raquete sem deixa-la cair no chão.
Tabela xx: Atividades propostas
Fonte: Adaptado de (PEREGO, 2019)

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14.1.1 ATIVIDADES DE REBATER (DIREITA E ESQUERDA)

DICA: o professor irá fazer uma breve explicação sobre a posição fundamental
que consiste em pernas afastadas, joelhos semiflexionados e o tronco ligeiramente
inclinado para frente, posição semelhante à de recepção no voleibol. Já a batida deverá
ser do mesmo lado do corpo que segura a raquete, ou seja, destro bate com a parte
da frente da raquete com o braço abduzido para a direita e na frente do corpo com o
revés, parte de trás da raquete. Para quem for canhoto deve bater na bolinha com a
parte da frente da raquete na esquerda e com o revés da raquete na frente do corpo
(Forehand e Backhand). Lembrando que é apenas uma introdução neste momento
não sendo necessário o professor exigir a perfeição do movimento de batida e posição
fundamental.
Atividade 1: com carteiras, bancos, elásticos, cordas fitas ou similares, o professor
irá criar pequenas quadras de jogo conforme o espaço disponível. Os alunos deverão
ser distribuídos nestas áreas de jogo onde terá um balão e duas raquetes para cada
área. Os alunos deverão rebater o balão para o lado colega. O professor determina
um tempo para cada aluno realizar a atividade.
Atividade 2: Na mesma formação da atividade 1, o professor irá trocar o balão por
bola de tênis de campo ou bolinha de tênis de mesa, os alunos deverão segurar a
bolinha com a mão livre, quicar uma vez no chão ao lado do corpo que está segurando
a raquete e rebater a bolinha para o outro lado. O colega deverá executar da mesma
forma, segurando a bolinha e rebatendo novamente.
Atividade 3: Na mesma formação da atividade 2, os alunos deverão segurar a
bolinha com a mão livre, quicar uma vez no chão em frente ao corpo e rebater a
bolinha para o outro lado. O colega deverá executar da mesma forma, segurando a
bolinha e rebatendo novamente.
Atividade 4: Na mesma formação da atividade 13, os alunos deverão rebater a
bolinha sem segurar, deixando quicar uma vez em seu campo e rebatendo diretamente
para o campo do colga que deverá fazer o mesmo procedimento.
Variações: conforme a quantidade de materiais a disposição do professor, as
atividades podem ser realizadas em duplas, trios ou equipes. Podendo ser inserido
algumas regras como dois toques ou três toques antes de rebater para o adversário,
instigando assim a socialização e a afetividade entre os alunos. Pode ser feito em
forma de mini jogo aumentando o interesse e a concentração nas atividades.

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DICAS: outras atividades que podem ser realizadas para estimular a batida são:
rebater a bolinha contra a parede ou muro, sentados no chão bater na bolinha rasteira
para outro colega, em cima de uma mesa ou carteira rebater a bolinha rasteira para
o colega do outro lado.

14.1.1.1 ATIVIDADES DE FIXAÇÃO DO TÊNIS DE MESA

Atividade 1: O professor irá montar um circuito e conforme a quantidade de raquetes


e bolinhas disponível distribuirá os alunos nas estações. Cada aluno deverá executar
o desafio pré-estabelecido pelo professor. (Contornando os cones, caminhando por
cima dos cones deitados, passando por baixo ou por cima de cordas, passando pelos
bambolês, etc). Quando chegar ao final entrega o material para o próximo e vai atrás
do último da fila. Cada aluno deverá percorrer o circuito equilibrando a bolinha, ou
quicando a bolinha uma, duas ou três vezes na raquete e segurando, quicando a
bolinha na raquete sem segurar e sem cair no chão, equilibrando a bolinha na raquete
jogar para cima e equilibrar novamente sem deixar quicar no chão ou quicando uma
vez no chão.
Atividade 2: Os alunos devem formar um ou mais círculos, ao sinal do professor
eles deverão fazer zig zag no seu círculo, entre os colegas, equilibrando a bolinha na
raquete até retornar ao seu lugar, quando chegar, entrega a raquete e a bolinha para
o colega do lado e assim todos deverão fazer. As variações podem ser iguais as da
atividade anterior.

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CAPÍTULO 15
REGRAS DO TENIS DE MESA

15.1 A PARTIDA

1. Constitui-se de sets de 11 (onze) pontos. Pode ser jogada em qualquer número


de sets ímpares (um, três, cinco, sete, nove...). No caso de empate em 10 pontos,
o vencedor será o que fizer 2 pontos consecutivos primeiro.
2. O atleta que atua o 1º set num lado é obrigado a atuar no lado contrário no set
seguinte.
3. Na partida quando houver “negra” (1 a 1), (2 a 2) ou (3 a 3) , os atletas devem
mudar de lado logo que o atleta consiga 05 pontos.

15.2 O SAQUE

1. A bola deve ser lançada para cima (16cm no mínimo), da palma da mão livre na
vertical e, na descida, deve ser batida de forma que ela toque primeiro no campo
do sacador, passe sobre a rede sem tocá-la e toque no campo do recebedor.
2. O saque deve ser dado atrás da linha de fundo ou numa extensão imaginária
desta.
3. Cada atleta tem direito a 2 (dois) saques, mudando sempre quando a soma dos
pontos seja 2 (dois) ou seus múltiplos.
Ex.: 2 a 2 = 4 = 6 a 6 = 12
4. Com o placar 10-10, a sequência de sacar e receber deve ser a mesma, mas
cada atleta deve produzir somente um saque até o final do jogo.
5. O direito de sacar ou receber primeiro ou escolher o lado deve ser decidido por
sorteio (ficha de duas cores), sendo que o atleta que começou a sacar no 1º
set começará recebendo no 2º set e assim sucessivamente.
6. O sacador deverá sacar e retirar o braço da mão livre da frente da bola de modo
que nada esteja entre a bola e o adversário a não ser a rede e suportes.

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15.3 UMA OBSTRUÇÃO (NÃO VALE PONTO)

A partida deve ser interrompida quando:


1. O saque “queimar” a rede.
2. O adversário não estiver preparado para receber o saque (e desde que não tenha
tentado rebater a bola).
3. Houver um erro na ordem do saque, recebimento ou lado.
4. As condições de jogo forem perturbadas (barulho etc.).

15.4 UM PONTO

A não ser que a partida sofra obstrução (não vale ponto), um atleta perde um ponto
quando:
1. Errar o saque.
2. Errar a resposta.
3. Tocar na bola duas vezes consecutivas.
4. A bola tocar em seu campo duas vezes consecutivas.
5. Bater com o lado de madeira da raquete.
6. Movimentar a mesa de jogo.
7. Ele ou a raquete tocar a rede ou seus suportes.
8. Sua mão livre (que não está segurando a raquete) tocar a superfície da mesa
durante a seqüência.

15.5 CORREÇÃO DA ORDEM DE SACAR, RECEBER OU LADO

Se um atleta der um ou mais saques além dos dois de direito, a ordem será
restabelecida assim que for notado, tendo o adversário que completar o múltiplo de
dois.
Se no último set possível, os atletas não trocarem de lado quando deveriam fazê-
lo, deve trocar, imediatamente, assim que se perceba o erro. A contagem será aquela
mesma de quando a seqüência foi interrompida.
Em hipótese alguma haverá volta de pontos. Todos os pontos contados antes da
descoberta do erro deverão ser confirmados.

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15.6 JOGOS DE DUPLAS

Valem as mesmas regras, sendo que:


1. O saque tem que ser feito do lado direito do sacador para o lado direito do
recebedor.
2. Cada atleta só pode bater uma só vez na bola.
3. A ordem do saque é estabelecida no início do jogo e a seqüência será natural:
Atleta A saca para o X
Atleta X saca para o B
Atleta B saca para o Y
Atleta Y saca para o A que, saca para o X e assim, sucessivamente, cada atleta
vai dando 2 saques.
No empate 10-10, cada um só dá 1 saque por vez.
4. Se a bola do saque tocar a rede (queimar), e cair no lado esquerdo do recebedor
- além da linha central - o sacador deverá perder o ponto.

15.7 VESTIMENTA

Camisa, shorts e saias podem ser de qualquer cor ou cores exceto que, quando uma
bola branca está em uso somente gola e as mangas da camisa podem ser brancas,
e, quando uma bola laranja está em uso, somente àquelas partes podem ser de cor
laranja.

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ELEMENTOS COMPLEMENTARES

LIVRO

Título: Introdução ao ensino do Voleibol


Autor: Wanderley Marchi Júnior (Autor), Ana Elisa
Guginski Caron
Editora: InterSaberes
Sinopse: O voleibol é um dos esportes de maior destaque
no Brasil, atraindo a atenção de milhares de fãs, atletas
e profissionais da área esportiva. Assim, para discutir
esse tema, é preciso considerar os interesses dos mais
variados públicos que têm no voleibol um de seus esportes
preferidos. Pensando nisso, esta obra – construída com
base em pesquisas acadêmicas e nas experiências
pessoais, profissionais e docentes de seus autores –
oferece os conhecimentos mais fundamentais para que
você compreenda o universo do voleibol brasileiro e possa contribuir para o desenvolvimento
desse esporte no nosso país.

Título: O jogo interior de Tenis


Autor: Gallwey,W. Timothy
Editora: Textonovo
Sinopse: Cada jogo se compõe de duas partes: um
jogo exterior e um jogo interior. O primeiro é jogado
contra um adversário para superar obstáculos
externos e atingir um objetivo fora de nós. Já o jogo
interior se desenrola na mente e é jogado contra a
falta de concentração, ausência de confiança em si
mesmo, nervosismo - tudo que inibe a excelência do
desempenho. É o jogo interior que determina se iremos
ganhar ou perder. Este é um livro para quem joga ou
está aprendendo a jogar tênis, e para os que querem aprender a assimilar vitórias e
derrotas nos jogos da vida.
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FILME

Título: Uma Razão para Vencer


Ano: 2018
Sinopse: Após a morte de sua estrela, a jogadora Caroline
“Line” Found, a equipe feminina de vôlei West High da cidade
de Iowa e sua improvável corrida para o campeonato estadual
sob a orientação de sua treinadora durona Kathy Bresnahan
(Helen Hunt).

WEB

A cada dia, pode-se encontrar vidas sendo transformadas através do esporte, é


necessário que os profissionais de educação física se atentem que as suas aulas
são imprescindíveis para a revelação de novos talento, e também para a mudança
social de milhares de crianças em situação de vulnerabilidade.
https://www.scielo.br/j/rbce/a/VjrkZPssKdWZyNY3MVGVkQJ/?lang=pt

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