ELE 1090 – PRINCÍPIOS DE COMUNICAÇÕES
EXPERIÊNCIA 6 – ROTEIRO DE LABORATÓRIO
MODULAÇÃO EM FREQUÊNCIA – FM
OBJETIVOS: Estudar o princípio de funcionamento dos sistemas de modulação e demodulação de FM
No experimento será utilizada a unidade COM 2,
sobre “Circuitos de Comunicação em FM”.
Em vista da falta de instrumentação adequada
(geradores de RF, analisadores de espectro, etc)
para realizar medições na faixa de espectro de FM
(entre 88 a 108 MHz) consideram-se apenas
portadoras em fp =455 kHz ou fp = 1 MHz.
Parte I: Moduladores de FM
1. MODULADORES DE FM PELO MÉTODO
DIRETO
O método direto utiliza um oscilador controlado por
tensão (VCO), cuja frequência de oscilação é
determinada por uma tensão DC ou AC de baixa
frequência.
1.1 Descrição do OSCILADOR CONTROLADO
POR TENSÃO (VCO) – portadora em 455 kHz
Uma forma de se obter um VCO consiste em
substituir o capacitor do circuito ressonante de um
oscilador convencional, por um diodo de
capacitância variável (varactor), cuja capacitância é
uma função da tensão aplicada sobre ele. Na Fig. 1,
ilustra-se um VCO baseado num oscilador Hartley,
no qual se agrupa uma etapa diferencial (Q 1-Q2) com
uma fonte de corrente a transistor (Q3) que serve de
elemento amplificador. O potenciômetro P1
determina a frequência portadora, e, o sinal
modulador deve ser conectado a entrada de AF.
Figura 1 – Oscilador Hartley controlado por tensão.
1.2 Oscilador de FM da unidade COM 2/1
O oscilador de FM da unidade COM 2/1 trabalha em
duas escalas distintas: a escala A vai de 800 kHz a
1200 kHz, enquanto a escala B vai de 425 kHz a 485
kHz.
A frequência central é determinada pelo
potenciômetro P1. Para modular a frequência do
oscilador é necessário conectar um sinal externo
(sinal de áudio) à entrada do modulador. O
amplificador de saída possui uma etapa de
isolamento simples com ganho 10 e cuja amplitude
de saída é determinada pelo potenciômetro P2.
1.3 Parte experimental: medida do desvio em
frequência de FM
a) L: Com o oscilador de FM da unidade COM 2/1 na
escala A, ajustar fp=1000 kHz e 3,0 Vpp;
b) L: Conectar uma onda senoidal de 1 kHz e 5 Vpp
a entrada do modulador;
c) L: Ajustar a base de tempo do osciloscópio para
se obter um número inteiro de períodos na sua tela,
tal qual ilustrado na Fig. 2.
c) R: O desvio em frequência é obtido pela relação:
b
f  fp (1)
a
onde fp é a frequência portadora de FM.
d) R: Registrar suas conclusões.
Figura 2 – Medida do desvio em frequência em FM.
Parte II: Demoduladores de FM
1. DEMODULADOR DE FM ATRAVÉS DO
DETECTOR DE RELAÇÃO
O princípio de funcionamento do detector de relação,
bem como de detectores semelhantes como, por
exemplo, o detector de Round-Travis e o detector de
Foster-Seely, pode ser encontrado em livros
clássicos de circuitos de comunicações. Na Fig. 3
ilustra-se o detector de relação, o qual fornece boa
imunidade a modulação AM espúria.

Figura 3 - Detector de relação.
1.1 Parte experimental: detecção de FM com
detector de relação
a) L: Sintonizar o oscilador de FM (unidade COM
2/1) em 455 kHz com amplitude igual a 5 Vpp;
b) L: Conectar uma onda senoidal de 1 kHz e 3 Vpp
à entrada do modulador e observar o sinal de saída
modulado;
c) L: Conectar a onda modulada em FM a entrada do
detector de relação (considerar o resistor R1=510 
não mostrado na Fig. 3);
d) L: Verificar a demodulação do sinal senoidal.
e) L: Trocar o sinal senoidal em 1 kHz por um
triangular e observar se a demodulação está de
acordo. Trocar por uma forma de onda quadrada
na mesma freqüência.
f) R: Registrar suas principais conclusões
1.2: Obtenção da curva S do detector de relação.
Na Fig. 4 ilustra-se o aparato usado para se obter a
curva S do modulador de relação.
a) L: Sintonizar o oscilador de FM em 455 kHz e
amplitude de aproximadamente 7 Vpp.
b) L: Conectar uma onda senoidal de 100 Hz e
aproximadamente 7 Vpp à entrada do modulador.
Figura 4 – Obtenção da curva-S do modulador.
c) L: Conectar o canal Y (C2) à saída do detector de
relação, e o canal X (C1) à entrada do oscilador de
FM.
d) L: Operando no modo XY do osciloscópio, obter a
curva S na tela.
e) L: Anotar o desenho da curva S e registrar suas
conclusões.
2. DEMODULAÇÃO DE FM ATRAVÉS DO
DETECTOR DE PRODUTO
Na Fig. 5 ilustra-se o detector de produto, o qual é
baseado no princípio da defasagem. O detector de
produto da unidade COM 2/2 é baseado no CI LM
371, em conjunto com um deslocador de fase, cujo
0 0
deslocamento varia entre 0 e 180 .
O circuito ressonante de entrada, composto por R1,
C3 e L1 produz uma defasagem proporcional a
frequência do sinal de entrada. A defasagem para
um sinal de entrada cuja frequência portadora é igual
0
a frequência de ressonância, é de 90 . O sinal
defasado é amplificado pela etapa diferencial
composta por Q1 e Q2. O ganho desta etapa é
determinada pela corrente através de Q3, a qual é
ajustada pelo próprio sinal de entrada. Desta forma,
o circuito atua como um multiplicador.
Figura 5 – Circuito detector de produto.
2.1 Parte experimental: detecção de FM com o
detector de produto
a) L: Sintonizar o oscilador de FM (unidade COM
2/1) em 455 kHz com amplitude 1Vpp, sem sinal de
áudio;
b) L: Considerando-se, inicialmente, o circuito
defasador isolado. A bobina L1 já se encontra
ajustada para que seja obtida um sinal de saída
máximo (ressonância) em 455 kHz. Verificar se a
0
defasagem entre os sinais está em torno de 90 .
c) Montar o circuito completo da Fig. 4;
d) Conectar uma onda senoidal de 1Vpp e 1kHz de
um gerador de áudio externo à entrada do
modulador de FM;
e) Conectar o sinal modulado em FM à entrada do
detector de produto;
f) L: Verificar que o detector realmente demodula
FM, confrontando o sinal modulador de áudio com o
sinal detectado.
g) R: Anotar suas principais conclusões.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Apostila da DEGEM SYSTEMS (Experimentos en
Comunicaciones Modernas): Curso COM2 –
Circuitos de Comunicaciones en FM.