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Universidade Federal de Viçosa

Curso de Homeopatia Popular – Diamantina

Profa. Flávia Barits

Carolina Vanetti Ansani

Resumos dos cadernos de estudos

1- Caderno do Sal

O caderno trata da diferença entre o consumo do sal refinado iodado e o sal marinho. Ele
inicia fazendo um paraleo entre o mar (origem do sal) e a origem da vida. O sal marinho,
obtido através da evaporação natural da água do mar, possui uma série de minerais
essenciais ao bom funcionamento do organismo (na ordem de 72 minerais), em
proporções que não provocam intoxicação.

O sal refinado iodado passa por um processo industrial que retira todos esses minerais
restando apenas o cloreto de sódio ao qual é posteriormente adicionado o iodo.

O iodo, em quantidade maior que a necessária, provoca dependência, que acarreta em


disfunções da glândula tireóide. Assim, uma redução no consumo de sal refinado iodado
pode provocar síndrome de abstinência em iodo, sobrecarregando a tireóide.

Martin Lara publicou um livro tratando do consumo do sal, em que apresenta benefícios
do consumo de sal marinho na prevenção de pneumonia, resfriados, transtornos
estomacais, intestinais e dores. E associa o consumo de sal refinado a distúrbios
intestinais, como inflamações no cólon.

O consumo de sal marinho ajuda na prevenção de efeitos colaterais em pessoas que


precisam tomar antibióticos ou antidepressivos, pois auxilia no desenvolvimento de uma
flora intestinal benéfica, que permite um bom funcionamento dos intestinos.

Também auxilia na digestão de carne bovina (possui elementos essenciais à produção de


enzimas digestivas) e no bom desenvolvimento das veias e na circulação (o texto não
apresenta as razões), evitando gota e varizes.

Em relação ao sistema digestivo, o texto inicia falando da importância do ácido clorídrico


na digestão de proteínas e gorduras, e em quanto a má digestão dos alimentos produz
elementos tóxicos e faz com que o organismo “gaste” oxigênio (radicais livres?!) na
eliminação destes. A falta de oxigênio produz desânimo e fraqueza. Os alimentos mal
digeridos se acumulam também no intestino, tornando o indivíduo mais suscetível a
doenças infecciosas e verminoses.
Depois o texto trata da importância do consumo de água para o bom funcionamento do
organismos e também a importância da reposição de sais, fornecidos pelo sal marinho.

A deficiência de sais pode provocar comportamentos estranhos como vontade de comer


terra, mastigar madeira, bem como compulsão por doces, tabagismo, alcoolismo, etc.

Cada organismo tem sua necessidade específica de sal. Essas necessidades variam de
acordo com o local em que o indivíduo reside (perto ou longe do mar) e a genética. É
interessante que cada um observe suas necessidades pessoais, tanto de sal como de água,
e as respeite. A desidratação provoca o mal funcionamento do organismo e a intoxicação
pelo excesso de reabsorção de água das fezes. A insuficiência de eletrólitos prejudica a
comunicação das células dos tecidos, dificultando seu bom funcionamento. Esse mal
funcionamento promove um desequilíbrio da flora bacteriana presente no organismo,
gerando doenças.

O autor sugere o uso de sal marinho na desobstrução nasal, na limpeza de orelhas,


ferimentos, micoses, bem como esfregaços de água e sal para reduxzir febres e uso de
água e sal em jejum para estimular o sistema imunológico.

Soraya Terra também escreveu um livro sobre os sais. Ela relaciona a retenção de água, a
TPM e a hipertensão ao consumo excessivo de sal (NaCl), e sub consumo de potássio. Ela
relaciona elevados índices de sódio a pessoas que se alimentam mais de proteína animal, e
elevados níveis de potássio em pessoas que se alimentam de proteína vegetal.

Ao sal refinado não é adicionado apenas iodo, mas também conservante (dextrose) e
alvejante (carbonato de cálcio). Este último é associado à formação de cálculos renais e
biliares.

Em seguida, o texto repete as informações já fornecidas anteriormente sobre as variações


individuais de ingestão de água e sobre o iodo do sal refinado.

A autora então apresenta as prioridades no consumo de minerais e afirma que todos eles
estão presentes no sal marinho:

1º: Ca, P, Na, K, Si, S, Cl, Mg.

2º: Zn, Fe, Cu, Cr, Se, Co, Mb, I, Mn

3º: Bo, St, Va, Ge, Li, Ni, Ru, St

4º: Al, As, Cd, Pb, Me, Ni (de novo?!), Ba

Por fim, o texto apresenta dicas de Ivandélio Sanctus que afirma haver no sal refinado
iodado 20% mais iodo que a necessidade humana. Ele também faz uma crítica ao processo
de refino da farinha e do açúcar, que junto com o sal, reforçam uma demanda de consumo
por produtos industrializados.

COMENTÁRIOS SOBRE A CARTILHA:


Se houver a possibilidade de uma nova edição, sugiro que ela seja relida e reescrita
articulando melhor e embasando melhor as informações. Há conteúdos que se repetem, e
outros que não se articulam com as subdivisões. O assunto dá voltas e pode ser confuso
para quem lê. Aparenta ser um agrupamentos de resumos não revistos dos livros.

2- Água da Vida

O caderno trata do uso medicinal a urina, conhecido como urinoterapia. Ele apresenta a
composição da urina, relacionando ao líquido amniótico e ao fato de o feto, no útero,
ingerir constantemente a própria urina.

Propõe uma desmistificação do consumo da urina, visto que ela não é tão tóxica como se
pensa, e que há uma série de estudos que relacionam seu uso no tratamento de doenças
crônicas, como asma, psoríase e atrite, bem como doenças infecciosas, como tuberculose.

A urina é um filtrado do sangue, que o corpo produz eliminando o que está em excesso no
corpo, sendo, portanto, um líquido bastante nutritivo. A urina também contém hormônios
e anticorpos. Esses componentes, mais a uréia, dão à urina propriedades antibióticas e
cicatrizantes, sendo seu uso indicado no tratamento de feridas, queimaduras, alergias e
infecções de pele.

Seu principal componente, a uréia, tem propriedades antiviróticas, e é componente de


medicamentos utilizados no tratamento de tumores, da diabetes e como diurético, no
tratamento de edemas diversos.

Ao final o livro trata da alimentação, com grande crítica ao consumo de glutamato e seus
efeitos no organismo.

Também apresenta alguns relatos de pessoas que se curaram de diversos males com o uso
da urinoterapia, e apresenta indicações de uso e recomendações para o uso.

COMENTÁRIOS SOBRE A CARTILHA:

Se houver a possibilidade de reeditar essa cartilha, sugiro um aprofundamento maior na


parte de alimentação e urinoterapia, visto que na urina, além dos componentes “naturais”,
estão resíduos de substâncias sintéticas ingeridas, como agrotóxicos, medicações, aditivos
alimentares, poluição. Esse tópico não foi discutido na cartilha e, considerando a forma
como as pessoas vivem e se alimentam hoje, creio ser fundamental essa abordagem.
Também me intrigou saber como os anticorpos sobrevivem ao trato digestivo após
tomarmos a urina. Sei que bebês recebem anticorpos da mãe pelo leite, e esses não são
digeridos no estômago, indo para o sangue do bebê e atuando em sua imunidade. Mas
não sei como se dá esse mecanismo e se ele continua na fase adulta.

3- A Nova Medicina de Hamer


O caderno é uma crítica à medicina clássica, que fraciona o indivíduo a partes doentes, e
não leva em consideração sua totalidade, o contexto do desenvolvimento de sua doneça.

Inicia com uma breve apresentação da biografia dele e de sua esposa, e passa por
levantamentos feitos por ele a respeito do desenvolvimento de câncer em indivíduos
tratados pelo casal.

Apresenta alguns argumentos que reforçam sua teoria de que há uma relação psico-
cérebro-orgânica, tanto fisiológicos, quanto de exames cerebrais, que levaram à
elaboração de uma cartografia cerebral, elaborando leis a respeito do câncer.

A primeira lei: “Todo choque psíquico, altamente traumático, hiperagudo, inesperado e


vivdo em isolamento, produz ruptura no campo eletrofisiológico de uma área concreta no
cérebro e a partir deste momento é lesado o órgão regido por essa parte do cérebro.”

Enquanto perdurar a situação de conflito, vivida em isolamento, permanece o curto-


circuito cerebral.

A segunda lei: “ Toda doença é um processo bifásico enquanto a pessoa resolve seu
conflito”. Ele também percebeu que quando se resolve o conflito é que inicia a
sintomatologia.

Estudando a embriologia e o processo de cicatrização, ele estabeleceu a terceira lei: “No


ectoderma na fase ativa perdem-se substâncias. Enquanto que no endoderma sucede o
contrário: proliferação de células que se necrosam em solução. No mesoderma cerebral
antigo, controlado pelo cerebelo, os órgãos têm multiplicação celular na fase ativa do
conflito. No mesoderma cerebral novo, controlado pela medula cerebral, os órgãos sofrem
degradação na fase ativa do conflito.”

O texto questiona então o diagnóstico do câncer e sua supressão cirúrgica ou química,


quando, de acordo com Hamer, ele está em processo de cura. E segue questionando a
teoria da metástase, confrontando com o que a ciência consegue ou não provar. E ainda,
coloca que o próprio diagnóstico do câncer é fator gerador de trauma que, vivido em
isolamento acaba por gerar metástases.

O texto dá uma interessante abordagem elhagllaeiughalefig, relacionando regiões do


cérebro afetadas por determinados conflitos a tecidos e órgãos específicos. E afirma
taxativamente que a doença tem por origem o próprio indivíduo e que o caminho da cura
se faz com determinação e autoconhecimento.

4- Caderno das Nossas Plantas Medicinais

O caderno trata do correto uso de algumas plantas medicinais tradicionalmente utilizadas


no Brasil.
Inicia falando o uso de plantas medicinais pela população mundial, e principalmente as
populações de países em desenvolvimento, que utilizam da dessa abordagem no
tratamento primário à saúde.

Apresenta a etnobotânica como abordagem de estudo da interação das culturas com as


plantas, e sua relação com o uso de plantas medicinais. E o Município de Senador Firmino
como o foco do levantamento de uso de plantas medicinais a ser apresentado pelo
caderno.

Ele apresenta tabelas com o horáro corretop para a colheita de algumas plantas e as
partes utilizadas na produção de medicamentos. Apresenta também os cuidados
necessários na colheita e a forma correta de secagem. Em seguida, trata de formas de
manejo que possibilitam uma melhor qualidade das plantas (água limpa, não usar
agrotóxico, localização que evite contato com urina e fezes de animais).

Para o preparo dos medicamentos, é necessário que o local esteja limpo, bem como os
utensílios a serem utilizados, e que a pessoa que vai manipular os medicamentos siga
regras básicas de higiene. Também há especificidades a serem observadas no
armazenamento de tinturas, xaropes e partes secas de plantas. Há uma importante ênfase
na rotulagem e organização.

O carderno sugere a elaboração de uma coleção de plantas medicinais, com exsicatas


organizadas numa espécie de herbário, para facilitar futuras identificações e usos
terapeuticos. E apresenta uma orientação importante que é o respeito à planta, na
importância do estado vibracional de quem prepara o medicamento.

Em seguida, faz uma breve apresentação e modo de preparo dos tipos de fitopreparados
mais utilizados: xarope (lambedor), tintura, pomada (unguento), cataplasma, vinho
medicinal, azeite medicinal, compressa, fitopreparado de inalação, infusão, decocção,
gargarejo, maceração, emplastro, pó, óleo medicinal e garrafada.

Após essa parte são discutidas as responsabilidades da fitoterapia e do terapeuta na


divulgação dessa forma de tratamento. É importante salientar que a ação da fitoterapia
pode não ser tão rápida quanto a de medicamentos industriais, e que a substituição de
remédios industriais por fitoterapia deve ser feita de maneira lenta e responsável. Da
mesma forma é importante frisar que na preparação de medicamentos fitoterápicos
devem ser utlizadas plantas com uso conhecido e comprovado para a moléstia em
questão. Também há que tomar cuidado na identificação da planta, colheita e preparo.
Ainda, deve-se ter especial cuidado com gestantes e nutrizes, crianças em aleitamento.

O caderno orienta a não indicar a mesma planta por mais de 14 dias, sendo necessário
então mudar de planta (uma que tenha a mesma indicação) em casos de doenças crônicas.
Para esses casos,é importante o uso de outras terapias , como indicações alimentares,
homeopatias, florais, psicoterapia.

Após uma grande tabela com idicações de uso de diversas plantas medicinais, é
apresentado um quadro de plantas que possuem restrição de uso de algumas plantas ou
formas de medicamentos.
Por fim, o caderno apresenta de forma bem resumida o método biodigital como forma de
se chegar a um indicação de plantas medicinais a serem utilizadas no tratamento.

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