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PLANO DE GERENCIAMENTO

DE RESÍDUOS SÓLIDOS

PGRS

Junho/2018

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1.0. APRESENTAÇÃO

O presente documento técnico denominado Plano de Gerenciamento de


Resíduos sólidos , foi elaborado , pela empesa Consórcio 414 conforme as normas do
órgão ambiental e atendendo os requisitos da Legislação Ambiental em vigor,
objetivando a Licença Ambiental Instalação e funcionamento de uma extração de
minério (cascalho), localizado no município de Cocalzinho de Goiás - GO

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2.0 – OBJETIVO

O presente plano de gerencialmente de resíduos é elaborado de acordo


com a Resolução 07/2011. Documento este exigido para todo gerador de resíduo
e tem como função descrever as ações relativas ao manejo dos resíduos,
observando suas características e risco, contemplando os aspectos da
propriedade rural em questão, desde a geração até a disposição final incluindo a
geração, segregação, acondicionamento, identificação, armazenamento, coleta,
tratamento e disposição final.

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3.0. INFORMAÇÕES GERAIS
Razão Social: Consórcio 414
CNPJ: 24.790.659/0001-57
Endereço: Av. São Francisco nº 271, Bairro Santa Genoveva, Goiânia/GO,
Cep: 74.670-010.
Telefone: (62) 4006-0123

3.1. IDENTIFICAÇÃO DO RESPONSÁVEL TÉCNICO

Nome: Jordana Rodrigues Viana de Oliveira


Formação Profissional: Engenheira Ambiental
Registro no conselho de Classe: 1017238154 AP-GO
Endereço: Rua 31 nº 150, Jardim Goiás.
Telefone: (62) 98138-6234
Email: jordanatecpav@gmail.com

3.2.Órgão Ambiental Responsável Pelo Licenciamento

SEMMA– Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Cocalzinho de Goiás.


End: Rua 03, Qd 07, S/nº, Área Especial 1, BR-070 - Centro, Cocalzinho de Goiás - GO,
72975-000
Fone: (62) 3339-1538

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3.3. Natureza do Empreendimento

A empresa trabalha com construção de rodovias e ferrovias, sendo assim sua atividade
principal de número 42.11-1-01.

3.4. Situação do Empreendimento

A obra encontra-se em andamento e vem junto à esta Secretaria solicitar a obtenção da


Licença Ambiental Instalação e Funcionamento pertinente á extração de cascalho.

4.0.CARACTERIZAÇÃO GERAL DO EMPREENDIMENTO

4.1. Localização Geográfica do Empreendimento


O empreendimento está localizado no Município de Cocalzinho de Goiás/GO, na Rodovia
BR 414, KM 69 – Fazenda Taquaral.

Imagem 01: Localização do empreendimento

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4.2- Vias de Acesso

A localização da jazida em estudo tem vias de acesso sendo a via e a BR 414, KM 69.

4.3. Mineral extraído

Mineral Extraído: Cascalho

4.4 . Mão- de – Obra

- Pessoal envolvido na atividade: 15 funcionários (eventuais, apenas durante o período de


extração do cascalho).
- Área objeto do pedido: 8,85 ha
- Horário de Trabalho: 7:00 as 18:00
- Previsão de Início e Término: Junho/2018 a dezembro /2020
- Jornada de Trabalho: 6 dias/semana. 24dias/mês, 6 meses ao ano.
- Funções das pessoas envolvidas:
Operador de escavadeira hidráulica (1), operador de pá carregadeira (1), motoristas de
caminhão caçamba (12), apontador (1), e encarregado (1) (eventualmente).
- Período de menor atividade: Na estação chuvosa ocorre a paralisação do serviço.

4.5. Período de Funcionamento

O período de funcionamento das máquinas é irregular, dependendo da necessidade de


extração do material para atendimento a demanda.

5.0. PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESIDUOS

Resíduos sólidos são rejeitos resultantes das diversas atividades humanas.


Podem ser de diversas origens: industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de
limpeza de vias públicas e outras.

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A intensificação das atividades humanas nas cidades tem gerado um
acelerado aumento na produção de resíduos sólidos, que constituem um grande
problema para a administração pública.

A proveniência dos resíduos é muito variada, pois está associada a toda a


atividade humana. De um modo geral podemos considerar resíduos domésticos,
comerciais, industriais, hospitalares, agrícolas, etc. Igualmente os resíduos podem ser
classificados, não em termos da sua proveniência, mas da sua natureza físico-química,
em: metais, vidros, papel, têxteis, vegetais, pilhas, plásticos, lamas de depuração, etc.

Segundo a norma que classifica a natureza, composição e a periculosidade


dos resíduos sólidos NBR 10004 (ABNT, 2004), são definidos como “resíduos no estado
sólido, resultante das atividades da comunidade de origem industrial, doméstica,
hospitalar, comercial, de serviços de varrição e agrícola. Qualquer que seja o tipo de
classificação que se considere, há resíduos banais e outros que podem ser nocivos ou
perigosos para o homem e outros seres vivos. Estes últimos designam-se genericamente
por resíduos perigosos em função do seu caráter tóxico, corrosivo, explosivo, radioativo,
etc., e do modo como são manipulados no meio ambiente durante o seu ciclo de vida
como produto útil ou como resíduo.

Os principais resíduos gerados no empreendimento são compostos


basicamente por plástico, papel, papelão das caixas embaladas, sacos de ráfia usados,
pó do moinho, pallets, papel sanitário, resíduos orgânicos e papel de etiquetas.

 Plano de Gerenciamento

O tema gerenciamento de resíduos sólidos é considerado um dos assuntos de


maior amplitude nas questões ambientais, em vista dos aspectos técnicos envolvidos e
dos impactos decorrentes. De acordo com a ABNT (2004), são considerados Resíduos
Sólidos os resíduos em estado sólido e semi-sólido, incluindo os lodos provenientes de
sistemas de tratamento de água e esgoto, aqueles gerados em equipamentos e
instalações de controle de poluição, bem como determinados líquidos cujas
particularidades tornem inevitável o seu tratamento na rede pública de esgotos ou corpos
de água, ou exijam para isso soluções técnicas e economicamente inevitáveis em face à
melhor tecnologia disponível.
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Em função do atendimento às leis, surge à necessidade da criação de um
Plano de Gerenciamento de Resíduos que descreva os corretos procedimentos de
segregação, acondicionamento, coleta, transporte, armazenamento, comercialização,
tratamento e/ou destinação final desses resíduos, que atenda a indústria adequando-a as
normas ambientais vigentes, tendo como principais objetivos a não geração, a redução
na geração, o reuso, a reciclagem e a minimização do volume desses resíduos na
destinação final.

Vale destacar que as decisões técnicas e econômicas tomadas em todas as


fases do gerenciamento devem estar fundamentadas na classificação dos mesmos.

Com base nesta classificação são definidas as medidas especiais de proteção


necessárias em todas as fases.

Segue a discriminação dos resíduos produzidos, seu acondicionamento e local


de geração.

I. Identificação do empreendimento e responsabilidade pela elaboração e


implantação do PGRS

Razão Social: Consórcio 414 CNPJ: 24.790.659/0001-57


Nome Fantasia: Consórcio 414
Endereço: Fazenda Taquaral, Zona Município: Cocalzinho de Goiás UF: GO
Rural

CEP: 72.975-000 Telefone: (62) 4006-0123 Fax: E-mail:


jordanatecpav@gmail.com
Número do Processo: 2150/2018-2151/2018 Número de Licença Ambiental: 001/2018 – 002/2018
Número de Funcionários: 15 Funcionários
Responsável pelo PGRS: Jordana Rodrigues Viana de Oliveira
Responsável Legal: Heverton Matsuy
Descrição das Atividades/CNAE: 42.11-1-01

Quadro 1: Identificação do Empreendedor

Natureza do Descrição do Resíduo Classe do Origem do Quantidade


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Resíduo Resíduo Resíduo
Resíduo
Sólido Papel, Plástico, Papelão, Classe B Canteiro auxiliar, 50kg
extração de
Resíduos Sanitários
cascalho

Sólido Orgânicos Classe B Canteiro auxiliar, 20kg/d


extração de
cascalho

Quadro 2: Identificação e Classificação dos resíduos

Descrição do Resíduo Local de Geração Acondicionamento Armazenamento


Resíduo
Papel, Plástico, Papelão, Resíduos Canteiro, Área de Sacos plásticos Contentor de
Sanitários Cascalho Plástico
Orgânicos Canteiro, Área de Sacos plásticos Contentor de
Cascalho Plástico

Quadro 3: Identificação do acondicionamento e armazenamento

Descrição do Resíduo Quantidade Tratamento e Destinação Final


Resíduo Método Empresa
Papel, Plástico, Papelão, Resíduos 50kg Remoldagem; COOPERARTEC
Queima p/
Sanitários
obtenção de
energia;
Despolimerização

Orgânicos 20kg/d Compostagem COOPERARTEC

Quadro 4: tratamento e destinação final

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 Código de Cores para os resíduos

Para facilitar o processo de separação dos resíduos a Resolução CONAMA


N°275/01 (1999) estabelece o código de cores para os diferentes tipos de resíduos, a ser
adotado na identificação de coletores e transportadores, bem como nas campanhas
informativas para a coleta seletiva: Padrão de cores: AZUL: papel/papelão; VERMELHO:
plástico; VERDE: vidro; AMARELO: metal; PRETO: madeira; LARANJA: resíduos
perigosos; BRANCO: resíduos ambulatoriais e de serviços de saúde; ROXO: resíduos
radioativos; MARROM: resíduos orgânicos; CINZA: resíduo geral não reciclável ou
misturado, ou contaminado não passível de separação.

Figura 13. Código de cores – (CONAMA N.º 275/01)

 Disposição Final realizada pelo empreendimento

No Brasil, a destinação final dos resíduos se dá em sua maior parte pela


disposição em aterros, não sendo a tecnologia mais adequada devido ao elevado volume
e a escassez de áreas específicas para a instalação destes aterros. Mas por outro lado,
constitui-se muitas vezes, na alternativa economicamente mais viável. Segue a
destinação final realizada pelo empreendimento para os resíduos gerados em suas
atividades.

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5.1 - CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS

Resíduos classe I – Perigosos;


Resíduos classe II – Não perigosos;
Resíduos classe II A – Não inertes;
Resíduos classe II B – Inertes;

Classe A
São os resíduos reutilizáveis ou recicláveis como agregados, tais como:
Solos provenientes de terraplanagem. Componentes cerâmicos (tijolos, placas,
telhas e revestimentos) argamassa e concreto de processo de fabricação, peças
pré-moldadas de concreto) blocos, tubos, meios fios, etc) produzidos nos
canteiros de obra.
Classe B
São os resíduos recicláveis para outras destinações, tais como plásticos, papel,
papelão, metais, vidros, madeiras e outros.
Classe C
São os resíduos para os quais não foram desenvolvidas tecnologias ou aplicações
economicamente viáveis que permitam sua reciclagem ou recuperação.
Classe D
São os resíduos perigosos oriundos do processo de construção ou reforma, tais
como tintas, solventes, óleos, oui aqueles oriundos de demolições, reformas,
reparos, clínicas radiológicas, instalações industriais e outros classificados como
classe 1 da NBR 10.004 da ABNT.
Abaixo estão as tabelas de classificação de resíduos perigosos e não perigosos
de acordo com a NBR 10.004/2004:

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6.0. Classificação e Quantificação dos Resíduos Gerados

6.1.1. Classificação dos Resíduos

Resíduos são substâncias, produtos, ou objetos, que ficaram incapazes de utilização


para os fins que foram produzidos, ou são restos de um processo de produção,
transformação ou utilização. Em ambos os casos, pressupõem que o detentor precise
desfazer deles.
A proveniência dos resíduos é muito variada, pois está associada a toda a atividade
humana. De um modo geral podemos considerar resíduos domésticos, comerciais,
industriais, hospitalares, agrícolas, entre outros. Igualmente os resíduos podem ser
classificados, não em termos da sua proveniência, mas da sua natureza físico-química,
podendo ser: metais, vidros, papel, têxteis, vegetais, pilhas, plásticos, lamas de
depuração, etc.
Segundo a norma que classifica a natureza, composição e a periculosidade dos resíduos
sólidos, a NBR 10004 (ABNT, 2004), são definidos como “resíduos no estado sólido,
resultante das atividades da comunidade de origem industrial, doméstica, hospitalar,
comercial, de serviços de varrição e agrícola. Ficam incluídos nesta definição os lodos
provenientes de sistemas de tratamento de água, aqueles gerados em equipamentos e
instalações de controle de poluição, bem como determinados líquidos cujas
particularidades tornem inviáveis o lançamento na rede pública de esgotos ou corpos
d'água, ou exijam para isso soluções técnicas e economicamente inviáveis em face à
melhor tecnologia disponível”.
Qualquer que seja o tipo de classificação que se considere, há resíduos banais e outros
que podem ser nocivos ou perigosos para o homem e outros seres vivos. Estes últimos
designam-se genericamente por resíduos perigosos em função do seu caráter tóxico,
corrosivo, explosivo, radioativo, etc., e do modo como são manipulados no meio
ambiente durante o seu ciclo de vida como produto útil ou como resíduo.
Conforme proposto nas referidas normas, os resíduos sólidos são classificados em
função de seu grau de periculosidade, podendo os mesmos enquadrar em uma das três
classes a seguir:
 Classe I: são aqueles que em função de suas características de inflamabilidade,
corrosividade, reatividade, toxicidade e patogenicidade, podem apresentar risco à
saúde pública, provocando ou contribuindo para o aumento da mortalidade ou
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incidência de doenças e/ou apresentar efeitos adversos ao meio ambiente,
quando manuseados ou dispostos de forma inadequada;
 Classe II A: Os considerados não inertes são aqueles que não se enquadram nas
classificações de resíduos de classe I e nem de classe II B, podendo ter
propriedades como combustividade, biodegradabilidade ou solubilidade em água;
 Classe II B: Os considerados inertes são aqueles que submetidos ao teste de
solubilização (Norma NBR 10.006 – Solubilidade de Resíduos - Procedimento)
não tenham nenhum de seus constituintes solubilizados, em concentrações
superiores aos padrões definidos na Listagem nº 8 da Norma (NBR 10004).
A correta implementação de um sistema de gestão de resíduos inicia-se com o
conhecimento do problema, quais os caminhos adequados para administrá-lo e
resolvê-lo.

6.1.2. Manejo Interno

O manejo interno dos resíduos deve ser feito por funcionários treinados, devem ser
utilizados EPI’s, e recipientes adequados para o manejo e transporte. O colaborador
responsável pelo controle dos resíduos, como quantidade e destinação deve receber
todas as instruções, tais como:
 Manuseio – Todo e qualquer manuseio de resíduos comuns ou perigosos nas
instalações do empreendimento é executado pelo colaborador dotado de
equipamentos de proteção pessoal (EPI) adequado.
 Os resíduos não devem ser misturados sendo viabilizados recipientes distintos
para diferentes tipos de resíduos.
 Os resíduos devem ser estocados de forma individual por tipo, devido à
possibilidade de contaminação ou mesmo de reação química que misturadas
podem acarretar.
 Os recipientes devem ser dispostos na área de armazenamento, de tal forma que
passam ser inspecionados visualmente.
 Verificar periodicamente o estado de conservação dos recipientes, caso sejam
identificados pontos de deterioração causados por corrosão ou outros fatores os
recipientes deverão ser restaurados ou substituídos.

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 É ilegal o abandono de resíduos perigosos em terrenos, ruas, ou mesmo no lixo
Comum.
É ilegal entregar resíduos perigosos a empresas de destinação que não tenham
licença para esta atividade, fornecida pelo órgão ambiental.

6.1.3. Procedimentos de Manejo Interno Adotado

Os procedimentos de manejo dos resíduos devem ser realizados com toda a segurança
pelos responsáveis pela coleta e transporte interno dos resíduos. Na empresa são
utilizados EPI’s (Equipamentos de Proteção Individual) específicos e adequados para tal
trabalho, sendo esse manejo feito com a devida segurança.
A segregação, ou seja, a operação de separação do resíduo é realizada manualmente e
mecanicamente sendo acondicionada em coletores específicos obedecendo às normas
de segurança.
A coleta interna dos resíduos do empreendimento atende buscar as necessidades da
unidade geradora, quanto à frequência, horários e demais exigências dos serviços. A
limpeza é dividida em setores e em horários estratégicos, normalmente no final do
expediente de trabalho, quando os vasilhames estão cheios.
A coleta interna entre o ponto de geração e a área de armazenamento interno da
empresa é realizada manualmente, uma vez ao dia em todos os pontos de geração.

6.1.4. Armazenamento
O acondicionamento consiste no ato de embalar corretamente os resíduos segregados,
de acordo com as suas características, em sacos e/ou recipientes impermeáveis,
resistentes à punctura, ruptura e vazamentos, bem como acomodar em contendores
apropriados, cada grupo de resíduos gerados.

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Quanto ao armazenamento de resíduos sólidos as indústrias devem atender algumas
normas que dispõe sobre o acondicionamento, armazenamento temporário, tratamento,
transporte e destino final para resíduos perigosos e industriais. Conforme Instrução
Normativa 07/2011 da Secretaria Estadual de Meio Ambiente do Estado de Goiás, o
acondicionamento e o armazenamento dos resíduos devem ser codificados conforme
NBR 10004/2004 e Resolução CONAMA 313/2002.
O Consórcio 414, após recolher os resíduos nos coletores e locais específicos, os
encaminha para uma área coberta e impermeabilizada, onde ocorre o armazenamento
temporário dos mesmos, até que sejam transportados para seu destino final.

6.1.5. Transporte Final dos Resíduos até sua Destinação Final

Dentre os equipamentos utilizados, quatro tipos de veículos são os mais apropriados


para o transporte de resíduos: os caminhões poliguindaste, que operam com caçambas
intercambiáveis para o transporte de resíduos a granel, não corrosivos e de toxicidade de
moderada a baixa; caminhões-tanque, para o transporte de resíduos líquidos ou
pastosos bastante fluídos e caminhões de carroceria aberta, de carga geral, para
resíduos previamente embalados.
A empresa responsável pelo recolhimento e transporte dos resíduos está em
conformidade com a legislação ambiental.

6.1.6. Tratamento Externo e Disposição Final


No Brasil, a destinação final dos resíduos se dá em sua maior parte pela disposição em
aterros, não sendo a tecnologia mais adequada devido ao elevado volume e a escassez
de áreas especificas para a instalação destes aterros. Mas por outro lado, constitui-se
muitas vezes, na alternativa economicamente mais viável.
De acordo com Brasil (2004) os métodos utilizados para o tratamento e disposição final
de resíduos são:
 Compostagem: Processo de obtenção de composto por meio de tratamento
aeróbico de lodos de esgoto, resíduos agrícolas, industriais e, em especial, dos
resíduos urbanos. Esse processo tem como resultado final um produto –

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composto orgânico – que pode ser aplicado ao solo para melhorar suas
características.
 Remediação: Empregado em casos de contaminação com poluentes orgânicos,
hidrocarbonetos de petróleo e derivados, solventes clorados e metais pesados. O
processo é constituído por três técnicas: 1- Biorremediação; introdução de ar e
nutrientes no solo contaminado para o desenvolvimento de microorganismos. 2-
Termo remediação; fornos de queima provocam a evaporação dos contaminantes
voláteis no solo. 3- Lavagem dos solos;
 Encapsulamento: modificação das características e de manuseio dos resíduos, a
fim de diminuir a área superficial para que possa ocorrer à transferência ou perda
de poluentes, limitarem a solubilidade ou desintoxicar quaisquer elementos
perigosos para assim ser disposto em aterros.
 Autoclavação: esterilização dos resíduos na qual remove e/ou destrói todos os
microorganismos presentes, vírus, bactérias. Utilizado no tratamento de resíduos
hospitalares.
 Esterilização por microondas: processo de esterilização em forno com
aquecimento por microondas. Após o resfriamento e moagem o resíduo é
disposto em aterro sanitário.
 Co-processamento: destruição térmica através de fornos de cimento, diferente das
outras técnicas usa-se o resíduo como potencial energético e substituição de
matéria-prima na indústria cimenteira. Devido as altas temperaturas a destruição
do resíduo é total e não geram cinzas, uma vez que o material da queima é
incorporado à matriz do clínquer, eliminando a disposição em aterros. Ressalta-se
que não são todos os resíduos que podem ser co-processados.
 Reprocessamento: processo onde existe o reaproveitamento de subprodutos,
oriundos de diversos processos produtivos. Esta técnica baseia-se na fusão de
resíduos após reação química, fazendo com que os produtos obtidos sejam,
geralmente, considerados materiais seguros na produção de matéria-prima para a
fabricação de outros produtos.
 Incineração: consiste no processo de oxidação térmica sob alta temperatura na
qual ocorre a decomposição da matéria orgânica (resíduo), transformando-a em
uma fase gasosa e outra sólida. Onde tem a finalidade de diminuir o volume, peso
ou eliminá-lo e as cinzas serem devidamente dispostas em aterros industriais

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quando for constatado resíduo de alta periculosidade. Na qual deve ser conhecido
o resíduo a ser incinerado devido à poluição dos gases gerados, tendo todas as
medidas e dispositivos de controle.
 Reciclagem: aproveitamento dos detritos que eram considerados lixo e reutilizá-
los no ciclo de produção de onde foram originados. São coletados, processados
para serem utilizados como matéria-prima na manufatura de novos produtos.
 Landfarming: são sistemas de tratamento através das propriedades físicas e
químicas do solo, de intensa atividade microbiana existente neste meio,
promovem a biodegradação, desintoxicação, a transformação e a imobilização
dos constituintes dos resíduos tratados, minimizando os riscos de contaminação.
Os resíduos são tratados com aplicação controlada incorporados na superfície ou
no interior do horizonte superficial do solo, acompanhadas a práticas de manejo e
monitoramento constantes.
 Lixões: representa o método mais primitivo de disposição final de resíduos, o lixo
é descarregado no solo sem nenhum tratamento, ocasionando sérios danos ao
meio ambiente.
 Aterro Classe I: destinam-se os resíduos considerados perigosos de alta
periculosidade. Ex: cinzas de incineradores, resíduos inflamáveis, tóxicos e etc. O
aterro é dotado de uma estrutura capaz de minimizar os riscos de contaminação
do lençol freático, pois é operado com cobertura total a fim de evitar a formação
de percolado devido à incidência das águas pluviais e ainda possui um sistema
de dupla impermeabilização com manta PEAD (polietileno de alta densidade),
protegendo o solo e lençóis de águas subterrâneas. Deve-se estar em
conformidade com a NBR-8418 e NBR-10157 que define as exigências quanto
aos critérios de projeto, construção e operação de aterros industriais classe I.
 Aterro Classe II – A: abrange o destino de resíduos não perigosos e não inertes e
também resíduos domiciliares. Os Aterros Classe II-A possuem as seguintes
características: impermeabilização com argila e geomembrana de PEAD, sistema
de drenagem e tratamento de efluentes líquidos e gasosos e completo programa
de monitoramento ambiental.
 Aterro Classe II – B: destinam-se resíduos inertes. Devido à característica inerte
dos resíduos dispostos, o Aterro Classe II-B dispensa a impermeabilização
dosolo. Esse aterro possui sistema de drenagem de águas pluviais e um

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programa de monitoramento ambiental que contempla o acompanhamento
geotécnico (movimentação, recalque e deformação) do maciço de resíduos.
 Aterros controlados: Esta forma de disposição produz, em geral, poluição
localizada, pois similarmente ao aterro sanitário, a extensão da área de disposição é
minimizada. Porém, geralmente não dispõe de impermeabilização de base
(comprometendo a qualidade das águas subterrâneas), nem sistemas de tratamento de
chorume ou de dispersão dos gases gerados. Este método é preferível ao lixão, mas,
devido aos problemas ambientais que causa e aos seus custos de operação, a qualidade
é inferior ao aterro sanitário.
Essa etapa é de fundamental importância para o consórcio 414, depois das demais
etapas cumpridas, tendo em vista a sua responsabilidade solidária com o destinatário
final.
O mercado disponibiliza várias alternativas para realizar o tratamento de resíduos,
inclusive os contaminados. Os resíduos gerados no consórcio 414 vêm sofrendo todos
os tratamentos adequados que o mercado disponibiliza, sendo estes efetuados por
empresas especializadas contratadas.
7.0. EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Esta Unidade Geradora de Resíduos Sólidos estará realizando entre seus funcionários
e clientes, palestras/debates/campanhas visando à conscientização dos mesmos em
relação ao procedimento que dever ser adotado para a efetivação do processo que
será implantado pelo presente Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos.

Sabe-se que o adubo orgânico de origem animal mais conhecido como esterco é
formado por excrementos sólidos e líquidos dos animais. Sua composição é muito
variada e são fornecedores de nutrientes. No entanto na maioria das vezes este é
descartado. No entanto, eles possuem alto potencial fertilizante, podendo substituir
totalmente a adubação química e com isso vai contribuir de forma bastante satisfatória
para o aumento da produtividade das culturas.

Tal procedimento é importante pois por se tratar de um processo totalmente natural o


solo fica mais enriquecido e assim aumenta a resistência das plantas às doenças,
pragas e para o proprietário trará principalmente benefícios financeiros com esta
utilização do adubo orgânico.
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8.0 - LEGISLAÇÃO APLICÁVEL PARA O PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS

A gestão de resíduos no Brasil é orientada a partir de normas estabelecidas por


diferentes órgãos, dependendo inicialmente do tipo de resíduo.
Segundo Almeida et al., (2004), as políticas ambientais são aquelas políticas que
apresentam uma preocupação explicita quanto à proteção, conservação e uso dos
recursos naturais e do meio ambiente. Essas políticas, expressas na legislação e na
organização institucional correspondente, definem os instrumentos de intervenção do
Estado na administração dos recursos e da qualidade do meio ambiente.
No Brasil, a classificação dos resíduos sólidos segue os critérios da Agência de Proteção
Ambiental Americana (USEPA), com algumas adaptações. Em agosto de 2010 a Lei nº
12.305, institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos, altera a Lei nº 9.605, de 12 de
fevereiro de 1998. A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) apresenta uma
relação de normas relacionadas aos resíduos sólidos:
NORMAS LEGAIS REGULAMENTAÇÃO
Lei N° 6.938, de Agosto de 1981. Dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente.
Lei nº 14.248, de 29 de Julho de 2002. Lei de resíduos sólidos do Estado de Goiás
NBR 10004/2004 Resíduos Sólidos – Classificação
NBR 10005/2004 Lixiviação de Resíduos – Procedimento
NBR 10006/2004 Solubilização de Resíduos – Procedimento
NBR 10007/2004 Amostragem de Resíduos – Procedimento
NBR 12235/1992 Armazenamento de Resíduos Sólidos Perigosos
NBR 7500/2007 Transporte de Produtos Perigosos
NBR 7501/2005 Transporte de Cargas Perigosas
NBR 7503/2008 Ficha de Emergência Para Transporte de Cargas Perigosas
NBR 11174/1990 Armazenamento De Resíduos Classes II (Não Inertes) E III(Inertes)
NBR 13221/2007 Transporte de Resíduos – Procedimento
NBR 13463/95 Coleta De Resíduos Sólidos – Classificação
NBR 12807/93 Resíduos De Serviço De Saúde – Terminologia
CONTRAN N° 404 Classifica a Periculosidade das Mercadorias a Serem Transportada
Res. CONAMA N°06/88 Dispõe Sobre a Geração de Resíduos nas Atividades Industriais.
Res. CONAMA Nº05/93 Estabelece Normas Relativas aos Resíduos Sólidos Oriundos de
Serviços de Saúde,
Portos, Aeroportos, Terminais Ferroviários e Rodoviários.
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Res. CONAMA Nº 275/01 Simbologia dos Resíduos.
Res. CONAMA N° 273/2001 Licenciamento de Posto de Combustíveis.
Res. CONAMA Nº 313/2002 Dispõe sobre o Inventário Nacional de Resíduos Sólidos
Industriais
Res. CONAMA Nº 362/ 2005 Dispõe Sobre Uso, Reciclagem, Destinação Re-Refino de
Óleos Lubrificantes.
NBR 12.235/92 Armazenamento de Resíduos Sólidos Perigosos.
NBR 7.500/00 Símbolos de Risco e Manuseio para o Transporte e Armazenamento de
Materiais
NBR 10.157/87 Aterros de Resíduos Perigosos – Critérios Para Projetos, Construção E
Operação.
NBR 8.418/84 Apresentação de Projetos de Aterros de Resíduos Industriais Perigosos.
NBR 11.175/90 Incineração De Resíduos Sólidos Perigosos – Padrões de Desempenho.
(Antiga NB 1265).
Port. MINTER Nº 53/79 Dispõe Sobre o Destino e Tratamento de Resíduos.
Dec. Federal Nº96. 044/88 Regulamenta o Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos.
Port. INMETRO N° 221/9 Aprova o Regulamento Técnico “Inspeção em Equipamentos
Destinados ao Transporte de
Produtos Perigosos A Granel Não Incluídos Em Outros Regulamentos.”.
Res. CONAMA N° 275/2001 Código de Cores para os diferentes Tipos de Resíduos e
Campanha de Coleta Seletiva.
INSTRUÇÃO NORMATIVA 07/2011SEMARH – GO
Gerenciamento e Disposição final dos resíduos industriais, mineiros industriais e demais
definidas em lei federal 12.305/2010.

20
9.0 – CONCLUSÃO

O Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos do Consórcio 414 foi baseado na


adequação à legislação, na redução de custos, na formação profissional ambientalmente
correta e na melhoria da imagem institucional.
O PGRS tem como objetivo apresentar as práticas implementadas para o gerenciamento
de resíduos sólidos gerados pelo empreendimento, visando sua prevenção e o seu
controle corretivo, dentro do programa de gestão de resíduos.
Minimização da geração de resíduos se constitui numa estratégia importante no
gerenciamento de resíduos e se baseia na adoção de técnicas que possibilitem a
redução de volume e/ou toxicidade dos resíduos e consequentemente, de sua carga
poluidora.
O principal objetivo almejado no programa de minimização engloba a redução da
quantidade de material e energia desperdiçados, a redução de resíduos no
empreendimento e a redução do lançamento dos resíduos no meio ambiente.

21
10.0- Responsável Técnico

Jordana Rodrigues Viana de Oliveira


Engenheira Ambiental
CREA: 1017238154/D-GO

22
11.0 – Bibliografia

Lei N° 6.938, de Agosto de 1981. Dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente.
Lei nº 14.248, de 29 de Julho de 2002. Lei de resíduos sólidos do Estado de Goiás
NBR 10004/2004 Resíduos Sólidos – Classificação
NBR 10005/2004 Lixiviação de Resíduos – Procedimento
NBR 10006/2004 Solubilização de Resíduos – Procedimento
NBR 10007/2004 Amostragem de Resíduos – Procedimento
NBR 12235/1992 Armazenamento de Resíduos Sólidos Perigosos
NBR 7500/2007 Transporte de Produtos Perigosos
NBR 7501/2005 Transporte de Cargas Perigosas
NBR 7503/2008 Ficha de Emergência Para Transporte de Cargas Perigosas
NBR 11174/1990 Armazenamento De Resíduos Classes II (Não Inertes) E III(Inertes)
NBR 13221/2007 Transporte de Resíduos – Procedimento
NBR 13463/95 Coleta De Resíduos Sólidos – Classificação
NBR 12807/93 Resíduos De Serviço De Saúde – Terminologia
CONTRAN N° 404 Classifica a Periculosidade das Mercadorias a Serem Transportada
Res. CONAMA N°06/88 Dispõe Sobre a Geração de Resíduos nas Atividades Industriais.
Res. CONAMA Nº05/93 Estabelece Normas Relativas aos Resíduos Sólidos Oriundos de
Serviços de Saúde,
Portos, Aeroportos, Terminais Ferroviários e Rodoviários.
Res. CONAMA Nº 275/01 Simbologia dos Resíduos.
Res. CONAMA N° 273/2001 Licenciamento de Posto de Combustíveis.
Res. CONAMA Nº 313/2002 Dispõe sobre o Inventário Nacional de Resíduos Sólidos
Industriais

23
Res. CONAMA Nº 362/ 2005 Dispõe Sobre Uso, Reciclagem, Destinação Re-Refino de
Óleos Lubrificantes.
NBR 12.235/92 Armazenamento de Resíduos Sólidos Perigosos.
NBR 7.500/00 Símbolos de Risco e Manuseio para o Transporte e Armazenamento de
Materiais
NBR 10.157/87 Aterros de Resíduos Perigosos – Critérios Para Projetos, Construção E
Operação.
NBR 8.418/84 Apresentação de Projetos de Aterros de Resíduos Industriais Perigosos.
NBR 11.175/90 Incineração De Resíduos Sólidos Perigosos – Padrões de Desempenho.
(Antiga NB 1265).
Port. MINTER Nº 53/79 Dispõe Sobre o Destino e Tratamento de Resíduos.
Dec. Federal Nº96. 044/88 Regulamenta o Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos.
Port. INMETRO N° 221/9 Aprova o Regulamento Técnico “Inspeção em Equipamentos
Destinados ao Transporte de
Produtos Perigosos A Granel Não Incluídos Em Outros Regulamentos.”.
Res. CONAMA N° 275/2001 Código de Cores para os diferentes Tipos de Resíduos e
Campanha de Coleta Seletiva.
INSTRUÇÃO NORMATIVA 07/2011SEMARH – GO
Gerenciamento e Disposição final dos resíduos industriais, mineiros industriais e demais
definidas em lei federal 12.305/2010.

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