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php/SIEPE/article/view/91102

USO DE PLANTAS BIOATIVAS NO CONTROLE DE


DOENÇAS DOS ANIMAIS

● Sergio de Castro
● Taynara Apollo Duarte
● Claudete Izabel Funguetto

Resumo

Plantas medicinais ou plantas bioativas tem sido utilizadas há várias gerações no tratamento de
enfermidades humanas.
Em relação à saúde animal, tem sido feito o resgate de experiências do uso terapêutico de
plantas na agricultura familiar, principalmente pela Emater-RS/Ascar (Empresa de Assistência
Técnica e Extensão Rural do Rio Grande do Sul).

As diversas doenças que acometem animais de produção são responsáveis por elevadas perdas
econômicas porque prejudicam o crescimento dos animais, causam perda de peso, redução no
consumo de alimentos, queda da produção, baixa fertilidade e mortalidade.

Um grande problema com o uso indiscriminado de drogas é o desenvolvimento de resistência


aos medicamentos. Outra questão é o impacto do custo dos medicamentos industrializados e a
demanda de consumidores por produtos orgânicos.
Tendo por objetivo relacionar plantas de interesse na saúde animal foi realizada esta pesquisa
bibliográfica.

Com base nas referências consultadas, foram selecionadas espécies vegetais conhecidas da
população, com relatos de utilização exitosos na saúde animal.

A erva de Santa Maria ou mastruz (Chenopodium ambrosioides) possui indicações como


vermífugo, antiinflamatório para cães, gatos, búfalos e bovinos;

a copaíba (Copaifera langsdorfii), é empregada em afecções de pele e coriza infecciosa das


aves;

o melão de São Caetano (Momordica charantia) é usado como vermífugo, febrífugo, hipotensor
e hipoglicemiante;

a abóbora (Cucurbita pepo) é usada como vermífugo, antiinflamatório dos rins, fígado e baço;

o alho (Allium sativum L.) tem uso como vermífugo, antigripal, antiinfeccioso, digestivo,
estimulante do crescimento em suínos, aves, eqüinos e ovinos;
o nim (Azadirachta indica A. Juss), é recomendado para controle de vermes intestinais,
anti-séptico, antimicrobiano e controle de pragas, diarréias, distúrbios urinários e como
sanitizante no manejo pré e pós ordenha;

a babosa-candelabro (Aloe arborescens), como antiinflamatório e anti-helmíntico. A babosa tem


ação semelhante à dos esteróides, como a cortisona, porém não apresenta os efeitos colaterais
desses medicamentos;

o capim cidreira (Cymbopogon citratus (DC) Stapf.), nos casos de constipação, febre,
inflamação intestinal;

o fedegoso (Senna macranthera), para retenção de placenta, Inflamação no úbere e aborto;

o confrei (Symphytum officinale L. ) no tratamento de feridas inflamadas ou com infecções,


cicatrizante, analgésica (reduz a dor), tônicas (renova a energia) e galactogênicas (aumenta
produção de leite);

a erva-de-bugre (Casearia Sylvestris Sw.), possui ação bactericida na lavagem do úbere e na


desinfecção da sala de ordenha;

a tansagem (Plantago major L.),tem ação antiinflamatória e cicatrizante, além disso, triturada e
colocada na forragem, atua como redutora da mamite;

a carqueja (Baccharis trimera), tem ação bactericida na lavagem do úbere e na desinfecção da


sala de ordenha;

a linhaça (Linum usitatissimum L.), é usada para fazer um gel que protege e fecha o teto após a
ordenha;

o alecrim (Rosmarinus officinalis), possui ação bactericida na lavagem do úbere e na


desinfecção da sala de ordenha.

Após a realização deste estudo, se pode concluir que a utilização de plantas bioativas no
controle de doenças dos animais constitui uma proposta de resgate à cultura e à tradição que
apresenta potencial como método alternativo, sendo eficiente e mais econômico, podendo ser
utilizado na produção orgânica.

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