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DANIEL NOGUEIRA
GEOVANA CONCEIÇÃO
GUSTAVO PASSOS
SARA SANTOS
Salvador
2023
DANIEL NOGUEIRA
GEOVANA CONCEIÇÃO
GUSTAVO PASSOS
SARA SANTOS
Resumo
Visando não somente uma problemática com maior alcance nos últimos meses, mas também
pela sua importância para toda a sociedade brasileira, reunimos dados para favorecer a
preservação do entendimento indígena por meio da educação. Visto que a população indígena é
berço para a nação brasileira e têm se perdido muito de seu cultismo e proceder é crucial a
proeminência de uma adequada educação á esses povos. Apesar dos desafios entende-se que
é algo a melhorar e existem mudanças a serem feitas. Encontramos os pontos chave para a
valorização da cultura indígena, como a qualificação e contratação de professores indígenas
para mais áreas de ensino, facilitando assim o acesso de crianças e jovens a escolas, cursos e
ao mercado de trabalho. Tal prática pode se tornar possível com a abertura de mais concursos
públicos voltado a esse ramo.
SumárioEducação missionária......................................................................................
Educação escolar indígena..........................................................................................
Os desafios atuais..........................................................................................................
Parâmetros de uma política nacional...................................................................
Quando falamos sobre educação indígena, muitos pensam que essa não é uma
necessidade para os povos originários, já que esses têm sua própria cultura. Mas ao
contrário do que se pensa, é importantíssimo que os indígenas estudem justamente
para entender e se preservar toda sua herança histórica. Encontramos assim o motivo
de tanto preconceito e declinação da sociedade sobre esse aspecto. Visto que muitos
têm um olhar preconceituoso sobre esse tema e consequentemente quando um
indígena vai até a área urbana sofre preconceito, bullying entre outras agressões.
Para entender como chegamos ao ponto de desrespeitar um povo que foi fundamental
para a formação do nosso país e devemos ir até o passado e refletir sobre
comportamentos que não deveriam ter acontecido e que se repetem até os dias atuais.
Sendo que ambos os lados tem formas diferentes de enxergar a situação e reagir a elas.
O conceito de educação escolar indígena está intimamente atrelado à história
colonial do Brasil. Trata-se de um processo de epistemicídio, isto é, o
apagamento e desvalorização de suas culturas em detrimento do pensamento
europeu, que correu em paralelo ao genocídio que estes povos sofreram. Por
isso, hoje, a educação escolar indígena, pela Constituição Federal, tem a
perspectiva de garantir a identidade cultural de cada povo que atende e visa
servir como ferramenta aos interesses próprios de cada comunidade.
Educação missionária
Por isso, ela deve ser caracterizada pela afirmação das identidades étnicas,
pela recuperação das memórias históricas e conhecimento dos povos
indígenas e pela revitalizada associação entre escola/sociedade/identidade, em
conformidade aos projetos societários definidos autonomamente por cada povo
indígena.
Os desafios atuais
Nesse contexto, um registro deve ser feito: a educação escolar indígena virou
uma pauta política relevante dos índios, do movimento indígena e de apoio aos
índios. Deixou de ser uma temática secundária, ganhou importância à medida
em que mobiliza diferentes atores, instituições e recursos. Encontros, reuniões
e seminários têm se tornado recorrentes para a discussão da legislação
educacional, de propostas curriculares para a escola indígena, de formação de
professores índios, do direito de terem uma educação que atenda a suas
necessidades e seus projetos de futuro. Hoje não mais se discute se os índios
têm ou não que ter escola, mas sim que tipo de escola.
Todavia, essas definições no plano jurídico ainda encontram-se mais como princípios
do que como práticas que norteiam os processos de efetivação da escola no meio
indígena. Várias são as amarras administrativas que retardam o processo, embora
aqui se possa já vislumbrar um cenário diferente de alguns anos atrás.
A parceria entre Funai e MEC experimentada em anos recentes não resolve o
caráter incongruente da existência de dois órgãos federais voltados ao mesmo
setor, deixando sempre aberta, na duplicidade de incumbências, a
possibilidade de desentendimentos, não só administrativos como de orientação
política. É o que se percebe com o ressurgimento da proposta de federalização
das escolas indígenas, que conta com apoio explícito da atual presidência do
órgão indigenista, e que começa a encontrar ressonância entre alguns
professores indígenas. Duas posições parecem estar se firmando nessa
discussão: a estadualização não surtiu o efeito esperado, então caberia à
União recuperar essa ação, trazendo-a de volta ao órgão indigenista, e a outra
posição partiria do mesmo diagnóstico, da não operacionalização do modelo
estadual/municipal, para sugerir a criação de um sistema federal de educação
indígena. Essa discussão tem aparecido, por exemplo, nas conferências
regionais preparatórias que a Funai realizou em 2005, visando a Conferência
Nacional dos Povos Indígenas, ocorrida em abril de 2006. Seu ressurgimento é
indicativo da insatisfação de vários setores com o tratamento que a educação
indígena recebe por parte dos governos estaduais.
Eco desses adjetivos, que têm mais de 500 anos, o preconceito faz parte do dia a
dia dos índios e interfere diretamente na procura deles por emprego no mercado
de trabalho formal.
“Primeiro era porque eu não tinha a carteirinha do conselho, agora eles dizem
que é preciso ter experiência comprovada em carteira. Mas, como vou ter
experiência se não me dão uma oportunidade?”, questiona a técnica de
enfermagem.
“Temos muitos pais e mães de família sem trabalho e também muito jovens, que
acabam caindo no caminho errado por não ter o que fazer, porque muita gente
pensa que não conseguimos trabalhar”, diz.
Camuflados
Ignorância
Nas escolas, as crianças aprendem que o índio foi substituído pelo negro na
escravidão porque ele era preguiçoso. Existe uma imagem central negativa, de
acusação, sobre o indígena quando somos tratados como incapaz. Somos vistos
como "bugres", infiel e traiçoeiro, deficiente-incapaz, violento-desordeiro e
preguiçoso-vagabundo. Continuamos vivendo marginalizados, excluídos e
abandonados", diz.
Silva é filho de mãe Terena e pai Guarani, formado em direito, ajudou a fundar a
CEAI/OABMS (Comissão especial de Assuntos Indígenas da Ordem dos
Advogados do Brasil, seccional de Mato Grosso do Sul), mas, lembra que
também já teve de ser semi-escravo para sobreviver.
"Em 1974, comecei a trabalhar em uma destilaria na região da aldeia. Foram 14
longos anos de trabalho sem condições saudáveis", relembra o advogado.
Respeito
Além disso, Silva acredita que o apoio do Poder Público à inserção dos índios no
mercado de trabalho, o fomento à atividade autônoma e o estímulo a atividades
empreendedoras individuais dos índios e das comunidades indígenas também
são importantes.
"A prefeitura e o Governo do Estado podem e devem nos auxiliar, para que nós
os índios possamos buscar a qualificação profissional, e a inserção da mão-de-
obra indígena no mercado de trabalho douradense, que nos proporcionará alto
estima, dignidade e inclusão de fato, na construção de uma sociedade mais Justa
e mais Humana", considera.
Coordigualdade