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Pesquisas de Dados

Setor econômico Atividades de Teleatendimento

Os acidentes de trabalho são eventos que podem causar danos físicos,


psicológicos e materiais aos trabalhadores e as empresas. O setor econômico de
teleatendimento que é um dos que mais emprega trabalhadores no Brasil,
principalmente jovens e mulheres. Segundo dados estatísticos são contratados cerca
de 400 mil trabalhadores por ano e estima-se que essa atividade movimente em torno
de R$ 65 bilhões por ano no mercado nacional. Foram registrados no setor de
teleatendimento cerca de 12.264 acidentes de trabalho em 2020, sendo o quarto mais
acidentado entre as atividades econômicas. Além disso, esse setor teve 12 mortes
acidentarias em 2020, tornando-se o sexto setor com maior número de óbitos,
segundo anuários estatísticos de acidentes do trabalho.
Os principais riscos ocupacionais do setor de teleatendimento são os
ergonômicos, os psicossociais e os biológicos. Os riscos ergonômicos estão
relacionados a postura inadequada, repetição de movimentos e falta de pausas e a
inadequação do mobiliário e dos equipamentos, esses fatores podem contribuir para a
aquisição de lesões por esforço repetitivo, conhecida como LER, distúrbios
osteomusculares relacionados ao trabalho (DORT), dores na coluna, nos braços e nas
mãos, entre outros problemas. Segundo o Observatório de Segurança e Saúde no
Trabalho, em 2019, quase 39 mil trabalhadores foram afastados do trabalho devido a
lesões adquiridas no ambiente de trabalho.
Já os riscos psicossociais considerado como doença ocupacional estão relacionados
ao estresse, pressão por metas, à cobrança excessiva, falta de autonomia, assédio
moral, violência verbal dos clientes, entre outros. Esses fatores podem provocar
depressão, ansiedade, transtornos mentais, entre outros problemas. No Brasil tem
crescido muito o número de trabalhadores afetados por depressão e ansiedade,
estima-se que em 2019 foram 13.200 casos de afastamento e segundo a OMS e OIT, 12
bilhões de trabalhadores são perdidos por dia para doenças psicossociais, dados esses
que tendem a aumentar.
E os riscos biológicos estão relacionados a exposição a agentes infecciosos, como
vírus, bactérias e fungos, são fatores que podem causar doenças respiratórias, alergias,
infecções e entre outros problemas. Esse risco de agravou na pandemia com a COVID-
19 no ano de 2020, que exigiu a modificação do trabalho presencial para o trabalho
remoto ou hibrido. Nesse período de dois anos no maior pico da doença, foram
registradas 33 mil CATs e 163 mil afastamentos com casos de COVID-19.
Com base nos dados e na pesquisa feita, é necessário que sejam feitas algumas
implementações para que haja melhorias para os trabalhadores de teleatendimento.
Neste caso é importante que as empresas invistam em medidas preventivas como
equipamento de proteção individual (EPI) e coletivo (EPC), treinamentos, usar móveis
ergonômicos que garanta a saúde e bem-estar físico dos trabalhadores, evitar
exposição imprudente ao risco, como falar ao telefone enquanto estiver digitando,
comunicar incidentes, como dores, desconfortos, lesões ou problemas técnicos ao
supervisor ou ao setor responsável, informa-se sobre a comissão interna de prevenção
de acidentes (CIPA) e participar das atividades de prevenção de acidentes, fazer pausas
regulares para descanso e alimentação.
Também se faz necessário que os empregadores cumpram as normas
regulamentadoras (NRs) e que os trabalhadores conheçam o setor ao qual estarão
sendo inseridos e os ricos a que estão expostos e sigam as orientações de segurança,
além disso, é fundamental que os órgãos fiscalizadores, como os auditores fiscais do
trabalho, atuem com rigor e eficiência para garantir o cumprimento das leis
trabalhistas.

 Comparativos de acidentes de trabalho no setor de


teleatendimento e no Brasil.

Os acidentes de trabalho no setor de teleatendimento tiveram uma


tendência de aumento em 2021, em comparação com 2020, mas com uma
tendência de queda em relação a 2019. Os dados mostram que em 2021 foram
registrados 536.174 acidentes de trabalho em todo o país, um aumento de
15,11% em relação a 2020, quando foram registradas 465.772 ocorrências. No
entanto, em relação a 2019, o número absoluto de acidentes de trabalho
diminuiu 8,64%.
No Brasil o número de acidentes de trabalho e as mortes acidentarias
voltaram a crescer em 2021, após uma queda em 2020 devido a pandemia. Nos
últimos dez anos (2012-2021), 22.954 pessoas morreram em acidentes de
trabalho no Brasil. Apenas em 2021, foram comunicados 571,8 mil acidentes e
2.487 óbitos associados ao trabalho, com aumento de 30% em relação a 2020.

Discentes: Marina de Lima Silva e Carla Stefanny


Curso: Técnico em segurança do trabalho
Turno: Subsequente
Período: Segundo Período

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