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Fortaleza – CE
2023
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ................................................................... 2
2. DESENVOLVIMENTO ...................................................... 2
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................. 6
4. REFERÊNCIAS................................................................... 6
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1. INTRODUÇÃO
No dia 05 de maio, uma equipe, para a realização de seu trabalho para segunda
avaliação da cadeira de Psicopatologia Geral, produzira dois vídeos. Em um deles
possui atuações dos alunos, chamado “psiquiatrização da vida”, e o segundo, sem
título, sobre, como os integrantes se referiram como, formas alternativas de
tratamento. O primeiro vídeo é uma crítica caricatural sobre os excessos de
diagnósticos, principalmente também sobre a consequente medicalização dos
sofrimentos psíquicos. Já o segundo vemos uma continuação da crítica com base não
só dos medicamentos, mas também do esquecimento das alternativas, e como elas
também podem ser importantes para o processo de melhora.
2. DESENVOLVIMENTO
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orquestrar os preços ao redor do mundo (GØTZSCHE, 2016). Com esse esquema, a
empresa obteve um rendimento, apenas nos Estados Unidos, de 3,3 bilhões de dólares
(GØTZSCHE, 2016). Infelizmente essa história é verdade e a empresa chegou a pagar
1 bilhão de dólares para encerrar as acusações e apenas dois executivos foram presos
por 4 meses (GØTZSCHE, 2016). Além da Roche, temos empresas que ficaram mais
conhecidas durante a época da pandemia aparecendo em escândalos corporativos,
como a Pfizer, AstraZeneca e Johnson & Johnson, todas com histórias parecidas com a
empresa suíça já citada. Esses casos acontecem até os dias de hoje e como diz
Gøtzsche (2016): “o crime corporativo é comum e ... os delitos são implacavelmente
executados, com gritante desrespeito pelas mortes e outros danos”.
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poucos interessados indubitavelmente com a saúde mental do paciente e com o
processo que aquele paciente deve ter. Gøtzsche, em seu livro, traz mais um assunto
interessante que são psiquiatras que trocam o medicamento do paciente por propina.
Muitos psiquiatras colocam um medicamento “básico” para o paciente, depois de
algumas sessões, os profissionais corruptos, de forma combinada com as corporações
farmacêuticas, intrujem as prescrições para os medicamentos daquela empresa
(GØTZSCHE, 2016). No mesmo capítulo que se trata esse assunto, ele traz o exemplo
da insulina, onde a Novo Nordisk estava envolvida em um desvio de pacientes, porém
nada foi feito.
Nas produções realizadas pela equipe, composta por João Pedro, Carmen,
Juliana, Barbara, Marina, Nivea e Melina, foram retratadas situações sobre
diagnósticos e a medicalização. O primeiro vídeo começa com um médico em seu
consultório esperando a paciente, quando a paciente chega percebemos ela com uma
postura curvada e cabeça baixa. O médico começa falando que é um especialista em
sofrimento e que vai melhorá-la com evidências científicas. Nessa parte podemos ver
um tratamento inicial muito biomédico, e com a tentativa de parecer ser inteligente e
que irá resolver os problemas da paciente de forma super eficiente. Isso é algo que fica
bem evidente no vídeo, porém em um atendimento real isso acontece de forma mais
discreta. Após essa fala, o doutor pergunta: “O que você deseja consumir hoje?”, um
claro deboche sobre como a medicalização na área psiquiatra está atualmente. Quando
a paciente vai contando sua história, o médico sempre a interrompe dizendo que ela
pode ser o número X ou Y do manual (DSM-V). Sem a paciente acabar a história, ele
prescreve um medicamento e a diagnóstica com depressão. As outras representações
de outros casos psiquiátricos possuem o mesmo padrão: um atendimento muito
biomédico sem uma escuta adequada, sempre como base o manual e um descuido com
o diagnóstico. Este vídeo representa perfeitamente o ambiente de uma consulta com
um psiquiatra, deixando claro que não estamos falando de todos, mas da maioria.
Gøtzsche (2016), fala sobre um rastreamento de transtornos mentais, onde para deixar
com que as pessoas sejam colocadas como loucos é preciso localizar sintomas, e o
DSM-V ajuda nisso. No vídeo, o médico passa todas as consultas rastreando sintomas
para encontrar uma classificação adequada, e após disso passando um
medicamento de acordo com aquela categorização. Por essas características
demonstradas que Gøtzsche (2016) ressalta no título de um capítulo e em diversas
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outras partes: “Psiquiatras são traficantes de drogas altamente eficazes”. Além do
mais, com as descrições que o médico dava para encontrar uma classificação, você
acaba que se identificando com muitas. E, voltamos a perguntar: O que é normal e o
que é patológico?
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que fiquei intrigado. Nós psicólogos em formação e até mesmo os já graduados, não
devemos atribuir nossa religião para o outro, principalmente em atendimento.
Obviamente depende de um contexto, mas, na minha opinião, não concordo em
defender uma religião específica em uma situação de tratamento. Também discordo
em defender a constelação familiar, onde, em meu entendimento, é uma terapia
alternativa que não possui comprovação cientifica e que existem diversos casos de
surtos durante as terapias.
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A ideia do vídeo foi muito interessante, pois a crítica realizada, além de estar em
uma conexão com o conteúdo, podemos ver de forma clara como é um
atendimento psiquiátrico de forma caricata. E, a oportunidade desta atividade de
podermos relacionar com o conteúdo fez com que obtivesse um olhar mais crítico
para tal assunto. Porém, no final ainda ficam dúvidas, como: sou normal? Posso
confiar em um psiquiatra? Mas também fica uma afirmação: Sou mais que uma
classificação de um livro.
4. REFERÊNCIAS