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MITO, REALIDADE OU
APENAS MAIS UMA
OPÇÃO CLÍNICA?
José Vitor Quinelli Mazaro
Adriana Cristina Zavanelli
Rodrigo Sversut de Alexandre
José Olavo Mendes
Rosse Mary Falcón Antenucci
Ricardo Alexandre Zavanelli
INTRODUÇÃO
As cerâmicas odontológicas têm passado por várias modificações nos últimos anos, ten-
do em vista as necessidades clínicas e o desenvolvimento tecnológico. Desde a introdução
das primeiras coroas de cerâmica feldspática por Land,1 seguida pela adição de óxido de
alumínio (Al2O3), em 1965, por McLean,2 visando a melhorar as propriedades mecânico-físi-
cas das cerâmicas, a literatura tem demonstrado múltiplos materiais e sistemas all-ceramic.
Em razão da grande variedade de sistemas cerâmicos e da velocidade com que novos produ-
tos são lançados, a escolha do sistema cerâmico pelo clínico pode gerar dúvidas, pois não
existe um único material ou sistema cerâmico para todas as situações clínicas. A seleção do
sistema cerâmico e a indicação clínica deverão ser feitas com base em critérios como:3,4
§ resistência flexural;
§ grau de translucidez;
§ métodos de processamento;
§ composição;
§ sensibilidade ao ácido (condicionável) e tipo de cimentação;
§ microestrutura;
§ resistência à fratura;
§ desgaste do antagonista;
OBJETIVOS
Ao final da leitura deste artigo, o leitor será capaz de
§ reconhecer as possibilidades de fabricação de coroas monolíticas por meio de dife-
rentes cerâmicas odontológicas;
§ identificar indicações, vantagens e desvantagens de cada sistema cerâmico.
ESQUEMA CONCEITUAL
Classificação das cerâmicas
Discussão
Conclusão
Feldspáticas Alumina
Alumina e
magnésio
Cerâmicas Infiltradas
Alumina e zircônia
vítreas por vidro
À base de leucita
Dissilicato de lítio
Sintéticas
e derivados
À base de
Alumina fluorapatita
Cerâmicas
odontológicas e
cerâmicas híbridas
Zircônia
estabilizada
Cerâmicas
policristalinas
Zircônia reforçada
por alumina
Alumina reforçada
por zircônia
Resina
nanocerâmica
Apesar de a cerâmica de cobertura ser utilizada primeiramente por razões estéticas, ela
possui um papel importante no comportamento mecânico da restauração.17 A resistência
flexural e a tenacidade à fratura das restaurações bilaminadas depende da camada de reves-
timento, pois a trinca começa nas superfícies dessa camada.18
Com o avanço das técnicas de confecção das restaurações totalmente em cerâmica, foram
criadas as restaurações monolíticas, que são peças confeccionadas inteiramente com um
único tipo de cerâmica e no mesmo momento. Com essa técnica, a camada de revestimento
ou cobertura é eliminada, o que reduz o tempo de fabricação e aumenta consideravelmente
a resistência ao lascamento e à fratura. Assim, não há mais problemas relacionados com a
união entre as camadas, e a espessura do material que confere resistência fica maior, pro-
porcionando desgastes dentários com finalidade protética mais conservadores. No entanto,
a estética e a menor diversidade de cores para esse tipo de restauração estão entre os prin-
cipais fatores limitantes em relação ao seu uso.
Cerâmicas acidorresistentes
890
Cerâmicas acidossensíveis
650
550
440
390
Óxido
180 Alumina
Alumina/zircônia densamente de
Alumina infiltrada zircônio
110 sinterizada
Dissilicato infiltrada por vidro estabilizado
Leucita de lítio por vidro por
Feldspática ítrio
As cerâmicas mais utilizadas para confecção das restaurações monolíticas pela técnica de
injeção são as cerâmicas de dissilicato de lítio na forma de ingots (IPS e.max Press – Ivo-
clar) que apresentam cor (ex.: A1, A2, A3, B1) e translucidez (HT – high translucent; LT – light
translucent; MO – medium opacity; HO – high opacity) previamente selecionadas mediante
a cor do substrato dental. Normalmente, são utilizados os ingots HT e LT, pois facilitam a
definição de profundidade óptica por meio da técnica de maquiagem, na qual as restaura-
ções monolíticas são personalizadas.
Atualmente, há maior diversidade de sistemas cerâmicos que podem ser fresados para ob-
tenção de restaurações monolíticas (Figura 4).
CAD CAM
Figura 4 – Classificação das cerâmicas fresadas pela tecnologia CAD/CAM.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
Correlacionando as Figuras 3 e 4, é possível notar que a maior parte das cerâmicas fresadas
para obtenção de restaurações anatômicas (monolíticas) são cerâmicas vítreas e cerâmi-
cas híbridas (Figura 4 – área azul). As cerâmicas com alto conteúdo vítreo, como os blocos
de cerâmica feldspática (Vita Triluxe, Sirona Blocks), apresentam, como vantagem, as pro-
priedades ópticas de reflexão de luz similar à do dente natural, o que favorece os resultados
estéticos (Figuras 5A-J, 6A-G e 7A-F), apesar da sua baixa resistência flexural.
D E F
G H I
Figura 5 – A) Aspecto inicial – notar a linha de fratura no terço cervical do dente 11. B) Dente 11, com
tratamento endodôntico, preparado para coroa total após reconstrução com pino de fibra e reconstrução da
porção coronária com resina composta. C) Coroa total monolítica feldspática fresada – Bloco Vita Mark Vita
Triluxe – após escaneamento intraoral (Cerec Bluecam – Sirona). D) Primeira prova da peça na boca com pasta
try-in. E) Início dos ajustes por estética de mimetismo. Demarcação das arestas delimitadoras das áreas de
reflexão óptica. F) Delimitação das áreas de sombra proximais. G) Marcação dos zênites gengivais. H) Orien-
tação do longo eixo dental para escultura. I) Acréscimo das linhas horizontais de reflexão cervical e incisal.
J) Demarcação da área incisal de terceira inclinação.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
D E F
Figura 6 – A) Vista lateral direita após ajustes da área de reflexão plana. B) Vista lateral esquerda mostrando
a simetria da terceira inclinação (terço incisal) entre os dentes 11 e 21. C) Áreas de reflexão plana vestibular e
proximal ajustadas. D) Demarcação das protuberâncias palatinas – dente 11. E) Comparação dos contornos e
proeminências palatinas entre os dentes 11 e 21 para ajustes de contorno. F) Vista frontal da coroa monolítica
no dente 11 em cerâmica feldspática (Vita Triluxe) após ajustes anatômicos por conceito de mimetismo. G)
Vista lateral da coroa monolítica no dente 11. Notar a demarcação de texturas verticais e horizontais.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
D E F
Figura 7 – A) Fotografia com escala de cor para orientação da maquiagem da coroa monolítica do dente
11. B) Após maquiagem, a coroa monolítica do dente 11 foi cimentada adesivamente com cimento resinoso
Variolink II (Ivoclar Vivadent). C) Aspecto final da coroa monolítica em cerâmica feldspática (Vita Triluxe) no
dente 11. D) Vista lateral direita da coroa finalizada no dente 11. E) Vista lateral esquerda. Notar a harmonia
de textura entre a coroa do dente 11 e o dente 21. F) Harmonia do sorriso e relação com os lábios.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
Diante das vantagens ópticas das cerâmicas vítreas e da evolução aliada a novas tecnologias,
o desenvolvimento de cerâmicas vítreas de alta resistência (210 a 540MPa) para confecção
de restaurações monolíticas é uma alternativa aos sistemas cerâmicos feldspáticos ou refor-
çados por leucita, que apresentam baixa resistência flexural (130 a 160MPa).27,28 De acordo
com Sartori e colaboradores, as cerâmicas vítreas de alta resistência para CAD/CAM podem
ser classificadas em reforçadas por dissilicato de lítio ou de silicato de lítio reforçadas com
dióxido de zircônio.29
D F
H I
J K
Figura 8 – A) Dente 16 preparado para coroa total com fio retrator em posição, embebido em solução
hemostática à base de cloreto de alumínio (ViscoStat Clear – Ultradent), devidamente preparado para molda-
gem funcional. B) Jateamento do preparo no modelo funcional com spray de contraste para leitura óptica por
meio do escâner. C) Escaneamento do dente preparado. D) Imagens adquiridas imediatamente após a leitura
óptica do modelo funcional, no software do sistema CEREC 3 (Sirona). E) Escaneamento do arco antagonista.
F) Imagens obtidas imediatamente após a leitura óptica do modelo antagonista. G) Escaneamento dos mode-
los em oclusão. H) Imagem obtida da relação de oclusão em máxima intercuspidação habitual (MIH). I) Notar
a imagem ao centro da relação de oclusão do paciente e os arcos superior e inferior separadamente. J) Por
movimento de “arrasto”, o registro oclusal é justaposto primeiramente ao arco superior até que o programa
identifique a correlação entre as imagens. K) Interposição do arco inferior à imagem do registro e correlação
das imagens pelo software. Tem-se, nesse instante, os modelos virtuais em relação de oclusão tridimensional.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
D E F
G H I
J K
Figura 9 – A) Seleção da área de troquel a ser trabalhada. B) Dente preparado e isolado no modelo. C) Vista
oclusal de delimitação do término cervical no troquel virtual. D) Vista lateral de delimitação do término cervi-
cal no troquel virtual. E) Determinação do eixo de inserção da coroa pelo software. F) Ajuste do espaçamento
entre a coroa e o terço médio-oclusal do preparo para linha de cimentação. G) Coroa do dente 16 projetada
pelo software CEREC 3 (Sirona). Notar as áreas azul e verde na oclusal mostrando a intensidade do contato
oclusal. H) Ajuste do contorno palatino da coroa. I) Observar o ajuste de contorno vestibular da coroa compa-
tível com os dentes adjacentes. J) Vista oclusal da coroa total monolítica do dente 16 projetada no software.
K) Ajuste da peça no bloco virtualmente.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
D E F
Figura 10 – A) Instalação na máquina de fresagem (fase CAM) do Bloco IPS e.max CAD na cor e translucidez
previamente selecionadas. B) Fresagem da coroa total pela unidade fresadora – sistema CEREC (Sirona). C)
Vista oclusal da coroa total imediatamente após a fresagem. D) Vista interna da coroa total imediatamente
após a fresagem. E) Prova da peça no modelo ainda com o suporte de fresagem do bloco. F) Vista oclusal da
coroa ajustada no modelo funcional. G) Vista vestibular em oclusão da coroa ajustada em MIH.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
D E F
G H I
J K L
Figura 11 – A) Início da fase de maquiagem da peça com stains (kit e.max Ivoclar Vivadent). B) Notar que, até
esse momento, a restauração apresenta a cor azul, pois a peça se encontra na fase de metassilicato de lítio.
C) Ajuste do forno para ciclo de cristalização da coroa monolítica de IPS e.max, em que ocorrerá a mudança
de fase de metassilicato de lítio para dissilicato de lítio. D) Após a cristalização da peça, notar que ela adquire
o aspecto da cor previamente selecionada no bloco de fresagem CAD/CAM. E) Após o término da maquia-
gem, a peça encontra-se coberta com glaze. F) Ajuste do ciclo para queima do glaze. G) Peça imediatamente
após o glazeamento. H) Vista oclusal da coroa monolítica de dissilicato de lítio – IPS e.max (Ivoclar Vivadent).
I) Vista interna da coroa monolítica de dissilicato de lítio – IPS e.max (Ivoclar Vivadent). J) Vista oclusal no
modelo funcional da coroa monolítica de dissilicato de lítio – IPS e.max (Ivoclar Vivadent). L) Aspecto oclusal
após cimentação adesiva da coroa monolítica de dissilicato de lítio no dente 16. M) Relação de oclusão após
cimentação da coroa monolítica no dente 16.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
Entre todos os sistemas cerâmicos citados, nota-se que, mediante a evolução tecnológica,
há, atualmente disponíveis, vários sistemas cerâmicos que possibilitam a confecção de res-
taurações monolíticas. Cabe ao clínico identificar suas peculiaridades e indicá-los para as
diferentes situações clínicas.
DISCUSSÃO
A cerâmica com dissilicato de lítio possui boas propriedades clínicas, tais como resistên-
cia à flexão de, aproximadamente, 350 a 400MPa e resistência à fratura de 3,2MPam1/2.31
O dissilicato de lítio, processado pelo sistema CAD/CAM (IPS e.max CAD) ou pelo sistema
prensado (IPS e.max), pode ser utilizado tanto para confecção de coroas monolíticas quanto
como infraestrutura para estratificação.19,32 A alta resistência do material permite uma apli-
cação versátil, como na fabricação de coroas unitárias na região anterior e posterior, com
cimentação convencional ou adesiva.33
No que tange à indicação para confecção de uma peça monolítica ou estratificada, indepen-
dentemente da composição da cerâmica, devem ser considerados fatores como:4
§ estética;
§ característica do substrato para cimentação;
§ característica das forças que atuarão sobre a restauração;
§ natureza do elemento antagonista.
Para as reabilitações totais de paciente com perda de dimensão vertical de oclusão, em vir-
tude de hábitos parafuncionais, têm sido indicadas as coroas parciais monolíticas de dis-
silicato de lítio (table top), tanto no seguimento anterior como posterior. A sua capacidade
de adesividade e alta translucidez, obedecendo ao princípio da preservação da estrutura
dentária com preparos minimamente invasivos associados às cerâmicas adesivas, favorece a
resistência mecânica e ao desgaste, bem como a longevidade da reabilitação.
Nos casos de PPFs, o local mais suscetível à fratura são as regiões dos conectores. In-
dependentemente da utilização de cerâmica monolítica ou estratificada, deve haver,
na região de conectores, uma área de secção de 16mm2 para o dissilicato de lítio e
9mm2 para a zircônia.44 Dentro dessas primícias, é possível dizer que, inevitavelmente,
as PPFs estratificadas necessitarão de maior espaço para confecção de conectores com
espessura adequada, que, posteriormente, serão revestidos.
Uma questão adicional a ser considerada seria a influência da dureza superficial das coroas
monolíticas sobre o desgaste da superfície dental e a dificuldade de ajuste oclusal. Amer e
colaboradores35 compararam três cerâmicas: Y-TZP, dissilicato de lítio e porcelana feldspática
convencional de baixa fusão. Foi avaliada a rugosidade da superfície oclusal contra o esmalte
dental após ciclos mastigatórios repetitivos.
Alguns problemas inerentes à técnica de confecção podem ocorrer também para as coroas
monolíticas. Os principais são a falta de ponto de contato proximal, a desadaptação mar-
ginal e o inadequado perfil anatômico. Tais problemas estão relacionados a distorções ad-
vindas da técnica de moldagem e confecção dos modelos de gesso ou da falta de habilidade
técnica do protético.
Uma dica importante com relação à técnica de moldagem é utilizar materiais com boa flui
dez para reprodução adequada e precisa dos preparos. Contudo, alguns sistemas cerâmicos
para confecção de peças monolíticas permitem a correção de pequenos problemas com
o uso de cerâmicas de baixo ponto de fusão (ex. IPS e.max CAD Crystall/Add-On). Essa
técnica, no entanto, promoverá um reparo por estratificação, alternando a característica
inicial de monolítica. Assim, o clínico deverá julgar se a região a ser reparada comprometerá
substancialmente as propriedades mecânicas da restauração ou se será necessária uma nova
moldagem e a confecção de outra restauração.
Os sistemas de cerâmicas híbridas não são passíveis de reparos por acréscimo de mate-
rial, necessitando, inevitavelmente, ser substituídos nessas situações.
ATIVIDADE
9. Com relação às cerâmicas vítreas de alta resistência reforçadas por dissilicato de lítio
para CAD/CAM, assinale V (verdadeiro) ou F (falso).
( ) Um exemplo de cerâmica vítrea reforçada por dissilicato de lítio com resistência
flexural de 360MPa e tenacidade de 2MPam1/2 são os blocos de IPS e.max CAD.
( ) Segundo resultados clínicos, a taxa de longevidade de restaurações monolíticas
confeccionadas com cerâmicas vítreas reforçadas por dissilicato de lítio é de 97%
após sete anos.
( ) Quando a peça se encontra na fase de dissilicato de lítio, a restauração apresenta a
cor azul.
( ) Na presença de grandes ajustes decorrentes de interferências oclusais, toda a ma-
quiagem da peça é removida pela broca, sendo, muitas vezes, necessário reesculpir
e fazer novamente a maquiagem.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta.
A) V – F – V – V.
B) F – V – V – F.
C) V – F – F – V.
D) V – V – F – V.
Resposta no final do artigo
10. Qual técnica de cimentação deve ser escolhida para as coroas e peças protéticas parciais
confeccionadas com dissilicato de lítio?
A) Adesiva/cimento resinoso.
B) Provisória/cimento de hidróxido de cálcio.
C) Convencional/cimento de fosfato de zinco.
D) Provisória/ionômero de vidro.
Resposta no final do artigo
13. Para as reabilitações totais de paciente com perda de dimensão vertical de oclusão, em
virtude de hábitos parafuncionais, têm sido indicadas, tanto no seguimento anterior
como posterior, as coroas parciais monolíticas de:
A) alumina.
B) dissilicato de lítio.
C) zircônia.
D) fluorapatita.
Resposta no final do artigo
CONCLUSÃO
As restaurações monolíticas apresentam-se como opção real para a resolução de casos en-
volvendo coroas totais all-ceramic, facetas, inlay, onlay, overlay, PPF sobre dente e sobre
implante. A cimentação adesiva das cerâmicas vítreas monolíticas é fundamental para o
sucesso longitudinal de restaurações conservadoras e minimamente invasivas.
Atividade 2
Resposta: D
Comentário: As cerâmicas híbridas apresentam partículas cerâmicas dispersas em uma
matriz polimérica, tornando-as menos resistentes ao desgaste e com maior absorção das
cargas oclusais.
Atividade 3
Resposta: B
Comentário: A alumina pode ser empregada na confecção de cerâmicas vítreas e policristali-
nas. A zircônia estabilizada é empregada na confecção de cerâmicas policristalinas. A resina
nanocerâmica é empregada na confecção de cerâmicas híbridas.
Atividade 5
Resposta: D
Comentário: Um lascamento da cerâmica que reveste o copping pode ocorrer em qualquer
sistema cerâmico que emprega tal tecnologia.
Atividade 6
Resposta: C
Comentário: As coroas monolíticas podem ser confeccionadas com cerâmicas de alta trans-
lucidez e diferentes cores (ex.: sistema e.max).
Atividade 7
Resposta: C
Comentário: A escolha de cerâmicas adesivas acidossensíveis resulta da necessidade de unir
adesivamente a restauração cerâmica ao abutment ou remanescente.
Atividade 8
Resposta: B
Comentário: As cerâmicas acidorresistentes normalmente são fresadas como infraestruturas
de coroa total, PPF, prótese sobre implante e abutments personalizados.
Atividade 9
Resposta: D
Comentário: Quando a peça se encontra na fase de metassilicato de lítio, a restauração
apresenta a cor azul. Após a cristalização da peça, com a mudança de fase de metassilicato
de lítio para dissilicato de lítio, ela adquire o aspecto da cor previamente selecionada no
bloco de fresagem CAD/CAM.
Atividade 11
Resposta: A
Comentário: Baixa translucidez e fluorescência são as propriedades ópticas das cerâmicas
vítreas de alta resistência à base de silicato de lítio reforçado com dióxido de zircônio.
Atividade 12
Resposta: A
Comentário: A Y-TZP apresenta propriedades mecânicas significativamente maiores do que
as de todos os outros materiais cerâmicos. A cerâmica policristalina é melhor indicada para
as restaurações extensas ou em regiões posteriores, com presença de pônticos, ou peças
com conexões sobre implantes. A cerâmica feldspática, em contato com o esmalte, torna-se
mais rugosa em virtude de microfraturas da superfície.
Atividade 13
Resposta: B
Comentário: A capacidade de adesividade e alta translucidez das coroas parciais monolíticas
de dissilicato de lítio, obedecendo ao princípio da preservação da estrutura dentária com
preparos minimamente invasivos associados às cerâmicas adesivas, favorece a resistência
mecânica e ao desgaste, bem como a longevidade da reabilitação.
Atividade 14
Resposta: C
Comentário: As PPFs estratificadas necessitarão de maior espaço do que as monolíticas para
confecção de conectores com espessura adequada, que, posteriormente, serão revestidos.
O índice de delaminação das restaurações cerâmicas monolíticas é menor do que o das
restaurações estratificadas.
Atividade 15
Resposta: A
Comentário: Uma vez que, em PPFs, o local mais suscetível à fratura são as regiões dos co-
nectores, deve haver uma área de secção de 16mm2 para o dissilicato de lítio e 9mm2 para
a zircônia.
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