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Ficha de resumo

1. Dados bibliográficos

Autor: Mia Couto.

Título: Venenos de Deus, Remédios do Diabo.

Editora: Ndjira.

Colecção: Ondas do Índico.

Lugar e data de edição: Lisboa, 2008.

2. Dados sobre a obra


2.1. Género: Roamance
2.2. Tema principal: Amor inocente, traição e o desgosto de saber da
verdade.
2.3. Personagens: Sidónio Rosa, Bartolomeu Sozinho, Dona Munda (esposa
de Bartolomeu e mãe de Deolinda), Deolinda Sozinho, Alfredo Suacelência.
2.4. Lugar e Tempo de acção: Vila Cacimba.
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Resumo

Venenos de Deus, Remédios do Diabo

A Imaginação é a memória que enlouqueceu (Mário Quintana)

O presente romance, pertencente ao autor moçambicano Mia Couto, narra uma história
que terá acontecido na Vila Cacimba, isto em Cabo Delgado.

O romance inicia-se com a visita do médico Sidónio Rosa visitando a casa dos Sozinho,
pais da sua amada Deolinda, a quem ele conheceu e teve um caso em Lisboa (terra natal
de Sidónio). Sidónio e Deolinda conheceram-se em Lisboa, quando Deolinda ia para
uma formação em Portugal, eles conheceram-se e apaixonaram-se, porém Deolinda teve
de voltar à sua terra natal, deixando Sidónio em Portugal.

O Português, que era médico, acabava de chegar a África. Ele vinha em busca de
Deolinda. Antes porém, Deolinda e Sidónio iam trocando cartas e mais cartas, até que
um dia as cartas de Deolinda pararam de chegar, o que ele não sabia era que Deolinda
estava morta por isso é que as cartas já não mais chegavam.

Tempo depois, Sidónio aterra em terras africanas, estava decidido a levar a sua amada.
Mas chegando à aldeia, os pais de Deolinda disseram-lhe que ela havia viajado para
uma capacitação fora da região e que não sabiam quando poderia ela regressar. Com o
passar do tempo Sidónio, que era já o único médico da Vila, ia recebendo cartas
forjadas pelos pais de Deolinda, pois, como referido anteriormente, Bartolomeu e
Munda não disseram ao “Mezungu” que Deolinda estava morta.

Com o tempo, Sidónio ia visitando os sogros com mais frequência, e tratando da saúde
do seu sogro, que mais parecia um cadáver ambulante. Bartolomeu era um homem
rabugento, que ficava a maior parte do tempo enclausurado em seu escuro e sombrio
quarto, ele acreditava ter escamas e se estava parecendo a um lagarto.

Dona Munda odiava Bartolomeu, porque o culpava de todos os males que recaiam sobre
a família, e o culpava pela morte da sua querida Deolinda. Pois ela sabia de muitas
coisas a respeito de seu marido que fez com que eles ficassem “juntos, mas separados”.
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Tempos depois, Sidónio descobre que Deolinda estava morta, e não de viagem como lhe
haviam dito. Ele descobriu isso algum tempo depois de Bartolomeu mencionar o nome
de Deolinda enquanto deitava-se com uma “garota de programa”.

A esta altura, iam-se descobrindo segredos que envolviam a família dos Sozinho e
Alfredo Suacelência, o administrador da vila. Deolinda tinha sido violada na sua
adolescência pelo pai, e dona Munda acusava Alfredo por tal acto.

Tempos depois, Dona Munda envenena Alfredo Suacelência, e para o médico foi a gota
de água, pois ele já estava cansado de esperar a sua amada e agora poderia ser acusado
de tentativa de assassinato por causa dos actos de dona Munda.

Mas antes que ele fosse embora, Dona Munda confessou que Deolinda estava morta e
que as cartas que ele recebia eram forjadas por ela e seu marido, deixando o português
sem palavras nem acções, pois estava envolto a tanta mentira.

Uma outra surpresa foi quando Suacelência contou ao médico que Deolinda era cunhada
do mecânico reformado, e não filha dele como se fizera acreditar na Vila. Bartolomeu e
Munda não podiam ter filhos, então eles levaram a irmã de Munda e fizeram-na passar
por filha deles.

Quando Deolinda regressou de Portugal, ela havia contraído uma doença venérea e de
transmissão sexual. Em jeito de Vingança, Deolinda assediou e deitou-se com o seu
“Pai”.

Depois de descobrir toda trama orquestrada pelos pais de Deolinda para o enganar e
extorquir, o português viu-se obrigado a voltar para a sua terra, de onde, se calhar,
nunca deveria ter saído.
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3. Avaliação pessoal
3.1. Explicitação do título: A obra narra a história de um homem branco
(português) que era apaixonado por uma rapariga africana. A rapariga regressa a
terra natal e ele se vê obrigado a ir ao encontro dela, o que ele não sabia era que
a rapariga estava morta.
3.2. Interesse geral e particular da obra: Escolhi a obra pelo facto de esta
contar uma história de amor muito contagiante e faz o leitor viajar não
imensidão do que mente humana é capaz de fazer, não só, como também o facto
de Mia Couto ser um ícone da literatura moçambicana e um grande romancista.
3.3. Selecção do excerto que mais gostei: “O fulano nunca sabe nada. Quem
não sabe de nada sempre desconfia de tudo.”
3.4. Classificação da obra: 14 pontos.

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