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Geologia 10º

A Terra e os seus subsistemas em interação

O Universo é constituído por sistemas, que podem ser classificados em:


- sistemas abertos, se trocam matéria e energia
- sistemas fechados, se trocam apenas energia
- sistemas isolados, se não efetuam qualquer troca.

Um sistema e, por consequência, um subsistema podem definir-se como um conjunto


de elementos em interação que formam um todo complexo.
Uma vez que o sistema Terra efetua, basicamente, trocas de energia com o meio
exterior, não sendo significativas as trocas de matéria, considera-se a Terra como um
sistema fechado.
A Terra pode também considerar-se como um sistema composto, uma vez que é o
resultado da interação de vários subsistemas abertos.

Subsistemas terrestres

A hidrosfera integra toda a água existente à superfície terrestre, ou perto dela, no


estado sólido (criosfera) e líquido.
Do total da água, apenas 0,03% são movimentados cada ano através de fenómenos
associados ao ciclo da água.
Esse movimento, gerado através da energia solar que atinge a Terra, é, em grande
parte, responsável pela notável alteração da superfície da geosfera.
Precipitação –
Evaporação –
Evapotranspiração –
Condensação –
Infiltração –

A atmosfera é um subsistema de natureza essencialmente gasosa que envolve todo o


globo terrestre.
É constituída por uma mistura de gases que integra fundamentalmente azoto (78%),
oxigénio (21%), dióxido de carbono (0.03%) e outros (0.97%).
A sua primeira camada (troposfera) constitui um sistema complexo e dinâmico que
mantém as condições favoráveis à existência da vida na Terra. A camada seguinte
(estratosfera) é caracterizada pela presença do ozono, um gás importante na filtração
de parte da radiação ultravioleta.
Este subsistema estende-se até cerca de 500 km de altitude, com progressiva
diminuição dos valores de pressão, temperatura e densidade.

A geosfera corresponde à parte superficial sólida da Terra, bem como às várias zonas
do seu interior que se diferenciam, quer quimicamente, quer sob o ponto de vista
físico. A geosfera constitui um sistema cujo dinamismo se manifesta de formas tão
variadas como os movimentos das placas tectónicas e os fenómenos vulcânicos e
sísmicos.

A biosfera corresponde ao subsistema que integra todos os seres vivos existentes na


Terra, bem como toda a matéria orgânica que ainda não foi decomposta.

Interação dos subsistemas o que é preciso saber sobre isto?

Atmosfera – Hidrosfera
- a água é transferida por evaporação e precipitação, num processo que envolve trocas
de energia
- os gases da atmosfera estabelecem equilíbrio com os gases dissolvidos na água,
através de trocas constantes

Biosfera – Atmosfera
- os processos fotossintéticos e respiratório resultam na troca de O 2 e CO2 entre os dois
subsistemas. Para além destes, outros gases biogénicos são libertados, como metano e
azoto.
- a camada de ozono, situada na estratosfera, contribui para a absorção da radiação
ultravioleta, permitindo a existência de vida à superfície dos continentes
Geosfera – Hidrosfera
- a água é um dos agentes de alteração química e mecânica das rochas, permitindo a
sua fragmentação e subsequente formação do solo
- enquanto agente de transporte de sedimentos, a água pode alterar
significativamente os contornos da superfície da Terra

Biosfera – Geosfera
- a biosfera e a geosfera estão intimamente ligadas através dos solos, que permitem a
sustentação física e a nutrição das plantas
- é a geosfera que fornece os nutrientes minerais que são transportados em solução
para os oceanos e usados pelas algas
- a atividade das plantas, como o crescimento radicular ou a produção de ácidos
orgânicos, contribui para a alteração das rochas

Biosfera – Hidrosfera
- a biosfera não existiria sem água líquida. A água funciona como veículo de nutrientes
solúveis necessários ao desenvolvimento dos seres vivos, ou como veículo de produtos
tóxicos resultantes do metabolismo celular
- a água é o constituinte fundamental dos seres vivos, que a conseguem a partir do
exterior, quer por absorção, quer por ingestão. Libertam-na para o exterior através da
evapotranspiração, da respiração ou da função urinária.

Geosfera – Atmosfera
- as erupções vulcânicas emitem gases para a atmosfera que influenciam o seu
equilíbrio térmico (o lançamento para a alta atmosfera de dióxido de enxofre contribui
para o arrefecimento do clima nos anos após as erupções)
- o CO2 da atmosfera dissolve-se na chuva, originando ácidos fracos que favorecem a
alteração química das rochas
Rochas sedimentares

As rochas sedimentares formam-se à superfície, ou à sua proximidade, a partir de


rochas preexistentes, sendo as mais comuns à superfície da Terra.
As rochas magmáticas e metamórficas, formadas a altas temperaturas e altas pressões,
podem atingir a superfície da crosta, ficando em situação de instabilidade e sujeitas às
ações físicas e químicas exercidas pelo contacto com os diferentes subsistemas.
Tais condições caracterizam o que se designa por ambiente sedimentar.

Principais etapas de formação das rochas sedimentares

A formação das rochas sedimentares engloba a sedimentogénese, que consiste na


formação, transporte e deposição dos materiais provenientes da rocha-mãe, e a
diagénese, responsável pela consolidação dos sedimentos numa rocha coesa.

Tipos de sedimentos
Sedimentos detríticos ou clastos – fragmentos de dimensões variadas resultantes de
rochas que afloram.
Sedimentos de origem química – resultam da precipitação de substâncias que são
transportadas dissolvidas na água.
Sedimentos de origem biogénica – compostos, em regra, por restos de seres vivos,
mais ou menos transformados, nomeadamente conchas e outras peças esqueléticas,
fragmentos de plantas, pólenes, etc.

Sedimentogénese

A sedimentogénese compreende as seguintes etapas:

Meteorização – processo de alteração e desagregação da rocha-mãe devido à sua


exposição aos fatores ambientais. Pode ser química ou física.

Determinados aspetos estruturais das rochas podem favorecer a meteorização. Os


maciços graníticos, por exemplo, apresentam, normalmente, inúmeras superfícies de
fratura, as diáclases, provocadas por tensões internas da crusta ou, então, por
fenómenos de descompressão, devido à remoção de camadas superiores.
A rede das diáclases favorece a alteração da rocha, pois as zonas de bordadura
tornam-se mais frágeis.
Como consequência, nas zonas mais expostas, os minerais perdem a coesão e
desagregam-se gradualmente, convertendo-se numa areia que vai sendo removida.

- A meteorização química consiste na transformação química dos minerais existentes


na rocha-mãe devido, sobretudo, à ação da água e dos gases atmosféricos. A maioria
dos minerais gerados em profundidade torna-se instável nas condições superficiais.
Esses minerais experimentam uma decomposição química traduzida pela alteração da
estrutura interna, podendo verificar-se remoção ou introdução de elementos.
Ocorrem processos complexos dos quais se originam outros minerais mais estáveis ou
uma serie de produtos solúveis.

-Hidrólise – são reações de alteração química que envolvem a água.


Pode traduzir-se a alteração da ortóclase pela seguinte equação:

Na reação considerada, o ião H+ substitui o K+ na estrutura do feldspato e a rede


cristalina altera-se, formando um mineral novo, a caulinite, que faz parte da família
dos minerais designada por minerais de argila.
Esta transformação denomina-se caulinização.

-Oxidação – o oxigénio provoca oxidações.


Muitos minerais, como as piroxenas e as olivinas, contém ferro na sua constituição.
Esse ferro pode ser facilmente oxidado, passando de ferroso (Fe 2+) a férrico (Fe3+).
Esta oxidação é muito rápida em presença da água e origina um mineral novo, a
hematite.
-Carbonatação – as águas acidificadas podem reagir, por exemplo, com a calcite
(carbonato de cálcio), mineral que faz parte dos calcários, formando produtos solúveis.
Assim, os calcários são alterados e destruídos.
Estas reações químicas provocam o alargamento das fissuras nas quais a água se
infiltra e circula. Pode mesmo conduzir à formação de uma rede de galerias e de grutas
subterrâneas.
O calcário contém, geralmente, sílica e argila misturadas, e como essas substâncias não
são solúveis, ficam no local, preenchendo bolsas e depressões. Esses depósitos,
geralmente avermelhados devido à presença do óxido de ferro, denominam-se terra
rossa.

-Hidratação

-Dissolução

O quartzo é extremamente resistente à alteração química.


As alterações químicas dependem das condições ambientais. A meteorização química
é muito mais rápida e intensa em regiões de clima quente e húmido. Porquê?

- A meteorização física provoca nas rochas uma desagregação em fragmentos de


dimensões cada vez menores, mas que retêm as características do material original.
Esta fragmentação aumenta a superfície exposta aos agentes da meteorização.
A meteorização física predomina em zonas geladas e desérticas, nas quais a água no
estado líquido é escassa. Porquê?

-Efeito do gelo (crioclastia) – a água que penetra nos interstícios e poros da


rocha pode congelar por abaixamento da temperatura, aumentando de volume.
Exerce, consequentemente, uma pressão que provoca o alargamento das fissuras e a
desagregação da rocha.

-Dilatações e contrações térmicas (termoclastia) – as variações de temperatura


provocam dilatações e contrações alternadas dos minerais, que reagem de diferentes
modos por terem diferentes coeficientes de dilatação. Este processo ocorre nos
desertos e em zonas de incêndios, devido a grandes variações de temperatura.

-Atividade biológica – as sementes, germinando em fendas das rochas,


originam plantas cujas raízes se instalam nessas fendas, abrindo-se cada vez mais e
contribuindo para a separação dos blocos. Alguns animais cavem galerias nas rochas,
favorecendo a desagregação.

-Ação mecânica da água e do vento – as águas de escorrência deslocam os


sedimentos mais finos, formando colunas que ficam protegidas por detritos maiores.
Essas colunas chamam-se chaminés de fada. Também a água e o vento transportam
detritos que chocam com as rochas, acelerando o desgaste.

-Esfoliação – separação das rochas segundo superfícies planas ou curvas. Uma


explicação para este facto admite que as rochas formadas em profundidade, quando
aliviadas da carga suprajacente, expandem-se à superfície, enquanto a parte profunda
continua sob pressão. Essa expansão produz diáclases paralelas à superfície que
favorecem a separação do maciço rochoso.

-Haloclastia – expansão das fraturas devido à formação e ao desenvolvimento


de sais ou outros minerais nestas.

-Descompressão resultante da erosão das camadas que recobriam a rocha, o


que provoca um alívio de carga, com consequente fratura.

Erosão – consiste na remoção dos fragmentos resultantes da meteorização da rocha-


mãe. Os agentes mais comuns envolvidos neste fenómeno são a água, o vento e os
seres vivos, sendo a gravidade um fator também importante no processo.
Agentes erosivos – alívio da pressão, disjunção esferoidal, diferenças de temperatura,
gases atmosféricos, água, seres vivos (raízes, tocas, excrementos ácidos (são calcários
e dissolvem os carbonatos de cálcio))
Transporte – os fragmentos removidos pela erosão à rocha-mãe vão sofrer um
processo de transporte mais ou menos longo. Os agentes de transporte são a água, o
vento e o gelo.
Durante o transporte, os fragmentos sofrem uma diminuição de tamanho e um
arredondamento gradual, devido a processos erosivos.
O grau de arredondamento dos clastos, bem como a sua dimensão, são indicações
importantes sobre o tipo de transporte sofrido, a duração e a distância percorrida
pelos fragmentos.
Outro fenómeno que ocorre durante o transporte é a separação dos fragmentos em
função do seu peso e do seu tamanho.
Enquanto os clastos transportados pelo vento são muito bem calibrados devido ao
grande poder seletivo do vento, os transportados pelos glaciares são mal calibrados,
verificando-se o transporte de detritos de dimensões muito variáveis.
No transporte fluvial, a diminuição de tamanho dos clastos ao longo do curso do rio é
acompanhada por uma maior uniformidade granulométrica.
No decurso do transporte ocorre também uma seleção mineralógica dos elementos
transportados, que se traduz na concentração relativa das espécies minerais mais
resistentes.
Sedimentação ou deposição – à medida que o agente de transporte perde energia, o
transporte cessa e os sedimentos vão-se depositando de acordo com o seu peso e o
seu tamanho em camadas sucessivas. Essa acumulação em camadas pode ocorrer em
ambientes terrestres, mas é mais vulgar em ambientes aquáticos.
Em regra, a deposição ocorre em camadas sobrepostas, os estratos. Os estratos estão
separados por superfícies – as juntas de estratificação – resultantes de alterações no
processo de sedimentação. Cada estrato está coberto por outro, normalmente mais
recente – teto –, e recobre um estrato inferior – muro.
Normalmente a sedimentação conduz à formação de estratos horizontais, mas em
sedimentos fluviais e eólicos são frequentes casos de estratificação entrecruzada.

Diagénese

Compactação – à medida que a sedimentação prossegue, novas camadas vão-se


sobrepondo, o que vai aumentar a pressão a que as camadas inferiores ficam
submetidas. Em consequência desta pressão, a água incluída nos interstícios dos
materiais é expulsa e as partículas ficam mais próximas, diminuindo, por isso, o volume
da rocha, que se torna progressivamente mais compacta e densa.

Cimentação – os espaços vazios entre os detritos podem ser preenchidos por materiais
de neoformação, resultantes da precipitação de substâncias dissolvidas na água de
circulação. Estes materiais constituem um cimento que liga os detritos, formando uma
rocha consolidada.
É muito frequente que o cimento resulte da precipitação de carbonato de cálcio ou de
sílica, formando esta um cimento mais duro.
Classificação das rochas sedimentares

As rochas sedimentares possuem na sua constituição dois tipos de minerais,


atendendo à sua génese:
- minerais herdados da rocha preexistente que são estáveis à superfície, como o
quartzo. Estes minerais estão presentes, sobretudo, nas partículas dos sedimentos
resultantes da desintegração da rocha-mãe – os clastos ou detritos.
- minerais de neoformação que resultam da meteorização química de materiais
instáveis à superfície. Os constituintes químicos resultantes da transformação destes
minerais são transportados em solução aquosa, podendo cristalizar e originar novos
minerais que integram as rochas sedimentares, constituindo muitas vezes o cimento
que as consolida.

- Rochas sedimentares detríticas – rochas formadas a partir de clastos, materiais


detríticos resultantes da erosão de rochas já existentes e constituídas basicamente por
minerais inalterados ou muito pouco alterados. Estas rochas podem ser não
consolidadas, se os clastos se encontram soltos, ou consolidadas, se os clastos estão
ligados por um cimento formado por minerais novos num processo de diagénese ou
por uma matriz de pequenos detritos cimentados por minerais de neoformação.
Rochas conglomeráticas – são constituídas por detritos cujas dimensões são superiores
a 2 mm. Os detritos de maiores dimensões são, geralmente, fragmentos de rochas
constituídas por vários minerais.

Os materiais angulosos não submetidos a um longo transporte podem ser cimentados,


formando rochas consolidadas chamadas brechas. (vento)
A cimentação de calhaus rolados origina rochas consolidadas, os conglomerados.
(água)

Rochas areníticas – as areias podem ser cimentadas por precipitação de substâncias


dissolvidas nas águas de circulação, formando arenitos (ou grés).

Rochas sílticas e rochas argilosas – têm granulometria muito fina.


Quando as argilas ficam submetidas à compressão provocada pelo peso das camadas
suprajacentes, tornam-se sucessivamente mais coerentes e compactas – argilitos.
Rochas argilosas puras – caulino. São brancas.
Fendas de dessecação
- Rochas sedimentares quimiogénicas – rochas resultantes de sedimentos químicos em
solução. São formadas, essencialmente, por minerais de neoformação resultantes da
precipitação de substâncias em solução (calcários de precipitação) ou por evaporação
do solvente (água) – evaporitos.

Note-se que algumas rochas sedimentares possuem uma origem simultaneamente


detrítica e quimiogénica. É o caso das margas, constituídas por carbonatos e argilas.
Estas rochas formam-se em ambientes onde a sedimentação de partículas argilosas
ocorre em simultâneo com a precipitação de carbonatos.

As rochas quimiogénicas são formadas, essencialmente, por materiais resultantes da


precipitação de substâncias em solução. Essa precipitação deve-se a processos físico-
químicos.
Processo de evaporação da água onde as substâncias estão dissolvidas, o que leva à
formação de cristais que se acumulam – constitui os evaporitos.

Calcários de precipitação – resultam da precipitação de carbonato de cálcio (CaCO3),


devido a processos físico-químicos.
Em consequência da circulação de águas acidificadas pelo CO2 através das rochas
calcárias, o carbonato de cálcio que as constitui é solubilizado, formando
hidrogenocarbonato que vai sendo removido. Assim a rocha fica modelada, formando,
à superfície, um rendilhado se sulcos e cavidades conhecido por lapiaz e, no interior,
formam-se grutas e galerias.

O carbonato que precipita da água que flui sobre o chão da gruta pode originar uma
rocha mais ou menos compacta chamada travertino.

Na água que goteja do teto de uma gruta, cada gota abandona no local de
desprendimento uma película de carbonato de cálcio, que, por acumulação sucessiva
ao longo de muitos milhares de anos, forma estruturas pendentes chamadas
estalactites.
O gotejar constante sobre o solo da gruta também leva à acumulação sucessiva de
películas de carbonato de cálcio, que formam estruturas ascendentes chamadas
estalagmites.
Rochas salinas – evaporitos – à medida que ocorre a evaporação da água, os sais
menos solúveis precipitam em primeiro lugar, seguindo-se, sucessivamente, a
precipitação dos sais mais solúveis, que se vão sobrepondo aos já formados. A ordem
descrita pode ser alterada devido a perturbações do meio, como por exemplo, a
renovação da água do lago ou laguna, que altera a concentração de alguns sais.

Gesso – quimicamente é sulfato de cálcio hidratado (CaSO42H2O). É formado por


cristais transparentes ou por massas brancas ou amareladas com diferentes aspetos.

Sal-gema – constituído essencialmente por halite, que, quimicamente, é cloreto de


sódio (NaCl). É pouco denso e muito plástico. Doma salino.
- Rochas sedimentares biogénicas – rochas formadas, essencialmente, por sedimentos
de origem biogénica, isto é, com origem a partir de restos de seres vivos ou de
materiais por eles produzidos resultantes da sua atividade.
O petróleo corresponde a um hidrocarboneto de natureza liquida que aparece,
geralmente, associado a produtos quimicamente similares de natureza gasosa (gás
natural) ou sólida (asfaltos). Apesar da sua natureza liquida, os petróleos são
estudados muitas vezes no contexto das rochas sedimentares biogénicas.

Ver carvões e petróleo

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