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TIPOS DE IMPLANTES – DESENHOS

BREVE HISTÓRICO DA IMPLANTODONTIA PARA MOSTRARMOS O AVANÇO


DOS DIVERSOS TIPOS DE IMPLANTE. É ALGO QUE ESTÁ EM CONSTANTE
EVOLUÇÃO. É SÓ PRA DEMONSTRAR QUE O DESEJO DE REPOR O
ELEMENTO PERDIDO SEMPRE FOI ALVO DE INQUIETAÇÃO DO SER
HUMANO E O QUE TEMOS HOJE É INFINITAMENTE DIERENTE DO QUE FOI
LÁ ATRÁS. A IMPLANTODONTIA QUE CONHECEMOS HOJE, É DIFERENTE
DA IMPLANTODONTIA DE 30 ANOS E ATRÁS E DAQUI 30 ANOS
CERTAMENTE TEREMOS MUITOS OUTROS AVANÇOS.
Estudos científicos comprovam que a ausência dental e a substituição desses elementos
na cavidade oral sempre foi uma preocupação desde os primórdios.
 EM 3427 a.c já podia ser observado, através de fósseis, elementos como bambu,
conchas para repor o elemento perdido;

 EM 300 a.c com o advento do metal via-se dentes laçados no intuito de


“segurar”, “amarrar” dentes, certamente om mobilidade, na cavidade oral;

 Num período pré-moderno PAYNE E GREENFIELD 1910 foram os


precurssores da implantodontia do século XX. Os materiais escolhidos foram o
osso e a porcelana. Payne descreveu o implante de um cesto cilíndrico de ouro,
colocado após alargamento do diâmetro do álveolo com ajuda de uma broca.
Uma coroa com núcleo foi fixada imediatamente na parte interna e oca do
implante. Eles acreditavam que esse espaço seria preenchido com osso e ia ficar
mais difícil do implante sair. Começaram a engatinhar para a importância de um
contato estreito osso-implante.

COM O ESTUDO DE DIFERENTES BIOMATERIAIS E AS INOVAÇÃOES


CIR´RGICAS E PROTÉTICAS, COM A INSERÇÃO DE DIVERSOS
MATERIAIS COMO PORCELANA, VITÁLIO, CROMOCOBALTO. ASSIM
FORAM DESENVOLVIDOS TIPOS DIFERENTES DE IMPLANTES COMO
VARIAÇÃO DE TENTATIVAS TIVEMOS: OS IMPLANTES ENDO-ÓSSEOS
E IMPLANTES SUBPERIOSTAIS.

 1939 -------- ALVIN E STROCK

 1941 -------- SUBPERIOSTAL


VÁRIAS EVOLUÇÕES
 1947 – (FORMIGGINI) Implante helicoidal em espiral, em aço inoxidável ou
em tântalo.

 1961 - (AGULHADOS) As três partes do tripé se juntam para suportar a


prótese.
 1967 (LÂMINAS)

VÁRIOS TIPOS DE IMPLANTES E DESENHOS AO LONGO DA NOSSA


HISTÓRIA. ATÉ QUE EM 1960 – 1970 APARECEU UM MÉDICO
ORTOPEDISTA, __________________________________
O advento da osseointegração, descrito por Per-Ingvar Bränemark em 1966, em estudos
sobre a microcirculação em coelhos, e o bom senso desse mesmo pesquisador em
transportar esse achado para outras áreas da medicina publicando em 1969 o primeiro
artigo sobre ouso de implantes osseointegrados de titânio como suporte de prótese
dentárias revolucionou a Odontologia de tal maneira que é praticamente impossível não
considerar essa descoberta como uma das mais importantes da área (NAVES, 2010).

 HE (PROTOCOLO BRANEMARK) – DE 04 A 06 IMPLANTES ENTRE


FORAMES
A introdução dos implantes osseointegrados na Odontologia surgiu a partir do trabalho
de Branemark em 1981, um estudo longitudinal de 15 anos, no qual foram instalados
implantes em mandíbula edentadas, e a reabilitação realizada com prótese total
metaloplástica parafusada sobre estes implantes. O sistema de conexão então utilizado
foi o Hexágono Externo, sobre intermediários denominados Standard (MISCH, 2009).
Devido aos excelentes resultados obtidos nas reabilitações implanto-suportadas, desde
este advento da osseointegração, buscou-se outras alternativas protéticas para pacientes
parcialmente edêntulos. Espaços protéticos menores, ou mesmo perda de dentes
unitários, começaram a ser reabilitados por meio de implantes, e a aplicação de
cerâmicas sobre as próteses também foi sendo desenvolvida. Sendo assim, foi
necessário o uso de sistemas de conexões mais eficientes e com melhor desempenho
mecânico e estético que o Hexágono Externo (MISCH, 2009)

 HI (HEXAGONO INTERNO)

 1967 (CONE MORSE)

AO LONGO DO TEMPO, OS DENTISTAS FORAM OBSERVANDO QUE O


DESENHO DO IMPLANTE INFLUENCIAVA AS TENSÕES PRODUZIDAS NO
TECIDO ÓSSEO. SENDO ASSIM, SURGIRAM DIFERENTES DESENHOS DE
IMPLANTES, COM O INTUITO DE ESTABELECER UMA GEOMETRIA QUE
FAVORECESSE O PROCESSO DE ESTABILIDADE PRIMÁRIA.
DESDE O FINAL DA DÉCADA DE 60 QUANDO BRÄNEMARK APRESENTOU
AO MUNDO OS IMPLANTES ÓSSEOINTEGRAVEIS, AS PESQUISAS E OPÇÕES
AMPLIARAM-SE. INICIALMENTE OS IMPLANTES POSSUÍAM UM SISTEMA
DE CONEXÃO DE HEXÁGONO EXTERNO, COM O AVANÇO DA TECNOLOGIA
E O DESENVOLVIMENTO DE NOVAS PESQUISAS PARA MELHORAR OS
IMPLANTES SURGIRAM OS IMPLANTES COM HEXÁGONO INTERNO, CONE
MORSE E POR ÚLTIMO OS GRAND MORSE. É EXTREMAMENTE
IMPORTANTE QUE OS IMPLANTODONTISTAS CONHEÇAM CADA SISTEMA
PARA QUE SAIBAM QUANDO PODEM SER INDICADOS BEM COMO SUAS
VANTAGENS E DESVANTAGENS DE CADA UM.

IMPLANTES HEXÁGONO EXTERNO (HE)


Um dos primeiros sistemas de implante a surgir, e ainda usado atualmente, foi o
Hexágono Externo. Ele consiste em um sistema no qual o implante e o pilar protético
terão uma conexão topo a topo entre o pilar protético e o implante.
Os implantes que apresentam a conexão do tipo HE é um dos mais utilizados, desde a
época do seu desenvolvimento. A interface pilar/implante se conecta uma à outra por
meio de um parafuso e uma plataforma hexagonal externa na parte superior do implante
e que pode ser considerado um dispositivo anti-rotacional (Souza, et al, 2016; Fabris, et
al, 2021).
INDICAÇÃO: Diversos autores concordam que este modelo é eficiente em abordagens
de dois estágios cirúrgicos e também para a maioria dos casos de reabilitação (entre eles
próteses do tipo protocolo, próteses parciais e alguns casos unitários).
VANTAGENS: Tal sistema possui como pontos positivos a existência de um
mecanismo antirracional, reversibilidade e uma vasta compatibilidade com diversos
sistemas (Torres, 2008; Silva, et al, 2020).
DESVANTAGENS: No entanto, podem ser observadas algumas desvantagens que
devem ser levadas em consideração pelo implantodontista no momento de sua escolha,
dentre elas:
- a micro movimentação que ocorre na interface pilar/implante devido à baixa altura do
hexágono que possui em média 0,7mm. Este fato pode provocar o afrouxamento do
pilar, afrouxamento do parafuso e até mesmo a fratura do parafuso (Silva, et al, 2020).
-Este sistema também apresenta um centro de rotação elevado, o que por sua vez reduz
sua resistência a movimentos laterais e de rotação,
- GAP -> micro fendas entre o pilar e o implante, as quais podem provocar reabsorções
ósseas na região circundante da região cervical do implante devido à colonização do
GAP por bactérias (Silva, et al, 2020)
IMPLANTES HEXÁGONO INTERNO (HI)

O sistema de hexágono interno surge como alternativa para próteses unitárias. O fato da
conexão interna com uma altura do antirrotacional superior a do hexágono externo,
possibilitaria uma melhor estabilidade, principalmente quando submetidos a forças
laterais decorrentes da mastigação (BALFOUR, et al 1995).
Devido ao grande sucesso obtido com os tratamentos reabilitadores utilizando implantes
ósseointegraveis, as pesquisas para melhorar seu desempenho biomecânico continuaram
tendo em mente a necessidade de se utilizar sistemas de conexão mais estáveis do ponto
de vista da reabsorção óssea e da estabilidade protética para que apresentassem um
desempenho estético e mecânico superior ao entregue pelo hexágono Externo (Silva, et
al, 2020; Trento, et al, 2012). Então, desenvolveu-se a conexão com hexágono Interno, a
qual visava minimizar alguns problemas apresentados pelo sistema HE como a
existência do espaço entre o implante e o intermediário.
Estudos demonstram que conexões protéticas de hexágono interno são superiores as de
hexágono externo, pois podemos criar uma conexão mais profunda e com maior contato
do pilar com as paredes internas do implante, diminuindo a possibilidade de
micromovimentos durante as cargas, o que possibilita um menor estresse ao parafuso de
retenção (BERGAMIM et al, 2009). As conexões hexagonais internas foram
desenvolvidas com o objetivo de melhorar a adaptação entre os hexágonos e estabelecer
uma interface mais estável, aumentando a resistência e reduzindo complicações, como
afrouxamento ou fratura do parafuso de fixação (BERGAMIM et al, 2009).
VANTAGENS: Os implantes com hexágono interno se tornaram consideravelmente
populares por apresentarem vantagens tais como: facilidade no encaixe do pilar;
adequado para abordagens de instalação em um estágio e carga imediata; maior
estabilidade e efeito anti-rotacional devido à maior área de conexão entre o implante e o
pilar, tornando-os mais adequados para restaurações unitárias; maior resistência e cargas
laterais devido ao centro de rotação mais apical; melhor distribuição das forças oclusais
no osso adjacente.
A principal vantagem do sistema de hexágono interno é a redução do desaperto e
ocorrência de fraturas do parafuso. (Silva Junior, 2018; Silva, et al, 2020; Trento, et al,
2012).

DESVANTAGENS: As desvantagens apresentadas por este sistema são paredes mais


finas ao redor da área de conexão; dificuldades em se ajustar divergências de angulação
entre implantes (MAEDA et al., 2006)
IMPLANTES CONE-MORSE

(VIDE RESUMO DA MILKA. NÃO É ESTE TEXTO)


Um outro tipo de conexão interna foi desenvolvido na tentativa de minimizar os
problemas biomecânicos que ainda ocorriam com os demais sistemas de conexão
interna. Este novo sistema apresenta uma conexão cônica entre o implante e o pilar,
conhecida como conexão em cone morse. A força de união da conexão cone morse, que
é proporcional à força de inserção, evita que o cone macho seja removido do cone
fêmea, mesmo ao tentar girá-lo ou aplicar uma força axial.
A conexão CM para implantes dentários apresenta um design interno cônico preciso.
Durante a instalação do abutment junto ao implante há uma íntima adaptação entre as
superfícies sobrepostas, gerando uma resistência mecânica semelhante a uma peça
única. Nenhum microgap (folga entre o abutment e o implante) existe entre os dois
componentes, o que confere ao abutment maior resistência aos movimentos rotacionais
e movimentos da mastigação. Há uma diminuição dos pontos de tensão, especialmente
sobre o parafuso de retenção, evitando o seu afrouxamento.
A alta resistência mecânica apresentada pelo sistema CM permite reproduzir, de uma
maneira mais próxima possível, as características naturais inerentes a anatomia e a
oclusão de um dente natural (BOZKAYA E MUFTU, 2003).
Para diversos autores, o sistema de conexão cone Morse se destaca dos demais, sendo
considerado vantajoso em vários aspectos, uma vez que, este possui a melhor adaptação
entre o implante e o pilar protético, fato este que acaba eliminando a micro fenda
existente entre estes dois componentes nos implantes HE. Este sistema oferece um
sistema anti-rotacional mais eficiente que o presente nos sistemas hexagonais, e também
possui uma resistência melhor no conjunto pilar - protético/implante devido a união
intima que ocorre entre esses dois o que faz com que o desempenho mecânico deste
sistema seja semelhante ao um componente de corpo único. (Fabris, et al, 2021; Torres;
2008; Silva, et al, 2020).
VANTAGENS: Tal feito minimiza os níveis de reabsorção óssea periimplantar que
acontecia principalmente pela colonização de bactérias nesta microfenda entre
pilar/implante, reduz os micros movimentos e consequentemente faz com que a
incidência de fratura e afrouxamento dos parafusos de conexão reduza (Fabris, et al,
2021; Torres; 2008; Silva, et al, 2020).

DESVANTAGENS: A única desvantagem apresentada para com o cone morse, de


acordo com a literatura consultada, foi o preço, sendo o hexágono externo encontrado a
um valor mais acessíve.

IMPLANTES GRAND-MORSE
Com o decorrer dos avanços dos implantes dentários, foi desenvolvido o sistema Grand
Morse.. Este sistema foi desenvolvido a partir do conceito de centrifugação, iniciando-
se no coração do implante até chegar a sua interface protética, sendo considerado uma
combinação de resistência mecânica com soluções protéticas versáteis aplicáveis tanto
em ausências dentarias únicas quanto em múltiplas. É possível utilizar este sistema tanto
em tratamentos convencionais quanto em digitais (Grandeur, 2018; Cauduro, 2009).
O sistema Grand Morse oferece uma combinação única, apresentando uma troca de
plataforma associada a um Cone Morse de 16º, com uma profundidade interna
suficiente para garantir uma conexão estável e forte, projetada para resultados
duradouros (Grandeur, 2018; Cauduro, 2009).
A NEODENT® oferece três modelos de implantes com sistema Grand Morse, Drive®,
Titamax e Helix®, cada um destes apresenta características únicas as quais definem as
suas indicações (Grandeur, 2018).
Os implantes Drive®, são totalmente cônicos, estes foram desenvolvidos para oferecer
uma excelente estabilidade primária em ossos de baixa qualidade, como por exemplo, os
ossos moles e alvéolos pós extração, sendo este muito utilizado quando se pretende
fazer a instalação no mesmo momento cirúrgico em que ocorre a exodontia (Grandeur,
2018).
Já os implantes Titamax® são implantes cilíndricos indicados para ossos tipos I e II,
este possibilita flexibilidade no posicionamento vertical (Grandeur, 2018).
O principal implante com sistema Grand Morse utilizado pelos cirurgiões dentistas
atualmente é o modelo Helix®. Tal fato se deve a sua propriedade hidrofílica, a
disposição de suas roscas cortantes em sua porção apical, roscas compactantes em sua
região cervical, sua eficácia e estabilidade em todos os tipos de osso (Silva Junior, 2018;
Grandeur, 2018).

CONCLUSÃO
(PARTE MATEUS. VER SE QUER ACRESCENTAR ALGUMA INFORMAÇÃO
DAQUI)

Os implantes dentários não são todos iguais. Eles se diferenciam pela macrogeometria


que apresentam e que define algumas das suas características. Além de contribuir para
osseointegração e estabilidade primária, o desenho macrogeométrico de um implante é
também o cartão de visita de cada sistema.
Desde o primeiro contato do implante com o tecido ósseo, seu design contribui em
maior ou menor proporção para a sua estabilidade primária. Além disso, ele será
responsável pela distribuição adequada das cargas oclusais em diferentes sentidos
durante a mastigação. Recentemente, a macrogeometria também tem sido pensada com
o objetivo de favorecer cada vez mais o processo de Osseointegração. O mercado
oferece uma ampla diversidade de desenhos para seus modelos de implante
A Estabilidade primária: Considerada um dos critérios essenciais para o sucesso de
qualquer reabilitação sobre implantes, a estabilidade primária é definida pela ausência
de mobilidade no leito ósseo após a inserção da ancoragem. Ainda na busca por um
modelo que favoreça a estabilidade, uma das opções adotadas pelo mercado nos últimos
anos é a incorporação de implantes cônicos em seu portfólio. Esse formato seria capaz
de direcionar as forças de compressão sobre o tecido ósseo e promover uma
significativa estabilidade mecânica logo após a cirurgia, antes mesmo da
osseointegração. Além disso, em determinadas situações clínicas, o implante cônico
também pode ser mais facilmente instalado em espaços reduzidos, entre dentes naturais
adjacentes.

Pasetti, Mello & Silva (2016) ao compararem, mais recentemente, os dois tipos de
implante, concluem que os Cone Morse são melhores nesse quesito, pois apresentam
uma maravilhosa manutenção da arquitetura dos tecidos periimplantares e atribuem
esses bons resultados ao seu formato, que compete estabilidade e consequente boa
adaptação marginal. Para os mesmos autores, no entanto, o Hexágono Externo é menos
favorável esteticamente em função do seu vedamento cervical, que é um fato importante
para evitar infiltrações bacterianas. Ainda para eles, o único momento em que o sistema
HE larga na frente é quando se diz respeito ao preço de mercado, já que, geralmente, ele
sai mais barato que o cone morse.

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