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uma depressão ou defeito ósseo, a cabeça fabricação, cuja principal característica é não
característica principal a ação de fixação como regra geral, os miniimplantes podem ser
A) B)
D)
B)
A)
C)
B)
Figura 19- Caso clínico com planejamento de
intrusão de dentes posteriores para D)
correção de mordida aberta
anterior, com arco contínuo.
uma alternativa é instalar o miniimplante Figura 20- Caso clínico com fechamento de
mordida aberta anterior por
submerso com um fio de amarrilho, intrusão das unidades posteriores
proporcionando ligação com o meio externo, com miniimplantes.
Nota: A, B, C) Fotografias iniciais;
de forma a tornar possível a ativação desejada.
Para a intrusão de dentes posteriores podem ser D, E, F) após a intrusão dos molares e
fechamento da mordida.
utilizados arcos contínuos ou segmentados. Fonte: ARAÚJO et al. (2006).
25
e ) Verticalização de molares
F)
C)
inferior de instalação (em torno de 4 mm acima para o fechamento deste espaço, através da
da papila na região de molares e de 5 mm mesialização dos dentes 37 e 38. Havia, ainda,
acima da papila na região de pré-molares). O a agravante de o rebordo na região edêntula
ortodontista também poderá controlar a linha apresentar-se com atrofia, estando diminuído
de ação de força durante a retração pela em volume no sentido vestibulolingual. O
modificação da altura do gancho da região aparelho ortodôntico instalado tracionou os
anterior. Em casos de mordida aberta anterior, dentes 37 e 38 por vestibular e lingual para
recomenda-se o uso de ganchos mais altos. A impedir a rotação indesejada dos dentes. Após
altura da linha de ação de força em relação ao 35 meses de atividade, o espaço foi fechado e o
centro de resistência dos dentes anteriores irá aparelho, retirado.
influenciar na inclinação vestibular dos Higuchi e Slack (1991) utilizaram os
incisivos durante a fase de fechamento de implantes osseointegrados num caso de
espaços,ou seja, quanto mais baixo o gancho, mordida cruzada anterior e edentulismo em
maior a necessidade de controle de torque para região de molares inferiores. Conseguiram
os incisivos. Caso não haja espaço suficiente excelentes resultados promovendo o
(mínimo de 2,5mm) entre as raízes dos descruzamento da mordida anterior com a
segundos pré-molares e primeiros molares colocação de dois implantes de 10 mm na
superiores, ou em casos de extração de posição dos primeiros molares inferiores, aos
segundos pré-molares superiores, pode-se quais foram instalados acessórios unitários e
indicar a instalação do miniimplante no coroa de resina composta. Segue-se, então, a
processo alveolar palatino entre os primeiros e instalação do aparelho, com aplicação de
segundos molares superiores. forças que variaram entre 150 e 400 g por um
período de 26 meses.
h) Pacientes mutilados Baptista (2004) relata que embora os
dentariamente implantes osseointegrados usados como
ancoragem para movimento ortodôntico
O uso de miniimplantes para tenham uma pequena documentação científica,
ortodontia em pacientes edêntulos é pouco quando comparados aos implantes
relatado na literatura; nestes casos são usados osseointegrados usados com finalidade
implantes osseointegrados. protética, algumas de suas finalidades em
Roberts e Smith ( 1984) relataram um ortodontia já foram experimentadas por
caso clínico no qual um adulto com 34 anos de diversos autores, que consideram os implantes
idade, do sexo masculino, caucasiano, com osseointegrados uma excelente indicação nos
ausência do dente 36, teve um implante casos ortodônticos de adultos edêntulos, visto
especialmente desenvolvido por para seu caso. que se torna difícil a obtenção de ancoragem
Este implante foi instalado na região para se proceder o movimento pretendido.
retromolar esquerda para servir de ancoragem i ) Mesialização de molares
34
j) Distalização de molares
classe II e o expansor foi removido. Três Fonte: KYUNG; HONG; PARK , 2003.
meses depois, um miniimplante palatino foi
inserido e uma força distal de cerca de 400 Um Hyrax que expandiu o palato foi
gramas foi aplicada com elástico em cadeia. colocado, e protrusão maxilar anterior foi
outros nove meses, e o aparelho fixo, cinco melhorou. Distalização de molar superior foi
meses depois ( Fig. 36 B). iniciada três meses depois com elástico
corrente para dois miniimplantes palatinos que
No outro caso clínico foi mostrado foram esplintados junto para estabilidade. Em
uma paciente do sexo feminino com 10 anos de cinco meses, distalizaram os molares
A)
37
Figura 37 - C e D- Finalização do
tratamento com barra modificada.
Fonte:Kyung et al .(2003).
Ritto et al.(2004) Os elásticos, a força
extra oral ou botões acrílicos são usados para
aumentar a ancoragem quando está planeada
uma distalização com ortodontia convencional.
A ancoragem cortical esquelética com micro
implantes permite fazer uma distalização de
qualquer dente. Apenas é necessária uma
conexão com uma mola ou cadeia elástica e o
dente em causa. É imperativo escolher a zona
de implantação de forma a evitar o contacto
radicular com o micro implante durante a
distalização.
Marassi et al.(2006) Distalizações de
até 4,0mm de molares superiores têm sido
obtidas de uma forma previsível com o auxílio
dos miniimplantes. Em caso de distalização
bilateral pode-se instalar um miniimplante na
sutura palatina e utilizar molas de nitinol ou
módulos elásticos ligados à barra transpalatina
para efetuar a distalização (Fig. 38).
Figura 38 - Caso clínico de distalização de
molares com miniimplante palatino.
B) Mordida cruzada corrigida, após novo procedimento cirúrgico, uma vez que o
ação dos elásticos.
paciente já estará ciente dos detalhes desse tipo
de ancoragem.
Kyung, Park e Bae (2003) orientam
Desta forma evita-se o efeito extrusivo
que quando, o planejamento indicar o uso de
e a necessidade de colaboração do paciente.
miniimplantes na sutura palatina, é necessário
Caso apenas uma unidade dentária esteja com
avaliar na telerradiografia de perfil a
sua inclinação axial incorreta, utiliza-se um ou
quantidade óssea disponível, medindo-se a
dois miniimplantes no lado contrário à
distância entre as corticais superior e inferior
inclinação. Este recurso pode também
do processo palatino dos ossos maxilares na
representar uma opção para correção da
região que se planeja instalar o implante.
inclinação vestibular dos segundos molares
Acrescenta-se a esta medida 1 mm a 2 mm
superiores, sem efeito de extrusão, mesmo que
para determinar a extensão intra-óssea máxima
estes não estejam em mordida cruzada.
do implante. Em pacientes jovens os
miniimplantes podem ser instalados
Fávero, Brollo e Bressan (2002) apesar Júnior (2004); Marassi, Leal e Herdy (2005) e
de uma alta taxa de sucesso, alertam que Melsen (2005), a seleção dos casos, seguida de
pacientes devem estar cientes das para que se obtenha êxito com a ancoragem
complicações que podem surgir durante o uso esquelética. O planejamento para instalação de
da técnica de ancoragem com mininimplantes e miniimplantes deve ser feito após o exame da
que se faça uma solicitação por escrito, miniimplantes, levando em conta a direção dos
adoção dessa prática facilita o manejo dos que outro sítio seria mais apropriado.
devem ser realizadas para avaliação do espaço necessários para realização de miniimplantes
intra-ósseo e relação com as estruturas vizinhas são: planejamento cirúrgico para instalação dos
ao local do implante. A radiografia deve ser micro-parafusos ortodônticos; modelos e
obtida através da técnica do paralelismo, panorâmica recentes; encaminhamento
utilizando-se sempre posicionador, preenchido corretamente; periapicais dos
principalmente quando a inserção dos possíveis locais de instalação dos micro-
implantes for planejada entre as raízes, tendo parafusos ortodônticos.
em vista que o espaço entre estas quase sempre Para Marassi (2006b), radiografias
se apresenta reduzido. Pode-se utilizar uma periapicais dos possíveis sítios de instalação
grade milimetrada sobre a radiografia para devem ser obtidas através da técnica do
auxiliar nas medições. paralelismo, utilizando-se sempre
Marassi, Leal e Herdy (2005) posicionador, tomando-se o cuidado para que a
recomenda o preenchimento ou reavaliação da fonte de radiação esteja bem perpendicular ao
ficha de anamnese com o intuito de verificar o espaço interdental no sentido mesiodistal e a
estado de saúde do paciente, se não há contra- película radiográfica, bem paralela à face
indicações para a instalação do miniimplante e palatina dos dentes vizinhos ao local da
analisar a necessidade de medicação instalação (Figura 50).
específica.
Di Matteo, Villa e Sendyk (2005), em
seu estudo para movimentação de molares
inferiores ancorados em miniimplantes,
realizaram exames de tomografia
computadorizada de mandíbula com Figura 50 -Radiografias periapicais.
reconstrução tridimensional, enfatizando as
Fonte: MARASSI 2006b
regiões dos trígonos retro-molares e linhas
obliquas externas, a fim de serem observadas
as alturas e espessuras ósseas disponíveis e a 2.6 Instrumental
localização dos canais mandibular, sendo este
exame complementar. Também realizaram Kyung, Hong e Park (2003) relatam
tratamento especializado de raspagem e que o contra-ângulo com redução pode ser
polimento coronário e radicular, a fim de utilizado também para inserção do
controlar os problemas periodontais presentes. miniimplante, desde que tenha a capacidade de
Receberam, ainda, orientação de higienização fazer a instalação do mesmo com
bucal e tiveram treinamento assistido para aproximadamente 30 rotações por minuto. O
reforço do aprendizado. operador deverá possuir um kit de
Laboissiére Júnior (2006) Relata no miniimplantes (Fig. 51), contendo: uma ou
site de ancoragem absoluta que os exames duas fresas aproximadamente 0,3 a 0,5 mm
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mais delgadas que o implante a ser instalado, medição da distância do miniimplante ao fio
chave manual, chave para contra-ângulo ortodôntico, de forma que as alturas dos dois
redutor, miniimplantes de espessuras e miniimplantes possam ficar simétricas.
comprimentos variados.
2) Radiografia
cefalométrica
3) Filme de PVC (para
biossegurança)
4) Posicionador para
radiografias
5) Periogard ou similar
para bochecho antes da Figura 54- Miniimplante instalado
em mucosa ceratinizada
cirurgia
6) Copo de café
descartável
7) Caneta para
retroprojetor
8) Afastadores para
fotografia
9) Espelho oclusal
Figura 55 - Miniimplante instalado
10) Máquina fotográfica em mucosa alveolar.
(opcional) Fonte: MARASSI 2006a
cientes das complicações que podem surgir parte do paciente, mobilidade e perda do
durante o uso desta técnica de ancoragem e miniimplante.
que, eventualmente, pode haver necessidade de Para Park, Kyung e Sung (2002);
reinstalação de miniimplantes para que se Marassi (2006b), quando o planejamento
atinjam os objetivos do tratamento ortodôntico. indicar o uso de miniimplantes na região da
Quando o ortodontista indicar para o cirurgião sutura palatina, é necessário avaliar, na
a instalação dos miniimplantes, recomenda-se telerradiografia de perfil, a quantidade óssea
que se faça uma solicitação por escrito, disponível, medindo-se a distância entre as
descrevendo a primeira e a segunda opção de corticais superiores e inferiores do processo
instalação. Os pacientes ou responsáveis palatino dos ossos maxilares no local em que
devem receber e assinar, antes de agendar a se planeja instalar o implante (Fig. 56).
cirurgia, um consentimento pós-esclarecido,
que informará sobre as vantagens,
desvantagens, riscos e limitações da técnica. A
adoção dessa prática facilita o manejo dos
casos em que houver a necessidade de um
novo procedimento cirúrgico, uma vez que o
paciente já estará ciente dos detalhes desse tipo
de ancoragem. Figura 56- Medida do espaço ósseo
Park, Kyung e Sung (2002), Marassi, disponível para instalação de
miniimplantes na região da
Leal e Chianelly (2004) e Poggio et al. (2006) sutura palatina mediana.
afirmam que as radiografias são utilizadas para
Fonte: MARASSI, 2006b.
avaliar a possibilidade do contato do
miniimplante com estruturas anatômicas Nota: Acrescenta-se a essa medida 1 a 2 mm
para determinar a extensão intra-óssea
adjacentes e para verificar se há espaço máxima do implante. Os indivíduos que
interdental suficiente para a inserção do apresentam disponibilidade de espaço
vertical de 4 mm ou mais, possuem
miniimplante. Recomenda- se que haja no condições favoráveis para a instalação
mínimo 2,5 mm de espaço entre as raízes no dos miniimplantes.
interdental e acrescenta-se a
este valor 4 mm. Essa medida
vertical corresponde à
distância mínima da
extremidade da papila que o
cirurgião pode instalar o
implante. Se utilizar uma
Figura 65 – Momento= Força x Distância
Fonte: Kyung , Hong e Park medida menor pode ficar
(2003a). aquém da crista óssea.
3. Determina-se dentro da faixa
de inserção supracitada, a
O processo de instalação dos
posição vertical do
miniimplantes começa com a determinação
miniimplante de acordo com o
precisa do local do implante, através dos
planejamento biomecânico
seguintes passos:
obtido a partir do plano de
1. Determinar a posição
tratamento ortodôntico.
mesiodistal através da análise
Recomenda-se utilizar um
da radiografia periapical,
cursor, como os utilizados nas
observando-se o guia
limas de endodontia, inserido
cirúrgico ou a direção do
próximo à ponta da agulha,
ponto de contato dos dentes
para medir a espessura da
vizinhos ao local de
mucosa sobre o local do
instalação.
implante. Essa medida será
2. Determinar a faixa de inserção
utilizada para a escolha do
vertical. Localiza-se a linha
comprimento do miniimplante
mucogengival que representa,
a ser utilizado e será
para a maioria dos casos, o
importante para implantes no
limite apical da região
processo alveolar palatino,
destinada ao implante, uma
onde a espessura da mucosa é
vez que o índice de sucesso
bastante variável.
dos implantes é muito maior
Para um miniimplante palatino, as
quando instalados em gengiva
densidades das mucosas deveriam ser medidas
inserida do que quando
com uma agulha anestésica ou sonda (Fig. 66).
instalados em mucosa
alveolar. Mede-se a
profundidade do sulco
gengival na região da papila
53
recomendam perfurar o comprimento total do o módulo elástico escape para oclusal. Deve-se
implante a ser instalado, preparando um túnel fazer a instalação no mínimo 6 mm acima da
para a inserção do mesmo; outros preconizam papila interdental, uma vez que o movimento
a perfuração somente da cortical. A perfuração intrusivo irá levar a uma remodelação da crista
apenas da cortical é suficiente para a inserção óssea. A falta de observação desta distância
dos miniimplantes e minimiza pode levar à perda do implante ou até à
significativamente o risco de atingir raízes recessão óssea e gengival na região do
vizinhas ao local da instalação. Recomenda-se miniimplante. A instalação nesta região muitas
uma velocidade de aproximadamente 30 vezes torna-se complicada pela presença de
rotações por minuto, acompanhada por uma inserção mais baixa do freio labial no arco
irrigação com soro fisiológico, superior ou faixa estreita de gengiva inserida
preferencialmente gelado, para evitar no arco inferior, exigindo, em alguns casos,
aquecimento ósseo. Para os implantes instalação em mucosa alveolar. Durante o
instalados em gengiva inserida não é planejamento biomecânico, deve-se levar em
necessária abertura de retalho para exposição conta que este miniimplante instalado entre os
óssea, ou seja, a perfuração com a fresa incisivos centrais normalmente está à frente do
helicoidal (ou em forma de lança) pode ser centro de resistência dos incisivos, havendo,
feita diretamente através da gengiva. portanto, uma tendência de vestibularização
Miyawaki et al. (2003); Marassi, Leal dos mesmos durante o processo de intrusão.
e Herdy (2005) recomendam que, caso seja Essas dificuldades (presença do freio e
necessária a instalação de miniimplante na tendência de vestibularização dos incisivos)
região de mucosa alveolar, deve-se fazer uma podem ser contornadas com a instalação de
incisão de aproximadamente 3 mm e afastar os dois miniimplantes, um em cada quadrante,
tecidos moles para perfuração. Nesse caso entre as raízes dos caninos e dos incisivos
pode-se optar por deixar apenas um fio de laterais (Fig. 67 e 68).
amarrilho atravessando a mucosa, para tentar
diminuir o incômodo e a dificuldade de higiene
ao redor do implante, que ocorre comumente
com estes implantes em mucosa alveolar. Estes
casos de instalação em mucosa alveolar
possuem maior índice de insucesso e trazem
maior desconforto para os pacientes. Figura 67- Forma de instalação para intrusão
assimétrica.
Park et al.( 2003); Marassi (2006a),
para os casos de intrusão incisivos e também Fonte: Marassi et al.( 2006a).
de molares, recomendam instalar os Nota: A) Intrusão assimétrica de incisivos
miniimplantes mais perpendiculares em inferiores – arco superior correto em
relação à face.
relação ao longo eixo do dente, para evitar que
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miniimplante e o osso, melhorando a retenção locais de mucosa espessa trazem maior risco
e reduzindo o risco de tocar uma raiz. Na de perda dos miniimplantes, pois aumenta a
sutura palatina utiliza-se de 70 a 90 graus em distância entre o ponto de aplicação da força e
relação ao palato. Na mandíbula é utilizada o osso, criando um braço de alavanca, levando
uma angulação de 30 a 60 graus, para evitar maior pressão à cortical óssea. Nesses casos,
fratura de miniimplantes durante o sugere-se o uso de um miniimplante de maior
procedimento de instalação, sugere-se um diâmetro sempre que possível (Fig. 71).
controle de torque utilizando-se micro-motor
elétrico ou torquímetro manual (Fig. 69 e 70).
com os implantes fornecidos por cada Nota: Caso haja contato com a raiz ou
fabricante. Sugestões para a escolha do ligamento periodontal de um dos dentes
adjacentes, pode-se modificar a posição
diâmetro e do comprimento intraósseo do do implante no mesmo tempo cirúrgico,
parafuso podem ser vistas na (Fig.73). evitando a possível necessidade de nova
intervenção em caso de sensibilidade
pós-operatória.
Figura 76 - Protocolo para escolha dos ancoragem direta, nos casos em que isso não
miniimplantes de acordo com o local de for favorável. Quando o miniimplante for
instalação.
instalado na face palatina do processo alveolar
Fonte: Marassi et al.(2006b). da maxila, o clínico deve observar a presença
da artéria palatina. Apesar de distante das áreas
comuns de instalação, seu posicionamento
Marassi (2006b) afirmam que se
anatômico deve ser revisado pelo dentista que
devem procurar áreas seguras para a instalação
não estiver acostumado a executar cirurgias.
dos miniimplantes com espaços favoráveis
entre as raízes, com maior espessura de cortical
óssea e sem risco de atingir outras estruturas
anatômicas importantes, como nervo
mandibular ou seio maxilar. Em casos de
espaço insuficiente entre as raízes no sítio de
instalação escolhido, o ortodontista pode: 1)
optar por outro sítio instalação; 2) aguardar até
Figura 77 – Instalações bilaterais de
um estágio mais avançado ou mesmo o final da miniimplantes.
fase de alinhamento e nivelamento, quando os
Fonte: Marassi, 2006a .
espaços entre as raízes estarão regularizados,
criando condições mais favoráveis para o Nota: A) Uso da sonda milimetrada para
deixar simétricas as instalações bilaterais.
procedimento de inserção; 3) fazer um preparo B) Marcação da posição vertical de
ortodôntico para a instalação dos instalação do lado oposto.
C) Aspecto pós-operatório imediato
miniimplantes, utilizando colagens atípicas ou lado direito.
arcos segmentados para deliberadamente D) Aspecto pós-operatório imediato
lado esquerdo.
afastar as raízes dos dentes vizinhos ao local de
instalação dos miniimplantes. Caso o operador
Para pacientes menos sensíveis,
decida utilizar miniimplantes autoperfurantes,
principalmente para instalações em maxila,
recomenda-se atenção aumentada em relação
pode-se utilizar, ao invés da anestesia
ao espaço entre raízes, uma vez que estes
infiltrativa, apenas anestésicos tópicos mais
dispositivos têm uma capacidade bem maior de
potentes, como a lidocaína 20% (Fig. 78). Este
60
final da instalação o paciente deve receber, por importante, porque possui cerdas
indicação para ótima higiene ao redor do segurança de higienizar uma área que acabou
implante (muitas vezes os pacientes ficam com de ser manipulada cirurgicamente (Fig. 80).
miniimplante e de técnica não ser muito com colutório anti-séptico a base de triclosan
invasiva. 0,03% por 30 segundos, três vezes ao dia,
durante todo o período do tratamento, tendo
em vista seus comprovados efeitos anti-
sépticos e antiinflamatórios. Também é
indicado um controle profissional da saúde
2.9 Medicação pré-operatória periimplantar semanalmente durante todo o
tratamento, reforçando a orientação das
Bae et al. (2002) relatam a indicação medidas de controle de biofilme
de medicação prévia, se necessário. dentobacteriano.
Di Matteo, Villa e Sendyk (2005)
Orientam o uso de uma medicação pré-
operatória profilática, utilizada uma hora antes 2.10 Aplicação de carga e níveis de força
do procedimento, de um grama do antibiótico
amoxicilina 500 mg (1g) para pacientes não Ohmae et al.(2001); Deguchi et al.
alérgicos a este medicamento. Como profilaxia (2003), ao contrário do que poderia se pensar,
intrabucal, o gluconato de clorexidina a 0,12%, relatam que avaliações histológicas
e extrabucal a clorexidina 2% solução demonstraram maior área de contato ósseo
alcoólica. com os miniimplantes que receberam carga
Marassi, Leal e Herdy (2005), para a precoce do que com aqueles que não
maioria dos pacientes, indica apenas um receberam força ou que receberam carga após
analgésico duas horas antes da instalação. maior período de descanso.
Nascimento, Araújo e Bezerra (2006), Para Fávero, Brollo e Bressan (2002),
nas primeiras duas semanas, recomendam que a carga máxima a ser aplicada deve ser
se higienize o local de inserção do implante proporcional à área de superfície de contato
com escova periodontal extra-macia embebida entre o implante e o tecido ósseo, devendo ser
em solução ou gel de gluconato de clorexedine determinada pelo comprimento, diâmetro e
0,12% por 30 segundos , duas vezes ao dia. A forma do implante. Para que a carga possa ser
indicação desta escova pós-cirúrgica é aplicada, o DAT deve apresentar estabilidade
importante, porque possui cerdas primária e condições de suportar os estresse e
extremamente macias, dando ao paciente a as tensões a que será submetido.
segurança de higienizar uma área que acabou Para Karaman, Basciftci e Polat
de ser manipulada cirurgicamente. A partir da (2002)e Marassi ( 2006a), é muito importante
terceira semana, a higienização da área do que o sistema de forças empregado esteja de
miniimplante e demais regiões deve ser acordo com os objetivos do tratamento. A Fig.
realizada com escova macia e creme dental. 81 ilustra um exemplo de biomecânica
Em adição, deve ser recomendado bochecho adequada para distalização unilateral de
64
molares com a linha de ação de força próxima Kyung, Hong e Park (2003), Marassi,
à altura do centro de resistência dos molares do Leal e Herdy (2004) e Melsen( 2005)
lado direito. Decidiu-se, nesse caso, pela recomendam uma aplicação de força de até,
instalação de dois miniimplantes de 2 mm, aproximadamente, 450 g sobre os implantes de
conjugados com resina, para resistir ao 1,5 mm de comprimento e até 300 g de força
momento provocado pelo braço de extensão sobre os implantes de 1,3 mm de diâmetro.
fixado ao tubo da barra transpalatina, colado Esse limite de força varia de acordo com o
aos miniimplantes. Cada indivíduo deve padrão facial (maior limite em braquifaciais) e
receber um sistema de forças individualizado. com o tipo de osso onde o miniimplante foi
instalado (maior resistência em osso tipo I).
Deve-se dar preferência às forças constantes
das molas de nitinol a módulos elásticos. Caso
se decida pelo uso de módulos elásticos,
forças iniciais excessivas devem ser evitadas.
Uma vez que a condensação óssea ao redor do
miniimplante aumenta após um período de
aplicação de carga, recomenda-se utilizar uma
Figura 81- Sistema de distalização unilateral de força um pouco menor na primeira ativação. É
molares com linha de ação de
muito importante que o ortodontista utilize o
força próxima à altura do centro de
resistência dos molares. dinamômetro para determinar adequadamente
o nível de força que será utilizado, evitando
Fonte: Marassi 2006a.
carga excessiva sobre o miniimplante, o que
Bae et al. (2002) relatam que apenas poderia levar à perda do mesmo.
após duas semanas podem ser aplicadas forças Para Kyung , Hong e Park (2003) e
ortodônticas diretas depois do tecido mole Marassi (2006a), os miniimplantes podem até
cicatrizar. prejudicar os tratamentos se não houver
Deguchi et al. (2003) sugerem a cuidado com os vetores de força gerados, ou
aplicação do sistema de forças planejado no seja, pode ser que o ortodontista tenha um
mesmo dia ou em poucos dias após a ponto de ancoragem máxima, movimentando
instalação do implante. A estabilidade desses um grupo de dentes para a direção errada (Fig.
dispositivos se dá principalmente por retenção 82). Ao elaborar o sistema biomecânico, o
mecânica e as avaliações histológicas ortodontista deve evitar força rotacional no
demonstram maior área de contato ósseo com sentido anti-horário sobre os miniimplantes,
os miniimplantes que receberam carga precoce uma vez que este movimento tende a
do que os que não receberam força ou desestabilizá-los.
receberam carga após maior período de
descanso.
65
mais comumente, à mobilidade e perda do al. (2005) é que a aparatologia ortodôntica seja
miniimplante. Normalmente, a injúria à raiz removida por três semanas, para uma tentativa
será mínima, pois a maioria dos miniimplantes de nova estabilização do miniimplante. A
não tem poder de perfurar as raízes. remoção está indicada nos casos em que
Laboissiére Júnior (2006) referem que houver uma mobilidade moderada ou severa. O
a perda de estabilidade do microparafuso é um micro-parafuso perdido deverá ser descartado.
sinal clínico sugestivo de insucesso, podendo Na literatura internacional o índice de sucesso
ser observado durante ou antes, mesmo que se do micro-parafuso é de 93%, na casuísta
comecem as aplicações de forças no tratamento observada na São Marcos - Clínica
ortodôntico. Esta perda pode estar relacionada Odontológica Integrada o índice é de 90%.
ao erro na técnica cirúrgica, na escolha Araújo et al. (2006) Apesar dos
equivocada do miniimplante ortodôntico, na excelentes resultados alcançados em relatos
manipulação excessiva pelo ortodontista e na clínicos alertam que, a utilização dos
qualidade óssea local ou no planejamento miniimplantes ortodônticos de maneira
inadequado. O controle clínico da saúde rotineira ainda depende de comprovação
periimplantar semanalmente no primeiro mês e científica. A realização de estudos prospectivos
mensalmente durante todo o tratamento, longitudinais controlados poderá fornecer
devendo-se reforçar a orientação das medidas índices de sucesso a curto, médio e longo
de higienização e controle da placa dento prazos, além de elucidar de maneira
bacteriana, é importante como ação preventiva. pormenorizada os principais fatores de risco e
A sensação de dor na região do miniimplante complicações decorrentes da utilização desta
ortodôntico é um sinal clínico sugestivo de técnica. A densidade óssea aliada ou não à
perda de estabilidade ou de lesão de reação subperfuração pode influenciar sobremaneira
inflamatória na mucosa, sendo necessário na resistência ao torque de inserção,
avaliação do profissional responsável. A potencializando o risco de fratura da região
sensação dolorosa em algum dos dentes próxima à cabeça do miniimplante (Fig. 89).
adjacentes ao miniiimplante ortodôntico é um Outro fator fundamental para minimizar o risco
sinal clínico sugestivo de proximidade com as de fratura é a realização de movimentos
raízes. Por se tratar de áreas passíveis de cêntricos para inserção ou remoção do
movimentação dentárias, a causa pode ser a miniimplante ortodôntico, evitando-se torções
própria movimentação em direção do ou momentos de força indesejáveis que
miniimplante ortodôntico, sendo necessário o gerariam uma concentração excessiva de
reposicionamento do mesmo em outro local. forças em zonas específicas e possibilitariam a
Depois de diagnosticada mobilidade quebra do miniimplante.
leve do miniimplante ortodôntico, o
procedimento sugerido por Park, Know e Sung
(2004), Villela (2004) e Laboissiére Júnior et
71
Bae et al. (2002) refere que o uso de ápice, entretanto logo após, houve formação do
ancoragem ortodôntica rígida para movimentar cemento nas mesmas regiões. Inclusive, na
condição física do paciente, a seleção do local simples. Em razão do seu tamanho reduzido,
e ajuste e a higiene oral. apresentam possibilidade de inserção em
Ritto e Kyung (2004a) consideram que vários locais, possibilitando inúmeras
muitas vezes os ortodontistas encontram aplicações clínicas, com mínima colaboração
problemas relacionados com a perda de do paciente. Com o auxílio dos miniimplantes
ancoragem. Apesar de se poderem usar é possível ampliar as possibilidades de
dispositivos adicionais de ancoragem, como a tratamento, além de tornar mais fáceis os casos
força extra-oral, a cooperação do paciente é antes considerados complexos para a
importante. A ancoragem tem, então, um ortodontia com métodos tradicionais de
importante papel no tratamento ortodôntico. Os ancoragem.
implantes protéticos foram usados para
Di Matteo, Villa e Sendyk (2005)
ancoragem absoluta, mas com limitações. A
concluíram, após a verticalização de molares
ancoragem cortical esquelética com
inferiores ancorados em miniimplantes, que
miniimplantes passou a ser usada como rotina.
não houve restrições tanto no procedimento
Dessa forma, o tratamento torna-se mais rápido
cirúrgico de implantação quanto no de
e não se necessita da cooperação do paciente.
remoção dos miniimplantes; que as vantagens
O miniimplante com cabeça de bracket é um
são o baixo custo, a efetividade dos
sistema revolucionário em ortodontia.
miniimplantes na ancoragem ortodôntica.
Pequenas correções podem ser feitas sem
Quanto às desvantagens observadas, foram a
colocar o aparelho fixo completo; arcos
inflamação ao redor do miniimplante e o
segmentados com alças podem ser conectados
desenho do miniimplante, que, segundo o
de forma a movimentarem os dentes.
artigo, provocaram retenção de placa
Segundo Teixeira e Júnior (2004),
bacteriana. Implantes podem ser úteis na
existem inúmeros recursos de ancoragem
redução do tempo de tratamento. e, quando
ortodôntica e todos apresentam indicações
colocados em posições estratégicas, a fim de
precisas e contra-indicações. Os miniimplantes
promoverem vetores de forças favoráveis a
constituem recurso importante de ancoragem,
determinados tipos de movimentos dentários,
pois são de simples instalação, baixo custo,
evitam qualquer tipo de efeito indesejado de
não necessitam de espera para a
dentes naturais, que previamente receberiam
osseointegração e são efetivos, podendo ser
estas forças durante o tratamento ortodôntico.
instalados em diversos sítios ósseos bucais.
Marassi (2006a) relata que os
No caso descrito pelos autores foi efetiva a
miniimplantes têm se mostrado eficientes
verticalização de molares.
como ancoragem esquelética e vêm auxiliando
Marassi, Leal e Herdy (2005), os
os ortodontistas em inúmeras aplicações
miniimplantes têm-se mostrado efetivos como
clínicas. Estes dispositivos libertam os
método de ancoragem em ortodontia, sendo
profissionais da necessidade de colaboração do
sua instalação e remoção relativamente
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