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Os 4 tipos de Depressão menos conhecidos porém muito presentes

Autor: Soraya Rodrigues de Aragao

Este artigo objetiva elucidar as pessoas sobre os principais tipos de Depressão menos conhecidos e suas
principais características, para no caso de identificação com os tipos e sintomas, estas procurem ajuda
médica e psicoterapêutica, objetivando iniciar um tratamento e melhorar sua qualidade de vida.

Depressão Psicótica:

Também denominada Episódio Depressivo Psicótico, este tipo de Depressão é caracterizado por
alucinações, delírios e catatonia. A catatonia é um transtorno psicomotor que é tipificado por causas
neuropsicológicas, apresentando em seu cerne desequilíbrios motores, emotivos e comportamentais.
Caracteriza-se substancialmente por um estado de apatia e especificamente no estado catatônico, o
indivíduo permanece imóvel, numa posição fixa por um determinado período de tempo. Podemos
observar e como o próprio nome sugere, existe um entrelaçamento entre psicose e depressão.

Depressão Reativa:

O sofrimento gerado por perdas, traumas e lutos mal elaborados através de vivências de separação,
negligencia e desamparo, podem ocasiar a Depressão Reativa. Por outro lado, é inerente ao ser humano
pertencer a este mundo de transitoriedade, bem como às suas “leis” de impermanência, muitas vezes
saboreando o gosto amargo da finitude daquilo que gostaríamos que permanecesse. Sendo assim,
muitas vezes por não estarmos preparados para frustrações, perdas e prejuízos que podem acontecer (e
acontecem!) na vida de qualquer pessoa, pode ocorrer a falência dos recursos internos de resiliência do
indivíduo. Sendo assim, os sintomas depressivos podem fazer parte de um quadro de luto e perdas
advindas de situações mal elaboradas. É imprescindível deixar claro que sentir tristeza diante de perdas
é saudável, visto que o indivíduo necessita de uma pausa para ressignificar as suas vivências, digeri-las e
isto requer um certo distanciamento do mundo externo para uma reorganização interna. No entanto, a
Depressão Reativa não é somente uma tristeza, mas sim a experiencia de tristeza que não foi elaborada
devidamente, assumindo portanto, características psicopatológicas.

para saber mais sobre Depressão Reativa: Depressão Reativa


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Depressão Bipolar:

A Depressão Bipolar é um tipo de Depressão que faz parte do quadro clinico do Transtorno Bipolar. O
Transtorno Bipolar tem a fase de mania e a fase depressiva, sendo esta última a Depressão Bipolar. Neste
transtorno, o risco de suicídio é altíssimo, visto que é entre a oscilação do pico da fase de mania e da
fase de depressão que ocorre a ideação e/ ou ação suicida, pois existe uma “quebra” ou passagem da
fase mania (euforia) caracterizado pelo excesso de energia e motivação, para uma fase de baixa de
energia, apatia e pessimismo em um curto período de tempo. Esta gangorra brusca é o pior momento de
risco. É importante não confundir a Depressão Maior, que é unipolar com a Depressão Bipolar. Muitos
pacientes são diagnosticados como depressivos unipolares, sendo que sofrem de Depressão Bipolar,
levando a um tratamento equivocado e conseqüentemente a não melhora ou mesmo a piora do quadro
clinico do paciente.

Depressão pós-parto ou puerperal:

Uma a cada quatro mulheres sofre deste tipo de depressão. Diferente do Blues Puerperal, que é um
estado de tristeza passageiro, a Depressão Pós-parto pode se estender de 6 meses a 1 ano, causando
conseqüências desagradáveis, visto que se trata de um transtorno sério, podendo comprometer a vida
da mãe e do bebe. Os principais sintomas são tristeza, embotamento afetivo, sentimento de culpa e
inutilidade por não sentir-se capaz de cuidar do próprio filho, anedonia (atividades que antes o indivíduo
exercia com prazer não fazem mais nenhum sentido, havendo perda do “gosto de viver”) e sentimento
de grande vazio, desesperança, desinteresse sexual, fadiga intensa e sono excessivo (hipersonia).

Um dos fatores responsáveis pela sintomatologia explicitada acima, são as mudanças hormonais bruscas
e o estresse desencadeado pela mudança na rotina da mulher. Por este motivo, é muito importante que
durante o período gestacional, a mulher se prepare para o período de mudança que está por vir, com
todas as implicações e abdicações que a chegada de um bebe proporciona através da psicoeducaçao. A
mulher com Depressão Pós-parto necessita de uma rede de apoio social, principalmente da
compreensão e apoio da família e amigos neste processo difícil, sendo imprescindível o amparo social.

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