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ENDURECIMENTO SUPERFICIAL
Marcelo F. Moreira
Endurecimento superficial 2
Têmpera superficial
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Endurecimento superficial 3
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Endurecimento superficial 4
Têmpera por indução
Revenimento
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Referências bibliográficas
1- Heat Treater´s Guide 2nd editon ASM International
2- ASM Handbook – vol 4 - Heat Treatment 9th edition
3- IPT – Relatórios técnicos
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TRATAMENTOS TERMOQUÍMICOS
1. CEMENTAÇÃO
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Verifica-se que o coeficiente de difusão depende fortemente da temperatura do
processo. Por exemplo, o coeficiente de difusão do carbono a 925ºC é 40% maior
que a 870ºC.
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Forno de cementação gasosa de operação descontínua (por lotes)
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1.2- CEMENTAÇÃO LÍQUIDA
As camadas cementadas pelo meio líquido são similares às obtidas com o meio
gasoso, entretanto, os ciclos são mais curtos devido ao período de aquecimento
ser mais rápido. Os banhos de sal apresentam coeficientes de transferencia de
calor muito elevados por apresentarem, simultaneamente, condução, convecção e
radiação.
A composição dos banhos é à base de cianetos e o processo dividido em duas
variantes:
Banhos de baixa temperatura – operam em temperaturas entre 845 e 900°C.
São mantidos com uma camada protetiva de carbono (carvão moído) e são
indicados para camadas com profundidades entre 0,13 a 0,25 mm.
Banhos de alta temperatura - operam em temperaturas entre 900ºC e 955ºC.
São indicados para profundidades de camada entre 0,5 mm e 3,0 mm,
entretanto, sua principal característica é o rápido desenvolvimento de camadas
entre 1 e 2 mm.
Principais características:
Processo mais rápido (camadas entre 1 e 2 mm)
Tempos totais de ciclo mais curtos
Facilidade de manuseio das peças (uso de ganchos, ou cestas)
Oferece um controle preciso da camada cementada
Desvantagens do processo
Requer sistema de exaustão sobre o banho, uso de EPI e cuidados adicionais para
evitar contaminação por cianetos.
Neutralização dos banhos via processamento químico, após um determinado
período de operação
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1.3- CEMENTAÇÃO SÓLIDA
Mecanismo:
Em temperaturas elevadas o C combina-se com o oxigênio presente na caixa
formando CO2:
C + O2 → CO2
O CO2 reage o carbono conforme a reação de Bourdoard:
CO2 + C → 2 CO
O CO gerado decompõe-se em carbono atômico que difunde-se no metal:
2 CO → 2 C + O2
A formação de CO é favorecida pela presença dos carbonatos.
Por outro lado a cementação sólida é menos limpa e menos precisa que os outros
processos de cementação. Adicionalmente,
é um processo mais lento que os processos de cementação líquida e
gasosa;
não é adequada para a realização de têmpera diretamente da temperatura
de cementação;
não é adequada para componentes com camadas finas e/ou com tolerâncias
estreitas e
exige um maior trabalho manual para montagem e desmontagem do
aparato.
Operação:
Os compostos para cementação sólida comuns são reutilisáveis e contêm de 10 a
20% de carbonatos de metais alcalinos e carvão vegetal moído ou coque. O
carbonato de bário é o catalisador principal e responde por 70% do teor dos
carbonatos.
As temperaturas de operação estão entre 815ºC e 955ºC.
Os componentes devem posicionados no interior da caixa, de maneira
eqüidistante. A distância recomendada entre as peças e entre elas e as paredes da
caixa deve ser de, no mínimo, 25 mm e deverá ser preenchida pelo composto de
cementação
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A profundidade de camada obtida em função do tempo de cementação a 925ºC
é apresentada na figura baixo:
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TÊMPERA APÓS A CEMENTAÇÃO
T T
cementação
γ+α
Têmpera
γ + Fe3C
α + Fe3C revenimento
T T
cementação Têmpera
γ+α
γ + Fe3C
α + Fe3C revenimento
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c) Têmpera direta
T T
γ+α cementação
γ + Fe3C
Têmpera
α + Fe3C revenimento
tempo
0,2%C 0,8%C %C
REVENIMENTO
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2- NITRETAÇÃO
A temperatura de nitretação gasosa para todos os aços está entre 495 e 565ºC.
Os aços temperados e revenidos são tratados antes da nitretação, sendo que a
temperatura mínima de revenimento deve ser 30ºC superior à temperatura de
nitretação.
Antes de serem nitretados, os componentes são submetidos a uma limpeza
desengraxante com vapor.
Os tempos de tratamento variam entre 10 h e 100 h e as profundidades de
camada típicas estão entre 0,05 mm à 0,5 mm.
Existem duas práticas de nitretação gasosa:
Estágio único – em que os componentes são tratados em temperaturas
entre 495ºC e 525ºC e é formada uma camada dura e frágil de nitretos na
superfície, denominada camada branca.
Duplo estágio (processo Floe) – tem como objetivo reduzir a espessura de
camada branca formada no primeiro estágio.
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Microestrutura obtida em um aço SAE 4140 temperado e revenido e submetido à
nitretação gasosa de único estágio (a) e de duplo estágio (b).
Como na nitretação gasosa, os aços submetidos à nitretação líquida são aços com
teores de carbono entre 0,1 e 1,3% de C, podendo apresentar microestruturas
ferríticas, perlíticas, bainíticas ou martensíticas. Os melhores resultados de
resistência ao desgaste são obtidos com aços “nitralloys” (contendo Al e Cr).
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Desvantagens do processo
Assim como o processo de cementação em banho de sal, os banhos de nitretação
apresentam cianetos de sódio e potássio, exigindo cuidados especiais de
manuseio, operação e descarte destes sais.
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2.3- NITRETAÇÃO IÔNICA ("PLASMA NITRIDING")
Características:
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Informações operacionais:
As temperaturas de operação estão entre 375 e 650°C.
O gás de processo é uma mistura de N2, H2 e, em alguns casos, pequenas
quantidades de metano (CH4). O H2 tem o papel de ajustar o potencial de
nitrogênio (balanço da composição).
Após o aquecimento da carga, o gás de processo é admitido com uma vazão
previamente calculada com base na área total das peças á serem tratadas.
A pressão é normalmente regulada entre 1 e 10 torr.
O resfriamento é realizado com a recirculação do gás de processo ou N2.
Aplicações:
A dureza após a nitretação depende da presença de elementos de liga formadores
de nitretos. Os aços mais empregados são da série "nitralloys" e possuem em sua
composição aproximadamente 1%Al e 1-1,5%Cr.
Outras aplicações envolvem o uso aços-liga contendo Cr, aços inoxidáveis, aços
ferramentas, componentes obtidos por metalurgia do pó e ferros fundidos.
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3- CARBONITRETAÇÃO
Referências bibliográficas
4- Heat Treater´s Guide 2nd editon ASM International
5- ASM Handbook – vol 4 - Heat Treatment 9th edition
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Lista de exercícios – tratamentos termoquímicos
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8- Um componente com 100 mm (4 pol.) de diâmetro usinado em aço SAE 1020 foi
cementado durante 4 horas para a obtenção de uma camada com 1,2 mm e 0,8%
de C. Sua microestrutura após a têmpera e revenimento deve ser constituída por
martensita revenida na superfície (camada cementada) e uma mistura com,
aproximadamente, 50% de martensita revenida e 50% de ferrita no núcleo. Com o
auxílio do diagrama Fe-C abaixo, especificar os ciclos térmicos (temperaturas,
tempos e meios de resfriamento) de têmpera e revenimento necessários para a
obtenção da microestrutura especificada.
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