Você está na página 1de 3

Universidade Serra dos Órgãos – UNIFESO

Teresópolis, 12 de novembro de 2021


Bacharelado em Psicologia - 5° Período
Professor: Sérgio Dias Guimarães Junior
Grupo: Alessandra Guimarães, Fabricia Carvalho, Mariana Savattone, Monalisa
Pais, Quiteria Carvalho.

DISCIPLINA: PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL E DO TRABALHO

INSTRUMENTO AVALIATIVO (AV2) - EXERCÍCIO 2

Considerando que a sociedade capitalista é dividida em classes


sociais, de fato percebemos que essas classes têm interesses opostos, dado
os conflitos do mundo do trabalho e suas manifestações, uma vez que estes
são decorrentes das relações sociais de produção características do sistema
capitalista.
Tendo em vista o momento crítico no qual encontra-se o Brasil,
enfrentando uma grave crise econômica, o governo por vezes possibilita ações
que favorecem para que a classe trabalhadora fique mais pobre, pressionando
os trabalhadores brasileiros a pagar por esta crise para manter os resultados. A
maioria das classes trabalhadoras sofrem com questões como reformas
trabalhistas que têm por objetivo desmontar os direitos das categorias,
retirando benefícios e direitos adquiridos, além de privatizações de instituições
públicas e permissão para sucateamento dos vínculos como terceirizações e
quarteirizações, promovendo assim cada vez mais a precarização das
condições de trabalho.
Não só no âmbito do setor público, mas pincipalmente o setor privado
pode ser gerador de condições desfavoráveis de trabalho, uma vez que os
trabalhadores buscam melhores salários e melhores condições de trabalho, por
outro lado o objetivo dos empresários é aumentar os lucros e expandir a
empresa. Além disso, o valor altamente racionalizado do processo de produção
desde a Revolução Industrial, o aumento da exploração do trabalho humano, a
subsequente acumulação de riqueza e o aumento da desigualdade social
intensificam a hostilidade e as diferenças entre os interesses nas relações de
trabalho.
Vale mencionar que o desenvolvimento tecnológico levou à exclusão
do trabalho humano, a crescente da tecnologia tem feito com que os
trabalhadores trabalhem mais e com menos condições para competir com os
artifícios tecnológicos, sendo atribuído a cada vez mais cargos o trabalhador se
vê sobrecarregado, cansado e desmotivado, prejudicando a sua saúde mental
e sua qualidade de vida. Ainda, outro fator é o processo de desemprego
estrutural também causado pelo desenvolvimento da tecnologia. O status quo
do desenvolvimento capitalista é caracterizado por um alto grau de automação
da produção, ou seja, por meio da substituição do trabalho humano, ocorre
uma grande mudança irreversível no processo de produção.
Condições de trabalho instáveis significa a transferência de
responsabilidades e riscos do Estado para os indivíduos. O quadro atual de
desemprego e empregos informais ilustra bem o aumento da desigualdade
social. Esse fenômeno impacta os indivíduos e a sociedade como um todo,
afetando os níveis de consumo e a qualidade de vida, como perspectivas de
vida futura, proteção social e oportunidades de participação em atividades
coletivas.
Tais práticas e condições de trabalho instáveis muitas vezes implica em
diminuir direitos, liberdades e garantias dos cidadãos, como: liberdade de
expressão, direitos de defesa coletiva, igualdade de tratamento, constituição de
família, descanso e lazer, isto é, os princípios básicos do conceito de cidadania.
Por vezes, o resultado deste cenário desemboca em dificuldade ou
impossibilidade de se aposentar no futuro, por exemplo.
Ao analisar as formas de trabalho instável, podemos verificar que se
trata de práticas amplamente inseguras e de baixos salários, que, em vez de
contribuírem para a melhoria da vida familiar, têm causado graves problemas
financeiros, acarretando problemas de saúde mental àqueles que precisam se
submeter à tais condições.

Você também pode gostar