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Qualificação de electricidade instaladora

Título da Unidade de Executar com segurança todos os trabalhos de práticas de ajuste Código UC EPI022006201
Competência:
Resultados de aprendizagem para o elemento de competência 1
Elemento de Competência1 1. Cumprir com os regulamentos de higiene, segurança e ambientais durante os trabalhos de práticas de ajuste
Critérios de Desempenho: Resultados de aprendizagem Meios de ensino
1. Definir a higiene, saúde e segurança no trabalho (HSST) e os conceitos a sua Texto de apoio
volta: Higiene no trabalho, Saúde, saúde laboral, Segurança no trabalho, doença,
a) Descrever correctamente as regras doença, trabalho, risco de acidente, perigo, acidente no trabalho.
gerais de segurança para um ambiente 2. Conhecer a legislação de trabalho sobre a HSST: deveres da entidade patronal, Texto de apoio
de trabalho de práticas de ajuste deveres dos trabalhadores, direitos dos trabalhadores, conceito de acidente de
trabalho.
3. Descrever as condições perfeita do posto de trabalho e local de trabalho. Texto de apoio
b) Identificar correctamente os 4.Conhecer os equipamentos de protecção coletiva, suas características e Texto de apoio e instalações da
símbolos e sinais de segurança no utilidade. oficina.
local de trabalho. 5. Identificar e interpretar os EPC existentes no ambiente de trabalho.
c) Descrever correctamente os 6. Mencionar diferentes causas ou situações que envolvem acidente no trabalho. .
procedimentos de resposta a acidentes 7. Descrever as regras gerais da técnica de segurança no trabalho de ajuste. Texto de apoio
e ocorrências. 8. Descrever os procedimentos a tomar após um acidente de trabalho.
9. Conhecer as estruturas nacionais ligadas a segurança no trabalho.
d) Descrever correctamente os
métodos e equipamentos de protecção 10. Caracterizar os e equipamentos de protecção pessoal e sua aplicabilidade. Texto de apoio
pessoal.
e) Vestir as roupas e equipamentos de 11. Apresentar vestido os EPIs e usá-los sempre durante os trabalhos: botas, EPIS: botas, luvas, capacete, fato
protecção pessoal apropriados para o luvas, capacete, fato de trabalho, abafadores, óculos transparentes. de trabalho, abafadores, óculos
ambiente de trabalho. transparentes.
f) Identificar os principais perigos 12. Descrever os tipos de riscos existentes no ambiente de trabalho. Texto de apoio e instalações da
existentes durante os trabalhos de 13. Avaliar as condições de segurança no ambiente de trabalho. oficina.
práticas de ajuste.

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Resultados de aprendizagem para o elemento de competência 2


Elemento de Competência 2 2. Primeiro socorro para acidentados durante os trabalhos de práticas de ajuste
Critérios de Desempenho: Resultados de aprendizagem Meios de ensino
a) Identificar os perigos específicos 1. Analisar e detectar causas, riscos e classificar acidentes no local de trabalho. Texto de apoio e gravuras
em trabalhos de práticas de ajuste.
2. Descrever os procedimentos a tomar em casos de primeiros socorros.
3. Descrever os métodos de respiração artificial.
4. Descrever o método de massagem cardíaca.
b) Prestar primeiro socorros às vítimas 5. Descrever os procedimentos a tomar em casos de hemorragias. Texto de apoio
de acidentes em trabalhos de práticas 6. Descrever os procedimentos a tomar em casos de fraturas.
de ajuste. 7. Descrever os procedimentos a tomar em casos de eletrocussão.
8. Descrever os procedimentos a tomar em casos de queimaduras.
9. Descrever os procedimentos a tomar em casos de problemas nos olhos.
10. Descrever os procedimentos a tomar em casos de insolação.
11. Descrever os procedimentos a tomar em casos de transportar uma vitima de
acidente.

Resultados de aprendizagem para o elemento de competência 3


Elemento de Competência 3 3. Ler e interpretar correctamente sinalização e símbolos de segurança
Critérios de Desempenho: Resultados de aprendizagem Meios de ensino
a) Explicar o significado da cada uma 1. Caracterizar os símbolos e sinais de segurança verticais.
das cores e diferentes tipos de
sinalização. 2. Descrever os símbolos e sinais de segurança horizontais. Texto de apoio
b) Explicar o significado do cada um 3. Descrever as cores existentes nas máquinas.
dos formatos, cores utilizadas e tipos
de símbolos de segurança.

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INTRODUÇÃO

Durante as actividades habituais de eletricidade, existe uma gama de trabalhos que


requerem o uso de operações elementares de serralharia de bancada ou também
chamados de operações de ajuste.

Ajustador é o profissional que trabalha manualmente os metais fabricando peças


simples empregando operações de interpretação de desenho, medição, corte, desbaste,
abertura de furos, martelagem, dobramento, etc.

Estas operações de serralharia de bancada estão presentes em muitas profissões da área


industrial. Não se trata de aprender o curso de serralheiro, mas aplicar as tais operações
em eletricidade, para solucionar solicitações sem intervenção do profissional
serralheiro.

Assim a qualificação de eletricidade instaladora possui 4 módulos de ajuste :

1. Executar com segurança todos os trabalhos de práticas de ajuste. Possui 20 horas


com três (3) elementos de competência.

2. Preparar e aplicar ferramentas manuais para práticas de ajuste. Possui 20 horas com
três (3) elementos de competência.

3. Efectuar as traçagens na peça a ser trabalhada, de acordo com o diagrama. Possui 20


horas com dois (2) elementos de competência.

4. Executar trabalhos de práticas de ajuste de acordo com as instruções dadas. Possui


20 horas com quatro (4) elementos de competência.

Desejamos a todos um bom estudo e proveito destes módulos


.

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EXECUTAR COM SEGURANÇA TODOS OS TRABALHOS DE PRÁTICAS DE


AJUSTE

1. Cumprir com os regulamentos de higiene, segurança e ambientais


durante os trabalhos de práticas de ajuste.
1.1. Noção de Posto de trabalho e local tipo de trabalho que nele se vai
de trabalho. desenvolver.

Quando falamos de locais de trabalho,


falamos de um conceito muito geral,
que engloba todo o lugar em que o O posto de trabalho do ajustador
organiza-se em função das
trabalhador se encontra ou deve dirigir- características específicas da tarefa e do
se em virtude do seu trabalho e em que tipo de produção estando constituído,
esteja, directa ou indirectamente, sujeito regra geral, pela bancada de trabalho , o
ao controlo do empregador. torno de aperto e os implementos de
trabalho.
O posto de trabalho, por seu turno, é o
lugar específico, naquele local, em que
o trabalhador desenvolve o grosso da
sua actividade. Compreende o local que
o trabalhador ocupa no desempenho das
suas tarefas, concebido em função do

Nas oficinas de ajuste encontram-se instalados os aparelhos e dispositivos tanto de uso


individual de cada um dos serralheiros como comuns de todo pessoal da oficina.
Aos implementos de uso individual atribuem-se as bancadas de trabalho providas de
tornos de aperto, enquanto aos de emprego comum pertencem a perfuradora, a
esmeriladora, a mesa de traçar, o serrote mecanico, a guilhotina , etc.

A bancada de trabalho é o implemento


fundamental do posto de trabalho,
indispensável para efectuar as operações
manuais; tem a forma de uma mesa
especial que deve ser robusta e firme.

1.2. Definir a higiene, saúde e segurança no trabalho (HSST) e os conceitos a sua volta.

 A Higiene e Segurança no Trabalho (H.S.T)é na prática uma actividade com o objectivo de


garantir condições de trabalho capazes de manter o nível de saúde dos trabalhadores numa
unidade de trabalho.

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 Higiene no trabalho é o combate do ponto de vista não médico, as doenças profissionais,


identificando os factores que podem afectar o ambiente do trabalho e o trabalhador, visando
eliminar ou reduzir os riscos profissionais.

 Segurança no trabalho é o conjunto de medidas que são adoptadas visando minimizar os


acidentes no trabalho, doenças ocupacionais, bem como proteger a integridade e capacidade
do trabalhador.

 Os protagonistas de uma boa higiene e segurança no trabalho são as empresas e o


trabalhador.

 Acidente é um evento inesperado e indesejável que causa danos pessoais, materiais,


danos financeiros e que ocorre de modo não intencional. Exemplos físicos incluem
colisões e quedas indesejadas, lesões por tocar em algo afiado, quente, elétrico ou
ingerir veneno.

 Acidente no trabalho – acidente que se verifica no exercício de uma actividade econômica


pessoal ou do patronato, que causa danos pessoais, materiais, danos financeiros e que
ocorre de modo não intencional.

 Saúde - é um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não apenas a


ausência de doenças.

 Saúde laboral ou saúde ocupacional é o conjunto de regras e procedimentos para


minimizar, eliminar e neutralizar os riscos decorrentes das atividades laborais. É
fiscalizada através de programas obrigatórios por lei. Essas ações são fiscalizadas
pelo Ministério da Economia, Ministério do Trabalho e Emprego, e pelo Ministério
da saúde, com o objetivo de garantir que organizações privadas, públicas e órgãos
governamentais adotem medidas de segurança e medicina a seus trabalhadores.

 Doença é uma condição particular anormal que afeta negativamente o organismo e a


estrutura ou função de parte de ou de todo um organismo, e que não é causada por
um trauma físico externo. Doenças são freqüentemente interpretadas como
condições médicas que são associadas a sintomas e sinais específicos.

 Doença de trabalho - Por lei, a doença do trabalho é definida como “a adquirida ou


desencadeada em função de condições especiais em que o trabalho é realizado e
com ele se relacione diretamente”.

 Doença profissional - é uma infecção provocada por umas Extremidades


Empresariais, repetida e durável, que tem origem no exercício da profissão. Resulta
diretamente das condições de trabalho e causa incapacidade para o exercício da
profissão ou morte.

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Existe diferença entre a doença profissional e doença do trabalho: a doença do


trabalho acontece por conta do ambiente de trabalho; e a doença profissional é causada
de forma direta pela atividade profissional.

 Risco de acidente - é a possibilidade, elevada ou reduzida, de alguém sofrer lesões


ou danos provocados por um fator de risco presente em sua atividade ou em seu
ambiente de trabalho. Por exemplo, saindo para caminhar no meio de uma
tempestade, você corre o risco de ser atingido por um raio, enquanto a chuva forte é
o perigo.

 Perigo de acidente - condição com potencial de causar uma situação em que ocorre
uma tragédia ou a perda de algo ou alguém. Por exemplo, no trânsito um exemplo
de perigo seria dirigir em alta velocidade, não fazer a manutenção adequada no carro
e não respeitar as leis de trânsito. Os perigos podem estar sinalizados, por meio de
placas, por exemplo, para que as pessoas tenham consciência e o risco seja
eliminado ou reduzido.

 DANO - prejuízo ou estrago causado por algum acidente. Pode ser físico ou
material, como por exemplo, a fratura de um membro do corpo durante o acidente
de carro e/ou algum componente do carro que precisará ser arrumado.

1.3. Conhecer a legislação de trabalho sobre a HSST: deveres da entidade patronal,


deveres dos trabalhadores, direitos dos trabalhadores, conceito de acidente de
trabalho.

1.3.1. Artigo 59: Deveres do empregador

O empregador tem, em especial, os seguintes deveres:

a) Respeitar os direitos e garantias do trabalhador cumprindo, integralmente, todas as


obrigações decorrentes do contrato de trabalho e das normas que o regem;

b) Garantir a observância das normas de higiene e segurança no trabalho, bem como


investigar as causas dos acidentes de trabalho e doenças profissionais, adoptando
medidas adequadas à sua prevenção;

c) Respeitar e tratar com correcção e urbanidade o trabalhador;

d) Proporcionar ao trabalhador boas condições físicas e morais no local de trabalho;

e) Pagar ao trabalhador uma remuneração justa em função da quantidade e qualidade do


trabalho prestado;

f) Atribuir ao trabalhador uma categoria profissional correspondente às funções ou


actividades que desempenha;

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g) Manter a categoria profissional atribuída ao trabalhador não a baixando,


excepto nos casos expressamente previstos na lei ou nos instrumentos de
regulamentação colectiva de trabalho;

h) Manter inalterado o local e o horário de trabalho do trabalhador, salvo nos casos


previstos na lei, no contrato individual de trabalho ou nos instrumentos de
regulamentação colectiva de trabalho;

i) Permitir ao trabalhador o exercício de actividade sindical não o prejudicando pelo


exercício de cargos sindicais;

j) Não obrigar o trabalhador a adquirir bens ou a utilizar serviços fornecidos pelo


empregador ou por pessoa por ele indicada;

k) Não explorar, com fins lucrativos, refeitórios, cantinas, creches ou quaisquer


outros estabelecimentos relacionados com o trabalho, fornecimento de bens ou
prestação de serviços aos trabalhadores.

1.3.2. Artigo 58: Deveres do trabalhador

O trabalhador tem, em especial, os seguintes deveres:

a) Comparecer ao serviço com pontualidade e assiduidade;

b) Prestar o trabalho com zelo e diligência;

c) Respeitar e tratar com correcção e lealdade o empregador, os superiores hierárquicos,


os colegas de trabalho e demais pessoas que estejam ou entrem em contacto com a
empresa;

d) Obedecer a ordens legais e a instruções do empregador, dos seus representantes ou


dos superiores hierárquicos do trabalhador, e cumprir as demais obrigações decorrentes
do contrato de trabalho, excepto as ilegais ou as que sejam contrárias aos seus direitos e
garantias;

e) Utilizar correctamente e conservar em boas condições os bens e equipamentos de


trabalho que lhe forem confiados pelo empregador;

f) Guardar sigilo profissional, não divulgando, em caso algum, informações referentes à


sua organização, métodos de produção ou negócios da empresa ou estabelecimento;

g) Não utilizar para fins pessoais ou alheios ao serviço, sem a devida autorização do
empregador ou seu representante, os locais, equipamentos, bens, serviços e meios de
trabalho da empresa;

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h) Ser leal ao empregador, designadamente não negociando por conta própria ou


alheia, em concorrência com ele, bem como colaborando para a melhoria do sistema de
segurança, higiene e saúde no trabalho;

a) Proteger os bens do local de trabalho e os resultantes da produção contra qualquer


danificação, destruição ou perda.

1.3.3. Artigo 54: Direitos do trabalhador

Ao trabalhador é, nomeadamente, reconhecido o direito a:

a) Ter assegurado um posto de trabalho em função das suas capacidades,


preparação técnico-profissional, necessidades do local de trabalho e possibilidades
de desenvolvimento económico nacional;

b) Ter assegurada a estabilidade do posto de trabalho desempenhando as suas funções,


nos termos do contrato de trabalho, do instrumento de regulamentação colectiva de
trabalho e da legislação em vigor;

c) Ser tratado com correcção e respeito, sendo punidos por lei os actos que atentem
contra a sua honra, bom nome, imagem pública, vida privada e dignidade;

d) Ser remunerado em função da quantidade e qualidade do trabalho que presta;

e) Poder concorrer para o acesso a categorias superiores, em função da sua qualificação,


experiência, resultados obtidos no trabalho, avaliações e necessidades do local de
trabalho;

f) Ter assegurado o descanso diário, semanal e férias anuais remuneradas;

g) Beneficiar de medidas apropriadas de protecção, segurança e higiene no trabalho


aptas a assegurar a sua integridade física, moral e mental;

h) Beneficiar de assistência médica e medicamentosa e de indemnização em caso


de acidente de trabalho ou doença profissional;

i) Dirigir-se à Inspecção do Trabalho ou aos órgãos da jurisdição laboral, sempre que


se vir prejudicado nos seus direitos;

j) Associar-se livremente em organizações profissionais ou sindicatos, conforme o


previsto na Constituição da República;

k) Beneficiar das condições adequadas de assistência em caso de incapacidade e na


velhice, de acordo com a lei.

1.3.4. Artigo 222: Conceito de acidente de trabalho

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1. Acidente de trabalho é o sinistro que se verifica, no local e durante o tempo do


trabalho, desde que produza, directa ou indirectamente, no trabalhador subordinado
lesão corporal, perturbação funcional ou doença de que resulte a morte ou redução na
capacidade de trabalho ou de ganho.

2. Considera-se ainda acidente de trabalho o que ocorra:

a) Na ida ou regresso do local de trabalho, quando utilizado meio de transporte


fornecido pelo empregador, ou quando o acidente seja consequência de particular perigo
do percurso normal ou de outras circunstâncias que tenham agravado o risco do mesmo
percurso;

b) Antes ou depois da prestação do trabalho, desde que directamente relacionado com a


preparação ou termo dessa prestação;

c) Por ocasião da prestação do trabalho fora do local e tempo do trabalho normal, se se


verificar enquanto o trabalhador executa ordens ou realiza serviços sob direcção e
autoridade do empregador;

d) Na execução de serviços, ainda que não profissionais, fora do local e tempo


de trabalho, prestados espontaneamente pelo trabalhador ao empregador de que possa
resultar proveito económico para este.

3. Se a lesão resultante do acidente de trabalho ou doença profissional não for


reconhecida imediatamente, compete à vítima ou aos beneficiários legais provar que foi
consequência dele.

1.3.5. Artigo 223: Descaracterização do acidente de trabalho

1. O empregador não está obrigado a indemnizar o acidente que:

a) For intencionalmente provocado pelo próprio sinistrado;

b) Resultar de negligência indesculpável do sinistrado, por acto ou omissão de ordens


expressas, recebidas de pessoas a quem estiver profissionalmente subordinado; dos
actos da vítima que diminuam as condições de segurança estabelecidas pelo empregador
ou exigidas pela natureza particular do trabalho;

c) For conseqüência de ofensas corporais voluntárias, excepto se estas tiverem relação


imediata com outro acidente ou a vítima as tiver sofrido devido à natureza das funções
que desempenhe;

d) Advier da privação do uso da razão do sinistrado, permanente ou ocasional, excepto


se a privação derivar da própria prestação do trabalho, ou se o empregador, conhecendo
o estado do sinistrado consentir na prestação;

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e) Provier de caso de força maior, salvo se constituir risco normal da profissão ou se se


produzir durante a execução de serviço expressamente ordenado pelo empregador, em
condições de perigo manifesto.

2. Para efeitos desta subsecção, entende-se por caso de força maior o que, sendo devido
a forças inevitáveis da natureza, independentes de intervenção humana, não constitua
risco normal da profissão nem se produza ao executar serviço expressamente ordenado
pelo empregador em condições de perigo evidente.

1.4. Descrever as condições perfeita do posto de trabalho e local de trabalho.

As perfeitas condições de segurança e higiene no trabalho constituem um factor de


primeira importância, pelo que nunca são demasiados os cuidados a ter. É
absolutamente necessário que cada pessoa que intervenha na actividade laboral tenha
plena consciência de que, tanto o acidente de trabalho, como a doença profissional,
podem e devem evitar-se.

As condições de higiene e segurança no trabalho são regulamentadas pela lei de uma


maneira geral, mas estas regras gerais devem concretizar-se e especificar-se em cada
posto de trabalho para se chegar até ao mais pequeno detalhe de aplicação, que
elimine qualquer causa de risco.

Dentre os factores mais importantes na prevenção de acidentes de trabalho


salientam-se os seguintes:

 ASSEIO PESSOAL

O asseio pessoal é absolutamente necessário na prevenção de acidentes de trabalho


e deve-se observar o seguinte:

 A roupa de trabalho deve manter-se limpo.


 As mãos e os braços devem ser lavados após cada período de trabalho, e sempre
antes de beber e/ou comer.
 O local de trabalho deve manter-se limpo e sobretudo arrumado.

 ATENÇÃO

A maioria dos acidentes de trabalho é devida à distracção das pessoas. Para a perfeita
segurança, o trabalhador na oficina mecânica deve em primeiro lugar prestar a
qualquer trabalho que efectua, toda a sua atenção, independentemente da sua
importância, pois é muitas vezes nos trabalhos mais simples e de menor
responsabilidade que surgem os acidentes imprevistos.

 VESTUÁRIO

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Este deve preservar o asseio do corpo, permitindo à fácil movimentação do


operário . Deve ser roupa apropriada para trabalhar. As mangas da camisa ou do casaco
devem ser apertadas ao pulso.

 UTILIZAÇÃO DAS FERRAMENTAS

Os acidentes referentes à má utilização das ferramentas de trabalho são


normalmente devidos a:

 Utilização da ferramenta inadequada para a operação em vista.


 Más condições da ferramenta, como desgaste, isolamento, limpeza.

 ILUMINAÇÃO DO LOCAL DE TRABALHO

A boa iluminação do local de trabalho é factor de grande importância, pois evita os


acidentes devido a falta de visibilidade. Mesmo a iluminação deficiente provoca a
fadiga, o que pode também dar origem a acidente. Quando se trabalha em locais onde a
luz tem acesso difícil é melhor utilizar lâmpadas portáteis como lanternas, gambiarras,
etc.

1.5. Conhecer os equipamentos de protecção coletiva, suas características e


utilidade.

Equipamentos de Proteção Coletiva, ou EPC, são equipamentos utilizados para proteção


de segurança enquanto um grupo de pessoas realiza determinada tarefa ou atividade.

Esses dispositivos têm como principal intuito melhorar a Segurança do Trabalho dentro
de ambientes que oferecem riscos à saúde e segurança física dos trabalhadores. Além de
evitar acidentes de trabalho e possíveis doenças ocupacionais, os equipamentos de
proteção coletiva servem para atenuar cada um dos riscos presentes no ambiente.

Outra função de alguns modelos de EPC também é sinalizar o perigo ou áreas


delimitadas, com o objetivo de diminuir os índices de problemas trabalhistas.

Dentre os principais tipos de Equipamento de Proteção Coletiva (EPC), podemos citar:

 Abafadores de máquinas;  Lava-olhos


 Redes de Proteção ( nylon)  Placas de Sinalização (saída,
 Cavaletes; entrada, escadas, etc);
 Chuveiros de segurança  Proteção contra ruídos e vibrações;
 Cones de Sinalização;  Purificador de ar;
 Exaustor para tipos de gás e  Sensores de presença;
vapores;  Sinalizadores de segurança (como
 Exaustores placas e cartazes de advertência, ou
 Extintores de incêndio fitas zebradas)
 Fita de Sinalização;  Sistema de Alarmes;
 Kit de primeiros socorros

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 Sistema de Iluminação de  Sistema de Ventilação e Exaustão;


Emergência.

1.6. Mencionar diferentes causas ou situações que envolvem acidente no trabalho.

1.6.1. ACTO INSEGURO

É a maneira como a pessoa se expõe, conscientemente ou inconscientemente, ao risco


de sofrer acidentes. Exemplos:

 Efectuar trabalhos sem autorização.


 Limpar máquinas em movimento.
 Correr ou brincar em serviço, etc.
 Subir em telhado ou andaime sem cinto de segurança contra quedas.
 Ligar fichas de aparelhos eléctricos com as mãos molhadas.
 Ficar junto ou sob cargas suspensas.
 Usar máquinas sem ter permissão e/ou habilitação.
 Lubrificar, ajustar ou limpar máquinas em movimento.
 Improvisar ou fazer mau uso de ferramentas manuais.
 Não usar equipamento de protecção individual.
 Manusear incorrectamente produtos químicos.
 Transportar ou empilhar material de forma insegura.
 Fumar ou usar chamas em lugares indevidos.
 Fazer brincadeiras ou exibicionismo nas oficinas.

1.6.2. CONDIÇÃO INSEGURA

É a condição característica do local de trabalho (irregularidades em máquinas,


equipamentos etc.) ou da forma com que o trabalho é administrado (falta de
formação profissional, horas extras excessivas, etc.) que pode levar a ocorrência de
acidentes. São as condições que, presentes no ambiente de trabalho, comprometem
a segurança do trabalhador e a própria segurança das instalações e dos equipamentos.
Exemplos de condições inseguras no local de trabalho:

 Instalação eléctrica com cabos desencapados.


 Quadros eléctricos sem porta (ou com porta aberta).
 Máquinas em estado precário de manutenção.
 Falta de resguardos em máquinas e equipamentos.
 Andaime feito com materiais inadequados.
 Passagens perigosas.
 Iluminação inadequada.
 Ventilação inadequada.

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 Escassez de espaço.
 Má arrumação.
 Chão suja, escorregadio, com óleo e graxa, etc.

1.6.3. FACTOR PESSOAL:

São os factores que dão origem às condições ou os actos inseguros, como:

 Distracção.
 Esquecimento.
 Ignorância e/ou falta de conhecimento.
 Influência de álcool ou droga.
 Agressividade.
 Falhas orgânicas do acidentado, desmaios, ataque epiléptico.

1.7. Descrever as regras gerais da técnica de segurança no trabalho de ajuste.

 Requisitos da técnica de segurança a ter antes de começar o trabalho


a) Usar a roupa de trabalho e verificar que nela não há extremidades soltas,
arregaçando-se as mangas;

b) Verificar a bancada de trabalho que deve estar sólida e firme e firme, com uma altura
que corresponda à estatura do operário. O torno de bancada tem de estar em bom estado
segurado bem na bancada, devendo o fuso rotar livremente na orca e os maxilares
possuírem os mordentes;

c) Preparar o posto de trabalho, deixar livre de obstáculos a área de trabalho requerida,


retirando os objetos desnecessários, estabelecer a luminosidade adequada do posto de
trabalho. Preparar e distribuir na ordem requerida as ferramentas e os implementos
indispensáveis para executar o trabalho;

d) Verificar o estado das ferramentas a correcta preparação e afiamento das mesmas.

e) Verificar a prontidão dos aparelhos e das máquinas a serem empregadas na execução


das operações e o estado do anteparo protector.

 Requisitos da técnica de segurança a ter durante os trabalhos

a) Segurar bem no torno a peca a trabalhar, procurando não deixar cair, no decorrer da
montagem da mesma no torno ou afrouxando-a, visto que a sua queda pode causar
lesão.

b) Eliminar as limalhas da bancada de trabalho ou da peca a trabalhar a penas por meio


da escova.
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c) No decorrer do corte a cinzel dos metais convêm procurar que os fragmentos cortados
sejam projectados no sentido que não representem perigo algum para as pessoas que
permanecem na oficina, devendo-se interpor na sua trajectória uma rede protectora, o
operário deve trabalhar sempre com os óculos protectores. No caso de as condições de
trabalho não possibilitar empregar a rede protectora, o cinzelamento tem de se efectuar
de maneira que os fragmentos cortados sejam projectados nos sentidos onde não haja
pessoas.

d) Não convêm empregar suportes improvisados nem aparelhos ou outros implementos


inadequados ou estragados.

e) Não se admite deixar a roupa de trabalho suja em querosene, gasolina, gasóleo ou


óleo.

 Requisitos da técnica de segurança a ter no fim dos trabalhos

a) Fazer limpeza no posto de trabalho.

b) Colocar as ferramentas, os acessórios e outros implementos nos seus respectivos


lugares (caixas de ferramentas e ferramentaria).

c) Para evitar as inflamações espontâneas das estopas usadas na limpeza convêm


guardar as mesmas e outros materiais de limpeza no lugar seguro.

1.8. Descrever os procedimentos a tomar após um acidente de trabalho.

 Acidentes com Afastamento: É aquele que impossibilita o retorno do acidentado


ao trabalho na jornada normal do dia seguinte.

 Acidente sem Afastamento: É aquele em que o retorno do acidentado ao trabalho


ocorre no dia do acidente ou no dia seguinte.

 Acidente sem Vítima – Incidente: É toda a ocorrência não programada que


interrompe a actividade normal de trabalho resultando somente em danos
materiais ou ao meio ambiente.

 Documentação de Acidente de Trabalho: Para todo acidente de trabalho ocorrido,


deve ser providenciada uma comunicação interna isto é a “Ficha de Levantamento
de Dados e Análise” e externa, isto é “Comunicação de Acidentes do Trabalho”
(CAT).

 Comunicação Interna: É o registro feito pelo sector de segurança que tem por
finalidade informar internamente a ocorrência para que sejam tomadas as medidas

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correctivas. Sempre que ocorrer acidente que resulte em vulto, perda de membro ou
função orgânica e ainda, cause prejuízo de grande monta, a comissão se reunirá em
carácter extraordinário em prazo máximo de 48 horas, após a ocorrência do acidente
podendo ser exigida a presença do responsável pelo sector onde ocorreu o mesmo.

 Comunicação Externa: É a obrigação legal que a empresa tem de comunicar o


acidente ao Instituto Nacional de Segurança Social (INSS) no período
preferencialmente de 24 horas podendo ser até no máximo de 15 dias. Em caso de
morte, deve se avisar imediatamente as autoridades policiais. O não cumprimento do
estabelecido pela legislação poderá implicar em multas, além do não pagamento dos
benefícios pelo INSS e envolvimento civil.

 Custos dos Acidentes: Os prejuízos ocasionados pelos acidentes de trabalho


afectam em geral a família, a empresa e até mesmo a nação. Veja exemplos:

 Família - lesão incapacitante e até a morte, da principal fonte de recursos


económico-financeiro da família;
 Afastamento do trabalho e diminuição dos rendimentos;
 Dificuldades na manutenção da família;
 Factor psicológico.

 Empresa – custos do acidente;


 Tempo perdido com o empregado e seus colegas;
 Aumento dos custos pela danificação de máquina, material ou equipamento;
 Atraso nas entregas dos produtos a clientes;
 Aumento do custo produtivo resultante de redução de produtividade;
 Custo indirecto com treinamento e adaptação do novo funcionário para a função.

 Nação – aumento de impostos e taxa de seguros.

 Redução dos riscos de acidente-Os acidentes são evitados com a aplicação de


medidas específicas de segurança, seleccionadas de forma a estabelecer maior
eficácia na prevenção da segurança.Na redução dos riscos de acidente de trabalho,
as prioridades são:

 Eliminação do risco - significa torná-lo definitivamente inexistente, o que poucas


vezes se consegue. Exemplo: Uma escada com piso escorregadio representa um
sério risco de acidente. Esse risco poderá ser eliminado com um piso
antiderrapante.

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 Neutralização do risco - o risco existe, mas está controlado. Esta opção é utilizada
na impossibilidade temporária ou definitiva da eliminação de um risco. Exemplo:
As partes móveis de uma máquina como polias, engrenagens, correias etc., devem
ser neutralizadas com anteparos de protecção, uma vez que essas peças das
máquinas não podem ser simplesmente eliminadas.

 Sinalização do risco - é a medida que deve ser tomada quando não for possível
eliminar ou isolar o risco. Exemplo: Máquinas em manutenção devem ser
sinalizadas com placas de advertência; locais onde é proibido fumar devem ser
devidamente sinalizados.

1.9. Conhecer as estruturas nacionais ligadas a segurança no trabalho. estruturas


que tratam de Higiene e Segurança no Trabalho

As estruturas que tratam de Higiene e Segurança no Trabalho podem se dividir em


órgãos

nacionais e órgãos a nível da empresa.

A nível nacional temos:

a) Ministério do trabalho – Inspecção do trabalho.

b) Ministério de saúde – Medicina laboral.

c) Ministério do interior – Corpo de salvação pública (profiláctica de incêndios).

d) Empresas de Seguros – EMOSE, Impar e outras.

e) Cruz Vermelha de Moçambique – Socorristas.

f) Instituto Nacional de Segurança Social (I.N.S.S) – pensões vitalícias.

g) Organização dos Trabalhadores Moçambicanos – O.T.M – Central Sindical

A nível da empresa temos:

a) A entidade empregadora

b) Chefes para cada secção.

c) Conselho de produção.

d) Monitor de Higiene e Segurança.

e) Posto de Primeiros Socorros.

f) Representação dos Sindicatos.

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1.10. Caracterizar os e equipamentos de protecção pessoal e sua aplicabilidade.

Todas as actividades profissionais que representam qualquer risco físico para o


trabalhador devem ser cumpridas com o auxílio de EPIs – Equipamentos de
Protecção Individual, que entre outros incluem óculos, protectores auriculares,
máscaras, capacetes, luvas, botas, cintos de seguranças.Esses acessórios são
indispensáveis em fábricas e processos industriais em geral, e alguns deles são
indispensáveis na oficina mecânica.

O uso do EPI é fundamental para garantir a saúde e a protecção do trabalhador, evitando


consequências negativas em casos de acidentes de trabalho. Além disso, o EPI também
é usado para garantir que o profissional não será exposto a doenças ocupacionais, que
podem comprometer a capacidade de trabalho e de vida dos profissionais durante e
depois da fase activa de trabalho.

Todos os trabalhadores devem utilizar os equipamentos de protecção individual


adequados:

 Óculos ou viseiras de protecção contra a projecção de limalhas, aparas ou


fragmentos da máquina (principalmente ao mecanizar metais muito duros, frágeis ou
quebradiços)

 Calçado de segurança que proteja contra os esmagamento (por queda de peças


pesadas) e perfuração ou corte (recomenda-se a utilização de botas ou sapato com
biqueira e palmilha de aço)

 Luvas adequadas ao trabalho a realizar (ter especial atenção ao manusear peças com
arestas vivas)

 As limalhas e aparas resultantes do processo de maquinação nunca devem ser


retiradas com as mãos; para tal deve ser utilizado:
 Um pincel ou similar quando estas se encontram secas
 Uma escova de borracha quando estas se encontram húmidas ou com gordura

 Não utilizar acessórios durante o trabalho: anéis pulseiras, brincos, colares, etc.

 Os cabelos compridos devem ser usados sempre presos e protegidos por uma touca,
chapéu ou similar

 Os trabalhadores não devem utilizar a barba comprida (pode ficar presa em


elementos da máquina dotados de movimento).

1.11. Descrever os tipos de riscos existentes no ambiente de trabalho.

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Consideram -se riscos ambientais os agentes físicos, químicos, biológicos,


ergonómicos e de acidentes existentes nos ambientes de trabalho que, em função de sua
natureza, concentração ou intensidade e tempo de exposição, são capazes de causar
danos à saúde do trabalhador.

 Riscos Físicos: Consideram-se agentes físicos, diversas formas de energia a que


passam estar expostos os trabalhadores, tais como ruído, vibrações, pressões
anormais, temperaturas extremas e radiações.

 Riscos Químicos: Consideram-se agentes químicos as substâncias, compostos ou


produtos que possam penetrar no organismo pela via respiratória, nas formas de
poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases ou vapores, ou que, pela natureza da
actividade de exposição, possam ter contacto ou ser absorvidos pelo organismo
através da pele ou por ingestão. Os agentes químicos podem ser encontrados na
forma gasosa, líquida, sólida e/ou pastosa. Quando absorvidos pelo organismo,
produzem, na grande maioria dos casos, reacções diversas, dependendo da
forma da exposição a substâncias.

 Riscos Biológicos: Consideram-se agentes biológicos as bactérias, fungos, bacilos,


parasitas, protozoários, vírus, entre outros. São os microorganismos presentes no
ambiente de trabalho, na maioria das vezes são invisíveis a olho nu e são capazes de
produzir doenças, mau cheiro, deterioração de alimentos etc.

 Riscos Ergonómicos: São contrárias as técnicas de ergonomia, que propõem que os


ambientes de trabalho devem se adaptar ao homem, contribuindo assim para a
melhoria das condições laborais proporcionando bem-estar físico e psicológico,
estando ligados também a factores externos (do ambiente) e internos (do plano
emocional). Em síntese, quando há “disfunção” entre o posto de trabalho e o
indivíduo. São medidas preventivas contra riscos ergonómicos, o estudo e
análise do ambiente, para proporcionar o máximo de conforto e segurança
observando a legislação específica.

 Riscos de Acidentes: Os riscos de acidentes do trabalho são oriundos de fontes e


agentes ambientais (físico, químico, biológico, ergonómico e de acidentes do
trabalho): do processo produtivo de trabalho, de tecnologias inapropriadas e de
comportamentos de desmotivação e insatisfação capaz de provocar lesões
corporais ou perturbações funcionais ao trabalhador até consequências graves e
permanentes ou da própria morte.

2. Primeiro socorro para acidentados durante os trabalhos de práticas de ajuste

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2.1. Analisar e detectar causas, riscos e classificar acidentes no local de trabalho.

 Acidente limpo ou branco (incidente) -É aquele se produz sem causar lesões


físicas, podendo ou não causar prejuízos materiais.

 Acidente de trajecto - É aquele que acontece na ida ou regresso do local de


trabalho, quando utilizado meio de transporte fornecido pela entidade empregadora,
ou quando o acidente seja consequência de particular perigo do percurso normal ou
de outras circunstâncias que tenham agravado o risco do mesmo percurso.

 Acidente com terceiros - É aquele que se dá no lugar de trabalho, mas com pessoas
alheias a esse local.

 Classificação dos acidentes quanto a lesão - Lesão corporal é qualquer dano


produzido no corpo humano, seja ele leve, como, por exemplo, um corte no dedo, ou
grave, como a perda de membro. Segundo a natureza da lesão os acidentes
classificam-se em:
 Fracturas;
 Luxações, entorses e distensões;
 Comoções e outros traumatismos internos;
 Amputações e enucleações;
 Feridas e lesões superficiais;
 Queimaduras, ulcerações pelo calor ou pelo frio;
 Intoxicações e infecções;
 Efeitos de ruído, vibrações e pressão;
 Afogamento e asfixia;
 Efeitos de temperaturas extremas, luz e radiações;
 Lesões múltiplas de naturezas diferentes;
 Outras lesões ou lesões mal definidas.

 Classificação dos acidentes quanto a forma de acontecimento - Segundo a forma


como acontecem os acidentes podem ser:
 Queda de pessoas;
 Queda de objectos;
 Choque contra objectos;
 Entaladela num objecto ou entre objectos;
 Esforços excessivos ou movimentos em falso;
 Exposição ou contacto com temperaturas extremas;
 Exposição ou contacto com a corrente eléctrica;
 Exposição ou contacto com substâncias nocivas ou radiações;
 Outras formas de acidentes não classificados noutra parte, incluindo os
acidentes não classificados por falta de dados suficientes.

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 Classificação dos acidentes quanto a incapacidade ocasionada – Como


consequência dos acidentes de trabalho e das doenças profissionais o trabalhador
está sujeito à invalidez ou incapacidade laboral. A invalidez laboral é a incapacidade
total ou parcial, de um trabalhador exercer as suas tarefas habituais. A invalidez
laboral classifica-se da seguinte forma:

 Incapacidade laboral temporária é aquela em que o trabalhador fica de baixa por


pouco tempo.

 Invalidez permanente parcial é aquela em que o trabalhador fica diminuído nas


suas capacidades, em mais de 33% na realização das suas tarefas habituais.

 Invalidez permanente total é aquela em que o trabalhador fica incapacitado de


realizar as suas tarefas habituais. Poderá no entanto, realizar outras, de acordo com a
sua situação.

 Invalidez permanente absoluta é aquela em que o trabalhador fica totalmente


incapacitado para o trabalho

 Grande invalidez é aquela em que o trabalhador além da invalidez permanente


absoluta, precisa de ajuda de outra pessoa para realizar as funções vitais básicas
como andar, vestir-se, comer, etc.

2.2. Descrever os procedimentos a tomar em casos de primeiros socorros.

Entende-se por primeiro socorro o auxílio prestado a um acidentado ou doente com o


fim de resolver apenas a situação de urgência que ele apresenta. Qualquer outro
tratamento mais completo está indiscutivelmente fora do âmbito do primeiro
socorro e das atribuições do socorrista.

Ser socorrista é saber prestar um socorro útil, geralmente o primeiro, é desempenhar um


papel principal, mas limitado e temporário.Ser socorrista é, portanto, em presença dum
ferido, fazer a tempo o gesto preciso, saber evitar todo e qualquer gesto desordenado,
não fazer mais do que o necessário, afastar os presentes e evitar a sua exaltação,
impedindo, portanto, o comportamento nefasto das pessoas que querem prestar ajuda
com a melhor das intenções, mas absolutamente ignorantes das mais elementares regras
do socorrismo.

Perante um acidente, o socorrista deve proceder pela ordem seguinte:

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1. Afastar a multidão com delicadeza, mas pondo a sua autoridade, e pedir a uma ou
duas pessoas que lhe pareçam mais competentes para o ajudarem, cumprindo as suas
instruções.

2. Examinar rapidamente o local , localizar os ferimentos e verificar o aspecto anormal


da vitima, procurando, pela ordem de urgência, a existência de:

a) Asfixia

b) Hemorragias importantes.

c) Fracturas.

d) Grandes ferimentos.

3. Proceder aos cuidados urgentes e correctos para cada caso, no local do acidente, antes
do seu transporte.

4. Utilizar ajuda de um voluntario para, sendo possível, ser enviado ao hospital ou


posto mais próximo, para obter macas ou ambulâncias, etc., ou para telefonar.

5. Envidar todos os esforços para se improvisar o transporte dos doentes nas


melhores condições, caso não haja possibilidade de se conseguir o auxilio dum hospital
ou dum posto, com transporte apropriado.

Os exames preliminares a observar em casos de primeiros socorros são os seguintes:

a) A vítima respira?

b) A vítima tem pulsação?

c) A vítima está consciente?

d) A vítima está sangrar?

e) A vítima está no estado de choque?

2.3. Descrever os métodos de respiração artificial.

Quando há um acidente por afogamento, sufocação, choque eléctrico, intoxicação e


muitas doenças agudas, a respiração pode acabar. Neste momento precisamos praticar a
respiração artificial para salvar a saúde da vítima. Existem dois métodos: a respiração
artificial boca a boca e a respiração boca a nariz.

O método da respiração boca aboca é da seguinte maneira:

1. Puxar a cabeça da vítima para trás e manter a boca aberta.

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2. Apertar a zona macia do nariz.

3. Inspire profundamente, abra muito a sua boca e ajuste os lábios à boca da vítima.

4. Sopre ar para dentro da boca da vítima devagar, até ver o peito da vítima inchar.
Retire a sua boca.

5. Repetir a operação cada cinco segundos (12 vezes por minutos).

6. Se a vítima respirar por si mesma deitá­la na posição lateral da segurança.

2.4. Descrever o método de massagem cardíaca.


A massagem cardíaca é uma técnica que permite substituir o trabalho do coração e
continuar bombeando sangue pelo corpo, mantendo a oxigenação do cérebro. A
massagem cardíaca deve ser sempre iniciada quando a vítima está inconsciente e não
respira.

Para avaliar a respiração deve-se colocar a pessoa de barriga para cima e depois
encostar o rosto junto da boca e do nariz da pessoa e olhar para o peito. Caso não se veja
o peito subindo, não se sinta a respiração no rosto e não se ouça nenhuma respiração,
deve-se iniciar a massagem. Esta avaliação não deve demorar mais que 10 segundos.

Como fazer a massagem cardíaca em adulto.

- Mantenha a vítima deitada no chão;


- Ajoelhe-se ao lado dela;
- Sobreponha as mãos e posicione-as em cima do osso do peito da vítima;
- Mantenha os braços esticados (nunca dobre os cotovelos);
- Inicie a compressão do peito da vítima, imprimindo peso sobre ela e soltando;
- Faça 100 compressões por minuto;
- Se possível, a cada 100 compressões reveze com outra pessoa

2.5. Descrever os procedimentos a tomar em casos de hemorragias.

Prestar primeiros socorros á vítimas com hemorragia ajuda­os a melhorar rapidamente,


evitando os seguintes problemas:

1. Perda de sangue.
2. Infecções.
3. Dores agudas.
4. Estado de choque.
5. Morte.

Quando vir uma pessoa com um corte pequeno, faça o seguinte:

1. Lave o corte. Retire delicadamente qualquer sujidade com água limpa e sabão.

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2. Se se tratar de um aranhão pequeno, deixe­o secar ao ar livre. Se necessário aplique


um penso pequeno.

3. Verifique se o derrame de sangue parou.

4. Verifique que não existem outras feridas.

Se vir uma pessoa com um corte que está sangrar muito, faça o seguinte:

1. Carregue fortemente na ferida para que deixe de sangrar.

2. Se se tratar de um braço ou de uma perna levante esse membro.

3. Cubra com um penso limpo e aplique uma ligadura.

4. Verifique se deixou de sangrar. Caso contrário, junte outro penso e faça outra
ligadura. Não retire a primeira ligadura.

5. Se aplicou uma ligadura num membro verifique freqüentemente se os dedos não


arrefecem. Se estiverem a arrefecer alargue a ligadura para o sangue poder circular.

5. Levar a vitima ao centro de saúde.

Se vir uma pessoa com um corte e um objecto pontiagudo a sair faça o seguinte:

1. Aperte ligeiramente à volta do objecto (mas não carregue na ferida).

2. Coloque um penso limpo, ou um tecido, sobre o corte e o objecto, sem carregar.

3. Envolva o objecto com um tecido ou penso e fixe­o delicadamente com uma


ligadura (mas não retire o objecto).

4. Mantenha a parte ferida levantada.

5. Se pensa que pode haver uma fractura, mantenha a parte ferida imóvel.

6. Verifique freqüentemente se os dedos não arrefecem.

7. Envie a vítima ao centro de saúde.

2.6. Descrever os procedimentos a tomar em casos de fraturas.

Em certos casos é fácil descobrir que há uma fractura. Noutros casos, será necessário
observar se a pessoa:

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1. Sente dor quando tenta mexer a zona ferida.

2. Sente dor quando se apóia levemente na zona ferida.

3. Não pode mexer a zona ferida.

4. Está inchada ou apresenta uma modificação da forma do corpo na zona ferida.

Se o osso fracturado estiver à vista, trata­se de uma fractura aberta, nesse caso
faça o seguinte:

1. Peça a alguém que o ajude a apoiar o membro fracturado.

2. Coloque um penso ou um tecido limpo sobre o corte e a fractura.

3. Envolva o osso com o tecido ou penso e fixe­o delicadamente com uma ligadura.

4. Manter a parte ferida imóvel.

5. Verifique freqüentemente se os dedos nãos arrefecem.

6. Transporte a vítima para o centro de saúde sem mover a parte ferida.

Se a pessoa apresentar uma fractura sem ferida, trata­se de uma fractura fechada,
proceda então da seguinte forma:

1. Não mexa o membro fracturado.

2. Verifique se a vítima não apresenta outras fracturas nem dores fortes na bacia, no
peito ou nas costelas.

3. Imobilize os ossos fracturados com uma tala ou uma ligadura, o que diminuirá as
dores e o risco de estado de choque e evitará que a ferida piore durante o transporte da
vítima para o centro de saúde.

2.7. Descrever os procedimentos a tomar em casos de eletrocussão.

A electrocução pode matar, provoca estado de choque e queimaduras.

Se vir uma pessoa electrocutada faça o seguinte:

1. Retire a ficha ou corte a alimentação eléctrica no interruptor principal ou, ponha­se


em cima de um pedaço de madeira ou de papel dobrado e use sapatos com sola de
borracha. Sirva­se de um pedaço de madeira seca (por exemplo, uma vassoura) ou de
um rolo de papel e afaste a fonte eléctrica da pessoa.
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2. Se a vítima estiver ligeiramente em choque, faça o seguinte: Tranquilize­a, verifique


se apresenta queimaduras e fique ao pé dela até ela se sentir em segurança.

3. Se a vítima apresentar queimaduras eléctricas trate­a como se fosse no caso de


queimaduras.

4. Se a vítima estiver em choque preste os primeiros socorros necessários.

5. Se a vítima apresenta perda dos sentidos, preste os primeiros socorros adequados.

2.8. Descrever os procedimentos a tomar em casos de queimaduras.

Quando uma pessoa apresenta uma queimadura ligeira faça o seguinte.

1. Afaste rapidamente a vitima do perigo.

2. Arrefeça imediatamente a zona queimada na água fria durante 10 minutos ou ate a


dor parar.

3. Retire depressa as peças de vestuário justas, os anéis ou os relógios, antes da zona


queimada começar a inchar.

4. Corte cuidadosamente todas as peças de vestuário sujas por líquidos ferventes, ou


produtos químicos. Tenha cuidado para não se ferir.

5. Lave as mãos. Proteja­se a si mesmo e os outros. Cubra totalmente a zona com um


tecido limpo.

Quando uma pessoa apresenta uma queimadura do tamanho de uma mão ou maior
faça o seguinte:

1. Afaste rapidamente a vitima do perigo.

2. Deite a vitima numa maca.

3. Cubra toda zona queimada com um tecido limpo.

4. Dar de beber freqüentemente.

5. Levar imediatamente ao centro de saúde.

O que não se deve fazer ao prestar primeiros socorros em caso de queimaduras:

1. Não retire nada que esteja colado à zona queimada.

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2. Não coloque gordura nem óleo numa queimadura.

3. Não ponha algodão em contacto directo com a zona queimada.

4. Não cubra a zona queimada com pensos adesivos.

5. Não fure as bolhas causadas pela queimadura.

2.9. Descrever os procedimentos a tomar em casos de problemas nos olhos.

Se uma pessoa tiver um corpo estranho dentro do olho, faça o seguinte:

1. Peça a pessoa para se sentar confortavelmente e olhar lentamente para cima, para
baixo, para a direita e para a esquerda, ate você conseguir encontrar o corpo
estranho.

2. Retire-o delicadamente com um pedaço de tecido limpo e macio ou com algodão.

3. Se vir vários corpos estranhos, lave os olhos com água limpa, fervida e arrefecida.

Se uma pessoa tiver um corte no olho, faça o seguinte:

1. Cubra ambos os olhos com um penso e uma ligadura pouco apertada.

2. Prepare o transporte do ferido para o centro de saúde. Assegure-se que alguém fica

com a pessoa para evitar novos ferimentos.

2.10. Descrever os procedimentos a tomar em casos de insolação.

A insolação é o traumatismo provocado pela exposição ao sol por longo tempo. Uma
pessoa com insolação fica inconsciente e tem a cara vermelha. Em casos de insolações
deitar a vitima numa sombra com a cabeça numa posição alta e humedecer a cabeça
com água fria.

2.11. Descrever os procedimentos a tomar em casos de transportar uma vitima de


acidente.

No transporte de feridos para o centro de saúde podemos encontrar quatro casos:

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 Primeiro caso: - Estou sozinho com uma vitima e tenho que transportá­la.
Posso­lhe ajudar a andar ou colocar nas minhas costas, se é que a vítima não tem
ferimentos interiores.

 Segundo caso:- Estamos duas pessoas:

a) Podemos fazer uma maca e transportar a vitima.

b) Podemos formar uma cadeira com os nossos braços e transportar a vitima.

c) Pode­se colocar a vitima numa cadeira e transportamos a vitima sentada na cadeira.

 Terceiro caso: Estamos três pessoas:

1. Ajoelhamos do mesmo lado da vitima com um joelho apoiado no chão.

2. Colocamos os nossos antebraços sob a vitima e as nossas mãos livres no outro lado
dela. Levantamos os a vitima aos nossos joelhos.

3. Levantamos a vitima cuidadosamente e viramo­la contra os nossos corpos.

Carregamos a vitima até ao local desejado e abaixamo­la cuidadosamente.

 Quarto caso: - Se o percurso for longo pode­se usar um meio de transporte


adequado de acordo com a situação da vitima.

3. Ler e interpretar correctamente sinalização e símbolos de segurança


3.1. Caracterizar os símbolos e sinais de segurança verticais.

A Sinalização Vertical é uma forma de comunicação industrial, exposta em placas nas


paredes do edifício, nas entradas das empresas ou local de trabalho.

No interior e exterior das instalações da empresa, devem existir formas de aviso


e informação rápida, que possam auxiliar os elementos da empresa a actuar em
conformidade com os procedimentos de segurança.

Com este objectivo, existe um conjunto de símbolos e sinais especificamente


criados para garantir a fácil compreensão dos riscos ou dos procedimentos a cumprir
nas diversas situações laborais que podem ocorrer no interior de uma empresa ou em
lugares públicos.

Os sinais de segurança dividem-se em: Sinalização de perigo; Sinalização de


proibição; Sinalização de obrigação e Sinalização de emergência.

 Sinalização de perigo

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Os sinais inseridos nesta categoria visam advertir para uma situação, objecto ou
acção susceptível de originar dano ou lesão pessoal e/ou nas instalações.Os sinais de
Perigo devem possuir as seguintes características:

 Forma triangular;
 Pictograma negro
 Fundo amarelo, (a cor amarela deve
cobrir pelo menos 50% da superfície
da placa).
 margem negra

Alguns destes sinais podem estar


presentes em rótulos de substâncias e/ou
produtos,

 Sinalização de proibição

Indicam comportamentos proibidos de acordo com o pictograma inserido no sinal. São


utilizados em instalações, acessos, aparelhos, instruções e procedimentos, etc.

 Tem forma circular,


 O contorno vermelho,
 Pictograma a preto e
 O fundo branco.

 Sinalização de obrigação

Indicam comportamentos obrigatórios de acordo com o pictograma inserido no


sinal. São utilizados em instalações, acessos, aparelhos, instruções e
procedimentos, etc.

 Tem forma circular,


 fundo azul e
 pictograma a branco.

 Sinalização de emergência ou sinais de salavamento

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Fornecem informações de salvamento de acordo com o pictograma inserido no


sinal. São utilizados em instalações, acessos e equipamentos, etc.

 Tem forma retangular,


 Fundo verde e
 Pictograma a branco.

 Sinalização de incêndios

Fornecem informações sobre onde localizar os aparelhos de combates aos incêndios de


acordo com o pictograma inserido no sinal. São utilizados nas paredes das instalações e
acessos.

 Tem forma retangular,


 fundo vermelho e
 pictograma a branco.

 Sinalização de obstáculos ou locais perigosos

Fornecem informações sobre áreas perigosas ou obstruídas. Tem forma de fitas e cones
pintados amarelo e preto ou vermelho e branco

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3.2. Descrever os símbolos e sinais de segurança horizontais.

Sinalização gráfica horizontal é aquela executada sobre o pavimento de uma via ou no


interior de uma industria, para o controle, advertência e orientação ou informação do
usuário. São faixas e marcas feitas no pavimento, com tinta refletiva, de
preferência, e nas cores amarela, verde e cinzenta.

Deve ser utilizada a cor amarela para delimitação, Sendo recomendada sua utilização
para os seguintes locais:

• Faixas no piso de entrada e plataformas de carga;

• Faixas de circulação conjunta de pessoas, máquinas de transporte de cargas e outros


veículos similares;

• Faixas em torno das áreas de sinalização dos equipamentos de combate a incêndio;

• Partes superior e laterais de passagens que apresentem riscos;

• Corrimãos, parapeitos e rodapé de escadas;

• Faixas de delimitação de áreas destinadas à armazenagem e estocagem;,

• Pilastras, vigas, postes, colunas e partes salientes de estruturas e equipamentos onde


apresentem risco de colisão

• Sinalização da delimitação da área segura na área de produção. (Delimitar entorno de


máquinas)

Em todos os locais onde haverá cruzamento do trânsito das empilhadeiras sobre o


caminho seguro deverá ser pintada faixa de pedestres, e a preferência de passagem da
empilhadeira deve ser comunicada aos colaboradores e reforçada em treinamento.

Pilastras, quinas de passagens, portas, prateleiras, e outros objetos fixos que estejam na
área de trabalho das empilhadeiras podem ser destacados utilizando pintura ou fitas
adesivas com cores zebradas com preto e amarelo para destacar risco de colisão.

Após finalização da pintura, no treinamento dos funcionários deve ser reforçado


a obrigatoriedade de manter os caminhos seguros sempre desobstruídos de qualquer
material estocado ou operação de máquinas, mesmo que momentaneamente.

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3.3. Descrever as cores existentes nas máquinas.

 Dispositivos de comando

São caracterizados como dispositivos que têm a função de acionar ou interromper a


carga elétrica para aparelhos elétricos, o famoso liga/desliga. Sendo assim, botões,
chaves, dispositivos-pilotos, entre outros, são considerados dispositivos de comando por
possibilitarem o acionamento com total segurança

 Dispositivo de controle

O dispositivo de controle é um instrumento de medição indispensável em processos de


produção em série, pois oferecem rapidez ao controle de qualidade do produto.

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Centro de Formação Profissional Salesiano-Matola
Qualificação de electricidade instaladora

 Luzes ou lâmpadas de sinalização

São dispositivos que compõem um circuito elétrico e são usados para indicar ao
operador as condições atuais de uma máquina ou processo, como máquina ligada,
desligada, com defeito, entre várias outras funções que podem ser aplicadas em
comandos elétricos.

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