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Governador do Estado de Minas Gerais


Romeu Zema Neto

Secretário de Estado de Educação


Igor de Alvarenga Oliveira Icassati Rojas

Subsecretaria de Articulação Educacional


Gustavo Lopes Pedroso

Assessoria Central de Inspeção Escolar


Paulo Leandro de Carvalho

Coordenação de Vida Escolar


NIvalda Batista de Melo

Equipe Técnica
Andrea Bicalho
Gislaine Scheid
Maria Paiva
Patrícia Paula
Perla Lima

Grupo de Trabalho (GT) de assessoramento técnico (Res. SEE nº 4.732/2022)


Carmelita Rodrigues
Leise Lima

Versão 1 - Novembro de 2022

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Sumário
1 Introdução 6
2 Coordenação de Regularidade de Vida Escolar: princípios 7
2.1 Coordenação de Regularidade de Vida Escolar: equipe 7
2.2 Protocolos Orientadores da atuação da Inspeção Escolar estabelecidos pela Resolução
SEE nº 4.487/2021: ações do Serviço de Inspeção Escolar na Regularização de Vida Escolar 8
3 Encaminhamento de consultas à equipe da Coordenação de Regularidade de Vida Escolar 8
4 Instrução de processos de Regularização de Vida Escolar via SEI 9
5 Relatório Circunstanciado: peça fundamental em qualquer demanda de Regularização de
Vida Escolar 9
6 Verificação de Autenticidade de Documentos Escolares e de Regularidade de Percurso
Escolar 10
7 Instrução de processos de regularização de Vida Escolar - Documentos supostamente falsos 11
8 Instrumentos básicos de atuação do Serviço de Inspeção Escolar relacionados à
Regularidade de Vida Escolar 11
9 Instrumentos básicos de atuação do Serviço de Inspeção Escolar relacionados à regularidade
de Vida Escolar Recursos Pedagógicos - Classificação 13
10 Instrumentos básicos de atuação do Serviço de Inspeção Escolar relacionados à
regularidade de Vida Escolar Recursos Pedagógicos - Reclassificação 14
11 Instrumentos básicos de atuação do Serviço de Inspeção Escolar relacionados à
regularidade de Vida Escolar 15
11.1 Orientação SE- ASIE/SA nº 5/2021, de 14 de outubro de 2021 - Diretrizes para expedição
de diploma ou confirmação de registro de títulos adquiridos em nível de habilitação profissional,
apostilamento de estudos adicionais e averbação de nomes em documentos escolares
emitidos pelas escolas do sistema de ensino de Minas Gerais e pelas Superintendências
Regionais de Ensino (Sre), em estudos anteriores a 1982. 15
11.2 - ORIENTAÇÃO ASIE/VIDA ESCOLAR nº 1/2022, de 24 de fevereiro de 2022: orienta a
escrituração escolar referente aos estudantes amparados pelo Decreto nº 1.044/1969 e pela
Lei nº 6.202/1975 nas Escolas da Rede Estadual de Ensino 16
11.3 ORIENTAÇÃO DE SERVIÇO ASIE nº 2/2022, de 15 de março de 2022: orienta as
Superintendências Regionais de Ensino sobre o credenciamento de escolas, a avaliação e a
emissão de comprovante de conclusão do 5º ano do Ensino Fundamental aos candidatos com
15 (quinze) anos de idade completos ou mais 17
11.4 - Memorando SEE/SE – ASIE nº 58/2022, de 23 de fevereiro de 2022, com orientações
sobre regularização de vida escolar de estudantes com pendências de Progressão Continuada
e escrituração escolar 17
11.5 - ORIENTAÇÃO ASIE/VIDA ESCOLAR nº 3/2022, de 9 de maio de 2022, que Orienta a
escrituração escolar referente aos estudantes matriculados na Educação Profissional Técnica
de Nível Médio – Curso Técnico, do Projeto "Trilhas de Futuro", amparados pelo Decreto-Lei nº

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1.044/1969, pela Lei nº 6.202/1975, pela Lei Federal nº 4.375, de 17 de agosto de 1964 e pelo
Decreto-Lei nº 715, de 30 de julho de 1969 18
11.6 - Aba “Inspeção Escolar” no site da SEE: contém legislações e atos normativos da SEE,
do MEC, do CEE e outros afetos ao trabalho do Serviço de Inspeção 19
11.7 - DRIVE “ASIE- Assessoria Central de Inspeção Escolar” 20
12 Observações 20
13 Respostas aos questionamentos apresentados no 1º seminário virtual: regularidade e vida
escolar 20
13.1 Atuação de professores sem a devida Habilitação e/ou autorização para lecionar 21
13.2 Irregularidades no percurso escolar dos estudantes 25
13.3 Educação Física 33
13.4 Progressão Parcial 37
13.5 Recurso Pedagógico: Classificação 38
13.6 Recurso Pedagógico: Reclassificação 42
13.7 Impossibilidade de emissão de HE por ausência de arquivo 60
13.8 Matrícula tardia no 1º semestre ou matrícula no 2º semestre 66
13.9 Transferência/remanejamento de alunos em diferentes modalidades, turnos. 69
13.10 Componente Curricular Artes na Educação Básica 71
13.11 SISTEC- Curso Técnico 73
13.12 CESEC 75
13.13 Aproveitamento de Estudos 76
13.14 Decreto-Lei 1.044/69 79
13.15 Curso Normal em Nível Médio 79
13.16 Documento Supostamente Falso 80
13.17 Estudante com defasagem idade/série 81
13.18 Estudante em situação de itinerância 82
13.19 Dúvidas diversas 83
13.20 Questionamentos relacionados a outras Diretorias 100
13.21 Sugestões apresentadas pelos participantes 102
14 Encontro Técnico de Regularidade de Vida Escolar 105
14.1 Passo a Passo para fazer atividade interativa via slido 105
14.2 Questões que usamos no Encontro sobre Equivalência ou aproveitamento de Estudos:108

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14.3 Questões que foram retiradas do próprio documento: Regularidade de Vida Escolar
Documento Orientador. 112
15 Agradecimentos e nossos contatos 123

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1 INTRODUÇÃO
A realização do 1° Seminário Virtual de Formação Continuada - "Regularidade e Vida Escolar",
(link para acesso 1° Seminário Virtual de Formação Continuada - "Regularidade e Vida E… )
promovido pela Assessoria de Inspeção Escolar/Vida Escolar, no dia 30 de maio de 2022,
possibilitou a construção do documento denominado Regularidade de Vida Escolar -
Documento Orientador, fruto das discussões e questionamentos das Superintendências
Regionais de Ensino - SRE
O documento apresenta, à luz da legislação vigente, as várias possibilidades de procedimentos
a serem adotados nas situações de matrícula, posicionamento de estudantes, análise e
interpretação dos documentos escolares, validação de atividades escolares nas diferentes
situações de trajetórias e experiências pedagógicas desenvolvidas pelas escolas, nas etapas e
modalidades de ensino ofertadas.
Espera-se contribuir com o trabalho do Serviço de Inspeção Escolar, pontos focais que
trabalham com Regularidade de Vida Escolar nas SRE, gestores escolares e profissionais
responsáveis pelo registro de documentos escolares. Tais documentos devem estampar a
legalidade, a veracidade e a regularidade da trajetória escolar, refletindo o conjunto de ações
desenvolvidas no processo de ensino e aprendizagem. Além disso, deve-se garantir o
lançamento do aproveitamento, da carga horária, do currículo dentre outros elementos de
percurso escolar dos estudantes, em instrumentos próprios de escrituração escolar e a
coerência entre as informações sobre a vida escolar dos estudantes no Sistema Mineiro de
Administração Escolar (SIMADE) e nos arquivos físicos;
Ressaltamos que este documento orientador, será constantemente revisado, conforme a
necessidade e novos questionamentos reportados à Assessoria de Inspeção Escolar,
constituindo-se, portanto, como fonte de estudo e pesquisa para promoção das ações de
regularização de vida escolar, assegurar a continuidade do percurso dos estudantes com
adequação à legislação em vigor e expedição de documentos escolares válidos ao
prosseguimento de estudos, para o exercício profissional e o exercício pleno da cidadania.
Solicitamos que este documento seja amplamente divulgado na SRE e nas escolas da
jurisdição e esperamos que as sugestões contribuam com a organização do trabalho da
secretaria escolar e coordenação pedagógica das escolas estaduais.

Paulo Leandro de Carvalho


Assessor Central de Inspeção Escolar

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2 COORDENAÇÃO DE REGULARIDADE DE VIDA ESCOLAR: PRINCÍPIOS

A existência de uma legislação representa muito mais que um conjunto de ordens a serem
cumpridas. Trata-se, antes de tudo, da superação do poder do mais forte, do mais rico ou
qualquer outro fator de distinção entre os indivíduos. Representa o estabelecimento de uma
igualdade entre as pessoas na definição ou garantia dos direitos.
(...) o servidor público assume papel relevante. Pois nesta função, antes de um simples
trabalho, dada a sua natureza de atendimento ao público, o servidor torna-se um agente
viabilizador de um direito, sendo ele um preposto do Estado, o elo entre ele e o cidadão.
Em órgãos educacionais o profissional deve procurar ser mais atento. Pois, trata-se de oferta
de um direito subjetivo, cuja não garantia ou obstrução pode resultar em ação pública contra a
instituição ou até mesmo contra o próprio servidor, caso se caracterize ter sido sua postura
obstrutora do exercício de um direito. (...)
BRASIL, Ministério da Educação. Legislação Escolar. Profuncionário. Técnico em Gestão
Escolar. Brasília, 2007.

2.1 COORDENAÇÃO DE REGULARIDADE DE VIDA ESCOLAR: EQUIPE

A equipe está disponível para apoiar, orientar e colaborar com o serviço de Inspeção Escolar e
Divisão de Atendimento Escolar - DIVAE das SRE em:
➔ processos de regularização de vida escolar;
➔ processos judicializados afetos à vida escolar (trajetória e escrituração escolar);
➔ processos de equivalência de estudos realizados no exterior;
➔ processos de verificação de autenticidade de documentos escolares;
➔ processos de transferência e matrícula com registros escolares de situações irregulares,
demandas de tratamento excepcional ou de casos omissos;
➔ normas relativas à escrituração escolar: instrumentos e procedimentos para o registro da
vida escolar;
➔ encerramento e expedição de documentação escolar de alunos de escolas extintas
(articulados à Diretoria Administrativas - DADM), registros de títulos de habilitação profissional,
averbações e apostilamentos;
➔ situações excepcionais de validação de atos escolares e de verificação de atos
praticados por pessoas com habilitação questionada com impactos sobre a vida escolar.

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2.2 PROTOCOLOS ORIENTADORES DA ATUAÇÃO DA INSPEÇÃO ESCOLAR ESTABELECIDOS

PELA RESOLUÇÃO SEE Nº 4.487/2021: AÇÕES DO SERVIÇO DE INSPEÇÃO ESCOLAR NA


REGULARIZAÇÃO DE VIDA ESCOLAR

Indicadores relacionados, em algum aspecto, à regularidade de vida escolar:


➔ Matrícula e enturmação;
➔ Cumprimento de calendário escolar;
➔ Frequência e aproveitamento;
➔ Declaração da autenticidade de documentos escolares;
➔ Registro de vida escolar;
➔ Atendimento Educacional Especializado - AEE;
➔ Projeto Político Pedagógico - PPP e Regimento Escolar;
➔ Gestão de pessoas;
➔ Plano de atendimento escolar;
➔ Orientação, assistência e controle de processo administrativo e pedagógico das escolas
municipais e privadas.
Em 10 dos 13 protocolos, a atuação do Serviço de Inspeção tem influência significativa
nos processos escolares que asseguram a regularidade da vida escolar dos
estudantes.

3 ENCAMINHAMENTO DE CONSULTAS À EQUIPE DA COORDENAÇÃO DE REGULARIDADE DE

VIDA ESCOLAR
Considerando a seriedade e responsabilidade com que devem ser tratadas as situações de
vida escolar, os critérios e o rigor exigido na análise e elaboração da orientação ou do
encaminhamento dos casos, esta ASIE orienta as SRE sobre a elaboração de consultas
relativas à regularização de vida escolar:
➔ as consultas deverão ser encaminhadas apenas por e-mail para o endereço
asie.vidaescolar@educacao.mg.gov.br e deverão conter o detalhamento do percurso escolar
do estudante constando:
● contextualização completa da situação: dados do (a) aluno (a), da escola, informações
do percurso escolar, da constatação da ocorrência, providências tomadas, e a questão
formulada com clareza;
● documentação escolar do aluno: histórico escolar, fichas individuais, declarações de
transferência ou de escolaridade, boletins, relatórios de percurso etc, em arquivo em
PDF legível (sendo possível);

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4 INSTRUÇÃO DE PROCESSOS DE REGULARIZAÇÃO DE VIDA ESCOLAR VIA SEI

Após esgotadas as aplicações das orientações dos Ofícios e Pareceres relativos à


regularização de vida escolar, o Serviço de Inspeção Escolar deverá instruir processo no
Sistema Eletrônico de Informações - SEI de regularização de vida escolar conforme
orientações do Ofício Circular SB/SOE/DFRE nº 3/2015, de 13 de outubro de 2015, para
análise e manifestação, fazendo constar das peças:
➔ Cópias de documentos esclarecedores dos fatos relatados, como por exemplo: histórico
escolar e/ou fichas individuais, ata de resultados finais, termo de visita do Inspetor Escolar,
página de diário de classe, Ata do Conselho de Classe, ata de "classificação, reclassificação",
justificativas da ocorrência pelo Diretor, Secretário Escolar, Pedagogo, Docente e outros que
julgar procedente para pronunciamento (somente cópias relevantes para análise, evitar
exagero de cópias).
➔ Em situações pedagógicas que envolvam currículo, anexar o Plano Curricular e partes
do Regimento Escolar (referente à época) para análise. E com relação à implantação do ensino
fundamental de nove anos, é necessário informações e Plano Curricular do ano de
implantação, em situações que envolvam a rede municipal e a rede particular de ensino.
➔ Registro elaborado pelo corpo pedagógico da escola, referente ao acompanhamento
pedagógico, às estratégias pedagógicas de recuperação, face às dificuldades apresentadas e
desempenho do discente.
➔ Documento comprobatório de apuração da escolaridade: verificar nos arquivos a guia de
transferência, o registro da matrícula, a identificação das escolas (contato com as mesmas) e a
pesquisa junto ao aluno e família (o encaminhamento do processo só deve ser feito após
esgotar todos os recursos necessários à identificação das escolas e apuração da escolaridade
do discente).
➔ Os processos de vida escolar envolvendo escolas extintas seguem os mesmos
procedimentos para análise, devendo ser encaminhada "Nota Técnica" contendo informações
detalhadas e cópias de documentos comprobatórios da situação apurada. Esta "Nota Técnica"
deverá ser assinada pelos responsáveis.

5 RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO: PEÇA FUNDAMENTAL EM QUALQUER DEMANDA DE

REGULARIZAÇÃO DE VIDA ESCOLAR

O Relatório circunstanciado, a ser elaborado e assinado pelo Inspetor Escolar responsável pela
escola, deve informar:
➔ os dados institucionais: identificação da escola, atos legais de funcionamento;

9
➔ os dados minuciosos sobre a situação do estudante e a descrição pormenorizada do
percurso escolar, a partir de apuração criteriosa, considerando:
● que a verificação deve ser realizada a partir da última escola onde o aluno concluiu ou
está matriculado, com análise de TODOS os registros escolares pertinentes ao caso,
constantes dos assentamentos da escola: pasta individual, livros de atas de matrícula,
de resultados finais, de registro de diplomas, de recursos pedagógicos, de
procedimentos administrativos, etc;
● a análise de registros e busca de relatórios gerenciais nos sistemas informatizados das
escolas: SIMADE, Diário Escolar Digital - DED, DRIVES, etc;
● os aspectos da vida escolar, conforme estudos realizados: carga horária, dias letivos,
currículo, utilização de recursos pedagógicos, estratégias de recuperação, etc;
● os esclarecimentos prestados pelos servidores envolvidos, pelo estudante e pela sua
família, sempre que houver necessidade de complementação e comprovação de
informações localizadas nos assentamentos escolares.
Caso a irregularidade tenha ocorrido em outra escola, também deve ser realizada a
apuração dos fatos e registros, anexando o relatório do Inspetor Escolar que atua na
unidade.

6 VERIFICAÇÃO DE AUTENTICIDADE DE DOCUMENTOS ESCOLARES E DE REGULARIDADE


DE PERCURSO ESCOLAR

➔ OFÍCIO CIRCULAR SOE/SB nº 8/2008, de 06/11/2008: orienta as SRE sobre


autenticidade de documentos escolares e processos de documentação “supostamente falsa”.
➔ Ofício SOE/DRFE nº 113/2013 de 21/01/2013; com orientações complementares quanto
ao cumprimento do Ofício Circular SOE/SB n. 8/2008, referentes a documentos escolares
“supostamente falsos”.
➔ Orientação de Serviço DGAE/ASIE nº 1/2020, de 19/6/2020: os procedimentos
excepcionais a serem adotados pelas SRE e o Serviço de Inspeção Escolar para viabilizar a
continuidade do serviço de comprovação da autenticidade de documentos escolares, durante o
período de suspensão das atividades presenciais. (Vigorou durante a suspensão das
atividades presenciais nas escolas).
Visando agilizar a resposta ao solicitante, o Serviço de Inspeção Escolar deverá atentar para a
solicitação do demandante:
➔ Polícia Federal: tem solicitado em caráter de urgência apenas a confirmação de
formação/conclusão do Ensino Médio ou equivalente dos candidatos ao concurso público, a
partir de informação de estudos prestada pelo próprio candidato;

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➔ nas situações que houver demanda de estampa de carimbos e assinaturas em
documentos físicos, como por exemplo para atendimento às exigências de legalização junto às
autoridades de apostilamento ou de visto consular para estudar no exterior, o atendimento será
em documentos físicos;
➔ nas situações que as instituições solicitam a resposta da verificação por e-mail e trâmite
de documentos em arquivo PDF, observar a demanda visando envio de resposta por e-mail.

7 INSTRUÇÃO DE PROCESSOS DE REGULARIZAÇÃO DE VIDA ESCOLAR - DOCUMENTOS


SUPOSTAMENTE FALSOS

Nos casos de "documentos supostamente falsos", o Serviço de Inspeção Escolar deverá


instruir processos seguindo as orientações previstas na Orientação ASIE/Vida Escolar nº
04/2022 e encaminhar os processos devidamente instruído às comarcas do Ministério Público
de Minas Gerais (MPMG), conforme área de circunscrição, contendo:
➔ Relatório circunstanciado elaborado pelo serviço de Inspeção escolar;
➔ Esclarecimentos apresentados pelo estudante, preferencialmente em declaração ou
carta assinada;
➔ Esclarecimentos prestados pelo representante da instituição, preferencialmente em
declaração ou ofício assinado, se houver;
➔ Documentos escolares emitidos pela instituição;
➔ Documentos comprobatórios do funcionamento da instituição (players, fotos de banner e
outdoor, panfletos, prints de sites e divulgações ou contatos em redes sociais, ofícios, etc);
➔ Documentos de notificação da SRE à instituição, relacionados às orientações de
autorização e credenciamento, se houver.
➔ O contato com o MPMG deve ser verificado pela SRE diretamente com a unidade do
órgão, na localidade de atuação da respectiva SRE, considerando as diferentes condições de
funcionamento da comarca. Sugerimos consulta ao site do MPMG, para pesquisar os contatos:
https://www.mpmg.mp.br/portal/auxiliar/telefones-e-enderecos/.

8 INSTRUMENTOS BÁSICOS DE ATUAÇÃO DO SERVIÇO DE INSPEÇÃO ESCOLAR


RELACIONADOS À REGULARIDADE DE VIDA ESCOLAR

➔ Ofício Circular SB/SOE/DFRE nº 3/2013, de 14 de maio de 2013: lista pareceres e


procedimentos que podem amparar diversas situações de irregularidade e sanear pendências
em percurso escolar;
➔ Ofício Circular SB/SOE/DFRE nº 3/2015, de 13 de outubro de 2015: orienta instrução de
processos de regularização de vida escolar;

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➔ Ofício Circular SB/SOE nº 8/2008, de 6 de novembro de 2008: orienta as SRE sobre a
autenticidade de documentos escolares e processos de documentos supostamente falsos;
➔ Ofício Circular SB/SOE/DFRE nº 5/2012, de 28 de agosto de 2012: orienta as SRE
sobre o recolhimento de arquivo de escolas devido a paralisação ou encerramento de
atividades (em fase de atualização), e nas situações referentes ao Projeto Mãos Dadas,
verificar a Cartilha com orientações sobre a transferência das unidades escolares estaduais
para a rede municipal.
➔ ORIENTAÇÃO ASIE nº 4/2021, de 1º de novembro de 2021: Matrícula de estudantes na
condição de migrantes, refugiados, apátridas e solicitantes de refúgio;
➔ ORIENTAÇÃO SE- ASIE/SA nº 5/2021, de 14 de outubro de 2021: Diretrizes para
expedição de Diploma ou confirmação de registro de títulos adquiridos em nível de habilitação
profissional, apostilamento de estudos adicionais e averbação de nomes em documentos
escolares emitidos pelas escolas do Sistema de Ensino de Minas Gerais e pelas
Superintendências Regionais de Ensino (SRE), em estudos anteriores a 1982;
➔ ORIENTAÇÃO ASIE/VIDA ESCOLAR nº 1/2022, de 24 de fevereiro de 2022: orienta a
escrituração escolar referente aos estudantes amparados pelo Decreto nº 1.044/1969 e pela
Lei nº 6.202/1975 nas Escolas da Rede Estadual de Ensino;
➔ ORIENTAÇÃO DE SERVIÇO ASIE nº 2/2022, de 15 de março de 2022: orienta as
Superintendências Regionais de Ensino sobre o credenciamento de escolas, a avaliação e a
emissão de comprovante de conclusão do 5º ano do Ensino Fundamental aos candidatos com
15 (quinze) anos de idade completos ou mais;
➔ Memorando SEE/SE – ASIE nº 58/2022, de 23 de fevereiro de 2022, com orientações
sobre regularização de vida escolar de estudantes com pendências de Progressão Continuada
e escrituração escolar;
➔ ORIENTAÇÃO ASIE/VIDA ESCOLAR nº 3/2022, de 9 de maio de 2022, que Orienta a
escrituração escolar referente aos estudantes matriculados na Educação Profissional Técnica
de Nível Médio – Curso Técnico, do Projeto "Trilhas de Futuro", amparados pelo Decreto-Lei nº
1.044/1969, pela Lei nº 6.202/1975, pela Lei Federal nº 4.375, de 17 de agosto de 1964 e pelo
Decreto-Lei nº 715, de 30 de julho de 1969;
➔ Aba “Inspeção Escolar” no site da SEE: contém legislações e atos normativos da SEE,
do MEC, do CEE e outros afetos ao trabalho do Serviço de Inspeção;
➔ ORIENTAÇÃO ASIE nº 4/2021, de 1º de novembro de 2021: Matrícula de estudantes na
condição de migrantes, refugiados, apátridas e solicitantes de refúgio:
● histórico escolar dos estudos realizados no exterior e certificado se houver;
● tradução juramentada;
● aproveitamento de estudos;

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● matrícula no decorrer do ano letivo, as orientações do Parecer CEE/MG nº 388,
de 26 de maio de 2003;
● estudante na condição de refúgio;
● aluno egresso de escola do exterior que não portar documentação escolar, terá
direito ao processo de avaliação/classificação;
● matrícula no Ensino Médio sem documentação que comprove a conclusão do
Ensino Fundamental;
● O § 6° do artigo 1° da Resolução CNE/CEB nº 1, de 13 de novembro de 2020,
prevê a avaliação/classificação realizada na língua materna do estudante;
● O Histórico Escolar deve estampar o percurso dos estudantes de acordo com as
especificações de cada realidade.

9 INSTRUMENTOS BÁSICOS DE ATUAÇÃO DO SERVIÇO DE INSPEÇÃO ESCOLAR


RELACIONADOS À REGULARIDADE DE VIDA ESCOLAR RECURSOS PEDAGÓGICOS -
CLASSIFICAÇÃO

Lei Federal 9.394/96, Pareceres do CEE nº 1.132/97 e 1.158/98

Posicionar o aluno na série, período, etapa ou ciclo, compatível


OBJETIVO com sua idade, experiência, nível de desempenho ou de
conhecimento.

Mediante avaliação em todos os componentes curriculares da


Base Nacional Comum Curricular.
COMO A descrição do recurso pedagógico da classificação deverá fazer
FAZER parte do Regimento Escolar e Proposta Pedagógica. Os
documentos que fundamentam a classificação de cada aluno
deverão ser arquivados na escola.

QUANDO
Por ocasião da matrícula do aluno na escola (matrícula inicial).
FAZER

Para aluno que cursou com

QUANDO POR PROMOÇÃO aproveitamento a série, período, ciclo, na

PODE própria escola (sequência normal).

OCORRER POR Para aluno procedente de outra escola


TRANSFERÊNCIA situada no país ou exterior (dando

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sequência à série, ao período ou à etapa
apresentada no histórico escolar da escola
de origem)

Posicionamento na série, período, ciclo,


POR AVALIAÇÃO
independente de escolarização anterior.

10 INSTRUMENTOS BÁSICOS DE ATUAÇÃO DO SERVIÇO DE INSPEÇÃO ESCOLAR


RELACIONADOS À REGULARIDADE DE VIDA ESCOLAR RECURSOS PEDAGÓGICOS -
RECLASSIFICAÇÃO

Lei Federal nº 9.394/96,


Pareceres do CEE nº 1.132/1997, 1.158/1998 e 388/2003

Posicionar o aluno na série, período, etapa ou ciclo diferente do


OBJETIVO que seu histórico escolar registre ou, na ausência deste, o que
seu desenvolvimento avaliado indique.

A descrição do processo deverá fazer parte do Regimento


Escolar e Proposta Pedagógica. Que a decisão de
COMO reclassificação seja decorrente de manifestação de comissão
FAZER formada de docentes e supervisor, sob a presidência do diretor.
Os documentos que fundamentaram a reclassificação (provas,
trabalhos) deverão ser arquivados na pasta do aluno.

A reclassificação deve ter um caráter de excepcionalidade, pois


QUANDO implica em um reposicionamento do aluno, para fins de
FAZER prosseguimento de estudos, tendo em vista comprovada
aprendizagem

É a forma de propiciar condições para a


conclusão de séries, etapas ou ciclos da
educação básica, em menos tempo, ao
QUANDO AVANÇO
aluno portador de altas habilidades
PODE
comprovadas por comissão indicada pelo
OCORRER
diretor.

14
É a forma de propiciar ao aluno com atraso
ACELERAÇÃO escolar, a oportunidade de ser posicionado
na série correspondente a sua idade.

Aluno proveniente de escola situada no


país ou exterior poderá ser avaliado para
posicionamento em série diferente à
TRANSFERÊNCIA
indicada no histórico escolar da escola de
origem, desde que comprovado
conhecimentos e habilidades.

Aluno com frequência inferior a 75% da


carga horária mínima exigida e
apresentando desempenho satisfatório em
FREQUÊNCIA
todos os componentes curriculares, ao final
do ano letivo, deverá ser submetido a
avaliação especial em todos os conteúdos

11 INSTRUMENTOS BÁSICOS DE ATUAÇÃO DO SERVIÇO DE INSPEÇÃO ESCOLAR


RELACIONADOS À REGULARIDADE DE VIDA ESCOLAR

11.1 ORIENTAÇÃO SE- ASIE/SA Nº 5/2021, DE 14 DE OUTUBRO DE 2021 -


DIRETRIZES PARA EXPEDIÇÃO DE DIPLOMA OU CONFIRMAÇÃO DE REGISTRO DE TÍTULOS

ADQUIRIDOS EM NÍVEL DE HABILITAÇÃO PROFISSIONAL, APOSTILAMENTO DE ESTUDOS

ADICIONAIS E AVERBAÇÃO DE NOMES EM DOCUMENTOS ESCOLARES EMITIDOS PELAS

ESCOLAS DO SISTEMA DE ENSINO DE MINAS GERAIS E PELAS SUPERINTENDÊNCIAS


REGIONAIS DE ENSINO (SRE), EM ESTUDOS ANTERIORES A 1982.

➔ Os procedimentos para a expedição de registro de diploma, apostilamento de estudos


adicionais e averbação de nomes em documentos escolares emitidos pelas escolas do
Sistema de Ensino de Minas Gerais e Superintendências Regionais de Ensino (SRE),
em estudos anteriores a 1982, serão acompanhados pela equipe técnica da
Superintendência Regional de Ensino (SRE) quando se tratar de Escola Extinta e pelo
serviço de Inspeção Escolar quando se tratar de escola em atividade.
➔ Registro de 1ª via de Diploma - A escola em atividade deve fazer a pesquisa dos dados
de identificação do aluno e da vida escolar, analisar a regularidade dos estudos,

15
observando as normas regulamentares à época e apurar se já houve registro de uma
primeira via.
➔ Registro de 2ª via de Diploma - A confirmação de registro será mantida sob o
acompanhamento da Superintendência Regional de Ensino (SRE) que solicitará à
Diretoria Administrativa (DADM) os documentos microfilmados conforme cada caso.
➔ A escola em atividade deverá elaborar o Histórico Escolar e Diploma do aluno e
encaminhar através de ofício à Superintendência Regional de Ensino (SRE) o pedido de
confirmação de Registro do Diploma, informando os dados referentes ao registro na 1ª
via, a saber: nº do registro, nº do livro, nº da folha e a data em que ocorreu o registro, se
houver.
➔ Apostilamento de Estudos Adicionais - O apostilamento no diploma será feito quando o
solicitante apresentar a conclusão de Estudos Adicionais, previstos na Lei Federal nº
5.692/71.
➔ A escola em atividade deverá registrar no verso do diploma os dados referentes ao
apostilamento, após a anotação em livro próprio.
➔ Averbação de nome - A averbação é o registro ou anotação no verso do diploma de
alterações referentes aos dados pessoais do concluinte, como por exemplo, mudança
de nome, tendo em vista apresentação da certidão de casamento.
➔ Alertamos para o cuidado e zelo que devem ser assumidos nos registros objeto de
averbação em Registro Civil, conforme resolução do Conselho Nacional de Justiça -
Provimento nº 73, de 28/6/2018 e outros, mediante autorização judicial a pedido da
pessoa interessada.

11.2 - ORIENTAÇÃO ASIE/VIDA ESCOLAR Nº 1/2022, DE 24 DE FEVEREIRO DE


2022: ORIENTA A ESCRITURAÇÃO ESCOLAR REFERENTE AOS ESTUDANTES AMPARADOS

PELO DECRETO Nº 1.044/1969 E PELA LEI Nº 6.202/1975 NAS ESCOLAS DA REDE


ESTADUAL DE ENSINO

➔ As faltas devem ser apuradas e registradas nos documentos dos estudantes e,


posteriormente, justificadas mediante a comprovação da situação de saúde pela
apresentação de laudos, atestados ou relatórios médicos. Assim, não haverá abono de
faltas, mas compensação das ausências, mediante atendimento pedagógico na forma
excepcional assegurada pela escola.
➔ Na Ficha Individual: registrar o acompanhamento, as faltas e anexar o atestado, ou o
laudo, ou o relatório médico.

16
➔ No Histórico Escolar: registrar as faltas/horas, o aproveitamento em todos os
componentes curriculares, conforme acompanhamento pedagógico da escola.
➔ No Sistema Mineiro de Administração Escolar (SIMADE) e no Diário de Classe ou no
Diário Digital (DED): proceder ao lançamento dos registros dos estudantes, amparados
conforme funcionalidades disponíveis.
➔ Na Pasta Individual: arquivar toda a documentação apresentada pela família e/ou pelo
estudante (atestados ou laudos ou relatórios médicos); os registros da equipe
pedagógica, com o acompanhamento escolar, conforme ofertado aos estudantes (atas,
relatórios, cronogramas de atividades e atendimentos, projetos pedagógicos específicos,
provas, pesquisas, trabalhos, etc.) comprovando o atendimento pedagógico realizado
em regime excepcional.

11.3 ORIENTAÇÃO DE SERVIÇO ASIE Nº 2/2022, DE 15 DE MARÇO DE 2022:


ORIENTA AS SUPERINTENDÊNCIAS REGIONAIS DE ENSINO SOBRE O CREDENCIAMENTO DE

ESCOLAS, A AVALIAÇÃO E A EMISSÃO DE COMPROVANTE DE CONCLUSÃO DO 5º ANO DO

ENSINO FUNDAMENTAL AOS CANDIDATOS COM 15 (QUINZE) ANOS DE IDADE COMPLETOS

OU MAIS

➔ O artigo 52 da Resolução SEE nº 4.692, de 30 de dezembro de 2021, que dispõe sobre


a organização e o funcionamento do ensino nas Escolas Estaduais de Educação Básica
de Minas Gerais e dá outras providências;
➔ Na inexistência no município de oferta de anos iniciais do Ensino Fundamental pela rede
estadual, compete às Superintendências Regionais de Ensino (SRE) credenciar a(s)
escola(s) da rede municipal de ensino, em ação solidária com a Secretaria Municipal de
Educação, para proceder a esta avaliação, observar critérios de “saúde”, de
funcionamento e publicar a Portaria credenciando a(s) escola(s) municipal(is).
➔ O candidato será submetido às avaliações em todos os componentes da Base Nacional
Comum Curricular (BNCC) referentes aos anos iniciais do Ensino Fundamental.
➔ As escolas podem elaborar seus formulários ou proceder às adaptações nos formulários
de histórico escolar adotados para a escrituração dos anos iniciais do Ensino
Fundamental, atentando para os registros fundamentais no seu preenchimento.

11.4 - MEMORANDO SEE/SE – ASIE Nº 58/2022, DE 23 DE FEVEREIRO DE 2022,


COM ORIENTAÇÕES SOBRE REGULARIZAÇÃO DE VIDA ESCOLAR DE ESTUDANTES COM

PENDÊNCIAS DE PROGRESSÃO CONTINUADA E ESCRITURAÇÃO ESCOLAR

17
➔ atenção especial do Serviço de Inspeção Escolar no acompanhamento e orientação às
escolas nas ações demandadas pelos estudantes com pendências:
➔ prazo - preferencialmente no 1º bimestre e em situações monitoradas pela SRE até o 2º
bimestre;
➔ levantamento - dos estudantes que possuem pendências na trajetória escolar de
Progressão Parcial em 2021, 2020, 2019 e anos anteriores, de registros escolares com
inconsistência. Propor as medidas específicas para regularização da vida escolar
conforme orientações, assegurando suas condições de prosseguir os estudos;
➔ recuperação de estudos - assegurar as oportunidades de recuperação, conforme
previsão legal e reavaliações propostas pelas equipes pedagógica e gestora da escola,
zelando pela qualidade dos registros, dos comprovantes, dos procedimentos, e pela
revisão os resultados anteriormente anotados nos registros escolares;
➔ na análise de documentos escolares emitidos por escolas de outros sistemas – redes
municipal, federal, privada e escolas de outros estados – é importante buscar conhecer
as normas seguidas por essas escolas para compreender a escrituração escolar
adotada, os critérios de promoção, de registro de frequência e desempenho
estabelecidos durante o período de atendimento remoto aos alunos. Sempre que houver
dúvidas e inconsistências nos documentos escolares, a escola de origem deverá ser
consultada para prestar os esclarecimentos necessários e, em alguns casos, a SRE
deverá reportar a nossa equipe para colaboração;
➔ documentos escolares - os profissionais da escola deverão fazer cuidadosamente os
registros dos resultados de 2022 em curso pelo estudante. Quanto às pendências de
Progressão Continuada/2020 e de Progressão Parcial de anos anteriores, deverão ser
substituídos os registros insuficientes para promoção e lançados os resultados de
aproveitamento e a carga horária, conforme saneamento efetivado.

11.5 - ORIENTAÇÃO ASIE/VIDA ESCOLAR Nº 3/2022, DE 9 DE MAIO DE 2022, QUE ORIENTA A

ESCRITURAÇÃO ESCOLAR REFERENTE AOS ESTUDANTES MATRICULADOS NA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL TÉCNICA


DE NÍVEL MÉDIO – CURSO TÉCNICO, DO PROJETO "TRILHAS DE FUTURO", AMPARADOS PELO DECRETO-LEI Nº
1.044/1969, PELA LEI Nº 6.202/1975, PELA LEI FEDERAL Nº 4.375, DE 17 DE AGOSTO DE 1964 E PELO

DECRETO-LEI Nº 715, DE 30 DE JULHO DE 1969

➔ O projeto “Trilhas de Futuro”, oferta de cursos técnicos, considerando a importância do


projeto, a natureza e a relevância do processo formativo da educação profissional, no
que se refere à regularidade da vida escolar dos estudantes, cabe analisar caso a caso
as situações dos estudantes e a oferta da escola, cabe observar as condições do
estudante para realizar os estudos especiais, o cumprimento da carga horária

18
obrigatória e o tempo suficiente para concluir o curso de acordo com as
regulamentações do projeto;
➔ A LDBEN nº 9394/1996, no Artigo 24, inciso VI, determina que “o controle de frequência
fica a cargo da escola, conforme o disposto no seu regimento e nas normas do
respectivo sistema de ensino, exigida a frequência mínima de setenta e cinco por cento
do total de horas letivas para aprovação”.
➔ § 4º do artigo 49 da Resolução CNE/CP nº 1, de 5 de janeiro de 2021, define as
Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Profissional e Tecnológica,
estabelece que “os históricos escolares que acompanham os certificados e diplomas
devem explicitar o perfil profissional de conclusão, as unidades curriculares cursadas,
registrando as respectivas cargas horárias, frequências e aproveitamento de estudos e,
quando for o caso, as horas de realização de estágio profissional supervisionado.”
➔ Resolução CEE-MG nº 484/2021, que dispõe sobre a Educação Profissional e
Tecnológica no Sistema de Ensino do Estado de Minas Gerais e dá outras providências,
esclarece nos Artigos 39 e 40 que o currículo, consubstanciado no Plano de Curso, é
prerrogativa e responsabilidade de cada instituição educacional, nos termos do seu PPP
e que os Planos de Curso coerentes com os PPP obrigatoriamente devem conter, dentre
outros implicativos, o perfil profissional de conclusão, de saídas intermediárias em nível
de Qualificação Profissional e de Especialização Profissional Técnica, quando previstas,
os critérios e procedimentos de avaliação de aprendizagem, a identificação das
atividades práticas e de estágio curricular supervisionado obrigatório, quando couber, a
identificação das atividades práticas e de estágio curricular supervisionado obrigatório,
quando couber; e o prazo máximo para integralização do curso.
➔ a escrituração do percurso escolar dos estudantes em tratamento excepcional, deverão
ser precedidos dos registros das ofertas das atividades, dos relatórios de atendimento
pedagógico, do cronograma dos trabalhos e das entregas dos discentes, visando
assegurar a garantia de continuidade e qualidade da formação profissional e processos
de aprendizagem com regularidade de vida escolar.
➔ Para a escrituração vide quadros anexos da ORIENTAÇÃO ASIE/VIDA ESCOLAR N°
3/2022 com passo a passo para cada caso.

11.6 - ABA “INSPEÇÃO ESCOLAR” NO SITE DA SEE: CONTÉM LEGISLAÇÕES E ATOS

NORMATIVOS DA SEE, DO MEC, DO CEE E OUTROS AFETOS AO TRABALHO DO SERVIÇO


DE INSPEÇÃO

19
➔ Boletim de Legislações e Normas (sumário com as normativas editadas em cada
mês);
➔ Leis, Decretos, Resoluções e Pareceres;
➔ Deliberações;
➔ Ofícios, Memorandos, Orientações e demais Documentos da SEE e outros órgãos.

11.7 - DRIVE “ASIE- A SSESSORIA CENTRAL DE INSPEÇÃO ESCOLAR”

No aplicativo do GMail da SEE, é importante arquivo com muita legislação, disponibilizado e


organizado pela ASIE.

12 OBSERVAÇÕES

Matrícula: é de competência exclusiva dos gestores da escola e responsabilidade dos


profissionais inerentes aos cargos e funções que ocupam deferir a matrícula do aluno em
atendimento às exigências legais.
- É obrigatória a apresentação e análise de: certidão de nascimento; histórico escolar
comprovando o percurso escolar: currículo, carga horária, dias letivos, aproveitamento,
frequência, etc. (os gestores que deferem a matrícula devem contatar com o gestor da escola
de origem no caso da não apresentação do documento pelo aluno).

Percurso escolar: ressaltamos a obrigatoriedade do cumprimento dos dispositivos da Lei


9.394/96: carga horária mínima conforme matriz curricular aprovada e de 200 (duzentos) dias
letivos de trabalho escolar; a obrigatoriedade dos estudos de recuperação; a exigência da
frequência mínima de 75% (setenta e cinco por cento) do total de horas letivas para aprovação
(comunicação aos órgãos competentes e responsáveis em caso de infrequência); cumprimento
das diretrizes curriculares conforme legislação vigente pelo aluno, ofertadas pela escola (Plano
Curricular).

Escrituração escolar: autenticidade; integridade; conservação:


O Diretor e o Secretário do estabelecimento de ensino, pelos cargos que ocupam, são,
naturalmente, os detentores de todos os poderes administrativos e, consequentemente, são os
responsáveis pela escrituração escolar, qualquer que seja o nível de ensino e modalidade,
assegurando em qualquer tempo a verificação da identidade de cada aluno, a regularidade de
seus estudos e autenticidade da sua vida escolar.

13 RESPOSTAS AOS QUESTIONAMENTOS APRESENTADOS NO 1º SEMINÁRIO VIRTUAL:

REGULARIDADE E VIDA ESCOLAR

20
A seguir, apresentamos as considerações e/ou respostas aos vários questionamentos
apresentados pelos participantes no 1º Seminário Virtual de Formação continuada -
Regularidade e Vida Escolar.

13.1 ATUAÇÃO DE PROFESSORES SEM A DEVIDA HABILITAÇÃO E/OU AUTORIZAÇÃO PARA

LECIONAR

Como proceder em relação à validação de carga horária das atividades escolares


durante o REANP, nos casos onde as instituições atuaram com professores não
habilitados (Ensino Fundamental dos Anos Iniciais e Finais)?

Resposta: Consideramos REANP apenas as ofertas pedagógicas asseguradas aos alunos da


rede estadual. Cada situação deverá ser verificada com foco nas apurações das condições
mínimas dos professores para pelo menos serem autorizados, de forma retroativa. Cabe
discriminar no documento o período e registrar em termo de visita do Inspetor Escolar as
medidas tomadas para regularização da situação, considerando que a legislação atual não
figura a antiga “validação de atos”. O professor que não reúne os requisitos para ser autorizado
a lecionar deve ser imediatamente substituído, visando a regularização de atos escolares
praticados por docentes não detentores de habilitação específica. Não havendo a possibilidade
de regularização da situação, os casos deverão ser minuciosamente esclarecidos e enviados
os processos de regularização de vida escolar, informando o quantitativo de estudantes
atendidos, as turmas, a habilitação dos professores, o período de atuação e a forma como a
escola registrou as aulas, bem como justificativa emitida pelos gestores da escola dos motivos
de atribuição de aulas ao professor não habilitado.
As equipes da SRE devem efetivamente acompanhar os processos de autorização emitidos
sob seus cuidados e gestão, bem como ficar atentas às normas sobre emissão de autorização
para lecionar, dirigir e secretariar, cumprindo rigorosamente os critérios estabelecidos na
legislação.
As situações apuradas pelas SRE, que após detida análise à luz das orientações em vigor, não
forem passíveis de saneamento deverão ser encaminhadas à ASIE, conforme Orientação de
Serviço Conjunta DDGE/ASIE n° 01/2022 preenchendo a planilha anexa a esta orientação
referente ao levantamento em tela.

Como proceder em relação à vida escolar dos alunos, nos casos em que houve atuação
de professores sem habilitação (Educação Infantil, Anos Iniciais e Finais do Ensino
Fundamental — Rede Municipal; Campos Integradores da Educação Integral — Rede
Estadual)?

21
Resposta: Reiteramos as orientações dispostas para a questão nº 1.

Elaborei um relatório seguindo a orientação da ASIE de uma escola que atendi o ano
passado, uma professora lecionou por 4 anos, o componente curricular de Ensino
Religioso, em uma escola privada sem ser autorizada, até a presente data não recebi
resposta.

Resposta: Ressaltamos que o Ensino Religioso não é componente curricular de oferta


obrigatória para a rede privada, se previsto na matriz curricular será ofertado observando as
normas quanto a habilitação e autorização para lecionar nas escolas do sistema de ensino de
Minas Gerais. A análise da ocorrência deve considerar a etapa do Ensino Fundamental, anos
iniciais e anos finais como se deu o registro das aulas ministradas, avaliação e frequência dos
estudantes. Orientamos analisar a documentação do professor verificando o atendimento aos
critérios estabelecidos na legislação para a autorização de forma retroativa, pelos períodos em
descoberto. Cabe discriminar no documento de autorização, o período e registrar em termo de
visita do Inspetor Escolar as medidas tomadas para regularização da situação, considerando
que a legislação atual não figura a antiga “validação de atos”. Se houver dúvidas quanto à essa
autorização, a SRE deverá reportar, caso a caso, à Diretoria de Desenvolvimento da Gestão
Escolar - DDGE.
Considerando os anos iniciais do Ensino Fundamental, por força de lei, há de ser exercido por
profissional docente adequadamente habilitado, consoante com o artigo 31 da Resolução CNE
/CEB nº 7, de 14 de dezembro de 2010, fixa Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino
Fundamental de 9 (nove) anos:
Do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental, a componente curricular Educação Física e Arte
poderá estar a cargo do professor de referência da turma, aquele com o qual os alunos
permanecem a maior parte do período escolar, ou de professores licenciados nos respectivos
componentes.
§ 1º Nas escolas que optarem por incluir Língua Estrangeira nos anos iniciais do Ensino
Fundamental, o professor deverá ter licenciatura específica no componente curricular.
Nesse sentido, se a turma é de Ensino Fundamental anos iniciais, e a escrituração foi realizada
pelo professor regente, não há o que regularizar.
Quando o professor que não reúne os requisitos para ser autorizado a lecionar ele deve ser
imediatamente substituído, visando a regularização de atos escolares praticados por docentes
não detentores de habilitação específica.
As situações apuradas pelas SRE, que após detida análise à luz das orientações em vigor, não
forem passíveis de saneamento deverão ser encaminhadas à ASIE, conforme Orientação de

22
Serviço Conjunta DDGE/ASIE n° 01/2022, preenchendo a planilha anexa a esta orientação,
referente ao levantamento em tela.

Como validar o professor autorizado que trabalhou um período sem autorização, se não
temos legislação que ampara tal procedimento?

Resposta: Orientamos analisar a documentação do professor verificando o atendimento aos


critérios estabelecidos na legislação para a autorização de forma retroativa, pelos períodos em
descoberto. Cabe discriminar no documento o período e registrar em termo de visita do
Inspetor Escolar as medidas tomadas para regularização da situação, considerando que a
legislação atual não figura a antiga “validação de atos”. O professor que não reúne os
requisitos para ser autorizado a lecionar deve ser imediatamente substituído, visando a
regularização de atos escolares praticados por docentes não detentores de habilitação
específica.
As equipes da SRE devem efetivamente acompanhar os processos de autorização emitidos
sob seus cuidados e gestão, bem como ficar atentas às normas sobre emissão de autorização
para lecionar, dirigir e secretariar, cumprindo rigorosamente os critérios estabelecidos na
legislação.
As situações apuradas pelas SRE, que após detida análise à luz das orientações em vigor, não
forem passíveis de saneamento deverão ser encaminhadas à ASIE, conforme Orientação de
Serviço Conjunta DDGE/ASIE n° 01/2022, preenchendo a planilha anexa a esta orientação,
referente ao levantamento em tela.

Professor que ministrou aulas com autorização para lecionar vencida. Como validar este
período? Se não temos legislação que ampara esta situação? Como fica a vida escolar
dos alunos neste período?

Resposta: Orientamos analisar a documentação do professor verificando o atendimento aos


critérios estabelecidos na legislação para a renovação da autorização de forma retroativa,
pelos períodos em descoberto. Sendo confirmada a pertinência da autorização concedida
anteriormente, basta que a nova autorização seja emitida. Cabe discriminar no documento o
período e registrar em termo de visita do Inspetor Escolar as medidas tomadas para
regularização da situação, considerando que a legislação atual não figura a antiga “validação
de atos”. O professor que não reúne os requisitos para ser autorizado a lecionar deve ser
imediatamente substituído, visando a regularização de atos escolares praticados por docentes
não detentores de habilitação específica. As equipes da SRE devem efetivamente acompanhar
os processos de autorização emitidos sob seus cuidados e gestão, bem como ficar atentas às

23
normas sobre emissão de autorização para lecionar, para dirigir secretarias cumprindo
rigorosamente os critérios estabelecidos na legislação.
Sendo confirmada a regularidade da autorização e de sua renovação não há o que regularizar
à vida escolar dos estudantes. A escola deve arquivar os registros da ata e do termo de visita
que elucidam o saneamento da pendência.
As situações apuradas pelas SRE, que após detida análise à luz das orientações em vigor, não
forem passíveis de saneamento deverão ser encaminhadas à ASIE, conforme Orientação de
Serviço Conjunta DDGE/ASIE n° 01/2022, preenchendo a planilha anexa a esta orientação,
referente ao levantamento em tela.

Como validar carga horária do período do REANP, em escola onde o professor não era
habilitado. Período referente a 2020. Questionamento já enviado por e-mail pela
Coordenação da Inspeção Escolar.

Resposta: Consideramos REANP apenas as ofertas pedagógicas asseguradas aos alunos da


rede estadual. Cada situação deverá ser verificada com foco nas apurações das condições
mínimas dos professores para pelo menos serem autorizados. Não havendo essa possibilidade
os casos deverão ser minuciosamente esclarecidos e enviados os processos de regularização
de vida escolar, informando a habilitação dos professores, o período de atuação e a forma
como a escola registrou as aulas, bem como justificativa dos motivos de atribuição de aulas ao
professor, da sua permanência e sua avaliação pelos gestores da escola.
Reiteramos as orientações anteriores.

Como proceder em relação à validação de carga horária das atividades escolares


durante o REANP, nos casos onde as instituições atuaram com professores não
habilitados (Ensino Fundamental dos Anos Iniciais? Temos escolas particulares que a
partir do 3º ano dos anos iniciais, os regentes atuam por disciplina. Sendo assim, uma
turma tem 3, 4 ou 5 professores. No entanto, entendemos que pelo menos o antigo
Magistério seria obrigatório o regente ter, e neste caso, não tem. São habilitados em
Letras, História, Biologia, sem ter magistério ou Pedagogia ou Normal Superior. Como
proceder?

Resposta: Deverá ser feita análise minuciosa de cada caso, de cada documento escolar dos
professores pela SRE para conferir se o profissional possui a habilitação mínima de Curso
Normal em Nível Médio, com habilitação para o exercício da docência nos anos iniciais do
Ensino Fundamental; mesmo que após ter lecionado.
As situações apuradas pelas SRE, que após detida análise à luz das orientações em vigor, não
forem passíveis de saneamento deverão ser encaminhadas à ASIE, conforme Orientação de

24
Serviço Conjunta DDGE/ASIE n° 01/2022, preenchendo a planilha anexa a esta orientação,
referente ao levantamento em tela.

Temos inúmeros casos de professores não habilitados e não autorizados que lecionaram
em um período em escolas privadas no período da pandemia. Em análise dos Inspetores,
esses casos foram identificados. Questionamos:
- Os inspetores poderão validar a CH de atividades não presenciais das instituições que
possuem essa situação?
- Como fazer com o período que foi lecionado por professor não autorizado, será
validado?
Obs.: Encaminhei inúmeros e-mails à ASIE e à ASIE - Vida Escolar relatando os fatos e
até hoje não obtive resposta de nenhum. Gentileza verificar. Acabou de informar no
Seminário que os casos devem ser enviados à ASIE para análise individual, já
repassamos e aguardamos orientações.

Resposta: Deverá ser feita análise minuciosa de cada caso, de cada documento escolar dos
professores pela SRE para conferir se o profissional reúne condições mínimas de receber uma
autorização específica mesmo após ter lecionado.
As situações apuradas pelas SRE, que após detida análise à luz das orientações em vigor, não
forem passíveis de saneamento deverão ser encaminhadas à ASIE, conforme Orientação de
Serviço Conjunta DDGE/ASIE n° 01/2022, preenchendo a planilha anexa a esta orientação,
referente ao levantamento em tela.

13.2 IRREGULARIDADES NO PERCURSO ESCOLAR DOS ESTUDANTES

A pessoa X concluiu no ano de 2019 o 3.º Ano Ensino Médio. Ao analisar o histórico
escolar, constatamos que, na 1.ª série do Ensino Médio, no ano de 2018, a mesma foi
reprovada em Matemática. Ademais, em 2019, não foi realizada a Progressão Parcial.
Analisando as legislações, identificamos que o Parecer 227/2013 (Quem sabe mais, sabe
menos), poderia amparar essa situação, pois, a disciplina em que houve reprovação foi
cursada com êxito em outro Ano/Série. Não obstante, o referido Parecer destaca que
estão solucionadas as situações que ocorreram até o ano de 2003, que não é o caso.
Ademais, trata-se de ex aluna. Diante do exposto, solicitamos orientações sobre como
proceder.

Resposta: Cabe ressaltar que o Parecer SEE nº 227/2013, examina em caráter excepcional, a
situação de ex-alunos de escolas públicas com reprovação em disciplinas obrigatórias na
Educação Básica, no período ano de 2003 e anteriores.

25
Orientamos observar as orientações do Ofício Circular SB/SOE/DFRE nº 3/2013, de 14 de
maio de 2013, sendo sua vigência por prazo indeterminado, devendo atentar pelo cumprimento
mínimo de 75% de frequência. Assim, nos termos dos itens 4.1 e 4.2 o saneamento da
irregularidade apresentada deverá ser proposto pelo Serviço de Inspeção Escolar:
4.1- A partir do ano letivo de 2004, situação de alunos das escolas estaduais em
funcionamento, reprovados ou com pendências desta progressão parcial em séries
intermediárias da Educação Básica, o saneamento das irregularidades é de inteira
responsabilidades dos gestores da escola, considerando as várias disposições normativas da
Secretaria de Estado de Educação, resoluções, ofícios e orientações encaminhadas às
Superintendências Regionais de Ensino.
4.2 – Ressalta-se a importância do Conselho de Classe na avaliação do percurso do aluno
considerando as habilidades e competências adquiridas e o aproveitamento destas disciplinas
na série/anos/períodos posteriores. Após esta avaliação, se considerar que o aluno venceu os
pré-requisitos necessários, lavra-se Ata com registro da avaliação e indicação do
aproveitamento, que poderá ser o mínimo exigido para aprovação ou o aproveitamento que o
aluno obteve do ano seguinte naquela disciplina. Esta ATA será devidamente assinada pela
equipe pedagógica, direção da escola e Serviço de Inspeção Escolar, regularizando a vida
escolar do aluno. Uma cópia da Ata deverá constar na Pasta Individual do aluno para dirimir
dúvidas futuras. No livro de Ata de resultados finais, referente ao ano/série/ disciplina”de
reprovação” registrar um (*) e proceder à anotação: “Situação analisada conforme Ata datada
de ____/____-______ Livro: ____ Página: _____”

Ao analisar o histórico escolar de um ex-aluno, verificamos que nos anos de 2004 e 2005
— Anos Iniciais do Ensino Fundamental, não constam notas e/ou conceitos na disciplina
de Educação Física. Nesse sentido, analisamos junto à Rede Municipal e constatamos
que a disciplina consta nos Planos Curriculares, mas, sem registros do cumprimento da
carga horária e atividades em outros documentos de escrituração escolar. Solicitamos
orientações sobre como proceder.

Resposta: Orientamos verificar como esse componente curricular era tratado em termos de
registro nos documentos normativos da rede municipal e se houve a efetiva oferta por seus
professores e se foi ministrado por professor regente.
Após esgotados todos os recursos, tendo sido conferidas as orientações, os pareceres, os
ofícios, não havendo como solucionar a questão por ser constatada a irregularidade, deve-se
instruir o processo de regularização de vida escolar, conforme o Ofício Circular SOE/DFRE nº
3/2015.

26
Ao analisar dois históricos escolares identifiquei que os alunos não cursaram a carga
horária completa em algumas disciplinas do Currículo. Exemplo: o aluno deveria cursar
100 horas em Língua Portuguesa durante o ano letivo, mas, cursou apenas 84 horas. Não
obstante, essas horas não cursadas em Língua Portuguesa foram cursadas em outras
disciplinas, ou seja, as 833h20min foram cursadas. Como proceder nessa situação?

Resposta: Orientamos apurar a ocorrência (justificativa da não oferta da carga horária integral
prevista para a Língua Portuguesa, se há registro da oferta carga horária anual obrigatória, a
avaliação do desenvolvimento dos estudantes) verificar a proposta pedagógica da escola, as
normas educacionais em vigor à época e se os critérios mínimos de promoção foram
alcançados pelos estudos.

Ao analisar o histórico escolar de um ex-aluno, verificamos que nos anos de 2009 e 2010
— Anos Iniciais do Ensino Fundamental, não constam notas e/ou conceitos e carga
horária nas disciplinas da Parte Diversificada: Literatura Infantil, Meio Ambiente.
Também não há registros referentes à Disciplina Arte. Nesse sentido, analisamos junto à
Rede Municipal e constatamos que as disciplinas constam nos Planos Curriculares, mas,
sem registros do cumprimento da carga horária e atividades em outros documentos de
escrituração escolar. Não obstante, as 800 horas foram cursadas pelos alunos.
Solicitamos orientações sobre como proceder.

Resposta: Orientamos verificar no PPP os dispositivos quanto a oferta desses componentes


curriculares, as normativas da rede municipal, as formas de registro e se houve a efetiva oferta
pelos professores regentes.

Ausência de informações (notas e/ou conceito) na documentação escolar dos alunos


nem nos diários de Classe referentes às disciplinas de: Arte e/ou Educação Artística -
Educação Religiosa e/ou Ensino Religioso - Educação Física - Educação Ambiental e
Literatura Infanto Juvenil.

Resposta: Orientamos verificar como esses componentes curriculares eram tratados em


termos de registro nos documentos normativos da rede municipal e/ou PPP e se houve a
efetiva oferta pelos professores regentes.
Após esgotados todos os recursos, tendo sido conferidas as orientações, os pareceres, os
ofícios, não havendo como solucionar a questão por ser constatada a irregularidade, deve-se
instruir o processo de regularização de vida escolar, conforme o Ofício Circular SOE/DFRE nº
3/2015.

27
Orientação quanto aos casos em que, alunos dos anos iniciais, admitidos durante o ano
letivo, 2º semestre, não cursavam na escola de origem a disciplina de Ensino Religioso.
Como computar as notas desse aluno, uma vez que a escola não realizou nenhum
processo para amparar essa situação. Tendo concluído o ano escolar aqui e já
solicitado transferência.

Resposta: O estudante transferido de escolas no decorrer do ano letivo, sendo os currículos


semelhantes ou distintos, se a equipe pedagógica da escola de destino ao posicionar o
estudante analisou o seu percurso e não considerou necessário adaptação curricular ou
pedagógica, como ocorreu na situação ora apresentada, compete aos gestores da escola a
certificação dos estudos e expedição dos documentos escolares conforme sua matriz
curricular. Neste caso cabe verificar os registros de avaliação do desenvolvimento do estudante
no período cursado e regularizar os registros da vida escolar de acordo com os requisitos para
aprovação.

Aluno da Rede Municipal que concluiu o 5º ano do ensino fundamental com "progressão
continuada" em 2016, matriculou-se na Escola Estadual no 6º ano, concluindo o Ensino
Fundamental em 2020, sem ter "resolvido" a progressão continuada referente ao 5º ano.
Como proceder para regularizar a situação?

Resposta: A Resolução SEE nº 2.197/2012, vigente à época do percurso escolar da criança,


quando ficou configurada a progressão continuada, mesmo que sua trajetória tenha sido em
escola municipal, partimos do conceito apresentado pela norma do estado que é ampla e faz
todo sentido para melhor compreensão dessa estratégia pedagógica quando fez constar no
artigo 72 que a progressão continuada, com aprendizagem e sem interrupção, nos Ciclos da
Alfabetização e Complementar está vinculada à avaliação contínua e processual, que permite
ao professor acompanhar o desenvolvimento e detectar as dificuldades de aprendizagem
apresentadas pelo estudante, no momento em que elas surgem, intervindo de imediato, com
estratégias adequadas, para garantir as aprendizagens básicas. A progressão continuada nos
anos iniciais do Ensino Fundamental deve estar apoiada em intervenções pedagógicas
significativas, com estratégias de atendimento diferenciado, para garantir a efetiva
aprendizagem dos estudantes no ano em curso. “O entendimento do significado de cada uma
das formas de progressão tornou-se fundamental na nova legislação. Ele é também um dos
pilares da nova organização da educação básica, por dispor da passagem do aluno de uma
para outra série ou período, ou de um ciclo para outro, cumpridas todas as condições
estabelecidas pela escola. Ao propor os regimes de progressão, a lei procurou garantir aos
alunos condições de avançar na sua escolarização, seja através de progressão regular por
série, seja por progressão parcial ou continuada.” (Parecer CEE 1132/97)

28
Ao proceder aos registros de promoção do estudante nos anos seguintes, o percurso escolar
do estudante fez demonstrar que o estudante saneou possíveis dificuldades tendo sua vida
escolar regular.

Ex-aluna estudou parte do ensino Fundamental em outro país, ao retornar ao Brasil, no


ato da matrícula, a escola não observou a regularidade da documentação conforme com
as normas vigentes na época (autenticidade pelo consulado) e procedeu com o
aproveitamento de estudos. A aluna não foi submetida a processo de classificação e deu
prosseguimento aos estudos, concluindo o Ensino Médio. Ao solicitar a autenticidade
em seu histórico escolar foi detectada esta situação, nesse caso deverá ser instruído
processo para regularização da vida escolar?

Resposta: Orientamos a verificação com a família da estudante, mesmo que de maneira


tardia, a possibilidade de legalização dos documentos escolares ou mesmo da guarda sob
seus cuidados de tais documentos com a legalização sem que tenham entregue a escola,
visando a escrituração com o aproveitamento de estudos regularmente. Caso se constate a
inexistência de legalização e/ou a impossibilidade de realizá-la orientamos a instrução de
processo de regularização de vida escolar.

O Parecer CEE/MG 501/96 pode e deve ser utilizado para regularizar a vida escolar de
alunos com reprovação em séries anteriores e aprovação em anos subsequentes no
mesmo componente anteriormente, ou seja, quem sabe mais, sabe menos. Correto?

Resposta: Orientamos verificar as orientações dispostas no Ofício Circular SB/SOE/DFRE n.


3/2013, de 14/5/2013 que orienta a regularização de percurso escolar tendo vista diversos
instrumentos disponibilizados pela Secretaria de Estado de Educação considerando as
determinações trazidas pela LDB 9394/1996 e demais normas educacionais.
Revisitando o Parecer CEE 501/96 ressaltamos que a consulta trata-se de pedido de
equivalência de estudos realizados, nos Estados Unidos da América. O relator concluiu por
considerar regulares e equivalentes ao sistema de ensino brasileiro os estudos realizados à
conclusão do Ensino Fundamental e encaminhou à Câmara do Ensino Médio para o
pronunciamento de sua competência. Por sua vez, a Câmara do Ensino Médio orientou à
interessada apresentar sua documentação escolar à escola de destino, que poderia propor
adaptações, de acordo com o disposto na Resolução CEE nº 228/77. Observa-se o contexto de
vida escolar na vigência da Lei Federal 5692/71.

Como deverá ser o registro de Vida Escolar do aluno amparado pelo Memorando-SEE/SB
nº39/2022 de 27 de janeiro de 2022?

29
Resposta: O Memorando.SEE/SB.nº 39/2022, de 27/1/2022, tratou das orientações para o
Início do Ano Letivo - 2022 tendo em vista as diretrizes para cumprimento do calendário escolar
estabelecido pela Resolução SEE no 4660/2021, as orientações para a organização das
atividades administrativas e pedagógicas, não sendo um instrumento de amparo para registro
de vida escolar. Orientamos o encaminhamento de consulta à equipe da Coordenação de
Regularidade de Vida Escolar asie.vidaescolar@educacao.mg.gov.br incluindo relatório com
detalhamento do ocorrido aos estudantes para melhor compreensão do caso.

Se ao receber o Hist. Esc. de outra escola e a matrícula ficou errada, enquanto o aluno
está na escola, pode voltá-lo para outra turma, se for o caso?

Resposta: Cabe analisar atentamente, caso a caso, observando as pendências de vida


escolar, a idade do estudante, o desempenho escolar apresentado, a data da matrícula por
transferência, o tempo cursado no ano em que detectou a irregularidade, e se a situação reúne
condições, proceder a classificação para fins de regularização da escrituração escolar. Se a
decisão for pelo retorno do estudante, posicionamento conforme o Histórico Escolar, cabe
reunião com os responsáveis comunicando os procedimentos e registro da ocorrência.

Após analisar a trajetória escolar de uma aluna, nascida aos 08/10/1985, constatamos
que a aluna não concluiu o 9º ano do Ensino Fundamental. No primeiro semestre do ano
de 2021, os servidores de uma escola estadual matricularam a aluna no 1º período da
EJA. Cursou com êxito o 1º e 2º período da EJA Ensino Médio em 2021, hoje a aluna está
cursando o 3º período da EJA com aproveitamento e frequência. Neste caso, será
necessário enviar um processo de regularização escolar para vocês analisarem e
regularizar a vida escolar da aluna?

Resposta: Orientamos a certificação do ensino fundamental, via exames, no Centro Estadual


de Educação Continuada (CESEC) mais próximo.

No ato da matrícula do estudante, a escola, ao detectar uma irregularidade da escola de


origem, deve-se solicitar os dados do estudante desta escola, realizar a matrícula e
proceder ao processo de regularização de vida escolar?

Resposta: Correto o entendimento. Todas as dúvidas devem ser sanadas com os profissionais
da escola de origem, a matrícula imediatamente efetivada aos estudantes de 6 a 17 anos
conforme os documentos apresentados e a idade do estudante, verificar as pendências e
propor medidas saneadoras que podem variar conforme irregularidade identificada:
planejamento e oferta de plano especial de estudos, realização de progressões parciais, e

30
mesmo a avaliação das condições para proceder a classificação para fins de regularização da
Vida Escolar.

Quando a irregularidade ocorrer com alunos vindos das escolas de outro estado, como
devemos proceder?

Resposta: Cada situação deve ser analisada individualmente e devem ser consideradas as
orientações do Memorando.SEE/SE - ASIE.n. 58/2022, de 23/2/2022 sobre as orientações para
regularização de vida escolar de estudantes com pendências de Progressão Continuada e
escrituração escolar.
Num primeiro momento recomendamos fazer contato com a escola ou a Secretaria de
Educação do outro estado visando conhecer a legislação que rege o percurso escolar do
estudante bem como sua trajetória escolar. Todas as dúvidas devem ser sanadas, a matrícula
imediatamente efetivada aos estudantes de 6 a 17 anos conforme os documentos
apresentados e a idade do estudante, verificar as pendências e propor medidas saneadoras
que podem variar conforme irregularidade identificada: planejamento e oferta de plano especial
de estudos, realização de progressões parciais, e mesmo a avaliação das condições para
proceder a classificação para fins de regularização da Vida Escolar.

O aluno cursou até o 4º ano na rede municipal, solicitou sua transferência e a rede
expediu a declaração de transferência com direito a matricular-se no 5º ano. A escola
estadual recebeu o aluno e não observou a declaração, matriculando o aluno no 6º ano
de escolaridade. Hoje o aluno encontra-se cursando o 2º ano do Ensino Médio. Só agora
que a escola ao fazer a transferência do aluno para outra escola percebeu que foi feito
errado a matrícula do aluno. O aluno está com lacuna no 5º ano. Nesse caso deve-se
elaborar um processo de vida escolar no SEI?

Resposta: Orientamos a verificação minuciosa de documentos escolares na própria escola,


nos diversos arquivos existentes e a busca de informações de percurso escolar entre os
estabelecimentos de ensino por onde o estudante transitou. Após esgotados todos os recursos,
tendo conferido as orientações, os pareceres, os ofícios, constatada a irregularidade, não
havendo como solucionar a questão, deve-se instruir o processo de regularização de vida
escolar, conforme o Ofício Circular SOE/DFRE nº 3/2015.

O aluno tem sua vida escolar regular até o 2º ano do EM quando no final de 2019 pediu
transferência na segunda quinzena de dezembro antes de encerrar o ano letivo e não
tem registro de matrícula dele em nenhuma outra escola. Em 2020, ano da Pandemia, foi
matriculado e aprovado na E.E. XX no 3º ano do Ensino Médio. Hoje está aguardando o

31
Histórico para apresentar no trabalho. Qual amparo legal poderíamos utilizar nesta
situação?

Resposta: Considerando que o aluno cursou o 2° ano do ensino médio até dezembro de 2019,
solicitamos verificar na escola de origem se o aluno possui avaliação, aproveitamento
suficiente para aprovação e frequência igual ou superior a 75% da carga horária anual
obrigatória. Atendendo aos critérios para aprovação, o histórico escolar comprovando a
conclusão do 2° ano do ensino médio poderá ser expedido computando faltas horas no período
entre a transferência e o término do ano letivo. Observar também as orientações do Ofício
Circular SB/SOE/DFRE nº 3/2013, de 14 de maio de 2013.

A Escola ao analisar a documentação no ato da matrícula, a escola detecta uma


irregularidade da escola de origem. Sendo assim deve-se fazer a matrícula ou o
processo de regularização deverá ser feito antes ?

Resposta: A escola deve fazer a Matrícula, contactar a escola de origem para verificar se o
documento foi expedido corretamente, em caso afirmativo, solicitar que a escola emita um
relatório descrevendo o percurso do aluno, qual a irregularidade e o motivo que levou a gerar a
pendência e pedir para anexar comprovantes se houver. De posse dos documentos, a equipe
pedagógica da escola juntamente com o Inspetor Escolar irão analisar se a situação é passível
de resolução na escola: classificação, reclassificação, plano de estudo especial. Caso não seja
possível a regularização pela escola, o Inspetor Escolar deverá elaborar relatório
circunstanciado nos termos do Ofício 03/2015, e instruir processo via SEI, inserindo os
documentos legíveis que comprovem o percurso do aluno para análise e pronunciamento,
desde que a situação seja do Sistema de Ensino de Minas Gerais.

E quando o aluno apresenta lacuna no Ensino Fundamental 9º (ano) e já concluiu o


Ensino Médio, o que fazer?

Resposta: Após esgotados todos os recursos, tendo conferido as orientações, os pareceres,


os ofícios, constatada a irregularidade, não havendo como solucionar a questão, interessado
poderá ser orientado a conclusão do ensino fundamental via exames para certificação no
CESEC.
Em situações excepcionais, a Assessoria de Inspeção Escolar tem emitido pronunciamento
favorável à regularização da vida escolar, em situações em que seja caracterizado prejuízos ao
estudante que já concluiu o Ensino Médio e que a irregularidade foi gerada decorrente de erro
dos profissionais da escola, sem intenção de favorecimento.

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Reiteramos que cabe à escola garantir o percurso dos estudantes com vida escolar regular à
luz da legislação em vigor e expedição dos documentos escolares válidos para o
prosseguimento de estudos, para o exercício profissional e para o exercício pleno da cidadania.
A medida de adotar a “Certificação por meio de Exames” preserva o direito do estudante de
portar histórico escolar de conclusão do ensino fundamental e médio para prosseguimento dos
estudos, concursos públicos, sistemas de cotas e mercado de trabalho.

O aluno no 1º ano EM, em 2021, a escola fez a renovação de matrícula para o 2º ano; em
abril a escola descobriu que este aluno foi reprovado no 1º ano. como proceder?

Resposta: Cabe ao Conselho de Classe e equipe pedagógica avaliar a circunstância que


ocorreu a irregularidade, o desenvolvimento do estudante e definir a forma de regularização da
vida escolar podendo optar pelo remanejamento para o 1° ano do Ensino Médio ou utilização
de recurso pedagógico regulamentado na escola/rede de ensino, regularizando o percurso do
estudante.

13.3 EDUCAÇÃO FÍSICA

Conforme o parágrafo 3.º do Artigo 26 da LDB n. º 9394/1996, de 23/12/1996, a Educação


Física era um Componente Curricular facultativo aos alunos do turno da noite até o ano
de 2003, época em que ocorreu alteração desse Artigo pela Lei Federal n. º 10793/2003.
Foi verificado por este Serviço de Inspeção Escolar que no ano de 2002, na E. E. X, o
Componente Curricular, apesar de constar nos Planos Curriculares das turmas do turno
noturno, não foi ofertado aos alunos. Observou-se ainda que não há nas pastas
individuais dos alunos, requerimentos e documentos comprobatórios necessários para a
dispensa das atividades. Diante do exposto, questiono:

A escola pode amparar a ausência de Educação Física para os alunos do turno noturno
do ano de 2002, com base no Artigo 26 da Lei Federal n. º 9394/1996, mesmo não
havendo requerimentos e documentos comprobatórios necessários nas pastas dos
alunos? Caso não seja possível, quais medidas devemos adotar?

Resposta: Educação Física - 1997 a 2003 - Observar as alterações da redação da Lei


9394/96.
Art. 26, Parágrafo 3º da Lei 9.396/96, de 20/12/1996 :
- § 3º A educação física, integrada à proposta pedagógica da escola, é componente
curricular da Educação Básica, ajustando-se às faixas etárias e às condições da população
escolar, sendo facultativa nos cursos noturnos.

33
§ 3o A educação física, integrada à proposta pedagógica da escola, é componente curricular
obrigatório da Educação Básica, ajustando-se às faixas etárias e às condições da população
escolar, sendo facultativa nos cursos noturnos. (Redação dada pela Lei nº 10.328, de
12.12.2001)
§ 3o A educação física, integrada à proposta pedagógica da escola, é componente curricular
obrigatório da educação básica, sendo sua prática facultativa ao aluno: (Redação dada pela Lei
nº 10.793, de 1º.12.2003)
§ 3º A educação física, integrada à proposta pedagógica da escola, é componente curricular
obrigatório da educação infantil e do ensino fundamental, sendo sua prática facultativa ao
aluno: (Redação dada pela Medida Provisória nº 746, de 2016)
A partir de 2004:
§ 3º A educação física, integrada à proposta pedagógica da escola, é componente curricular
obrigatório da educação básica,
Assim, para a análise dos planos curriculares neste contexto, ao observar o componente
curricular Educação Física - 1997 a 2003 - devem ser observadas as alterações da redação da
Lei 9394/96. A alteração para o ano de 2002 é a Lei Federal 10328/2001: a educação física,
integrada à proposta pedagógica da escola, é componente curricular obrigatório da Educação
Básica, ajustando-se às faixas etárias e às condições da população escolar, sendo facultativa
nos cursos noturnos.

Conforme Artigo 26 da Lei Federal n. º 10793/2003, que alterou o parágrafo 3.º do Artigo
26 da LDB n. º 9394/1996, de 23/12/1996, a Educação Física é um Componente Curricular
obrigatório da Educação Básica (para todas as redes de ensino). Não obstante, foi
verificado que, no ano de 2006, na E. E. X, esse Componente Curricular, apesar de
constar nos Planos Curriculares, não foi ofertado aos alunos do turno da noite.
Observou-se ainda que em muitos casos, a Educação Física não era facultativa aos
alunos e sim obrigatória. Mesmo nos casos em que poderia ocorrer a dispensa de
Educação Física, não há nas pastas individuais requerimentos e documentos
comprobatórios necessários. Ao analisar os Planos Curriculares da época identificamos
que nestes documentos constam o seguinte: “Educação Física é componente
obrigatório para toda a Educação Básica, opcional para os alunos dos cursos noturnos,
conforme Resolução SEE nº 716/2005”. Supostamente, amparou essa ausência através
da Resolução SEE nº 716/2005 que estabelecia normas para organização do Quadro de
Pessoal das Escolas Estaduais e designação para exercício de função pública na rede
estadual para o ano de 2006. Diante do exposto, questiono:

34
A escola pode amparar a ausência de Educação Física para os alunos do turno noturno
no ano de 2006, com base na Resolução SEE n.º 716/2005? Caso não seja possível, quais
medidas devemos adotar?

Resposta: Cada situação deverá ser analisada. Orientamos verificar a emissão de documentos
escolares já realizada pela escola, os diários de classe, livros de ponto de professores e
apuração com servidores que ainda estejam na escola. Verifiquem também possível
atendimento a outros critérios para a não oferta ou não cumprimento do componente curricular
pelos estudantes como idade, paternidade/maternidade, laudos ou atestados médicos,
confirmação com os solicitantes dos documentos escolares se trabalhavam à época.
Fundamentado nas normativas referentes à Educação Física deverá ser analisada a
regularidade de vida escolar observando o cumprimento do componente curricular em pelo
menos uma vez no nível de ensino.
Breve retrospectiva a respeito da Educação Física na rede estadual de ensino a partir de 2004:
No dia 01/12/2003 houve alteração da Lei Federal nº 9.394/1996, com a publicação da Lei
Federal nº 10.793, quanto à prática de Educação Física alterando de facultativa no noturno
para facultativa ao aluno:
§ I – que cumpra jornada de trabalho igual ou superior a seis horas; (Incluído pela Lei nº
10.793, de 1º.12.2003)
II – maior de trinta anos de idade; (Incluído pela Lei nº 10.793, de 1º.12.2003)
III – que estiver prestando serviço militar inicial ou que, em situação similar, estiver obrigado à
prática da educação física; (Incluído pela Lei nº 10.793, de 1º.12.2003)
IV – amparado pelo Decreto-Lei no 1.044, de 21 de outubro de 1969; (Incluído pela Lei nº
10.793, de 1º.12.2003)
V – (VETADO) (Incluído pela Lei nº 10.793, de 1º.12.2003)
VI – que tenha prole. (Incluído pela Lei nº 10.793, de 1º.12.2003)
No entanto, foi publicada a Lei Estadual em MG nº 15.030 em 20 de janeiro de 2004, definindo
no parágrafo único que “A Educação Física será ministrada em cada um dos turnos de
funcionamento da escola, sendo opcional para o aluno dos cursos noturnos”.
Neste sentido, também foi publicada a Resolução SEE nº 716 em 11/11/2005, definindo no art.
4º que “A Educação Física é componente curricular obrigatório para toda a Educação Básica,
sendo opcional para o aluno dos cursos noturnos”.
Observa-se que houve um equívoco durante os anos 2004, 2005 e 2006 quanto à oferta da
Educação Física facultativa no noturno.
A partir da publicação da Resolução SEE nº 841 em 12 de dezembro de 2006, que vigorou em
2007, o artigo 6º definiu a Educação Física como componente curricular obrigatório da
educação básica, sendo facultativa ao aluno nas situações estabelecidas na Lei Federal nº

35
10.793, de 01/12/2003. Constata-se, que houve alinhamento entre a legislação federal e a
estadual.
Houve publicação da Orientação conjunta AS/SD nº 01/2006 no MG de 10/06/2006 orientando
o desenvolvimento da Educação Física nos termos da Resolução nº 716/2005, conforme a Lei
Federal nº 10.793, de 01/12/2003, onde os alunos deveriam manifestar formalmente o
interesse e opção por cursar a referida disciplina. Os alunos optantes deveriam integrar as
turmas do diurno.
Assim, após verificadas as normativas, esgotadas as possibilidades de amparo da pendência
do componente curricular, orientamos a instrução de processo de regularização de vida
escolar, nos termos do Ofício 03/2015, e reportado à ASIE via SEI.

Questionamento: ao visitar uma escola para realizar autenticidade de histórico escolar


para uma Universidade e outra para encerramento das atividades, constatamos a
seguinte situação nas duas escolas: nos anos de 2007 e 2008, não foi ofertada a
disciplina Educação Física. Conferimos diários e planos curriculares e não consta
nesses documentos a disciplina de Educação Física. Diante dessa situação
questionamos se nestes dois anos (2007 e 2008) houve a publicação de alguma
legislação que assegura a ausência dessa disciplina na rede particular.

Resposta: Conforme o disposto do Art 1° da Lei nº 10.793, de 1 de dezembro de 2003, o § 3o


do art. 26 da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, passa a vigorar com a seguinte
redação:
"Art. 26 ...........................................................................................................................
§ 3o A educação física, integrada à proposta pedagógica da escola, é componente curricular
obrigatório da educação básica, sendo sua prática facultativa ao aluno:
I – que cumpra jornada de trabalho igual ou superior a seis horas;
II – maior de trinta anos de idade;
III – que estiver prestando serviço militar inicial ou que, em situação similar, estiver obrigado à
prática da educação física;
IV – amparado pelo Decreto-Lei no 1.044, de 21 de outubro de 1969;
V – (VETADO)
VI – que tenha prole.
A Lei Estadual 17.942/2008 traz que:
“Art. 1º A educação física é componente curricular obrigatório de todas as séries ou anos dos
ciclos dos níveis fundamental e médio de ensino das escolas públicas e privadas integrantes
do Sistema Estadual de Educação.”

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Considerando o exposto e fundamentado nas normativas referentes à Educação Física deverá
ser analisada a regularidade de vida escolar observando o cumprimento do componente
curricular em pelo menos uma vez no nível de ensino. E, após verificadas as normativas,
esgotadas as possibilidades de fundamentação da ausência de estudos do componente
curricular, orientamos a instrução de processo de regularização de vida escolar, nos termos do
Ofício 03/2015, e reportado à ASIE via SEI.

13.4 PROGRESSÃO PARCIAL

A escola pode matricular na EJA, ex-alunos do Ensino Regular com pendências de


Progressão Parcial? Exemplo: O aluno cursou o 8.º Ano do Ensino Fundamental antes
da vigência da Resolução 2197, porém, ficou em Progressão Parcial em três disciplinas e
agora solicita matrícula na EJA no 4.º período do Ensino Fundamental. Ele pode ser
matriculado e realizar a Progressão Parcial?

Resposta: Todos os estudantes em prosseguimento de estudos fazem jus às oportunidades de


recuperação de aprendizagens e devem ser contemplados com os dispositivos da Resolução
SEE 4.692/2021. Cabe ofertar o devido atendimento pedagógico para saneamento das
progressões parciais.

O aluno que vem da rede particular para escola do estado, reprovado, pode ser
matriculado com progressão parcial e não ser considerado reprovado?

Resposta: Sim. Todos os estudantes em prosseguimento de estudos nas escolas estaduais


fazem jus às progressões parciais previstas nos dispositivos da Resolução SEE 4.692/2021,
em até 03 (três) componentes curriculares. Devem, portanto, receber o devido atendimento
pedagógico para saneamento das progressões parciais.
Ao cumprir a Progressão Parcial , a situação final de reprovação do ano/período anterior será
de aprovado.

O aluno que já terminou o ano letivo em escola particular sendo reprovado ele pode ser
matriculado no mesmo ano letivo na escola estadual que ainda não terminou o ano
letivo?

Resposta: Neste caso a matrícula deve ser garantida para estudos no ano letivo seguinte,
conforme histórico escolar.
Caso seja reprovado em até 03 componentes curriculares, será matriculado na série seguinte,
no próximo ano letivo, devendo, portanto, receber o devido atendimento pedagógico para
saneamento das progressões parciais.

37
Alunos que concluíram o 3º Ano do Ensino Médio em 2021, e a escola não percebeu que
havia Progressão Parcial, anterior a 2020. Considerando que a aluna saiu da escola,
como proceder para regular?

Resposta: Orientamos à escola verificar a trajetória escolar e adotar as medidas saneadoras


conforme Memorando 58/2022 imediatamente. Não sendo possível o saneamento conforme
disposto no referido Memorando o Serviço de Inspeção Escolar deverá proceder à
regularização de vida escolar com a proposição de medidas saneadoras conforme disposto no
do Ofício Circular SB/SOE/DFRE nº 3/2013, de 14 de maio de 2013.

Aluno da rede particular que ao final do ano letivo ficou reprovado em um ou dois
conteúdos e veio no próximo ano letivo para a rede estadual, como proceder com sua
matrícula? Considera-se a reprovação em um ou dois conteúdos que estão no seu
histórico ou matrícula no ano seguinte ao seu histórico, visto que na rede estadual, ele
teria direito a 3 progressões? Qual o procedimento correto?

Resposta: Sim. Todos os estudantes em prosseguimento de estudos nas escolas estaduais


fazem jus às progressões parciais, previstas nos dispositivos da Resolução SEE 4.692/2021,
em até 03 (três) componentes curriculares. Devem, portanto, receber o devido atendimento
pedagógico para saneamento das progressões parciais.
Ao cumprir a Progressão Parcial , a situação final de reprovação do ano/período anterior será
de aprovado.

O aluno do 8° ano foi transferido no 3° bimestre em 2019. Foi para os Estados Unidos e
lá cursou o 9º ano em 2020/2021 e 2021 e 2022 também estava no 9º ano. Trouxe sua
ficha individual informando que estava cursando o 9° ano. Em 2022 retornou para o
Brasil. Neste caso, ele será matriculado no 1º ano Médio ou por não ter concluído o 9°
deve permanecer no 9°? PS: Data de nascimento 07/11/2005.

Resposta: Indicamos a conclusão do ensino fundamental via exames de certificação no Centro


Estadual de Educação Continuada (CESEC), considerando que já está com mais de 15
(quinze) anos.

13.5 RECURSO PEDAGÓGICO: CLASSIFICAÇÃO

Quando devemos usar a classificação ou reclassificação? Estes termos várias vezes são
confundidos.

Resposta: O recurso pedagógico da classificação é para posicionar o estudante, enquanto o


recurso pedagógico da reclassificação é para reposicionamento do estudante. A classificação,

38
na educação básica, tem por objetivo posicionar o estudante no ano de escolaridade
compatível com sua idade, experiência, nível de desempenho ou de conhecimento. A utilização
deste recurso pedagógico ocorre por natureza decorrente da promoção escolar e podendo ser
utilizado na transferência ou independente de escolaridade anterior, na ausência de
comprovante de documento escolar.
A reclassificação é o reposicionamento do estudante no ano diferente de sua situação atual, a
partir de avaliação de seu desempenho, podendo ocorrer por avanço escolar (estudante com
altas habilidades/superdotação), por aceleração de estudos ao estudante com defasagem
idade/ano de escolaridade (a partir de projetos de intervenção pedagógica, avaliação
diagnóstica), por transferência (estudante proveniente de escola situada no país ou exterior
poderá ser avaliado e posicionado, em ano diferente ao indicado no seu histórico escolar da
escola de origem, desde que comprovados conhecimentos e habilidades), ou por
infrequência. Segundo o Parecer CEE-MG nº 604/2004, “os procedimentos de reclassificação,
aceleração de estudos, avanço escolar, progressão parcial acontecem por decisão da escola e
não a pedido de quem quer que seja''. Para serem utilizados devem ser estudados, caso a
caso, ao longo da vida escolar e não em uma etapa específica da educação básica,
principalmente, em se tratando de reclassificação e avanço escolar.”

A classificação em qualquer série ou etapa, exceto a primeira do ensino fundamental,


pode ser feita. Como proceder com alunos que nunca estudaram e solicitam matrícula
com 08, 09 ou 10 anos para o primeiro ano do anos iniciais?

Resposta: Para regularizar essa situação, orientamos os procedimentos do


Memorando.SEE/SE - ASIE.no 58/2022, de 23/2/2022, item C sobre “Estudantes dos anos
iniciais do Ensino Fundamental”.

O Memorando.SEE/SE – ASIE. Nº 58/2022 orientou que: “o aluno que em 2020 cursou o


6º ano e em 2021 realizou estudos do 7º ano, sem apresentar conclusão dos estudos do
6º e do 7º ano, e agora em 2022 requerer matrícula, poderá ser avaliado em todos os
componentes curriculares objetivando a enturmação no 7º ou no 8º ano. Após a
aplicação da avaliação e comprovado que o aluno não possui conhecimentos para ser
matriculado no 8º ano, ele poderá ser mantido no 7º ano e ser desconsiderada a
Progressão Continuada do 6º ano?

Resposta: A classificação a que o estudante foi submetido para sanear as pendências do 6º


ano conferiu-lhe condições de prosseguimento de estudos no 7º ou no 8º conforme
desempenho analisado pela equipe de professores que realizam o processo do recurso
pedagógico. Assim “ (...) sendo o estudante posicionado no 7° ano, os resultados da

39
classificação serão lançados nos campos do 6º ano. O status de “Em Progressão Continuada”
deverá ser alterado em virtude da classificação procedida. Sendo o estudante posicionado no
8° ano, inutilizar os campos do 6° ano, nos campos do 7° ano lançar o aproveitamento na
classificação e a fundamentação legal do recurso pedagógico”.

Permanece a orientação de que o aluno não poderá ser classificado para matrícula na
EJA após decorrido 25% dos dias letivos;

Resposta: Vide orientação para registro do que prevê o Artigo 111 da Resolução SEE n.
4692/2021 neste documento.

O aluno que foi matriculado em 2020 no 1º ano do ensino fundamental e deixou de


frequentar devido à pandemia da covid-19 e em 2021 foi matriculado no 2º ano do ensino
fundamental ou foi matriculado no 1º ano e reclassificado para o 2º ano do ensino
fundamental, como fica o histórico escolar desse aluno?

Resposta: Orientamos verificar a idade da criança e a regularidade da matrícula, as condições


de aprendizagem e enturmação com a equipe pedagógica conferindo a pertinência da adoção
do recurso, os documentos comprobatórios da classificação e o arquivamento na pasta
individual do estudante. O processo de classificação devidamente fundamentado, se realizado
corretamente, sendo feito o arquivamento dos documentos escolares contendo as informações
da ocorrência e os resultados da classificação, deverá ser registrada na Ficha Individual e no
Histórico Escolar a informação sobre o processo de classificação a que o aluno foi submetido
na escola legitimando sua aptidão para cursar o 2º ano, com os aspectos descritivos do seu
desempenho. O embasamento a ser lançado no campo das observações será: “Estudante
submetido à Classificação conforme alínea C, inciso II, do artigo 24 da Lei Federal no 9.394, de
23 de dezembro de 1996 e Resolução SEE no 4.692, de 29 de dezembro de 2021”. Vide
Memorando ASIE n. 58/2022

Estudante solicitou matrícula na EJA (semestral) em 27/05. Calendário de 100 dias em


05/07. O estudante não frequentou a escola em 2022. Poderá ser aplicado/ avaliado pelo
Parecer 388, considerando que já ultrapassou 50% da CH?

Resposta: Conferindo o artigo 49 do capítulo I da Resolução SEE nº 4.692, de 29 de dezembro


de 2021 — que dispõe sobre a organização e o funcionamento do ensino nas Escolas
Estaduais de Educação Básica de Minas Gerais e dá outras providências — que se refere à
Educação de Jovens e Adultos, o estudante poderá optar pela melhor oferta para certificação
do nível:
Art. 49 - A educação de jovens e adultos é oferecida por meio de:

40
I - curso presencial;
II - curso semipresencial em Centros Estaduais de Educação
Continuada – CESEC;
III - exames especiais para certificação de conclusão de ensino fundamental e médio, nos
Centros Estaduais de Educação Continuada por meio das bancas permanentes de avaliação;
IV- exames nacionais de certificação.
Reiteramos que cabe à escola garantir o percurso dos estudantes com vida escolar regular à
luz da legislação em vigor e expedição dos documentos escolares válidos para o
prosseguimento de estudos, para o exercício profissional e para o exercício pleno da cidadania.
O pronunciamento do Conselho Estadual de Educação por meio do Parecer 338/2003, se deu
no exame de expediente de interesse da Secretaria de Estado da Educação/MG, no contexto
de regulamentação dos recursos pedagógicos à luz da Lei federal 9394/96, da Lei n° 8.069, de
13 de julho de 1990, para garantir o atendimento escolar para toda a população até 17 anos de
idade.
Assim, conforme artigo 18, § 1o da Resolução SEE nº 4692/21, a matrícula dos estudantes
poderá ocorrer em qualquer época do ano. Tendo em vista a especificidade dos cursos de
Educação de Jovens e Adultos é de todo recomendável que os gestores da escola e a equipe
pedagógica conheçam o perfil do estudante para a escolha da melhor oferta de
prosseguimento de estudos.

Quando encontramos uma ata com o registro de procedimento errado, exemplo


classificação, quando o processo correto foi reclassificação, devo orientar o registro de
uma ata nova regularizando?

Resposta: Se à luz da Resolução SEE n. 4.692/2021 for constatado que o recurso foi aplicado
corretamente e que somente o registro na ata foi equivocado, o Serviço de Inspeção Escolar
poderá registrar uma orientação/retificação da Ata para fundamentar a expedição do
documento escolar.

Envie-nos orientação quanto a forma correta para fazermos correções, quando


detectarmos que a escola registrou de forma incorreta na ata de classificação ou
reclassificação. E também orientações para a classificação nos casos do Parecer nº 58
(falta de cumprimento da progressão continuada).

Resposta: O Memorando 58/2022 de orientações sobre regularização de vida escolar de


estudantes com pendências de Progressão Continuada e escrituração escolar está vigente no
corrente ano letivo. Ressaltamos que os Especialistas de Educação Básica e Secretários (a)
Escolares devem promover o levantamento dos estudantes com pendências na trajetória

41
escolar passíveis de propor as medidas específicas para regularização da vida escolar de
todos os estudantes.
Quanto ao registro em Ata de conceitos inadequados classificação/reclassificação, se a luz da
Resolução 4692/2021 ficar constatado que o recurso foi aplicado corretamente e que somente
o registro na ata foi equivocado, o Serviço de Inspeção Escolar poderá registrar uma
orientação/retificação da Ata para fundamentar a expedição do documento escolar.

13.6 RECURSO PEDAGÓGICO: RECLASSIFICAÇÃO

Quanto à reclassificação por avanço, quando ela pode ocorrer? Só no 1º Bimestre ou em


qualquer época do ano?

Resposta: Primeiramente é importante saber que avanço escolar é a forma de propiciar aos
alunos, que apresentem nível de desenvolvimento acima de sua idade, a oportunidade de
concluir, em menor tempo, séries, períodos, ciclos ou etapas. Aluno com desenvolvimento
superior é aquele que apresenta características especiais, como altas habilidades e
comprovada competência. (Pareceres CEE nº 1.132/97 e nº 1158/1998)
Deve ser verificado pela equipe pedagógica e gestora da escola, responsáveis pela avaliação
do aluno, por seu percurso escolar, os objetivos do recurso pedagógico, a concordância pelo
coletivo de professores que trabalham com o estudante e o projeto de atendimento pedagógico
que está sendo proposto para o avanço.Não se pode perder de vista o foco do objetivo do
recurso pedagógico e os critérios definidos nas normas educacionais para sua adoção, dentre
eles o que os Pareceres CEE n. 1.132/97 e n. 1158/1998 tratam quanto aos recursos
pedagógicos colocados pela Lei, a serem utilizados para que nenhum aluno seja excluído do
direito à escola de qualidade e, quanto mais cedo tais recursos forem utilizados, mais rápido os
direitos serão alcançados.
Alertamos para a impertinência de adoção desse recurso pedagógico com desvio de finalidade
entre as etapas da Educação Infantil para acesso ao Ensino Fundamental bem como de
encurtamento do Ensino Médio.

Considerando o Art. 111 da Resolução SEE nº4.692 de 29 de dezembro de 2021, podemos


considerar que o aluno da Educação de Jovens e Adultos tem direito ao recurso de
reclassificação?
A saber:
Art. 111 - A reclassificação é o reposicionamento do estudante no ano diferente de sua
situação atual, a partir de uma avaliação de seu desempenho, podendo ocorrer nas
seguintes situações

42
I - avanço: propicia condições para conclusão de anos da educação básica, em menos
tempo, ao estudante com altas habilidades/superdotação, comprovadas por avaliações
diagnósticas em todos os componentes curriculares e relatórios complementares de
profissionais competentes;
II - aceleração: é a forma de reposicionar o estudante com atraso escolar em relação à
sua idade, durante o ano letivo;
III - transferência: o estudante proveniente de escola situada no país ou exterior poderá
ser avaliado e posicionado, em ano diferente ao indicado no seu histórico escolar da
escola de origem, desde que comprovados conhecimentos e habilidades;
IV - frequência: para o estudante com frequência inferior a 75% da carga horária mínima
exigida e que apresentar desempenho satisfatório em todos os componentes
curriculares.
§1º - os recursos da reclassificação dispostos nesse artigo poderão ser aplicados em
todas as modalidades de ensino, exceto na educação profissional e tecnológica e curso
normal de nível médio.
§2º - Os documentos que fundamentarem e comprovarem a reclassificação deverão ser
arquivados na pasta individual do estudante.

Resposta: Conferindo o artigo 49 do capítulo I da Resolução SEE nº 4.692, de 29 de dezembro


de 2021 — que dispõe sobre a organização e o funcionamento do ensino nas Escolas
Estaduais de Educação Básica de Minas Gerais e dá outras providências — que se refere à
Educação de Jovens e Adultos, o estudante poderá optar pela melhor oferta para certificação
do nível:
Art. 49 - A educação de jovens e adultos é oferecida por meio de:
I - curso presencial;
II - curso semipresencial em Centros Estaduais de Educação
Continuada – CESEC;
III - exames especiais para certificação de conclusão de ensino fundamental e médio, nos
Centros Estaduais de Educação Continuada por meio das bancas permanentes de avaliação;
IV- exames nacionais de certificação.
Reiteramos que cabe à escola garantir o percurso dos estudantes com vida escolar regular à
luz da legislação em vigor e expedição dos documentos escolares válidos para o
prosseguimento de estudos, para o exercício profissional e para o exercício pleno da cidadania.
Para a utilização de todo recurso pedagógico cabe análise criteriosa, de forma a assegurar a
formação de qualidade, conforme preconiza a Resolução SEE nº 4.692, de 29 de dezembro de
2021.

43
Assim, alertamos para o zelo necessário com os documentos que fundamentarem a
reclassificação (atas, provas, atividades e trabalhos que venham a ser exigidos dos alunos), os
quais deverão ficar arquivados na pasta de cada aluno. Também deverá constar do histórico
escolar do aluno, por ocasião de sua transferência ou conclusão de curso, informação sobre
processo de classificação ou reclassificação a que ele tenha se submetido.
Ressaltamos o caráter excepcional que deve nortear as decisões de adoção de recurso
pedagógico de reclassificação por frequência para estudantes da EJA, conforme prevista no
inciso IV da Resolução SEE 4.692/2021, “frequência: para o estudante com frequência inferior
a 75% da carga horária mínima exigida e que apresentar desempenho satisfatório em todos os
componentes curriculares”.

Clarear a diferença de Classificação e Reclassificação e sobre lacunas no percurso


escolar.

Resposta: Vide a parte introdutória deste documento, bem como o material disponibilizado
para o encontro e o Memorando ASIE n. 58/2022.

Podemos fazer reclassificação de aluno com mudança de nível? Exemplo: O aluno tem
histórico até o 8º ano mas com idade e competências para o 1º ano do Ensino Médio.
Podemos efetivar a reclassificação direta para o 1º ano do Ensino Médio sem cursar a
terminalidade dos Anos Finais?

Resposta: A utilização dos recursos pedagógicos depende de regulamentação. O artigo 23, §


1 da Lei nº 9.394/96 estabelece que a escola “poderá” reclassificar os alunos, inclusive quando
se tratar de transferências entre estabelecimentos de ensino. Entretanto, poderá não significa
deverá. O dispositivo trata de uma medida admissível mas não obrigatória.
A ORIENTAÇÃO ASIE Nº 4/2021, datada de 1 de novembro de 2021, estabelece no item 10 -
Para a matrícula no Ensino Médio sem documentação que comprove a conclusão do Ensino
Fundamental, caso o estudante tenha 15 (quinze) anos completos, os gestores da escola
poderão encaminhá-lo ao Centro Estadual de Educação Continuada (CESEC) ou a outros
exames devidamente autorizados para avaliação, com vistas à certificação das competências
do Ensino Fundamental. Mediante o comprovante de conclusão do Ensino Fundamental, a
escola efetivará a matrícula no Ensino Médio. Para o estudante que ainda não completou 15
(quinze) anos, será avaliado e posicionado no ensino fundamental de acordo com as
habilidades e competências comprovadas.
A medida de adotar a “Certificação por meio de Exames” preserva o direito do estudante de
portar histórico escolar de conclusão do ensino fundamental e médio para prosseguimento dos
estudos, concursos públicos, sistemas de cotas e mercado de trabalho.

44
Esclarecer sobre Avanço - Altas Habilidades. Quais ações devem embasar esse
procedimento? Quais são os profissionais competentes para emissão dos relatórios
complementares?

Resposta: Orientamos atenção aos critérios e à documentação fundamental nas situações de


identificação da condição do estudante que pode vir a compor o público da Educação Especial
por ser pessoa com Altas Habilidades/Superdotação.
As decisões relativas ao avanço decorrentes do processo de investigação das condições do
estudante com altas habilidades/superdotação, público da Educação Especial, baseadas em
dados de avaliação do aproveitamento e relatórios e laudos indicativos das condições
especiais de desenvolvimento, devidamente documentadas (atas, provas, trabalhos, laudos
psicopedagógicos, relatórios de acompanhamento) devem ser respaldadas por uma equipe
composta de professores, especialistas e direção da escola.
O recurso pedagógico da reclassificação ou aceleração deve ser a última medida e somente
será recomendada em situações excepcionais com comprovada documentação constituída
pelos diversos profissionais que irão assistir o estudante.
Devem ser estudados os seguintes documentos normativos:
1. a LDBEN n. 9394/1996;
2. a Resolução CNE/CEB nº 04/2009, publicada no DOU de 5/10/2009, que institui Diretrizes
Operacionais para o Atendimento Educacional Especializado na Educação Básica, modalidade
Educação Especial, principalmente no que orienta sobre o tratamento a ser dado os alunos
com altas habilidades/superdotação;
3. a Resolução CEE 460/2013, que consolida normas sobre a Educação Especial na Educação
Básica, no Sistema Estadual de Ensino de Minas Gerais e dá outras providências,
disciplinando as condições para o funcionamento de unidades escolares credenciadas para a
oferta da educação especial para educandos com deficiência a serem atendidos tanto nestas,
como também em escolas da rede regular de ensino;
4. a Resolução SEE nº 4.256/2020, que institui as diretrizes para normatização e organização
da Educação Especial na rede estadual de Ensino de Minas Gerais;
5. o Parecer CEE n. 1132/97, que oferece orientações sobre a fundamentação e organização
da educação básica a partir da LDBEN 9394/1997 ;
6. o Parecer CEE-MG nº 604/2004, esclarece que:
"Os procedimentos de reclassificação, aceleração de estudos, avanço escolar, progressão
parcial acontecem por decisão da escola e não a pedido de quem quer que seja. Para serem
utilizados devem ser estudados caso a caso, ao longo da vida escolar e não em uma etapa
específica da educação básica, principalmente, em se tratando de reclassificação e avanço
escolar.”;

45
7. o Parecer CEE 69/2006 que responde diversas indagações sobre a Educação Especial no
Ensino Fundamental, esclarece que
“A possibilidade de avanço na escolarização dos alunos, contemplada na LDB, é uma medida
pedagógica que deve ser aplicada como resultado de um processo especial de avaliação da
aprendizagem e assegurada por medidas administrativas que resguardem os direitos dos
alunos, da escola e dos profissionais. Portanto, deve constar da proposta pedagógica e do
regimento da escola e estar devidamente autorizada. As decisões relativas ao avanço devem
ser respaldadas por uma equipe composta de professores, especialistas e direção da escola –
e baseadas em dados de avaliação do aproveitamento e relatórios/laudos indicativos das
condições especiais de desenvolvimento do(s) aluno(s), tudo devidamente documentado (atas,
provas, trabalhos, laudos psicopedagógicos, relatórios de acompanhamento). Toda a
documentação deverá ser arquivada na pasta individual do aluno. O histórico escolar, para
efeito de transferência ou de registro de conclusão de curso, deverá conter as informações
relativas às atividades de aprofundamento e enriquecimento curricular desenvolvidas pelo
aluno, bem como de sua trajetória escolar em termos da organização curricular diferenciada.”
Os gestores da escola devem assegurar as condições adequadas à oferta pretendida, ao
atendimento especial requerido pelo estudante, à construção de seu PDI, manutenção dos
documentos escolares comprobatórios da condição especial atualizados.
Os gestores da escola são responsáveis pelo fiel cumprimento da legislação vigente,
assegurando a legalidade, regularidade da escola e autenticidade da vida escolar de seus
alunos e por todos os atos praticados pela escola.

Pontuar situações concretas da utilização do recurso de classificação e reclassificação,


principalmente reclassificação por aceleração. Quando podemos utilizar este recurso?
Quais procedimentos devemos adotar?

Resposta: Vide a parte introdutória deste documento, bem como o material disponibilizado
para o encontro e o Memorando ASIE n. 58/2022.

Reclassificação no slides objetivo Posicionar uma vez que na Resolução SEE nº


4692/2021 está descrito reposicionar.

Resposta: A Resolução 4.692/2021 conceitua a reclassificação como sendo o


reposicionamento do estudante no ano diferente de sua situação atual, ou seja o
reposicionamento a partir da uma avaliação de seu desempenho, podendo ocorrer nas
seguintes situações:
AVANÇO: propicia condições para conclusão de anos da Educação Básica, em menos tempo,
ao aluno portador de altas habilidades comprovadas por instituição competente;

46
ACELERAÇÃO: é a forma de reposicionar o aluno com atraso escolar em relação à sua idade,
durante o ano letivo;
TRANSFERÊNCIA: o aluno proveniente de Escola situada no País ou exterior poderá ser
avaliado e posicionado, em ano diferente ao indicado no seu histórico escolar da Escola de
origem, desde que comprovados conhecimentos e habilidades;
FREQUÊNCIA: ao aluno com frequência inferior a 75% da carga horária mínima exigida e que
apresentar desempenho satisfatório
No mesmo sentido, o quadro “Encontro Virtual Inspeção Escolar” apresenta o objetivo da
reclassificação de “posicionar o aluno na série, período, etapa ou ciclo diferente do que seu
histórico escolar”, acrescido no item “Como Fazer” a descrição de que a reclassificação deve
ter um caráter de excepcionalidade, pois implica em um reposicionamento do aluno, para fins
de prosseguimento de estudos, tendo em vista comprovada aprendizagem.

Gentileza esclarecer melhor a colocação sobre a Comissão que atestará o avanço nos
casos de altas habilidades. Não temos mais que ter uma instituição credenciada para
esse fim?

Resposta: As decisões relativas ao avanço decorrentes do processo de investigação das


condições do estudante com altas habilidades/superdotação, público da Educação Especial,
baseadas em dados de avaliação do aproveitamento e relatórios e laudos indicativos das
condições especiais de desenvolvimento, devidamente documentadas (atas, provas, trabalhos,
laudos psicopedagógicos, relatórios de acompanhamento) devem ser respaldadas por uma
equipe composta de professores, especialistas e direção da escola.
Orientamos atenção aos critérios e à documentação fundamental nas situações de
identificação da condição do estudante que pode vir a compor o público da Educação Especial
por ser pessoa com Altas Habilidades/Superdotação.
O recurso pedagógico da reclassificação ou aceleração deve ser a última medida e somente
será recomendada em situações excepcionais com comprovada documentação constituída
pelos diversos profissionais que irão assistir o estudante.
Devem ser estudados os seguintes documentos normativos:
1. A LDBEN n. 9394/1996;
2. a Resolução CNE/CEB nº 04/2009, publicada no DOU de 5/10/2009, que institui Diretrizes
Operacionais para o Atendimento Educacional Especializado na Educação Básica, modalidade
Educação Especial, principalmente no que orienta sobre o tratamento a ser dado os alunos
com altas habilidades/superdotação;
3. a Resolução CEE-MG nº 460/2013, que consolida normas sobre a Educação Especial na
Educação Básica, no Sistema Estadual de Ensino de Minas Gerais e dá outras providências,

47
disciplinando as condições para o funcionamento de unidades escolares credenciadas para a
oferta da educação especial para educandos com deficiência a serem atendidos tanto nestas,
como também em escolas da rede regular de ensino;
4. a Resolução SEE nº 4.256/2020, que institui as diretrizes para normatização e organização
da Educação Especial na rede estadual de Ensino de Minas Gerais;
5. o Parecer CEE-MG nº 1132/97, que oferece orientações sobre a fundamentação e
organização da educação básica a partir da LDBEN 9394/1997 ;
6. o Parecer CEE-MG nº 604/2004 (normativo) esclarece que
"Os procedimentos de reclassificação, aceleração de estudos, avanço escolar, progressão
parcial acontecem por decisão da escola e não a pedido de quem quer que seja. Para serem
utilizados devem ser estudados caso a caso, ao longo da vida escolar e não em uma etapa
específica da educação básica, principalmente, em se tratando de reclassificação e avanço
escolar”.;
7. o Parecer CEE 69/2006 que responde diversas indagações sobre a Educação Especial no
Ensino Fundamental, esclarece que
“A possibilidade de avanço na escolarização dos alunos, contemplada na LDB, é uma medida
pedagógica que deve ser aplicada como resultado de um processo especial de avaliação da
aprendizagem e assegurada por medidas administrativas que resguardem os direitos dos
alunos, da escola e dos profissionais. Portanto, deve constar da proposta pedagógica e do
regimento da escola e estar devidamente autorizada. As decisões relativas ao avanço devem
ser respaldadas por uma equipe composta de professores, especialistas e direção da escola –
e baseadas em dados de avaliação do aproveitamento e relatórios/laudos indicativos das
condições especiais de desenvolvimento do(s) aluno(s), tudo devidamente documentado (atas,
provas, trabalhos, laudos psicopedagógicos, relatórios de acompanhamento). Toda a
documentação deverá ser arquivada na pasta individual do aluno. O histórico escolar, para
efeito de transferência ou de registro de conclusão de curso, deverá conter as informações
relativas às atividades de aprofundamento e enriquecimento curricular desenvolvidas pelo
aluno, bem como de sua trajetória escolar em termos da organização curricular diferenciada.”.
Os gestores da escola devem assegurar as condições adequadas à oferta pretendida, ao
atendimento especial requerido pelo estudante, à construção de seu PDI, manutenção dos
documentos escolares e comprovatórios da condição especial atualizados.
Os gestores da escola são responsáveis pelo fiel cumprimento da legislação vigente,
assegurando a legalidade, regularidade da escola e autenticidade da vida escolar de seus
alunos e por todos os atos praticados pela escola.

48
Como foi dito, o aluno tem que concluir o EF (mesmo através de certificação) para ser
matriculado no EM. Sendo assim, não é incoerente o aluno ser matriculado no 1º ano do
EM com PP referente ao 9º ano do EF?

Resposta: A Progressão Parcial está regulamentada no artigo 105 da Resolução SEE Nº


4.692, de 29 de dezembro de 2021, dispõe sobre a organização e o funcionamento do ensino
nas Escolas Estaduais de Educação Básica de Minas Gerais prevendo o recurso pedagógico
da progressão parcial que permite ao estudante avançar em sua trajetória escolar, sendo
aplicável do 6º ao 9º ano do ensino fundamental e no 1º e 2º ano do ensino médio, incluindo a
transição do 9º ano do ensino fundamental para o 1º ano do ensino médio.

Devo instruir processo para casos que localizei uma escola que eu atendo. Muitos
processos de reclassificação por frequência sem registro de ata e sem localização de
eventuais documentos sobre o processo, apenas registro no SIMADE, parece que
buscavam uma alternativa para fechar o SIMADE.

Resposta: Orientamos solicitar dos gestores da escola pesquisa pormenorizada visando


localização de registros dos procedimentos e usos de recursos pedagógicos. O supervisor
escolar deverá ser ouvido sobre o acompanhamento das ações pedagógicas desenvolvidas na
escola, devem ser resgatadas anotações em atas pedagógicas ou administrativas da escolas,
nos cadernos e agendas dos professores e dos demais profissionais da escola referentes às
reuniões e conselhos de classe quando os recursos foram decididos pelo corpo docente, em
documentos compartilhados no drive e outros registros mesmo que diferentes dos orientados
pelo SEE para as anotações de deliberações oficiais da Escola.
Após levantamento minucioso deverá ser feita ata buscando elucidar as ocorrências e a
realização da composição documental possível visando o saneamento de pendências de
escrituração escolar e de adequação dos documentos escolares nas pastas individuais dos
estudantes. Cabe registrar com detalhes os fatos justificando o registro atemporal da ATA que
compõe o processo de reclassificação.

Pode fazer a reclassificação do 9º ano para o 1º ano do Ensino Médio?

Resposta: A utilização dos recursos pedagógicos depende de regulamentação. O artigo 23, §


1 da Lei nº 9.394/96 estabelece que a escola “poderá” reclassificar os alunos, inclusive quando
se tratar de transferências entre estabelecimentos de ensino. Entretanto, poderá não significa
deverá. O dispositivo trata de uma medida admissível mas não obrigatória.
A ORIENTAÇÃO ASIE Nº 4/2021, datada de 1 de novembro de 2021, estabelece no item 10 -
Para a matrícula no Ensino Médio sem documentação que comprove a conclusão do Ensino
Fundamental, caso o estudante tenha 15 (quinze) anos completos, os gestores da escola

49
poderão encaminhá-lo ao Centro Estadual de Educação Continuada (CESEC) ou a outros
exames devidamente autorizados para avaliação, com vistas à certificação das competências
do Ensino Fundamental. Mediante o comprovante de conclusão do Ensino Fundamental, a
escola efetivará a matrícula no Ensino Médio. Para o estudante que ainda não completou 15
(quinze) anos, será avaliado e posicionado no ensino fundamental de acordo com as
habilidades e competências comprovadas.
A medida de adotar a “Certificação por meio de Exames” preserva o direito do estudante de
portar histórico escolar de conclusão do ensino fundamental e médio para prosseguimento dos
estudos, concursos públicos, sistemas de cotas e mercado de trabalho.

Em casos extremamente extraordinários, um aluno pode ser reclassificado para um ano


de escolaridade que não seja da etapa em que se encontra? por exemplo do Ensino
Fundamental para o Ensino Médio?

Resposta: A utilização dos recursos pedagógicos depende de regulamentação. O artigo 23, §


1 da Lei nº 9.394/96 estabelece que a escola “poderá” reclassificar os alunos, inclusive quando
se tratar de transferências entre estabelecimentos de ensino. Entretanto, poderá não significa
deverá. O dispositivo trata de uma medida admissível mas não obrigatória.
A ORIENTAÇÃO ASIE Nº 4/2021, datada de 1 de novembro de 2021, estabelece no item 10 -
Para a matrícula no Ensino Médio sem documentação que comprove a conclusão do Ensino
Fundamental, caso o estudante tenha 15 (quinze) anos completos, os gestores da escola
poderão encaminhá-lo ao Centro Estadual de Educação Continuada (CESEC) ou a outros
exames devidamente autorizados para avaliação, com vistas à certificação das competências
do Ensino Fundamental. Mediante o comprovante de conclusão do Ensino Fundamental, a
escola efetivará a matrícula no Ensino Médio. Para o estudante que ainda não completou 15
(quinze) anos, será avaliado e posicionado no ensino fundamental de acordo com as
habilidades e competências comprovadas.
A medida de adotar a “Certificação por meio de Exames” preserva o direito do estudante de
portar histórico escolar de conclusão do ensino fundamental e médio para prosseguimento dos
estudos, concursos públicos, sistemas de cotas e mercado de trabalho.

Reclassificação por avanço não tem mais a necessidade de passar por entidade
credenciada para o aluno de altas habilidades, conforme descrito no Circular nº
211/2014.

Resposta: A Resolução SEE 4692/2021 assim dispõe sobre avanço escolar: “avanço: propicia
condições para conclusão de anos da educação básica, em menos tempo, ao estudante com
altas habilidades/superdotação, comprovadas por avaliações diagnósticas em todos os

50
componentes curriculares e relatórios complementares de profissionais competentes”.(grifo
nosso)
As decisões relativas ao avanço decorrentes do processo de investigação das condições do
estudante com altas habilidades/superdotação, público da Educação Especial, baseadas em
dados de avaliação do aproveitamento e relatórios e laudos indicativos das condições
especiais de desenvolvimento, devidamente documentadas (atas, provas, trabalhos, laudos
psicopedagógicos, relatórios de acompanhamento) devem ser respaldadas por uma equipe
composta de professores, especialistas e direção da escola.
-Orientamos atenção aos critérios e à documentação fundamental nas situações de
identificação da condição do estudante que pode vir a compor o público da educação especial
por ser pessoa com Altas Habilidades/Superdotação.
O recurso pedagógico da reclassificação ou aceleração deve ser a última medida e somente
será recomendada em situações excepcionais com comprovada documentação constituída
pelos diversos profissionais que irão assistir o estudante.
Devem ser estudados os seguintes documentos normativos:
1. A LDBEN nº 9.394/1996;
2. a Resolução CNE/CEB nº 04/2009, publicada no DOU de 5/10/2009, que institui Diretrizes
Operacionais para o Atendimento Educacional Especializado na Educação Básica, modalidade
Educação Especial, principalmente no que orienta sobre o tratamento a ser dado os alunos
com altas habilidades/superdotação;
3. a Resolução CEE 460/2013, que consolida normas sobre a Educação Especial na Educação
Básica, no Sistema Estadual de Ensino de Minas Gerais e dá outras providências,
disciplinando as condições para o funcionamento de unidades escolares credenciadas para a
oferta da educação especial para educandos com deficiência a serem atendidos tanto nestas,
como também em escolas da rede regular de ensino;
4. a Resolução SEE nº 4.256/2020, que institui as diretrizes para normatização e organização
da Educação Especial na rede estadual de Ensino de Minas Gerais;
5. o Parecer CEE n. 1132/97, que oferece orientações sobre a fundamentação e organização
da educação básica a partir da LDBEN 9394/1997 ;
6. o Parecer CEE-MG nº 604/2004 (normativo) esclarece que
"Os procedimentos de reclassificação, aceleração de estudos, avanço escolar, progressão
parcial acontecem por decisão da escola e não a pedido de quem quer que seja. Para serem
utilizados devem ser estudados caso a caso, ao longo da vida escolar e não em uma etapa
específica da educação básica, principalmente, em se tratando de reclassificação e avanço
escolar”.;

51
7. o Parecer CEE 69/2006 que responde diversas indagações sobre a Educação Especial no
Ensino Fundamental, esclarece que
“A possibilidade de avanço na escolarização dos alunos, contemplada na LDB, é uma medida
pedagógica que deve ser aplicada como resultado de um processo especial de avaliação da
aprendizagem e assegurada por medidas administrativas que resguardem os direitos dos
alunos, da escola e dos profissionais. Portanto, deve constar da proposta pedagógica e do
regimento da escola e estar devidamente autorizada. As decisões relativas ao avanço devem
ser respaldadas por uma equipe composta de professores, especialistas e direção da escola –
e baseadas em dados de avaliação do aproveitamento e relatórios/laudos indicativos das
condições especiais de desenvolvimento do(s) aluno(s), tudo devidamente documentado (atas,
provas, trabalhos, laudos psicopedagógicos, relatórios de acompanhamento). Toda a
documentação deverá ser arquivada na pasta individual do aluno. O histórico escolar, para
efeito de transferência ou de registro de conclusão de curso, deverá conter as informações
relativas às atividades de aprofundamento e enriquecimento curricular desenvolvidas pelo
aluno, bem como de sua trajetória escolar em termos da organização curricular diferenciada.”.
Os gestores da escola devem assegurar as condições adequadas à oferta pretendida, ao
atendimento especial requerido pelo estudante, à construção de seu PDI, manutenção dos
documentos escolares e comprovatórios da condição especial atualizados.
Os gestores da escola são responsáveis pelo fiel cumprimento da legislação vigente,
assegurando a legalidade, regularidade da escola e autenticidade da vida escolar de seus
alunos e por todos os atos praticados pela escola.

É proibido o avanço no 9º ano?

Resposta: Sobre o tema avanço escolar, recomendamos a leitura da a Lei de Diretrizes e


Bases da Educação nº 9.394/96, da Resolução SEE n. 4692/2021, dos Pareceres CEE nº
1132/1997 , nº 1158/1998 e questões anteriores respondidas.

Reclassificação por frequência: se o aluno não conseguir os 60 pontos nas avaliações


ele será considerado retido?

Resposta: A condição para ocorrer a reclassificação por infrequência é alcançar a pontuação


mínima para aprovação em todos os componentes curriculares. Conferir o inciso IV do artigo
111 da Resolução SEE nº 4.692, de 29 de dezembro de 2021, que trata sobre a organização e
o funcionamento do ensino nas Escolas Estaduais de Educação Básica de Minas Gerais e dá
outras providências:
Art. 111 - A reclassificação (...):

52
IV - frequência: para o estudante com frequência inferior a 75% da carga horária mínima
exigida e que apresentar desempenho satisfatório em todos os componentes curriculares.
No caso da escola estadual, a reclassificação por infrequência será após a oferta dos “estudos
independentes de recuperação”, podendo a escola aproveitar as avaliações já realizadas nesta
fase do processo pedagógico para compor a documentação necessária da reclassificação.

Como fica a EJA em relação a reclassificação e classificação de acordo com a nova


resolução?

Resposta: Conferindo o artigo 49 do capítulo I da Resolução SEE nº 4.692, de 29 de dezembro


de 2021 — que dispõe sobre a organização e o funcionamento do ensino nas Escolas
Estaduais de Educação Básica de Minas Gerais e dá outras providências — que se refere à
Educação de Jovens e Adultos, o estudante poderá optar pela melhor oferta para certificação
do nível:
Art. 49 - A educação de jovens e adultos é oferecida por meio de:
I - curso presencial;
II - curso semipresencial em Centros Estaduais de Educação
Continuada – CESEC;
III - exames especiais para certificação de conclusão de ensino fundamental e médio, nos
Centros Estaduais de Educação Continuada por meio das bancas permanentes de avaliação;
IV- exames nacionais de certificação.
Reiteramos que cabe à escola garantir o percurso dos estudantes com vida escolar regular à
luz da legislação em vigor e expedição dos documentos escolares válidos para o
prosseguimento de estudos, para o exercício profissional e para o exercício pleno da cidadania.
Excepcionalmente, a utilização de todo recurso pedagógico cabe análise criteriosa, de forma a
assegurar a formação de qualidade, conforme preconiza a Resolução SEE nº 4.692, de 29 de
dezembro de 2021.
Assim, alertamos para o zelo necessário com os documentos que fundamentarem a
reclassificação (atas, provas, atividades e trabalhos que venham a ser exigidos dos alunos), os
quais deverão ficar arquivados na pasta de cada aluno. Também deverá constar do histórico
escolar do aluno, por ocasião de sua transferência ou conclusão de curso, informação sobre
processo de classificação ou reclassificação a que ele tenha se submetido.
Ressaltamos o caráter excepcional que deve nortear as decisões de adoção de recurso
pedagógico de reclassificação por frequência para estudantes da EJA, conforme prevista no
inciso IV da Resolução SEE 4.692/2021, “frequência: para o estudante com frequência inferior
a 75% da carga horária mínima exigida e que apresentar desempenho satisfatório em todos os
componentes curriculares”.

53
No que se refere à RECLASSIFICAÇÃO POR ACELERAÇÃO, há a possibilidade de
aceleração do aluno do 9°. ano para o 1°. ano do Ensino Médio? Houve divergência na
equipe, deixando nossa SRE em dúvida. Aguardo retorno para providenciar a matrícula
de aluno que passou pelo processo supracitado.

Resposta: Primeiramente precisamos entender o que é reclassificação por aceleração. O


recurso da aceleração é para defasagem série/idade, conforme esclarece o Parecer CEE nº
1.132/1997:

Aceleração de estudos é a forma de propiciar aos alunos com atraso escolar a oportunidade
de atingir o nível de desenvolvimento correspondente a sua idade. Alunos com atraso escolar
são aqueles que se encontram com idade superior à que corresponde a série, período ou ciclo
que esteja cursando. A escola, para aceleração de estudos, incluirá na sua proposta
pedagógica, programação capaz de oferecer condições aos alunos com atraso escolar de
superá-lo. As turmas de aceleração, mediante programação de atividades adequadas ao
desenvolvimento desses alunos, podem ser organizadas de modo a atender a um ou mais
componentes curriculares. As estratégias de aceleração podem assumir múltiplas formas,
buscando como atender as necessidades desses alunos de acordo com as possibilidades da
escola.
Diante da impossibilidade de criar turmas de aceleração, caso o estudante tenha a idade
mínima (quinze anos), poderá concluir o nível via exames de certificação no Centro Estadual
de Educação Continuada (CESEC).
A medida de adotar a “Certificação por meio de Exames” preserva o direito do estudante de
portar histórico escolar de conclusão do ensino fundamental e médio para prosseguimento dos
estudos, concursos públicos, sistemas de cotas e mercado de trabalho.

Em relação a exposição sobre RECLASSIFICAÇÃO , especificamente no caso das


escolas PRIVADAS, questiono: é possível a "regressão" do aluno?

Resposta: A adoção de recursos pedagógicos como o indicado na consulta visa assegurar


direitos dos estudantes dando cumprimento aos dispositivos da LDB, possibilitando aos
estabelecimentos de ensino autonomia e flexibilidade na organização curricular, para
atendimento adequado às diferentes demandas de seus estudantes com foco no
desenvolvimento do educando, para o exercício da cidadania, para progredir no trabalho e
prosseguimento dos estudos. O Parecer CEE nº 1.158/1998 esclarece que a reclassificação
deverá constituir um recurso de adaptação do aluno na série, etapa, período, ciclo, de acordo
com a idade, experiência e nível de desempenho, sempre no sentido de reforçar a auto-estima
positiva, o gosto pelos estudos e pela escola. Não há previsão legal para a regressão do

54
estudante. A orientação sobre vida escolar e escrituração deve primar pelo respeito aos
processos pedagógicos realizados pelas escolas, com regulamentações específicas das
redes de ensino, o documento escolar expedido e desempenho do estudante. O
estabelecimento de ensino ao matricular o estudante deve elaborar propostas de
atendimentos pedagógicos que privilegiem o processo de recuperação de aprendizagens.

Aluno proveniente de escola situada no país poderá ser avaliado para posicionamento
em série diferente à indicada no histórico escolar da escola de origem, desde que
comprovado conhecimentos e habilidades.

Resposta: Situação prevista no § 1º do artigo 23 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996,


que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional: “A escola poderá reclassificar os
alunos, inclusive quando se tratar de transferências entre estabelecimentos situados no País e
no exterior, tendo como base as normas curriculares gerais.” Lembrando que todo recurso
pedagógico depende de regulamentação na rede de ensino e/ou instituição escolar no
regimento escolar e proposta pedagógica. A decisão pela utilização do recurso pedagógico é
da equipe pedagógica da escola, em caráter de excepcionalidade, e cabe constituir Comissão
de Avaliação presidida pelo diretor(a) escolar, composta por professores e outros profissionais
da educação, o registro em ATA de todo o processo e arquivo de comprovantes.
A propósito de facilitar o trabalho do Serviço de Inspeção Escolar apresentamos uma sugestão
de ata para os registros dos processos de classificação ou reclassificação. Para uma ata
referente aos registros destes recursos pedagógicos é importante considerar alguns aspectos a
serem registrados:
➔ a identificação da escola, do estudante e da equipe pedagógica envolvida;
➔ a descrição da demanda caracterizando o que levou aos gestores e equipe pedagógica
a decidirem pelo procedimento (os elementos pedagógicos evidenciados na vida escolar
e o tipo do recurso pedagógico (qual a ocorrência em caráter de excepcionalidade
demandada: reclassificação para amparar infrequência superior a 25% com registro de
desempenho satisfatório; por transferência, por avanço ou por aceleração);
➔ a descrição do processo (considerando os nortes trazidos nos Pareceres CEE nº
1132/1997 e nº 1158/1998) a característica pedagógica do processo, os critérios, a
descrição do processo com os documentos que fundamentam a reclassificação
elencando a base legal (LDB 9394/1996, Pareceres do CEE/MG nº 1.132/97, n º
1.158/98 e nº 388/2003, Resolução SEE/MG nº 4692/2021) e os documentos com
registros escolares (relatórios, atas, provas e outros trabalhos que venham a ser
exigidos dos alunos), os resultados do processo; e
➔ a decisão final do coletivo de educadores que acompanharam o processo.

55
Deverão ser mencionados quais os registros constarão na pasta individual do aluno, na ficha
individual e no histórico escolar.
Todos os profissionais da Comissão de Avaliação assinam a ata.
Alertamos sobre o cumprimento do que determina a Lei Federal nº 12.013/2009 que altera o
artigo 12 da LDB nº 9.394/1996 sobre a obrigatoriedade de informar aos pais e responsáveis
do estudante a execução da Proposta Pedagógica da Escola, a frequência e o rendimento dos
alunos. Devem ser observados pelos gestores das escolas públicas estaduais os dispositivos
da Lei MG nº 22.461, de 23/12/2016.
Proposta de documento:

ATA DE RECLASSIFICAÇÃO POR _______________________


Aos ___ (...) dias do mês de .............de dois mil e ............., na Escola
...................................................., nos reunimos em Comissão Especial, composta por
(registrar o nome do (a) presidente da comissão diretor(a) da escola, da equipe pedagógica
com a função/atuação correspondente e professores), com o propósito de Reclassificar
(completar de acordo com o título) o(a) estudante (a) (nome completo), nascido(a) em
___/___/___, filho(a) de (nome da mãe) e de (nome do pai), com a finalidade de esclarecer e
registrar (colocar os motivos da avaliação especial, a característica pedagógica do processo,
os critérios, a descrição do processo com os documentos que fundamentam a
reclassificação) .
Submetido(a) ao processo de avaliação especial o(a) estudante(a) obteve como resultados
no processo de reclassificação: (registrar o desempenho, as considerações da equipe
pedagógica, os resultados obtidos no processo avaliativo em todos os componentes
curriculares obrigatórios da Base Nacional Comum Curricular).
Da análise dos documentos que registram o desenvolvimento, os objetivos de aprendizagem
consolidados e os resultados demonstrados pelo(a) estudante(a), a presidência e o corpo
pedagógico que compõem esta Comissão Especial decide pelo reposicionamento do(a)
aluno(a) no(a) (colocar o ano de escolaridade ou período) do Ensino (Fundamental ou
Médio do Ensino Regular ou EJA), conforme Proposta Político Pedagógica, as normas
regimentais e os dispositivos legais em vigor da LDB 9394/1996, dos Pareceres do CEE/MG
nº 1.132/97 e nº 1.158/98 e outras normas conforme o caso - Parecer CEE/MG nº 388/2003
e Resolução SEE/MG nº 4.692/2021.
À Secretaria Escolar sob acompanhamento da presidência desta Comissão Especial cabe
proceder aos registros das informações relativas ao processo de Reclassificação, fazendo
constar na Pasta Individual (listar os documentos comprobatórios do processo de
reclassificação que deverão ser arquivados conforme especificidade de cada caso, as

56
provas, os trabalhos, relatório e cópia da ata do processo de reclassificação); na Ficha
Individual e Histórico Escolar do(a) estudante, seu desempenho e os esclarecimentos
necessários com a fundamentação legal aplicável.
Sendo este o processo brevemente descrito, os resultados, o parecer da Comissão Especial,
assinamos,

Local, aos ________ dias do mês de ______________ de 20_____ .


Assinaturas: ___________________________________________
(Após as assinaturas dos membros da Comissão identificados pelos devidos cargos/ funções
e MaSP)
Carimbos dos gestores (Direção e Secretário Escolar)

Quanto a Reclassificação por avanço, como se daria o diagnóstico de Altas Habilidades?


Quais profissionais e/ou instituições estariam habilitados a atestá-la para que possa dar
subsídio ao processo de reclassificação?

Resposta: A Resolução SEE 4.692/2021 assim dispõe sobre avanço escolar: “avanço: propicia
condições para conclusão de anos da educação básica, em menos tempo, ao estudante com
altas habilidades/superdotação, comprovadas por avaliações diagnósticas em todos os
componentes curriculares e relatórios complementares de profissionais competentes”. (grifo
nosso)
As decisões relativas ao avanço decorrentes do processo de investigação das condições do
estudante com altas habilidades/superdotação, público da Educação Especial, baseadas em
dados de avaliação do aproveitamento e relatórios e laudos indicativos das condições
especiais de desenvolvimento, devidamente documentadas (atas, provas, trabalhos, laudos
psicopedagógicos, relatórios de acompanhamento) devem ser respaldadas por uma equipe
composta de professores, especialistas e direção da escola.
Orientamos atenção aos critérios e à documentação fundamental nas situações de
identificação da condição do estudante que pode vir a compor o público da educação especial
por ser pessoa com Altas Habilidades/Superdotação.
O recurso pedagógico da reclassificação ou aceleração deve ser a última medida e somente
será recomendada em situações excepcionais com comprovada documentação constituída
pelos diversos profissionais que irão assistir o estudante.
Devem ser estudados os seguintes documentos normativos:
1. A LDBEN n. 9394/1996;
2. a Resolução CNE/CEB nº 04/2009, publicada no DOU de 5/10/2009, que institui Diretrizes
Operacionais para o Atendimento Educacional Especializado na Educação Básica, modalidade
57
Educação Especial, principalmente no que orienta sobre o tratamento a ser dado os alunos
com altas habilidades/superdotação;
3. a Resolução CEE 460/2013, que consolida normas sobre a Educação Especial na Educação
Básica, no Sistema Estadual de Ensino de Minas Gerais e dá outras providências,
disciplinando as condições para o funcionamento de unidades escolares credenciadas para a
oferta da educação especial para educandos com deficiência a serem atendidos tanto nestas,
como também em escolas da rede regular de ensino;
4. a Resolução SEE nº 4.256/2020, que institui as diretrizes para normatização e organização
da Educação Especial na rede estadual de Ensino de Minas Gerais;
5. o Parecer CEE-MG nº 1132/97, que oferece orientações sobre a fundamentação e
organização da educação básica a partir da LDBEN 9394/1997 ;
6. o Parecer CEE-MG nº 604/2004 (normativo) esclarece que “os procedimentos de
reclassificação, aceleração de estudos, avanço escolar, progressão parcial acontecem por
decisão da escola e não a pedido de quem quer que seja. Para serem utilizados devem ser
estudados caso a caso, ao longo da vida escolar e não em uma etapa específica da educação
básica, principalmente, em se tratando de reclassificação e avanço escolar”.;
7. o Parecer CEE-MG 69/2006 que responde diversas indagações sobre a Educação Especial
no Ensino Fundamental, esclarece que
“A possibilidade de avanço na escolarização dos alunos, contemplada na LDB, é uma medida
pedagógica que deve ser aplicada como resultado de um processo especial de avaliação da
aprendizagem e assegurada por medidas administrativas que resguardem os direitos dos
alunos, da escola e dos profissionais. Portanto, deve constar da proposta pedagógica e do
regimento da escola e estar devidamente autorizada. As decisões relativas ao avanço devem
ser respaldadas por uma equipe composta de professores, especialistas e direção da escola –
e baseadas em dados de avaliação do aproveitamento e relatórios/laudos indicativos das
condições especiais de desenvolvimento do(s) aluno(s), tudo devidamente documentado (atas,
provas, trabalhos, laudos psicopedagógicos, relatórios de acompanhamento). Toda a
documentação deverá ser arquivada na pasta individual do aluno. O histórico escolar, para
efeito de transferência ou de registro de conclusão de curso, deverá conter as informações
relativas às atividades de aprofundamento e enriquecimento curricular desenvolvidas pelo
aluno, bem como de sua trajetória escolar em termos da organização curricular diferenciada.”.
Os gestores da escola devem assegurar as condições adequadas à oferta pretendida, ao
atendimento especial requerido pelo estudante, à construção de seu PDI, manutenção dos
documentos escolares e comprovatórios da condição especial atualizados.

58
Os gestores da escola são responsáveis pelo fiel cumprimento da legislação vigente,
assegurando a legalidade, regularidade da escola e autenticidade da vida escolar de seus
alunos e por todos os atos praticados pela escola.

Os alunos matriculados nos Cursos Técnicos ofertados nas escolas estaduais e no


Trilhas de Futuro têm direito à reclassificação por frequência no final do período?

Resposta: “Os alunos matriculados nos Cursos Técnicos ofertados nas escolas estaduais”,
conforme preconiza o § 1º do inciso IV do artigo 111 da Resolução SEE nº 4.692, de 29 de
dezembro de 2021, não são favorecidos pela reclassificação por infrequência:
IV - frequência: para o estudante com frequência inferior a 75% da carga horária mínima
exigida e que apresentar desempenho satisfatório em todos os componentes curriculares.
§1º - os recursos da reclassificação dispostos nesse artigo poderão ser aplicados em todas as
modalidades de ensino, exceto na educação profissional e tecnológica e curso normal de nível
médio.
Quanto aos estudantes matriculados no Projeto Trilhas de Futuro, destaca o Ofício SEE/SB -
TRILHAS DE FUTURO nº 1/2022, com o assunto Sistema de Gestão Trilhas de Futuro:
Conforme previsto no Edital de Credenciamento SEE nº 01/2021 e nos contratos firmados com
cada uma das instituições, são obrigações das instituições credenciadas e contratadas:
(...)
“8.1.1.22. Acionar a Secretaria de Estado de Educação, via Sistema de Gestão do Projeto
Trilhas de Futuro, caso o estudante tenha uma ausência igual ou superior a 05 (cinco) dias
letivos consecutivos ou 10 (dez) dias alternados no mês ou atinja um número de faltas de 15
(quinze) dias letivos consecutivos ou alternados na etapa que cursa;”

Por favor, é importante esclarecer a diferença entre avanço e aceleração. Ainda há


confusão com as nomenclaturas e os processos.

Resposta: Nas duas situações ocorre a utilização do recurso pedagógico da reclassificação,


reposicionamento do estudante no ano diferente de sua situação atual, a partir de avaliação de
seu desempenho, podendo ocorrer por avanço escolar (estudante com altas
habilidades/superdotação), por aceleração de estudos ao estudante com defasagem
idade/ano de escolaridade (a partir de projetos de intervenção pedagógica, avaliação
diagnóstica), conforme esclarece o Parecer CEE nº 1.132/1997:
Aceleração de estudos é a forma de propiciar aos alunos com atraso escolar a oportunidade
de atingir o nível de desenvolvimento correspondente a sua idade. Alunos com atraso escolar
são aqueles que se encontram com idade superior à que corresponde a série, período ou ciclo
que esteja cursando. A escola, para aceleração de estudos, incluirá na sua proposta

59
pedagógica uma programação capaz de oferecer condições aos alunos com atraso escolar de
superá-lo. As turmas de aceleração, mediante programação de atividades adequadas ao
desenvolvimento desses alunos, podem ser organizadas de modo a atender a um ou mais
componentes curriculares. As estratégias de aceleração podem assumir múltiplas formas,
buscando como atender as necessidades desses alunos de acordo com as possibilidades da
escola.
Avanço escolar é a forma de propiciar ao aluno que apresente nível de desenvolvimento
acima de sua idade, a oportunidade de concluir em menor tempo séries, períodos, ciclos ou
etapas. Aluno com desenvolvimento superior é aquele que apresenta características especiais,
como altas habilidades e comprovada competência. Por se tratar de formas especiais de
avaliação e progressão, é indispensável que a direção da escola designe comissão, conforme
sugerida no item sobre classificação e reclassificação, não só para diagnosticar a necessidade
de aplicação desses recursos, como também para proceder a avaliação que cada situação
requer.

13.7 IMPOSSIBILIDADE DE EMISSÃO DE HE POR AUSÊNCIA DE ARQUIVO

Nos casos em que os registros da vida escolar dos alunos nos diários de classes, atas
de resultados finais, fichas individuais sumiram, como proceder?

Resposta: Orientamos a apuração da ocorrência, verificação minuciosa de documentos


escolares em registros para além dos físicos na escola, nos sistemas porventura adotados, de
busca de informações de percurso escolar entre os estabelecimentos de ensino. Após
esgotadas as buscas e feitas as apurações e responsabilizações, os estudantes podem ser
avaliados e posicionados conforme condições de desempenho, ou de certificação nas etapas
de ensino conforme regulamentado.

Escola que pegou fogo, como fazer a regularidade?

Resposta: Em situações similares o Conselho Estadual de Educação de Minas Gerais


pronunciou por meio dos Pareceres CEE nº 448 e nº 928, ambos do ano de 1995, e pelo
Parecer CEE nº 157/2016, recomendando, na impossibilidade de reconstituir a vida escolar de
alunos, a realização de provas via Exames de Certificação de nível de ensino.
A reconstituição da vida escolar dos ex-alunos poderá ocorrer a partir de registros, à vista de
informações escritas de forma confiável, como anotações de professores, cópias de históricos
escolares expedidos que se encontram em outras instituições escolares, estabelecimentos de
ensino superior ou empresas.

60
Orientamos registrar caso a caso o andamento dos requerimentos de histórico escolar,
informando os documentos localizados nas pesquisas, as orientações prestadas ao cidadão e
a solução do caso, haja vista a responsabilidade administrativa sujeita aos servidores em
decorrência de omissão. Ação importante para prestar informações futuras.
Para a recuperação de documentos de alunos, em situações mais urgentes sugerimos aos
gestores da escola considerar o tempo de atuação na escola, os níveis, etapas e cursos
ofertados cujos documentos escolares foram destruídos, os alunos podem ser organizados em
grupos:
➔ ex-alunos transferidos para outros estabelecimentos de ensino;
➔ ex-alunos que requerem histórico escolar;
➔ alunos com percurso escolar com registro em sistemas digitais, anotações de
professores ou outras formas de registro.
Com relação aos ex-alunos transferidos para outras escolas, não há o que regularizar ou
reconstituir, considerando o histórico escolar apresentado para a matrícula na escola de
destino. E no caso dos alunos em curso deve-se usar os dados passíveis de recuperação;
Os procedimentos que os gestores da escola devem adotar será o levantamento dos
estudantes com percurso na escola, zelar pelo registro cuidadoso dos fatos ocorridos e na
medida do possível refazer as pastas dos estudantes. Neste sentido os arquivo serão
recompostos considerando pesquisas e buscas:
- dos dados e percursos registrados por professores ou sistemas digitais (no caso das escolas
estaduais devem ser conferidos os registros realizados no SIMADE);
➔ solicitação de pesquisa em arquivos de escolas onde os alunos tenham estudado
anteriormente à matrícula nas respectivas escolas municipais, para obtenção de
documentos escolares anteriores (pedir a emissão de 2ª via);
➔ solicitação de pesquisa em arquivos de escolas onde os alunos tenham estudado
posteriormente à matrícula nas escolas municipais para obtenção de documentos
escolares emitidos por elas antes da inundação (isso para a recomposição de arquivos
de ex-alunos);
➔ verificação dos arquivos salvos/restantes e possíveis restaurações e/ou recuperações.
Todo esse levantamento deverá ser registrado em ata e documentos necessários para atender
a quaisquer esclarecimentos que se fizerem necessários, inclusive subsidiar futuros
questionamentos e ações judiciais.
Os alunos que, eventualmente, venham a solicitar os documentos de comprovação de
escolaridade e não tiverem seu percurso escolar nas escolas municipais recuperado devem, de
acordo com a idade e percurso escolar, ser submetidos aos exames de Certificação dos anos
iniciais do Ensino Fundamental, conforme ORIENTAÇÃO DE SERVIÇO ASIE Nº 2/2022, de 15

61
de março de 2022, e o artigo 52 da Resolução SEE nº 4.692, de 30 de dezembro de 2021, ou
serem encaminhados para exames de etapas mais avançadas da Educação Básica.
Alertamos para providências fundamentais que devem ser tomadas pelos gestores da escola
sob apoio do Serviço de Inspeção Escolar, se necessário, quanto ao acionamento das
instâncias competentes para instauração de investigação da ocorrência tais como Boletins e
Relatórios emitidos pelo Corpo de Bombeiros, acionamento da Polícia para lavrar Boletim de
Ocorrência visando a composição documental que subsidiarão esclarecimentos a qualquer
época como Laudo Pericial, Relatório do Instituto de Criminalística da Polícia Civil,
Comunicações do Ministério Público, se houver.

Escola que perdeu toda a documentação em consequência das chuvas, como emitir e/ou
regularizar a vida escolar?

Resposta: Em situações similares o Conselho Estadual de Educação de Minas Gerais


pronunciou por meio dos Pareceres CEE nº 448 e nº 928, ambos do ano de 1995, e pelo
Parecer CEE nº 157/2016, recomendando, na impossibilidade de reconstituir a vida escolar de
alunos, a realização de provas via Exames de Certificação de nível de ensino.
A reconstituição da vida escolar dos ex-alunos poderá ocorrer a partir de registros, à vista de
informações escritas de forma confiável, como anotações de professores, cópias de históricos
escolares expedidos que se encontram em outras instituições escolares, estabelecimentos de
ensino superior ou empresas.
Orientamos registrar caso a caso o andamento dos requerimentos de histórico escolar,
informando os documentos localizados nas pesquisas, as orientações prestadas ao cidadão e
a solução do caso, haja vista a responsabilidade administrativa sujeita aos servidores em
decorrência de omissão. Ação importante para prestar informações futuras.
Para a recuperação de documentos de alunos, em situações mais urgentes sugerimos aos
gestores da escola considerar o tempo de atuação na escola, os níveis, etapas e cursos
ofertados cujos documentos escolares foram destruídos, os alunos podem ser organizados em
grupos:
➔ ex-alunos transferidos para outros estabelecimentos de ensino;
➔ ex-alunos que requerem histórico escolar;
➔ alunos com percurso escolar com registro em sistemas digitais, anotações de
professores ou outras formas de registro.
Com relação aos ex-alunos transferidos para outras escolas, não há o que regularizar ou
reconstituir, considerando o histórico escolar apresentado para a matrícula na escola de
destino. E no caso dos alunos em curso deve-se usar os dados passíveis de recuperação;

62
Os procedimentos que os gestores da escola devem adotar será o levantamento dos
estudantes com percurso na escola, zelar pelo registro cuidadoso dos fatos ocorridos e na
medida do possível refazer as pastas dos estudantes. Neste sentido os arquivo serão
recompostos considerando pesquisas e buscas:
➔ dos dados e percursos registrados por professores ou sistemas digitais (no caso das
escolas estaduais devem ser conferidos os registros realizados no SIMADE);
➔ solicitação de pesquisa em arquivos de escolas onde os alunos tenham estudado
anteriormente à matrícula nas respectivas escolas municipais, para obtenção de
documentos escolares anteriores (pedir a emissão de 2ª via);
➔ solicitação de pesquisa em arquivos de escolas onde os alunos tenham estudado
posteriormente à matrícula nas escolas municipais para obtenção de documentos
escolares emitidos por elas antes da inundação (isso para a recomposição de arquivos
de ex-alunos);
➔ verificação dos arquivos salvos/restantes e possíveis restaurações e/ou recuperações.
Todo esse levantamento deverá ser registrado em ata e documentos necessários para atender
a quaisquer esclarecimentos que se fizerem necessários, inclusive subsidiar futuros
questionamentos e ações judiciais.
Os alunos que, eventualmente, venham a solicitar os documentos de comprovação de
escolaridade e não tiverem seu percurso escolar nas escolas municipais recuperado devem, de
acordo com a idade e percurso escolar, ser submetidos aos exames de Certificação dos anos
iniciais do Ensino Fundamental, conforme ORIENTAÇÃO DE SERVIÇO ASIE Nº 2/2022, de 15
de março de 2022, e o artigo 52 da Resolução SEE nº 4.692, de 30 de dezembro de 2021, ou
serem encaminhados para exames de etapas mais avançadas da Educação Básica.
Alertamos para providências fundamentais que devem ser tomadas pelos gestores da escola
sob apoio do Serviço de Inspeção Escolar, se necessário, quanto ao acionamento das
instâncias competentes para instauração de investigação da ocorrência tais como Boletins e
Relatórios emitidos pelo Corpo de Bombeiros, acionamento da Polícia para lavrar Boletim de
Ocorrência, documentos publicados pelo poder público referentes às situações de calamidade
pública visando a composição documental que subsidiarão esclarecimentos a qualquer época.

Escola que perdeu toda a documentação em consequência das chuvas de janeiro, como
emitir e/ou regularizar a vida escolar?

Resposta: Em situações similares o Conselho Estadual de Educação de Minas Gerais


pronunciou por meio dos Pareceres CEE nº 448 e nº 928, ambos do ano de 1995, e pelo
Parecer CEE nº 157/2016, recomendando, na impossibilidade de reconstituir a vida escolar de
alunos, a realização de provas via Exames de Certificação de nível de ensino.

63
A reconstituição da vida escolar dos ex-alunos poderá ocorrer a partir de registros, à vista de
informações escritas de forma confiável, como anotações de professores, cópias de históricos
escolares expedidos que se encontram em outras instituições escolares, estabelecimentos de
ensino superior ou empresas.
Orientamos registrar caso a caso o andamento dos requerimentos de histórico escolar,
informando os documentos localizados nas pesquisas, as orientações prestadas ao cidadão e
a solução do caso, haja vista a responsabilidade administrativa sujeita aos servidores em
decorrência de omissão. Ação importante para prestar informações futuras.
Para a recuperação de documentos de alunos, em situações mais urgentes sugerimos aos
gestores da escola considerar o tempo de atuação na escola, os níveis, etapas e cursos
ofertados cujos documentos escolares foram destruídos, os alunos podem ser organizados em
grupos:
➔ ex-alunos transferidos para outros estabelecimentos de ensino;
➔ ex-alunos que requerem histórico escolar;
➔ alunos com percurso escolar com registro em sistemas digitais, anotações de
professores ou outras formas de registro.
Com relação aos ex-alunos transferidos para outras escolas, não há o que regularizar ou
reconstituir, considerando o histórico escolar apresentado para a matrícula na escola de
destino. E no caso dos alunos em curso deve-se usar os dados passíveis de recuperação;
Os procedimentos que os gestores da escola devem adotar será o levantamento dos
estudantes com percurso na escola, zelar pelo registro cuidadoso dos fatos ocorridos e na
medida do possível refazer as pastas dos estudantes. Neste sentido os arquivo serão
recompostos considerando pesquisas e buscas:
➔ dos dados e percursos registrados por professores ou sistemas digitais (no caso das
escolas estaduais devem ser conferidos os registros realizados no SIMADE);
➔ solicitação de pesquisa em arquivos de escolas onde os alunos tenham estudado
anteriormente à matrícula nas respectivas escolas municipais, para obtenção de
documentos escolares anteriores (pedir a emissão de 2ª via);
➔ solicitação de pesquisa em arquivos de escolas onde os alunos tenham estudado
posteriormente à matrícula nas escolas municipais para obtenção de documentos
escolares emitidos por elas antes da inundação (isso para a recomposição de arquivos
de ex-alunos);
➔ verificação dos arquivos salvos/restantes e possíveis restaurações e/ou recuperações.
Todo esse levantamento deverá ser registrado em ata e documentos necessários para atender
a quaisquer esclarecimentos que se fizerem necessários, inclusive subsidiar futuros
questionamentos e ações judiciais.

64
Os alunos que, eventualmente, venham a solicitar os documentos de comprovação de
escolaridade e não tiverem seu percurso escolar nas escolas municipais recuperado devem, de
acordo com a idade e percurso escolar, ser submetidos aos exames de Certificação dos anos
iniciais do Ensino Fundamental, conforme ORIENTAÇÃO DE SERVIÇO ASIE Nº 2/2022, de 15
de março de 2022, e o artigo 52 da Resolução SEE nº 4.692, de 30 de dezembro de 2021, ou
serem encaminhados para exames de etapas mais avançadas da Educação Básica.
Alertamos para providências fundamentais que devem ser tomadas pelos gestores da escola
sob apoio do Serviço de Inspeção Escolar, se necessário, quanto ao acionamento das
instâncias competentes para instauração de investigação da ocorrência tais como Boletins e
Relatórios emitidos pelo Corpo de Bombeiros, acionamento da Polícia para lavrar Boletim de
Ocorrência, documentos publicados pelo poder público referentes às situações de calamidade
pública visando a composição documental que subsidiarão esclarecimentos a qualquer época.

Curso Técnico poderia utilizar o cadastro no SISTEC para a emissão de documento nos
casos em que os documentos físicos da escola foram destruídos em incêndio?

Resposta: Em situações similares de destruição de arquivo o Conselho Estadual de Educação


de Minas Gerais pronunciou por meio dos Pareceres CEE nº 448 e nº 928, ambos do ano de
1995, e pelo Parecer CEE nº 157/2016, indicando a reconstituição da vida escolar dos
ex-alunos que poderá ocorrer a partir de registros, à vista de informações escritas de forma
confiável, como anotações de professores, cópias de históricos escolares expedidos que se
encontram em outras instituições escolares, estabelecimentos de ensino superior ou empresas.
A escrituração dos dados e informações referentes à vida escolar se dá por meio digital e
documentos físicos. Neste sentido os dados e informações do SISTEC poderão ser utilizados
para validação da documentação.
Cabe apurar e registrar a ocorrência.
Alertamos para providências fundamentais que devem ser tomadas pelos gestores da escola
sob apoio do Serviço de Inspeção Escolar, se necessário, quanto ao acionamento das
instâncias competentes para instauração de investigação da ocorrência tais como Boletins e
Relatórios emitidos pelo Corpo de Bombeiros, acionamento da Polícia para lavrar Boletim de
Ocorrência visando a composição documental que subsidiarão esclarecimentos a qualquer
época como Laudo Pericial, Relatório do Instituto de Criminalística da Polícia Civil,
Comunicações do ministério Público, se houver.
Compete ao diretor e secretário escolar garantir registros escolares com legalidade, veracidade
e regularidade da trajetória escolar e expedição de históricos escolares, certificados e
diplomas, válidos para o prosseguimento de estudos e comprovantes de escolaridade para o
exercício profissional.

65
Todo o processo de reconstituição de documentos deve ser acompanhado pelos Inspetores
Escolares e registrado em termo de visita.

13.8 MATRÍCULA TARDIA NO 1º SEMESTRE OU MATRÍCULA NO 2º SEMESTRE

Orientação quanto como computar as notas de alunos admitidos durante o 2º semestre,


que na escola de origem apresenta notas apenas nas disciplinas de Português e
Matemática, conforme legislação local.

Resposta: Outras informações e dados são necessários para pronunciamento. Cabe


contextualização do caso, data em que ocorreu a matrícula, situação do aluno atualizada, rede
de ensino… Orientamos a apuração da ocorrência, verificação minuciosa de documentos
escolares e na dúvida um contato com a escola de origem para melhor compreensão de seus
registros escolares e das pendências a serem resolvidas na atual escola. De acordo com o
Regimento Escolar, com a Proposta Pedagógica os estudantes recém admitidos fazem jus aos
recursos pedagógicos previstos na legislação. Sendo alunos de escola estadual deverá ser
observada a Resolução SEE n. 4692/2021.

Casos de alunos menores de idade que concluem a EJA Fundamental no 1º semestre e


na escola/município só tem o ensino médio regular para continuidade (Procedimento e
registros);

Resposta: Nos casos de alunos menores de 18 anos que concluíram o Ensino Fundamental
no decorrer do ano letivo, seja em curso presencial da EJA, curso semipresencial do CESEC
ou via Exame Especiais de Banca, a matrícula no Ensino Médio deverá ser garantida.
➔ A matrícula deverá ser feita no 1º ano do ensino médio mediante apresentação do
certificado de conclusão do Ensino Fundamental. Ressaltamos que os boletins do INEP
não são documentos válidos para efetivação de matrícula.
➔ A solicitação poderá ser deferida, mediante acompanhamento do Serviço de Inspeção
Escolar em orientação aos gestores da escola sobre a situação excepcional. Caberá à
escola de destino proceder à matrícula no 1º ano respaldando o caso com o uso do
amparo legal no Parecer CEE nº 1158/98, que discorre sobre a Frequência Escolar,
orientando a adoção do recurso da reclassificação aos alunos que apresentarem
desempenho satisfatório e frequência inferior a 75% no final do período letivo.
Os documentos que fundamentarem e comprovarem a reclassificação do estudante deverão
ser arquivados na pasta individual.
Todo o processo de reclassificação deverá ser registrado em Ata.

66
➔ Os alunos que atenderem aos critérios para prosseguimento dos estudos na EJA ou
realização de Exames deverão ser orientados e encaminhados para estas ofertas.
➔ Na expedição do histórico escolar o percurso do Ensino Fundamental e Médio deverão
ser estampados com o devido amparo legal dos recursos pedagógicos utilizados. Sendo
o comprovante de conclusão do Ensino Fundamental o certificado de exame será
anexado ao histórico escolar do Ensino Médio.

Casos de matrícula tardia do aluno no 1º semestre, por exemplo com 45 dias letivos já
trabalhados e as situações de matrícula no 1º semestre após os 25% da CH já
trabalhada. Nesse mesmo rol, confirmar se o parecer CEE/MG 388/03 somente se aplica a
situações de matrícula no segundo semestre;

Resposta: Orientamos verificar o disposto no Memorando SEE/SE - ASIE nº 58/2022 para


detalhes sobre a escrituração escolar. O Parecer CEE n. 388/2003 aplica-se ao caso
apresentado.

Estudante com 16 anos cursando o 4º período EJA do ensino fundamental, com término
no 1º semestre de 2022, tendo entrado no curso amparado pelo Parecer CEE nº 388/2003.
No 2º Semestre requer a matrícula para o 1º ano médio regular comum. Nesse caso não
poderá ser matriculado pelo Parecer CEE 388, pois já teve carga horária no 1º semestre.
O estudante poderá ter 02 anos cursados no mesmo ano? 4º período da EJA e 01 ano
Ensino Médio?

Resposta: Nos casos de alunos menores de 18 anos que concluíram o Ensino Fundamental
no decorrer do ano letivo, seja em curso presencial da EJA, curso semipresencial do CESEC
ou via Exame Especiais de Banca, a matrícula no Ensino Médio deverá ser garantida.
➔ A matrícula deverá ser feita no 1º ano do ensino médio mediante apresentação do
certificado de conclusão do Ensino Fundamental. Ressaltamos que os boletins do INEP
não são documentos válidos para efetivação de matrícula.
➔ A solicitação poderá ser deferida, mediante acompanhamento do Serviço de Inspeção
Escolar em orientação aos gestores da escola sobre a situação excepcional. Caberá à
escola de destino proceder à matrícula no 1º ano respaldando o caso com o uso do
amparo legal no Parecer CEE nº 1158/98, que discorre sobre a Frequência Escolar,
orientando a adoção do recurso da reclassificação aos alunos que apresentarem
desempenho satisfatório e frequência inferior a 75% no final do período letivo.
Os documentos que fundamentarem e comprovarem a reclassificação do estudante deverão
ser arquivados na pasta individual.
Todo o processo de reclassificação deverá ser registrado em Ata.

67
➔ Os alunos que atenderem aos critérios para prosseguimento dos estudos na EJA ou
realização de Exames deverão ser orientados e encaminhados para estas ofertas.
➔ Na expedição do histórico escolar o percurso do Ensino Fundamental e Médio deverão
ser estampados com o devido amparo legal dos recursos pedagógicos utilizados. Sendo
o comprovante de conclusão do Ensino Fundamental o certificado de exame será
anexado ao histórico escolar do Ensino Médio.

Se um estudante faz a matrícula no 1º semestre do aluno (ex mês de abril), onde não
teve nenhuma matrícula durante o ano corrente. A escola deverá realizar a matrícula e
somente no final do ano realizar a reclassificação por frequência?

Resposta: Se a matrícula ocorrer durante o ano letivo, quando o aluno “não teve nenhuma
matrícula durante o ano corrente”, o estudante deverá ser avaliado na ocasião da matrícula em
todos os componentes curriculares para posicionamento no ano de escolaridade, com base no
Parecer CEE nº 388/2003. A apuração da frequência será procedida a partir da matrícula do
aluno. As atividades poderão ser oferecidas e cumpridas como adaptação pedagógica. A
ausência de registro de frequência no primeiro semestre do 1° ano do Ensino Médio estará
amparada pela classificação por avaliação a que o aluno se submeterá.
Quanto à escrituração, na Ficha Individual deve constar os registros da classificação, as
explicitações e esclarecimentos adicionais quanto ao aproveitamento, observando as normas
regimentais. Na Pasta Individual, arquivar as avaliações utilizadas no processo de classificação
e Ata/Relatório, subscrito pelos membros da comissão presidida pela direção da escola. No
Histórico Escolar deverá constar o registro do aproveitamento, da carga horária e as faltas
horas (a partir da matrícula). No campo “observações”: classificação conforme incisos I e VI do
artigo 24 da Lei Federal n. 9.394/96.
Sugerimos acompanhar cuidadosamente o desenvolvimento dos estudantes propondo ao
longo do ano intervenções pedagógicas para assegurar o sucesso acadêmico.

A classificação por avaliação prevista no Parecer CEE-MG 388/2003 pode ser aplicada
para aluno com 6 ou 7 anos que estava fora da escola e procurou matrícula ao longo do
ano letivo (precisamente em agosto). Sugiro que a parte apresentada de
classificação/reclassificação apresentada tenha exemplos para facilitar o entendimento.

Resposta: Orientamos conferir o Memorando.SEE/ASIE.nº 58/2022, datado de 23/2/2022:


c - Estudantes dos anos iniciais do Ensino Fundamental
(...)
A LDBEN prevê, no inciso II do artigo 24, que a classificação poderá ser feita em qualquer série
ou etapa, exceto a primeira do Ensino Fundamental, isto significa que a condição de

68
ingresso no nível de ensino é a idade. Em situação de distorção de idade/ano de
escolaridade, o respectivo recurso pedagógico poderá ser utilizado promovendo a
adequação na enturmação. Então, uma criança com 7 anos ou mais completos até 31 de
março poderá ser submetida à avaliação de classificação para fins de posicionamento
no Ensino Fundamental. Alertamos aos gestores escolares para as investigações necessárias
sobre a infrequência escolar, caracterizadas nesses casos, dando cumprimento às normas
sobre o assunto dentre elas a Lei nº 8.069/1990, de 16/7/1990, Lei nº 15.455, de 12/1/2005 e
Parecer CEE n. 1.158/1998, de 16/12/1998 visando a frequência, a aprendizagem e a garantia
de direitos dos estudantes. Deverão ser registrados em ata os esclarecimentos da ocorrência,
as orientações repassadas aos responsáveis, como justificativa da utilização do recurso
pedagógico.
O Parecer CEE 388/2003 esclarece:
A LDB, ao prever essa possibilidade de classificação, enfatiza que aquilo que deve prevalecer
é "o grau de desenvolvimento do aluno" não a sua simples presença na escola. Entretanto,
deve-se ter o cuidado para que essa situação não se torne rotineira, uma vez que a frequência
às aulas é um fator importante para a formação do educando.
A ausência de registro no primeiro semestre estará amparada pela classificação por avaliação
a que o aluno se submeteu.
A apuração da frequência, nesse caso, será procedida a partir da matrícula do aluno, assim
como os dias letivos.
Sendo assim, o estudante, com 6 anos de idade completos até 31 de março do ano de
matrícula, caso venha requerer matrícula durante o ano letivo, poderá ser avaliado em todos os
componentes curriculares para posicionamento no 1º ano do ensino fundamental.

13.9 TRANSFERÊNCIA/REMANEJAMENTO DE ALUNOS EM DIFERENTES MODALIDADES,

TURNOS.

Alunos do EMTI profissional podem sair para o ensino médio regular noturno?
Resposta: Deve ser verificada a existência de vaga, as justificativas para a migração, a
documentação escolar para saneamento de progressões parciais ou outras pendências no
currículo ou percurso assegurando a conclusão da Educação Básica com regularidade.

Alunos que conseguiram vagas no trilhas de futuro podem solicitar transferência, para
ensino médio regular noturno, mesmo vindo do EMTI profissional da escola estadual,
segundo a res SEE 4.719, parágrafo único, diz que não poderão se inscrever para o
Projeto Trilhas se estiverem cursando EMTI Profissional, mas colocamos a questão
porque outras SRE podem estar com esta dúvida.

69
Resposta: Reiteramos as normas específicas do Programa Trilhas de Futuro.

Explicar quais os procedimentos necessários para resguardar o percurso escolar do


aluno quando é solicitado transferência de turno e/ou modalidade cursada. Exemplo: O
aluno estava no Ensino Médio Noturno e pede transferência para o Ensino Médio Tempo
Integral.

Resposta: A SRE/Inspeção Escolar deve ter argumentos claros a ser prestados à


comunidade escolar e evitar transferência em massa desorganizando o fluxo escolar. Os
gestores deverão verificar a existência de vagas, as justificativas para a migração, a
documentação escolar para verificação de adaptações e complementações curriculares (Plano
Especial de Estudos) em tempo hábil, verificação de progressões parciais ou outras
pendências no currículo ou no percurso assegurando a conclusão da Educação Básica com
regularidade.

Pode haver transferência do ensino regular para educação em tempo integral no


decorrer do ano letivo? Pode haver transferência do Ensino Médio regular para EMTI, no
decorrer do ano letivo? Qual procedimento deve ser adotado pela escola ao receber este
aluno?

No decorrer do ano letivo, escola pode receber aluno que estava cursando o 1º Ano do
Novo Ensino Médio para 1º Ano do EMTI? Qual procedimento deverá ser adotado pela
escola? No caso de transferência de estudantes do Novo Ensino Médio, como realizar a
adaptação curricular quando houver itinerário formativos distintos? Quais
procedimentos devem ser adotados pela escola?

Resposta: Questões a serem analisadas individualmente conforme ocorrência na SRE e


condições de integralização dos currículos em tempo hábil, se o EMTI for profissionalizante,
assegurando a regularidade do percurso escolar e garantindo o direito ao exercício profissional.
Considerando a especificidade de cada oferta e dificuldade de efetiva integralização dos
currículos pelos estudantes egressos de cursos convencionais a SRE deve considerar a
realização de reuniões com os pais dos alunos e as escolas visando a permanência dos
estudos nos cursos de origem ou o encaminhamento para a outra escola mais próxima que
ainda mantenha com oferta de curso idêntico ou compatível com o de origem.

De acordo com o Memorando-Circular no 3/2022/SEE/DINEA de 03/03/2022, a escola


poderia realizar no SIMADE a enturmação pedagógica dos alunos matriculados em 2022
a partir 03/03/2022 até o dia 11/03/2022, assim poderia regularizar as enturmações dos
alunos procedendo com o remanejamento entre turmas do mesmo Tipo de Ensino, Nível,

70
Etapa e Endereço, orientou a equipe SEDINE para os casos em que haveria
remanejamento para outra modalidade como da EJA para Ensino Regular e vice e versa;
do Ensino em Tempo Integral para Ensino Regular e vice versa; devendo proceder com
a remoção dos alunos da enturmação, para que a escola excluísse a matrícula e
realizasse nova matrícula na modalidade correta. Sendo assim, dá a entender que
poderia haver remanejamento da EJA para o regular do Ensino Integral para o Regular,
procede?

Resposta: Deve ser verificada a existência de vaga, as justificativas para a migração, a


compatibilidade de currículos à luz das condições do aluno e da escola para a integralização da
matriz curricular de destino em tempo hábil, a documentação escolar para análise da trajetória
escolar regular e para saneamento de progressões parciais ou outras pendências no currículo
ou percurso assegurando a conclusão da Educação Básica com regularidade.

Aluno da EJA que solicita voltar para o ensino regular, como é possível? E quando?

Resposta: A SRE através do Serviço de Inspeção Escolar deve orientar aos gestores da
unidade escolar na apresentação de argumentos claros a serem prestados à comunidade
escolar e evitar transferência em massa desorganizando o fluxo escolar. Os gestores deverão
verificar a existência de vagas, as justificativas para a migração, a documentação escolar para
verificação de adaptações e complementações curriculares (Plano Especial de Estudos) em
tempo hábil, verificação de progressões parciais ou outras pendências no currículo ou no
percurso assegurando a conclusão da Educação Básica com regularidade.

13.10 COMPONENTE CURRICULAR ARTES NA EDUCAÇÃO BÁSICA

Confirmar as matrizes curriculares do ensino fundamental anos finais e do Ensino


Médio, se o componente Artes é obrigatório em todos os anos, em quais anos é
obrigatório?

Resposta: Solicitamos informações sobre a rede que apresentou as dúvidas. Sendo escolas
estaduais estão em vigor as resoluções específicas com as matrizes curriculares.
De acordo com o artigo 26 da Lei Federal nº 9394/96, o ensino da arte, especialmente em suas
expressões regionais, constituirá componente curricular obrigatório da educação básica e a
Resolução CEE nº 470/2019, de 27/06/2019 (hoje revogada), que institui e orienta a
implementação do Currículo Referência de Minas Gerais da Educação Infantil e do Ensino
Fundamental nas escolas do Sistema de Ensino de Minas Gerais, definiu em seu artigo 35, que
o componente Curricular Arte era obrigatório do 1º ao 9º ano do Ensino Fundamental. De

71
acordo com o artigo 62, da mencionada Resolução, a implementação do CRMG ocorreu ao
longo do ano de 2019 e deveria entrar em vigor no início do ano letivo de 2020.
Para a Rede Estadual seguimos a Resolução SEE nº 4657/2021, de 12/11/2021, que dispõe
sobre as matrizes curriculares destinadas às turmas do 1º ano do Ensino Médio e às turmas
do 1º e 2º período do Ensino Médio da Modalidade da Educação de Jovens e Adultos,
com início em 2022 na Rede Estadual de Ensino de Minas Gerais e Resolução SEE nº
4234/2019, que dispõe sobre as matrizes curriculares das escolas da Rede Estadual de Ensino
de Minas Gerais que definiu o componente curricular Arte como componente curricular
obrigatório em todos os anos do Ensino Fundamental e Ensino Médio, a partir de 2020.
Para o Ensino Médio das demais redes de ensino, há a obrigatoriedade da oferta, sem
definição do número de anos em que deva figurar.
Em 2021, houve a publicação da Resolução CEE MG nº 481 no MG de 01/07/2021 com efeitos
a partir de 2022, reiterando no artigo 45, a obrigatoriedade da Arte em todos os anos do ensino
fundamental, a saber: “o Componente Curricular Arte, obrigatório do 1º ao 9º ano do Ensino
Fundamental”.
O artigo 47 reforça que “nas habilidades do Componente Curricular Arte, destacam-se a
inclusão e a valorização da arte e da cultura do contexto regional, enfatizando a cultura
mineira, com complementaridades específicas para cada ano do Ensino Fundamental”.
Chamamos atenção pelos dizeres da RESOLUÇÃO CEE nº 481/2021 “A obrigatoriedade de
adesão, ao Currículo referência de Minas Gerais, pelas escolas estaduais, e a possibilidade de
adesão, pelos municípios, pelas instituições de ensino privadas e comunitárias de Minas
Gerais, respeitando-se a diversidade, as particularidades de cada território, a autonomia
administrativa e pedagógica das unidades escolares do Sistema de Ensino na definição e
construção dos respectivos currículos escolares, observando-se o disposto nesta Resolução e
em normas complementares vigentes.”
Importante é o diálogo, com os gestores da escola, quanto a centralidade do Componente
Curricular Arte nas linguagens: das artes visuais, da dança, da música e do teatro, suas
potencialidades na formação dos alunos. A BNCC propõe explorar as relações e as
articulações entre as diferentes linguagens e suas práticas, inclusive aquelas possibilitadas
pelo uso das novas tecnologias de informação e de comunicação.
Diante do exposto, orientamos observar a apresentação do Componente Curricular de Arte na
rede particular pelo menos uma vez no nível de ensino até que novas instruções sejam
recomendadas.

Se o componente curricular Arte é obrigatório constar em todos os anos do Ensino


Médio, para a escola particular?

72
Resposta: Esclarecemos que a Resolução CEE n° 470, de 27 de junho de 2019, encontra-se
revogada pela RESOLUÇÃO CEE nº 481, de 1º de julho de 2021, institui e orienta a
implementação do Currículo Referência de Minas Gerais nas escolas de Educação Básica do
Sistema de Ensino do Estado de Minas Gerais. A resolução anterior apresentava nos artigos
34 a 37 a regulamentação sobre a oferta de Arte e enumerando competências específicas a
serem desenvolvidas. Nesse sentido, estamos vivenciando um período de transição, que
sempre enfrenta desafios para alcançar na totalidade a adequação dos currículos.
Chamamos atenção pelos dizeres da RESOLUÇÃO CEE nº 481/2021 “ A obrigatoriedade de
adesão, ao Currículo referência de Minas Gerais, pelas escolas estaduais, e a possibilidade de
adesão, pelos municípios, pelas instituições de ensino privadas e comunitárias de Minas
Gerais, respeitando-se a diversidade, as particularidades de cada território, a autonomia
administrativa e pedagógica das unidades escolares do Sistema de Ensino na definição e
construção dos respectivos currículos escolares, observando-se o disposto nesta Resolução e
em normas complementares vigentes.”
Importante é o diálogo, com os gestores da escola, quanto a centralidade do Componente
Curricular Arte nas linguagens: das artes visuais, da dança, da música e do teatro, suas
potencialidades na formação dos alunos. A BNCC propõe explorar as relações e as
articulações entre as diferentes linguagens e suas práticas, inclusive aquelas possibilitadas
pelo uso das novas tecnologias de informação e de comunicação.
Diante do exposto, orientamos observar a apresentação do Componente Curricular de Arte na
rede particular pelo menos uma vez no nível de ensino até que novas instruções sejam
recomendadas.

13.11 SISTEC- CURSO TÉCNICO

Escola Profissional que oferta curso técnico de nível médio em prótese dentária desde
1996 e que a partir de 2009 não efetivou cadastro da instituição e de nenhum aluno no
SISTEC, como proceder para regularizar o cadastro neste sistema? O Conselho Regional
de Odontologia não tem cobrado o código autenticador do egresso desse curso para
efetivar o registro profissional, assim, a SRE também pode expedir autorização para
lecionar à título precário sem o devido código autenticador do SISTEC?

Resposta: Todos os diplomas devem ser expedidos com a garantia de Validade Nacional:
No período de 2000 a 2007, o diploma do concluinte de curso técnico levava no verso, no
campo destinado ao “Cadastro Nacional de Cursos Técnicos”, antigo CNCT, o Número de
Identificação Cadastral, conhecido como NIC, e o número do parecer do Conselho Estadual de

73
Educação que aprovou o Plano de curso e respectiva data de publicação no jornal “Minas
Gerais”.
A partir de agosto de 2007, quando o antigo cadastro nacional – CNCT foi desativado, os Nics
ficaram sem efeito e foram abolidos, prevalecendo, até 31 de dezembro de 2008, para
lançamento no verso dos diplomas dos concluintes, apenas o número do Parecer do CEE de
aprovação do Plano de Curso e sua data de publicação no “Minas Gerais”.
Em janeiro de 2009, com a implantação do “Sistema Nacional de Informações da Educação
Profissional e Tecnológica” – SISTEC/MEC, conforme Resolução CNE/CEB nº03/2009, de
31/09/2009, publicada no DOU de 01 de outubro de 2009, deverão estampar no verso do
diploma, no campo próprio, dados relativos ao cadastro do curso técnico.
A partir de 1º de janeiro de 2013, tendo em vista as disposições da Resolução CNE/CEB
nº6/2012, publicada no DOU de 21 de setembro de 2012, cabe às instituições educacionais,
nos termos do disposto no artigo 38 da citada resolução, expedir e registrar, sob sua
responsabilidade, os diplomas de técnico de nível médio, sempre que seus dados estejam
inseridos no SISTEC, e atribuir um “código autenticador” do referido registro no SISTEC/MEC.
Está em vigor, desde 1º de janeiro de 2021, as disposições da RESOLUÇÃO CNE/CP Nº 1, de
5 de janeiro de 2021, define as Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação
Profissional e Tecnológica determinando no § 2° do artigo 24 § 2º que cabe às instituições e
redes de ensino registrar, sob sua responsabilidade, os certificados e diplomas emitidos nos
termos da legislação e normas vigentes, para fins de validade nacional.
Em 19/01/2022 foi publicada a PORTARIA Nº 31, de 18 de janeiro de 2022, que dispõe sobre
as normas para funcionamento do Sistema Nacional de Informações da Educação Profissional
e Tecnológica - SISTEC.
Portanto, cabe à escola providenciar a regularização da situação ora apresentada, devendo o
Serviço de Inspeção Escolar acompanhar o cumprimento da legislação.

Curso Técnico em Administração Empresarial do PEP EJA - parceria entre a Secretaria


de Estado de Educação de Minas Gerais e o Centro Estadual de Educação Tecnológica
Paula Souza -SP - ofertado em 2011 que não pôde ser cadastrado no SISTEC, pois o
nome do curso e a carga horária diferem do estabelecido no Catálogo Nacional de
Cursos Técnicos, gerando, assim, irregularidade na vida escolar dos egressos: como
regularizar?

Resposta: Orientamos verificar nos assentamos digitais do Instituto Paulo Souza a


regularidade dos registros escolares. Caso seja constatada a pendência no cadastro do
SISTEC orientamos encaminhar a consulta para a equipe.

74
13.12 CESEC

Abordar as possibilidades de “regularizações” via CESEC

Resposta: A regularização de vida escolar via CESEC pode ocorrer sempre que for verificada
a impossibilidade de emissão de comprovação escolar decorrentes de catástrofes como
enchentes e fogo nos arquivos, documentos emitidos por Escolas não autorizadas pela
SEE/MG por desobedecer a legislação vigente, e encaminhamentos, quando couber, para a
conclusão de estudos após a instrução de processos de documentos supostamente falsos.
Também quando houver impossibilidade de regularização na escola atual do estudante
conforme legislação em vigor e de promoção da regularização de vida escolar pelo Serviço de
Inspeção Escolar conforme disposto no Ofício Circular SB/SOE/DFRE n. 3/2013, de
14/05/2013.

Se possível falem sobre CESEC

Resposta: Até que sejam emitidas novas orientações afetas à vida escolar dos estudantes nas
unidades dos CESEC, sugerimos a leitura dos seguintes documentos:
➔ Resolução SEE nº 2.943/2016, de 18/3/2016;
➔ Instrução SEE/SOE/DFRE nº 1/2016: que orienta a escrituração escolar de cursos
oferecidos nas unidades do CESEC;
➔ Ofício Circular DEJA nº 125/2016, de 11/7/2016: que orienta sobre o componente
curricular Educação Física nas unidades do CESEC;
➔ Orientação CESEC/2016: documento elaborado pela SB com diretrizes para a oferta de
Educação de Jovens e Adultos nos CESEC a partir da publicação da Resolução SEE nº
2.943/2016, de 18/3/2016.
➔ Para a escrituração escolar no período REANP orientamos verificar os documentos
emitidos especificamente para esse contexto dentre eles a ORIENTAÇÃO ASIE/VIDA
ESCOLAR N. 6/2021, de 15/12/2021, (SEI n.1260.01.0132767/2021-05) que orienta a
expedição de documentos escolares conforme as metodologias de ensino Regime
Especial de Atividades Não Presenciais (REANP), estudos híbridos e estudos
presenciais ministrados nas Escolas da Rede Estadual de Ensino.
Todos os documentos sugeridos estão disponíveis no DRIVE “ASIE-Assessoria Central de
Inspeção Escolar”.

O candidato que passa pela Banca de Avaliação do CESEC precisa apresentar conclusão
do nível de ensino anterior ao pleiteado?

Resposta: Conforme o § 4º do artigo 8º da Resolução CEE nº 444, de 24 de abril de 2001:

75
§ 4o - É dispensada a comprovação de terminalidade do Ensino Fundamental para o candidato
maior de 18 (dezoito) anos que se inscrever nos Exames Supletivos em nível de Ensino Médio.
Precisamos de legislações mais detalhadas sobre a vida escolar dos alunos do CESEC.
Existe a Resolução SEE nº 2.943/2016, acredito que ela precisa ser atualizada.
Resposta: Até que sejam emitidas novas orientações afetas à vida escolar dos estudantes nas
unidades dos CESEC, sugerimos a leitura dos seguintes documentos:
➔ Instrução SEE/SOE/DFRE nº 1/2016: que orienta a escrituração escolar de cursos
oferecidos nas unidades do CESEC;
➔ Ofício Circular DEJA nº 125/2016, de 11/7/2016: que orienta sobre o componente
curricular Educação Física nas unidades do CESEC;
➔ Orientação CESEC/2016: documento elaborado pela SB com diretrizes para a oferta de
Educação de Jovens e Adultos nos CESEC a partir da publicação da Resolução SEE nº
2.943/2016, de 18/3/2016.
➔ Para a escrituração escolar no período REANP orientamos verificar os documentos
emitidos especificamente para esse contexto dentre eles a ORIENTAÇÃO ASIE/VIDA
ESCOLAR N. 6/2021, de 15/12/2021, (SEI n.1260.01.0132767/2021-05) que orienta a
expedição de documentos escolares conforme as metodologias de ensino Regime
Especial de Atividades Não Presenciais (REANP), estudos híbridos e estudos
presenciais ministrados nas Escolas da Rede Estadual de Ensino.
Todos os documentos sugeridos estão disponíveis no DRIVE “ASIE-Assessoria Central de
Inspeção Escolar”.

13.13 A PROVEITAMENTO DE ESTUDOS

Matrícula de aluno através de análise dos componentes da base nacional,


principalmente, quando se trata de reprovações em cursos técnicos integrados
(exemplo: cursou 2º ano do Técnico em Agropecuária e foi reprovado por não atingir o
mínimo para promoção no componente Mecanização Agrícola, deve ser matriculado no
3º ano);

Resposta: Cada caso deve ser analisado à luz do plano curricular (matriz curricular) da escola
de destino e a equipe pedagógica deve conferir quais componentes curriculares podem ser
objeto de aproveitamento de estudos e quais deverão ser cursados pelo estudante.
Mais informações podem ser solicitadas por e-mail à equipe mediante apresentação dos
documentos escolares dos estudantes.

76
Aproveitamento de Estudos Cursos Técnicos. Existe prazo para aproveitamento de
estudos? Exemplo: O aluno possui um curso concluído há 20 anos, podemos aproveitar
esses conteúdos atualmente?
Resposta: O recurso do aproveitamento de estudos deve ser contemplado no Regimento
Escolar, na Proposta Pedagógica e no Plano de Curso referente à formação pleiteada. Não há
um prazo para o aproveitamento dos estudos concluídos, há que se atentar para a pertinência
e vinculação destes estudos com o perfil formativo no contexto dos componentes curriculares
da habilitação em ingresso, da área de atuação e exercício profissional uma vez que a escola
irá atestar o cumprimento dos dispositivos legais gerais para registro profissional. Essa
avaliação minuciosa à luz das normas vigentes e do Catálogo Nacional de Curso Técnicos
deve ser realizada no processo da matrícula.
O procedimento deve ser registrado em LIVRO PRÓPRIO, detalhando a análise da situação,
forma de avaliação e o deferimento do aproveitamento de estudos, constando parecer final
devidamente assinado pelo corpo docente responsável. Os registros do aproveitamento de
estudos devem constar na Ficha Individual, no Histórico Escolar e Diploma. Arquivar a
documentação que comprove os estudos realizados com êxito e/ou provas das competências
desenvolvidas. No HISTÓRICO ESCOLAR E DIPLOMA deve estampar com fidedignidade a
trajetória do aluno.

Alunos transferidos do Instituto Federal, Ensino médio concomitante ao Curso técnico,


apresentam histórico escolar para a escola regular, com situação final : Transferência a
pedido. A parte da base comum com aproveitamento, frequência e a parte referente ao
Curso Técnico sem aproveitamento/ Reprovado. A escola regular estadual tem ato
discricionário para analisar o histórico e proceder a matrícula?
Veja abaixo a resposta do Coordenador de Registros Escolares, quando o questionei
sobre a real situação do estudante para podermos fazer a matrícula do mesmo e solicitei
um histórico somente com as matérias da base comum:
"Prezada, o egresso solicitou transferência conforme os documentos repassados e de
acordo com os registros informados no sistema no momento da expedição da
documentação. O curso técnico integrado é composto de parte técnica
profissionalizante e a parte propedêutica, de acordo com o PPC.
Na parte profissionalizante na disciplina Mecanização Agrícola, o registro é "0" porque é
a nota obtida pelo aluno. E não consta a carga horária porque o docente não registrou-a
no sistema. Dito isto, o egresso encontra-se com pendência somente na parte
profissionalizante. Caso o discente continuasse os estudos conosco ele estaria em
Progressão Parcial, mas poderia ir para o ano subsequente. Para outra instituição a
situação é " Reprovado ", pois não concluiu com êxito o rol de disciplinas do 2º ano.

77
Caso fossemos emitir outro histórico parcial, o status seria " Reprovado ". Não citamos
no histórico parcial o termo "Reprovado" porque nem todas as instituições irão fazer
uso da parte profissionalizante e a análise deverá ser feita somente na parte da base
comum, de forma discricionária na instituição em que o discente queira ingressar.
Saliento que o aluno cursou e concluiu com êxito as disciplinas da base comum (parte
propedêutica) e caso venha a ingressar em outra Instituição Ensino, poderá continuar os
estudos no 3º ano do Ensino Médio".

Resposta: Vale observar os dispositivos da LDB:


(…)
Art. 36-B. A educação profissional técnica de nível médio será desenvolvida nas seguintes
formas:
I - articulada com o ensino médio;
II - subseqüente, em cursos destinados a quem já tenha concluído o ensino médio.
(…)
Art. 36-C. A educação profissional técnica de nível médio articulada, prevista no inciso I do
caput do art. 36-B desta Lei, será desenvolvida de forma:
I - integrada, oferecida somente a quem já tenha concluído o ensino fundamental, sendo o
curso planejado de modo a conduzir o aluno à habilitação profissional técnica de nível médio,
na mesma instituição de ensino, efetuando-se matrícula única para cada aluno;
II - concomitante, oferecida a quem ingresse no ensino médio ou já o esteja cursando,
efetuando-se matrículas distintas para cada curso, e podendo ocorrer:
a) na mesma instituição de ensino, aproveitando-se as oportunidades educacionais
disponíveis;
b) em instituições de ensino distintas, aproveitando-se as oportunidades educacionais
disponíveis;
c) em instituições de ensino distintas, mediante convênios de intercomplementaridade, visando
ao planejamento e ao desenvolvimento de projeto pedagógico unificado.
Considerando o curso técnico na forma integrada, oferecido somente a quem já tenha
concluído o ensino fundamental, em única matrícula, ao ser transferido para o Ensino Médio,
orientamos a conferência do Ofício Circular SB/SOE nº 1, datado de 7/2/2012, que trata do
aproveitamento de estudos no ensino médio das escolas da rede estadual de ensino:
Nesse sentido, alunos em transferência para Escolas Estaduais, que tenham realizado estudos
de Educação Profissional Técnica de Nível Médio - na forma integrada e no Curso Normal em
Nível Médio, poderão ter seus estudos aproveitados, visando o prosseguimento de estudos no
Ensino Médio.

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13.14 DECRETO-LEI 1.044/69

Os estudantes que apresentam Atestado do médico psiquiatra com síndrome do pânico


e outros transtornos que impeçam a frequência às aulas poderão ser amparados pelo
Decreto-Lei nº 1.044?

Resposta: Os estudantes com laudos que especificam a condição de afastamento das


atividades escolares de modo presencial mas que indicam o atendimento pedagógico
excepcional em domicílio, por um prazo determinado, poderão ter sua situação e condições de
atendimento pela escola avaliadas pelo diretor escolar para deferimento. Orientamos verificar a
Orientação ASIE/Vida Escolar n. 01/2022, de 24/2/2022 que orienta a escrituração escolar
referente aos estudantes amparados pelo Decreto-Lei nº 1.044/69 e pela Lei n. 6.202/1975 nas
Escolas da Rede Estadual de Ensino.

Os alunos podem apresentar atestado médico sem data de término, ou seja, permanecer
em regime remoto o ano inteiro? Estou com muitos alunos nessa situação em minhas
escolas.

Resposta: O Decreto-Lei nº 1.044/69 orienta que são considerados merecedores de


tratamento excepcional os estudantes de qualquer nível de ensino, portadores de afecções
congênitas ou adquiridas, infecções, traumatismo ou outras condições mórbidas, determinando
distúrbios agudos. Nestes casos cabe à escola atribuir a esses estudantes, como
compensação da ausência às aulas, exercícios domiciliares com acompanhamento da escola,
sempre que compatíveis com o seu estado de saúde e as possibilidades do estabelecimento. O
regime de exceção dependerá de laudo médico, com duração que não ultrapasse o máximo
ainda admissível, em cada caso, para a continuidade do processo pedagógico de aprendizado,
e por fim, será da competência do Diretor do estabelecimento a autorização do regime de
exceção.
Orientamos verificar a Orientação ASIE/Vida Escolar n. 01/2022, de 24/2/2022 que orienta a
escrituração escolar referente aos estudantes amparados pelo Decreto-Lei nº 1.044/69 e pela
Lei n. 6.202/1975 nas Escolas da Rede Estadual de Ensino.

13.15 CURSO NORMAL EM NÍVEL MÉDIO

EE XX, município de YY - os estudantes do curso Normal em Nível Médio não


conseguiram cumprir a Prática de Formação no ano 2021, mesmo diante das orientações
constantes do Memorando 25/2021 e anteriores. A pendência refere-se à turma do 3º
Período no 1º semestre de 2021, ou seja, a turma iniciou 1º Período/1º Semestre/2020, 2º
Período/2º Semestre/2020, 3º Período/1º Semestre/2021. No ano de 2022 houve a

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convocação do professor coordenador da prática de ensino e os estudantes
encontram-se apenas em curso no componente curricular da Prática de Formação, não
havendo o funcionamento do curso no corrente ano. Outra questão refere-se a aluna que
cursou o 1º período no 1º semestre/2016, 2º período no 2º semestre/2016 e o 3º período
em 2017, não tendo concluído a Prática de Formação do 3º Período. A aluna poderá
realizar a Etapa não concluída no ano de 2022, uma vez que a Matriz Curricular vigente é
diferente da cursada pela aluna?

Resposta: Considerando as especificidades do caso, orientamos verificar a continuidade de


oferta do curso na localidade e previsão de encerramento, proceder a apuração detalhada da
ocorrência, levantamento dos estudantes envolvidos e descrição minuciosa dos fatos para
compor processo de regularização de vida escolar a ser instruído conforme disposto no Ofício
Circular SOE/DFRE nº 03/2015 de 13/10/2015 a ser enviado para esta ASIE/Coordenação de
Regularidade de Vida Escolar via SEI.

Regularização de estudantes do Curso Normal que após o aproveitamento de estudo,


esses estudantes não concluíram as disciplinas de Arte, Educação Física, Filosofia,
Sociologia e Literatura Infantil e também estágio curricular obrigatório.

Resposta: Considerando as especificidades do caso orientamos verificar a continuidade de


oferta do curso na localidade e previsão de encerramento, proceder a apuração apuração
detalhada da ocorrência, levantamento dos estudantes envolvidos e descrição minuciosa dos
fatos para compor processo de regularização de vida escolar a ser instruído conforme disposto
no Ofício Circular SOE/DFRE nº 03/2015 de 13/10/2015 a ser enviado para esta
ASIE/Coordenação de Regularidade de Vida Escolar via SEI.

13.16 DOCUMENTO SUPOSTAMENTE FALSO

Documento supostamente falso: “pede esclarecimentos apresentados pelo estudante,


preferencialmente em declaração ou carta assinada” E quando o estudante já não se
encontra na escola? Como proceder se não for localizado o estudante ou o mesmo se
recusar a fornecer o documento?

Resposta: O relatório e/ou a informação a ser fornecida à autoridade que irá analisar o
processo deve conter os esclarecimentos sobre o estudante e seu afastamento da escola,
sobre as pesquisas de prosseguimento de estudos e de impossibilidade de localização do
estudante e de sua recusa em fornecer o documento, conforme cada caso.

E quando o documento supostamente falso é do candidato a uma vaga na escola?

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Resposta: As providências devem ser tomadas da mesma forma, seguindo o que preconiza o
Ofício SOE/SB nº 8/2008, datado de 6/11/2008, que orienta as Superintendências Regionais de
Ensino sobre autenticidade de documentos escolares e processos de documentação
“supostamente falsa” e o Ofício SOE/DFRE nº 113/2013, datado de 21/1/2013, que orienta às
superintendências quanto ao cumprimento do Ofício Circular SB/SOE nº 8/2008.
Dos procedimentos a serem adotados pelos gestores na escola orientamos, para os alunos
menores de 18 anos de idade, cursando Ensino Fundamental ou Ensino Médio - lavrar a
ocorrência na própria escola, notificar os responsáveis pelo menor, advertir os estudante
(verbalmente) pela falta cometida, e se necessário e possível regularizar a vida escolar. Caso
seja verificada impossibilidade de regularização ou haja dúvida deve ser encaminhada consulta
à Coordenação de Regularidade de Vida Escolar.
Se houver indícios de falsificação de documento envolvendo os responsáveis pelo estudante
menor de 18 anos ou sendo o estudante pessoa maior de 18 anos ou envolvendo terceiros,
instruir o processo conforme Ofício SOE/SB nº 8/2008.
Alertamos sobre o cuidado com que devem ser tratadas estas situações: a “confirmação de
fraude” é de responsabilidade do Ministério Público; quando for apurada responsabilidade de
servidor público deverá ser instaurada sindicância administrativa.

13.17 ESTUDANTE COM DEFASAGEM IDADE/SÉRIE

Estudante com 13 anos de idade matriculado no 4º ano está influenciando seus colegas
em situações críticas e temerosas pelos pais na convivência diária. O que fazer,
pergunta a escola?

Resposta: Orientamos verificar com as equipes pedagógica e gestora da escola o atendimento


dispensado ao estudante compreendendo sua enturmação aos 13 anos de idade em turma de
4º ano. Nos aspectos relativos à escrituração escolar, deverá ser feita análise dos registros
escolares realizados pela escola para conferir a regularidade do percurso escolar. Dependendo
das apurações, o Serviço de Inspeção Escolar poderá levar o caso, devidamente esclarecido e
contextualizado à equipe pedagógica da SRE para análise e proposição de intervenções
pedagógicas apropriadas à demanda do estudante.
Caso seja verificada irregularidade na trajetória e na escrituração escolar orientamos o Serviço
de Inspeção Escolar elaborar consulta com detalhamento da ocorrência para análise e
pronunciamento desta ASIE.

Considerando o artigo 1º da RESOLUÇÃO SEE Nº 4.276/2020 que dispõe sobre a


correção de fluxo no âmbito das escolas da Rede Estadual de Ensino de Minas Gerais e
o Item 2 justificativa, o item 3 organização do Documento Orientador da Correção de

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Fluxo 2022. “Art. 1º - Fica instituída a estratégia de correção de fluxo, destinada aos
estudantes com, pelo menos, dois anos de distorção idade/ano de escolaridade.”
Há irregularidade na matrícula de estudante no 2º Período – Correção de Fluxo (8º e 9º
ano) em 2022, que apresenta apenas 01 (um) ano de distorção idade/ano de
escolaridade?

Resposta: Vale ponderar que um ano de distorção idade/ano de escolaridade está em


desacordo com a referida resolução.
O estudante matriculado no 8° ano do ensino poderá concluir o ensino fundamental contando
com 13 anos de idade, enquanto o estudante em curso do 9º ano, sendo remanejamento para
estratégia pedagógica de correção de fluxo nos termos da Resolução SEE n° 4.276/2020,
assinada em 22/01/2020, efetivamente deixa de alterar o percurso escolar uma vez que prevê
833:20 de carga horária anual para o 2° período(8° e 9°), correspondente a carga horária do 9°
ano.

13.18 ESTUDANTE EM SITUAÇÃO DE ITINERÂNCIA

Estudante itinerante:

Resposta: Conforme o PARECER CNE/CEB nº 14/2011, publicado no D.O.U. de 10/5/2012,


que trata sobre diretrizes para o atendimento de educação escolar de crianças, adolescentes e
jovens em situação de itinerância, são consideradas em situação de itinerância as crianças e
adolescentes pertencentes a diferentes grupos sociais que, por motivos culturais, políticos,
econômicos, de saúde, dentre outros, se encontram nessa condição. Podem ser considerados
como vivendo em situação de itinerância ciganos, indígenas, povos nômades, trabalhadores
itinerantes, acampados, artistas, demais trabalhadores em circos, parques de diversão e teatro
mambembe que se autorreconheçam como tal ou sejam assim declarados pelo seu
responsável legal.
A Resolução CNE/CEB nº 3, de 16 de maio 2012, que trata das diretrizes para o atendimento
de educação escolar para populações em situação de itinerância, define em seu artigo 4º:
Art. 4º Caso o estudante itinerante não disponha, no ato da matrícula, de certificado, memorial
e/ou relatório da instituição de educação anterior, este deverá ser inserido no grupamento
correspondente aos seus pares de idade, mediante diagnóstico de suas necessidades de
aprendizagem, realizado pela instituição de ensino que o recebe.
§ 1º A instituição de educação deverá desenvolver estratégias pedagógicas adequadas às suas
necessidades de aprendizagem.

82
§ 2º A instituição de ensino deverá realizar avaliação diagnóstica do desenvolvimento e da
aprendizagem desse estudante, mediante acompanhamento e supervisão adequados às suas
necessidades de aprendizagem.
§ 3º A instituição de educação deverá oferecer atividades complementares para assegurar as
condições necessárias e suficientes para a aprendizagem dessas crianças, adolescentes e
jovens.
Ressaltamos que as instituições de ensino deverão desenvolver estratégias pedagógicas
adequadas às necessidades de aprendizagem do estudante em situação de itinerância e
proceder às avaliações, mensurando o aproveitamento e desenvolvimento, com menção de
notas ou parecer descritivo (se for o caso), visando à expedição imediata de transferência, de
forma a garantir a permanência do estudante na escola.
O recurso pedagógico da classificação poderá ser utilizado na falta de comprovante de
escolaridade, com todo zelo e cuidado, verificando as condições de aprendizagem do
estudante, logo nos primeiros dias de aula, momento em que a equipe pedagógica deverá
proceder às atividades diagnósticas.

Preciso urgente de orientação para emissão de Histórico Escolar de alunos itinerantes


(circense)

Resposta: A regra é a mesma para todos os alunos do ensino regular, devendo ser verificado
cada caso, se é necessária a avaliação em todos os componentes curriculares para
posicionamento, se há possibilidade de conclusão de nível via exames de certificação,
respeitando as regras de idade mínima.
Sobre os documentos a serem emitidos deve-se observar a trajetória de estudos de anos
escolares concluídos e informação sobre o processo de classificação e/ou reclassificação para
os registros no Histórico Escolar e Ficha Individual contendo as informações do ano em curso.
Vide questão respondida anteriormente

13.19 DÚVIDAS DIVERSAS

Nos históricos escolares e diplomas são obrigatórias as assinaturas do diretor e


secretário, há alguma flexibilidade para, em situações excepcionais, assinatura desses
documentos pelo diretor e vice, ou diretor duas vezes?

Resposta: Os documentos escolares devem ser assinados pelo Diretor e Secretário Escolar,
devidamente credenciados. No documento escolar constarão as assinaturas e nos espaços
reservados as credenciais.
Esclarecemos que nenhum servidor deverá assinar “por outro servidor”.

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Tendo em vista § 6º do artigo 15 da Resolução CNE nº 07/2010, qual amparo legal temos
para o Ensino Religioso não constar no plano curricular das escolas particulares?

Resposta: Destacamos relevante condicional na norma indicada na consulta: § “6º O Ensino


Religioso, de matrícula facultativa ao aluno, é parte integrante da formação básica do cidadão e
constitui componente curricular dos horários normais das escolas públicas de Ensino
Fundamental, assegurado o respeito à diversidade cultural e religiosa do Brasil e vedadas
quaisquer formas de proselitismo, conforme o art. 33 da Lei nº 9.394/96.” Resolução CNE/CEB
7/2010. DOU,de, 15/12/2010.

Maiores orientações referente as aulas online no Novo Ensino Médio

Resposta: Solicitamos aguardar orientações da SEE e do CEE.

A escola particular tem autonomia para emitir dois Históricos Escolares, em documentos
distintos, divididos entre EF e EM? Escola particular que recebe estudantes concluintes
do EF na rede pública, DEVE transcrever o Histórico Escolar em um único documento,
ou possui autonomia para emitir somente o Histórico Escolar do EM, e anexar o
Histórico do EF? O Parecer SEE nº 35, de 2006, ainda está vigente?

Resposta: Reiteramos as orientações do Parecer SEE nº 35/2006, em vigor, sobre


procedimentos de transcrição de registros escolares especificamente para as escolas
estaduais. As escolas municipais e da rede privada devem avaliar a forma de escrituração
escolar que melhor traduz sua responsabilidade sobre os atos praticados, execução de sua
proposta pedagógica, a trajetória escolar e demais conjunto de informações que assegurem a
regularidade de vida escolar e validade do histórico escolar.

No caso de escolas em que não houve convocação de professor na disciplina X por


dificuldade de recursos humanos, a EEB ou PEUB assumiu as aulas, nesse caso poderá
ser computada a carga horária ou deverá ser providenciada a reposição a partir de
quando ocorrer a convocação de servidor? Como ficam os registros no DED?

Resposta: Os EEB ou PEUB, profissionais que atuaram substituindo os professores nas


ausências esporádicas podem proceder a apuração da frequência dos alunos e ao lançamento
dos conteúdos e/ou atividades no diário de classe de forma fidedigna ao atendimento efetivo
aos alunos. Cabe ao Especialista da Educação Básica acompanhar os registros no DED.

O aluno que ingressou na escola do estado no ano de 2022 deve ter a validação de 2019
e 2020?

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Resposta: Orientamos avaliar a situação ocorrida à luz das orientações dispostas no
Memorando.SEE/SE - ASIE.nº 58/2022, de 23/2/2022. Constatando não ser possível
saneamento, orientamos encaminhar a consulta para a equipe ASIE contextualizando a
ocorrência em 2019 e 2020, informando detalhes sobre as pendências na demanda de
validação e trajetória escolar dos estudantes para nossa análise e orientações.

Ainda fazemos processo de validação de atos a descoberto? Em quais contextos? Quais


situações fazemos validação de atos a descoberto?

Resposta: A partir de 2012 a SEE e o CEE não procedem à validação de atos escolares
considerando as normas em vigor que definem serem de natureza livre os cursos iniciados
intempestivamente e que não atenderam às disposições da Resolução CEE/MG nº 449/2002.
Contudo, em situações excepcionais, quando constatado o funcionamento da instituição e da
oferta do curso em contexto de transição de normativas em que as SRE estavam ajustando a
sistemática de trabalho com as entidades mantenedoras visando as adequações necessárias
para o cumprimento da legislação; nas situações de diligências em solução; nas situações de
tramitação cuja lentidão ou ação de funcionamento irregular tenha sido em função de ação
desajustada da SEE e da entidade mantenedora, exclusivamente para processos em análise
até o final do ano de 2011, o CEE recomendou a validação de atos escolares praticados a
descoberto, concedendo prerrogativas às Instituições/Entidades vinculadas ao Sistema de
Ensino, que começaram suas atividades escolares de forma intempestiva, a fim de que a vida
escolar dos alunos não fosse prejudicada pela inobservância da Resolução no 449/2002, em
seus artigos 17, 20 e 21.
A partir de 01 de janeiro de 2012, as Instituições e Entidades de Ensino da Educação Básica
que iniciaram o funcionamento dos cursos, sem a observação estrita da Resolução CEE n.
449/2002, tiveram a sua solicitação negada, sendo a mantenedora responsável pelas
consequências que decorreram da decisão diferente da legislação. Atualmente está em fase de
implementação a Resolução CEE 486/2021, que revoga a Resolução CEE n. 449/2002 que de
igual forma não faz previsão de procedimentos de validação.
Os atos praticados por professor não habilitado não têm validação.

Gostaria que tratassem sobre livro de matrícula e Atas de Resultados Finais. Precisa
físico para efeitos de arquivo? Pode ser digital? No caso da rede estadual pode-se
imprimir do SIMADE? O que fazer quando a escola perdeu algum destes livros?

Resposta: Ressaltamos que Resolução SEE nº 4.055, 17/12/2018, regulamenta o registro e a


atualização de dados no SIMADE e no DED nas escolas estaduais, após estudos de vários
elementos.

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A questão de documentação escolar na forma digital deve ser discutida com os gestores do
estabelecimento, considerando que o arquivo e documentos devem garantir ao Serviço de
Inspeção Escolar o acesso para acompanhamento, orientação, retificações, verificação de
regularidade de vida escolar, de fidedignidade e autenticidade, observados os dispositivos
legais e capacidade de expedição dos documentos com zelo, veracidade, qualidade e
tempestividade. Todo o arquivo escolar é patrimônio da União.
A publicação da Resolução CEE nº 486, de 21 de janeiro de 2022, intensificou os debates
sobre arquivos físicos e/ou digitais. Aguardamos novas orientações a partir de estudos e
definições de requisitos de segurança e temporalidade na gestão de documentos escolares
pelas áreas competentes.

Para a constatação de conclusão/certificação, a pedido da Polícia Federal, qual será o


documento expedido pelo Serviço de Inspeção?

Resposta: O Inspetor Escolar deverá fazer a conferência dos documentos nos arquivos da
escola, verificando se houve a conclusão dos estudos, a emissão de Histórico Escolar ou de
certificação e informar à Polícia Federal o resultado da pesquisa.
A Polícia Federal solicita, em caráter de urgência, normalmente a confirmação de
formação/conclusão do ensino médio ou equivalente dos candidatos ao concurso público, a
partir de informação de estudos prestados pelo próprio candidato.

E quando a escola particular não fez o processo de encerramento das atividades e a


diretora se mudou do município, levantando consigo os arquivos escolares. Não temos
mais contato com ela!

Resposta: A direção da SRE/Comissão de Inspeção Escolar, fundamentada na Resolução


CEE nº 486, de 21 de janeiro de 2022, deverá convocar reunião dos representantes da
entidade mantenedora para orientar a instrução do processo de encerramento das atividades.
A documentação dos estudantes e recolhimento do arquivo será nos termos do Ofício Circular
SB/SOE/DFRE 5/2012, datado de 28 de agosto de 2012, referente ao arquivo de instituição
escolar com as atividades escolares paralisadas ou encerradas. Lembrando que todo o arquivo
escolar é patrimônio da União. Caso os representantes da entidade desejarem protocolar o
pedido de encerramento das atividades da escola, eles deverão oficializar à Secretaria de
Estado de Educação no decorrer da referida reunião.
Caso seja confirmado que não há intenção de encerramento das atividades educacionais, o
processo poderá ocorrer por iniciativa do Sistema, com o recolhimento imediato da
documentação relativa à vida escolar dos estudantes pela Superintendência Regional de

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Ensino. Neste caso, a SRE deverá encaminhar o processo ao Ministério Público Estadual para
medidas cabíveis.
Serão expedidos aos estudantes os Históricos Escolares, conforme regularidade de vida
escolar observada em cada situação devidamente comprovada na documentação do arquivo.
Eventualmente, sendo solicitados documentos escolares por estudantes que não têm
percursos escolares registrados com regularidade pelos gestores da escola, estes alunos
deverão ser submetidos, de acordo com a idade, aos exames de Certificação do Ensino
Fundamental e Médio.

Qual é a Carga Horária mínima da Base Nacional Comum Curricular (Formação Geral) e
dos Itinerários Formativos que deverão ser cumprida pelas redes privadas para o Novo
Ensino Médio?

Resposta: Conforme art. 72 da Resolução CEE nº 481, de 1º de julho de 2021:


O CREM é composto pela Formação Geral Básica e pelos Itinerários Formativos, com um total
de, no mínimo, 3.000 (três mil) horas, promovendo integração curricular nos três anos dessa
etapa da Educação Básica.
Parágrafo único - Na integração curricular, devem ser garantidas 1 800 (mil e oitocentas) horas
para a Formação Geral Básica, orientada pela Base Nacional Comum Curricular e, no mínimo,
1.200 (mil e duzentas) horas para os Itinerários.
Da mesma forma, conforme Art. 7º e 8°da Resolução CEE nº 487, de 17 de dezembro de
2021.
Art. 7º - Na organização curricular do Ensino Médio, a Formação Geral Básica e as suas 4
(quatro) áreas do conhecimento (Linguagens e suas Tecnologias, Matemática e suas
Tecnologias, Ciências da Natureza e suas Tecnologias e Ciências Humanas e Sociais
Aplicadas) devem atender o disposto na BNCC, observando-se o cumprimento das 1.800 (mil e
oitocentas) horas, distribuídas ao longo dos 3 (três) anos do curso.
§ 1º - A distribuição das 1.800 (mil e oitocentas) horas da Formação Geral Básica, pelos 3
(três) anos, poderá ser realizada a critério de cada instituição educacional ou de cada rede de
ensino, respeitadas as diretrizes desta Resolução.
Art. 8º - Os Itinerários Formativos são compostos:
I - pelas trilhas de aprofundamento das 4 (quatro) áreas do conhecimento ou pelo Itinerário de
Formação Técnica e Profissional;
II - pelas unidades Eletivas; e
III - pelo Projeto de Vida.
Parágrafo único - Os Itinerários Formativos devem ter, no mínimo, 1.200 (mil e duzentas) horas
e considerar as possibilidades estruturais, os recursos e os interesses dos estudantes.

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E ainda, os artigos 10 e 11 da Resolução CNE/CEB nº 3, de 21 de novembro de 2018, atualiza
as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio:
Art. 10. Os currículos do ensino médio são compostos por formação geral básica e itinerário
formativo, indissociavelmente.
Artigo 11- …
§ 3° - A formação geral básica deve ter carga horária total máxima de 1.800 (mil e oitocentas)
horas, que garanta os direitos e objetivos de aprendizagem, expressos em competências e
habilidades, nos termos da Base Nacional Comum Curricular (BNCC).
No caso de Formação Geral, não pode ultrapassar 1.800 horas e em relação aos Itinerários é
estabelecido apenas o mínimo.

Na questão: escrituração escolar, percebo a necessidade de alinhamento entre a


resolução e o sistema. Temos as situações:

Emissão de histórico sem mínimo para o promoção, por causa de falta de


parametrização do modelo. Orientação da emissão de histórico com registro somente de
ano concluído, sendo assim quando o aluno sai da escola, o ano quando saiu cursando,
transferido não aparece o percurso do último ano na escola. Estou me referindo à falta
do registro apenas quando se trata do último ano do aluno na escola. No percurso
realmente registra-se o somente o concluído. Falta de acompanhamento da
Fundamentação legal registrada de forma correta

Resposta: Sugestões e observações acolhidas. Iremos encaminhá-las para a área.


Sobre o registro do último ano cursado no Histórico Escolar este deve ser somente se houver a
finalização do ano ou período letivo com o registro da situação final de aprovação ou
reprovação. Nas situações de transferência, em curso, devem ser emitidas Fichas Individuais
referente à série em curso e referente ao ano de reprovação, com os resultados, carga horária
e faltas horas pertinentes.
Sobre a verificação da fundamentação legal, recomendamos à SRE solicitar aos gestores das
escolas conferir a atualização da referida fundamentação escolhida para os registros e
emissão dos documentos escolares, conforme cada percurso escolar.

Em nossa cidade há uma grande demanda de consulta sobre a validade de documentos


de conclusão de EJA ensino fundamental e médio, na modalidade EAD, emitidos por
estabelecimentos de outros estados, cujos titulares são de Minas Gerais e realizaram os
exames em escolas de cursos livres localizadas aqui. A ASIE poderia atualizar as
orientações sobre esses casos.

Resposta: Conforme Resolução CEE nº 486, de 21 de janeiro de 2022:

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Art. 4° - Ensino livre é aquele não regular, caracterizado como não formal, de livre oferta e que
não depende de credenciamento e de autorização para funcionamento pelo Poder Público,
ministrado sem observância à legislação aplicável à educação regular, sendo vedada a
emissão de diploma e/ou certificado de conclusão de escolarização, não conferindo, portanto,
título.
Art. 184 - A oferta de cursos da Educação Básica, suas etapas e suas modalidades em
Educação a Distância (EaD) está condicionada ao cumprimento da legislação vigente.
O Conselho Estadual de Educação de Minas Gerais ainda não pronunciou, favoravelmente,
sobre a autorização de funcionamento de Polo de Apoio Presencial, situado em município do
Estado de Minas Gerais, para a oferta de curso de Educação de Jovens e Adultos - EJA -
Ensino Fundamental e EJA - Ensino Médio e de cursos técnicos, na modalidade EAD, sob a
responsabilidade de um estabelecimento de Ensino situado em outro Estado da Federação.
No entanto, o CEE já pronunciou quanto ao funcionamento de Polos de Apoio Presencial de
cursos técnicos, na modalidade EAD, nos municípios do Estado de Minas Gerais, sob a
responsabilidade de escolas situadas em outros Estados da Federação, através do Parecer
CEE nº 938/2018, no qual deixou de acatar a solicitação de uma escola situada no Estado de
Alagoas, em conformidade com o inciso II do artigo 3º da Resolução CNE/CEB nº 01/2016, que
define Diretrizes Operacionais Nacionais para o credenciamento e a oferta de cursos e
programas de Ensino Médio, de Educação Profissional Técnica de Nível Médio e de Educação
de Jovens e Adultos, nas etapas do Ensino Fundamental e do Ensino Médio, na modalidade de
Educação a Distância, em regime de colaboração entre os Sistemas de Ensino.

Matrícula: Para efetivação da matrícula, documento de identidade do responsável para


alunos menores de idade, também é obrigatório para rede municipal e privada?

Resposta: Entendemos que o documento de identidade do responsável é importante para a


própria segurança do estudante e também da instituição escolar que, conferindo os registros de
identidade do estudante e de seu responsável legal, se resguardará de questionamentos e
investigações que porventura ocorram. O tráfico ilegal de crianças é muito sério.

Fizemos um trabalho para renovar o Ensino Fundamental da escola e percebemos ao


analisar os diários, calendários e planos curriculares várias pendências, que nos foi
orientado como resolvê-las. Mas ainda não foi resolvido, temos uma turma em que não
foi trabalhado os 200 dias letivos e não teve carga horária completa conforme consta o
Plano curricular. Como resolver tal situação? Na época os alunos estavam no 3º ano do
Ensino Médio, questionamos a SEE em 2020 e não tivemos resposta. Hoje, os alunos
não estão na escola, já concluíram o Ensino Médio. Como resolver esta situação?

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Resposta: Orientamos o trabalho de acompanhamento preventivo às escolas no cumprimento
do calendário considerando que a LDB no art.24, no inciso I determina que “a carga horária
mínima anual será de oitocentas horas, distribuídas por um mínimo de duzentos dias letivos de
trabalho escolar, excluído o tempo reservado aos exames finais, quando houver.” O artigo
define que será e não que poderá ser. Portanto, não admite menos que o mínimo fixado no
mesmo artigo V, exige a “obrigatoriedade de estudos de recuperação, de preferência paralelos
ao período letivo, para os casos de baixo rendimento, a serem disciplinados pelas instituições
de ensino em seus regimentos.” Cabe verificação minuciosa da ocorrência, apurando se houve
a oferta da carga horária anual mínima obrigatória e se houve falta de registro de dias letivos
ou erro de escrituração considerando que a turma é de 3º ano do ensino médio, a escola já
expediu histórico escolar que gera direito ao aluno, estes já prosseguiram estudos em cursos
superiores ou cursos técnicos e o retorno para complementação da carga horária defronta com
vários embaraços.

Questionamento: A escola particular não providenciou os documentos de encerramento


das atividades, conforme solicitação da Inspeção e SRE e a diretora se mudou do
município e não temos mais nenhum contato. Portanto, desconhecemos o rumo dos
documentos escolares e muitos alunos, em outras escolas no município, apresentam
lacunas no percurso escolar em decorrência da não entrega do Histórico Escolar em
tempo hábil, sendo identificada a ausência muitos anos depois. Como devemos
proceder nesta situação?

Resposta: A Resolução CEE nº 486/2022, dispõe:


Artigo 9º
§ 1º - As entidades mantenedoras têm como finalidade:
III - responder, em qualquer instância, pelos atos praticados pela unidade mantida
Artigo 159 –
§ 2º - Os prejuízos causados, aos estudantes, em virtude de irregularidade, são da exclusiva
responsabilidade da entidade mantenedora e da administração da instituição educacional que,
por aqueles, responderão nos foros competentes.
Na oportunidade, esclarecemos que a SRE precisa esgotar todas as possibilidades de localizar
os representantes da entidade mantenedora para resgate destes arquivos e devido
encerramento da escola. É direito dos alunos terem seu percurso escolar registrado sem
mácula.
Não sendo localizado o arquivo, cabe à SRE notificar ao Ministério Público a ocorrência e
providenciar a instrução de processo de regularização de vida escolar, via SEI, nos termos do
Ofício Circular SOE/DFRE n. 3/2015. O Serviço de Inspeção Escolar deverá relacionar todos os

90
alunos da escola que apresentarem irregularidades no percurso escolar, emitindo um relatório
circunstanciado com todos o detalhes do ocorrido, inserindo um quadro com o nome completo
dos alunos e a irregularidade de seus percursos para pronunciamento da Assessoria de
Inspeção Escolar.

Para o aluno que chegou para se matricular na escola vindo dos USA, tem idade para
estar no 7º ano, mas não sabe nem escrever e nem ler português. Qual procedimento a
escola deve tomar?

Resposta: Vindo dos Estados Unidos da América, primeiramente, é necessário que o


documento escolar esteja legalizado com a devida Apostila de Haia, emitida pela autoridade
competente do país no qual o documento foi originado.
Indicamos análise do caso, conferindo a Orientação ASIE nº 4/2021, assinada em 8/11/2021,
que trata sobre a matrícula de estudantes na condição de migrantes, refugiados, apátridas e
solicitantes de refúgio.
A família poderá ser orientada a fazer um trabalho paralelo de aprendizagem da língua, com
aulas particulares ou mesmo com a ajuda dos próprios profissionais da escola e colegas.

Nossos alunos retornaram após pandemia com muitos problemas emocionais. Não
temos encontrado profissionais suficientes para atendê-los, são de alto nível e situação
vulneráveis. Gostaria que nos dessem um respaldo. Agradeço desde já.

Resposta: Verificar se há na Jurisdição o NAE- Núcleo de Acolhimento Educacional- Atuação


de Psicólogo e Assistente Social para encaminhamento dessa demanda. A SRE poderá
realizar as devidas articulações de alternativas de atendimento desses estudantes visando uma
escuta acolhedora e planejamento de momentos para maior integração e socialização durante
as atividades escolares.
Nas localidades onde não houver o atendimento sugerimos verificar com as equipes da
Subsecretaria de Desenvolvimento da Educação Básica (SB) sb.gab@educacao.mg.gov.br
alternativas de atendimento desses estudantes visando uma escuta acolhedora e planejamento
de momentos para maior integração e socialização durante as atividades escolares.

Documentos estrangeiros de cursos técnicos junto com Documentos escolares


regulares podem ser regularizados junto com a equivalência de estudos? Existe alguma
legislação que ampara os cursos técnicos?

Resposta: O Ofício Circular SB/SOE/DFRE nº 144/2018, de 3/10/2018, que orienta as


Superintendências Regionais de Ensino sobre a instrução de processos e a exigência de

91
legalização de documentos escolares estrangeiros, visando à equivalência de estudos
realizados no exterior, em nível de conclusão do Ensino Médio, nas observações finais registra:
● Os Institutos Federais de Educação, Ciências e Tecnologia, criados por força da Lei Federal
nº 11.892, de 29/12/2008, têm competência legal para proceder à revalidação dos diplomas de
cursos técnicos e tecnológicos legalmente emitidos por instituições educacionais estrangeiras,
tomando-se como referência para sua decisão as orientações da Resolução CNE/CES nº 8, de
4/10/2007.
● A Portaria SEE/MG nº 391, de 14/2/2014, credencia a Escola de Saúde Pública de Minas
Gerais – ESP/MG, situada em Belo Horizonte, a efetuar a revalidação de certificados de
cursos técnicos na área de saúde realizados no exterior, com base no disposto no artigo 41
da Lei Federal nº 9394, de 23/12/1996, de acordo com a oferta de seus cursos autorizados pelo
Sistema Estadual de Ensino.
É possível esta Assessoria de Inspeção Escolar (ASIE-Vida Escolar) analisar os estudos
técnicos realizados no exterior e emitir parecer para fins exclusivos de conclusão do ensino
médio (análise para fins de equivalência de estudos), devendo assim ser instruído o processo
conforme o Ofício Circular SB/SOE/DFRE nº 144/2018.

O que deve fazer a escola, quando o estudante transferido não apresentar o Histórico
escolar em até 30 dias?

Resposta: Entrar em contato com a escola de origem e verificar o motivo da não expedição do
histórico escolar. Se a escola alegar que o aluno tem algum problema no percurso escolar,
solicitar que a escola emita um relatório descrevendo o percurso do aluno, qual a irregularidade
e o motivo impeditivo de expedir o Histórico Escolar. De posse dos documentos, a equipe
pedagógica da escola juntamente com o Inspetor Escolar irão analisar se a situação é passível
de resolução na escola: classificação, reclassificação, plano de estudo especial. Caso não seja
possível a regularização da vida escolar pela escola, o Inspetor Escolar deverá elaborar
relatório circunstanciado nos termos do Ofício 03/2015, e instruir processo no SEI, inserido
todas os documentos legíveis que comprovem o percurso do aluno para análise e
pronunciamento, desde que a situação seja do Sistema de Ensino de Minas Gerais.

Regularização da vida escolar de estudantes matriculados na rede particular que ofertou


nível de ensino (Ensino Médio) sem a devida autorização de funcionamento no ano de
2021.

Resposta: A situação deverá ser analisada à luz da Resolução CEE nº 486, de 21 de janeiro
de 2022:

92
Art. 3º - Educação escolar regular ou Educação formal é aquela desenvolvida em instituições
educacionais legalmente autorizadas para a oferta de níveis, de etapas, de cursos e de
modalidades autorizados e reconhecidos pelo Poder Público, nos termos da legislação vigente.
Art. 4° - Ensino livre é aquele não regular, caracterizado como não formal, de livre oferta e que
não depende de credenciamento e de autorização para funcionamento pelo Poder Público,
ministrado sem observância à legislação aplicável à educação regular, sendo vedada a
emissão de diploma e/ou certificado de conclusão de escolarização, não conferindo, portanto,
título.

Art. 66 - As instituições que iniciarem as suas atividades, sem o parecer favorável do Conselho
e sem a publicação do respectivo ato de credenciamento e de autorização de funcionamento,
pela Secretaria, terão seus pleitos indeferidos, com imediata comunicação ao Ministério Público
Estadual.
§ 1º - Caberá à Secretaria comunicar, ao Ministério Público Estadual, os atos praticados, pela
entidade mantenedora, em desacordo com o previsto nesta Resolução.
§ 2º - Os atos praticados por entidade, sem credenciamento e sem autorização de
funcionamento, não serão validados pelo Conselho
Cabe verificar se houve publicação de Portaria de autorização do Ensino Médio para início em
2022 e como a citada irregularidade foi tratada pela SRE e pronunciamento do CEE.

Envie-nos orientação quanto a forma correta para fazermos correções, quando


detectarmos que a escola registrou de forma incorreta na ata de classificação ou
reclassificação. E também orientações para a classificação nos casos do Parecer nº 58
(falta de cumprimento da progressão continuada).

Resposta: O Memorando 58/2022 de orientações sobre regularização de vida escolar de


estudantes com pendências de Progressão Continuada e escrituração escolar está vigente no
corrente ano letivo. Ressaltamos que os Especialistas de Educação Básica e Secretários (a)
Escolares devem promover o levantamento dos estudantes com pendências na trajetória
escolar passíveis de propor as medidas específicas para regularização da vida escolar de
todos os estudantes.
Quanto ao registro em Ata de conceitos inadequados classificação/reclassificação, se a luz da
Resolução 4692/2021 ficar constatado que o recurso foi aplicado corretamente e que somente
o registro na ata foi equivocado, o Serviço de Inspeção Escolar poderá registrar uma
orientação/retificação da Ata para fundamentar a expedição do documento escolar.

Temos Escolas Estaduais do Projeto Mãos Dadas, precisamos de orientações para a


secretaria das escolas como será emissão históricos escolares

93
Resposta: Para a emissão dos documentos escolares das escolas abarcadas pelo Projeto
Mãos Dadas deverão ser conferidas as orientações da Cartilha Projeto Mãos Dadas -
Orientações sobre a transferência da gestão administrativa, financeira e operacional das
unidades escolares da Rede Estadual para a Rede Municipal (24 páginas), da SEE/MG, que
orienta também sobre os arquivos físicos, a guarda documental incluindo os documentos
escolares, disponível em
https://www2.educacao.mg.gov.br/images/documentos/Cartilha%20Projeto%20Ma%CC%83os
%20Dadas.pdf
O preenchimento dos formulários de Históricos Escolares serão conforme orientações para a
rede estadual, se assinado pelo diretor e secretário da escola estadual em fase de transição do
processo especificado no Projeto Mãos Dadas, e de acordo com as orientações da rede
municipal a partir da guarda do arquivo que foi transferido da rede estadual para rede
municipal.

A Escola Municipal, se constar no regimento, pode reprovar em qualquer ano do ensino


fundamental?

Resposta: Conforme previsão na Lei n. 9.394/1996 a Secretaria Municipal de Educação tem


autonomia para elaborar e executar a Proposta Pedagógica e Regimento Escolar das escolas
de sua rede. O exercício desta autonomia deve ser pautado em diretrizes e orientações
nacionais emanadas pelo Ministério da Educação. Dentre as normas com efeitos sobre as
escolas municipais consta a Resolução CNE/CEB n. 7/2010 que dispõe:
Art. 27 Os sistemas de ensino, as escolas e os professores, com o apoio das
famílias e da comunidade, envidarão esforços para assegurar o progresso
contínuo dos alunos no que se refere ao seu desenvolvimento pleno e à
aquisição de aprendizagens significativas, lançando mão de todos os
recursos disponíveis e criando renovadas oportunidades para evitar que a
trajetória escolar discente seja retardada ou indevidamente interrompida.
(...)
Art. 30 Os três anos iniciais do Ensino Fundamental devem assegurar: (...)
§ 1º Mesmo quando o sistema de ensino ou a escola, no uso de sua
autonomia, fizerem opção pelo regime seriado, será necessário considerar
os três anos iniciais do EnsinoFundamental como um bloco pedagógico ou
um ciclo sequencial não passível de interrupção,voltado para ampliar a todos
os alunos as oportunidades de sistematização e aprofundamento das
aprendizagens básicas, imprescindíveis para o prosseguimento dos estudos.

94
Assim, recomendamos que a rede municipal considere as orientações e diretrizes emitidas pelo
Ministério da Educação na elaboração e execução de seu Regimento Escolar e Proposta
Pedagógica. E ainda, o Currículo referência de Minas Gerais, elaborado em regime de
colaboração entre Estado e Municípios, conforme definido pela Constituição Federal de 1988,
pela LDBEN, pela Resolução do CNE/CP nº 2, de 22 de dezembro de 2017, e pela Resolução
CNE/CP nº 4, de 17 de dezembro de 2018, bem como o regime de colaboração mantido entre
a Secretaria de Estado de Educação (SEE) e a Seccional de Minas Gerais da União Nacional
dos Dirigentes Municipais de Educação (UNDIME/MG). - (Resolução CEE n° 481, de 1º de
junho de 2021)

Prezados, Favor confirmar se o Parecer CEE/MG 715/2008 continua em vigor. Se há outro


Parecer ou Instrução mais atual para aplicação em casos iguais ou similares.

Resposta: Esclarecemos que o Parecer CEE nº 715/2008, aprovado em 26/6/2008, examina


consulta “In casu” do interesse de JHOF relativa à sua vida escolar. Considerando os critérios
para o ingresso no curso superior destacamos os incisos I e II do Art 44 da Lei n.9394, de 20
de dezembro de 1996:
Art. 44 - A educação superior abrangerá os seguintes cursos e programas:
I - cursos sequenciais por campo de saber, de diferentes níveis de abrangência, abertos a
candidatos que atendam aos requisitos estabelecidos pelas instituições de ensino, desde que
tenham concluído o ensino médio ou equivalente; (Redação dada pela Lei nº 11.632, de 2007).
II - de graduação, abertos a candidatos que tenham concluído o ensino médio ou equivalente e
tenham sido classificados em processo seletivo;
III - …
IV - …
Neste sentido, a comprovação de conclusão da educação básica por meio de documentos
expedidos por escola devidamente autorizada ou credenciada apresentando a vida escolar
regular antecede a aprovação em processo seletivo de ingresso na educação superior.

Escolas Municipais: podemos também exigir que os documentos dos professores


estejam no prazo de validade, como exemplo eles não entregaram diplomas. E podemos
exigir na matrícula dos alunos o documento dos pais?

Resposta: Em se tratando da validade da declaração de conclusão de curso de graduação por


professores, a SEE através da Resolução 4673/2021 (convocação de professores) propôs
como válidas as declarações de conclusão de curso com período igual ou inferior a 390 dias de
sua emissão. Nos casos em que o Inspetor constatar declarações expedidas em tempo de
expedição de superior a 390 dias nas pastas de professores da rede municipal, orientamos um

95
diálogo junto ao Diretor/Secretário da possibilidade do professor providenciar o referido
Diploma. Esclarecemos que o Órgão Municipal tem autonomia em definir qual a documentação
necessária para seleção de professores seja por concurso ou outra forma de admissão.
Sobre os documentos exigidos para a matrícula orientamos verificar o disposto na Resolução
sobre as normas, procedimentos e cronograma atinentes ao cadastro escolar e
encaminhamento para matrícula, que em 2021 foi a Resolução SEE n. 4.643/2021 com
alteração pela Resolução SEE n. 4.665/2021.

Relatório circunstanciado, como fazer essa apuração de fatos e registro quando vem de
outro estado?

Resposta: A apuração deve ser feita no âmbito do estado de Minas Gerais, incluindo
esclarecimentos prestados pela instituição que recebeu o documento e/ou pelo candidato que
apresentou. Sempre que possível é recomendável que seja feita consulta à “escola” emissora
do documento e à Secretaria de Educação do outro Estado.

Existe uma grande demanda de solicitações de documentos/declaração de Vida Escolar


para aposentadoria. Porém, na maioria das vezes, não existe a documentação na SRE ou
microfilmada, pois são escolas muito antigas, localizadas em fazendas, que não tinham
documentação/registros, ou sumiram os arquivos, etc. Como proceder nestas
situações?

Resposta: Orientamos proceder à apuração juntos às Secretarias Municipais de educação e


se for o caso à SRE que originou a atual SRE, tendo em vista que ainda são localizados por
engano na organização dos arquivos, documentos que deveriam ter sido transferidos para a
SRE nascida posteriormente. Ocorre também de ser possível a localização de arquivos
escolares sob a gestão da DADM sap.dadm@educacao.mg.gov.br ou
dadm.apoio@educacao.mg.gov.br sejam microfilmados ou em arquivos físicos em tratamento
aguardando providências de microfilmagem em depósito da SEE, sendo esta mais uma
alternativa de pesquisa em busca das informações de vida escolar.
Somente podem ser emitidas informações escolares, de trajetória escolar, quando há na escola
ou nos assentamentos do setor de escolas extintas base de dados que subsidiem as
informações prestadas.

Em relação a ORIENTAÇÃO ASIE Nº 4/2021, de 1º de novembro de 2021: Matrícula de


estudantes na condição de migrantes, refugiados, apátridas e solicitantes de refúgio: A
tradução juramentada é obrigatória? Não pode ser aceita tradução realizada por
professor da escola?

96
Resposta: O professor especializado na língua pode fazer a tradução. Indicamos conferir o
item 2 da Orientação ASIE nº 4/2021, assinada em 8/11/2021, que trata sobre matrícula de
estudantes na condição de migrantes, refugiados, apátridas e solicitantes de refúgio:
● a tradução juramentada (é aceitável também tradução feita por profissional da própria escola
ou servidor da educação indicado pela Superintendência Regional de Ensino quando se fizer
necessário).
A Orientação ASIE nº 4/2021, de 01 de novembro de 2021, está disponível em
https://www2.educacao.mg.gov.br/images/documentos/ORIENTA%C3%87%C3%83O%20ASIE
%20N%C2%BA%204%202021.pdf
e no expediente SEI n.1260.01.0100043/2021-77.

O histórico escolar do exterior tem que ter validação ou tradução?

Resposta: Conforme preconiza o item 3 da Orientação ASIE nº 4/2021, assinada em


8/11/2021, que trata sobre matrícula de estudantes na condição de migrantes, refugiados,
apátridas e solicitantes de refúgio:
3 - Será solicitado ao responsável ou ao estudante com mais de 18 anos:
● o documento de identidade do país de origem;
● os documentos pessoais de comprovação de permanência legal no Brasil;
● o comprovante de residência;
● o histórico escolar dos estudos realizados no exterior e certificado se houver, constando
a devida legalização no documento escolar;
● Caso o documento escolar seja procedente de país signatário da Convenção de Haia,
deverá constar a “Apostila” emitida pela autoridade competente do país no qual o
documento foi originado. Para consultar quais países são signatários, acessar a página
do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), pelo link
https://://www.cnj.jus.br/poder-judiciario/relacoes-internacionais/apostila-da-haia/paises-si
gnatarios/ onde mantém a lista atualizada. É dispensada a aposição da “Apostila”
tratando-se de documentos expedidos por escolas da França (Decreto no 3.598/2000,
que promulga o Acordo de cooperação em matéria civil entre Brasil e França).
● Caso o documento escolar seja procedente de país que NÃO seja signatário da
convenção de Haia, deverá ser devidamente legalizado por autoridade consular
brasileira no país de origem, com pagamento dos emolumentos. A legalização consular
de documentos originários de países que não fazem parte da Convenção de Haia
permanece regida pelas normas do Ministério das Relações Exteriores.

97
● a tradução juramentada (é aceitável também tradução feita por profissional da própria
escola ou servidor da educação indicado pela Superintendência Regional de Ensino
quando se fizer necessário).
Quando o estudante apresenta documentos escolares que comprovam a conclusão de estudos
correspondentes ao ensino médio brasileiro, conferir o Ofício Circular SB/SOE/DFRE nº
144/2018, de 3/10/2018, que orienta as Superintendências Regionais de Ensino sobre a
instrução de processos e a exigência de legalização de documentos escolares estrangeiros,
visando à equivalência de estudos realizados no exterior, em nível de conclusão do Ensino
Médio.

PARA ESTUDANTE BRASILEIRO

Documento de Identidade, comprovando sua


1
naturalidade/nacionalidade

Histórico escolar, comprovando seus estudos no Brasil e, caso tenha


2 interrompido alguma série/ano, ficha individual com registro de parte
do ano letivo cursado.

Histórico escolar e Diploma/Certificado (se houver) dos estudos


realizados no exterior, sendo que:
⇨ Caso o documento escolar seja procedente de país signatário
da Convenção de Haia, deverá constar a “Apostila” emitida pela
autoridade competente do país no qual o documento é
3
originado;
⇨ Caso o documento escolar seja procedente de país que NÃO seja
signatário da convenção de Haia, deverá ser devidamente legalizado
por autoridade consular brasileira no exterior, com pagamento dos
emolumentos.

Tradução dos documentos escolares feita por tradutor juramentado.


4 *Consultar a lista de tradutores no site da Junta Comercial de Minas
Gerais: www.jucemg.mg.gov.br

Declaração de que realizou estudos apenas no exterior, se for o caso,


5 quando seus documentos estrangeiros comprovarem apenas os
estudos finais da Educação Básica.

98
PARA ESTUDANTE ESTRANGEIRO

1 Documento de identidade do país de origem.

Histórico escolar dos estudos realizados no exterior e


Diploma/Certificado de conclusão do Ensino Médio (se houver), sendo
que:
⇨ Caso o documento escolar seja procedente de país signatário da
Convenção de Haia, deverá constar a “Apostila” emitida pela
2
autoridade competente do país no qual o documento é originado;
⇨ Caso o documento escolar seja procedente de país que NÃO seja
signatário da convenção de Haia, deverá ser devidamente legalizado
por autoridade consular brasileira no exterior, com pagamento dos
emolumentos.

Tradução dos documentos escolares feita por tradutor juramentado.


3 *Consultar a lista de tradutores no site da Junta Comercial de Minas
Gerais: www.jucemg.mg.gov.br

Documentação pessoal de comprovação de permanência legal no


país:
* Carteira de Identidade para estrangeiro permanente ou temporário;
ou
* Carteira de Identidade para estrangeiro natural de país limítrofe com
o Brasil, válida somente para os municípios de faixa de fronteira, ou
* Passaporte diplomático ou oficial, com o respectivo visto e carteira
4 de identidade expedida pelo Ministério das Relações Exteriores, ou
* Protocolo expedido como prova de que o estrangeiro Permanente ou
Temporário registrou-se no Serviço de Estrangeiros e está aguardando
a expedição de sua carteira de identidade com validade de sessenta
dias, prazo usual para recebimento da carteira, ou
* Protocolo de requerimento de Registro Provisório, com validade
expressa de cento e oitenta dias, que deverá ser solicitada na Polícia
Federal ou certidão que defina o andamento do processo.

Comprovante de residência no Estado de Minas Gerais (conta de luz,


5
água, etc.). Caso o requerente não possua comprovante em seu nome

99
ou de seus pais, deverá apresentar declaração assinada pelo titular do
comprovante de endereço apresentado, confirmando sua estadia no
local.

Nas escolas estaduais de MG a escrituração escolar é realizada quase 100% nos


sistemas. Pergunta: As escolas têm a obrigação de imprimir esses documentos no final
de cada ano?

Resposta: Ressaltamos que Resolução SEE nº 4.055, 17/12/2018, regulamenta o registro e a


atualização de dados no SIMADE e no DED nas escolas estaduais, após estudos de vários
elementos.
A questão de documentação escolar na forma digital deve ser discutida com os gestores do
estabelecimento, considerando que o arquivo e documentos devem garantir ao Serviço de
Inspeção Escolar o acesso para acompanhamento, orientação, retificações, verificação de
regularidade de vida escolar, de fidedignidade e autenticidade, observados os dispositivos
legais e capacidade de expedição dos documentos com zelo, veracidade, qualidade e
tempestividade. Todo o arquivo escolar é patrimônio da União.
A publicação da Resolução CEE nº 486, de 21 de janeiro de 2022, intensificou os debates
sobre arquivos físicos e/ou digitais. Aguardamos novas orientações a partir de estudos e
definições de requisitos de segurança e temporalidade na gestão de documentos escolares
pelas áreas competentes.

13.20 QUESTIONAMENTOS RELACIONADOS A OUTRAS DIRETORIAS

Aluno com dupla cidadania: qual nacionalidade registrar no SIMADE, considerando que só há
campo para registro de uma?

Resposta: Encaminhamos a demanda para análise da área técnica - DINE.

Neste ano de 2022 acompanho a Escola Indígena Pataxó Muã Mimatxi, assim pude
verificar que as matrizes não estão fidedignas nos sistemas o que ocasiona problemas:
SIMADE / DED / SYSADP /QUADRO DE HORÁRIO. Há alguns anos a escola tem emitido
os históricos manualmente devido esta divergência de informações entre os sistemas.
Informo que já foi solicitado pela SEE planilha com dados das matrizes, mas ainda não
pude ver diferença nos sistemas da SEE.
Sugiro que o histórico das escolas INDÍGENAS sejam emitidos com a nomenclatura das
disciplinas da comunidade e a equivalência para as do conteúdos básicos, não sei ao
certo se consegui repassar tal sugestão.

100
Somente quem convive diretamente com a comunidade sabe da necessidade de
organizarmos a educação de modo a respeitar integralmente as escolas indígenas, de
maneira que possamos ouvir, dialogar e dar continuidade a cultura deles fora da
comunidade, para que ao ingressarem nas faculdades entreguem seus documentos
acadêmicos.

Resposta: Orientamos a apresentação da consulta incluindo detalhamento com documentos


comprobatórios da matriz curricular efetivamente oferecida na Escola Indígena Pataxó Muã
Mimatxi à Diretoria de Modalidades de Ensino e Temáticas Especiais - DMTE
spp.dmte@educacao.mg.gov.br para análise e providências.

Habilitação de professores: Como fica o prazo para apresentação de Certificado de


Conclusão de Curso acrescido de Histórico Escolar para as escolas da rede municipal e
privada, principalmente nos anos iniciais do Ensino Fundamental? Esses documentos
substituem o diploma registrado indefinidamente?

Resposta: Em se tratando da validade da declaração de conclusão de curso de graduação por


professores, a SEE através da Resolução 4.673/2021 (convocação de professores) propôs
como válidas as declarações de conclusão de curso com período igual ou inferior a 390 dias de
sua emissão. Nos casos em que o Inspetor constatar declarações expedidas em tempo de
expedição de superior a 390 dias nas pastas de professores da rede municipal, orientamos um
diálogo junto ao Diretor/Secretário da possibilidade do professor providenciar o referido
Diploma. Esclarecemos que o Órgão Municipal tem autonomia em definir qual a documentação
necessária para seleção de professores seja por concurso ou outra forma de admissão.

Devido às mudanças surgidas com a pandemia, precisamos da atualização para


conferência da Certidão de Contagem de Tempo. Formação inicial no Tema Certidão de
contagem de tempo.

Resposta: Orientamos o encaminhamento da consulta incluindo, se possível, o detalhamento


das sugestões de melhoria do documento, dos processos de conferência e itens/aspectos a
serem abordados na formação inicial para o e-mail da Diretoria de Legislações e Normas de
Pessoal dlnp.gab@educacao.mg.gov.br com cópia para a Assessoria Central de Inspeção
Escolar se.inspecaoescolar@educacao.mg.gov.br - ASIE.

O SIMADE será parametrizado para a nova metragem por aluno dos anos finais e médio
que será de 1,5m? Porque para o Plano de Atendimento será fundamental essa nova
informação.

101
Resposta: Iremos levar para análise da Superintendência de Organização Escolar e
Informações Educacionais e Subsecretaria de Articulação Educacional.

Como proceder quando a DIPE alega não ter embasamento legal para autorizar ou
indicar um ATB para assinar a documentação da escola estadual na ausência de
secretária por mais de 30 dias? Caso essa indicação/autorização não seja atribuição da
DIPE, de quem é?

Resposta: Cada caso deve ser analisado individualmente apurando-se a impossibilidade da


autorização à luz da legislação em vigor. Uma vez compreendida a negativa ou os
esclarecimentos para o caso pela área na SRE, o gestor da SRE deve buscar a SEE, através
da Diretoria de Desenvolvimento da Gestão Escolar, ddge.gab@educacao.mg.gov.br para
juntos encontrarem alternativas para suprimento da demanda na escola.

13.21 SUGESTÕES APRESENTADAS PELOS PARTICIPANTES

Quanto à verificação de veracidade/legalidade de documentos escolares, temos a


informação de atos autorizativos constantes no carimbo escolar como grande aliada,
pois é possível consultar no IOF/MG a regularidade de determinado curso. No entanto,
nem todas as instituições constam nos carimbos as informações das portarias
autorizativas dos cursos/etapas ofertadas, é possível emitir uma recomendação quanto
às informações que devem constar nos carimbos das instituições da rede estadual,
municipal e privada?

Resposta: Recomendação acatada! Até que emitamos a orientação geral às SRE antecipamos
aqui algumas informações fundamentais que devem aparecer nos documentos escolares
emitidos pelas instituições de ensino de acordo com os cursos e etapas que ofertam
devidamente autorizados: Nome do estabelecimento, endereço, os atos conforme autorização:
1- Documentos de Educação Infantil: Portaria de Autorização;
2-Documentos de Ensino Fundamental: conforme cada caso (Decreto, Resolução, Portaria e
outros que a escola fizer jus tais como Portaria de Mudança de Endereço, Mudança de
Denominação) Aut. Ens. Fundamental; Rec. Ens. Fundamental; Renovação (o que estiver
vigente no período do percurso escolar do estudante);
3-Documentos do Ensino Médio: conforme cada caso (Decreto, Resolução, Portaria e outros
que a escola fizer jus tais como Portaria de Mudança de Endereço, Mudança de Denominação)
Aut. Ens. Fundamental; Rec. Ens. Fundamental; Renovação (o que estiver vigente no período
do percurso escolar do estudante);

102
4-Documento de EJA das redes municipais e particular (Ensino Fundamental e Ensino Médio):
Portaria, Aut. Ens. Fundamental e/ou Médio; Rec. Ens. Fundamental e/ou Médio; Renovação (o
que estiver vigente no período do percurso escolar do estudante) e outros que a escola fizer jus
tais como Portaria de Mudança de Endereço, Mudança de Denominação;
5-Documentos de Cursos Técnicos: conforme cada caso e cada curso (Decreto de Criação da
Escola, Resolução, Portaria e outros que a escola fizer jus tais como Portaria de Mudança de
Endereço, Mudança de Denominação) os atos que estiverem vigentes no período do percurso
escolar do estudante;

Não há possibilidade de autorização para expedição de histórico escolar em um único


modelo independente de quando o aluno cursou? As escolas têm feito muita confusão
com os diversos modelos existentes.

Resposta: Sugestão acatada! Na verdade estamos empreendendo bastante essa construção


no SIMADE. Aguardem orientações.

Ideal seria um documento compartilhado, com alguns critérios de edição e formatação,


para consultas. É um universo muito amplo, com mudanças rápidas. Não dá mais para
pensar em "Manuais" estáticos. Com compartilhamento no drive ASIE.

Resposta: Sugestão acolhida. Até que seja disponibilizado novo material para consulta
orientamos pesquisar no Drive “ASIE - Assessoria Central de Inspeção Escolar” que está
disponível em https://drive.google.com/drive/u/0/folders/0APUfn2ojf7ZyUk9PVA.

Entendo ser necessário tratar sobre os documentos digitais e em sistemas das escolas
particulares.

Resposta: Sugestão acolhida. Está SEE têm realizado entendimentos sobre o assunto com
diversos setores. Solicitamos aguardar orientações.

Sugiro a criação de um módulo no SIMADE de consulta pública quanto a autenticidade


de históricos escolares (conclusão de etapa), a exemplo do que ocorre com emissão de
diplomas de cursos técnicos pelo SISTEC.

Resposta: Sugestão acolhida. A proposta é muito interessante. Iremos levar para análise da
área desenvolvedora do SIMADE.

Sugestão: Formulação de procedimentos e instrumentos a serem preenchidos pelos


próprios Diretores escolares, que têm fé pública, para apuração junto com sua equipe de
secretaria e posterior tramitação junto a DIVAE das SRE quanto a "Documentos
supostamente falsos" com todos os anexos necessários com confere com original.

103
Assim, o próprio servidor da DIVAE faria a tramitação da documentação encaminhada
pelo gestor para análise de órgão superior, sem a necessidade de retrabalho do Inspetor
Escolar para emissão de um relatório circunstanciado frente ao trabalho já efetivado
pelo gestor escolar.
Esse procedimento simples daria maior celeridade e eficiência à verificação superior do
processo de documentação "supostamente falso" frente a alta demanda em que está
envolvido o IE.
Nos casos julgados necessários aprofundamento de análise, que não pudesse ser
coordenada complementação pelos servidores da DIVAE com envio por parte da escola
de documentos ou informações complementares OU sendo a descoberta realizada no
processo de análise em cumprimento a ordem gerada ao Inspetor Escolar quando da
autenticação do histórico escolar prevista em norma seria, neste caso, o Inspetor a
realizar junto a escola a juntada de documentação comprobatória e a efetivação do
relatório circunstanciado a DIVAE.

Resposta: Sugestão em análise. Orientamos verificar as indicações dos procedimentos de


verificação de autenticidade conforme disposto no material apresentado no 1º Seminário
ASIE/Coordenação de Regularidade de Vida Escolar. Em breve emitiremos novas orientações
sobre procedimentos de verificação de autenticidade em substituição ao Ofício Circular
SOE/SB n. 08/2008 de 06/11/2008.

Sobre Visto Confere (autenticidade) - qual fundamentação legal? Só Inspetor pode dar
essa autenticidade? Superintendente pode carimbar e assinar histórico escolar para
curso no exterior? Entendo que só Inspetor Escolar pode fazer isso - qual a
fundamentação legal? Entendo que o Superintendente só assina histórico como diretor
em escola extinta, em nenhuma outra situação. Foi que entendi lendo a legislação e
aprendi na SRE. Qual a orientação e fundamentação legal - por favor, por escrito.
Trabalho no SEDINE/DIVAE - Analista Educacional - também precisa ser revista e
colocada no papel quem faz o quê e como... só temos uma coordenação de SEDINE -
difícil trabalhar assim.

Resposta: Sugestão em análise. Orientamos verificar as indicações dos procedimentos de


verificação de autenticidade conforme disposto no material apresentado no 1º Seminário
ASIE/Coordenação de Regularidade de Vida Escolar. Em breve emitiremos novas orientações
sobre procedimentos de verificação de autenticidade em substituição ao Ofício Circular
SOE/SB nº 08/2008 de 06/11/2008.

104
Sugestão: A ASIE poderia identificar, organizar e acompanhar o "setor" ou "servidor"
responsável pelas escolas extintas, nas SRE, pois isso não é institucionalizado em todas
as regionais, e havendo apenas 1 servidor para tal emissão/serviço. Não há uma
articulação efetiva entre este serviço com a Inspeção escolar.

Resposta: Sugestão acolhida. Na oportunidade informamos que dentre as ações desta ASIE
para o ano de 2022 consta a capacitação com foco nas atuações dos Pontos Focais
(servidores nas SRE) que tratam dos temas afetos à Coordenação de Regularidade de Vida
Escolar. Esta ação irá estreitar os laços entre estes servidores e a SEE o que favorecerá a
atuação dos pontos focais com a Coordenação do Serviço de Inspeção e no atendimento às
diversas demandas apresentadas pelos Inspetores Escolares conforme apresentado pelas
escolas em acompanhamento.

As Diretorias Educacionais que coordenam o SEDINE, o Setor de Vida Escolar e


Currículo em regionais com duas DIRES.

Resposta: Sugestão acolhida.

14 ENCONTRO TÉCNICO DE REGULARIDADE DE VIDA ESCOLAR

14.1 PASSO A PASSO PARA FAZER ATIVIDADE INTERATIVA VIA SLIDO

1 – Acessar pelo navegador o “slido” digitando: https://www.slido.com/?experience_id=10-z

Para alterar a apresentação da versão: Inglês para Português, fineza, clicar com o botão direito
do mouse e escolher: “traduzir para o português”.
2 – Clique em INSCREVER-SE, ou caso esteja em inglês, clique em SIGN UP, localizado no
canto superior direito da tela.
3 – Em seguida, clique em: inscreva-se com o Google e acesse pelo seu e-mail.

105
4 – Pronto, agora crie sua atividade clicando em: +criar slido

5- Aparecerá a tela abaixo para que você configure o nome e a data que o evento ficará
disponível para os participantes. Em seguida, clique em: criar Slido.

6 – Selecione a opção: questionário

7 – Digite ou cole sua pergunta e faça as opções de resposta. Lembre-se de marcar a opção
correta para que os participantes saibam se acertaram ou não a questão.

106
8 – Para iniciar a apresentação: clique em: Presente: apresentar em uma nova guia.

9 – Coloque um nome, no lugar do número gerado pelo slido, clicando em cima #4037408

107
10 – Clique em ativar teste:

11- Oriente os participantes a acessar, via código QR, ou digitando o nome que você atribuiu ou
número gerado automaticamente. Na figura acima optamos por um nome fácil e rápido para
acessar #ASIE. Para acessar o evento basta apontar a câmera do celular para o código QR ou
digitar no celular: sli.do/asie

Ótimo Encontro!

14.2 QUESTÕES QUE USAMOS NO ENCONTRO SOBRE EQUIVALÊNCIA OU APROVEITAMENTO


DE ESTUDOS:

Observação: Elabore questões pequenas, objetivas e no momento da atividade, contextualize e


promova o diálogo.

108
Questão nº 01

Um haitiano já concluiu o ensino secundário em seu país e quer ingressar no ensino superior
no Brasil, seus documentos já estão legalizados (visto consular) e traduzidos, contudo reside
ainda em seu país. Neste caso,
a) a SRE enviará à SEE toda a documentação de Equivalência de Estudos do candidato para
análise.
b) a SRE não enviará a documentação de Equivalência de Estudos considerando o interessado
não morar no Brasil.
Resposta correta letra B.
O Conselho Estadual de Educação, pelo Parecer CEE nº 658, aprovado em 31/07/2014,
já pronunciou sobre a matéria:
Quando o requerente estrangeiro solicita equivalência de estudos em
nível de ensino médio, para fins de prosseguimento de estudos, há a
necessidade de se comprovar a sua permanência legal no país (...)
Pesquisando sobre a entrada no Brasil, verificamos na alínea d do inciso I do artigo 14 da Lei
de Migração nº 13.445, de 24/05/2017, que:
Art. 14. O visto temporário poderá ser concedido ao imigrante que venha
ao Brasil com o intuito de estabelecer residência por tempo determinado e
que se enquadre em pelo menos uma das seguintes hipóteses:
I - o visto temporário tenha como finalidade:
(...)
d) estudo;
(...)
§ 4º o visto temporário para estudo poderá ser concedido ao imigrante
que pretenda vir ao Brasil para frequentar curso regular ou realizar estágio
ou intercâmbio de estudo e de pesquisa.
Para obter visto para viajar ao Brasil - Português (Brasil) (www.gov.br):
O visto é o documento concedido pelos Postos Consulares do Brasil no
exterior que possibilita a expectativa de ingresso e estada de estrangeiros
no território nacional, desde que satisfeitas as condições previstas na
legislação vigente.
(...)
Primeiramente será providenciada a mudança para o Brasil, podendo o interessado buscar
orientações na Embaixada do Brasil em Porto Príncipe, no Haiti: e-consular (itamaraty.gov.br).

109
Indicamos conferir se o estudante se enquadra na Portaria Interministerial nº 12, de 20 de
dezembro de 2019, que dispõe sobre a concessão de de visto temporário e de autorização de
residência para fins de acolhida humanitária para cidadãos haitianos.
Lembramos que ao entrar no Brasil, deverá dirigir-se à Polícia Federal. O link Migração -
Português (Brasil) (www.gov.br) apresenta uma “navegação guiada da regularização
migratória”. Seria interessante direcionar o estudante para essa pesquisa.

Questão nº 02

O estudante cursou até julho/2021 o 3º ano do Ensino Médio no Brasil, transferindo-se para os
EUA, onde iniciou a grade 12 (2021/2022), retornando ao Brasil em janeiro/2022, não
concluindo a grade 12 e sem legalizar seus estudos (Apostila de Haia). Neste caso,
a) O estudante deverá providenciar a apostila e, após providência, a SRE instruirá processo no
SEI, para Equivalência de Estudos.
b) O estudante deverá providenciar a apostila e, após providência, a escola poderá fazer
aproveitamento de estudos.
Resposta correta letra A
Equivalência de Estudos conforme Ofício Circular SB/SOE/DFRE n. 144/2018, datado
de 3/10/2018, orienta as SRE sobre a instrução de processos e a exigência de legalização de
documentos escolares estrangeiros, visando à equivalência de estudos realizados no exterior
em nível de conclusão do Ensino Médio.
A Resolução CEE 441/2001 dispõe:
…Art. 2º - O pedido de declaração de equivalência ou de revalidação de diploma ou de
certificado, de que trata o artigo anterior, será instruído com histórico escolar ou diploma ou
certificado dos estudos realizados no Brasil e/ou no exterior, e será analisado, levando-se em
conta:
I) os conteúdos cumpridos, três dos quais vinculados às áreas de conhecimento definidas nas
Diretrizes Curriculares Nacionais do Ensino Médio efetivamente cumpridos;
II) a carga horária e o tempo de escolaridade cumpridos.

Questão nº 03

Estudante brasileiro, nascido em 02/02/2013, cursou do 1º ao 2º ano do Ensino Fundamental


no Brasil, concluiu o 3º ano e o 1º semestre de 2022 referente ao 4º Ensino Fundamental na
Espanha. A família prestou esclarecimentos aos gestores da escola em reunião, que foi
devidamente registrada em Ata, que não conseguirá a legalização dos documentos escolares.
Chega ao Brasil em agosto/2022. Neste caso ,

110
a) A matrícula será deferida no 3º ano do Ensino Fundamental considerando que o estudante
não apresenta documentos escolares emitidos pela escola espanhola devidamente legalizados;
b)A matrícula poderá ser efetivada no 4º ou 5º do Ensino Fundamental mediante realização de
processo classificatório com fundamento no Parecer CEE 388/2003;
Resposta correta letra B, conforme Orientação ASIE nº 04/2021.
Recomendar sempre o registro em Ata e arquivo da documentação comprobatória de utilização
do recurso pedagógico conforme orientações do Parecer CEE 1.132/1997, que dispõe sobre a
Educação Básica, nos termos da Lei No 9.394/1996, e Parecer CEE 388/2003, que ampara a
ausência de registro no primeiro semestre ( carga horária).
Como fica a escrituração no Histórico Escolar?
Anular o campo de 3° ano se não for utilizado. No campo destinado ao 3º ou 4° período
registrar o aproveitamento obtido na avaliação e nas observações “classificação alínea C do
inciso II do artigo 23 da Lei Federal nº 9.394/1996”
No campo destinado ao ano de 2022, deve constar o registro do aproveitamento, da carga
horária e as faltas horas (a partir da matrícula). No campo das observações registrar
“classificação conforme incisos I e VI do artigo 24 da Lei Federal nº 9.394/1996”

Questão nº 04

Criança venezuelana, nascida em 5/3/2015, chega ao Brasil e requer matrícula em


setembro/2022, apresentando uma declaração de estudos indicando ter cursado o 1º ano em
2021, equivalente ao 1º ano do Ensino Fundamental no Brasil. A família possuiu o protocolo de
solicitação da proteção legal de refúgio e alegam que ainda não tem endereço no Brasil,
possuindo apenas o endereço do local de entrada. A escola mineira deverá
a) Realizar a matrícula tendo como documentos válidos o protocolo da Polícia Federal e a
declaração de estudos, observando as orientações do Parecer CEE/MG nº 388/2003, com
adoção do recurso pedagógico da Classificação.
b) Não realizar a matrícula, aguardar o Registro Nacional Migratório (RNM), instruir processo
de regularização de vida escolar e orientar a família a procurar um centro de línguas para a
criança desenvolver proficiência em Língua Portuguesa.
Resposta correta letra A, conforme Orientação ASIE nº 04/2021.

Questão nº 05

O estudante venezuelano candidatou-se ao Processo Seletivo 2022 da UFMG, destinado a


refugiados. Hoje porta Carteira Nacional de Registro Migratório (CNRM) na condição de
residente, com a documentação do país de origem, sem a devida apostila de Haia. Sendo

111
assim, o procedimento de equivalência só será possível se apresentar os documentos
necessários, sendo que o diploma e o certificado de conclusão:
a) deverão estar devidamente apostilados;
b) não precisam estar apostilados;
c) não precisam ser apresentados requerendo a equivalência dos estudos.
Resposta correta letra A
A Resolução Normativa nº 31 de 13/01/2019, que altera a Resolução Normativa nº 18,
de 30 de abril de 2014, do Comitê Nacional para os Refugiados (CONARE), estabelece:
Art. 1º A Resolução Normativa nº 18, de 30 de abril de 2014, passa a
vigorar com as seguintes alterações:
Art. 6º A Os processos de solicitação de reconhecimento da condição de
refugiado serão extintos, pela Coordenação-Geral do Comitê Nacional
para os Refugiados, sem resolução do mérito, quando o solicitante:
…………………………………….
V - apresentar pedido de desistência; e
…………………………………….
Parágrafo único. A obtenção de autorização de residência efetuado nos
termos da Lei nº 13.445, de 22 de maio de 2017, implicará na desistência
da solicitação de reconhecimento da condição de refugiado”. (NR)
Art. 6º-C A extinção do processo sem resolução do mérito não impede
nova solicitação de reconhecimento da condição de refugiado”. (NR)
Art. 6º-D O reconhecimento da condição de refugiado e o consequente
registro perante a Polícia Federal implicam renúncia à condição migratória
pretérita”. (NR)
Diante do exposto, na condição de residente, o próprio Comitê Nacional para os Refugiados
(CONARE) normatiza a desistência da condição de refúgio, tornando necessário, então, a
busca da aposição da Apostila de Haia no documento escolar venezuelano.

14.3 QUESTÕES QUE FORAM RETIRADAS DO PRÓPRIO DOCUMENTO: REGULARIDADE DE

VIDA ESCOLAR DOCUMENTO ORIENTADOR.

Questões para a interação no SLIDO.

Questão nº 01

A estudante cursou em 2019 o 3º ano Ensino Médio. Em 2018 foi reprovada em Matemática e
não realizou a Progressão Parcial em 2019. Trata-se de ex aluna. Podemos regularizar a vida
escolar da estudante sem tramitar processo para a SEE/ASIE?

112
a) Sim. A SRE deve considerar as orientações dispostas no Ofício Circular SB/SOE/DFRE nº
3/2013.
b) Não. A SRE deve instruir o processo ou encaminhar para o CESEC.
Resposta correta letra A.
Orientamos observar as orientações do Ofício Circular SB/SOE/DFRE nº 3/2013, de 14 de
maio de 2013, sendo sua vigência por prazo indeterminado, devendo atentar pelo cumprimento
mínimo de 75% de frequência. Assim, nos termos dos itens 4.1 e 4.2 o saneamento da
irregularidade apresentada deverá ser proposto pelo Serviço de Inspeção Escolar:
4.1- A partir do ano letivo de 2004, situação de alunos das escolas estaduais em
funcionamento, reprovados ou com pendências desta progressão parcial em séries
intermediárias da Educação Básica, o saneamento das irregularidades é de inteira
responsabilidades dos gestores da escola, considerando as várias disposições normativas da
Secretaria de Estado de Educação, resoluções, ofícios e orientações encaminhadas às
Superintendências Regionais de Ensino.
4.2 – Ressalta-se a importância do Conselho de Classe na avaliação do percurso do aluno
considerando as habilidades e competências adquiridas e o aproveitamento destas disciplinas
na série/anos/períodos posteriores. Após esta avaliação, se considerar que o aluno venceu os
pré-requisitos necessários, lavra-se Ata com registro da avaliação e indicação do
aproveitamento, que poderá ser o mínimo exigido para aprovação ou o aproveitamento que o
aluno obteve do ano seguinte naquela disciplina. Esta ATA será devidamente assinada pela
equipe pedagógica, direção da escola e Serviço de Inspeção Escolar, regularizando a vida
escolar do aluno. Uma cópia da Ata deverá constar na Pasta Individual do aluno para dirimir
dúvidas futuras. No livro de Ata de resultados finais, referente ao ano/série/ disciplina”de
reprovação” registrar um (*) e proceder à anotação: “Situação analisada conforme Ata datada
de ____/____-______ Livro: ____ Página: _____”

Questão nº 02

Constatamos que uma estudante não concluiu o 9º ano EF. Em 2021, cursou com êxito o 1º e
2º P EJA EM. Hoje está cursando o 3º P. EJA com aproveitamento e frequência. É necessário
enviar processo de regularização escolar?
a) A SRE deve encaminhar para o CESEC ou instruir o processo para a SEE.
b) A SRE deve considerar as orientações dispostas no Ofício Circular SB/SOE/DFRE nº 3/2013
e regularizar na própria escola.
Resposta correta letra A.
A estudante deve ter sua vida escolar regularizada, seja por meio de Exame de
Certificação do ensino fundamental (CESEC, ENCCEJA, SESI) ou Parecer da SEE/MG.

113
Quando constatada a irregularidade no decorrer do ensino médio indicamos a certificação no
sentido de produzir o comprovante de conclusão do ensino fundamental. Excepcionalmente,
constatada a irregularidade após a conclusão do ensino médio, com justificativa bem
fundamentada, o Serviço de Inspeção Escolar poderá instruir processo de regularização de
vida. Ressaltamos que o Parecer respaldando a lacuna no 9º ano não produz efeito como a
certificação por meio de exame.

Questão nº 03

No ato da matrícula do estudante, a escola, ao detectar uma irregularidade no percurso


escolar, deve solicitar os dados do estudante à escola de origem, realizar a matrícula e
proceder ao processo de regularização de vida escolar?
a) sim.
b) não.
Resposta correta letra A.
Todas as dúvidas devem ser sanadas com os profissionais da escola de origem, a
matrícula imediatamente efetivada aos estudantes de 6 a 17 anos conforme os documentos
apresentados e a idade do estudante, verificar as pendências e propor medidas saneadoras
que podem variar conforme irregularidade identificada: planejamento e oferta de plano especial
de estudos, realização de progressões parciais, e mesmo a avaliação das condições para
proceder a classificação para fins de regularização da Vida Escolar.

Questão nº 04

O estudante cursou até o 4º ano EF. em 2016. Ao ser transferido para a escola estadual, o
servidor não observou a declaração, matriculando-o no 6º ano EF. Encontra-se cursando o 2º
ano do EM e está com lacuna no 5º ano. Nesse caso deve-se tramitar um processo de vida
escolar no SEI?
a) sim. Há necessidade de processo de regularização, pois, gerou lacuna na vida escolar.
b) não.
Resposta correta letra A.
Orientamos a verificação minuciosa de documentos escolares na própria escola, nos
diversos arquivos existentes e a busca de informações de percurso escolar entre os
estabelecimentos de ensino por onde o estudante transitou. Após esgotados todos os recursos,
tendo conferido as orientações, os pareceres, os ofícios, constatada a irregularidade, não
havendo como solucionar a questão, deve-se instruir o processo de regularização de vida
escolar, conforme o Ofício Circular SOE/DFRE nº 3/2015.

Questão nº 05

114
Em 2019, um estudante em curso do 2º ano EM, na 2ª quinzena de novembro, com resultado
de avaliação satisfatório para aprovação e frequência superior a 75% da carga horária anual
solicitou transferência, mas ficou fora da escola. Em 2020 foi aprovado na E.E. X no 3º ano EM.
A escola pode emitir o HE do 3º ano do EM?
a) sim, há registro de frequência e aproveitamento, portanto, a escola pode providenciar a
emissão do histórico escolar de conclusão do Ensino Médio.
b) não, ele não concluiu o 2º ano do Ensino Médio.
c) tenho dúvidas.
Resposta correta letra C - depende da situação.
Considerando que o estudante cursou o 2° ano do ensino médio até novembro de 2019,
o aluno possui avaliação, aproveitamento suficiente para aprovação e frequência igual ou
superior a 75% da carga horária anual obrigatória, entretanto, a escola expediu corretamente o
Histórico Escolar de transferência, porque não havia terminado o ano letivo. Fica a critério da
escola de origem expedir a segunda via, considerando os dados e informações do ano letivo de
2019, estampando as faltas do estudante a partir do dia em que ele deixou de frequentar. Esta
Assessoria de Inspeção Escolar já recebeu processos de regularização de vida escolar em
casos similares, tendo pronunciado favorável a regularização da via escolar.

Questão nº 06

O estudante realizou estudos do 1º ano EM em 2021. A escola fez a renovação de matrícula


para o 2º ano do E.M. Em abril de 2022, a escola percebeu que o estudante havia sido
reprovado. A escola, junto ao Conselho de Classe pode decidir remanejá-lo para o 1º ano do
EM?
a) sim.
b) não.
Resposta correta letra A.
Cabe ao Conselho de Classe e equipe pedagógica avaliar a circunstância que ocorreu a
irregularidade, o desenvolvimento do estudante e definir a forma de regularização da vida
escolar podendo optar pelo remanejamento para o 1° ano do Ensino Médio ou utilização de
recurso pedagógico regulamentado na escola/rede de ensino, regularizando o percurso do
estudante.

Questão nº 07

115
Uma estudante da rede estadual de ensino concluiu o 3º ano EM em 2021, a escola não
percebeu que havia Progressão Parcial em Matemática de 2° ano e Inglês do 7° ano. Deve ser
tramitado processo de regularização de vida escolar, nos termos do Ofício 03/2015, via SEI?
a) sim.
b) não.
Resposta correta letra B.
A escola deve rever os registros referentes ao ano de 2020, considerando a Resolução
SEE nº 4.468/2020, datada de 22/12/2020, que estabelece o Regime de Progressão
Continuada excepcionalmente para o ciclo 2020-2021, para todos os níveis e modalidades de
ensino, nas escolas da rede pública estadual de ensino de Minas Gerais e os vários
Memorandos Circulares emitidos por esta Secretaria de Estado de Educação, com vistas à
regularização da vida escolar e adequação dos registros a partir das ações de recuperação
paralela e intervenções pedagógicas oportunizadas com a retomada das aulas presenciais em
2021. O Serviço de Inspeção Escolar deverá proceder à regularização de vida escolar com a
proposição de medidas saneadoras conforme disposto no Ofício Circular SB/SOE/DFRE nº
3/2013, de 14 de maio de 2013 regularizando a pendência de Inglês do 7° ano.

Questão nº 08

Após decorrido 25% dos dias letivos do 2° período da EJA do Ensino Fundamental, o
estudante poderá ser avaliado nos termos do Parecer CEE nº 388/2003?
a) sim.
b) não.
Resposta correta letra B.
Observar o previsto no inciso IV do Artigo 111 da Resolução SEE nº 4.692/2021, que
trata da reclassificação:
IV - frequência: para o estudante com frequência inferior a 75% da carga
horária mínima exigida e que apresentar desempenho satisfatório em
todos os componentes curriculares.
§1º - os recursos da reclassificação dispostos nesse artigo poderão ser
aplicados em todas as modalidades de ensino, exceto na educação
profissional e tecnológica e curso normal de nível médio.
§2º - Os documentos que fundamentarem e comprovarem a
reclassificação deverão ser arquivados na pasta individual do estudante.

Questão nº 09

116
Podemos fazer reclassificação de estudante com mudança de nível de ensino? Exemplo: O
aluno tem percurso escolar até o 8º ano do EF, porém, com idade e competências para o 1º
ano do EM. Podemos efetivar a reclassificação para o 1º ano do Ensino Médio?
a) sim.
b) não.
Resposta correta letra B.
A utilização dos recursos pedagógicos depende de regulamentação. O artigo 23, § 1 da
Lei nº 9.394/96 estabelece que a escola “poderá” reclassificar os alunos, inclusive quando se
tratar de transferências entre estabelecimentos de ensino. Entretanto, poderá não significa
deverá. O dispositivo trata de uma medida admissível mas não obrigatória.
A ORIENTAÇÃO ASIE Nº 4/2021, datada de 1 de novembro de 2021, estabelece no
item 10 - Para a matrícula no Ensino Médio sem documentação que comprove a conclusão do
Ensino Fundamental, caso o estudante tenha 15 (quinze) anos completos, os gestores da
escola poderão encaminhá-lo ao Centro Estadual de Educação Continuada (CESEC) ou a
outros exames devidamente autorizados para avaliação, com vistas à certificação das
competências do Ensino Fundamental. Mediante o comprovante de conclusão do Ensino
Fundamental, a escola efetivará a matrícula no Ensino Médio. Para o estudante que ainda não
completou 15 (quinze) anos, será avaliado e posicionado no ensino fundamental de acordo
com as habilidades e competências comprovadas.
A medida de adotar a “Certificação por meio de Exames” preserva o direito do estudante
de portar histórico escolar de conclusão do ensino fundamental e médio para prosseguimento
dos estudos, concursos públicos, sistemas de cotas e mercado de trabalho.

Questão nº 10

O CESEC pode realizar aproveitamento de estudos do ENCCEJA, ofertar demais componentes


curriculares e emitir o histórico de conclusão ao estudante?
a) sim.
b) não.
Resposta correta letra A.
Sugerimos a leitura dos seguintes documentos:
➔ Orientação CESEC/2016: documento elaborado pela SB com diretrizes para a oferta de
Educação de Jovens e Adultos nos CESEC a partir da publicação da Resolução SEE nº
2.943/2016, de 18/3/2016.
➔ Para a escrituração escolar no período REANP orientamos verificar os documentos
emitidos especificamente para esse contexto dentre eles a ORIENTAÇÃO ASIE/VIDA
ESCOLAR N. 6/2021, de 15/12/2021, (SEI n.1260.01.0132767/2021-05) que orienta a

117
expedição de documentos escolares conforme as metodologias de ensino Regime
Especial de Atividades Não Presenciais (REANP), estudos híbridos e estudos
presenciais ministrados nas Escolas da Rede Estadual de Ensino;
➔ Instrução SEE/SOE/DFRE nº 1/2016: que orienta a escrituração escolar de cursos
oferecidos nas unidades do CESEC.
Todos os documentos sugeridos estão disponíveis no DRIVE “ASIE-Assessoria Central
de Inspeção Escolar”.

Questão nº 11

Estudantes que não possuem 18 anos completos, que concluíram a EJA Fundamental no 1º
semestre do ano letivo, podem ser matriculados no 2º semestre do ano letivo no Ensino Médio
Regular para continuidade?
a) sim.
b) não.
Resposta correta letra A.
Nos casos de estudantes menores de 18 anos que concluíram o Ensino Fundamental no
decorrer do ano letivo, seja em curso presencial da EJA, curso semipresencial do CESEC ou
via Exame Especiais de Banca, a matrícula no Ensino Médio deverá ser garantida.
➔ A matrícula deverá ser feita no 1º ano do Ensino Médio mediante apresentação do
certificado de conclusão do Ensino Fundamental. Ressaltamos que os boletins do INEP
não são documentos válidos para efetivação de matrícula.
➔ A solicitação poderá ser deferida, mediante acompanhamento do Serviço de Inspeção
Escolar em orientação aos gestores da escola sobre a situação excepcional. Caberá à
escola de destino proceder à matrícula no 1º ano respaldando o caso com o uso do
amparo legal no Parecer CEE nº 1158/98, que discorre sobre a Frequência Escolar,
orientando a adoção do recurso da reclassificação aos estudantes que apresentarem
desempenho satisfatório e frequência inferior a 75% no final do período letivo.
Os documentos que fundamentarem e comprovarem a reclassificação do estudante
deverão ser arquivados na pasta individual.
Todo o processo de reclassificação deverá ser registrado em Ata.
➔ Os estudantes que atenderem aos critérios para prosseguimento dos estudos na EJA ou
realização de Exames deverão ser orientados e encaminhados para estas ofertas.
➔ Na expedição do histórico escolar o percurso do Ensino Fundamental e Médio deverão
ser estampados com o devido amparo legal dos recursos pedagógicos utilizados. Sendo
o comprovante de conclusão do Ensino Fundamental o certificado de exame será
anexado ao histórico escolar do Ensino Médio.

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Questão nº 12

Situação de matrícula tardia do estudante no 1º semestre, exemplo, 45 dias letivos já


trabalhados, ou após os 25% da CH já ministrada. Nesse mesmo rol, a classificação prevista
no Parecer CEE/MG 388/03 pode ser utilizada?
a) sim.
b) não.
Resposta correta letra A.
Orientamos verificar o disposto no Memorando SEE/SE - ASIE nº 58/2022 para detalhes
sobre a escrituração escolar. O Parecer CEE nº 388/2003 aplica-se ao caso apresentado.

Questão nº 13

Alunos do EMTI profissional podem sair para o ensino médio regular noturno?
a) sim.
b) não.
Resposta correta letra A.
Deve ser verificada a existência de vaga, as justificativas para a migração, a
documentação escolar para saneamento de progressões parciais ou outras pendências no
currículo ou percurso assegurando a conclusão da Educação Básica com regularidade.

Questão nº 14

O estudante estava no 1º ano do Ensino Médio noturno e em agosto, mudou para um


município que só ministra o Ensino Médio Tempo Integral. A escola pode efetivar essa
matrícula?
a) sim.
b) não.
Resposta correta letra A.
A SRE/Inspeção Escolar deve ter argumentos claros a ser prestados à comunidade
escolar e evitar transferência em massa desorganizando o fluxo escolar. Os gestores deverão
verificar a existência de vagas, as justificativas para a migração, a documentação escolar para
verificação de adaptações e complementações curriculares (Plano Especial de Estudos) em
tempo hábil, verificação de progressões parciais ou outras pendências no currículo ou no
percurso assegurando a conclusão da Educação Básica com regularidade.

Questão nº 15

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O candidato, maior de 18 anos, que passa pela Banca de Avaliação do CESEC, em nível de
Ensino Médio, precisa apresentar conclusão do Ensino Fundamental?
a) sim.
b) não.
Resposta correta letra B.
Conforme o § 4º do artigo 8º da Resolução CEE nº 444, de 24 de abril de 2001 “É
dispensada a comprovação de terminalidade do Ensino Fundamental para o candidato maior
de 18 (dezoito) anos que se inscrever nos Exames Supletivos em nível de Ensino Médio”.

Questão nº 16

Aproveitamento de estudos em Cursos Técnicos pode ser feito atualmente, caso o estudante
tenha concluído o curso há 20 anos?
a) sim.
b) não.
Resposta correta letra A.
Não há na legislação restrição quanto ao tempo para aproveitamento de estudos. Deve
ser analisado o perfil exigido conforme a Resolução CNE nº 01/2021 e Resolução CEE nº
484/2021

Questão nº 17

A escola particular tem autonomia para emitir Históricos Escolares, em documentos distintos,
um do Ensino Fundamental e outro do Ensino Médio?
a) sim.
b) não.
Resposta correta letra A
Observando o Parecer CEE/MG nº 1132/97, o item 2.2.8, trata-se do histórico escolar,
apresentando os dizeres: “O histórico escolar, de responsabilidade da escola, compreende o
registro de dados de identificação do aluno e de sua vida escolar no próprio estabelecimento,
ou de outras escolas, tanto nacionais quanto estrangeiras”.
Dessa forma, o estabelecimento de ensino médio da rede privada, tendo sido o aluno
transferido de outro estabelecimento poderá anexar o comprovante de conclusão do ensino
fundamental.
Reiteramos as orientações do Parecer SEE nº 35/2006, em vigor, sobre procedimentos
de transcrição de registros escolares especificamente para as escolas estaduais. As escolas
municipais e da rede privada devem avaliar a forma de escrituração escolar que melhor traduz
sua responsabilidade sobre os atos praticados, execução de sua proposta pedagógica, a

120
trajetória escolar e demais conjunto de informações que assegurem a regularidade de vida
escolar e validade do histórico escolar.

Questão nº 18

Quem é o responsável por conferir autenticidade dos documentos escolares de escola privada
extinta?
a) Inspetores Escolares
b) Técnico da SRE responsável pela expedição do documento de Escola extinta.
Resposta correta letra B.
De acordo com a ORIENTAÇÃO SE-ASIE/SA Nº 05/2021, de 14 de outubro de 2021,
item 2.2. Os documentos escolares emitidos pelas escolas devem ser preenchidos pelo
Secretário devidamente autorizado para desempenhar a função. Devem ser assinados pelo
Secretário(a) e Diretor(a) da escola, sotopostos os nomes por extenso, e os números dos
respectivos registros ou autorizações.
A confirmação de autenticidade de documentos emitidos pelas escolas em atividade
somente pode ser declarada pelo Serviço de Inspeção Escolar que acompanha o
funcionamento do estabelecimento de ensino.
Os documentos escolares emitidos pelas SRE, conforme delegação de competência –
Art. 3º da Resolução CEE nº 339/86 – ‘’MG” de 6/6/86 e § 1o do artigo 69 da Resolução CEE nº
449/02 devem ser assinados pelo técnico responsável pelo preenchimento do histórico escolar
que assinará no espaço reservado à assinatura do secretário, substituindo o registro ou a
autorização pelo nº do MASP.
O mesmo procedimento deverá ser adotado pelo Diretor da SRE ao assinar no espaço
reservado ao Diretor.
No caso de Escola Extinta a autenticidade é aposta pelo técnico que expede os
documentos.
Não terá validade legal o documento assinado por servidores não autorizados
legalmente

Questão nº 19

Estudante concluiu o 8º ano EF aprovada em progressão continuada em 2020. Em 2021,


reprovada no 9° ano, sem a escola aplicar medidas para sanar as pendências de progressão
continuada. No 1º semestre de 2022 concluiu o 4º Período da EJA. Devemos tramitar processo
para pronunciamento da SEE?
a) sim.
b) não.

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Resposta correta letra B.
Orientamos verificar o disposto no Memorando SEE/SE - ASIE nº 58/2022

Questão nº 20

O estudante do 8º ano do ensino fundamental reprovado em 4 componentes curriculares


(História, Geografia, Ciências, Empreendedorismo), oriundo da rede privada de ensino, pode
ser matriculado com progressão parcial e não ser considerado reprovado na escola da rede
estadual de ensino?
a) sim.
b) não.
Resposta correta letra A.
A rede estadual de ensino não oferta empreendedorismo no ensino fundamental e de
acordo com o artigo 106 da Resolução SEE nº 4.692/2021, de 29 de dezembro de 2021, o
estudante poderá beneficiar-se da progressão parcial em até 3 (três) componentes curriculares.
Cada caso deve ser analisado à luz do plano curricular (matriz curricular) da escola de
destino e a equipe pedagógica deve conferir quais componentes curriculares deverão ser
objeto de progressão parcial.

Questão nº 21

O Histórico Escolar pode ser feito no excel ou word em um só documento no período de 2017 a
2021, quando a escola não emite histórico escolar via SIMADE?
a) sim.
b) não.
Resposta correta letra A.
A Orientação ASIE nº 01/2021, de 29 de janeiro de 2021 dispõe sobre a expedição de
documentos escolares durante o Regime Especial de Atividades Não Presenciais (REANP), em
virtude das deliberações do Comitê Extraordinário COVID-19 e desta Secretaria de Estado de
Educação, assim como a Orientação ASIE/Vida Escolar nº 6/2021.
Nos anos de 2020 e 2021, na expedição dos Históricos Escolares de conclusão de
estudos ou transferência, deverão ser registrados os dados do percurso escolar dos
estudantes, conforme regimes de ensino adotados em cada período: Regime Especial de
Atividades Não Presenciais (REANP), estudos híbridos e estudos presenciais.
Para a emissão dos documentos escolares poderão ser adotados aqueles que constam
no SIMADE ou formulários anexos a esta Orientação para a digitação dos dados escolares
relativos aos anos de 2020 e 2021.

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Caso a escola opte por não adotar o Histórico escolar do SIMADE até 2019, poderá
digitar os dados escolares em um único Histórico escolar, no excel ou word.

15 A GRADECIMENTOS E NOSSOS CONTATOS

Aproveitamos a oportunidade para agradecer o empenho e dedicação de todos.

Coordenação de Regularidade e Vida Escolar


Nivalda Batista de Melo - nivalda.batista@educacao.mg.gov.br
Tel: (31) 3915-3256
Email: asie.vidaescolar@educacao.mg.gov.br

Equipe:

Andrea Bicalho – (31) 3915-3296 - andrea.bicalho@educacao.mg.gov.br


Gislaine Scheid – (31) 3915-3297 - gislaine.scheid@educacao.mg.gov.br
Maria Paiva – (31) 3915-3296 - maria.paiva82@educacao.mg.gov.br
Patrícia Paula (31) 3915-3307 – patrícia.paula@educacao.mg.gov.br
Perla Lima (31) 3915-3266 – perla.lima@educacao.mg.gov.br

Grupo de Trabalho (GT) de assessoramento técnico:

Carmelita Rodrigues – carmelita.rodrigues@educacao.mg.gov.br


Leise Lima - leise.lima@educacao.mg.gov.br

CONTROLE DE VERSÕES

Versão 1 - novembro de 2022

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