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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO SUDESTE

DE MINAS GERAIS - CAMPUS BARBACENA


CURSO DE LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA EM LABORATÓRIO: ALGAS,


CIANOBACTÉRIAS (ALGAS AZUIS) E CLOROFÍCEAS (ALGAS VERDES)

Barbacena, agosto de 2023


RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA EM LABORATÓRIO

1. IDENTIFICAÇÃO

Título: Cianobactérias (algas azuis) e clorofíceas (algas verdes)


Discente(s): Marilza Daniel e Roberto Saraiva
Docente(s): Glauco França
Unidade Curricular: Biologia de Criptógamas
Curso: Licenciatura em Ciências Biológicas
Período: 18/08/2023
Objetivo: Estudar, analisar e comparar as estruturas e formas das algas

2. INTRODUÇÃO

Neste relatório, foi feito um estudo sobre as algas cianobactérias e clorofíceas, que são
dois grupos de organismos fotossintéticos que apresentam uma ampla diversidade de formas,
tamanhos, cores e habitats. A classificação das algas foi baseada na estrutura celular,
composição de pigmentos, presença ou ausência de flagelos, forma de reprodução, entre outros
critérios. As algas desempenharam um papel crucial no equilíbrio ecológico, sendo
responsáveis por produzir grande parte do oxigênio atmosférico, servir de alimento e habitat
para diversos animais aquáticos e terrestres, participar de ciclos biogeoquímicos e fornecer
substâncias úteis para a indústria e medicina.
As cianobactérias, também conhecidas como algas azuis, são as algas mais antigas do
planeta. Elas são microrganismos unicelulares, procariontes e realizam fotossíntese. Suas
células contêm clorofila a e ficobilissomos, pigmentos responsáveis pela cor verde azulada
característica. As cianobactérias podem se agrupar em filamentos ou formar colônias. Algumas
espécies possuem células especializadas chamadas heterocistos e acinetos, que desempenham
funções específicas como a fixação de nitrogênio e a resistência a condições adversas. Além
disso, as cianobactérias desempenham um papel fundamental na produção de oxigênio
atmosférico, sendo responsáveis por aproximadamente 50% desse processo. Também são
consideradas as precursoras dos cloroplastos das plantas e das algas verdes, graças a um
processo de endossimbiose.
Por outro lado, as clorofíceas, ou algas verdes, apresentam maior semelhança com as
plantas. São organismos eucariontes, podendo ser unicelulares ou multicelulares. Assim como
as cianobactérias, as clorofíceas realizam fotossíntese e possuem clorofila a. No entanto,
também possuem clorofila b, o que confere a coloração verde característica. As clorofíceas
podem apresentar diferentes formas, como esféricas, cilíndricas, laminadas ou filamentosas.
Algumas espécies possuem flagelos, estruturas que permitem o movimento da alga. Vale
ressaltar que as clorofíceas são consideradas as algas mais próximas das plantas, tanto em
termos de estrutura celular quanto na composição dos pigmentos fotossintéticos. Além de
desempenharem um papel importante na cadeia alimentar aquática, servindo de alimento e
habitat para diversos animais, as clorofíceas também participam de ciclos biogeoquímicos
essenciais e são fontes de substâncias úteis para a indústria e a medicina.

2.1 OBJETIVOS

O objetivo deste relatório foi diferenciar, analisar e comparar as estruturas e formas das
algas cianobactérias e clorofíceas por meio de observação em microscópio óptico. usando
amostras como Anabaena sp., Synechocystis sp. com Microcystis, Algas Verdes (clorofíceas
multicelulares) e Calothrix sp.

3. MATERIAIS E MÉTODOS

3.1 Materiais

Os materiais utilizados na aula prática foram:


1. Lâmina para microscópio
2. Lamínula
3. Água
4. Pipeta
5. Pinça
6. Microscópio óptico
7. Smartphone
8. Amostras das algas Anabaena sp., Algas verdes, Calothrix sp. e Synechocystis sp. com
presença de Microcystis.

3.2 Procedimentos

Os procedimentos realizados na aula prática foram:


Com o auxílio da pipeta, colocou-se uma gota de água no centro da lâmina para
microscópio. Em seguida, com o auxílio de uma pinça, colocou-se uma pequena porção da alga
sobre a gota de água. Depois, colocou-se a lamínula sobre a alga, pressionando-a levemente
para espalhar a amostra e eliminar as bolhas de ar. Repetiu-se esse procedimento para cada alga,
usando uma lâmina diferente para cada uma.
Para observar as algas no microscópio óptico, colocou-se a lâmina com a alga no suporte
do microscópio, ligou-se o microscópio e ajustou-se a iluminação e o foco. Utilizaram-se as
lentes de menor e maior aumento para ver as características das algas, como forma, tamanho,
cor, células, pigmentos e flagelos. Fez-se isso para cada lâmina e anotaram-se as observações.
Fotografaram-se as lâminas observadas no microscópio óptico, usando diferentes
aumentos e um Smartphone. Editaram-se as imagens no próprio aparelho para melhorar o
contraste e a nitidez. Identificaram-se as imagens com os nomes das algas.

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Nas imagens 1, temos a alga Anabaena sp., uma cianobactéria. Ela possui forma cilíndrica e se
organiza em filamentos. Destacam-se os heterocistos, células claras que fixam nitrogênio do ar,
sendo vitais para nutrição e produção de aminoácidos. A Anabaena sp. também exibe acinetos,
células menores e mais escuras que atuam como formas de resistência em ambientes
desfavoráveis, sendo capazes de persistir até que ocorram condições mais favoráveis.
Foto 1.1 - Anabaena sp. aumento 10x Foto 1.3 - Anabaena sp. aumento 40x

Foto 1.2 - Anabaena sp.


aumento 100x

Anabaena sp.

Saraiva

Fonte: Stock

Fonte: Stock
Fonte: Roberto Saraiva

Nas imagens 2, temos a cianobactéria Synechocystis sp., com forma esférica e


organização em colônias envoltas por matriz gelatinosa. Essa matriz protege as células contra
a dessecação e facilita a adesão entre elas. Ausente de heterocistos e acinetos, mas possui
tilacoides, onde ocorre a fotossíntese. Os tilacoides contêm pigmentos fotossintéticos, como a
clorofila a e os ficobilissomos, que dão a cor azul-esverdeada à alga. A imagem também exibe
Microcystis, cianobactérias unicelulares e coloniais, conhecidas por produzir toxinas
prejudiciais à água e saúde humana e animal.

Foto 2.1 - Synecocystis sp.


aumento 10x com Microcystis Foto 2.3 - Synecocystis sp. aumento 40x

Synecocysti Foto 2.2 - Synecocystis sp.


s sp. aumento 100x
Saraiva
Synecocysti
Microcystis s sp.
Saraiva Saraiva

Fonte: Stock

Fonte: Roberto Saraiva Fonte: Roberto Saraiva

Nas imagens 3, temos a alga Verde ou Clorofícea, pertencente ao grupo das Clorófitas.
Essa alga é multicelular e eucariótica, possuindo núcleo definido e organelas membranosas. Sua
forma é laminar, organizando-se em talos semelhantes a folhas. Os cloroplastos são
responsáveis pela fotossíntese e contêm os pigmentos fotossintéticos, como a clorofila a e b,
conferindo à alga sua cor verde característica. Além disso, a alga possui vacúolos, que
desempenham funções de armazenamento, regulação osmótica e digestão.

Foto 3.1 – Alga verde, aumento 10x Foto 3.3 – Alga verde, aumento 40x

Foto 3.2 – Alga verde,


aumento 100x

Fonte: Stock

Fonte: Stock
Fonte: Roberto Saraiva

Nas imagens 4, temos a Calothrix sp., pertencente ao grupo das cianobactérias ou algas
azuis. Essa alga é procariótica e apresenta uma forma cônica, organizando-se em filamentos
ramificados ou heterotricais. Esses filamentos são compostos por duas células distintas: as
células basais, menores e mais finas, que se fixam ao substrato, e as células terminais, maiores
e mais grossas, que possuem heterocistos e acinetos. A alga também possui uma bainha
mucilaginosa que envolve os filamentos, fornecendo proteção contra dessecação e predação.

Foto 4.1 – Calothrix sp., aumento 40x Foto 4.3 – Calothrix sp., aumento 100x

Foto 4.2 – Calothrix sp.,


aumento 10x

Fonte: Stock

Fonte: Stock Fonte: Stock


Os resultados mostraram as diferenças morfológicas entre as algas Anabaena sp.,
Synechocystis sp. com presença de Microcystis, Algas verdes ou Clorofíceas (multicelular) e
Calothrix sp., que foram observadas no microscópio óptico. As imagens das lâminas revelaram
as características distintivas das algas, como forma, tamanho, coloração, organização celular,
presença de heterocistos, acinetos, cloroplastos e flagelos. As algas foram classificadas em dois
grupos principais: as cianobactérias ou algas azuis, que são procarióticas, e as clorofíceas ou
algas verdes, que são eucarióticas. Os resultados confirmaram a hipótese de que as algas
apresentavam diferenças significativas entre si e com os outros grupos de algas. Os resultados
também foram comparados com as informações teóricas disponíveis na literatura, mostrando a
concordância entre a prática e a teoria.

5. CONCLUSÃO

Neste relatório, foi realizado um estudo das estruturas e formas das algas cianobactérias
e clorofíceas sob observação em microscópio óptico, utilizando como material biológico as
algas Anabaena sp., Synechocystis sp., Algas Verdes ou Clorofíceas (multicelular) e Calothrix
sp., algumas delas com presença de Microcystis. Essas algas pertencem a dois grupos
principais: as cianobactérias ou algas azuis, que são procarióticas, e as clorofíceas ou algas
verdes, que são eucarióticas. A hipótese era que as algas apresentavam diferenças morfológicas
significativas entre si e em relação aos demais grupos de algas, que podiam ser observadas ao
microscópio óptico. Os resultados obtidos confirmaram a hipótese, pois foi possível identificar
as características distintivas das algas estudadas, como forma, tamanho, coloração, organização
celular, presença de heterocistos, acinetos, cloroplastos e flagelos. Os resultados também foram
comparados com as informações teóricas disponíveis na literatura científica, mostrando a
concordância entre a prática e a teoria. A conclusão é que as algas são organismos
fotossintéticos que apresentam grande diversidade de formas, tamanhos, cores e habitats, e que
podem ser classificadas em diferentes grupos, de acordo com a sua estrutura celular, a
composição dos seus pigmentos, a presença ou ausência de flagelos, a forma de reprodução e
outros critérios. As algas são importantes para o equilíbrio ecológico do planeta, pois produzem
grande parte do oxigênio atmosférico, servem de alimento e abrigo para diversos animais
aquáticos e terrestres, participam de ciclos biogeoquímicos e são fontes de substâncias úteis
para a indústria e a medicina. O estudo das algas permite conhecer melhor esses organismos e
sua relação com o ambiente e o ser humano.
6. REFERÊNCIAS

ARAGUAIA, Mariana. "Algas Azuis"; Brasil Escola. Disponível em:


https://brasilescola.uol.com.br/biologia/algas-azuis.htm. Acesso em 22 de agosto de 2023.
BICUDO, CEM., and MENEZES, M. Introdução: As algas do Brasil. In: FORZZA, RC., org.,
et al. INSTITUTO DE PESQUISAS JARDIM BOTÂNICO DO RIO DE JANEIRO. Catálogo
de plantas e fungos do Brasil [online]. Rio de Janeiro: Andrea Jakobsson Estúdio: Instituto de
Pesquisa Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2010. p. 49-60. Vol. 1. ISBN 978-85-8874-242-
0. Available from SciELO Books <http://books.scielo.org>.

MAGALHÃES, Lana. “Algas”; Toda Matéria. Disponível em:


https://www.todamateria.com.br/algas/. Acesso em: 20 ago. 2023.

RIBEIRO, Krukemberghe Divino Kirk da Fonseca. "Algas"; Brasil Escola. Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/biologia/algas.htm. Acesso em 22 de agosto de 2023.

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