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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ

CURSO DE FARMÁCIA

Beatriz Pessoa

Darlly

Ítalo José Geremias Pereira

Marcelo Reis da Silva

Tayline Lima M. Ribeiro

ESTUDO FARMACOBOTÂNICO DE ESPINHEIRA SANTA - (Maytenus ilicifolia)


Comercializada no comércio popular.
NOVA IGUAÇU
2022

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 2

2 METODOLOGIA ...................................................................................................... 3

3 RESULTADOS........................................................................................................... Y

4 DISCUSSÃO ............................................................................................................... 5

5 CONCLUSÃO ........................................................................................................... 6

REFERÊNCIAS ........................................................................................................... 7
1 INTRODUÇÃO

A Espinheira Santa (Maytenus ilicifolia) é uma planta medicinal nativa da região


sul do Brasil. É uma árvore de pequeno porte ou arbusto grande, cresce até 5 m de
altura, porém pode alcançar 10 m de altura, com copa arredondada e densa com ciclo de
vida longo. Apresenta folhas com textura semelhante a couro, alternadas, brilhantes,
com espinhos nas bordas e apresenta componentes químicos como: compostos
terpênicos, fenólicos, fitoesteroides, alcaloides, antocianinas, taninos, saponinas, resina,
mucilagem e trações de sais minerais. As flores são pequenas, de cor amarelada. Os
frutos são cápsulas ovoides, de cor vermelha, contendo 1 a 2 sementes de cor preta.
Utilizada há séculos pelos indígenas no Brasil, Peru, Argentina e Paraguai
especialmente no tratamento de úlcera, indigestão, gastrites e dores de barriga. Sua via
de administração é oral, utilizasse chá por infusão, colocasse as folhas secas em uma
xícara, adiciona água fervente e tampa, após 10 minutos, coa. A Espinheira-santa sofre
alto índice de adulteração no Brasil e pode ser confundida com outras espécies de
plantas medicinais. Entre os adulterantes mais frequentes estão a Maytenus aquifolia,
com características e propriedades semelhantes, conhecida também pelos mesmos
nomes populares da Espinheira-santa. Também é confundida com a Erva-mate (Ilex
paraguariensis) por pertencer botanicamente a uma família e gênero muito próximos.
2 METODOLOGIA

2.1 FIXAÇÃO E CONSERVAÇÃO DA AMOSTRA

Selecionamos 07 (sete) folhas de Espinheira Santa que foram retiradas do ramo e


submersas em etanol 70%, onde permaneceram até o final dos estudos. Uma folha
inteira, sem danos foi separada e fotografada em vista frontal, tanto na face abaxial,
quanto na face adaxial.
2.2 CATEGORIAS TAXONÔMICOS

Para obtenção das categorias taxonômicas foi consultado o site Trópicos.


Disponível em: https://tropicos.org/name/6600621

2.3 ANÁLISE ANATÔMICA

2.4.1 Análise das características da epiderme

Para análise das características da epiderme, foram feitos cortes paradérmicos


utilizando-se lâmina de aço. Os fragmentos de epiderme foram submetidos à
diafanização com hipoclorito de sódio 40%, depois passaram por 1 enxágue em água
destilada e foram mergulhados em ácido acético 1% por 2 minutos, para diferenciação.
Após passarem por 1 enxágue em água destilada, foram corados por 30 segundos com
azul-di-metileno 0,1% e levadas para observação no microscópio. As lâminas
semipermanentes com os fragmentos de epiderme corados foram montadas com
lamínula, utilizando-se glicerina 50% como solução de montagem.

A caracterização e a terminologia utilizada para os tipos de estômatos, tricomas


estruturas secretoras, bem como das células epidérmicas ordinárias teve como base
Moura (2017).

Figura 1 Figura 2 Figura 3


Figura 4 Figura 5

3 RESULTADOS

3.1 TAXONOMIA DE ESPINHEIRA SANTA - (Maytenus ilicifolia)

● Classe: Equisetopsida C. Agardh


● Ordem: Celastrales Link
● Família: Celastraceae R. Br.
● Gênero: Maytenus Molina
● Espécie: Zollernia ilicifolia
3.2 CARACTERIZAÇÃO ANATÔMICA DA EPIDERME DE ESPINHEIRA SANTA
(Maytenus ilicifolia).

3.2.1 Epiderme abaxial

Em vista frontal, observa-se estômato na parte abaxial, sendo classificada como


hipoestomática e não o tem tricomas.

Figura 4

3.2.2 Epiderme adaxial

Em vista frontal, observa-se estômato na parte de cima adaxial, e não tem tricomas.

Figura 5

3.3 CARACTERIZAÇÃO DA EPIDERME E DO MESOFILO

4 DISCUSSÃO
Ao analisar a folha de espinheira santa classificação Maytenus ilicifolia e Zollernia
ilicifolia “espinheira santa falsa” a comparação que foi feita das suas imagens da
morfologia e da anatomia com o que está publicado na literatura: Farmacopeia
Brasileira ou artigos científicos , existem espécies que têm sua morfologia altamente
semelhante a outras, podendo, assim, ocorrer equívocos na classificação Maytenus
ilicifolia (Celastraceae) é a verdadeira espinheira-santa. Entretanto, Sorocea bonplandii
(Moraceae) e Zollernia ilicifolia (Leguminosae) são frequentemente confundidas,
devido a semelhança morfológica das folhas; ao qual podemos verificar pelas suas
diferenças. As folhas destas duas espécies são extensivamente consumidas na forma de
chá pela população no combate a úlcera gástrica dispepsias e outros problemas
gástricos. Este resultado reforça a necessidade de estudos acerca da qualidade dos
produtos comercializados tanto no comércio informal como no comércio formal,
ressaltando mais uma vez a necessidade de uma fiscalização mais apurada, uma vez que
produtos de má qualidade podem colocar em risco a saúde das pessoas que buscam a
cura de doenças utilizando plantas medicinais. Apesar das folhas de M. aquifolia (falsa)
se assemelharem em muito às de M. ilicifolia (verdadeira) a distinção de M. aquifolia é
facilmente assegurada pela observação de seus ramos, Maytenusilicifolia apresenta
folhas menores, com nervuras muito proeminentes. Também se consegue observar a
diferença da folha da espinheira santa verdadeira e de ambas as falsas pela diferença da
nervura, ao qual é mencionado na farmacopeia (brasileira, 2022); angulosos com estrias
longitudinais pecíolo curto, com 0,2 a 0,5 cm de comprimento. Folhas simples, inteiras,
ovulado-oblongas à elípticas ou elíptico lanceoladas; lâmina com 2,1 a 9 cm de
comprimento, e 1 a 3,1 cm de largura coriáceas e subcoriáceas de coloração Verde
acinzentada mais clara na face abaxial ápice mucronado, base aguda obtusa a nervuras
secundárias partindo de um ângulo agudo em relação a principal.

Figura 6

ZOLLERNIA ILICIFOLIA (BRONGN.) VOGEL


Figura 7

MAYTENUS ILICIFOLIA MART. EX REISSEK

Figura 8

SOROCEA BONPLANDII (BAILL.)


W.C. BURGER, LANJ. & WESS. BOER

Na vista microscópica verificamos os


tipos de estômatos, que na farmacopeia se
descreve como laterocíticos, ao qual está relacionado na imagem fig. 6, diferente da
forma vista em microscópio que são paracíticos, a semelhança com a farmacopeia
basicamente se deu pela quantidade de células subsidiárias por célula guarda, que nos
foi observado três de um lado e duas de outro lado.

As escalas correspondem a 30 μm.

célula-guarda (cg); célula subsidiária (csb)

Figura 9
5 CONCLUSÃO

Ao analisarmos a estrutura física das folhas da espécie apresentada como Espinheira


Santa conseguimos identificar através de sua morfologia aspectos estruturais que
diferenciavam a nossa espécie de planta da planta em questão. A parte que mais se
destacou foi a estrutura das suas folhas, pois na Espinheira Santa real a borda da folha e
mais alongada e seu espinho mais bem definido, como demonstra a figura10, abaixo
contendo a verdadeira Espinheira Santa e as duas falsas que são comercializadas em seu
lugar. Outro ponto de comparação que podemos destacar, é a literatura aprovada para
esta disciplina que a Universidade Estácio de Sá proporciona na qual mostra claramente,
quando versa a respeito da Espinheira-santa e das outras espécies as quais lhes são
atribuídas tal outorga existem uma diferença ainda mais visíveis ao comparamos uma
como a outra. Figura 11. A farmacobotânica dentro da graduação de farmácia permite a
aprendizagem de áreas como: a histologia vegetal, citologia vegetal, conhecimentos de
botânica, e outros. Com isso, nos leva a compreender como as plantas medicinais, in
natura e droga vegetal (fitoterápicos e fitofármacos) podem ter propriedades
farmacológicas e terapêuticas, dependendo do local de onde foi extraído e o seu
princípio ativo. Essa disciplina de farmacobotânica nos permitiu adquirir conhecimento
teórico e de forma prática em laboratório, ao estarmos em contato com a planta e
manuseá-las e vê-las de forma microscópica. Um exemplo de planta medicinal é esta
que abordamos (figura 03) em nosso trabalho, que ao submeter suas folhas em infusão,
obteremos um chá com propriedades para tratar patologias do sistema digestório.
Figura 10 Figura 11

REFERÊNCIAS

ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Farmacopeia Brasileira,


Espinheira Santa, 6ª ed. Vol. II- Monografias, Plantas Medicinais.

Farmácia Viva do Cerpis. Sistema Único de Saúde- SUS. Superintendência da Região


de Saúde Norte - SES DF, Diretoria Regional de Atenção Primária à Saúde, Centro de
Referência em Práticas Integrativas em Saúde, Núcleo de Farmácia de Manipulação em
Planaltina, (Junho, 2019).

Site: http:/www.tropicos.org

YOKOTA, A.A. et al. Avaliação da qualidade de produtos contendo Maytenus ilicifolia


Mart. Ex Reissek – Celastraceae (espinheira-santa) comercializados na cidade de
Umuarama – PR. Semina: Ciências Biológicas e da Saúde, Londrina, v.31, n.2, p.159-
168, jul./dez. 2010.

(brasileira, 2022)

(https://plantidtools.fieldmuseum.org/, 1982) .

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