Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
a) Condições técnicas
O material deve possuir propriedades que o tornem adequado ao uso que se pretende fazer dele.
Entre essas propriedades estão a resistência, a trabalhabilidade, a durabilidade, a higiene e a
segurança.
b) Condições econômicas
O material deve satisfazer as necessidades de sua aplicação com um custo reduzido não só de
aquisição, mas de aplicação e de manutenção, visto que muitas obras precisam de serviços de
manutenção depois de concluídas e que da manutenção depende a durabilidade da construção.
c) Condições estéticas:
O material utilizado deve proporcionar uma aparência agradável e conforto ao ambiente onde for
aplicado.
Os materiais de construção podem ser classificados de acordo com diferentes critérios. Entre os
critérios apresentados por Silva (1985) podemos destacar como principais a classificação quanto à
origem e à função.
Quanto à origem ou modo de obtenção os materiais de construção podem ser classificados em:
• Naturais: são aqueles encontrados na natureza, prontos para serem utilizados. Em alguns casos
precisam de tratamentos simplificados como uma lavagem ou uma redução de tamanho para
serem utilizados. Como exemplo desse tipo de material, temos a areia, a pedra e a madeira.
• Artificiais: são os materiais obtidos por processos industriais. Como exemplo, podem-se citar os
tijolos, as telhas e o aço.
• Combinados: são os materiais obtidos pela combinação entre materiais naturais e artificiais.
Concretos e argamassas são exemplos desse tipo de material.
Quanto à função onde forem empregados, os materiais de construção podem ser classificados em:
• Materiais de vedação: são aqueles que não têm função estrutural, servindo para isolar e fechar
os ambientes nos quais são empregados, como os tijolos de vedação e os vidros.
• Materiais de proteção: são utilizados para proteger e aumentar a durabilidade e a vida útil da
edificação. Nessa categoria podemos citar as tintas e os produtos de impermeabilização.
• Materiais com função estrutural: são aqueles que suportam as cargas e demais esforços
atuantes na estrutura. A madeira, o aço e o concreto são exemplos de materiais utilizados para
esse fim.
1. ESFORÇOS MECÂNICOS
Os materiais de construção estão constantemente submetidos a solicitações como cargas, peso
próprio, ação do vento, entre outros, que chamamos de esforços. Dependendo da forma como os
esforços se aplicam a um corpo, recebe uma denominação. Os principais esforços aos quais os
materiais podem ser submetidos são:
• Tração: esforço aplicado na mesma direção e sentido contrário que leva o objeto a sofrer um
alongamento na direção em que o esforço é aplicado. A TRAÇÃO ocorre quando a força axial
aplicada estiver atuando com o sentido dirigido para o exterior da peça. A tração faz com que a
peça se alongue no sentido da força e fique mais fina. O esforço da tração causa uma
reorganização na estrutura molecular da peça movimentando os átomos a fim de se agruparem o
máximo possível até um certo limite.
• Flexão: esforço que provoca uma deformação na direção perpendicular ao qual e aplicado. A
FLEXÃO é um esforço físico no qual se caracteriza pela deformação perpendicularmente à força
cortante. Na flexão a face onde se aplica à força fica comprimida enquanto a face oposta é
tracionada.
• Torção: esforço aplicado no sentido da rotação do material. Forças que atuam em um plano
perpendicular ao eixo e a cada seção transversal da peça, tendendo a girar em relação ao eixo.
• Cisalhamento: esforço que provoca a ruptura por cisalhamento. O CISALHAMENTO é a força que
atua paralelamente a um plano da peça, ao contrário da força de compressão e tração. A
resistência ao cisalhamento é a capacidade de um material para resistir às forças que tentam fazer
com que a estrutura interna do material a deslizar contra si mesmo.
INDÚSTRIA
• inspeção visual
• lotes
• amostragem
• ensaio de qualificação
• decisão
CANTEIRO
• controle matéria prima
• controle materiais
• controle execução
CONTROLE DE RECEBIMENTOCANTEIRO
FÍSICOS
• massa específica
• porosidade
• permeabilidade
• aderência
• dilatação termica
• condutibilidade térmica e acústica
MECÂNICOS Estáticos
• tração
• compressão
• flexão
• torção
• cisalhamento
• desgaste
Dinâmicos
• flexão
• tração
• compressão
Fadiga
• flexão
• tração
• compressão
• Ensaios especiais: metalográficos ou tecnológicos.
METALOGRÁFICOS
• macrográfico
• micrográfico
TECNOLÓGICOS
• dobramento
• maleabilidade
• soldabilidade
• fusibilidade
4. O PAPEL DA TECNOLOGIA NA ATUAL ENGENHARIA
CIVIL
Atualmente, observa-se um avanço na concepção de projetos, graças aos conhecimentos extraídos
de pesquisas de materiais e de protótipos estruturais, que têm levado os engenheiros estruturais a
projetar e dimensionar estruturas onde são exigidas altas tensões de trabalho para o concreto e
aço, partindo do pressuposto que estas estruturas serão muito bem executadas.
Os engenheiros construtores são também conduzidos a lançar mão de modernos e sofisticados
equipamentos, visando prioritariamente à rapidez de execução.
Para garantir a qualidade da execução, o engenheiro construtor deve exercer nas matérias primas e
no concreto o Controle da produção.
Fica a cargo dos engenheiros fiscalizadores a preocupação com a qualidade final do produto e
exercem o Controle da aceitação.
Os engenheiros projetistas devem elaborar bons projetos tecnológicos, que apresentem
especificações estabelecendo índices de qualidade para os materiais, que estes materiais possam
ser facilmente adquiridos ou produzidos e que possuam durabilidade. Associados aos projetos
devem ser elaborados manuais para execução da obra e para sua manutenção após concluída.
5. NORMALIZAÇÃO
É o processo de formular e aplicar normas visando:
A normalização surgiu da necessidade dos seres humanos de trocar produtos e serviços. Era
preciso avaliar uma grandeza de medida através da comparação com uma grandeza da mesma
espécie. A primeira iniciativa foi a comparação com elementos da natureza, tais como: pé, palmo,
braço, passo, vara e assim por diante.
O sistema foi evoluindo gradativamente e em 29 de novembro de 1800 foi introduzida na França a
regulamentação do sistema métrico. Consistindo de barras fundidas correspondentes ao padrão de
medida estipulado e que era definido como sendo a décima milionésima parte do quadrante
terrestre.
A normalização metódica e sistemática desenvolveu-se a partir do século XVIII e XIX, com o
descobrimento das ciências naturais e descobrimentos técnicos (Revolução Francesa) e da
Revolução Industrial, que introduziu a fabricação em série, podendo serem listados os seguintes
eventos principais:
NORMAS – que dão as diretrizes para cálculo e métodos de execução de obras e serviços, assim
como as condições mínimas de segurança;
ESPECIFICAÇÕES - que estabelecem as prescrições para os materiais;
MÉTODOS DE ENSAIOS – que estabelecem os processos para a formação e o exame de amostras;
PADRONIZAÇÕES – que estabelecem as dimensões para os materiais e produtos;
TERMINOLOGIAS – que regularizam a nomenclatura técnica;
SIMBOLOGIA – para convenções de desenhos;
CLASSIFICAÇÕES – para ordenar e dividir conjuntos de elementos.
5.4 CERTIFICAÇÃO
a. PRINCÍPIOS DA NORMALIZAÇÃO
- Organização do mercado;
- Constituição de uma linguagem única entre produtor e consumidor;
- Melhora da qualidade de produtos e serviços;
- Orientar as concorrências públicas;
- Produtividade aumentar, com consequente redução dos custos de produtos e serviços, a
contribuição para o aumento da economia do país e o desenvolvimento da tecnologia nacional