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ABSTRACT
Like the architecture project, structural design is by nature a creative process that avoids framing and
formatting, remaining open to infinite innovation. However, the application of specific methodologies
can shorten the path to arrive at adequate and efficient structural solutions.This article presents a
methodology for structural design in architecture and its application in the elaboration of the project
“Factory of ideas and innovation”, developed by students of architecture and urbanism at the State
University of Goiás (UEG), which received an honorable mention in the 12th competition for projects
for students of Architecture and Urbanism promoted by the Brazilian Center for Steel Construction
(CBCA), in 2019. This methodology consists of the application of six procedures (stages), based on the
observance of specific criteria, which must be part of the process architectural design: (1) choice of the
basic structural system; (2) choice of structural material; (3) application of structural standards; (4)
application of some practical recommendations; (5) structural pre-dimensioning; (6) compatibility
between structural form and structured form. In addition to the application in the aforementioned
project, the methodology presented here has been used successfully, in a timely manner, in the
integration between some disciplines of structures and architecture design at UEG. It is hoped that this
can be used in the future as a teaching tool in courses in architecture and urbanism.
Key words: structures, design, architecture, design, structural systems.
1
Prof. Dr. do curso de Arquitetura e Urbanismo da UEG
2; 3; 4; 5
Graduando (a) do curso de Arquitetura e Urbanismo da UEG
1
ds.andrade@hotmail.com; 2gabrielagomes.arq@gmail.com; 3iara.miquelim@hotmail.com;
4
muriloalvescordeiro14@outlook.com; 5jairo.santana@live.com
1 INTRODUÇÃO
2. METODOLOGIA
Inúmeros são os tipos de sistemas estruturais que podem ser utilizados. Para que a
escolha do sistema seja adequada a cada situação é fundamental que o Arquiteto conheça os
sistemas estruturais básicos, suas características e limitações. De acordo com Engel (2001), os
sistemas estruturais básicos podem ser classificados em sistema estrutural de forma ativa,
vetor ativo, seção ativa e superfície ativa.
Os sistemas estruturais de forma ativa são formados basicamente por matéria não
rígida, flexíveis, suportada por extremidades fixas, com a capacidade de suportar-se e cobrir
um vão. A transmissão das cargas até aos apoios ocorre através de esforços normais (tração
e compressão). Essa característica ocorre devido à forma da estrutura coincidir com o fluxo
dos esforços, seguindo o trajeto natural das forças. Os sistemas estruturais de forma ativa
podem se dividir em sistemas de cabos, tendas (fig. 1), sistemas pneumáticos e sistemas de
arcos.
Figura 1 – Sistema Estrutural de Forma Ativa: centro comunitário Athos Bulcão, UnB
Fonte: Acervo pessoal dos autores.
Este item não tem a pretensão de abordar com profundidade os materiais estruturais
e as suas propriedades, e sim destacar a importância da escolha do material estrutural para a
concepção de uma estrutura e algumas características que podem ser determinantes para
esta escolha.
Não existem regras fixas para a adoção de um material. Essa escolha depende de
muitos fatores que vão desde questões concretas como custo, mão-de-obra disponível, e
outros, até aqueles de difícil definição como valores sociais, culturais e mesmo sensações e
percepção pessoal.
De acordo com Silva (2012), os principais materiais estruturais são: concreto armado
(moldado in loco, pré-moldado/fabricado e protendido); madeira (roliça, serrada e laminada
colada) e aço (chapa dobrada, laminado e soldado).
As estruturas de concreto armado são comuns em todos os países do mundo,
caracterizando-se pela estrutura preponderante no Brasil. Esse nome é dado à estrutura de
concreto que possui armações feitas com barras de aço em seu interior. Essas armações são
necessárias para suprir a falta de resistência do concreto à tração, já que o forte do material
é a resistência à compressão. Comparada a estruturas com outros materiais, a disponibilidade
dos materiais constituintes (concreto e aço) e a facilidade de aplicação explicam a ampla
utilização das estruturas de concreto nos mais variados tipos de construção, como edifícios,
pontes e viadutos, reservatórios, barragens, pisos industriais, pavimentos rodoviários e de
aeroportos, paredes de contenção, obras portuárias, canais, etc.
Uma das principais características do concreto armado, que torna a sua utilização
muito vantajosa em Arquitetura, é o fato desse material ser moldável, proporcionando grande
variabilidade de formas, porém formas muito complexas podem elevar o custo da execução.
Uma das limitações das estruturas de concreto é que essas geralmente são pesadas, os
elementos estruturais têm um peso próprio elevado, dificultando a sua utilização em grandes
vãos e estruturas em balanço. Além disso, a sua execução no Brasil se dá de forma artesanal,
quase que em sua totalidade, demandando mais tempo em relação aos demais materiais
estruturais.
O aço apresenta resistência muito elevada em relação aos demais materiais
estruturais, permitindo a redução da quantidade de material utilizado na seção dos elementos
estruturais. Isso é muito interessante pois permite a concepção de estruturas mais esbeltas,
permitindo assim um maior aproveitamento dos espaços arquitetônicos. Além disso, a leveza
da estrutura de aço somada à sua grande resistência, faz com que esta seja uma opção muito
vantajosa para grandes vãos e estruturas em balanço. Silva (2012) destaca que as estruturas
de aço ainda oferecem grande rapidez na execução, mas, como desvantagem, exigem maior
especialização da mão-de-obra de montagem, maior conservação e proteção contra incêndio
em casos específicos, aumentando os custos.
A madeira é um dos mais antigos materiais de construção, sendo que as madeiras com
elevada densidade apresentam excelentes propriedades mecânicas, sendo adequadas para
utilização em estruturas. Entre as inúmeras vantagens da madeira como material estrutural
destacam-se o seu baixo peso próprio e grande resistência mecânica, boas características de
isolamento térmico e acústico e facilidade de ser trabalhada. Como limitações ressaltam-se a
vulnerabilidade à deterioração, caso não haja um tratamento que possa prolongar a sua vida
útil, e as elevadas deformações, limitando o seu uso em grandes vãos e estruturas em balanço.
3. RESULTADOS E DISCUSSÕES
Como dito anteriormente, todas as etapas aqui descritas devem ser acompanhadas
pela elaboração de modelos tridimensionais, sejam eles físicos ou computacionais. Para o
projeto “Fábrica de Ideias e Inovação”, este trabalho foi iniciado com maquetes físicas (fig. 10)
e posteriormente adotou-se a modelagem computacional.
(a) (b)
Figura 12 – a) vão que marca a entrada do edifício e b) estrutura em balanço
Fonte: Acervo pessoal dos autores.
Para a estrutura da cobertura (fig. 13) também se optou por uma estrutura treliçada.
Ressalta-se que é muito comum se utilizar mais de um tipo de sistema para estruturar um
único edifício (sistemas estruturais híbridos), sendo muito frequente a utilização de sistemas
de seção ativa para se estruturar lajes de piso e teto dos ambientes e sistemas de vetor ativo
para a estruturação dos planos de cobertura. Essa foi a concepção adotada no projeto “Fábrica
de Ideias e Inovação”, juntamente com as treliças planas (sistema de vetor ativo) para o
balanço e o grande vão que marca a entrada do edifício.
Em relação ao padrão estrutural foi adotada uma malha ortogonal e regular quase que
na totalidade do projeto, com exceção de algumas intersecções volumétricas (fig. 14). Esse
fator, no caso das estruturas de aço, facilita a execução e reduz o custo global da estrutura,
devido à padronização na fabricação dos elementos estruturais.
5. AGRADECIMENTOS
REFERÊNCIAS